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Fwd Resumos economia teste 5

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Resumos Economia- teste 5 
Unidade 2 – Necessidades e consumo 
2.1. Necessidades – noção e classificação 
2.1.1. Noção de necessidades 
Necessidade: é um estado de carência que urge ser ultrapassado ou satisfeito. 
O ser humano tem múltiplas necessidades, isto é, passa por estados de carência que representam mal-
estar e que ele precisa de resolver. Dar resposta às constantes solicitações e problemas que vamos 
encontrando é, afinal, satisfazer necessidades um dos objetivos prioritários da Economia. 
 
2.1.2. Características das necessidades 
As necessidades humanas são múltiplas e variam no tempo e no espaço. Existe uma enorme 
diversidade de necessidades que apresentam as seguintes características: 
à Multiplicidade: diz respeito ao facto de o indivíduo sentir necessidades ilimitadas (múltiplas). 
à Substituibilidade: significa que as mesmas necessidades podem ser satisfeitas por bens alternativos (que 
se substituem uns aos outros). 
à Sociabilidade: significa que a intensidade de uma necessidade vai diminuindo à medida que a vamos 
satisfazendo, acabando por desaparecer. 
à Relatividade: enquanto factos sociais, as necessidades variam temporal e geograficamente, isto é, são 
relativas ao tempo e ao espaço. 
 
2.1.3. Classificação das necessidades 
Podemos classificar as necessidades quanto à importância, ao custo e à vida em coletividade: 
 
Importância 
Primárias São prioritárias , como por exemplo: a 
alimentação, a saúde. 
Secundárias São aquelas cuja não realização não 
ameaça de imediato a vida da população, 
como por exemplo: vestuário, transporte. 
Terciárias São as consideradas supérfluas ou de luxo, 
cuja satisfação poderá ser considerada 
dispensável, como por exemplo: roupa de 
alta-costura, joias. 
Custo 
Económicas Somos obrigados a despender moeda ou 
outra riqueza para a satisfazer, como por 
exemplo: alimentação. 
Não Económicas Não somos obrigados a despender 
qualquer quantia de moeda ou de outra 
riqueza para a satisfazer, por exemplo: 
respiração. 
Vivermos em coletividade 
Individuais São aquelas que dizem respeito à própria 
pessoa 
Coletivas São aquelas que atingem toda a 
comunidade e resultam da vida social 
2.2. Consumo – noção e tipos de consumo 
2.2.1. Noção de consumo 
�São necessários meios, materiais e imateriais para suprir os estados de carência que os indivíduos 
sentem. Esses meios, bens e serviços, são a “chave” para a satisfação do indivíduo. 
 
 
 
2.2.2. Consumo – ato económico e ato social 
à Consumo: é o ato de utilizar um bem ou serviço com vista à satisfação de necessidades. 
Consumo – ato económico 
à O consumo representa um ato económico porque para satisfazermos determinadas 
necessidades em vez de outras e ao decidirmos consumir certos bens e serviços, estamos a 
efetuar escolhas com implicações em toda a economia 
à Ato Económico: comportamento relativo às funções estudadas pela ciência económica – 
produção, consumo, acumulação, repartição de rendimentos, etc. 
Consumo – ato social 
à Ato social: ao consumirmos estamos a dar origem a consequências que podem ser benéficas 
ou prejudiciais para nós, mas também para a atividade coletiva mais próxima ou para o Mundo. 
 
 
• Assim, se, por um lado, o consumidor deve reconhecer a sua força económica e exigir que os 
seus direitos sejam respeitados, por outro lado, ele tem obrigações a cumprir, tais como: 
 
à Optar pelos bioprodutos; 
à Preferir produtos reciclados; 
à Rejeitar bens que utilizem recursos não renováveis; 
à Rejeitar bens nocivos para o ambiente ; 
à Não comprar produtos testados em animais; 
à Separar os lixos para reciclagem; 
à Colaborar na defesa das espécies; 
à Não consumir bens produzidos com base no trabalho infantil; 
 
2.2.3. Tipos de Consumo 
à Consumo Essencial: consumo de bens e serviços indispensáveis à sobrevivência do indivíduo. 
à Consumo supérfluo: consumo de bens e serviços dispensáveis. 
à Consumo privado: consumo dos particulares. 
à Consumo público: consumo do Estado ou da Administração Interna. 
à Consumo Individual: consumo realizado por cada um de nós, impedindo o consumo desse bem 
por outros em simultâneo. 
à Consumo Coletivo: conjunto de serviços gratuitos ou fornecidos a preço simbólico, de que toda 
a coletividade goza por ação da Administração Pública ou das Administrações Privadas. 
à Consumo Final: consumo de bens e serviços pelas famílias. 
à Consumo Intermédio: consumo de bens para posterior transformação pelas empresas, até se 
transformarem em bens de consumo final. 
 
2.3. Padrões de consumo – diferenças e fatores explicativos 
2.3.1. Noção de padrão de consumo 
São modelos específicos a que o consumo obedece consoante a época, a localização geográfica, a 
cultura dos povos, o rendimento das famílias, etc. 
 
2.3.2. Fatores de que depende o consumo 
O consumo é um fenómeno social complexo, condicionado por múltiplos fatores e, como já vimos, com 
influência sobre a vida humana e a do Planeta. 
 
 
Rendimento dos consumidores 
à O consumo dá-se em função do rendimento. Isto significa que uma alteração no nível de 
rendimentos dos consumidores reflete-se, em princípio, no nível do consumo. 
Nível dos Preços 
O consumo liga-se diretamente preço dos bens, dado que dele depende a capacidade aquisitiva dos 
consumidores: 
- uma subida generalizada dos preços dos bens pressupõe uma diminuição na capacidade 
aquisitiva das famílias, se os respetivos rendimentos se mantiverem. 
- pelo contrário, uma descida generalizada dos preços supõe um aumento da capacidade 
aquisitiva dos consumidores, mesmo que se mantenha o nível dos respetivos rendimentos. 
 
à Um aumento dos preços, não acompanhado da elevação proporcional dos rendimentos, obriga 
os consumidores a abdicarem de consumos não essenciais, atribuindo assim, uma maior 
parcela do seu rendimento à satisfação das necessidades básicas. 
à A diminuição generalizada dos preços dos bens equivale à possibilidade de as famílias utilizarem 
uma maior parte do seu rendimento na aquisição de bens não essenciais, melhorando assim o 
seu padrão de vida. 
à Quando a subida dos preços não abrange a totalidade dos bens ou dos serviços é natural que a 
procura dos consumidores se desloque para aqueles bens ou serviços que apresentam preços 
mais baixos e satisfaçam as mesmas necessidades. 
Inovação Tecnológica 
 
à A inovação tecnológica produz efeitos: 
 - Ao nível dos processos produtivos: produzir com novas tecnologias (máquinas, energias, 
matérias-primas) permite obter custos mais baixos, maior rapidez na produção, maiores quantidades, 
melhor qualidade, por exemplo, o que se traduz em bens mais acessíveis para o consumidor. 
 - Ao nível da natureza dos bens: os novos bens, tecnologicamente mais sofisticados, têm outras 
funções, outra apresentação, maiores potencialidades. Tudo isto constitui mais-valias, e 
consequentemente, um aumento da apetência para o consumo. 
 
Outros fatores económicos 
 
O crédito bancário influencia, de alguma forma, o comportamento do consumidor. O crédito bancário 
é um adiantamento que os bancos concedem aos seus clientes mediante o pagamento de um juro, 
para que estes adquiram bens dos quais necessitam e para os quais não têm dinheiro disponível 
naquele momento. 
 
O crédito praticado a juros baixos, como os verificados nos finais dos anos 90, permitiu às famílias 
melhorar o seu nível de vida, adquirindo casas, automóveis entre muitos outros bens. Mas, sendo o 
consumo um ato de responsabilidade pessoal e social, é necessário exercer este comportamento de 
uma forma racional para evitar o endividamento excessivo. 
 
Fatores Extraeconómicos 
 
São inúmeros os fatores extraeconómicos que influenciam o consumo. Assim acontece, por exemplo, 
com a moda, a publicidade, as técnicas de venda, o meio social, a tradição, a idade dos consumidores, 
a localização geográfica e o meio social. 
 
O marketing nasceu nos anos 60 da necessidade de as empresas escoarem a sua produção. A criação 
declientes e a sua fidelização passa a ser a finalidade da empresa, que irá desenvolver várias 
atividades: serviços de vendas e publicidade, estudos do mercado, definição de preços, promoções, 
testes de novos produtos. Estas atividades baseiam-se no conhecimento dos clientes: os seus valores, 
atitudes, desejos e comportamentos. Exemplos dessas atividades são: a publicidade, a cor e a forma 
das embalagens… ou seja, coisas que chamem a atenção dos consumidores. 
 
A publicidade cria no utente a necessidade de utilizar os produtos. Esta “joga” com a necessidade de 
se aceite pela coletividade, levando os consumidores a consumirem superfluamente. 
 
 
 
 
 
2.3.3. Estrutura do consumo 
É a forma como as despesas de consumo das famílias são repartidas pelos diferentes grupos de bens 
de consumo. 
 
Lei de Engel 
 
à De acordo com a LEI DE ENGEL, quanto menor for o rendimento de uma família, mais elevada 
será a proporção do rendimento gasto em despesas de alimentação. 
à Coeficiente Orçamental: representa a percentagem de uma classe de despesas de consumo em 
relação ao total das despesas de uma família ou de um agrupamento social. 
 
 
2.4. Evolução da estrutura do consumo em Portugal e na União Europeia 
Em termos gerais da evolução da estrutura das despesas de consumo dos portugueses demonstra um 
aumento do seu rendimento disponível e, consequentemente, do seu nível de bem-estar. 
A mesma conclusão se pode tirar da evolução das despesas de consumo das famílias dos países 
membros da EU. 
 
2.5. A sociedade de consumo 
2.5.1. Sociedade de consumo 
A sociedade de consumo é: 
 - Uma sociedade em que a oferta excede a procura, o que implica o recurso a estratégias de 
marketing para escoar a produção. 
 - Uma sociedade de oferta de bens normalizados, produzidos a baixos custos que resultam da 
produção em série, atrativos e de duração efémera pois as necessidades de produzir e escoar são 
permanentes. 
 - Uma sociedade com padrões de consumo massificados devido ao tipo de oferta (bens 
padronizados) e tipo de pressões exercidas sobre o consumidor (a publicidade sugere modelos de 
comportamento a seguir). 
 
à Esta sociedade nasceu na sequência da expansão da industrialização. As empresas passam a 
produzir bens em série e o consumidor torna-se o destinatário passivo de uma produção 
estandardizada. O progresso das técnicas de produção e o desenvolvimento económico 
permitiram o fabrico em grandes escalas, originando assim a sociedade de consumo. 
à Nos finais dos anos 50, o poder de compra da população dos países industrializados era tal que 
o acesso ao consumo deixou de ser um fator de diferenciação social. Estávamos então na era 
do consumo de massas. 
à O consumo de massas é um dos comportamentos típicos da sociedade de consumo que se 
manifesta por um consumo massificado de bens normalizados de curta duração e acessíveis à 
maioria da população. 
 
2.5.2. Consumismo 
Consumismo: é o conjunto dos comportamentos e atitudes suscetíveis de conduzir a um consumo sem 
critério, compulsivo, irresponsável e perigoso. 
O consumismo é a imagem da sociedade de consumo. Os constantes apelos ao consumo, veiculados 
pelas mais modernas estratégias de vendas e fidelização dos consumidores, têm como resposta, um 
consumo desenfreado, pouco criterioso, instintivo e pouco racional. Consome-se porque estamos 
numa sociedade estruturada para tal, é um consumo sem necessidade real. 
 
2.6. O consumerismo e a responsabilidade social dos consumidores 
Consumerismo: É uma resposta a uma sociedade excessivamente consumista, com grandes 
desperdícios e pouco criteriosa, têm havido movimentos de apelo à ponderação no tipo de consumo, 
movimentos consumeristas. 
 
Reutilizar, reciclar e reduzir é o lema do consumerismo. Não ao desperdício, ao lixo, ao esbanjamento 
entre outros. Não às fábricas poluidoras que recorrem ao trabalho infantil ou à exploração da mão-de-
-obra. Não ao consumo irracional. 
 
CONSUMO 
 
 
 
 
 
 
O consumerismo pretende: 
à Criar o equilíbrio entre consumidores, produtores e distribuidores; 
à Participar nas decisões económicas e sociais que afetam os consumidores; 
à Intervir no sentido da preservação do meio ambiente; 
à Informar e proteger o consumidor. 
A ação consumerista implica a defesa dos direitos do consumidor. Mas essa ação também traz deveres: 
 
Consumismo 
Consumo irracional, impulsivo, indiscriminado, sem olhar a consequências, baseado em valores 
materiais e ostentação. 
Consumerismo 
Consumo racional, controlado, seletivo, baseado em valores sociais e ambientais e no respeito às 
gerações futuras. 
 
 
 
Unidade 3 – A produção de bens e serviços 
3.1. Bens – noção e classificação 
Bens- São os meios através dos quais os indivíduos podem satisfazer as suas necessidades. 
 
Necessidades Bens Satisfação das necessidades 
 
Os bens podem ser classificados quanto a: 
• Custo: 
à Bens livres: São adquiridos sem custos ou esforços. Não são bens escassos (ex: Luz do 
Sol); 
à Bens económicos: Existem em quantidades limitadas, sendo bens escassos 
relativamente às necessidades sentidas, por isso, envolvem um custo ou esforço na 
sua aquisição (ex: carro); * 
• Natureza: 
à Bens materiais: É possível senti-los, vê-los, podendo assim ser armazenados (ex: livro); 
à Bens imateriais: Não são visíveis, são serviços (ex: concerto, consulta, aula); 
• Duração: 
à Bens duradouros: Não se esgotam após uma utilização (ex: carro); 
à Bens não duradouros: Esgotam-se após a sua utilização (ex: peça de fruta); 
• Função: 
à Bens de consumo: Destinam-se ao consumo final das famílias (ex: vestuário); 
à Bens de produção: Destinam-se a produzir novos bens- são fatores produtivos; 
• Relações recíprocas: 
à Sucedâneos: São substituíveis entre si por terem características semelhantes (ex: 
azeite/ óleo); 
à Complementares: Devem ser utilizados em conjunto (ex: computador/ impressora); 
 
 
*Relação entre bens económicos e escassez: 
A escassez dos bens resulta do desajustamento entre a quantidade necessária e a quantidade 
existente desses bens. A escassez implicará que se tenha de escolher racionalmente de entre várias 
alternativas possíveis, o que significa o custo de oportunidade. 
 
Custo de oportunidade é o custo suportado pelo facto de termos de escolher uma opção e rejeitar 
todas as outras alternativas. O bem escolhido terá um custo equivalente ao da opção posta de parte. 
 
3.2. Produção e processo produtivo. Setores de atividade económica 
 
à Produção- Atuação do Homem sobre a Natureza com vista à obtenção dos bens e dos serviços 
necessários à satisfação das suas necessidades; 
à Processo produtivo- Todo o processo produtivo apresenta uma determinada tecnologia ou 
combinação de fatores primos. 
Para se produzir um bem, é necessário seguir uma sequência de etapas através das quais, as 
matérias- primas são transformadas em produtos finais. A isto se chama Processo Produtivo. 
Nem tudo o que se produz pode ser considerado atividade económica. Para a produção ser 
considerada atividade económica, o bem deve destinar-se ao mercado (deve ser transacionado, 
vendido) e o trabalho correspondente a essa produção deve ser remunerado. 
 
Setores de atividade económica 
 
Colin Clark é o autor da classificação mais divulgada, que apresenta a atividade económica dividida em 
três setores: 
 
à Setor primário: inclui as atividades relacionadas com os bens diretamente provenientes da natureza (a 
pesca, a agricultura, a pecuária, a silvicultura,...); 
 
à Setor secundário: abrange as indústrias transformadoras, isto é, as atividades que transformam as 
matérias-primas fornecidas pelo setor primário. (Inclui a construção, a produção e distribuição de gás e 
a indústria extrativa...): 
 Relacionando o investimento necessário para a sua montagem e o número de postos de 
trabalho é usual distinguirem-se: 
 
-Indústrias Ligeiras: nestas predomina usualmente o fator trabalho, sendo designadas como 
“trabalho-intensivas” (indústrias alimentares,de vestuário, de calçado, de eletrodomésticos, …); 
 
 -Indústrias pesadas: nestas predomina o fator capital e são designadas, por isso, de indústrias 
“capital-intensivas” (indústria metalúrgicas, de cimento, de produção de energia,…) 
 
Tendo em conta a natureza da tecnologia utilizada fala-se em: 
 
-Indústrias tradicionais: utilizadoras de “tecnologia arcaica” (alimentar, têxtil, calçado, …); 
-Indústrias modernas: utilizadoras da “tecnologia de ponta” (tecnologias avançadas da 
comunicação e informação); 
 
à Setor terciário: corresponde aos serviços. Este é um setor residual onde se incluem todas as atividades 
que não cabem nos outros dois setores. (comércio, bancos, seguros, transportes, comunicação social, 
educação, defesa, turismo, justiça, …) 
 
Vantagens da classificação da atividade económica por setores: 
• Ter uma perspetiva da importância de cada setor da atividade na economia; 
• Verificar o contributo de cada setor de atividade para a realização do produto; 
 
A desigual importância setorial na produção de riqueza de um país é sintomática do seu nível de 
desenvolvimento (países menos desenvolvidos- setor I é mais importante; países em 
desenvolvimento- Setor II é mais importante; países desenvolvidos- Setor III é mais importante). 
 
 
3.3. Fatores de produção - noção e classificação 
Fatores de produção- São os elementos indispensáveis à produção de bens e serviços. Englobam a 
força de trabalho, o capital e os recursos naturais. 
 
Sendo indispensáveis para a produção, são três os fatores produtivos: 
à Natureza, ou meio natural, que fornece os recursos naturais, isto é, todos os elementos indispensáveis 
ao exercício da atividade produtiva; 
à O trabalho constitui a atividade em que o indivíduo transforma matérias-primas em produtos 
utilizáveis e capazes de satisfazer necessidades; 
à O capital constitui o conjunto de elementos que contribui para que os indivíduos produzam, ou seja, 
podemos encontrar: as matérias primas que os indivíduos transformam, os instrumentos que ajudam 
nesta transformação (meios de trabalho) e as matérias energéticas. 
 
 
Força de trabalho- Capacidade do ser humano para trabalhar, o que lhe permite produzir os bens e 
serviços para satisfazer as suas necessidades. 
 
Normalmente, o seu trabalho exerce-se sobre “coisas”, os objetos de trabalho, utilizando outras 
“coisas”, os meios de trabalho. Os meios de trabalho e os objetos de trabalho denominam-se meios 
de trabalho, ou capital. Resumindo: 
• Objetos de trabalho- tudo aquilo que é alvo do trabalho humano; 
• Meios de trabalho- Coisas utilizadas pelo ser humano na transformação dos objetos de trabalho. 
3.3.1. Os recursos naturais 
Os recursos naturais são os bens que a Natureza fornece ao ser humano e que este usa para a 
satisfação das suas necessidades. 
 
à Recursos renováveis: É suscetível de ser renovado num período de tempo relativamente curto 
(energia solar; eólica, mineral, etc.) 
à Recursos não renováveis: A exploração desse recurso provoca diretamente a sua destruição (petróleo, 
gás natural, carvão mineral, etc.) 
Com o desenvolvimento económico após a Revolução Industrial e o consumo de massas dos nossos 
dias, têm levado a um desgaste excessivo dos Recursos naturais, Com isto, surgiu: 
 
Desenvolvimento sustentável: É um modelo de desenvolvimento que não põe em causa a vida das 
gerações futuras, que aposta no desenvolvimento, mas com respeito também pela natureza e o 
ambiente. 
 
 
Deflorestação 
 
A existência de uma massa florestal é fundamental para o bem estar ecológico da Terra. Todavia, 
práticas agrícolas, florestais e industriais, têm originado grandes processos de deflorestação. 
 
Nos países em desenvolvimento, a área florestal supera mil milhões de hectares que estão a ser 
consumidos a um ritmo de 15 a 20 milhões de hectares anuais. 
 
Causas da deflorestação: 
• Novas terras para fins agrícolas; 
• Novas terras para pecuária; 
• Fogos florestais; 
• Extração de madeira para a indústria e para combustível; 
• Aumento da população mundial; 
 
3.3.2. O trabalho. A situação de Portugal e na União Europeia 
O trabalho- Atividade do ser humano com vista à realização da produção de bens e serviços e pode 
assumir diversas formas. 
 
População ativa 
Taxas de atividade e de desemprego 
 
População total: 
• População ativa: formada pelos indivíduos que têm um emprego ou uma ocupação remunerada, os que 
cumprem serviço militar e os que se encontram desempregados. 
• População inativa: população residente que não é ativa e é constituída pelos reformados, pelos 
inválidos, pelos jovens, estudantes e pelas donas de casa, entre outros. 
Resumindo, População ativa (empregados + desempregados). População inativa (Não remunerados- 
jovens + estudantes+ idosos+ inválidos+ donas de casa). 
O conhecimento mais objetivo de uma população, em termos económicos, exige que se determine: 
• Taxa de atividade 
• Taxa de desemprego 
 
 
 
 
O trabalho das mulheres 
É possível medir a participação das mulheres no trabalho através da taxa de atividade feminina: 
 
 
 
Desenvolvimento tecnológico e emprego e informação, automação e terciarização 
As profundas alterações de natureza tecnológica que o mundo tem vindo a conhecer nas últimas 
décadas conduziram a alterações variadas no domínio do emprego. 
 
O setor terciário tem desenvolvido como resposta às necessidades de crescimento dos setores 
primário e secundário- os serviços e o comércio são exemplo disso. 
 
As mudanças tecnológicas que têm ocorrido, em especial no âmbito do processamento da 
informação, atingem o seu “ponto alto” na informatização dos processos produtivos, tendo-se 
concretizado em situações de automação da produção. 
 
Todos são consequências do desenvolvimento tecnológico: 
àA automação consiste na utilização de tecnologia capaz de executar as tarefas num 
processo de produção sem a intervenção direta do homem. 
àA informação é a difusão dos computadores nos serviços. 
àA terciarização da economia designa a importância crescente das atividades do setor 
terciário no conjunto das atividades económicas. 
 
Causas e tipos de desemprego 
O desemprego constitui um dos grandes problemas sociais das economias atuais que preocupa os 
trabalhadores, as autoridades políticas e os economistas. Existem os seguintes tipos de desemprego: 
 
à Desemprego tecnológico: resulta da evolução da tecnologia. Os trabalhadores em reciclagem 
profissional são incapazes de se adaptar às novas tecnologias, acabando por engrossar as fileiras do 
desemprego. 
 
à Desemprego repetitivo: é o desemprego resultante da não adaptação a sucessivos postos de 
trabalho normalmente de baixo nível de qualidade profissional. 
 
à Desemprego de longa duração: é o desempregado que procura emprego há mais de um ano. 
 
 
 
Inovação, desemprego e formação 
 
Com o desenvolvimento tecnológico, temos assistido cada vez mais ao desemprego que ocorre em 
virtude das mudanças tecnológicas. Quanto maior a dificuldade dos trabalhadores em adaptar-se às 
novas exigências laborais, maior será o período de desemprego, reforçando o desemprego de longa 
duração. 
 
A gravidade desta situação exige respostas eficazes dos governos, associações patronais e 
associações dos trabalhadores. Com isto, tem havido um esforço para alargar os benefícios sociais 
aos desempregados de longa duração e para os colocar em situação de formação profissional para 
estes se adaptarem às novas exigências do mercado de trabalho. 
 
Com isto, apesar da inovação ser o motor do desenvolvimento, constitui um desafio à própria 
sociedade. A resposta ao desemprego tecnológico será, então, a formação. Com formação, os 
trabalhadores poderão responder às novas exigências de trabalho e continuar a exercer a sua 
atividade profissional com maior qualidade no seu desempenho e efeitos muito positivos para a 
economia. 
 
Formação ao longo da vida 
 
O mercado de trabalho, em resultado do desenvolvimento tecnológico, exige mais e melhores 
qualificações aos trabalhadores.Assim, estes devem atualizar os seus conhecimentos e as suas 
competências iniciais. 
àPodemos distinguir dois tipos de qualificação: 
-O individuo ocupa um emprego de acordo com a sua qualificação individual e preparação previa ao 
desenvolvimento de um conjunto de tarefas. 
-O individuo, já no local de trabalho, recebe formação que o torna mais apto às exigências do processo 
produtivo desenvolvendo na empresa, qualificação profissional. 
àO desenvolvimento tecnológico obriga as empresas a contratarem trabalhadores com novas 
qualidades e/ou com melhores qualificações individuais. 
àA busca de melhores salários leva os jovens a retardar a sua entrada no mercado do trabalho e à 
realização de formações académicas cada vez mais longas. Os jovens procuram responder às exigências 
do mercado de emprego, tornando-se mais aptos no desempenho de diferentes tarefas através do 
prolongamento das suas funções individuais. 
 
 
3.3.3. O Capital 
Capital e Riqueza: Quem é proprietário possui riqueza. Esta riqueza é capital se estiver ao serviço do 
processo produtivo, ou seja, se a riqueza for aplicada em investimento. 
Tipos de capital: 
- Capital financeiro- Representa todos os meios financeiros de que uma unidade 
 produtiva pode dispor: 
*Capital próprio- conjunto dos valores constituídos pelo financiamento 
 dos proprietários da unidade produtiva; 
*Capital alheio- conjunto de valores constituídos pelo financiamento de 
 terceiros; (a unidade produtiva dispõe destes valores, 
 mas não lhe pertencem). 
-Capital técnico- Inclui todos os bens que possibilitam ou facilitam na produção de 
 outros bens, ou seja, são indispensáveis ao processo produtivo: 
 *Capital fixo- conjunto dos meios de produção que permitem realização 
 do processo produtivo, podendo ser utilizados várias vezes; 
*Capital circulante- durante o processo produtivo, alguns meios de 
produção como as matérias primas e as matérias subsidiárias, 
desaparecem em virtude de serem totalmente incorporados nos 
produtos acabados. 
-Capital natural- conjunto dos recursos naturais que se encontram disponíveis, este 
capital deve ser utilizado de forma racional, não colocando em risco o 
desenvolvimento sustentável do planeta devido à sua escassez. 
 
-Capital humano- conjunto de aptidões humanas para trabalhar, que inclui a 
experiência e os conhecimentos dos indivíduos, este capital é valorizado sempre 
que há investimentos na formação ou na saúde dos recursos humanos. 
 
 
3.4. Combinação dos Fatores de Produção 
A produção é o resultado do trabalho do ser humano, exercido sobre objetos de trabalho com o 
auxílio dos meios de trabalho, podemos representar essa relação através de uma função: 
 
Função de Produção- Relação existente entre a produção e os fatores produtivos, trabalho e capital, 
utilizados no processo produtivo: P= f(k, t) – P= Produção, (K= Capital e t= trabalho) utilizados 
durante a produção. 
 
Sendo a produção o resultado da combinação dos diversos fatores produtivos, esta pode ser obtida 
pela utilização de trabalho e capital em proporções variadas, uma vez que, até certo limite, os fatores 
de produção são substituíveis. 
 
A combinação dos fatores produtivos depende das características destes fatores: 
 
Adaptabilidade- Característica dos fatores de produção que permite o ajustamento das 
suas quantidades à quantidade de produção pretendida em função do tempo 
disponível para a realizar. 
Complementaridade- Característica que significa que o uso de um fator produtivo 
Implica o uso de outro para a realização da produção. 
Substituibilidade- Os fatores de produção podem, dentro de certos limites, 
substituírem-se uns pelos outros, originando diferentes combinações produtivas. 
 
O tempo disponível para a realização da produção condiciona a forma como os fatores de produção 
se podem combinar. 
Uma produção eficiente exige tempo, ou seja, a resposta da produção pode ser variável ao longo de 
diferentes períodos de tempo, distinguem-se então, três: 
 
Curtíssimo prazo- período de tempo tão curto, que não permite qualquer alteração da 
 Produção; 
Curto prazo- período de tempo no qual os fatores produtivos variáveis, (trabalho, 
matérias-primas,...), podem ser ajustados; já os fatores fixos, (instalações, 
equipamentos,...), não podem ser totalmente modificados ou ajustados. 
Longo prazo- período de tempo em que todos os fatores produtivos, fixos ou variáveis, 
podem ser adaptados, incluindo trabalho e capital. 
Produtividade – Relação entre uma produção e os fatores utilizados para a obter, que 
permite conhecer o valor da produção por unidade de recurso usada. 
 
Podemos definir produtividade total como a relação entre o valor total da produção e o valor total de 
recursos utilizados para a obter: 
 
 
É possível avaliar a produtividade segundo outros critérios, monetários: 
 
 
O investimento só é compensador- seja em recursos humanos ou materiais- se o resultado obtido for 
superior, a prazo, ao valor do investimento efetuado. 
 
Fatores que permitem elevar a produtividade: Desenvolvimento tecnológico e económico da 
sociedade; Qualidade e Quantidade de mão-de-obra e dos recursos disponíveis; Hábitos da 
população. 
 
Os empresários decidem sobre o trabalho a empregar, com isto, determinam a produtividade 
marginal do trabalho, ou seja, calculam o aumento de produção decorrente de um investimento 
unitário (mais um trabalhador, hora de trabalho, etc.) 
 
 
Os empresários decidem também sobre o capital utilizado, com isto, determinam a produtividade 
marginal do capital, que indica o aumento de produção decorrente de um investimento unitário em 
capital. 
 
 
Combinação dos Fatores Produtivos a Curto Prazo. Lei dos Rendimentos Decrescentes 
Naturalmente, interessa, em cada momento, conhecer o modo como os fatores de produção se 
podem combinar, tendo em conta, os reflexos que estes podem ter na produção e na produtividade. 
 
Numa situação de curto prazo, em que um dos fatores de produção é fixo, podemos determinar a 
quantidade ótima de um fator a utilizar, para a maximização da produção. Esta relação traduz a: 
 
Lei dos Rendimentos Decrescentes- A partir de um determinado nível de produção, mantendo fixa a 
quantidade de um dos fatores de produção, ir-se-ão verificar acréscimos de produção resultantes da 
utilização de unidades sucessivas de outro fator produtivo(produtividade marginal), cada vez 
menores. 
 
A combinação ótima dos fatores produtivos é a que permite a máxima produção através de uma 
eficiente utilização dos recursos. 
Os rendimentos começam a decrescer imediatamente a seguir ao ponto que corresponde à 
combinação ótima dos fatores de produção. 
 
Assim, o estudo desta Lei mostra-nos que, a partir de certa altura, não vale a pena utilizar-se mais 
uma unidade de um fator produtivo sem se utilizar mais quantidade de outro. 
 
Combinação dos Fatores Produtivos a Longo Prazo. Os custos de produção. Economias e 
Deseconomias de escala. 
 
Lei das Economias de Escala- É uma diminuição do custo médio ou custo unitário de um bem, 
resultante do aumento das quantidades produzidas. 
 
Esta Lei, analisa a combinação ótima dos fatores produtivos e a dimensão ótima das unidades 
produtivas. 
 
Ou seja, coloca-se a hipótese de podermos fazer variar alguns, ou todos os elementos produtivos 
simultaneamente e, a partir de todas as alternativas possíveis, encontrar a dimensão ótima da 
unidade produtiva. 
 
Em princípio, a dimensão ótima será aquela em que se atinjam os menores custos por cada unidade 
de produto produzida. 
 
Economias de Escala 
Pode dizer-se que o custo de produção comporta dois elementos distintos, dois tipos de custos: 
 
-Custos Fixos (CF): Despesas que uma unidade de produção tem de realizar, independentemente das 
Quantidades produzidas; 
 
-Custos Variáveis (CV):Despesas que variam em função da quantidade produzida. 
 
Os Custos Totais são o somatório dos custos fixos com os custos variáveis- CT = CF+ CV 
 
A resposta à questão se aumento da dimensão da quantidade produzida terá vantagens económicas 
a nível de custos determina-se ao considerar o Custo Médio/Unitário: 
 CM = CT / Quantidade Produzida 
 
A partir de certa dimensão (certa quantidade produzida), acontecem: 
Deseconomias de Escala- Aumento do custo unitário de um bem resultante de um aumento da 
quantidade produzida para além do ponto de dimensão ótima. Correspondem a rendimentos à 
escala decrescentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 6- Rendimentos e repartição de rendimentos 
 
6.1. A atividade produtiva e a formação dos rendimentos 
 
RENDIMENTO: somatório dos valores acrescentados pelo conjunto das empresas. 
VALOR ACRESCENTADO: valor adicional que é criado pelas unidades produtivas de um país e que 
representa a riqueza gerada durante um determinado período. 
 
6.2. A repartição funcional dos rendimentos 
6.2.1. Noção de repartição funcional dos rendimentos 
 
à é a repartição dos rendimentos criados durante o processo produtivo pelos dois fatores de 
produção, tendo em conta a especificidade das suas funções. 
A repartição funcional dos rendimentos mostra-nos que uma parte dos rendimentos criados é 
entregue aos trabalhadores, que são os detentores da força de trabalho, sob a forma de salários, 
enquanto a outra parte é entregue aos proprietários dos meios de produção ou capital, sob a forma 
de rendas, juros ou lucros. 
 
6.2.1. Remuneração dos fatores produtivos 
 
• Salário: é o rendimento recebido em troca de trabalho prestado. O salário é fixado em função 
do nível de qualificação do individuo, das suas habilitações, da natureza do trabalho, do nível 
de desempenho alcançado, etc. Os contratos de trabalho onde estão fixados direitos e 
deveres dos trabalhadores e patrões resultam de convenções coletivas de trabalho 
negociadas entre sindicatos e entidades patronais ou de negociações individuais entre o 
individuo e a entidade patronal. 
Como a principal fonte de rendimento da maior parte da população é o salário, o Estado 
procura garantir a todos os trabalhadores um mínimo de rendimento, através da fixação de 
um salário mínimo nacional. (Redistribuição Mínima Mensal Garantida – RMMG). 
• Lucro: é o rendimento do empresário que realiza a sua atividade económica através da 
empresa, utilizando, para o efeito, determinado montante de capital. O apuramento do lucro 
faz-se pela diferença entre o preço de venda e o preço de custo dos bens produzidos. 
• Renda: é o rendimento do proprietário que cede bens em regime de arrendamento tais 
como, casas, terras, andares, escritórios, armazéns, etc. 
• Juro: é o rendimento de quem cede (empresta) capital. O juro é calculado com base na taxa 
de juro. 
 
6.3. A repartição pessoal dos rendimentos 
6.3.1 Noção de repartição funcional dos rendimentos 
 
O rendimento do país é repartido pelas pessoas que constituem a população residente, cabendo a 
cada pessoa ou a cada família uma determinada parcela do total do rendimento. Como as pessoas 
não exercem a mesma atividade, nem o mesmo tipo de trabalho, possuem ou não bens de família, 
por exemplo, o montante de rendimento que cabe a cada uma é diverso, havendo pessoas ou 
famílias com maiores rendimentos que as outras. 
 
A diferença de rendimentos entre as famílias depende, assim, de vários fatores: umas apenas 
possuem rendimentos de trabalho, outras detêm rendimentos de propriedade ou de empresa, outras 
têm salários muito elevados, etc. O peso que estes fatores representam na repartição pessoal do 
rendimento nacional de um país contribui para a maior ou menor desigualdade de rendimentos. 
Sendo o salário o principal rendimento da maior parte das famílias, dele dependerá o grau de 
satisfação das necessidades. Porém, para a maior ou menor capacidade aquisitiva do salário 
concorre, também, o nível geral dos preços dos bens e serviços: por exemplo, se ocorrer uma subida 
geral dos preços e o salário nominal se mantiver, as famílias perdem poder de compra. 
 
6.3.2. Salário Nominal e Salário Real 
 
Salário nominal: é a quantidade de moeda que o trabalhador recebe como resultado do trabalho 
prestado 
Salário real: quantidade de bens e serviços que o trabalhador pode adquirir com o seu salário 
nominal. O nível da inflação (IPC) influencia o salário real. 
 
6.3.3. Leque salarial 
O leque salarial permite ver a diferença entre o salário mínimo e o salário máximo e quantas vezes o 
máximo é mais elevado que o mínimo. 
 
 
6.3.4. Rendimento per capita 
à rendimento médio de cada habitante 
 
 
Limitações do rendimento per capita 
• Por representar uma média, o Rendimento per capita oculta as desigualdades na repartição da 
riqueza pela população ou pelas diferentes regiões que constituem o país; 
• Por ser calculado com base nos dados do setor formal da economia, ignora todo o setor informal que, 
sobretudo nos países menos desenvolvidos, representa uma parte substancial da riqueza do país, O 
setor informal, também designado por economia paralela, inclui o trabalho doméstico não 
remunerado, as atividades ilícitas, etc. 
• Por representar um valor económico global, o Rendimento per capita não discrimina a natureza da 
riqueza. Um país pode ser rico em termos económicos, mas não o ser em termos sociais, culturais, 
ambientais ou políticos. A sua população pode não beneficiar de um bom sistema educativo, pode 
não ter cuidados de saúde que aumentem a esperança e qualidade de vida da sua população, pode 
não viver em democracia ou não ter qualidade ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.3.5. Curva de Lorenz 
A curva de Lorenz permite avaliar o grau de concentração de rendimentos. É um diagrama que 
representa por classes percentuais a parte do rendimento que cabe a cada grupo da população. 
à instrumento de medida das desigualdades na 
repartição dos rendimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice de Gini 
Traduzindo o rendimento per capita por um rendimento médio, não é possível, através da 
informação fornecida, conhecer a forma como o rendimento está repartido pelos habitantes de um 
país ou pelas suas regiões. 
Este problema é ultrapassado pela curva de Lorenz e pelo índice de Gini, que permitem representar e 
medir desigualdades dos rendimentos. Este índice varia entre 0 (igualdade absoluta) e 100 
(desigualdade absoluta). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.4. A redistribuição dos rendimentos 
 
à visa minimizar e corrigir desequilíbrios resultantes da primeira repartição dos rendimentos e, ao 
mesmo tempo, permitir um melhor nível de vida a todas as pessoas. Resulta da intervenção do 
Estado através de políticas fiscais e sociais. 
 
à Tendo em conta que grande parte da população vive dos rendimentos do seu trabalho e que existem 
salários baixos, empregos precários e desemprego, torna-se evidente a necessidade de o Estado contribuir 
para a correção dos desequilíbrios através da atribuição de subsídios, comparticipação em despesas, 
pagamento de pensões, gratuitidade do ensino e da saúde ou a aplicação de impostos com taxas médias 
progressivas relativamente ao montante do rendimento sobre o qual incidem. 
 
 
6.4.2 Políticas do Estado na redistribuição dos rendimentos 
 
Despesas públicas: conjunto de pagamentos efetuados pelo Estado. 
Receitas públicas: receitas obtidas pelo Estado para fazer face às despesas públicas. 
 
Política de redistribuição dos rendimentos: tem como finalidade a equidade, ou seja, a redução das 
desigualdades sociais originadas na repartição dos rendimentos, através de políticas fiscais e sociais. 
 
Uma das áreas de intervenção prioritárias do Estado é a de corrigir as assimetrias resultantes na 
repartição dos rendimentos primários, visto que uma das funções do Estado é contribuir para o bem-
estar e a qualidade de vida dos cidadãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
à as receitas patrimoniais ou voluntarias apresentam em comum o facto de resultarem de acordos 
negociais entre o Estado e os particulares e correspondem ao valor das suas vendas efetuadas entre 
os dois agentesacima referidos (privatização; por exemplo, o Estado possui uma propriedade e uma 
empresa compra essa propriedade, está a privatizar). 
 
à as receitas coativas são, pelo contrário, fixadas geralmente por via legislativa, não resultando de 
qualquer negociação ou acordo travado entre os particulares e o Estado. Estas receitas são 
prestações pecuniárias exigidas aos particulares, que têm de submeter a essa exigência. Deste tipo 
de receitas são exemplos as taxas e os impostos. 
 
Taxas: correspondem ao pagamento de um serviço prestado pelo Estado 
Impostos: não têm por suporte qualquer prestação de serviço por parte do Estado aos particulares. 
 
à as receitas creditícias resultam de meios financeiros fornecidos ao Estado por outros agentes 
económicos, através do recurso ao crédito. Pode acontecer que o Estado não consiga obter, a partir 
de taxas, dos impostos e das receitas patrimoniais, todos os rendimentos de que necessita para fazer 
face às despesas públicas. Nesse caso, o Estado é forçado a recorrer aos empréstimos que contrai 
junto dos particulares, originando a divida pública, interna ou externa. 
 
PRINCIPAIS IMPOSTOS 
Impostos diretos: incidem sobre os rendimentos obtidos pelos contribuintes e sobre o património, 
isto é, sobre uma matéria coletável perfeitamente determinada, como acontece com o IRS, IRC ou 
com o IMI. 
• IRC: incide sobre os lucros resultantes de qualquer atividade agrícola, industrial ou comercial, 
realizada por pessoa coletiva ou por pessoas singulares. 
• IRS: recai sobre os rendimentos do trabalho, de capitais, de mais-valias, de pensões, e outros 
rendimentos (como o jogo, lotarias e apostas). 
• IMI: incide sobre o valor patrimonial dos prédios rústicos e urbanos. 
• IMT: recai sobre as transmissões de propriedade de bens imobiliários, quando feitas a título 
oneroso. 
Impostos indiretos: incidem sobre os rendimentos utilizados ou consumos, ou seja, sobre uma 
matéria coletável indiretamente determinada. Por exemplo, quando compramos um bem ou serviço 
é frequente pagarmos sobre o seu valor um montante que será entregue ao Estado e que depende 
da aplicação de uma certa taxa ao valor desse bem – IVA – que recai sobre o preço dos produtos que 
se adquirem. 
• IVA: incide sobre os preços das mercadorias e serviços. 
• Imposto de selo: incide sobre os documentos designados na tabela geral do imposto de selo. 
• Outros impostos indiretos: imposto dobre os produtos petrolíferos e energéticos, imposto 
sobre o tabaco, imposto sobre álcool e bebidas alcoólicas, etc. 
Políticas fiscais: Traduz-se na criação de impostos sobre bens e serviços e rendimentos, por exemplo. 
No que se refere à redistribuição dos rendimentos, os impostos sobre os rendimentos assumem uma 
grande importância. Estes impostos, chamados diretos, apresentam normalmente taxas progressivas, 
ou seja, os rendimentos mais altos estão sujeitos a taxas mais altas, conduzindo a uma redução na 
diferença dos rendimentos recebidos pelas famílias. 
 
Se sobre os rendimentos mais elevados incidem taxas superiores, a diferença entre os montantes 
líquidos recebidos é inferior à existente inicialmente, isto é, antes da aplicação do imposto. 
 
Através destes instrumentos de atuação, o Estado pratica uma política de redistribuição dos 
rendimentos que tem por finalidade assegurar a melhoria de vida da população, sobretudo dos que 
possuem menos rendimentos. 
 
É através do Orçamento de Estado que são estabelecidas as fontes de receitas do Estado e as 
despesas a efetuar durante um ano, para cumprimento das funções do Estado. 
 
Políticas sociais: A sua finalidade é atenuar as desigualdades sociais existentes entre os cidadãos, 
garantir a igualdade de oportunidades, o acesso a meios que permitam a satisfação das necessidades 
básicas e prevenir situações de pobreza e exclusão. 
 
 
O Estado fornece à comunidade bens e serviços indispensáveis, gratuitamente ou a preços inferiores 
aos do mercado. Assim acontece com a educação, a saúde, a administração da justiça e a iluminação 
pública. Sendo estes bens e serviços absolutamente necessários, ao subsidiá-los ou ao fornecê-los 
gratuitamente, o Estado está a assegurar a sua utilização por toda a população. Deste modo, os 
indivíduos pertencentes aos estratos economicamente menos favorecidos poderão ter acesso a 
serviços que, de outra forma, não poderiam consumir ou consumiriam em menor quantidade. Estas 
iniciativas enquadram-se no conjunto de medidas que constituem as chamadas políticas sociais do 
Estado. 
 
O Estado intervém também na esfera social, também no âmbito destas políticas, ao garantir aos mais 
desfavorecidos o acesso a meios que lhes permitirão suprir dificuldades resultantes das 
desigualdades económicas e sociais. É o caso da Segurança Social. 
 
A proteção social 
Em situações que podem causar graves dificuldades aos trabalhadores, como o caso de uma doença 
inesperada que os impeça de exercer o seu cargo profissional, a invalidez ou o desemprego, instituiu-
se a Proteção Social, para dividir solidariamente estes prejuízos. 
Em casos mais diretamente relacionados com o trabalho, juntam-se situações como o apoio à 
exclusão social, à velhice e à maternidade. Para pôr em prática este sistema, os indivíduos efetuam 
contribuições sociais que serão distribuídos sob a forma de prestações sociais, a quem necessitar 
delas. Este é o principio da solidariedade social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ação do Estado desenvolve no domínio da redistribuição dos rendimentos tem dois objetivos: 
• Um de natureza social – tornar mais justa a repartição dos rendimentos e proporcionar um nível 
de bem-estar superior às famílias de menores rendimentos. 
• Outro de natureza económica – permitir níveis de consumo superiores a determinados grupos 
sociais estimulando, através de diversas formas (subsídios, abonos, cartão jovem, etc), a atividade 
económica. 
 
6.4.3. O rendimento disponível dos particulares 
Em termos gerais, a totalidade dos rendimentos gerados no processo produtivo num país, num 
período igual a um ano, designa-se por Rendimento Nacional (RN). Este valor é repartido pelos 
fatores produtivos intervenientes na produção. 
 
à se ao somatório dos rendimentos entregues às famílias (salários, rendimentos de empresas e 
propriedade e as transferências internas e externas) subtrairmos o valor dos impostos diretos e das 
contribuições para a Segurança Social, obteremos um valor diferente do rendimento inicial disponível 
dos particulares, que reflete as disponibilidades reais das famílias. 
 
As famílias, ou particulares recebem, desta forma, rendimentos correspondentes às remunerações 
do fator trabalho e do fator capital (rendimentos de empresas e propriedade) e rendimentos 
provenientes de transferências internas e externas. 
 
Por outro lado, às famílias são solicitados pagamentos que vêm, de facto, diminuir as suas 
disponibilidades financeiras. Assim acontece, por exemplo, com os impostos diretos pagos pelos 
particulares ao Estado, bem como as contribuições sociais entregues à Segurança Social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O rendimento disponível dos particulares é utilizado no consumo e na poupança. 
 
6.5. As desigualdades na repartição dos rendimentos em Portugal e na União Europeia 
 
Na análise da desigualdade na repartição dos rendimentos podemos considerar vários aspetos, entre 
os quais: Desigualdades entre países, entre regiões e entre categorias sociais. 
 
Desigualdade entre países 
O Rendimento per capita ou o PIB per capita, apesar de todas as limitações que apresentam, são os 
indicadores mais usados para medir e avaliar situações de desigualdade económica entre países. 
 
É através da comparação dos valores desses indicadores que podemos concluir, com algumas 
reservas, se o país em causa é, em termos médios, mais rico ou menos rico do que outro. 
 
Desigualdade entre regiões 
À semelhança do que se verifica entre os países, também dentro do mesmo país podemos deparar 
com fortes assimetrias de desenvolvimento.Desigualdades por categorias sociais 
Dentro do mesmo país é igualmente possível encontrar situações de desigualdade por categorias 
sociais, como sejam por profissão, por habilitações académicas, por género, por situação específica 
no mercado de trabalho (ser emigrante por exemplo), entre outras situações. 
 
A União Europeia pretende pôr fim às disparidades salariais entre homens e mulheres. Por isso, 
efetua diversos estudos onde baseia as políticas para a promoção da igualdade entre mulheres e 
homens. 
 
• Em média as mulheres ganham cerca de 16% menos do que os homens; 
• As disparidades salariais entre homens e mulheres correspondem à diferença entre a remuneração dos 
homens e das mulheres (com base no pagamento à hora no conjunto da economia); 
• Em alguns países as disparidades salariais entre mulheres e homens estão a aumentar; 
• A questão das disparidades salariais entre homens e mulheres é uma questão complexa com várias causas 
e frequentemente interrelacionadas; 
• As disparidades salariais entre homens e mulheres ao longo da vida, levam a que as mulheres tenham 
reformas mais baixas, aumentando o seu risco de pobreza. 
 
Unidade 7- Poupança e investimento 
7.1. A utilização dos rendimentos- O consumo e a poupança 
 
A riqueza criada durante o processo produtivo é repartida pelas pessoas que constituem a 
comunidade sob a forma de rendimentos- como a remuneração do trabalho prestado ou do capital 
possuído. 
 
As famílias dispõem de um determinado montante de rendimentos que vão gastar na aquisição dos 
bens e serviços que satisfazem as suas necessidades. Uma parte significativa dos rendimentos de que 
as famílias dispõem vai, então, ser utilizada no consumo. 
No entanto, a generalidade das famílias preocupa-se com o futuro e, para fazer face a possíveis 
situações futuras (como uma doença), reserva uma parte dos seus rendimentos para esses gastos 
que possam vir a ocorrer. Essa parte do rendimento que não é gasta em consumo imediato é 
designada poupança. Assim, Poupança é a parte do rendimento disponível que não é gasta em 
consumo imediato. 
 
A poupança constitui, assim, uma variável económica que depende do nível de rendimento e do nível 
de despesa do consumo: 
Poupança = rendimento disponível – consumo 
 
Podemos, então, dizer que os valores da poupança crescem com os aumentos dos rendimentos 
auferidos pelas famílias. 
 
7.2. Os destinos da poupança. A importância do investimento 
7.2.1. Os destinos da poupança 
 
A poupança realizada pode ter os seguintes destinos: 
• Entesouramento- ex: Obras de arte; 
• Aplicações financeiras (são remuneradas através de juros)- ex: Constituição de um depósito a prazo; 
• Investimento- ex: ampliação das instalações de uma fábrica; 
O entesouramento é a conservação de valores monetários (notas, moedas metálicas) ou a detenção 
de ouro em barra, joias, obras de arte, etc., por parte dos agentes económicos. Os valores 
entesourados não dão origem a qualquer rendimento e, ao serem retirados do circuito económico e 
monetário, constituem riqueza improdutiva. 
 
Outra forma de aplicar a poupança são as aplicações financeiras com particular destaque para os 
depósitos a prazo, entre outras aplicações (fundos de investimento, títulos de dívida, etc.). 
As famílias põem, então, a sua poupança à disposição de outros agentes económicos que necessitam 
de recursos financeiros, como as instituições financeiras, mediante uma remuneração, o juro. 
 
 
O terceiro destino da poupança é o investimento, ato pelo qual se aplica a poupança na atividade 
produtiva, através da aquisição de meios de produção, com o objetivo de aumentar a produção dessa 
economia. Aquele que investe espera, naturalmente, obter um rendimento pela utilização da sua 
poupança. 
 
 
7.2.2. Formação de capital 
Formação de capital é a aplicação da poupança em novos bens de produção. 
 
A aplicação da poupança em novos bens de produção, o investimento, constitui aquilo que se designa 
por formação de capital e dele dependem as gerações vindouras, já que a formação de capital 
representa uma renúncia à produção atual de bens de consumo imediato e, em simultâneo, a 
possibilidade de aumentar a respetiva de produção no futuro, uma vez que se destina a aumentar a 
capacidade produtiva da economia. 
 
A poupança é, então, utilizada na formação de capital, através do investimento direto ou através da 
sua colocação em instituições financeiras que, posteriormente, canalizam para a atividade produtiva. 
 
Formação bruta de capital fixo 
É o aumento dos bens de equipamento, ocorrido durante um dado período de tempo (normalmente 
um ano) no património de uma empresa ou de uma economia. 
 
Na formação de capital fixo há que distinguir a aquisição de bens de produção duradouros feita pelas 
empresas da realizada pelo Estado ou Administração Pública. 
 
A Administração Pública contribui para a formação bruta de capital fixo através da construção de 
estradas, aeroportos, pontes, criação de escolas, hospitais e outros bens de equipamento coletivo. 
 
A participação das empresas na formação bruta de capital fixo traduz-se na aquisição de máquinas, 
ferramentas e outros instrumentos de trabalho, na construção de novas fábricas, na modernização 
tecnológica, etc.

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