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o lado negativo do crescimento

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Resenha - O Lado Negativo do Crescimento: Soluções para os Grandes Problemas Ambientais da Ásia - Stephen Howes e Paul Wyrwoll
	O artigo a ser resenhado, foi escrito por Stephen Howes e Paul Wyrwoll, ambos pesquisadores e diretores do Centro de Política de Desenvolvimento da Faculdade de Crawford, uma importante universidade da Austrália. O texto, discorre sobre os pontos negativos do crescimento da renda e do crescimento populacional da Ásia, os problemas ambientais gerados por esse exponencial crescimento, configuram um risco para o continente asiático, tanto em nível econômico quando estrutural. 
	O texto apresenta uma estrutura dividida em duas principais seções, a primeira é dividida em quatro subtópicos, que são correspondem aos quatro problemas ambientais tratados no texto, sendo eles: Gestão da água, desflorestamento e degradação da terra, poluição do ar, e alterações climáticas. A segunda seção importante, discorrem acerca de estratégias para contornar os problemas supracitados, sendo elas: 1- Cobeneficios e conexão entre problemas, 2- processos de gestão de baixo para cima, 3- pesquisa cientifica, 4- planejamento, 5- cálculo de preço, 5- soluções para a corrupção, 7- gestão cooperativa. 
	Gestão de água: A água doce é essencial para diversas atividades, como produção agrícola, industrial, e consumo, na Ásia, observa-se que os recursos hídricos estão ficando cada vez mais escassos, por conta da falta de uma gestão desses recursos. A contaminação dos lençóis freáticos, o uso indiscriminado nos setores industriais, e a construção desenfreada de represas, estão causando impactos na economia e no meio ambiente. Segundo pesquisas, em 30 anos, o desgelo irá transformar os principais rios asiáticos em rios sazonais. A falta de água a longo prazo, irá desestruturar as economias a segurança e a renda dos agricultores, afetando também, a saúde das pessoas. A degradação dos rios asiáticos, que perpassam por vários países, também podem ser motivos de instabilidade nas relações entre os países. 
	Desflorestamento e degradação da terra: o aumento exponencial de desflorestamento, que muitas vezes são feitas de forma errada, e acabam prejudicando os lençóis freáticos e danificando o solo, causando erosão e a salinidade, estão sendo responsáveis pela “desertificação” de algumas regiões na Ásia. Os autores enfatizam que em primeiro lugar, esse desflorestamento é causado por conta da agricultura. A falta de politicas que visem a sustentabilidade, juntamente com a corrupção e uma legislação mais efetiva, auxiliam nesse processo degradante do meio ambiente. 
	Poluição do ar: Os níveis de poluição do ar na Ásia são alto, dados apontam que com o aumento populacional e de renda, o número de automotores, segundo as projeções, aumentara quase 300% até o ano de 2035. Um estudo de 2005, apontou que o continente perde anualmente 151 bilhões de dólares por conta da poluição do ar, cerca de dois bilhões de pessoas, que vivem na faixa da pobreza, utilizam combustíveis que afetam a camada de ozônio, e para além disso, 65% das mortes por conta da poluição ocorrem na Ásia. 
	Alterações climáticas: As mudanças climáticas, ocorrem por conta da junção de vários fatores, como os problemas hídricos, desflorestamento, poluição do ar entre outros, está ocorrendo o aumento de temperatura, problemas nas colheitas. As alterações do clima contribuem para a intensificação dos problemas ambientais preexistentes, que são os causadores originais dessas alterações, nesse sentido, o que ocorre é uma reação em cadeia. 
	Os autores, apresentam 7 soluções para contornar esses problemas, sendo a 1° Cobenefícios e conexão entre os problemas. Essa solução, apresenta um “benefício” acerca da relação entre os problemas, pois a solução para um destes pode solucionar os demais. Isso significa também que o investimento, as políticas e os recursos para uma solução, podem ser válidas para os outros, o que se considera uma economia e otimização dos processos. Algumas soluções são apresentadas pelos autores, como a reforma no setor energético, politicas para a redução do desflorestamento, projetos de sustentabilidade e afins. 
	A 2° solução, é referente aos processos de gestão de baixo para cima, é muito difícil criar planejamentos e políticas que consigam se efetivar em todo continente asiático, seja por questões culturais ou políticas. Nesse sentido, a melhor solução é estimular financeiramente os grupos que se interessem pela causa, a longo prazo, os impactos que ocorrerão em comunidades locais, podem significar ganhos para a causa em geral. 
	 A 3° solução, se encontra em pesquisas científicas, uma boa avaliação científica pode apresentar informações imprescindíveis, possibilitando a formulação de soluções mais efetivas para os problemas ambientais. 
	A 4° solução é o planejamento, os autores enfatizam a importância de um planejamento proativo, ao invés de reativo, em outras palavras, a prevenção e não a remediação. O bom planejamento urbano, logístico e econômico, serão responsáveis pela diminuição do índice de poluição, desmatamento e da utilização desenfreada dos recursos hídricos. 
	A 5° solução, cálculo de preço, enfatiza que raramente os problemas ambientais são contabilizados na logica de mercado, a oferta não leva em consideração os prejuízos ambientais. O aumento nos valores das mercadorias, pode acabar auxiliando em investimentos sustentáveis, a exemplo da reforma energética, uma energia muito barata é motivo para um alto consumo, que por sua vez, significa um aumento na utilização de recursos naturais, tais recursos naturais não são contabilizados nos cálculos. Nesse sentido, o reajuste do valor da energia diminuiria o consumo, e a degradação ambiental. 
A 6° Solução, são soluções para a corrupção. É certo que a corrupção prejudica muitos setores da vida humana, mas nessa questão, ela prejudica as políticas que promovem a sustentabilidade e buscam diminuir os agraves causados pela degradação ambiental. A corrupção permite a grilagem, faz vistas grossas as legislações ambientais, e por vezes, subornam funcionários para inserir dados sobre a poluição que fogem da realidade. 
	A 7° solução, gestão cooperativa, enfatiza que criar gestões compartilhadas, possibilitam a criação de políticas bilaterais em prol do meio ambiente, como exemplo, uma gestão hídrica do rio Himalaia, que nasce no Tibete e percorre outros países. Uma gestão regional que compartilha dos mesmos ideias de uma gestão bilateral, traz um fluxo de informações importantes, que podem auxiliar em medidas e ações mais gerais. 
	A destarte da discussão suscitada pelo artigo, considero que tais informações apresentadas são essenciais para a compreensão de um grande problema ambiental, o aumento populacional e de renda do continente mais habitado do planeta, a curto prazo o prejudica, e a longo prazo, configura-se um risco global. Nesse sentido, considero que os problemas e as soluções apresentadas para os problemas da Ásia, sejam analisados sob a perspectiva de outros continentes.

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