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Aula 11 Psic Resumo

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Aula 11
Principais abordagens do desenvolvimento humano: epistemologia genética de Piaget
Utilizando o método estruturalista ( vê a sociedade e sua cultura formadas por estruturas sob as quais baseamos nossos costumes, língua, comportamento, economia, entre outros fatores), ele focaliza sua atenção no sujeito, ao passo que o objeto representa apenas um elemento potencialmente perturbador da estrutura cognitiva.
O conhecimento, portanto, é construído de acordo com os estágios de desenvolvimento, que são fixos e universais. Só a estrutura é inata, portanto, legada pela filogênese do ser humano. É ela que vai permitir o desenvolvimento nos diversos estágios da maturação (PIAGET, 1966).
Como a aquisição de conhecimentos depende de certas estruturas cognitivas e da relação do sujeito com o objeto, a esse processo interacional, de mão dupla, Piaget denomina adaptação. A adaptação, por sua vez, é subdividida em dois tipos ou dois momentos: a assimilação e a acomodação. 
Adaptação 
Assimilação Acomodação
A assimilação consiste em incorporar objetos do mundo exterior a esquemas mentais que já foram formados ou que são preexistentes. Ex: conhece uma determinada ave, logo assimila tudo que aproxima com uma ave. 
Já a acomodação refere-se a modificações dos sistemas de assimilação, por influência do mundo externo. Ex. Ela já consegue classificar as aves.
Para Piaget, qualquer estímulo para atuar dentro do processo de aprendizagem deve ser assimilado pelo organismo. A assimilação designa a incorporação de elementos estranhos ao organismo, vindos de objetos exteriores, que serão modificados pelas estruturas orgânicas ligadas à inteligência.
A inteligência, antes de tudo, é adaptação; é a forma de equilíbrio para a qual tendem todas as estruturas.
Piaget (1975) defende que o equilibrio entre assimilação e acomodação é necessário, pois se um indivíduo só assimilasse, ele só desenvolveria alguns esquemas cognitivos muito gerais, o que comprometeria sua capacidade de diferenciação. Por outro lado, se ele só acomodasse, desenvolveria uma grande quantidade de esquemas cognitivos bastante específicos, o que comprometeria sua capacidade de generalização. Objetos e fatos que pertencem à mesma classe seriam entendidos como diferentes, gerando igualmente problemas de aprendizagem, ou melhor, problemas de “adaptação”, na linguagem piagetiana.
Piaget (1966), ao caracterizar a sequência de desenvolvimento da inteligência em seus quatro estágios, deixa clara a incorporação gradativa de novas experiências e sua importância para que a criança vá atingindo os estágios subsequentes.
• No primeiro estágio, o da inteligência sensório-motora, que vai do nascimento aos 2 anos de vida, o pensamento é expresso em ato, em ação. 
• No segundo estágio, o da inteligência representativa ou préoperatório, a criança já substitui um objeto por uma representação simbólica do mesmo. Isso ocorre em crianças entre 2 e 6 anos de idade. 
• No terceiro estágio, o das operações concretas, que compreende o período dos 7 aos 11 anos, a criança sofre uma mudança qualitativa: ela pode substituir as relações reais por ações virtuais, ou seja, a ação pode se dar apenas de forma interiorizada. O pensamento, que antes se originava somente na ação real e efetiva, no contato com as coisas, torna-se um pensamento cuja origem está no interior, mas que não perderá sua qualidade de ser, ainda, uma ação. Ela necessita da presença concreta dos objetos para poder raciocinar. 
• No quarto estágio, o das operações formais, a criança consegue desprender-se dos dados imediatos; seu raciocínio pode basear-se em abstrações, e não mais apenas em dados da realidade; essa abstração é que lhe permitirá avaliar hipóteses sobre diversas possibilidades.
A capacidade de abstração, que para Piaget aparece nesse último estágio, pode ser de dois tipos: empírica, quando implica agir sobre um objeto, ou reflexiva, de origem mental.
A abstração reflexiva é o mecanismo através do qual deriva o conhecimento lógico-matemático; ela ultrapassa o observável e resulta em reorganização mental.
Vivência e conhecimento não são excludentes: o conhecimento se dá a partir da vivência – da ação sobre o objeto do conhecimento – mas é necessário que esse objeto seja inserido em um sistema de relações que permitirá a estruturação do vivido. Os fatos e os objetos só adquirem significado quando inseridos em uma estrutura mental, ou seja, quando são assimilados.
O desenvolvimento cognitivo na teoria piagetiana é baseado em três componentes: conteúdo, função e estrutura. 
O conteúdo refere-se àquilo que a criança conhece, cuja atividade intelectual é inferida através da observação de seus comportamentos. A função refere-se às características da atividade intelectual (no caso, a assimilação e a acomodação), que são estáveis e contínuas no decorrer do desenvolvimento cognitivo. A estrutura, por sua vez, refere-se às propriedades organizacionais inferidas (ou esquemas) que explicam a ocorrência de comportamentos específicos.
Alguns pontos importantes da Teoria de Aprendizagem segundo Piaget.
· De acordo com Piaget, as crianças possuem um papel ativo na construção de seu conhecimento, de modo que o termo construtivismo ganha muito destaque em seu trabalho.
· O desenvolvimento cognitivo, que é a base da aprendizagem, se dá por assimilação e acomodação.
· Quando na assimilação, a mente não se modifica.
· Quando a pessoa não consegue assimilar determinada situação, podem ocorrer dois processos: a mente desiste ou se modifica.
· Se modificar, ocorre então a acomodação, levando a construção de novos esquemas de assimilação e resultando no processo de desenvolvimento cognitivo.
· Somente poderá ocorrer a aprendizagem quando o esquema de assimilação sofre acomodação.
· O que fazer então par provocar o processo de acomodação? Para modificar os esquemas de assimilação é necessário propor atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas nos alunos.
· De acordo com Piaget, apenas a acomodação vai promover a descoberta e posteriormente a construção do conhecimento.
· O conhecimento real e concreto é construído através de experiências.
· Aprender é uma interpretação pessoal do mundo, ou seja, é uma atividade individualizada, um processo ativo no qual o significado é desenvolvido com base em experiências.
· O papel do professor é então aquele de criar situações compatíveis com o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno, em atividades que possam desafiar os alunos.
· De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo das crianças ocorre em quatro fases: 1° SENSÓRIO-MOTOR (até os 2 anos), 2° PRÉ-OPERACIONAL (dos 3 aos 7 anos), 3° OPERATÓRIO CONCRETO (dos 8 aos 11 anos) e 4° OPERATÓRIO FORMAL (a partir dos 12 anos).
· O professor deve provocar o desequilíbrio na mente do aluno para que ele, buscando então o reequilíbrio, tenha a oportunidade de agir e interagir.
· Quando houver situações que gere grande desequilíbrio mental, o professor dever adotar passos intermediários para adequá-los às estruturas mentais da fase de desenvolvimento do aluno.
· O aluno, dessa forma, exerce um papel ativo e constrói seu conhecimento, sob orientação constante do professor.
· O professor deve propor atividades que possibilitem ao aluno a busca pessoal de informações, a proposição de soluções, o confronto com as de seus colegas, a defesa destas e a permanente discussão.
· O conhecimento é construído por informações advindas da interação com o ambiente, tocando esta teoria com aquela proposta por Vygotsky, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior.
· Estágios de Desenvolvimento e Aprendizagem Humana Segundo a Teoria de Piaget
Sensório-motor (0 aos 2 anos)
Período no qual o criança não tem nenhuma autonomia e onde ainda não são traçados planos.
Ela está presa na atividade do agora. Sugar o peito da mãe, morder e soltar brinquedos são suas principais ações.
O máximo que um bebê nessa idade consegue fazeré usar a chamada pré-lógica, que é ordenar objetos do maior para o menor, colocar uns sobre os outros ou ainda encaixar bases iguais em orifícios de mesmo desenho.
As primeiras noções do eu começam a ser construídas.
Aqui, já é possível diferenciar sua existência física a parte do universo que o rodeia.
Um bebê de cinco meses brinca com um objeto que estiver à sua frente.
Agora, se a peça for escondida, ele já vai agir como se o utensílio nunca tivesse sequer existido.
É diferente de uma criança de oito, nove meses, que já consegue notar que o objeto sumiu e começa a brincar de esconde-esconde com ele.
Cada novo encontro representa uma felicidade imensa.
Importante dizer que alguns pontos foram mudando desde que a Teoria de Piaget foi criada.
Muitas pessoas tendem a achar que os bebês de hoje são mais inteligentes que os de alguns anos atrás.
Um dos motivos que levam a essa conclusão é o quarto dos pequenos.
Há alguns anos, acreditava-se que para uma criança absorver tudo que aprendeu no dia, era preciso um cômodo escuro e extremamente silencioso.
Com o passar do tempo, foi se notando que paredes pintadas em cores mais quentes e músicas no ambiente podem ser muito mais estimulante para os bebês.
Pré-operatório (2 aos 7 anos)
O período sensório-motor vai ficando um pouco de lado e o imediatismo começa a dar lugar à função simbólica, que é a necessidade do pequeno se adequar ao meio em que vive.
O pré-operatório é marcado pelo início da linguagem oral, que é quando a criança começa a externar em palavras aquilo que assimilou e acomodou no passado.
É uma fase em que o ego fala mais alto.
Tudo gira em torno do seu umbigo.
Se alguém pergunta qual é o bebê mais lindo do mundo, a resposta certamente será: “eu”.
O animismo também é algo marcante.
Sentimentos pessoais são transmitidos para objetos inanimados e animais.
Você vai ouvir do seu filho: “cadeira boba, machucou o meu dedinho” ou “cachorro mau, latiu forte para mim”.
Até essa faixa etária, as crianças são incapazes de entender que trocar um objeto de lugar ou a sua forma não vai alterá-lo para sempre.
O exemplo clássico disso é o da massinha de modelar.
Duas massas podem ser exatamente iguais, mas se você a achatar um pouco, o pequeno vai jurar de pés juntos que essa é mais leve que aquela outra, que não foi mexida.
Operações concretas (7 aos 12 anos)
A criança deixa um pouco de se achar o centro do universo e começa a desenvolver um conhecimento que tem mais a ver com as outras pessoas mais velhas.
Para usar outro exemplo que não o da massinha de modelar, ela consegue compreender que dez peças de dominó colocadas cinco em cima e cinco embaixo é igual a todas elas enfileiradas, exceto pela sua disposição.
Elas continuam sendo uma dezena de retângulos pontilhados.
Ou seja, além da ideia desses objetos concretos, agora é possível fazer operações mentais com eles.
Por outro lado, a percepção em situações que não são palpáveis ainda está confusa.
As primeiras noções de tolerância também são sentidas nessa fase.
Com o egocentrismo de lado, é possível ver que existem opiniões, emoções e carências diferentes das suas.
Operações formais (12 anos em diante)
Etapa onde o desenvolvimento da inteligência dá o maior salto.
É quando o adolescente começa a realizar operações mentais com abstrações e não somente com o concreto.
Os hormônios também começam a agir e não apenas no corpo as mudanças passam a aparecer.
O comportamento também é afetado: sentimentos como revolta, incerteza e idealismos como “eu vou mudar o mundo” são clichês, mas reais para eles.
Problemas matemáticos mais complexos também começam a ser resolvidos.
Isso porque a lógica já está bastante aguçada.
Talvez a forma mais fácil de diferenciar a fase das operações concretas das formais seja através de combinações aritméticas.
Um exemplo usado por Piaget é o número de sequências que se pode fazer com os elementos ABCD.
Enquanto um adolescente no período formal vai procurar estabelecer a lógica para elucidar o desafio – mudar primeiro a última letra, depois a penúltima -, o jovem na fase concreta provavelmente vai estabelecer uma ordem aleatória, sem uma metodologia sistêmica.
Embora o Modelo de Desenvolvimento de Aprendizagem de Piaget seja muito completo e fiel à realidade, nunca é demais ressaltar que ele pode variar conforme a idade e de criança para criança.
É como aquele aluno adiantado da turma, que mesmo sendo o mais novo da galera, acompanha as lições tão bem quanto os outros.
 Quadro comparativo de teóricos

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