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O que é o amor

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O que é o amor?
	É um questionamento difícil. Primeiro não há como se chegar a uma definição do que possa ser o amor, sem antes sabermos as formas de amor, já que embora muitas vezes não levamos em consideração, elas existem. A saber, a filosofia nos apresenta quatro principais formas de amor que são: philia, ágape, eros e pathos.
	O amor philia diz respeito ao sentimento amoroso que temos nas amizades, é quando o afeto por algum amigo é repleto de confiança e entrega, envolve lealdade, igualdade e benefício mútuo, o filósofo grego Epicuro disse que “a amizade é o máximo que a sabedoria da felicidade pode proporcionar a vida”. O amor ágape representa o sentimento de fraternidade, é quando há uma ação espontânea de solidariedade por alguém ou por um grupo de indivíduos necessitados, aquilo que se faz em pró de ajudar quem precise é considerado uma forma de amar, particularmente eu considero o amor ágape como sendo a mais bela forma de amar, e te explico o porquê: o amor ágape é a única forma de amor em que não é necessária a reciprocidade, nele a entrega é totalmente espontânea, você dar sabendo que sua felicidade estará na felicidade do ser amado, e isso é o suficiente.
	Eros é o amor das relações amorosas propriamente ditas e as que mais relacionamos com o amor, é daí que vem a palavra erótico, do amor eros vem o desejo sexual, carnal, a busca de ter e dar prazer a pessoa amada, e é neste sentido que o filósofo alemão Nietzsche aborda o amor como sendo uma troca de interesses e assim descreve “ o que amamos no outro é o desejo e não o desejado, por isso quando acaba o desejo, acaba o amor”. Minha reflexão em relação a isso é que talvez a união entre o amor eros e o amor ágape resolvesse o problema, já que o ser amado não seria apenas um “objeto sexual”, e sim alguém merecedor de afetos. Mas cuidado, eros pode vir a se tornar o amor pathos.
	Primeiro que na palavra pathos existe uma certa brincadeira etimológica (das palavras), temos do idioma grego o termo pathos dando origem a palavra “patologia” que nos remete a ideia de doença, e também a palavra “paixão”, e daí o pensamento de que a paixão vem a ser uma doença, ou seja, pathos, que agora sabemos ser aquilo que chamamos de paixão, nada mais é que aquele estado que transcede as boas sensações do amor, vindo a ser algo que pode nos tornar doentes. Os medievais que muito abordaram o tema do amor, chegaram a dizer que o amor, neste sentido de paixão, pode levar até mesmo a morte. Qualquer pessoa que já se apaixonou de forma não correspondida sabe que de fato há mudanças que podem sim dar indícios de uma possível enfermidade, coisas emocionais; pensamentos do tipo “ a vida não faz mais sentido sem ela (e)”,”meus planejamentos eram em torno desse amor”; tudo isso leva a reforçar a agressividade do estado da paixão.
	Agora exposto que há diferentes formas de amor, não é da minha intenção desapontar vocês não respondendo a questão do título, mas eu prefiro o pensamento poético de que o amor é melhor ser sentido que explicado, no máximo posso ressaltar que ele é bom e necessário na sua forma geral, exceto na paixão. 
 
 Helder Chagas

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