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Introdução à Contabilidade A Contabilidade é uma ciência social que está embasada nos pilares contábeis da entidade (valor monetário da pessoa jurídica não se mistura com o valor monetário da pessoa física) e da continuidade (a empresa é um corpo em movimento) e, também, possui os seus princípios e regras, como qualquer organização. A Contabilidade surgiu da necessidade dos proprietários controlarem as suas riquezas e possui como principal objetivo o controle do patrimônio para a tomada de decisão, para objetivos tais como: onde investir, elaborar projetos de viabilidade econômica e processo decisório de uma determinada negociação de compra, como de matéria-prima, por exemplo. Em 1494, frei Luca Pacioli escreveu uma obra contábil que explanava o método das partidas dobradas, que trata dos lançamentos contábeis, no qual todo débito é igual ao crédito, iniciando assim a Escola Italiana, com foco no controle, que permaneceu no cenário mundial até o século XX. Assim, a Contabilidade passa a ser reconhecida como um instrumento de decisão e não apenas controle, e a influência da Escola Contábil Americana permanecem ainda hoje no cenário mundial. No Brasil, os fundamentos da Escola Italiana foram utilizados em 1902, com o surgimento da Escola de Comércio Álvares Penteado, em São Paulo, e após 1946 são adotados os conceitos da Escola Americana, a partir do surgimento da Faculdade de Economia e Administração – FEA, da USP. A Lei 6.404, de 1976, que trata sobre a Lei das Sociedades Anônimas, é revogada e atualizada pelas Leis 11.638, de 2007, e 11.941, de 2009, trazendo para a Contabilidade brasileira a metodologia da contabilidade internacional. As informações fornecidas pela Contabilidade são utilizadas por usuários internos e externos. Como internos, consideramos os diretores, gerentes e todos os profissionais que atuam na empresa. Como usuários externos, podemos considerar pessoas ou entidades que mantêm um relacionamento com a empresa, como, os clientes, bancos, governo, fornecedores, sindicatos, acionistas, etc., ou seja, pessoas e entidades que se interessam pela empresa e utilizam as informações contábeis para a tomada de decisão. A Contabilidade precisa estar correta para atender a todos com exatidão, já que é um elo que une os departamentos de uma empresa e seus interessados externos (stakeholders), tais como: governo, banco, fornecedores e outros. Tudo gira em torno da Contabilidade, ou seja, a Contabilidade é como a engrenagem de um grande motor, chamado “Empresa”. E, à frente dessa engrenagem está o contador, que, com a evolução da Contabilidade, deixa de ser um “guarda-livros”, apenas escriturando todos os fatos contábeis, para se tornar um profissional com conhecimento das várias áreas de uma empresa, fornecendo relatórios úteis para os usuários. Nos dias de hoje, o contador é o responsável, juntamente com os profissionais da área financeira, por tomar decisões, as quais, se não forem corretas, poderão afetar o cenário econômico-financeiro da organização. A Contabilidade é reconhecida como uma ferramenta de apoio para a tomada de decisão, já que relata e gerencia toda a atividade de uma empresa, permitindo a análise e a verificação da sua situação financeira a qualquer momento. A Contabilidade conta com uma série de princípios que direcionam o trabalho contábil e buscam manter as normas e procedimentos éticos dentro das organizações. Dentre estes princípios, encontramos: PRINCÍPIO DA ENTIDADE: Reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial - não se pode confundir o patrimônio da entidade com o patrimônio de seus proprietários. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida estabelecida ou provável, deve ser considerada quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE: Refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro das mutações patrimoniais (deve ser feito no tempo certo e com a extensão correta). PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL: Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelo valor original das transações, expressos em valor presente na moeda do país. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA: As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independente de recebimento ou pagamento. PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA: Determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior valor para os componentes do passivo, ou seja, o Princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte o menor patrimônio líquido. As organizações no Brasil trabalham considerando dois regimes de Contabilidade – as empresas de maiores atividades trabalham sob o regime de competência e as organizações sem fins lucrativos trabalham sob o regime de caixa: REGIME DE COMPETÊNCIA: regime pelo qual o resultado é apurado pelo confronto entre as receitas e as despesas incorridas durante o exercício social. REGIME DE CAIXA: regime pelo qual o resultado é apurado pelo confronto entre os recebimentos e os pagamentos no decorrer do período administrativo. É o regime utilizado pelas entidades sem fins lucrativos.
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