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Eletrônica automotiva - 1 (Revisando Conceitos Básicos deEletrônica automotiva - 1 (Revisando Conceitos Básicos de
Eletricidade)Eletricidade)
Escrito por Newton C. BragaEscrito por Newton C. Braga
Para entender o funcionamento do automóvel moderno não basta o conhecimento da mecânica. ÉPara entender o funcionamento do automóvel moderno não basta o conhecimento da mecânica. É
preciso conhecer eletricidade básica e a partir dela os fundamentos da eletrônica. São justamente estespreciso conhecer eletricidade básica e a partir dela os fundamentos da eletrônica. São justamente estes
fundamentos que daremos a partir de agora fundamentos que daremos a partir de agora no nosso curso, iniciando pela revino nosso curso, iniciando pela revisão dos conceitos básicossão dos conceitos básicos
de eletricidade.de eletricidade.
Circuito elétrico, corrente, tensão e resistênciaCircuito elétrico, corrente, tensão e resistência
Uma corrente elétrica consiste num fluxo de cargas que circula através de um fio condutor. Estas cargasUma corrente elétrica consiste num fluxo de cargas que circula através de um fio condutor. Estas cargas
são os elétrons que encontram liberdade de movimento em materiais como os metais, conforme mostrasão os elétrons que encontram liberdade de movimento em materiais como os metais, conforme mostra
a figura 1. Estes materiais são denominados condutores de a figura 1. Estes materiais são denominados condutores de corrente elétrica.corrente elétrica.
Para que as cargas se movimentem através de um material é preciso que uma força externa as empurre.Para que as cargas se movimentem através de um material é preciso que uma força externa as empurre.
Nos deparamos então com dois conceitos muito importantes da eletricidade:Nos deparamos então com dois conceitos muito importantes da eletricidade:
- A força externa que empurra as cargas que funciona como a pressão de um cano de água. Esta força é- A força externa que empurra as cargas que funciona como a pressão de um cano de água. Esta força é
denominada tensão elétrica e é medida em volts (V).denominada tensão elétrica e é medida em volts (V).
- A própria corrente que consiste no fluxo de cargas, ou seja, na quantidade de elétrons que passam pelo- A própria corrente que consiste no fluxo de cargas, ou seja, na quantidade de elétrons que passam pelo
condutor. A corrente é medida em amperes (A).condutor. A corrente é medida em amperes (A).
 Assim,  Assim, para para termos termos uma uma corrente corrente (fluxo (fluxo de de elétrons) elétrons) precisamos aprecisamos aplicar plicar num num condutor condutor uma uma tensão tensão queque
empurre os elétrons. A tensão é a causa e a corrente é o efeito, conforme mostra a figura 2.empurre os elétrons. A tensão é a causa e a corrente é o efeito, conforme mostra a figura 2.
(figura2)(figura2)
No entanto, os condutores não são perfeitos. Os elétrons que formam uma corrente encontram uma certaNo entanto, os condutores não são perfeitos. Os elétrons que formam uma corrente encontram uma certa
dificuldade para passar através dos fios. Essa dificuldade é denominada resistência e é constante. Adificuldade para passar através dos fios. Essa dificuldade é denominada resistência e é constante. A
resistência resistência de um fde um fio é meio é medida em dida em ohms (.). ohms (.). Se aplicaSe aplicarmos a rmos a um condutor, um condutor, que apreseque apresenta uma nta uma certacerta
resistência, uma tensão, a corrente vai ser determinada pela resistência desse condutor. A resistênciaresistência, uma tensão, a corrente vai ser determinada pela resistência desse condutor. A resistência
limita portanto a intensidade da corrente num fio. Maior resistência, menor corrente com a mesmalimita portanto a intensidade da corrente num fio. Maior resistência, menor corrente com a mesma
tensão.tensão.
Circuito elétricoCircuito elétrico
Os elétrons não podem ser criados. Uma bateria fornece elétrons para uma lâmpada, mas ela precisaOs elétrons não podem ser criados. Uma bateria fornece elétrons para uma lâmpada, mas ela precisa
estar constantemente repondo estes elétrons que saem dela. Assim, só é possível obter uma correnteestar constantemente repondo estes elétrons que saem dela. Assim, só é possível obter uma corrente
fazendo circular os elétrons no fazendo circular os elétrons no que denominamos circuito, conforme mostra a figura 3.que denominamos circuito, conforme mostra a figura 3.
(figura3)(figura3)
Para acender uma lâmpada (que denominamos receptor de energia), por exemplo, precisamos de umaPara acender uma lâmpada (que denominamos receptor de energia), por exemplo, precisamos de uma
fonte de energia (que denominamos gerador). No caso do carro, o gerador é a bateria. A quantidade defonte de energia (que denominamos gerador). No caso do carro, o gerador é a bateria. A quantidade de
energia que podemos transferir para a lâmpada não depende apenas da tensão que aplicamos nela, masenergia que podemos transferir para a lâmpada não depende apenas da tensão que aplicamos nela, mas
também da corrente.também da corrente.
Essa transferência, conforme mostramos na figura 3, se faz através de um fio que leva a corrente e outroEssa transferência, conforme mostramos na figura 3, se faz através de um fio que leva a corrente e outro
que a traz de volta para que os elétrons possam ser reciclados. Trata-se portanto de um percurso ouque a traz de volta para que os elétrons possam ser reciclados. Trata-se portanto de um percurso ou
circuito fechado, daí o nome "circuito".circuito fechado, daí o nome "circuito".
Podemos interromper a corrente num circuito colocanPodemos interromper a corrente num circuito colocan
do um interruptor em qualquer lugar do um interruptor em qualquer lugar do circuito, conforme mostra a figura 4.do circuito, conforme mostra a figura 4.
(figura4)(figura4)
Num automóvel, o retorno ou caminho de volta Num automóvel, o retorno ou caminho de volta da cor-rente não precisa ser feito através de um da cor-rente não precisa ser feito através de um fio. Comofio. Como
o chassi do carro é metálico ele pode ser uso chassi do carro é metálico ele pode ser usado para esta finalidade, sendo por isso denominado “terra”. Oado para esta finalidade, sendo por isso denominado “terra”. O
nome vem do fato de que nas instalações de eletricidade doméstica a terra, que é condutora denome vem do fato de que nas instalações de eletricidade doméstica a terra, que é condutora de
eletricidade, é utilizada como retorno. Desta forma, como mostra a figura 5, num carro, o pólo negativo éeletricidade, é utilizada como retorno. Desta forma, como mostra a figura 5, num carro, o pólo negativo é
ligado ao chassi e os fios que alimentam os diversos dispositivos saem do positivo. Em cada dispositivoligado ao chassi e os fios que alimentam os diversos dispositivos saem do positivo. Em cada dispositivo
existe um “retorno”, que é feito pelo chassi (existe um “retorno”, que é feito pelo chassi ( fio terra)fio terra)..
(figura5)(figura5)
Potência elétricaPotência elétrica
 A  A quantidade quantidade de de energia energia fornecida fornecida a a uma uma lâmpada, lâmpada, por por exemplo, exemplo, depende depende tanto tanto da da tensão tensão como como dada
corrente. Quando ligamos uma lâmpada a uma bateria, a intensidade da luz que corrente. Quando ligamos uma lâmpada a uma bateria, a intensidade da luz que ela produz depende tantoela produz depende tanto
da quantidade de elétrons que passam pelo filamento como da velocidade com que eles fazem isso, ouda quantidade de elétrons que passam pelo filamento como da velocidade com que eles fazem isso, ou
seja, da força com que eles são empurrados. Definimos então a potência elétrica como uma grandezaseja, da força com que eles são empurrados. Definimos então a potência elétrica como uma grandeza
diferente da tensão e corrente. A potência é a quantidade de energia por segundo, e é medida em Wattsdiferente da tensão e corrente. A potência é a quantidade de energia por segundo, e é medida em Watts(W). Para calcular a potência, multiplicamos a corrente pela tensão.(W). Para calcular a potência, multiplicamos a corrente pela tensão.
Potência (W) = tensão (V) x cPotência (W) = tensão (V) x corrente (A)orrente (A)
 Veja  Veja agora agora como como tudo tudo isso isso funciona funciona num num carro, carro, por por exemplo:exemplo:
Uma lâmpada de 24 Watts ligada em 12 V ao ser ligada "puxa" uma corrente de 2 A pois 24 W = 2 xUma lâmpada de 24 Watts ligada em 12 V ao ser ligada "puxa" uma corrente de 2 A pois 24 W = 2 x
12.12.
Para termos os mesmos 24 V numa bateria de 6 V, a corrente precisaria ser 4 A.Para termos os mesmos 24 V numa bateria de 6 V, a corrente precisaria ser 4 A.
Um fio precisa ser tanto mais grosso quanto maior for a intensidade da corrente que ele deve conduzir.Um fio precisa ser tanto mais grosso quanto maior for a intensidade da corrente que ele deve conduzir.
Por este motivo é que os fios do motor de partida de um carro têm de ser muito mais grossos do que osPor este motivo é que os fios do motor de partida de um carro têm de ser muito mais grossos do que os
fios usados para alimentar as lâmpadas. O Consumo do motor de partida exige várias dezenas de amperesfios usados para alimentar as lâmpadas. O Consumo do motor de partida exige várias dezenas de amperes
,enquanto que as lâmpadas exigem poucos amperes. Existe portanto vantagem em utilizar tensões,enquanto que as lâmpadas exigem poucos amperes. Existe portanto vantagem em utilizar tensões
maiores nos circuitos, pois os fios podem ser mais grossos. Note que a potência continua ser abso-maiores nos circuitos, pois os fios podem ser mais grossos. Note que a potência continua ser abso-
lutamente a mesma. Uma lâmpada de 24 W para 6 V produz 24 W de luz quando ligada nesta tensão,lutamente a mesma. Uma lâmpada de 24 W para 6 V produz 24 W de luz quando ligada nesta tensão,
como uma lâmpada de 24 W produz 24 W de luz quando ligada em 12 V. O que muda é apenas acomo uma lâmpada de 24 W produz 24 W de luz quando ligada em 12 V. O que muda é apenas a
corrente!corrente!
(figura 6)(figura 6)
No entanto, como a corrente na instalação de 12 V é menor, o fio usado é mais fino. Outra vantagem deNo entanto, como a corrente na instalação de 12 V é menor, o fio usado é mais fino. Outra vantagem de
se utilizar tensão maior é que as perdas no fio são menores. Conforme vimos, mesmo os fios apresentamse utilizar tensão maior é que as perdas no fio são menores. Conforme vimos, mesmo os fios apresentam
uma certa resistência, dificultando a passagem da corrente, o que faz com que ocorram perdas. Comuma certa resistência, dificultando a passagem da corrente, o que faz com que ocorram perdas. Com
tensões maiores, estas perdas são menores. Com o aumento de dispositivos elétricos e eletrônicos nostensões maiores, estas perdas são menores. Com o aumento de dispositivos elétricos e eletrônicos nos
carros, mesmo os 12 V estão se tornando problemáticos em termos de consumo e mesmo de custos dacarros, mesmo os 12 V estão se tornando problemáticos em termos de consumo e mesmo de custos da
fiação. Assim, a nova geração de automóveis que está por vir já prevê a utilização de baterias de 42 V. Osfiação. Assim, a nova geração de automóveis que está por vir já prevê a utilização de baterias de 42 V. Os
fios de ligação dos diversos dispositivos podem ser 3,5 vezes mais finos com esta tensão!fios de ligação dos diversos dispositivos podem ser 3,5 vezes mais finos com esta tensão!
Efeitos da correnteEfeitos da corrente
Quando a corrente elétrica atravessa determinados meios ela produz efeitos que podem ou não serQuando a corrente elétrica atravessa determinados meios ela produz efeitos que podem ou não ser
aproveitados.aproveitados.
O principal efeito é a produção de calor, ou efeito térmico, também chamado "Efeito Joule" . Para vencerO principal efeito é a produção de calor, ou efeito térmico, também chamado "Efeito Joule" . Para vencer
a resistência de um meio, a eletricidade faz um esforço que se converte em calor. Este efeito pode sera resistência de um meio, a eletricidade faz um esforço que se converte em calor. Este efeito pode ser
aproveitado em elementos de aquecimento, como aquecedores, acendedores de cigarro, etc. Se o caloraproveitado em elementos de aquecimento, como aquecedores, acendedores de cigarro, etc. Se o calor
for muito intenso, temos também a produção de luz, como no caso das lâmpadas incandescentes.for muito intenso, temos também a produção de luz, como no caso das lâmpadas incandescentes.
Outro efeito importante é o magnético. Quando uma corrente passa através de um condutor, em sua voltaOutro efeito importante é o magnético. Quando uma corrente passa através de um condutor, em sua volta
aparece um campo magnético. Se enrolarmos um fio em forma de bobina e fizermos passar uma correnteaparece um campo magnético. Se enrolarmos um fio em forma de bobina e fizermos passar uma corrente
o campo criado concentra-se e o campo criado concentra-se e temos um eletro-imã. Podemos aproveitar este efeito temos um eletro-imã. Podemos aproveitar este efeito em solenóides, comoem solenóides, como
os usados nas fechaduras elétricas do carro ou em motores como o motor de partida ou o motor doos usados nas fechaduras elétricas do carro ou em motores como o motor de partida ou o motor do
limpador de parabrisas.limpador de parabrisas.
Temos também o efeito químico. Quando uma corrente circula através de determinados líquidos ocorremTemos também o efeito químico. Quando uma corrente circula através de determinados líquidos ocorrem
reações químicas. A carga de uma bateria aproveita este efeito.reações químicas. A carga de uma bateria aproveita este efeito.
Fontes de energia elétrica (geradores)Fontes de energia elétrica (geradores)
Para forçar a corrente através de um circuito e com isso fornecer energPara forçar a corrente através de um circuito e com isso fornecer energia a ele ia a ele precisamos de dispositiprecisamos de dispositivosvos
que estabeleçam entre dois pólos a pressão elétrica necessária a isso. Estes dispositivos são denominadosque estabeleçam entre dois pólos a pressão elétrica necessária a isso. Estes dispositivos são denominados
geradores. Como na natureza não é possível criar energia a partir do nada, estes dispositivos convertemgeradores. Como na natureza não é possível criar energia a partir do nada, estes dispositivos convertem
alguma forma de energia em energia elétrica. Temos então os seguintes tipos de geradores:alguma forma de energia em energia elétrica. Temos então os seguintes tipos de geradores:
Pilhas e bateriasPilhas e baterias
 As pilhas  As pilhas e baterias e baterias são geradores são geradores químicos de químicos de energia elétrica, energia elétrica, pois convertem pois convertem a a energia liberada energia liberada numanuma
reação química em eletricidade. Denominamos baterias a um conjunto de pilhas ou acumuladores.reação química em eletricidade. Denominamos baterias a um conjunto de pilhas ou acumuladores.
 Acumuladores Acumuladores
 Acumuladores  Acumuladores também também são são geradores geradores químicos químicos de de energia energia elétrica, elétrica, mas mas o o seu seu funcionamento funcionamento éé
reversível. reversível. A reação libera energia elétrica mas isto pode ser inveA reação libera energia elétrica mas isto pode ser invertido pela passagem de uma correntertido pela passagem de uma corrente
que o carrega. As chamadas baterias de carro na verdade são conjunto de acumuladores que podem serque o carrega. As chamadas baterias de carro na verdade são conjunto de acumuladores que podem ser
recarregados pela corrente gerada pelo dínamo ou alternador.recarregados pela corrente gerada pelo dínamo ou alternador.
Dínamos e alternadoresDínamos e alternadores
Os dínamos e alternadores são geradores que convertem energia mecânica, a força do motor, porOs dínamos e alternadores são geradores que convertem energia mecânica, a força do motor, por
exemplo, em energia elétrica. Eles consistem em conjuntosde bobinas que criam campos elétricos eexemplo, em energia elétrica. Eles consistem em conjuntos de bobinas que criam campos elétricos e
através deles a energia é gerada pelo movimento.através deles a energia é gerada pelo movimento.
Células solaresCélulas solares
 As células solares convertem energia luminosa (luz solar, por exemplo) em energia elétrica. Consistem em As células solares convertem energia luminosa (luz solar, por exemplo) em energia elétrica. Consistem em
painéis de materiais semicondutores como o silício. Seu rendimento ainda é muito baixo e elas são caras,painéis de materiais semicondutores como o silício. Seu rendimento ainda é muito baixo e elas são caras,
o que limita bastante suas aplicações práticas.o que limita bastante suas aplicações práticas.
Questionário:Questionário:
1. Uma corrente elétrica consiste em:1. Uma corrente elétrica consiste em:
 A) Cargas elétricas em  A) Cargas elétricas em oscilaçãooscilação
B) Cargas elétricas em movimentoB) Cargas elétricas em movimento
C) Tensão aplicada num fioC) Tensão aplicada num fio
D) Movimento de átomos de um metalD) Movimento de átomos de um metal
2. Tensão e corrente podem ser relacionadas como (na ordem):2. Tensão e corrente podem ser relacionadas como (na ordem):
 A) efeito e causa A) efeito e causa
B) causa e efeitoB) causa e efeito
C) quantidades de energiaC) quantidades de energia
D) geração de calorD) geração de calor
3. Para que uma corrente circule é preciso:
 A) haver tensão aplicada
B) haver um circuito fechado
C) haver um gerador e um receptor
D) haver resistência
4. O produto tensão x corrente determina:
 A) A resistência de um circuito
B) Quantidade de energia disponível
C) A potência elétrica
D) A quantidade de calor gerada
Eletrônica automotiva - 2 (O Circuito Básico do Sistema de
Ignição)
Escrito por Newton C. Braga
1. A função do Sistema
Quando a mistura ar-combustível é comprimida no cilindro de um motor, sua queima ou ignição não
ocorre espontaneamente. É preciso que haja uma excitação externa para que isso ocorra. Esta excitação
é uma faísca elétrica produzida pela vela, conforme mostra a figura 1.
Figura 1 -Vista em corte de uma vela de ignição 
Ocorre entretanto que, para produzir a faísca elétrica, é preciso haver uma tensão muito alta.
Baseados no que se chama “rigidez dielétrica” do ar, sabemos que para cada centímetro de faísca
produzida precisamos de 10 000 V. Assim, para uma faísca de 2 cm precisamos de 20 000 volts, para 3
cm precisamos de 30 000 V e assim por diante. No caso do motor de um carro, evidente mente os 12 V
da bateria não conseguem produzir faísca alguma. É preciso ter recursos para que esta tensão seja
elevada para pelo menos uns 10 000 V e estes aplicados no instante certo na vela.
O instante certo é importante, pois a faísca deve garantir que a ignição da mistura ocorra quando ela
estiver suficientemente comprimida para ter o máximo de rendimento na queima. A finalidade do
sistema de ignição é justamente esta. Fornecer as faíscas para as velas no instante certo, utilizando para
isso a energia da bateria.
2. A Bobina de Ignição
O componente principal do sistema de ignição convencional é a bobina de ignição cuja finalidade é
ustamente aumentar a tensão de 12 V da bateria para um valor suficientemente elevado que produza a
faísca desejada nas velas. Esta bobina é na realidade um “auto -transformador” que gera de 6 000 a 40
000 volts, dependendo do tipo do carro, e tem seu princípio de funcionamento analisado a seguir.
Conforme mostra a figura 2, a bobina é formada por dois enrolamentos: primário e secundário.
Figura 2 - Os terminais (+) e (-) correspondem ao enrolamento primário.
O enrolamento primário tem poucas voltas de um fio mais grosso e o enrolamento secundário é formado
por milhares de voltas de um fio mais fino. Na verdade, o enrolamento secundário de uma bobina de
ignição chega a ter dezenas de quilômetros de fio esmaltado fino! A relação entre as voltas do
enrolamento primário e do enrolamento secundário determinam a tensão que vai sair no terminal de alta
tensão quando aplicamos os 12 V no enrolamento de baixa tensão. Por exemplo, se o enrolamento
primário tiver 100 voltas de fio e o enrolamento secundário 100 000 volta, a tensão ficará multiplicada
por 1 000. Assim, aplicando 12 V no primário teremos 12 000 V no secundário, conforme mostra a figura
3.
Figura 3 -O funcionamento do transformador.
No entanto, como qualquer transformador, a bobina de ignição é um componente que só funciona
quando a corrente nos seus enrolamentos varia. A bobina não funciona com corrente contínua pura. Se
ligarmos o enrolamento primário diretamente à bateria não acontece nada e não saem os 12 000 V no
secundário conforme mostra a figura 4.
Figura 4 -Ligando diretamente os 12 V na bobina não há indução 
 A indução de uma alta tensão na bobina só ocorre em dois momentos: no momento em que o circuito é
fechado e no momento em que o circuito é aberto, conforme mostra a figura 5.
Figura 5 -A indução só ocorre quando a corrente varia (liga ou desliga) 
No circuito da ignição do carro, este momento é determinado pela abertura e fechamento do platinado,
que funciona como uma chave que liga e desliga a corrente. Abrindo e fechando, ele determina então o
instante em que a alta tensão é gerada e a faísca produzida na vela. Mas, o sistema de ignição não é
apenas isso. Vamos fazer uma análise do circuito.
3. Analisando o Circuito
Na figura 6 temos então o circuito de um sistema de ignição tradicional com platinado, bobina de
ignição, distribuidor e velas.
(Figura 6) 
Os instantes em que as faíscas nas velas devem ser produzidas é determinado por um peça excêntrica
acoplada ao motor e que comanda o platinado, conforme mostra a figura 7.
Figura 7- Um platinado comum 
 Assim, num motor de 4 cilindros ou 4 tempos precisamos de 4 faíscas, uma em cada vela, em cada volta
do motor. O comando do platinado faz então com que em cada volta do motor ele dê quatro voltas e
com isso feche o platinado 4 vezes. Como o platinado está ligado ao primário da bobina de ignição,
temos a produção de 4 pulsos de alta tensão a cada volta do motor. No entanto, estes pulsos devem ser
enviados para as velas correspondentes na ordem certa, ou seja, de acordo com o instante em que cada
cilindro alcança o grau de compressão ideal para a combustão. Veja que os cilindros se movem de tal
forma que eles atingem esse ponto em instantes diferentes. Isso é dado pela árvore da manivelas. Para
dirigir a alta tensão para a vela correspondentes, entra em ação uma outra peça que também é
comandada pelo movimento do motor: o distribuidor. O distribuidor nada mais é do que uma chave
rotativa que gira, fazendo contacto em instantes diferentes com os fios que vão para a vela. Assim, ele
deve estar na posição exata que corresponde a uma determinada vela quando a alta tensão para esta
vela é produzida e deve ser enviada a ela, conforme mostra a figura 8.
Figura 8 - O funcionamento do distribuidor.
 A alta tensão escapa com extrema facilidade na presença de umidade, daí a necessidade do distribuidor
ser muito bem vedado. Qualquer umidade provoca o escape da alta tensão e a falha do motor. O ponto
final do sistema é a vela que, ao receber a alta tensão produz a faísca que provoca a ignição da mistura
combustível+ar no interior do cilindro. A vela nada mais é do que uma peça que tem dois eletrodos. Um
deles é aterrado (ligado ao bloco do motor) e o outro recebe a alta tensão. Quando isso ocorre, temos
uma faísca elétrica. A queima constante do combustível e a própria alta tensão provocam a corrosão e
queima dos contactos da vela que acaba por produzir faíscas menos eficientes. Nestas condições o motor
deixa de ter o rendimento desejado e até falha.
(figura9) 
Um elemento final deste conjunto é o pequeno condensador ou capacitor que é ligado junto ao
platinado. Ele evita que ocorram faíscas na comutação da corrente, o que desgastaria os contactos desta
peça e também provocariam ruído elétrico capaz de interferirno rádio. Já repararam que parando com o
rádio AM ligado perto de um carro antigo (anterior à ignição eletrônica) você “ouve” o motor neste
rádio? São as interferências provocadas pela corrente no sistema de ignição.
Questionário:
1.A bobina de ignição é:
 A) Um condensador
B) Uma bateria
C) Um transformador
D) Um gerador de alta tensão
2. A alta tensão para as velas é obtida em que local da bobina de ignição?
 A) No enrolamento primário
B) No enrolamento secundário
C) No núcleo
D) No platinado
3. A função do platinado num sistema tradicional de ignição é:
 A) Gerar alta tensão
B) Comutar a corrente no sistema
C) Fornecer alta tensão para as velas
D) Controlar o distribuidor
4. Quantos contactos existe num distribuidor para um motor de quatro cilindros?
 A) 2
B) 4
C) 2 a 4 -Depende do número de velas
D) 6
Eletrônica automotiva - 3 (A Eletrônica no Automóvel - A
Introdução)
Escrito por Newton C. Braga
Na lição anterior, analisamos o princípio de funcionamento do sistema de ignição tradicional com poucos
elementos, como utilizados nos carros até algum tempo atrás. Com o progresso da tecnologia eletrônica
alguns recursos importantes passaram a ser agregados tanto no sistema de ignição como em outros
sistemas que hoje dependem totalmente dela. Deles é que trataremos nesta lição.
3.1. Ignição
 A eletrônica começou a fazer parte do sistema de ignição de uma forma gradual. Inicialmente, utilizouse
um transistor para fazer o chaveamento da bobina de ignição substituindo o platinado, num circuito
simples conforme mostra a figura 1.
Figura 1 
 A idéia era simples. O platinado ao chavear o enrolamento primário da bobina opera comutando u-ma
carga indutiva de alta corrente. Isso faz com que na sua abertura, a energia armazenada no campo da
bobina gere um pulso de alta tensão de retorno que provoca uma faísca nos contatos do platinado. Esta
faísca tende a queimar os contatos que se desgastam com facilidade, provocando falhas do sistema de
ignição. Utilizando-se um transistor de potência, como o mostrado na figura 2, pode-se controlar a
corrente sem contatos e a partir de uma corrente de comando muito menor circulando pelo platinado.
Figura 2 - Transistor de potência encontrado em sistemas de ignição.
Em outras palavras, o platinado ainda existe, mas trabalha com uma corrente muito menor, sem a o-
corrência de faísca, o que aumenta a confiabilidade do sistema e sua durabilidade. Este tipo de ignição é
denominado "Ignição Assistida". Neste sistema, o defeito mais comum é justamente a queima do tran-
sistor de potência que trabalha normalmente nos seus limites, controlando uma corrente elevada. Nu-ma
segunda etapa, o sistema de ignição evoluiu para o que hoje predomina na maioria dos veículos
automotores. Trata-se da ignição eletrônica propria-mente dita ou ignição por "descarga capacitiva". Na
figura 3 temos um diagrama simplificado deste sistema.
Figura 3 
Nele, um circuito inversor formado por transistores de potência e um transformador elevam a tensão da
bateria de 12 V para um valor entre 400 V e 600 V. Esta alta tensão é utilizada para carregar um capa-
citor em série com o enrolamento primário da bobina e um elemento de disparo eletrônico. Este ele-
mento de disparo é um SCR ou Silicon Controlled Rectifier (Diodo Controlado de Silício). Quando o gate
(g) do SCR recebe o pulso de comando para gerar uma faísca, ele dispara transferindo a carga do
capacitor para a bobina. Neste momento é induzido em seu secundário um pulso de tensão que gera a
faísca na vela do carro. A grande vantagem deste sistema está na possibilidade de se gerar faíscas de
alta energia de forma muito precisa e uniforme, melhorando o desempenho do carro em to-dos os
sentidos. Um deles é justamente o fato de que, enquanto no sistema tradicional à medida que a
velocidade (rotação aumenta) o tempo de fechamento do platinado se torna mais curto e com isso a
faísca perde a intensidade, o que não ocorre com o sistema por descarga capacitiva. A duração da faísca
independe da rotação e com isso o rendimento é maior nas altas rotações. Na figura 4 temos uma curva
comparativa do desempenho dos três sistemas de ignição.
Figura 4 
3.2 -Injeção eletrônica
O que tornou possível a utilização de combustíveis líquidos nos motores à combustão interna foi a cria-
ção do carburados. Este dispositivo totalmente mecânico misturava o ar ao combustível líquido formando
assim um "spray" que injetado nos cilindros podia ser queimado pela ação da faísca da vela. Na figura 5
temos uma vista do velho e tradicional carburador.
Figura 5 - Um carburador convencional 
 A tecnologia levou a soluções mecatrônicas para a injeção de combustível, com o processo de injeção
eletrônica. Nele, o que temos é um solenóide que pela ação de um campo elétrico criado numa bobina
por uma corrente de controle, faz com que o combustível seja borrifado juntamente com o ar no cilindro,
conforme mostra a figura 6.
Figura 6 - Vista em corte de um bico injetor de um sistema de injeção eletrônica 
O instante exato em que deve ser injetado o combustível no cilindro é dado por um microcontrolador
que recebe sinais de sensores que determinam a posição de cada pistão. Esta técnica possibilita a
programação dos instantes de injeção e das faíscas em função de fatores externos como a velocidade, a
pressão no acelerador, a marcha em que o veículo se encontra, sua temperatura, além de muitos outros
fatores. Rigorosamente programados estes recursos possibilitam a obtenção do máximo de desempenho
com um mínimo de consumo do motor. O sistema é ainda capaz de trabalhar com programações
diferentes de quantidade e instante de injeção conforme o tipo de combustível, possibilitando assim a
fácil operação de um motor com diversos tipos de combustíveis (flex).
3.3-Microcontroladores
Microcontroladores são chips ou pequenas pastilhas de silício na forma de circuitos integrados, capazes
de realizar uma grande quantidade de funções de controle a partir de informações captadas por sensores
e processadas internamente a partir de um programa. Na figura 7 temos o aspecto típico de um
microcontrolador.
Figura 7-Um microcontrolador de tipo encontrado em veículos automotores.
Os microcontroladores utilizados nos automóveis têm por função funcionar como uma espécie de
"cérebro" gerenciando todo o funcionamento de suas partes elétricas. Nos veículos modernos eles
contém a programação para o sistema de ignição, injeção, alarmes, luzes, etc, ficando encerrados na
unidade de controle. Estes componentes não podem ser reparados quando ocorre algum problema, pois
são programados de fábrica. O que eles possuem é uma memória programável que eventual-mente pode
ter os dados de funcionamento, mas não o programa, inseridos num processo de ajuste ou reparação
feito na oficina especializada. Neste caso, uma máquina de diagnóstico (computador) com um programa
apropriado, lê os dados gravados e o estado de todos os sensores, detectando eventuais falhas que
podem ser corrigidas. Trata-se do chamado diagnóstico eletrônico feito pelas oficinas especializadas. Na
figura 8 temos um exemplo de instrumento de diagnóstico deste tipo.
Figura 8- Diagnostico eletrônico para motores 
3.4-Alarmes
Um tipo de recurso de tecnologia eletrônica encontrado na maioria dos veículos é o alarme. Num alarme
automotivo típico. sensores detectam quando ocorre a invasão do veículo por um desconhecido, atuando
sobre sistemas de aviso e de inibição do movimento. Normalmente são utilizados microcontroladores
programados com as diversas funções que o alarme deve realizar. Nos tipos mais sofisticados o sistema
pode enviar sinais por meio de celular para o celular do proprietário do veículo ou até mesmo via uma
conexão de Internet. O recurso da desabilitação por senha ou outra forma também está previsto. Os
alarmes mais simples utilizam circuitos rudimentares com poucos compo nentes, mas têm poucas
funções. A tecnologia dos alarmes tem evoluído de uma forma muito rápida com recursos que devem se
tornar comunsem pouco tempo como a identificação do proprietário pela Iris ou pela impressão digital,
impedindo que outras pessoas desautorizadas dêem a partida num carro.
3.5-Som
Do antigo rádio AM valvulado dos carros dos anos 40 e 50 passamos por tecnologias cada vez mais
sofisticadas que vão do emprego do transistor e depois do circuito integrado para proporcionar a repro-
dução sonora das mais diversas mídias. Assim, em primeiro lugar temos o simples rádio FM que depois
teve agregado o toca-fitas cassete. Depois chegou
o CD player com displays LCD apresentando os mais diversos efeitos até mesmo os televisores e
reprodutores de DVD dos mais diversos tipos, inclusive para colocação nos bancos para que os passa-
geiros dos bancos traseiros possam utilizar. Nesta categoria incluem-se os vídeo-games dos mais di-
versos tipos. Os próprios alto-falantes vêm passando por uma evolução no sentido de se obter maior
fidelidade e maior capacidade de manusear potências elevadas como as exigidas para alguns equipa-
mentos. De fato, neste ponto temos de incluir a categoria dos amplificadores de muito altas potências
que são utilizados em alguns carros e que até exigem até fontes separadas de energia, como baterias
adicionais instaladas nos porta-malas.
Figura 9 - Exemplo de som automotivo de alta potência com alto-falantes e amplificador na parte traseira 
doveículo 
3.6-LEDs
Na edição anterior de "O Peçalheiro" fizemos um interessante artigo em que focalizamos a nova tec-
nologia dos LEDs que estão substituindo as lâmpadas comuns em todos os pontos em que se necessita
de um foco de luz: dos painéis de instrumentos até os faróis. Os LEDs ou Light Emitting Diodes (Diodos
Emissores de Luz) são dispositivos semicondutores, formados por chips de arseneto de gálio e outras
substâncvias dopantes que, ao serem percorridos por uma corrente elétrica emitem luz. Os LEDs são
robustos, apresentam um rendimento elevado e produzem luz pura *(monocromática). Combinando-se
diversos chips num único dispositivo é possível produzir luz de diversas cores que combinadas resultam
na luz branca Observamos que o comportamento dos LEDs é diferente das lâmpadas. Os LEDs são
polarizados e exigem fontes de corrente constante para sua alimentação. Na figura 10 temos um farol de
LEDs utilizado em automóveis mais modernos.
Figura 10 - Farois de LEDs utilizados em lugar de lâmpadas comuns 
GPS
GPS é o acrônimo para Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global. O equipamento
de GPS consiste num receptor que se comunica com satélites. Através de triangulação, con-forme mostra
a figura 11, é possível determinar a posição exata em que o aparelho se encontra na superfície da terra.
Figura 11-A posição do receptor é determinada por triangulação.
Com a utilização de mapas na memória é possível colocar a posição do veículo no mapa e através de
programação, determinar a melhor rota para se chegar a um local. Na figura 12 um GPS da Sanyo para
uso automotivo.
Figura 11-Os GPS para carros já estão se tornando comuns em nossos dias.
Nas próximas lições detalharemos o funcionamento de muitos dos dispositivos descritos nesta lição.
Questionário
1, Num sistema de ignição assistida, a função do transistor é:
 A) Substituir o platinado
B) Gerar alta tensão
C) Comutar a bobina
D) Comandar o distribuidor
2. A injeção eletrônica substitui que peça dos carros tradicionais?
 A) A bobina de ignição
B) As velas
C) O distribuidor
D) O carburador
3. As principais funções eletrônicas de um carro são controladas por que tipo de dispositivo?
 A) Microcontroladores
B) Transistores
C) Computadores de bordo
D) GPS
Eletrônica automotiva - 4 (Componentes Eletrônicos Básicos -
Passivos)
Escrito por Newton C. Braga
Componentes Passivos
 Ao trabalhar com circuitos eletrônicos encontrados no automóvel, o profissional vai se deparar com uma
série de componentes que não são comuns nos automóveis antigos. São componentes do tipo
encontrado em equipamentos eletrônicos convencionais como rádios, televisores, computadores e
outros. O profissional deve estar então preparado para identificar estes componentes, saber o que f azem
e eventualmente fazer seu teste e substituição.
Nesta lição vamos tratar dos principais componentes da eletrônica automotiva.
Resistores
De todos os componentes eletrônicos, os mais comuns são os resistores. Estes componentes são
encontrados em diversos formatos e aparências, tendo seu aspecto e símbolo mostrado na figura 1.
Cor Valores Significativos Multiplicador Tolerância
Preto 0 1 -
Marrom 1 10 1%
Vermelho 2 100 2%
Laranja 3 1 000 -
Amarelo 4 10 000 -
Verde 5 100 000 0,5%
Azul 6 1 000 000 0,25%
Violeta 7 10 000 000 0,1%
Cinza 8 100 000 000 0,05%
Branco 9 1 000 000 000 -
Dourado - 0.1 5%
Prateado - 0.01 10%
Figura 1 — Símbolos e aspectos 
 A finalidade do resistor é oferecer uma oposição à passagem da corrente reduzindo assim sua
intensidade onde isso é necessário, ou ainda provocar uma queda de tensão num circuito. Os resistores
são especificados pela sua resistência medida em ohms (Ω). Em alguns tipos de resistores os valores da
resistência são dados por faixas coloridas segundo um código internacional mostrado na tabela abaixo
Neste código, as duas primeiras faixas indicam os dois primeiros dígitos do valor do resistor. Por
exemplo, vermelho e violeta indicam 27. O terceiro dígito indica o fator de multiplicação ou número de
zeros a ser acrescentado. Por exemplo, laranja indica 3 zeros o que leva a 27 000 ohms o valor do
componente. O quarto anel, quando existe indica a tolerância. Existem ainda resistores de 5 faixas onde
as três primeiras faixas indicam os três primeiros dígitos. Uma segunda especificação importante é a
dissipação, ou seja, quanto de calor o resistor pode suportar, dada em watts. Resistores comuns dos
aparelhos eletrônicos são pequenos, com potências de ¼ a 1 W, tipicamente.
O teste de um resistor é feito com o multímetro, retirando-se o componente do circuito e medindo-se
sua resistência.
Capacitores
Os capacitores também são componentes bastante comuns em aparelhos eletrônicos. Sua finalidade é
armazenar uma pequena carga elétrica, com diversas finalidades. Na figura 2 temos os aspectos dos
principais tipos e o símbolo adotado para representá-los nos esquemas.
Figura 2 —  Aspectos e símbolos para capacitores 
O valor de um capacitor é dado em farads (F). Na prática são utilizados submúltiplos do farad como o
microfarad (µF – milionésimo do farad  – 0,000 001 F), o nanofarad (nF – bilionésimo do farad – 0,000
000 001 F) e o picofarad (PF  – trilionésimo do farad  – 0,000 000 000 001 F).
Os capacitores possuem um material isolante em seu interior denominado dielétrico e que lhes dá o
nome. Assim, encontramos tipos como os cerâmicos, poliéster, styroflex, eletrolíticos, mica, etc. Alguns
tipos como os eletrolíticos possuem polaridade, ou seja, uma marcação (+) que indica o pólo positivo. Se
forem invertidos num circuito podem danificar-se.
Outra especificação importante dos capacitores é a sua tensão de trabalho, ou seja, qual a tensão
máxima que suportam. O teste de capacitores pode ser feito em alguns casos com um multímetro, mas
o melhor é usar um aparelho que mede sua capacitância, denominado capacímetro.
Indutores
Indutores ou bobinas também pertencem à família dos denominados componentes passivos, como os
resistores e os capacitores. Estes componentes são formados por certo número de voltas de fio
esmaltado numa forma com ou sem núcleo. O núcleo pode ser de ferrite ou ferro, conforme a aplicação.
Na figura 3 temos os símbolos adotados para representar este componente assim como seu aspecto.
Figura 3 — Bobinas — aspectos e símbolos 
Os indutores são especificados por sua indutância numa unidade denominada henry (H). Na prática
podemos encontrar indutores com valores muito pequenos especificados em milésimos de henry (mH)
ou ainda milionésimos de Henry (µH). Outra forma de se especificar os indutores é por seu número de
voltas de fio, espessura do fio, diâmetro da bobina e tipode núcleo utilizado.
O teste de uma bobina normalmente é feito medindo-se sua continuidade com um multímetro. Uma
bobina em bom estado deve apresentar resistência baixa.
Transformadores
ransformadores são componentes formados por dois ou mais enrolamentos de fio esmaltado sobre um
núcleo comum que pode ser de ar, ferro laminado ou ferrite. Sua função é alterar tensões num circuito,
elevando-as ou abaixando-os como as encontradas nas ignições. A própria bobina de ignição é um
transformador, conforme já vimos em lições anteriores.
Na figura 4 temos os símbolos adotados para representar este componente assim como seu aspecto.
Figura 4 — Transformadores — aspectos e símbolos 
Existem diversas maneiras de se especificar um transformador. A mais comum é indicando a tensão de
entrada ou tensão do primário, a tensão de saída ou tensão do secundário e a corrente que se pode
obter no enrolamento secundário.
Por exemplo, um transformador utilizado num carregador de bateria pode ter 110 V ou 220 V de entrada
(primário), 12 a 15 V de tensão de saída, com uma corrente que pode variar entre 3 e 10 A.
O teste mais simples de um transformador é feito medindo-se a resistência ou continuidade dos seus
enrolamentos com um multímetro. Os enrolamentos devem apresentar baixa resistência. Se tiverem alta
resistência (acima de 10 000 ohms) é sinal que o enrolamento se encontra aberto (interrompido) e o
transformador não pode ser utilizado.
Um tipo de transformador encontrado em alguns circuitos é o toroidal, conforme mostra a figura 5.
Figura 5 - Transformadores com núcleos toroidais 
Nestes transformadores, o núcleo consiste num anel de metal (toróide).
Fusíveis
Os fusíveis são componentes muito importantes num circuito, pois se destinam a sua proteção. Eles
funcionam como o elo mais fraco de uma corrente. Se algo vai mal eles quebram e interrompem a
corrente evitando maiores danos ao circuito ou mesmo à instalação elétrica do automóvel. Os fusíveis
encontrados
nos carros podem ser de dois tipos: os utilizados na própria instalação do carro e os utilizados nos
equipamentos eletrônicos. Eles diferem quanto ao aspecto, mas a função é a mesma. Na figura 6 temos
os símbolos e aspectos destes componentes.
Figura 6 - Aspectos e símbolo do fusível 
Os fusíveis são especificados pela corrente com que se rompem. Por exemplo, um fusível de 20 A vai
abrir o circuito quando a corrente atingir este valor. Ele será utilizado num circuito em que a corrente é
menor. Somente se houver um curto-circuito ou problema com algum componente e a corrente subir,
ele vai se romper.
Nunca substitua um fusível por um valor diferente do original. Um fusível maior, por exemplo, pode não
abrir em caso de algum problema e com isso danos no circuito e na instalação do carro podem ocorrer.
O teste de um fusível pode ser feito medindo-se sua continuidade com um multímetro. O fusível bom
apresenta uma resistência nula e um fusível aberto (queimado) apresenta uma resistência infinita.
Disjuntores
Um tipo de dispositivo de proteção de circuitos, com a mesma função do fusível é o disjuntor, cujo
aspecto é mostrado na figura 7.
Figura 7 — Um disjuntor comum 
Este componente desliga um circuito em caso de algum problema. No entanto, ele não precisa ser
trocado quando isso ocorre. Basta remover a causa do problema e depois religá-lo. Os disjuntores são
mais utilizados em instalações domésticas, comerciais e industriais.
Interruptores e Chaves
Interruptores e chaves servem para ligar e desligar dispositivos elétricos ou ainda mudar suas funções.
Os interruptores normalmente são do tipo liga/desliga e possuem dois pólos, conforme mostra a figura 8.
Figura 8 — Chave liga-desliga 
Já as chaves possuem diversos pólos, dependendo do tipo de função que exercem. Por exemplo,
podemos ter uma chave de 1 pólo x 2 posições que comuta o brilho de uma lâmpada ou a velocidade de
um motor, conforme mostra a figura 9.
Figura 9 — Chave SPDT — aspecto e símbolo 
Uma chave H ou reversível pode ser utilizada para inverter a rotação de um motor, com aspecto e
símbolo, conforme mostra a figura 10.
Figura 10 — Chave DPDT — aspecto e símbolo 
 As chaves e interruptores são especificados pela intensidade máxima da corrente com que podem
trabalhar. Uma corrente excessiva gasta os contactos causando falhas elétricas.
Lâmpadas e LEDs
Para saber mais sobre este componente, sugerimos que o leitor consulte a Edição 2 do Peçalheiro, em
que temos um artigo que trata da substituição das lâmpadas pelos LEDs nos veículos modernos e em
muitas outras aplicações. Apenas acrescentamos que o teste de uma lâmpada pode ser feito com o
multímetro medindo-se sua continuidade. O filamento bom deve apresentar uma baixa resistência. Para
os LEDs o teste é mais complexo, mas trataremos disso futuramente.
Outros componentes
 Além dos que vimos existem diversos outros componentes de natureza elétrica, ou seja, que podem
realizar funções nos circuitos ou ainda receber energia elétrica para convertê-la em outras formas de
energia. Estes são componentes denominados passivos pois não amplificam e nem geram sinais.
Dentre eles destacamos os alto-falantes, motores, buzinas, indicadores de painel, conectores, terminais
isolados, antenas, cabos, etc.
QUESTIONÁRIOQUESTIONÁRIO
1. Qual é a função de um resistor num circuito?1. Qual é a função de um resistor num circuito?
 A) Converter energia em calor A) Converter energia em calor
B) Resistir a choques mecânicosB) Resistir a choques mecânicos
C) Oferecer uma oposição à passagem da correnteC) Oferecer uma oposição à passagem da corrente
D) Diminuir a tensão de uma D) Diminuir a tensão de uma bateriabateria
2) Os capacitores servem para:2) Os capacitores servem para:
 A) Descarregar energ A) Descarregar energia de um circuitoia de um circuito
B) Armazenar cargas elétricasB) Armazenar cargas elétricas
C) Aumentar a capacidade de um C) Aumentar a capacidade de um circuitocircuito
D) Gerar energia elétricaD) Gerar energia elétrica
3) Um indutor é 3) Um indutor é normalmente construído de que forma?normalmente construído de que forma?
 A) Placas de metal sepa A) Placas de metal separadas por um isolanteradas por um isolante
B) Carvão ou grafiteB) Carvão ou grafite
C) Voltas de fio esmaltadoC) Voltas de fio esmaltado
D) Placas de ferro ou D) Placas de ferro ou ferriteferrite
4) Uma chave DPDT ou 4) Uma chave DPDT ou reversível tem quantos pólos?reversível tem quantos pólos?
 A) 2 A) 2
B) 3B) 3
C) 4C) 4
D) 6D) 6
Eletrônica automotiva - 5 (Componentes Eletrônicos Básicos - Ativos)Eletrônica automotiva - 5 (Componentes Eletrônicos Básicos - Ativos)
Escrito por Newton C. BragaEscrito por Newton C. Braga
Na lição anterior de nosso curso tratamos dos componentes passivos, ou seja, componentes que nãoNa lição anterior de nosso curso tratamos dos componentes passivos, ou seja, componentes que não
amplificam nem geram sinais como os resistores, capacitores, indutores, transformadores, etc.amplificam nem geram sinais como os resistores, capacitores, indutores, transformadores, etc.
Nesta lição trataremos dos componentes ativos e de semicondutores que são componentes maisNesta lição trataremos dos componentes ativos e de semicondutores que são componentes mais
avançados.avançados.
Os componentes estudados a seguir, aparecem em grande quantidade na maioria dos equipamentosOs componentes estudados a seguir, aparecem em grande quantidade na maioria dos equipamentos
automotivos modernos.automotivos modernos.
DiodosDiodos
Os diodos semicondutores são dispositivos que conduzem a corrente num único sentido. Por esteOs diodos semicondutores são dispositivos que conduzem a corrente num único sentido. Por este
motivo eles são utilizados tanto em funções lógicas como na retificação, ou seja, para convertermotivo eles são utilizados tanto em funções lógicas como na retificação, ou seja, para converter
corrente alternada em corrente contínua. Na figura 1 temos o símbolo e o aspecto destescorrente alternada em corrente contínua. Na figura 1 temos o símbolo e o aspectodestes
componentes.componentes.
Figura 1 Figura 1 — — Diodos Diodos — — símbolos e aspectos símbolos e aspectos 
Uma aplicação importante destes componentes na eletrônica automotiva é justamente na saída dosUma aplicação importante destes componentes na eletrônica automotiva é justamente na saída dos
alternadores (que produzem correntes alternadas) para convertê-la em corrente contínua de modoalternadores (que produzem correntes alternadas) para convertê-la em corrente contínua de modo
que ela possa ser utilizada para carregar a bateria. Na figura 2 temos um conjunto de diodos de umque ela possa ser utilizada para carregar a bateria. Na figura 2 temos um conjunto de diodos de um
alternador automotivo comum.alternador automotivo comum.
Figura 2 Figura 2 — — Seis diodos de um alternador comum Seis diodos de um alternador comum 
Os diodos possuem duas especificações importOs diodos possuem duas especificações importantes: a tensão máxima que suportam dada em volts antes: a tensão máxima que suportam dada em volts ee
a corrente máxima que podem conduzir, dada em ampères.a corrente máxima que podem conduzir, dada em ampères.
O teste de diodos é simples. Com o multímetro verificamos se ele conduz num sentido mas não noO teste de diodos é simples. Com o multímetro verificamos se ele conduz num sentido mas não no
outro. Se ele conduzir nos dois sentidos, é porque está em curto. Se não conduzir em nenhumoutro. Se ele conduzir nos dois sentidos, é porque está em curto. Se não conduzir em nenhum
sentido é porque se encontra sentido é porque se encontra aberto.aberto.
TransistoresTransistores
De todos os componentes eletrônicos modernos, talvez o mais importante seja o transistor bipolar ouDe todos os componentes eletrônicos modernos, talvez o mais importante seja o transistor bipolar ou
simplesmente transistor. O transistor pode amplificar sinais, gerar sinais ou ainda funcionar comosimplesmente transistor. O transistor pode amplificar sinais, gerar sinais ou ainda funcionar como
uma chave eletrônica, ligando e desligando circuitos. Em outras palavras, colocando um transistoruma chave eletrônica, ligando e desligando circuitos. Em outras palavras, colocando um transistor
num circuito ele pode controlar este circuito a partir de sinais de comando.num circuito ele pode controlar este circuito a partir de sinais de comando.
Existem dois tipos de transistores que são diferenciados pelo modo como sua estrutura de silício éExistem dois tipos de transistores que são diferenciados pelo modo como sua estrutura de silício é
determinada. Se usarmos dois pedaços de silício N e um de silício P teremos um transistor NPN. Pordeterminada. Se usarmos dois pedaços de silício N e um de silício P teremos um transistor NPN. Por
outro lado, usando dois pedaços de silício P e um de N, outro lado, usando dois pedaços de silício P e um de N, teremos um transistor PNP. Na figura 3 temosteremos um transistor PNP. Na figura 3 temos
os símbolosos símbolos
Figura 3 Figura 3 — — Símbolos dos transistores Símbolos dos transistores 
Existem diversos tipos de transistores que se diferenciam quanto ao tamanho e forma. Na figura 4Existem diversos tipos de transistores que se diferenciam quanto ao tamanho e forma. Na figura 4
temos os aspectos dos temos os aspectos dos principais dos transistores.principais dos transistores.
Figura 4 Figura 4 — — Tipos de transistores comuns Tipos de transistores comuns 
Os transistores maiores, de metal são destinados ao controle de correntes intensas, como porOs transistores maiores, de metal são destinados ao controle de correntes intensas, como por
exemplo nos sistemas de ignição eletrônica, etc. Os ,menores são destinados a operação com sinaisexemplo nos sistemas de ignição eletrônica, etc. Os ,menores são destinados a operação com sinais
fracos como em rádios, com sensores, sinalização, geração de sinais de fracos como em rádios, com sensores, sinalização, geração de sinais de controle, etc.controle, etc.
SCR SCR 
SCR é o acrônimo Para Silicon Controlled Rectfier ou Diodo Controlado de Silício. Trata-se de umSCR é o acrônimo Para Silicon Controlled Rectfier ou Diodo Controlado de Silício. Trata-se de um
dispositivo semicondutor de 4 camada destinado ao controle de correntes intensas nos circuitos. Estedispositivo semicondutor de 4 camada destinado ao controle de correntes intensas nos circuitos. Este
dispositivo possui um anodo e um catodo entre os quais passa a corrente principal, e um elemento dedispositivo possui um anodo e um catodo entre os quais passa a corrente principal, e um elemento de
disparo denominado gate. Na figura 5 temos o símbolo adotado para representar este componentedisparo denominado gate. Na figura 5 temos o símbolo adotado para representar este componente
assim como seu aspecto.assim como seu aspecto.
Figura 5 - SCR - Símbolo e Figura 5 - SCR - Símbolo e aspectos aspectos 
Os SCRs são utilizados em alarmes e Os SCRs são utilizados em alarmes e principalmente em sistemas de ignição disparando quando aprincipalmente em sistemas de ignição disparando quando a
faísca deve ser produzida. Neste momento eles conduzem a faísca deve ser produzida. Neste momento eles conduzem a intensa corrente de descarga dosintensa corrente de descarga dos
capacitores que vai para a bobina.capacitores que vai para a bobina.
Estes componentes são especificados pela corrente que podem conduzir, assim como a Estes componentes são especificados pela corrente que podem conduzir, assim como a tensãotensão
máxima que podem supmáxima que podem suportar. Os SCRs pertencem aortar. Os SCRs pertencem ao grupo de o grupo de semicondutores denominadsemicondutores denominadosos
tiristores ou diodos de quatro camadas.tiristores ou diodos de quatro camadas.
Um SCR se comporta como um diodo, ou seja, conduz a corrente num único sentido quandoUm SCR se comporta como um diodo, ou seja, conduz a corrente num único sentido quando
disparado, assim, deve ser utilizado principalmente em circuitos de corrente contínua.disparado, assim, deve ser utilizado principalmente em circuitos de corrente contínua.
Outros tiristoresOutros tiristores
 Além  Além dos dos SCRs SCRs existem existem outros outros componentes componentes da da família família dos, dos, SCRs SCRs ou ou diodos diodos de de quatro quatro camadas.camadas.
Dentre eles destacamos os Triacs que Dentre eles destacamos os Triacs que são controles de potência são controles de potência utilizados principalmente em circuitosutilizados principalmente em circuitos
de corrente alternada, com símbolo e aspecto mostrados na de corrente alternada, com símbolo e aspecto mostrados na figura 6.figura 6.
Figura 6 Figura 6 — — Triac Triac — — símbolo e aspectos símbolo e aspectos 
Estes componentes são encontrados em carregadores de baterias e dimmers de lâmpadasEstes componentes são encontrados em carregadores de baterias e dimmers de lâmpadas
incandescentes.incandescentes.
Eles controlam a intensidade da carga de uma Eles controlam a intensidade da carga de uma bateria. Como os triacs controlam correntes intensasbateria. Como os triacs controlam correntes intensas
eles tendem a se aquecer sendo, eles tendem a se aquecer sendo, por este motivo, montados em dissipadores de calor.por este motivo, montados em dissipadores de calor.
Circuitos integrados (CIs)Circuitos integrados (CIs)
Os circuitos integrados, muitas vezes chamados de chips quando na vOs circuitos integrados, muitas vezes chamados de chips quando na verdade o chip é erdade o chip é a pastilha dea pastilha de
silício em que eles são montados, são componentes de silício em que eles são montados, são componentes de grande utilidade na eletrônica moderna. Elesgrande utilidade na eletrônica moderna. Eles
consistem num conjunto de componente como resistores, transistores, diodos, etc., todos fabricadosconsistem num conjunto de componente como resistores, transistores, diodos, etc., todos fabricados
por um processo único numa pastilha de por um processo único numa pastilha de silício já interligados de modoa formar um silício já interligados de modo a formar um circuitocircuito
completo.completo.
Por exemplo, pode-se obter um circuito integrado que Por exemplo, pode-se obter um circuito integrado que seja um amplificador completo, pois eleseja um amplificador completo, pois ele
contém em seu interior todos os contém em seu interior todos os componentes de um amplificador.componentes de um amplificador.
 As pastilhas de sil As pastilhas de silício são extremamente pequenas ício são extremamente pequenas , sendo colocadas no interior de invóluc, sendo colocadas no interior de invólucros comros com
terminais para sua ligação, conforme mostra a figura 7.terminais para sua ligação, conforme mostra a figura 7.
Figura 7 Figura 7 — — Tipos de circuitos integrados Tipos de circuitos integrados 
O que o circuito integrado (CI ou IC, abreviadamente) faz depende do modo como os componentesO que o circuito integrado (CI ou IC, abreviadamente) faz depende do modo como os componentes
são interligados no seu interior. Assim, cada circuito integrado recebe uma identificação através dasão interligados no seu interior. Assim, cada circuito integrado recebe uma identificação através da
qual sabemos o que ele faz. Hoje existem centenas de milhares de tipos de CIs, empregados numaqual sabemos o que ele faz. Hoje existem centenas de milhares de tipos de CIs, empregados numa
variedade enorme de funções, inclusive nos carros.variedade enorme de funções, inclusive nos carros.
Nos automóveis encontramos circuitos integrados em diversas funções, como temporização, nosNos automóveis encontramos circuitos integrados em diversas funções, como temporização, nos
carros, no sistema de ignição, etc.carros, no sistema de ignição, etc.
Microcontroladores
Microcontroladores são circuitos integrados de uma categoria diferente. São circuitos que podem ser
programados para exercer diversas funções de controle.
Por exemplo, são os microcontroladores que formam o cérebro ou a central de controle dos carros,
sendo ligados a um conjunto de sensores espalhados pelo veículo e aos dispositivos que devem ser
controlados. Os microcontroladores são componentes extremamente complexos, contendo milhões de
transistores e outros componentes integrados numa única pastilha. Na figura 8 temos o aspecto de
um microcontrolador.
Figura 8 — Microcontroladores 
Os microcontroladores utilizados nos circuitos automotivos vêm com uma programação básica e uma
memória onde é armazenado um conjunto de dados que correspondem às características do veículo
em que ele vai funcionar. A introdução destes dados é feita pelo fabricante e eventualmente por uma
oficina de regulagem ou reparação através de um equipamento especial, como o mostrado na figura
9.
Figura 9 — Ferramenta de diagnóstico de motores.
Este equipamento lê os dados de sensores em sua função coloca na memória do microcontrolador os
parâmetros de funcionamento daquele veículo.
DSPs
Os DSPs ou Digital Signal Processadores (Processadores Digitais de Sinais) são circuitos integrados
que se destinam ao controle de processos dinâmicos que ocorrem num carro, como a velocidade de
um motor elétrico de ventilação, um limpador de pára-brisas inteligente. Os DSPs pegam sinais de
sensores e transformam estes sinais, passando-os para a forma digital. Com isso, eles podem ser
processados resultando em ações que vão determinar como diversos dispositivos do carro operam.
Por exemplo, eles podem utilizar a informação da temperatura do radiador para determinar qual é a
melhor velocidade para a ventoinha de refrigeração.
Questionário
1 - A principal propriedade dos diodos é:
 A. Amplificar correntes
B. Bloquear correntes
C. Conduzir a corrente num único sentido
D. Deixar a corrente passar em ambos os sentidos
2 - Os transistores servem para:
 A. Retificar correntes
B. Amplificar sinais ou gerar sinais
C. Controlar circuitos
D. Proteger circuitos
3 - Os SCRs fazem parte de que família dos semicondutores?
 A. Tiristores
B. Retificadores
C. Comutadores
D. Circuitos integrados
4 - Os circuitos integrados são?
 A. Componentes passivos
B. Comutadores de corrente
C. Conjuntos de componentes interligados
D. Pastilhas semicondutoras
Eletrônica automotiva - 6 (Componenetes eletrônicos básicos -
sensores)
Escrito por Newton C. Braga
Na lição anterior tratamos dos dispositivos semicondutores ou componentes ativos encontrados nos
circuitos eletrônicos dos automóveis. No entanto, existe uma categoria muito importante de
componentes que fazem parte do circuito eletrônico de um carro. São os componentes responsáveis
pelo interfaceamento do circuito com o mundo externo, ou seja, os sensores e os efetores. Os
sensores são os elementos que verificam o que acontece com as diversas partes do carro e o mundo
exterior e informam o controle sobre isso. Os efetores são os dispositivos que transformam o
comando do controle numa ação.
6.1  –  Sensores resistivos
O tipo mais simples de sensor que encontramos nos carros é o sensor resistivo. Trata-se de um
componente cuja resistência elétrica varia com alguma grandeza física externa, por exemplo,
temperatura, nível de óleo ou combustível, pressão, etc. Estes sensores são as chamadas
cebolinhas” que medem a temperatura do motor, a pressão do óleo, etc. Na figura 1 temos o
aspecto de um sensor deste tipo.
Exemplo de sensor resistivo.
No interior de um sensor resistivo de temperatura, por exemplo, encontramos um componente
denominado NTC ou PTC. Estes componentes mudam de resistência com a temperatura. Num NTC
(Negative Temperature Coefficient) a resistência diminui quando a temperatura aumenta. Por outro
lado num PTC (Positive Temperature Coefficient) a resistência aumenta quando a temperatura sobe.
Os dois podem ser usados para sensoriar a temperatura, bastando que o microcontrolador saiba
como a resistência varia. Na figura 2 temos os aspectos de NTCs e PTCs comuns.
NTC.
Um outro sensor resistivo é a bóia que mede o nível de combustível que tem um resistor variável cujo
cursor muda de posição. Este sensor é acoplado à bóia que, ao se mover, altera a resistência do
sensor.
6.2  –  Sensores Indutivos
Estes sensores são formados por uma bobina e uma pequena peça de metal ferroso. Na presença de
um campo magnético, ou na alteração do campo magnético criado por um imã ou outra bobina, eles
geram um impulso elétrico. Uma aplicação comum deste tipo de sensor é em alguns tipos de ignição
eletrônica em que eles sensoriam a passagem dos dentes de uma engrenagem acoplada ao motor,
gerando desta forma os pulsos que controlam o sistema de ignição, conforme mostra a figura 3.
Sensor indutivo num sistema de ignição.
Estes mesmos sensores podem ser encontrados em pontos em que se deseja detectar o movimento
de partes mecânicas.
6.3  –  Sensores Capacitivos
Estes sensores operam segundo o mesmo princípio de um capacitor.. A presença de qualquer objeto
funciona como a placa de um capacitor, quando se aproxima de outro que seja condutor, mas sem
encostar. Por exemplo, colocando uma placa de metal sob uma placa de vidro (isolante), apoiando o
dedo sobre o vidro, o dedo funciona como a outra placa do capacitor, alterando sua capacitância. Se
a placa de metal for ligada a um circuito que detecte a variação da capacitância, pode-0se detectar a
presença do dedo ou o toque do dedo, conforme mostra a figura 4.
Operação do sensor capacitivo.
Este tipo de sensor pode ser encontrado em veículos modernos que possuam sistemas de
acionamento por toque em dispositivos. Em alguns casos estes sensores são acoplados às próprias
telas de cristal líquido (LCD), sendo denominadas então de “touch screen”, telas de toque.
6.4  –  Sensores Hall
Os sensores Hall ou ainda de “Efeito Hall” são sensores utilizados amplamente nos sistemas de
ignição eletrônica atuais, para sensoriar a rotação do motor e assim controlar o seu funcionamento.
Como o nome sugere, eles se baseiam no efeito Hall.
Segundo este efeito, uma corrente elétrica numa placa de metal se desvia se for aplicado um campo
magnético, conformemostra a figura 5.
O efeito Hall 
Isso significa que podemos usar uma minúscula plaquinha de metal para sensoriar a presença de
campos magnéticos, e assim controlar peças móveis como uma engrenagem que rode ou um imã
preso a uma polia. Existem então pequenos sensores Hall, na forma de circuitos integrados que são
utilizados para detectar a rotação dos dentes de uma engrenagem quando eles passam diante de um
pequeno imã, conforme mostra a figura 6.
O sensor Hall 
 A cada dente que passa diante do sensor, ele gera um impulso que pode ser utilizado para monitorar
o funcionamento do motor.
6.5  –  Solenóides
Os solenóides são dispositivos efetores no sentido de que eles traduzem um comando elétrico numa
ação, no caso uma força e um movimento. Um solenóide consiste numa bobina com um núcleo
móvel, conforme mostra a figura 7.
O solenóide 
Quando aplicamos uma tensão elétrica no solenóide circula uma corrente que cria um corte campo
magnético no seu interior. Este campo “puxa” a peça metálica que forma o núcleo exercendo um
esforço mecânico. Este tipo de dispositivo é que aciona as travas elétricas ou a abertura elétrica do
porta-malas de um carro.
Diversos tipos de solenóides .
Dispositivo semelhante acopla o motor de partida ao motor principal quando é dada a partida.
6.6  – Motores
Os motores são também dispositivos efetores que convertem um comando elétrico em movimento.
No carro encontramos diversos tipos de motores elétricos: para levantar e abaixar os vidros, para
mudar a posição do espelho retrovisor, para acionar o limpador de pára-brisas, para borrifar água no
párabrisas, etc. Existem basicamente dois tipos de motores utilizados em aplicações automotivas. O
mais comum é o motor de corrente contínua ou motor DC (direct current) que tem os aspectos
mostrados na figura 9.
Motor de corrente contínua comum.
Estes motores funcionam com 12 V e seu tamanho determina a força que podem exercer. São os
motores encontrados nos limpadores de pára-brisas, vidros, etc. O segundo tipo de motor, mais
sofisticado, é o motor de passo que é controlado diretamente por um circuito eletrônico de
posicionamento. Estes motores, cujo aspecto é mostrado na figura 10, destinam a aplicações em que
uma parte mecânica precisa ser posicionada com precisão.
Motor de passo.
Um Sensor Especial  –  Sonda Lambda
Um sensor que merece um destaque especial no carro é o sensor de gás ou sonda lambda como
também é conhecido. Este sensor consiste num dispositivo capaz de detectar a quantidade de
oxigênio existente num ambiente. Na figura 11 temos sua estrutura. Nesta sonda, um filamento
aquece um material quimicamente sensível aos gases.
Quando este material absorve gases combustíveis, ele muda sua resistência elétrica, fornecendo
assim um sinal a um circuito externo.
Um sensor de oxigênio, sonda lambda (?).
Colocado no escapamento de um automóvel, conforme mostra a figura 12, ele detecta a quantidade
de combustível que não foi queimado no motor e com isso determina se a mistura deve ou não ser
enriquecida. Explicando melhor: para que o rendimento do motor seja máxima, todo o combustível
injetado deve ser queimado, o que significa que também deve ser injetada a quantidade apropriada
de oxigênio para o que se denomina combustão total. Temos então uma mistura que quimicamente é
denominada estequiométrica.
Sondas lambda no carro (1 e 2).
Se as proporções de oxigênio e combustível não forem corretas temos baixo rendimento do motor. A
sonda lambda detecta isso pela que sai no escapamento do carro, verificando assim se existe excesso
de oxigênio ou de combustível, caso em que a mistura não está correta. O sinal da sonda é então
enviado ao processador que ajusta então o sistema de injeção de acordo com o necessário para o
correto funcionamento do motor.
Eletrônica automotiva - 6 (Componenetes eletrônicos básicos -
sensores)
Escrito por Newton C. Braga
Na lição anterior tratamos dos dispositivos semicondutores ou componentes ativos encontrados nos
circuitos eletrônicos dos automóveis. No entanto, existe uma categoria muito importante de
componentes que fazem parte do circuito eletrônico de um carro. São os componentes responsáveis pelo
interfaceamento do circuito com o mundo externo, ou seja, os sensores e os efetores. Os sensores são
os elementos que verificam o que acontece com as diversas partes do carro e o mundo exterior e
informam o controle sobre isso. Os efetores são os dispositivos que transformam o comando do controle
numa ação.
6.1  –  Sensores resistivos
O tipo mais simples de sensor que encontramos nos carros é o sensor resistivo. Trata-se de um
componente cuja resistência elétrica varia com alguma grandeza física externa, por exemplo,
temperatura, nível de óleo ou combustível, pressão, etc. Estes sensores são as chamadas “cebolinhas” 
que medem a temperatura do motor, a pressão do óleo, etc. Na figura 1 temos o aspecto de um sensor
deste tipo.
Exemplo de sensor resistivo.
No interior de um sensor resistivo de temperatura, por exemplo, encontramos um componente
denominado NTC ou PTC. Estes componentes mudam de resistência com a temperatura. Num NTC
(Negative Temperature Coefficient) a resistência diminui quando a temperatura aumenta. Por outro lado
num PTC (Positive Temperature Coefficient) a resistência aumenta quando a temperatura sobe. Os dois
podem ser usados para sensoriar a temperatura, bastando que o microcontrolador saiba como a
resistência varia. Na figura 2 temos os aspectos de NTCs e PTCs comuns.
NTC.
Um outro sensor resistivo é a bóia que mede o nível de combustível que tem um resistor variável cujo
cursor muda de posição. Este sensor é acoplado à bóia que, ao se mover, altera a resistência do sensor.
6.2  –  Sensores Indutivos
Estes sensores são formados por uma bobina e uma pequena peça de metal ferroso. Na presença de um
campo magnético, ou na alteração do campo magnético criado por um imã ou outra bobina, eles geram
um impulso elétrico. Uma aplicação comum deste tipo de sensor é em alguns tipos de ignição eletrônica
em que eles sensoriam a passagem dos dentes de uma engrenagem acoplada ao motor, gerando desta
forma os pulsos que controlam o sistema de ignição, conforme mostra a figura 3.
Sensor indutivo num sistema de ignição.
Estes mesmos sensores podem ser encontrados em pontos em que se deseja detectar o movimento de
partes mecânicas.
6.3  –  Sensores Capacitivos
Estes sensores operam segundo o mesmo princípio de um capacitor.. A presença de qualquer objeto
funciona como a placa de um capacitor, quando se aproxima de outro que seja condutor, mas sem
encostar. Por exemplo, colocando uma placa de metal sob uma placa de vidro (isolante), apoiando o
dedo sobre o vidro, o dedo funciona como a outra placa do capacitor, alterando sua capacitância. Se a
placa de metal for ligada a um circuito que detecte a variação da capacitância, pode-0se detectar a
presença do dedo ou o toque do dedo, conforme mostra a figura 4.
Operação do sensor capacitivo.
Este tipo de sensor pode ser encontrado em veículos modernos que possuam sistemas de acionamento
por toque em dispositivos. Em alguns casos estes sensores são acoplados às próprias telas de cristal
líquido (LCD), sendo denominadas então de “touch screen”, telas de toque.
6.4  –  Sensores Hall
Os sensores Hall ou ainda de “Efeito Hall” são sensores utilizados amplamente nos sistemas de ignição
eletrônica atuais, para sensoriar a rotação do motor e assim controlar o seu funcionamento. Como o
nome sugere, eles se baseiam no efeito Hall.
Segundo este efeito, uma corrente elétrica numa placa de metal se desvia se for aplicado um campo
magnético, conforme mostra a figura 5.
O efeito Hall 
Isso significa que podemos usar uma minúscula plaquinha de metal para sensoriar a presença de
campos magnéticos, e assim controlar peças móveis como uma engrenagem que rode ou um imã preso
a uma polia. Existem então pequenos sensores Hall, na forma de circuitos integrados que são utilizados
para detectar a rotação dos dentes de uma engrenagem quandoeles passam diante de um pequeno
imã, conforme mostra a figura 6.
O sensor Hall 
 A cada dente que passa diante do sensor, ele gera um impulso que pode ser utilizado para monitorar o
funcionamento do motor.
6.5  –  Solenóides
Os solenóides são dispositivos efetores no sentido de que eles traduzem um comando elétrico numa
ação, no caso uma força e um movimento. Um solenóide consiste numa bobina com um núcleo móvel,
conforme mostra a figura 7.
O solenóide 
Quando aplicamos uma tensão elétrica no solenóide circula uma corrente que cria um corte campo
magnético no seu interior. Este campo “puxa” a peça metálica que forma o núcleo exercendo um esforço
mecânico. Este tipo de dispositivo é que aciona as travas elétricas ou a abertura elétrica do porta-malas
de um carro.
Diversos tipos de solenóides .
Dispositivo semelhante acopla o motor de partida ao motor principal quando é dada a partida.
6.6  – Motores
Os motores são também dispositivos efetores que convertem um comando elétrico em movimento. No
carro encontramos diversos tipos de motores elétricos: para levantar e abaixar os vidros, para mudar a
posição do espelho retrovisor, para acionar o limpador de pára-brisas, para borrifar água no párabrisas,
etc. Existem basicamente dois tipos de motores utilizados em aplicações automotivas. O mais comum é o
motor de corrente contínua ou motor DC (direct current) que tem os aspectos mostrados na figura 9.
Motor de corrente contínua comum.
Estes motores funcionam com 12 V e seu tamanho determina a força que podem exercer. São os
motores encontrados nos limpadores de pára-brisas, vidros, etc. O segundo tipo de motor, mais
sofisticado, é o motor de passo que é controlado diretamente por um circuito eletrônico de
posicionamento. Estes motores, cujo aspecto é mostrado na figura 10, destinam a aplicações em que
uma parte mecânica precisa ser posicionada com precisão.
Motor de passo.
Um Sensor Especial  –  Sonda Lambda
Um sensor que merece um destaque especial no carro é o sensor de gás ou sonda lambda como
também é conhecido. Este sensor consiste num dispositivo capaz de detectar a quantidade de oxigênio
existente num ambiente. Na figura 11 temos sua estrutura. Nesta sonda, um filamento aquece um
material quimicamente sensível aos gases.
Quando este material absorve gases combustíveis, ele muda sua resistência elétrica, fornecendo assim
um sinal a um circuito externo.
Um sensor de oxigênio, sonda lambda (?).
Colocado no escapamento de um automóvel, conforme mostra a figura 12, ele detecta a quantidade de
combustível que não foi queimado no motor e com isso determina se a mistura deve ou não ser
enriquecida. Explicando melhor: para que o rendimento do motor seja máxima, todo o combustível
injetado deve ser queimado, o que significa que também deve ser injetada a quantidade apropriada de
oxigênio para o que se denomina combustão total. Temos então uma mistura que quimicamente é
denominada estequiométrica.
Sondas lambda no carro (1 e 2).
Se as proporções de oxigênio e combustível não forem corretas temos baixo rendimento do motor. A
sonda lambda detecta isso pela que sai no escapamento do carro, verificando assim se existe excesso de
oxigênio ou de combustível, caso em que a mistura não está correta. O sinal da sonda é então enviado
ao processador que ajusta então o sistema de injeção de acordo com o necessário para o correto
funcionamento do motor.
Eletrônica automotiva - 7 (Indicadores e Iluminação)
Escrito por Newton C. Braga
Indicadores e iluminação
Na lição anterior tratamos dos diversos tipos de sensores e atuadores que existem nos carros e como
eles são controlados pelos circuitos eletrônicos. Nesta lição vamos tratar de alguns outros tipos de
dispositivos que são controlados pelos circuitos eletrônicos dos carros e que são de grande importância
para seu funcionamento e também para o conforto do motorista e passageiros. Falaremos de lâmpadas,
LEDs, displays, buzzers e a buzina.
Lâmpadas e LEDs
 As tarefas de iluminar dentro e fora do carro antes eram realizadas pelas lâmpadas comuns
incandescentes. Estas lâmpadas são formadas por um bulbo do qual se retira o oxigênio para evitar a
combustão do filamento, o filamento e uma rosca ou baioneta para seu encaixa num receptáculo
apropriado, conforme mostra a figura 1.
Lâmpadas comuns de uso automotivo 
 As lâmpadas de uso automotivo podem ter diversas potências e tamanhos, além de configurações
dependendo da sua utilização. Por exemplo, as lâmpadas usadas nos faróis possuem filamentos duplos
que permitem que elas operem com duas potências, conforme a quantidade de luz desejada.
 A comutação é feita pela alavanca junto à direção. Na figura 2 temos uma lâmpada deste tipo.
Lâmpada de farol com dois filamentos (alto/baixo) 
Estas lâmpadas podem ter potências que vão de 20 a 40 W o que significa uma corrente que supera os 3
 A numa fiação de 12 V. As lâmpadas que iluminam o interior, lanternas e outras aplicações são de menor
consumo, normalmente exigindo correntes na faixa de 200 mA a 500 mA.
O teste destas lâmpadas é muito simples podendo ser realizado basicamente de quatro maneiras. A
primeira é a simples inspeção visual que nos permite ver quando o filamento está interrompido. A
segunda é alimentando a lâmpada com 12 V a tensão para a qual ela foi especificada e verificando se
acende. A terceira é com um provador de continuidade e a quarta com um multímetro comum, conforme
mostra a figura 3.
Testando uma lâmpada com o Multímetro — do livro Tudo Sobre Multímetros — Volume 2 
 Ao usar uma lâmpada numa aplicação automotiva o profissional deve estar atento às suas especificações
de corrente e tensão ou de potência (W). Os LEDs, começam a ser utilizados cada vez mais em
aplicações automotivas. Estes componentes consistem em semicondutores que, ao serem polarizados no
sentido direto conduzem a corrente e emitem luz. Na figura 4 temos alguns tipos de LEDs comuns.
Lâmpadas de LEDs para uso automotivo. Substituem diretamente as lâmpadas comuns.
LEDs de alta potência começam a ser utilizados também em faróis de carros.
Displays
Os displays são utilizados para apresentar informações alfa/numéricas num painel, por exemplo o painel
principal do carro, num GPS, e em alguns tipos mais modernos também imagens. Eles podem ser
basicamente de dois tipos: LCD e LEDs.
Os LCDs ou Liquid Crystal Display (Display de Cristal Líquido) tem basicamente a aparência mostrada na
figura 5.
Painel de carro com mostrador de cristal líquido 
Neles existe uma substância líquida cujas moléculas polarizadas podem ter sua posição modificada por
um campo elétrico . Quando estas moléculas são polarizadas o material passa de transparente para
opaco na região em que elas estão e vice versa. Colocando uma fonte de luz traseira, pode-se controlar
sua passagem ponto a ponto formando-se letras, números ou imagens. O comando destas moléculas é
feito através de um circuito sofisticado que processa as informações que devem ser apresentadas. A
grande vantagem dos LCDs é que eles apresentam um consumo muito baixo de energia. O consumo
maior é dos LEDs ou lâmpadas que são colocados por trás para gerar a luz que eles controlam,
formando a imagem; Nos LCDs que utilizam a iluminação ambiente, como os vistos em relógios digitais,
o consumo de energia é extremamente baixo.
Os displays de LED são formados por LEDs no formato dos símbolos que devem ser apresentados ou
ainda formando uma matriz de pontos, conforme mostra a figura 6.
Displays alfa - numéricos de LEDs, encontrados em relógios, rádios e painéis de carros.
Como eles emitem sua própria luz, não precisam de iluminação adicional, mas tem a desvantagem de
apresentarem um consumo de energia maior do que os LCDs. Os tipos mais comuns são os de luz
vermelha, mas existem outras cores.
 Além destes dois displays também temos os tipos eletroluminescentes e os que fazem uso de plasma ou
gás que são mais delicados, mas que já começam a ser encontrados em muitas aplicações automotivas,
como nos GPS. Na figura 7 mostramos

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