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Metodologia do Ensino de Arte A metodologia do ensino de arte que é usada hoje, tem a ver com o seu surgindo, mesmo havendo modificações estamos abordando um processo relacionado entre si. Mesmo sendo "novo" dialoga com o anterior. A metodologia de antes, é base para a metodologia de agora. Através do processo histórico podemos ver que o portugueses inauguraram o que chamamos de metodologia de ensino, mas não podemos esquecer dos indígenas, que já produziam sua "arte". A arte dos indígenas era transmitida de geração para geração, então não era nada organizado como a arte na europa, não havia uma sistematização(que era através de academias e de mestre para mestre). JESUÍTAS Após a chegada dos portugueses, chegou a comitiva Jesuíta que vieram difundir a religião católica para o povo daqui. As primeiras formas de educação mais próxima da ideia de educação vieram com os jesuítas, quando tinham a educação religiosa. Usavam a dramatização, música e poesia (artes que os jesuítas se voltavam mais). Desconsideravam a arte primitiva e manual. Mesmo depois de serem expulsos do Brasil, o modelo educacional que trouxeram continuaram a ser usados. Igrejas, arquitetura, talhes, pintura e escultura materiais: pedra-sabão e ouro e madeira MARQUES DE POMBAL Próximo a expulsão dos jesuítas, houve a reforma do marquês de Pombal. Nela foi incluída a introdução ao desenho, começou-se a usar o desenho na matemática e a música. BARROCO JESUÍTICO MISSÃO FRANCESA Primeira institucionalização do ensino da arte. Até então a relação com Portugal era de exploração, com a vinda de D. João, a corte começava a viver aqui e começam a desenvolver a educação, fazendo referência ao neoclássico, surgindo assim a Escola Imperial de Belas Artes, que era voltada para a burguesia e tinha um posicionamento mais positivista (decorar os conteúdos, domínio de técnicas). OS LIBERAIS E O ENSINO DA ARTE Fizeram campanha para tornar o desenho um ensaio obrigatório no primário e secundário. Deram início ao desenho industrial (design). XX A principal questão no séc. xx é em como ensinar. Fica claro os princípios do liberalismo (iluminismo), se espalham e o ensino que antes era mais voltado pra técnica, continua focado na técnica mais compartilha da ideia de que o individuo pode se libertar através da educação, tendo a arte principal colocação já que trabalha com emoção e superação humana. MODERNISMO Com o modernismo e a semana de arte moderna, tem a criação da "escola nova", que não foi feita especificamente para arte, mas sim todas as matérias e é associada a criatividade e inteligência, onde o aluno é responsável pelo seu conhecimento. No final da década de 20 a arte começou a ser vista como extracurricular e ocorre a criação da escola brasileira de arte, que ainda não era considerada uma matéria obrigatória. Com isso o estado começou a se meter na educação, sendo vista com matéria não obrigatória o ensino de arte se tornou engessado. ARTE COMO EXPRESSÃO DA EMOÇÃO Na segunda metade do séc XX, foram criados muitos ateliês para crianças ao redor do país e o movimento escolinhas de arte, ainda extracurricular. Os pais começaram a ver como as crianças se desenvolviam melhor nesse contexto. DITADURA DE 64 Nas escolas públicas, a arte foi desenvolvida apenas para datas comemorativas, temas cívicos e religiosos. Coma violência da ditadura, os professores acabam se adequando ao estado. Nas escolas particulares a arte seguia a avaliação de técnica, tendo um pouco mais de liberdade na abordagem. REFORMA EDUCACIONAL DE 71 Estabelece a prática de vários tipos de conhecimento e inclui a arte no currículo como educação artística. Artes plásticas, cênicas e música devem ser ensinadas pelo mesmo professor. São criados os primeiros cursos de licenciatura em educação artística, podendo haver uma especialização sendo em música, artes cênicas .. Como o mesmo professor abordava várias vertentes artísticas, acabava ficando superficial, pois não havia metodologia específica para cada área de ensino. 80's, 90's, 2000 80 - criação dos primeiros programas de pós-graduação em artes. 90 - Estabelece o ensino de arte como componente curricular obrigatório, mas ainda muito distante da prática e da realidade social 2000- Estabelece que a música também passa a ser conteúdo curricular obrigatório DIAS ATUAIS Com a conquista da arte no currículo educacional, começamos a ter novas demandas, tendo em vista a necessidade da formação específica dos professores do ensino de arte, já que tem as suas particularidades, tendo a formação adequada. Muito professores que assumem a disciplina tem não tem a formação adequada, reduzindo então a qualidade da educação. Superando a metodologia positivista, precisamos revisitar os conteúdos e sempre atualizados. Se temos a necessidade profissionais formados na área, precisamos de uma metodologia para ensinar. Nos dias atuais temos o desenvolvimento da tecnologia, estando presentes em muitas salas de aula, trazendo a tecnologia para o ensino. Então temos uma relação: Um professor que tem domínio sobre o conteúdo e que tem uma metodologia e que pode ser diferenciada se incluirmos a tecnologia. NA PRÁTICA Para escolher a metodologia, devemos conhecer vários modelos existentes podendo fazer essa escolha com mais propriedade, não precisando escolher apenas uma, mas podendo mesclar, levando em consideração a relação de professor com os alunos. Desenvolver a percepção tátil, visual e corporal (desenvolver os sentidos) Comunicação por meio de linguagens sonora, plástica e corporal e a criatividade Enfoque no desenvolvimento do ser (emancipação do ser) O professor tem papel de orientar pra que os alunos se vejam como construtores do conhecimento Aulas voltadas para o principio democrático (construção do conhecimento coletivo) Diferenciar o ensino de artes com a formação do artista (não é porque teve aula de artes que se torna artista. Ensino de artes é educação artística (não necessariamente o aluno precisa se tornar artista ao final, mas deve ser alfabetizado visualmente AULA 2 - ANÁLISE CONTEXTUAL Num primeiro momento vemos o ensino de arte sendo encarado como um momento de lazer, dada a importância em datas comemorativas sendo abordada de forma limitada. QUAIS SÃO OS PRINCIPAI OBJETIVOS DA EDUCACÇÃO ARTÍSTICA? Teoria não crítica: Teoria Crítica: Definitivamente, os professores precisam de uma formação específica em artes, o que geralmente quem ocupa o cargo, não tem. O professor deve sempre ser pesquisador, aprimorando seu conhecimento. Precisamos enfatizar a leitura de conteúdos imagéticos (ensinando a leitura de imagens, alfabetismo visual). É necessário que o professor faça uma aproximação entre alunos e museus e espaços culturais e propor atividades pedagógicas que ocupem esse espaço, tornando as aulas mais atrativas. TEORIAS METODOLÓGICAS # Tradicional não é igualitária :(aprendam no sentido de decorar, tem o professor como centro, quer disciplinar no ensino público, no ensino particular quer dar base intelectual. Na arte: Cópias miméticas (reprodução das originais), voltada para a técnica, repetição e fixação (decorar) # escola nova : Aprender fazendo # Teoria Tecnicista: Focada no trabalho técnico, atividades em artes mais mecânicas # Libertadora: Influências de Paulo Freire (libertação individual e libertação social) , consciência crítica e resolução de problemas (você propõem um problema e depois mostra como ele pode resolver), incentivar a reflexão (não decore mas aprenda a pensar). Teoria Histórico-crítica: Prática e teoria mais próximo da realidade, voltada para contextualização histórica, contextualização história no ensino da arte. Método Comparativo: Crítica da obra de arte. Método Multipropósito: São apresentadas as mesmas obras durante o processo educacional, no começo e no final para ver as modificações do olhar do aluno sobre aquela obra de arte. Exercícios para aprimorar o olhar do aluno, o que acaba sendo extensão da aula, já que é uma habilidade que podeser aplicada no dia a dia. Pode produzir artisticamente já que observa como acontece a produção artística. Proposta Triângular: O aluno conhece e tem contato com obras de arte. Um tempo para apreciar e ver qual a intenção daquele objeto artístico e daí fazer a arte em si. Fazer artístico (aproximando a teoria da prática exercitando seus conhecimentos), história da arte para que os alunos saibam as modificações que já ocorreram, os estilos, os movimentos e técnicas e a análise da obra de arte (entendendo quais são os elementos presentes). Educação com sentido, que ela tem um propósito de capacitar o aluno de não só interpretar a obra mas também conseguir fazer. MÉTODOS PRÓPRIOS PARA ENSINO DE ARTE # Primeiro o aluno deve descrever o que ele vê na imagem, depois, perceber os detalhes da imagem, depois analisar e interpretar. INTERDISCIPLINARIDADE Antes as matérias não se misturavam, não criavam relação entre si. A interdisciplinaridade propõe que as matérias dialoguem entre si, buscando pontos em comum entre duas ou várias matérias. a inter busca a totalidade compreendendo que exista uma sociedade e que os conhecimentos estão interligados, gerando a ampliação do conhecimento. A arte já envolve assuntos diferenciados, facilitando que essa troca seja feita. Para ampliar a compreensão a cerca das diversas metodologias usadas no ensino de artes, uma forma é conhecer os espaços que vão além do contexto das escolas (programando ações educativas ex: museus, galerias). Altura (melodia): Define se o som é mais grave ou agudo. As alturas são expressas por notas musicais: dó, ré mi, fá, sol, lá, si. É pela distribuição de sons em alturas diferentes que surgem as melodias. Intensidade (forte ou fraco): Define se um som é mais forte ou mais fraco. Duração (ritmo): Pode ser mais longa ou mais curta. Uma sequência de sons de diferentes comprimentos pode resultar em um ritmo. Timbre: Som percebido por nós quando ouvimos um instrumento ou a voz de alguém nos possibilitando identificar a voz ou o instrumento. METODOLOGIA ENSINO MÚSICA A música é formada por sons. Os sons , articulados entre si geram diferentes tipos de musica. A matéria prima da música é o som. Qualidades do som: # O professor pode propor exercícios de percepção de sons indo do agudo ao grave # Podemos ir cantando bem fraquinho e depois ir aumentando # Ritmo deve passar pelo corpo, assim desenvolvemos a parte motora. ~Pulsação deve ser sentida. Quando ouvimos uma música e batemos o pé. Bater o ritmo para descobrir uma música é um dos exercícios. # é importante trabalhar o timbre apresentando vários instrumentos para identificar os nomes e os sons. Fazer conto sonoro (traduzir em sons o que está escrito em palavras) Composição: Atividade de criação musical. Incentivo a criação é de suma importância. Execução: Performance (tocar e cantar). Motiva a pratica musical. Apreciação: Ato de ouvir música, tentando fazer da audição o mais consciente possível. Literatura: História da música nas classes mais adiantadas Técnica: é a técnica que dá condições ao músico de tocar. Srve para tocar ou analisar. Cada expressão artística tem suas atividades. Atividades da música: #O professor deve dar a oportunidade do aluno conhecer o maior número possível de músicas e de vários gêneros, épocas .. METODOLOGIAS DE ENSINO DA MÚSICA Antes o ensino da música era quase que exclusivo ao ensino individual e era oferecido a poucas pessoas, tendo um ensino mais formal. No início do séc. XX o ensino da música teve grandes mudanças começando a ser visto como direito de todos e não um privilégio de poucos, assim foi conquistando seu lugar nos currículos escolares. Delcroze: Desenvolveu a ginática ritmica (Assimilar ritmo e movimento corporal) Martenot:O ensino da música pode se desenvolver em níveis sensório- motor, mental, afetivo e espiritual Kodaly: propõe o ensino da música principalmente através do canto. Ele conseguiu colocar a música no currículo escolar obrigatório. Usava musicas folclóricas. Orff: Improvisação na aprendizagem musical, fazendo o aluno fazer sua própria música. Os métodos comteporâneos trazem uma forma de ensinar que parte dos próprios alunos. Sempre que alunos nos trouxerem uma ideia, o professor deve aproveita-la. Um dos principais objetivos é o de o aluno fazer música. Métodos ATIVOS: Participação dos alunos desde a primeira infância; ênfase na ação prática mais do que a teoria. ensino coletivo. SEMELHANÇAS MÉTODO ATIVO # Aluno é agente participativo. # Preocupação com o desenvolvimento global da criança # Direito de acesso a aprendizagem é de todos # Estimula-se o fazer # Ensino coletivo # Improvisação musical O espaço: Noção de direção sonora, como o som ecoa no espaço e de onde vem e pra onde vai. A voz e o corpo: O ensino da música deve considerar o indivíduo e a música em seu todo. Para tal, devemos usar o corpo e a voz como instrumento musical. Levar o aluno a ter prazer em fazer música; estimular a criatividade; envolver o aluno a fazer e criar e diversificar o repertório de apreciação. O hábito de escutar pode ser das mais importantes na aprendizagem musical. Ela dá ao indivíduos as condições necessárias para que ele faça suas próprias escolhas. Grafismos são desenhos para representar os sons, assim a musica pode ser lida e interpretada com facilidade. O hábito de criação musical deve ser desenvolvido em todas as partes do ensino, trabalhando o ouvido, a audição de parâmetros e organização de sons, pois a melhor maneira de compreender a música é produzindo. # espacialização sonora: ao colocar caixas de som pela sala o som "passeia" pelo espaço. Energia e espaço: A voz projetada no espaço com o movimento do corpo, o gesto corporal está relacionado com o corpo e espaço que o rodeia. Dimensões do som: exploração de diversos tipos de emissão vocal (cantada, falada..) são trabalhadas diversas dimensões do som como altura, por exemplo. leituras cantadas-faladas: Numerosos modos de leitura de textos nos quais as palavras tem uma dimensão musical Em torno da ideia musical - princípios de incitação: é dirigido a criação musical Antes de uma atividade para ver qual o nível de conhecimento do aluno; Durante o processo de aprendizagem; Ao final de um processo de aprendizagem para analizar como a aprendizagem ocorreu. Os jogos estão divididos em quatro partes: AVALIAÇÃO Precisamos entender os critérios e objetivos de aprendizagem, A avaliação em artes deve ser feita em três momentos: Execução: No caso de atividades em que os alunos devem cantar ou tocar Desempenho do aluno em relação a composição, lembrando que são importantes os processos e não a beleza de suas criações O que os alunos aprenderam em termos de apreciação Avaliar em que medida os alunos efetivamente aprenderam os conteúdos apresentados sobre história da música ou teoria avaliar até que ponto os alunos dominaram as técnicas trabalhadas durante o período PORQUE AVALIAR EM MÚSICA? Para verificar a aprendizagem e para ver se os objetivos estabelecidos foram cumpridos. Somente a partir de uma avaliação continuada e constante é possível compreender como a ação educacional acontece. O que devemos avaliar? O professor também se deve se auto avaliar para melhorias constantes. METODOLOGIA ENSINO DO TEATRO O papel do orientador é de cumplice, tendo como principal objetivo a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento da criatividade. O orientador de uma vivência artística deve ter consciência de que é um condutor, cumplice afetivo. Quando falamos de vivência de criação dentro das escolas estamos falando de um espaço onde o importante é o estímulo a criatividade, ao desenvolvimento da imaginação e fantasia, fazendo da arte na escola, uma oficina de ideias e experimentações. O teatro é uma arte que engloba atividades de expressão, comunicação e reflexão que envolve o prazer lúdico de construção de um imaginário. A vivência de grupos amadores e profissionais tem características muitos diferentes da vivência teatraldas escolas. O teatro na escola deve privilegiar o jogo e a brincadeira, e não necessariamente estar focado em produções teatrais. A vivência dentro da escola não deve ser chamada de teatro, mas sim de jogo dramático. O jogo dramático dentro de uma escola deve ser conduzido pelo orientador, e esse não deve conduzir o trabalho de criação e experimentação para um produto final que será apresentado para um público (dependendo da faixa etária). Com crianças não devemos ter como objetivo a encenação para o público, somente a vivência dos jogos dramáticos. Não tem como objetivo um espetáculo de teatro Parte sempre de um trabalho coletivo de criação O professor tem o papel de estimular a criatividade O jogo não tem um tempo determinado para acontecer Na fase de preparação, o jogo pode ser alimentado com ideias, livros, histórias .. No jogo dramático não há palco e nem plateia Criar uma história através de uma palavra dita pelo professor Errando histórias salada de fábulas (mistura de personagens de várias fábulas) O jogo dramático também faz parte do cotidiano dos artistas de teatro, pois desenvolve a criação com a improvisação. Dentro da improvisação é importante que o professor orientador não julgue e não feche portas para a criatividade dos alunos. É importante que todos se sintam livres para criar, respeitando as regras de convivência. Características jogo dramático: Para trabalhar com crianças, devemos ter objetivos claros. Algumas propostas são: aquecimento trabalho corporal de relaxamento e concentração divisão da turma em grupos para improvisação criações sobre o tema da improvisação bate papo final O importante é o prazer de jogar, o espetáculo lúdico da arte e nunca, jamais, a preocupação com a representação. O jogo dramático não pretende resultar numa montagem de espetáculo e deve ser vivenciado a cada dia. O jogo dramático para crianças de 7 a 11 anos já tem maior maturidade em relação as crianças da pré-escola. Para crianças de 9 a 11 anos já acreditamos que o jogo dramático já tenha se consolidado, pois já o vivenciaram por anos. Quando o foco é solução de problemas, não há certo ou errado. O importante é que o professor orientador estimule os alunos com exercícios para conseguir um ambiente de criação e liberdade. Dos 14 aos 16 anos já podemos propor a utilização de peças e ensaios, com objetivo de realizar uma apresentação. No entanto, se o grupo não tem vivência dramática é bom começar com os jogos para depois ir para as peças escritas. A sequência diária de atividades numa oficina de teatro é: Palco italiano (plateia frontal, palco elevado) Teatro arena (publico em volta) Teatro de rua (praça, espaços públicos) O espaço para apresentações teatrais pode ter muitas formas diferentes: escolhemos o local de acordo com ideia central do que será apresentado. O tempo no teatro é fundamental. Tempo para o desenvolvimento da peça, tempo cênico, ritmo do espetáculo, tempo-história que a peça nos remete e temos o tempo real do espetáculo. O tempo na arte não tem nenhum compromisso com o tempo real. É fundamental que o orientador de teatro numa escola busque um maior conhecimento dos movimentos artísticos em todas as áreas (artes visuais, música, dança, literatura, cinema e teatro). Serão esses conhecimentos que constituirão um repertório para as futuras escolhas e percursos no processo de criação artística. Se o teatro vai ser vivenciado na escola, que o orientador tenha noção da faixa etária com a qual vai trabalhar e das especificidades do fazer teatral, respeitando as crianças em seu imaginário, respeitando as especificidades dessa arte que envolve criatividade, jogos, invenções e experimentações. METODOLOGIA DE ENSINO DA DANÇA Antes de exprimir pela linguagem oral, nós nos expressávamos por meio de linguagem gestual, com ritmo. Foi por meio do carpo e, consequentemente, da dança que ocorreram as primeiras manifestações de comunicação do homem. Na antiguidade a dança era vista como caráter educacional, visto que dava condicionamento físico e emocional. Na Idade Média a dança foi abolida pela igreja sob argumento de erotização do corpo (pecado) e passou a sobreviver nas camadas mais populares. Quase no final da Idade Média surgem os trovadores e os menestréis que passaram a difundir a dança aos nobres. A dança passou a estar ligada a diversão e a etiqueta. Já no renascimento, passou a se caracterizar por movimentos que transmitissem o ideal de nobreza, por meio de códigos corporais (postura verticalizada, floreio nos passos, postura, movimentação codificada). Os que detinham poder e o prestígio sociocultural consequentemente detinha a harmonia corporal (assim foi surgindo o ballet) Os bailarinos desse período se caracterizavam pela dramaticidade e pelos movimentos elegantes que refletiam a origem palaciana. Já os bailados românticos eram inspirados em poemas alemãs e ingleses. Na Rússia do séc. XIX o ballet teve seu grande desenvolvimento e deixou de ser um divertimento para ser uma arte teatral. Posteriormente, a dança moderna emerge negando a padronização, a verticalidade exigida no ballet. Sua proposta era de liberdade de expressão e de movimentos. Na escola a dança só se solidificou em 1988, antes só habitava o espaço escolar por meio de festividades e atividades extracurriculares. Entendemos que a formação do cidadão por meio da dança o deixa mais criativo, reflexivo e consciente, além da formação física. Na escola a dança não tem objetivo técnico, mas sim de o aluno descobrir suas próprias possibilidades de movimentação. Função da dança: auto expressão, comunicação, diversão, prazer estético, espiritualidade, identidade cultural. Dependendo do histórico-cultural, repertório intelectual, a interpretação de cada movimento se torna amplamente subjetiva. A dança possui como linguagem o movimento corporal. Não podemos caracterizar o corpo apenas pela forma estética aparente, devemos pensar na variedade corpos. Na busca do reconhecimento do próprio corpo podemos organizar metodologicamente a anatomia corporal (ósseo, articular, muscular) Habilidade de estabilização: equilíbrio estático ou dinâmico Habilidade de locomoção: andar, correr, saltar .. (horiz e vertic) Habilidade de manipulação: segurar, chutar, lançar, pegar, bater Em uma prática simples pedimos para que os alunos observem ações cotidianas (caminhar, sentar) para verem os pontos de apoio de cada movimento. Inicialmente, devemos tomar consciência do nosso esqueleto e suas articulações, podendo ter cunho interdisciplinar com biologia, por exemplo. Esquema corporal Centro de leveza (zona escapular): região do tórax, qualidade de leveza Centro de gravidade (zona pélvica): região do quadril, associada a firmeza Outra caminho metododlógico pode ser pelo sistema mauscular. Os músculos são estruturas indivisdualizadas que cruzam uma ou mais articulações e, pela sua contração e extensão, são capazes de lhes transmitir movimento. Habilidades motoras fundamentais: Estágio Cognitivo: primeiras tentativas, uso exagerado do corpo; sem ritmo e sem coordenação Estágio associativo: maior controle e coordenação, ainda restritos ou exagerados Estágio associativo: maior controle e coordenação, ainda restritos ou exagerados Estágio autônomo: mecanicamente eficientes, coordenados e controlados. Corpo (em relação ao movimento, o que se move?): Organização de gestos, posturas, conexões internas e externas e seus esquemas motores. Durante o aprendizado de uma habilidade o indivíduo passa por três estágios: SISTEMA LABAN Laban desenvolveu uma maneira de descrever o movimento humano com base em princípios fundamentais relacionados a forma, organizações corporais, espacialidade e dinâmica. Oferece uma movimentação menos restrita, mais criativa de acordo com o desenvolvimento global da pessoa. Esse sistema tem quatro categorias de análise: Esforço (em relação ao movimento, como nos movemos?): A qualidade do movimento. Abrange ritmo. Forma (em relação ao movimento, com quem nos movemos?)Movimentodo corpo em suas configurações plásticas e também o relacionamento, as pessoas com quem mantemos relação. Espaço (em relação ao movimento, onde nos movemos?) Espaço geral, espaço individual. Situa a pessoa no mundo relacional. Peso: Pode ser leve ou firme, forte ou pesado. Mudanças de força utilizadas pelo corpo para se mover. Tempo: Podem ser sustentando (lento) e súbito (rápido) representando variações de velocidade. Espaço: Direto ou indireto. Se refere a localização e a atenção de onde o movimento espacial ocorre podendo ser: O esforço se manifesta em movimento e este é composto por quatro fatores: #ativo #passivo # Espaço pessoal # Espaço geral #Planos #Direção # Forma #Tamanho #níveis alto, médio e baixo Fluência: Livre ou controlada. Se relaciona a fluidez. Prática social: Primeiro contato do aluno com o tema a ser tratado Problematização: Buscar soluções para questões levantadas anteriormente Instrumentalização: O aluno será capaz de sistematizar o conhecimento e historicamente produzido. Catarse: O aluno demonstra uma nova postura menta e corporal em relação ao conteúdo aplicado Prática Social: é a manifestação. Fase Processual: Contínua, permanente e cumulativa. Ponto de partida, os conhecimentos artísticos em dança construídos historicamente pelo ser humano e expressos na escola como conteúdo artística e de formação corporal. Aprendizagem dos alunos mediada pelo professor. O ensino da dança não pode restringir-se ao mero entretenimento. Método que consiste no uso de prática-teoria-prática: Como avaliar? apresenta suas fases: Fase Diretiva: Além de ensina cabe ao professor avaliar o ensino e a aprendizagem durante o processo. Catarse: síntese do aluno, sua nova postura mental e a demonstração do novo grau do conhecimento a que chegou. A avaliação também consiste em realizar a sínteses sem julgamentos Na avaliação informal o aluno escolhe por livre vontade, o instrumento ou modo pelo qual será avaliado. Na avaliação formal o professor pode propor diversos instrumentos avaliativos que expressem o grau de aprendizado alcançados. Os objetivos da dança são: Expressão e comunicação humana Manifestação coletiva Produto cultural e apreciação estética três eixos norteadores do ensino da dança: Fruição: apreciação da arte Apreciação: construção do conhecimento Produção: Fazer artístico Processo: Desenvolve em cada aula (produto final) METODOLOGIA DE ENSINO DE ARTES VISUAIS A expressão artística é uma construção social e histórica, um produto coletivo, embora deva ser aprendido individualmente. A arte é necessária para desenvolver o raciocínio visual e perceptivo para entendermos diferentes códigos de beleza. O artista tem papel de decodificador de seu tempo e de suas problemáticas, capaz de perceber e materializar criticamente o mundo. O ensino da arte no Brasil caminha a passos lentos. Ainda temos a ideia de que para ensinar arte é só distribuir lápis e fazer "coisas bonitinhas" e que ainda pode ser ensinada por qualquer pessoa. A técnica tem seu lugar de importância pois são regras para chegar a um fim. Os elementos visuais são estudados quase sempre de forma separada. Nosso grande objetivo é seu emprego na composição visual. Para Wong os elementos visuais são: Não visíveis: ponto, linha, plano e volume Elementos visuais: formato, tamanho, cor e textura Elementos relacionais: direção, posição, espaço e gravidade Não basta apenas explicar a função dos elementos ou trabalha-los isoladamente, devemos contextualiza-los com imagens da história da arte e estabelecer pontes com o universo do aluno para que ele efetivamente aprenda a ver e a ler imagens. Na contemporaneidade, a arte usurpou da linguagem a palavra leitura para entender melhor as imagens, devemos perceber as imagens como um textos. Muito além dos elementos da linguagem visual, devemos observar, pesquisar para um refinamento do ato do ver. Qual o papel do professor de artes no contexto atual? Estimular o aluno a ver Reeducar os sentidos Produzir artisticamente Exercitar as habilidades do aluno A qualidade depende doas opções teóricas, filosóficas e pedagógicas e é responsabilidade de todos os envolvidos no processo ensino- aprendizado. Metodologia é o estudo de métodos. Métodos diz respeito a uma forma de realizar, um encaminhamento a ser seguido, como realizar e chegar a um fim. Deve ser escolhido de acordo com a faixa etária. Porque aplicar um método? Para ter mais segurança como professores caminhos, rotas ara se chegar ao objetivo pretendido. Multiculturalismo: Compreender a pluralidade de diferentes culturas, religiões e etnia. Valorização pela de arte de conhecimentos trazidos pelo multiculturalismo. Nessa perspectiva, o ensino da arte se pauta na apreciação e compreensão estética da arte com ênfase no conhecimento e nas relações culturais dos conteúdos e consciência crítica. Abordagem Triangular (Ana Mae Barbosa) leitura da imagem, história da arte e fazer artístico Ensinar a visualidade com base em imagens, educando o olhar e valorizando os conteúdos de arte. Leitura de imagem: Desenvolve habilidade de ver, julgar e interpretar as imagens. História da arte: Através da história da arte podemos contextualizar o artista e sua obra no meio sociocultural Fazer artístico: Um esforço e estímulo a construção do conhecimento na leitura e na história da arte. O professor pode escolher uma obra e descrevê-la em tecnica, elementos visuais .. comparar obras da mesma temática e contextualizar a obra no tempo que foi produzida e na contemporaneidade. Não verbal: percebe as coisas com o mínimo de conexão com palavras Sintético: agrupa coisas para formar um todo Concreto: concebe cada coisa como ela é Não temporal: não tem senso com o tempo Não raciona Espacial: vê onde as coisas se situam em relação a outras Intuitiva Holística: Aprende coisas de uma só vez Percepção das bordas percepção dos espaços percepção dos relacionamentos percepção de luzes e sombras percepção do todo - gestalt O lado direito do cérebro é: O lado esquerdo já constrói conhecimentos pelo racional, pela crítica. Habilidades do lado esquerdo do cérebro (capacidades de perceber): A inteligência é a capacidade de resolver problemas. A teoria das inteligências múltiplas tem como fundamente interpretar como as culturas e disciplinas modelam o potencial humano. Inteligência Musical: expressar formas musicais Inteligência corporal-cinestésica: coordenação, além da habilidade do tato Inteligência lógico-matemática: cálculo, testagem de hipóteses Inteligência linguística: manipular a sintaxe ou estrutura da língua Inteligência espacial: sensibilidade para cor, linhas, formas, espaço e a relação que existe entre eles inteligência interpessoal: Sensibilidade para expressões faciais, voz e gestos Inteligência intrapessoal: boa percepção de si próprio Inteligência ambiental: enfoque no mundo natural : Tipos de inteligência: A inteligência pictórica é a capacidade de se expressar por traços, massas de cor na pintura. A inteligência existencial corresponde ao senso de identidade: Quem somos? pra onde vamos? Podemos trocar de inteligência conforme os saberes são construídos. AVALIAÇÃO Avaliação Diagnostica: que conhecimentos artriores sobre o assunto os alunos atrazem? Avaliação formativa ou processual: acompanhamento de cada avanço que o aluno fizer Avaliação somativa: Demonstra o resultados atingidos ao final de um tempo, unidade ou conteúdo Um exercício bem realizado não deve ter como predominante na avaliação um atributo de "capricho". Também não cabe ao professor atribuir o "gosto" ou "não gosto".
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