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5Justiça 1 O que é justiça? Pela ótica de Aristóteles, justiça é dar a cada um o que lhe é devido, tratando igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida em que se desigualem. Justiça total: É o cumprimento de todas as leis que vigem na sociedade visando o bem comum. Ou seja, o homem que cumpre todas as leis é justo. É o sentido mais genérico da justiça. Observação: Nomotesia: a virtude própria do legislador de escolher o que é melhor para a sociedade. É como se o legislador fosse capaz de escolher sempre o que é melhor para o bem comum. Justiça Particular: Emprego específico da justiça para situações específicas. Se subdivide em duas: • Justiça distributiva É aquela que se ocupa da divisão de vantagens, cargos e honrarias na sociedade. Ou seja, a pessoa deverá ter o mérito adequado para aquela posição. Se confere e razão do mérito (padrão meritocrático). Exemplo: Se existe um cargo de ministro da educação, quem deve ocupar o cargo é aquele que melhor conhece o tema, tem mais propostas. • Justiça corretiva: É aquela justiça que se ocupa de reequilibrar relações jurídicas que tenham sido afetadas por algum ato injusto. Geralmente existe um equilíbrio entre as relações humanas e quando há um ato injusto é como se o “agressor” estivesse tirando direitos da “vítima” e pegando eles para si, quebrando esse equilíbrio. Sendo assim, cabe a justiça corretiva reestabelecer esse equilíbrio. Está ligada ao ato de julgar, uma vez que é o julgador quem fará esse reequilíbrio de forças. A justiça corretiva se subdivide em duas: 1- Justiça comutativa: é aquela aplicada em relações iniciadas consensualmente. EX: contratos 2- Justiça reparativa: É aquela aplicada a relações iniciadas de modo clandestino ou violento (não consensual) EX: crime de roubo. Equidade para Aristóteles A palavra equidade em grego é epiqueia. Epiqueia é a virtude do julgador em adaptar a lei ao caso concreto, abrandando os rigores da norma. A norma é sempre geral e abstrata. O fato é sempre concreto e específico. Então como aplicar algo geral e abstrato para algo que é concreto e específico? Para fazer essa ligação entre norma e fato de maneira justa, Aristóteles defende que essa justiça de aplicação dependerá da epiqueia, da equidade, que é virtude do juiz. Valer-se da prudência, da proporcionalidade, que só quem pode fazer é o homem (justiça animada)
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