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Prévia do material em texto

APRESENTAÇÃO 
 
Professora Me. Sônia Maria Crivelli Mataruco 
 
Mestre na área de Educação pela Unespar Campus de Paranavaí - 2015-2016. 
Graduação em Licenciatura em Matemática na Universidade Filadélfia de Londrina - 
Unifil - concluída em 2014; 
Graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental pela Faculdade de Tecnologia e 
Ciências do Norte do Paraná - Fatecie (2009). 
Graduada em bacharelado Administração pela Faculdade Estadual de Educação 
Ciências e Letras de Paranavaí (1992); 
Pós- graduada em Marketing e Gestão de pessoas pela Faculdade Estadual de 
Educação Ciências e Letras de Paranavaí; 
Pós- graduada em Psicopedagogia institucional pela Faculdade de Tecnologia e 
Ciências do Norte do Paraná - Fatecie; 
Pós- graduada em auditoria e certificação ambiental pela Faculdade de Tecnologia e 
Ciências do Norte do Paraná - Fatecie; 
Pós- graduada em Saneamento Ambiental pela UEMP 2018/2019 
 
Atualmente é Gestora ambiental da Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar 
e professora e coordenadora de curso na Faculdade de Tecnologia e Ciências do 
Norte do Paraná - Fatecie, atuando principalmente nos seguintes temas: 
gerenciamento ambiental, recursos hídricos e hidrologia, sustentabilidade ambiental, 
responsabilidade socioambiental, poluição e resíduos, gestão de águas, saneamento, 
agronegócio, Educação ambiental, gestão de negócios ambientais, fundamentos de 
marketing e administração de materiais e patrimônio, Saneamento, agroecologia e 
gestão ambiental, tópicos especiais de administração. 
 
http://lattes.cnpq.br/0836891204233076 
 
 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
Caro aluno (a) seja muito bem-vindo (a) a leitura do livro que utilizaremos na 
disciplina Educação Ambiental aplicados à Pedagogia. 
Este livro foi carinhosamente planejado para que você possa ter 
conhecimento geral dos principais assuntos sobre meio ambiente. 
Este conteúdo servirá de base para compreensão dos temas abordados, com 
o objetivo é levá-lo a ter consciência dos problemas ambientais e perceber que antes 
de qualquer ação, é preciso pensar na sustentabilidade do nosso planeta para o futuro 
das gerações futuras. 
https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=94DA76A36E4706890FE00626E956A2E5
Para facilitar os estudos dividimos este material em quatro unidades de acordo 
com os temas e suas relações entre si. A disciplina “Educação Ambiental”, apresenta 
assuntos ligados ao meio ambiente. 
 Desta forma na primeira unidade demonstraremos como os processos 
ecológicos são responsáveis pelo bom funcionamento dos ambientes naturais e como 
é alterado por ações antrópicas. Apresentaremos os conceitos vitais necessários para 
que o homem possa trabalhar respeitando a natureza e proporcione equilíbrio do 
ecossistema, sabendo que este depende das ações diárias realizadas pelo homem. 
Nesta unidade temos como objetivo levá-los a compreensão da importância de 
buscar integrar as dimensões, ambientais, sociais e econômicas transformando os 
atuais padrões de desenvolvimento em um novo modelo que além de preservar os 
recursos naturais possa reduzir a pobreza, as desigualdades de renda e de gênero, 
a exclusão social, promova a paz, a segurança alimentar, o uso eficiente dos 
recursos, dentre outros desafios comuns que os países enfrentam. 
Entretanto, discutiremos os tópicos sobre as inter-relações ecológicas e o 
desenvolvimento sustentável; conceituaremos e contextualizaremos ecologia, 
espécie, população, comunidade, ecossistema; a importância do entendimento das 
as relações entre sociedade e natureza; e a compreensão dos objetivos e as metas 
desenvolvimento sustentável (ODS) e seus benefícios para nossa sociedade. 
Explanaremos os objetivos definidos pela ONU para o desenvolvimento sustentável, 
que trazem metas que deverão ser implementados por todos os países até 2030. Os 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propõe diversos assuntos de elevada 
importância para a humanidade a fim de transformar a vida no planeta. Garantir a 
sustentabilidade do meio ambiente é garantir, antes de qualquer coisa, que a fome, a 
pobreza e a miséria estarão afastadas definitivamente e, com isso, terminará a dura 
realidade que força as pessoas a praticar a exploração predatória dos recursos 
disponíveis em determinadas áreas. Pois só com uma situação de vida regular, os 
habitantes de uma determinada região poderão tornar-se permeáveis as “novas 
ideias”. 
Na segunda unidade, abordaremos os diversos problemas ambientais da 
atualidade. Como o planeta é afetado por vários problemas ambientais, muitos deles 
provocados por diversas ações humanas. Estes problemas afetam a fauna, flora, solo, 
águas, ar e etc. Assim, pretendemos chamar atenção sobre os principais problemas 
que afetam o meio ambiente, demonstrando que são problemas sistêmicos, o que 
significa que estão interligados e são interdependentes. Citaremos problemas 
ocasionados pelo desmatamento, suas consequências à biodiversidade, queimadas, 
êxodo rural, processo de industrialização, efeito estufa, entre outros. Relataremos 
sobre os Pressupostos teórico-metodológicos da Educação Ambiental, mostrando 
que quando nos referimos à educação ambiental, não estamos tratando apenas de 
natureza, como geralmente esse termo é concebido, mas a um conjunto de relações 
sociais, políticas, históricas e econômicas, cujo homem é sujeito participante, 
transformador, e consequentemente receptor de suas ações. E concluímos citamos 
as correntes que têm uma longa tradição em educação ambiental, como: a corrente 
naturalista, conservacionista/recursista, resolutiva, sistêmica, científica, humanista, 
moral/ética e as correntes mais recentes como a corrente holística, biorregionalista, 
práxica, crítica, feminista, etnográfica, eco-educação, e a sustentabilidade. 
Na terceira unidade explanaremos sobre a importância da efetivação da 
política de educação ambiental, a qual visa, precipuamente, estabelecer um vínculo 
entre o indivíduo e o meio ambiente, tornando o primeiro responsável pela 
preservação e desenvolvimento. Para isto conceituaremos e contextualizaremos 
Educação ambiental, explanaremos resumidamente sobre os históricos da Educação 
Ambiental, sua transversalidade, a Educação Ambiental na Constituição de 1988 e 
os pontos relevantes da Lei 9.795/99 (Lei de Educação Ambiental), no intuito de 
demonstrar que mudanças de paradigmas implica discutir valores para construir uma 
sociedade mais justa, que satisfaça as necessidades das gerações atuais, sem 
comprometer a sobrevivência das futuras gerações. 
Para finalizar na quarta unidade com o tema Educação ambiental relataremos 
a tão falada sustentabilidade e sua relação com o desenvolvimento. Enfatizaremos a 
diferença entre desenvolvimento e crescimento, conceituando-os e mostrando o 
papel da sociedade, do governo e das empresas, na busca por um mundo mais 
sustentável em todas as suas dimensões: ambiental, social e econômico. 
Discutiremos os capítulos da Agenda 21 global e biodiversidade, que serve 
como instrumento de planejamento participativo onde se admite de forma explícita a 
responsabilidade dos governos em impulsionar programas e projetos ambientais 
através de políticas que visam a justiça social e a preservação do meio ambiente e 
deve ser implementada tanto pelos governos quanto pela sociedade, concretizando 
o lema da ECO92: “pensar globalmente, agir localmente”. 
 Falaremos sobre gerenciamento dos resíduos sólidos como sendo a garantia 
de sustentabilidade para as futuras gerações e existe uma crescente preocupação 
com a preservação dos recursos naturais e com a questão de saúde pública 
associada ao gerenciamento dos resíduos sólidos almeja-se por políticas públicas 
que permita atingir novos patamares de consciência ambiental, de tecnologia limpa e 
de crescimento sustentável. 
Assim a partir dos estudos destes capítulos possamos cuidar do meio 
ambiente, utilizandomecanismos que permitam proteção ambiental assegurando a 
qualidade de vida das pessoas e principalmente a conservação dos recursos hídricos 
do solo e da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria 
das condições de vida da sociedade, entendendo que é da natureza que retiramos 
nossos alimentos e garantimos nossa sobrevivência. Mostrando que é possível 
desenvolver de forma sustentável. 
 
 
Bom estudo e que a partir dessa leitura você possa ser uma agente em defesa do 
meio ambiente. 
UNIDADE I - PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Professor Me. Sônia Maria Crivelli Mataruco 
Figura 1 :Educação ambiental: desenvolvimento com sustentabilidade com sustentabilidade 
Disponível em https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/seedlings-grown-on-coin-placed-
ground-578703133 Acesso 25 nov. 2019 
Demonstrar como os processos ecológicos são responsáveis pelo bom 
funcionamento dos ambientes naturais e como é alterado por ações antrópicas. 
Apresentar os conceitos vitais necessários para que o homem possa entender a 
importância em trabalhar respeitando a capacidade de resiliência da natureza e em 
conjunto proporcionar equilíbrio do ecossistema, sabendo que isto depende de 
suas ações diárias. Conhecer os objetivos definidos pela ONU para o 
desenvolvimento sustentável, que trazem metas que devem der ser implementados 
por todos os países até 2030. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propõe 
diversos assuntos de elevada importância para a humanidade a fim de transformar 
a vida no planeta, buscando garantir sustentabilidade entre ambiente e sociedade. 
Objetivos de Aprendizagem: 
Levar a compreensão da importância de buscar integrar as dimensões, ambientais, 
transformando os atuais padrões de desenvolvimento em um novo modelo que além 
de preservar os recursos naturais possa reduzir a pobreza, as desigualdades de 
renda e de gênero, a exclusão social, promova a paz, a segurança alimentar, o uso 
eficiente dos recursos, dentre outros desafios comuns que os países enfrentam. 
Plano de Estudo: 
● As inter-relações ecológicas e o desenvolvimento sustentável
● Conceituar e contextualizar ecologia, espécie, população, comunidade,
ecossistema;
● As relações entre sociedade e natureza;
● Os objetivos e as metas desenvolvimento sustentável (ODS) e seus
benefícios para nossa sociedade;
INTRODUÇÃO 
A natureza é sábia, e através dos seus exemplos ensina ao homem como 
deve proceder para estabelecer uma relação harmoniosa e saudável com o meio 
onde vive. 
O homem necessita da natureza, para extrair os recursos naturais, entretanto 
na maioria das vezes utiliza-se de técnicas de manejo inadequadas, não 
preservando ou não promovendo meios para que haja reposição destes recursos 
de forma que possa suprir à atual e a futura geração. 
Diante dessa preocupação com o meio ambiente e com os impactos da ação 
do homem na natureza, os estudos elaborados têm apontado que as consequências 
das extinções prematuras de espécies, causadas pelo homem, incidem diretamente 
sobre seus habitats e também sobre a qualidade de vida das populações. 
Assim o conhecimento das inter-relações entre os organismos existentes é 
fator primordial para a boa relação homem-natureza. 
Quando a sociedade analisa os problemas ambientais existentes, e busca 
conhecer a forma como os organismos se relacionam entre si, dá um grande passo 
que conduz ao desenvolvimento sustentável, pois os organismos da Terra não 
vivem isolados, interagem uns com os outros e com o meio ambiente. 
Nesse intuito os Objetivos para o Desenvolvimento do Milênio-ODS, foram 
formulados no ano de 2015, visando conciliar economia, ecologia e direitos 
humanos. 
Esses objetivos foram propostos durante a Assembleia Geral da 
Organização das Nações Unidas – (ONU,2015), onde seus 193 Estados-membros 
aprovaram, por unanimidade, uma nova agenda global para os próximos quinze 
anos, baseada em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
(ODS),subdivididos em 169 metas concretas que serão monitoradas por 300 
indicadores. Para aprovação desses objetivos a ONU contou além dos membros de 
Estados com a colaboração de diversos stakeholders e consultas em mais de 100 
países. 
A proposta da (ONU, 2015), não é apenas combater a fome e proteger o 
meio ambiente, mas também incluem temas então ausentes como energia limpa, 
cidades sustentáveis, consumo e produção responsáveis, reduzir as diferenças 
entre homens e mulheres, igualdade de gênero e raça, entre outros. 
A Agenda 2030 deve ser amplamente discutida no meio acadêmico pelo fato 
de influenciar significativamente todos os seguimentos empresariais, os tomadores 
de decisão, sejam eles formuladores de políticas públicas governamentais ou do 
setor privado. 
O mundo passa por um momento de transformações que devem nos levar a 
um novo modelo de desenvolvimento, social e ambientalmente mais adequado às 
necessidades humanas, e cujo sucesso só se alcançará se todos, tanto individual 
como coletivamente, seja nas corporações ou nos governos, se propuserem a fazer 
de forma diferente aquilo que está ao alcance de suas ações. 
1 CONCEITOS BÁSICOS DA ECOLOGIA, ESPÉCIE, POPULAÇÃO, 
COMUNIDADE , ECOSSISTEMA E OS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO 
Figura 02 :Geração e economia de energia verde 
Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/modern-flat-thin-line-design-
vector-453743863, acesso 25 nov.2019. 
Preservar o meio ambiente é fundamental para manter a saúde do planeta e 
de todos os seres vivos que moram nele. Os seres humanos só conseguem 
sobreviver graças à natureza. Afinal, usamos os animais e plantas para nos 
alimentar, água para beber e tomar banho, e muitos outros recursos que nem 
percebemos. A ecologia é a ciência que estuda as relações entre os seres vivos e 
os meios onde vivem. A palavra deriva do grego oikos, que significa lugar onde se 
vive, ou seja, meio ambiente. 
Para melhor compreensão do mundo vivo, são usados os níveis de 
organização. A ecologia moderna usa como base de estudo os ecossistemas, mas 
estuda também os organismos. 
Os níveis de organização da vida em um ecossistema: 
Espécie: organismos com características genéticas semelhantes. Com isso, 
o cruzamento de indivíduos da mesma espécie geram descendentes férteis.
Exemplos: caranguejos, ursos, pau-brasil, etc; 
População: termo que designa o conjunto de organismos da mesma 
espécie. Inicialmente usado para grupos humanos, depois ampliados para qualquer 
organismo. Exemplo: grupo de peixes-palhaço; 
Comunidade: conjunto das populações que vivem numa mesma região. 
Também chamado de "Comunidade Biológica", "Biocenose" ou "Biótopo". Exemplo: 
aves, insetos e plantas de uma região; 
Biocenose: são as diversas espécies que vivem em determinado local e 
interagem entre si; 
Biótopo: corresponde a uma parte do habitat. É uma área com condições 
ambientais específicas que permitem a vida de determinadas espécies. Exemplo: 
trecho de uma floresta ou de uma lagoa; 
Ecossistema: conjunto de comunidades que interagem entre si e com o 
ambiente. Formado pela interação de biocenoses e biótopos. Exemplos: pode ser 
uma lagoa, uma floresta ou até um aquário; 
Bioma: reunião de ecossistemas com características próprias de diversidade 
biológica e condições ambientais. Exemplos: a Mata Atlântica, o Cerrado e a 
Amazônia são alguns dos biomas brasileiros; 
Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas das diferentes regiões do 
planeta. É a reunião de toda a biodiversidade existente na Terra. 
Nesse contexto existem interações entre as comunidades bióticas que 
compõem um ecossistema são chamadas de “Interações Biológicas” ou 
https://www.todamateria.com.br/ecossistema/
“Relações Ecológicas” e determinam relações dos seres vivos entre si e o meio 
em que habitam para sobreviverem e se reproduzirem. 
1.1 Relações entre os Seres Vivos 
Esta comunidade, formada por todos os indivíduos que fazemparte de um 
determinado ecossistema, possui diversas formas de interações entre os seres que 
a constituem, geralmente relacionadas à obtenção de alimento, abrigo, proteção, 
reprodução, etc. Freire; Castro & Motokane (2016) 
As relações ecológicas podem ser classificadas Segundo o nível de 
interdependência: 
Intraespecíficas ou Homotípicas: para seres da mesma espécie. 
Interespecíficas ou Heterotípicas: para seres de espécies diferentes. 
E segundo os benefícios ou prejuízos que apresentam: 
Relações Harmônicas: quando a resultada da associação entre as espécies 
é positiva, na qual um ou os dois são beneficiados sem o prejuízo de nenhum deles. 
Relações Desarmônicas: quando o resultado desta relação for negativo, ou 
seja, se houver prejuízos para uma ou ambas as espécies envolvidas. 
Para Freire; Castro & Motokane (2016) ao deixar de observar essas relações 
podemos extinguir espécies ou deixá-las em vias de extinção, interfere-se na cadeia 
alimentar, afetando as predadoras daquelas, que passarão a ter dificuldades para 
arranjar alimentos, bem com as suas presas naturais, que terão desenvolvimento 
desenfreado. Isso constitui um ciclo vicioso de desequilíbrio ambiental que chegará 
às espécies da flora, que também sofrerão com o desequilíbrio, tanto de predadores 
naturais quanto de espécies polinizadoras. 
Preservar os animais, portanto, não é só uma questão ecológica e cultural. A 
interferência da destruição e extinção prematura de espécies da fauna incide 
diretamente na vegetação e, por consequência, em todo o bioma, afetando também 
os rios e cursos d’água e a qualidade do ar, além das populações que estão 
economicamente ligadas à pesca, à caça ou ao extrativismo. 
 
 
 
1.2 A importância das inter-relações ecológicas 
Conhecer e compreender as inter-relações existentes entre os inúmeros 
seres vivos existentes na terra é fundamental para a sobrevivência e 
desenvolvimento da espécie humana. 
As relações ecológicas se particularizam pela forma de interação que os 
seres vivos mantêm entre si sendo categorizadas de acordo com os benefícios e/ou 
prejuízos que trazem aos organismos. A espécie humana construiu desde sua 
origem, uma relação ímpar com a natureza para suprir suas necessidades. Essa 
convivência necessita ser harmoniosa e organizada. 
Antunes (2002) diz que a história tem demonstrado que o homem consegue, 
durante um período, viver isolado, mas não durante toda a sua existência, pois o 
homem é, por sua natureza, animal social e político, vivendo em multidão, ainda 
mais que todos os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade. 
Portanto, é na sociedade que o homem encontra condições favoráveis para o seu 
desenvolvimento. 
Os organismos estabelecem relações mútuas entre si e com o ambiente 
físico, baseado nas interações que ocorrem no mundo natural. 
O entendimento dos diferentes fenômenos que englobam essas relações 
e interações entre seres vivos (incluindo o homem) e os componentes 
abióticos é amplamente discutido à luz de teorias ecológicas. O ambiente 
é alterado, físico e quimicamente, pela maneira como os indivíduos 
realizam suas atividades. Também as interações entre organismos, têm 
influência na vida de outros seres, da mesma espécie e de espécies 
diferentes.(BEGON, 2007, p. 223). 
 
Na natureza os seres vivos mantêm entre si vários tipos de interações 
ecológicas que podem ser consideradas como sendo harmônicas ou positivas e 
desarmônicas ou negativas. 
As interações harmônicas ou positivas são aquelas onde não há prejuízo 
para as espécies participantes e vantagem para, pelo menos, uma delas. 
As interações desarmônicas ou negativas são aquelas onde pelo menos uma 
das espécies participantes é prejudicada, podendo existir benefício para uma delas. 
Com a exploração de determinado conjunto de recursos, cada espécie define 
o seu nicho ecológico, também entendido como o papel desempenhado por esta
espécie no ecossistema. 
Se não existissem competidores, predadores e parasitas em seu ambiente, 
uma espécie seria capaz de viver sob maior amplitude de condições ambientais 
(seu nicho fundamental) do que faria na presença de outras espécies que a afetam 
negativamente (seu nicho realizado). Por outro lado, a presença de espécies 
benéficas pode aumentar a gama de condições em que uma espécie consegue 
sobreviver. 
Dentro de cada um dos tipos de interações mencionados acima, ainda 
podemos classificá-las em interações intraespecíficas e interespecíficas, conforme 
ocorre entre indivíduos da mesma espécie ou entre espécies diferentes 
respectivamente, conforme tabela abaixo que mostra os principais tipos de 
interações ecológicas possíveis de ocorrer entre organismos de duas espécies. 
Essas relações ecológicas são muito importantes, pois garantem a 
sobrevivência dos diferentes seres vivos e ajudam no combate da densidade 
populacional, de modo que favorecem o equilíbrio ecológico. 
Para Leripio (2001), ecossistema é o conjunto formado pelo meio ambiente, 
pelos seres que aí vivem e pela dependência recíproca. É a unidade fundamental 
da ecologia. São exemplos de ecossistemas: uma floresta, uma lagoa, uma 
campina, um aquário, etc. 
Quando não se consegue repor os recursos, ou quando sua reposição é 
menor que o consumo considera-se que este recurso é limitado. A abundância ou 
escassez influencia a distribuição das espécies e no desenvolvimento de uma 
sociedade. Por exemplo, uma pequena quantidade de água doce em um 
determinado ambiente poderá limitar o interesse de investimentos na área. 
Tabela 1: Principais tipos de interações ecológicas possíveis de ocorrer entre organismos de duas 
espécies. 
Relações 
Interações Harmônicas 
Interações Desarmônicas 
Intra Específica 
Colônia (+) 
Sociedade (+) 
Competição. 
Principais tipos de interações 
ecológicas entre os seres vivos (-) 
Inter Específica 
Mutualismo (+ +) 
Cooperação (+ +) 
Comensalismo (+0) 
Inquilismo (+0) 
Epifitismo (+ 0) 
Competição (- -) 
Parasitismo (+ -) 
Predatismo (+ -) 
Amensalismo (+ -) 
Disponível em : http://biomania.com.br/artigo/interacoes-ecologicas. Acesso em 10 set.. 2019. 
Essa relação de escassez e/ou abundância nos leva a refletir sobre como se 
dá o equilíbrio ecológico que consiste na relação entre os organismos vivos entre si 
com o ecossistema, assegurando a sobrevivência das espécies, bem como a 
preservação dos recursos naturais. 
A sociedade que apresentar um ecossistema perturbado e não buscar um 
equilíbrio ecológico receberá cedo ou tarde resposta pelos seus atos, pois e 
importante ressaltar que a espécie humana não é só a que mais contribui para esse 
desequilíbrio, mas também, é a mais atingida pelas alterações ambientais. 
Vale lembrar que o ecossistema com sua capacidade de resiliência tende a 
reverter naturalmente um quadro de desequilíbrio, no entanto, nem sempre isso é 
possível, ou o tempo necessário para que o equilíbrio ecológico seja estabelecido 
novamente é muito grande, o que pode causar outras alterações ainda mais graves, 
pois para se garantir equilíbrio ambiental, basta proteger o ecossistema. 
Os ecossistemas são sistemas equilibrados e cada espécie viva tem o seu 
papel no funcionamento do ecossistema que pertence. 
Para Leripio (2001) a existência da cobertura vegetal e diversidade genética 
da flora local, depende diretamente da ação de alguns integrantes da Fauna 
Silvestre, tendo os insetos voadores e pássaros como maiores protagonistas dessas 
ações, pois com suas estratégias de obtenção de alimento em busca do néctar das 
flores, procede a polinização, carregando involuntariamente os grãos de pólen em 
seus corpos e permitindo que esses grãos fecundem flores de outras árvores da 
mesma espécie em áreas diferentes. 
O autor citado complementa que as aves e mamíferos frugívoros são 
considerados os “plantadores da mata”, pois se alimentam dos frutos nativos e 
procede a dispersão das sementespelas fezes em todas as áreas de sua existência. 
O controle populacional é outra importante função dos animais silvestres na 
natureza, pois eles integram uma cadeia alimentar bem organizada, onde os 
consumidores primários dependem da flora em equilíbrio para sobreviverem pois 
são animais herbívoros e servem de alimento para os consumidores secundários 
(algumas espécies de serpentes, corujas e mamíferos carnívoros de médio porte) 
que por sua vez são predados pelos consumidores terciários ou os chamados 
“animais topo de cadeia” representados pelas aves de rapina, répteis e mamíferos 
carnívoros de grande porte. 
1.3 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 
Gráfico 1: Objetivos do desenvolvimento sustentável 
Fonte: Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Disponível em 
:https://www.shutterstock.com/pt/search/objetivos+desenvolvimento+sustentável?sort=
newest.acesso 15 nov.2019. 
Durante a realização da Cúpula do Milênio, reunião promovida pela 
Organização das Nações Unidas, em Nova York, em setembro de 2000, líderes de 
189 países firmaram um pacto. Desse pacto, cujo foco principal era o compromisso 
de combater a pobreza e a fome no mundo, nasceu um documento chamado 
Declaração do Milênio. Ficou, assim, estabelecido como prioridade, eliminar a 
extrema pobreza e a fome do mundo até 2015. A realização da Cúpula do Milênio 
representou um momento de síntese na história das ONU. Nas reflexões que se 
deram em decorrência da sua convocação e preparação da Cúpula, pôde ser 
confirmada a gravidade da pobreza que assolava o mundo e a necessidade de se 
conseguir maior visibilidade para o problema e maior compromisso dos países no 
seu combate. Foi constatado, também, que tendo em vista o conjunto de 
Conferências promovidas pela ONU na década de noventa, como as de população, 
Para a Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD, 
1991) os objetivos que derivam do conceito de desenvolvimento sustentável estão 
relacionados com o processo de crescimento da cidade e objetiva a conservação 
do uso racional dos recursos naturais incorporados às atividades produtivas. Entre 
esses objetivos estão: 
1 Crescimento renovável; 
2 Mudança de qualidade do crescimento; 
3 Satisfação das necessidades essenciais por emprego, água, energia, 
alimento e saneamento básico; 
4 Garantia de um nível sustentável da população; 
5 Conservação e proteção da base de recursos; 
6 Reorientação da tecnologia e do gerenciamento de risco; 
De acordo com o Guia sobre Desenvolvimento Sustentável, no ano de 2016 
entrou em vigor a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU,2015) 
intitulada “Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento 
Sustentável”. 
Para Alves (2015), “a concepção dos cinco P’s é eloquente, pois estabelece 
cinco prioridades equidistantes, projetadas dentro de um círculo, cujo centro é um 
pentágono, representando o “desenvolvimento sustentável”. No topo do desenho 
estão colocadas as Pessoas (erradicação da pobreza), no nível intermediário estão 
o Planeta (recursos naturais e clima) e a Prosperidade (bem-estar humano) e, na
base do círculo, estão a Paz (sociedades pacíficas, justas e inclusivas) e as 
Parcerias (governança global sólida). 
Os cincos componentes por sua vez sustentam o acordo com o estabelecido 
nos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS). 
Os temas definidos como ODS são muitos, mas basicamente têm um ponto 
em comum: tornar o desenvolvimento humano mais seguro e garantir condições de 
vida adequadas sob o ponto de vista social, ambiental e econômico. 
No coração da agenda 2030 estão cinco eixos de atuação para o 
Desenvolvimento Sustentável, (5Ps da sustentabilidade), sendo: pessoas, 
prosperidade, paz, parcerias e planeta, conforme demonstrado na figura 02: 
Figura 3: Os cinco P's da Agenda Ambiental 
Fonte: Os cinco P's da Agenda 2030. (ONU,2015) . Disponível - 
http://www.agenda2030.com.br/ . Acesso 18 set. .2019. 
Encontrar as interdependências entre os dezessete objetivos nos ajuda a 
encontrar as raízes dos problemas e criar soluções sustentáveis de longo prazo. 
O objetivo de uma agenda é sempre, em primeiro lugar, organizar os temas 
e facilitar o entendimento das pessoas para, em seguida, mobilizar, engajar e 
convocar à ação. O desejo da Organização das Nações Unidas - ONU com 
estabelecimento dessa agenda é levar todos os países a aspirar o desenvolvimento, 
mas não a qualquer custo, em prejuízo de pessoas e do planeta. 
Para a (ONU,2015), “é fundamental que a agenda seja “sustentável”, isto é, 
equilibre novas respostas e soluções econômicas, ambientais e sociais, algo que 
apenas será possível se cada indivíduo, e cada uma das instituições (governos, 
empresas, organizações da sociedade civil) mudem atitudes e comportamentos na 
direção de um jeito melhor de viver no planeta no século 21”. 
Para melhor entendimento os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 
(ODS) significam: 
1- Erradicação da pobreza: "Acabar com a pobreza em todas as suas 
formas, em todos os lugares": 
Para a (ONU,2015) este constitui o maior desafio entre todos para o 
atendimento do desenvolvimento sustentável. 
A (ONU,2015) demonstra muita preocupação com o assunto e entende que 
um dos caminhos para solucionar este sério problema é o estabelecimento 
parcerias que viabilizem a mobilização de recursos para a criação de programas e 
políticas que erradiquem a pobreza em todos os sentidos. 
Esses programas devem oferecer as populações vulneráveis condições 
mínimas de sobrevivência e seja possível reduzir à metade a proporção de pessoas 
que vivem em situação de pobreza. 
Estabelecer parcerias e programas, não significa fornecer cestas básicas, 
pois não resolverá a situação. É preciso oferecer condições para que o cidadão 
tenha possibilidade de se autossustentar por meio de um trabalho e uma 
remuneração digna(ONU,2015). 
2- Fome zero e agricultura sustentável: "Acabar com a fome, alcançar a 
segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura 
sustentável": 
Segundo a ONU (2015), existem mais de 500 milhões de pessoas em 
situação de desnutrição no planeta. A meta do segundo objetivo do 
desenvolvimento sustentável é que, até 2030, os países desenvolvam programas e 
políticas que possam dobrar a produtividade dos pequenos agricultores, incluindo 
 
 
mulheres e povos indígenas, de modo a aumentar a renda de suas famílias. 
Esperamos que sejam realmente estabelecidos programas para este fim, que 
mostre a importância de produzir de forma sustentável, respeitando o meio 
ambiente, ou seja, produzir mais alimento na mesma área e não provocar ainda 
mais desmatamentos. 
De todo alimento produzido no mundo, mais de um terço é desperdiçado 
custando aproximadamente US$750 bilhões à economia global anualmente. 
Entretanto, as perdas não se limitam apenas a esfera econômica, mas 
também de outros insumos que foram necessários para a produção, como a água, 
energia e trabalho, emitindo ainda gases estufa ao longo do processo. 
Segundo o relatório (O Caminho para a Dignidade até 2030, 2015), as possíveis 
causas para a deficiência no sistema de distribuição e a consequente insegurança 
alimentar. Dentre elas estão conflitos, terrorismo, corrupção, mudanças climáticas, 
degradação do meio ambiente e a pobreza, citada anteriormente como sendo a 
principal raiz do problema de acessibilidade a alimentos no mundo. 
 A declaração afirma ainda que nenhum ser humano em estado de fome terá 
preocupação com o meio ambiente. 
 
3- Saúde e bem estar: "Assegurar uma vida saudável e promover o bem-
estar para todos, em todas as idades": 
 
As metas da Agenda 2030 estão não apenas a redução da mortalidade 
neonatal, da obesidade e a erradicação de doenças como o HIV, a tuberculose e a 
malária, mas também a conscientização quanto ao uso de álcool e drogas e o 
esclarecimento cada vez maior em torno da saúde mental e da importânciado bem-
estar psicológico e físico. (ONU, 2015) 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde pode ser definida 
como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a 
ausência de doença ou enfermidades”. 
Sendo assim, não basta apenas estar sem nenhuma doença, é necessário 
estar bem consigo mesmo e com o corpo, sem sentir dores ou até mesmo tristeza. 
 
4- Educação de qualidade: "Assegurar a educação inclusiva e equitativa 
de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da 
vida para todos": 
Este objetivo trata de todos os níveis educacionais, desde a primeira infância 
até a vida adulta, e tem como de suas metas garantir que a educação seja viável 
para todas e todos, sem discriminação de gênero. Isso é importante pelo fato de 
que as meninas são as principais prejudicadas em seu desenvolvimento 
educacional, pois, em comparação aos meninos, a educação delas costuma ficar 
em segundo plano. Além disso, muitas são obrigadas a abandonar os estudos em 
função de casamentos e gestações precoces. (ONU,2015). 
Relacionado a este fato Philippi Jr et al (2002, p. 42) fala da importância da 
educação para o desenvolvimento sustentável: 
Falta evidentemente mais educação: educação do empresário, para que 
não despeje o resíduo industrial nos rios; educação dos investidores 
imobiliários, para que respeitem as leis de zoneamento e orientem os 
projetos de modo a preservar a qualidade de vida do povo; educação dos 
comerciantes, para que não se estabeleçam onde a lei não permite e 
comprovem a conivência de autoridades públicas para a continuação de 
suas práticas ilegais, educação do político, para que não venda leis e 
decisões administrativas, para que não estimule e nem acoberte 
ilegalidades, para que não faça barganhas contra os interesses do povo; 
educação do povo, para que tome consciência de que cada situação 
danosa para o meio ambiente é uma agressão aos seus direitos 
comunitários e agressão aos direitos de cada um. (PHILIPPI JR et al., 
2014, p. 42). 
5- Igualdade de gênero: "Alcançar a igualdade de gênero e empoderar 
todas as mulheres e meninas”: 
Objetiva erradicação de todas as formas de violência contra meninas e 
mulheres, uma das metas da Agenda 2030 é viabilizar que meninas e mulheres 
recebam os mesmos incentivos e oportunidades educacionais, profissionais e de 
participação política que meninos e homens, bem como o igual acesso a serviços 
de saúde e segurança (ONU,2015). 
6- Água potável e saneamento: "Assegurar a disponibilidade e gestão 
sustentável da água e saneamento para todos": 
Saneamento básico como o próprio nome já diz, é muito básico para que 
todas as pessoas não tenham acesso. 
A Agenda 2030 prevê como meta uma gestão mais responsável dos recursos 
hídricos, incluindo a implementação de saneamento básico em todas as regiões 
vulneráveis e a proteção dos ecossistemas relacionados à água, como rios e 
florestas (ONU,2015). 
O gráfico abaixo traz as principais metas para saneamento básico no Brasil, 
que é fornecer água tratada a 99 % da população, esgoto sanitário a 93% e diminuir 
as perdas de água tratada para 31%. 
Gráfico 2 : Principais metas para saneamento básico no Brasil 
Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico – Plansab 2013. 
7- Energia acessível e limpa: "Assegurar o acesso confiável, sustentável, 
moderno e a preço acessível à energia, para todos": 
Mais do que oferecer acesso à energia a todas as pessoas, é garantir que a 
energia fornecida também seja limpa e barata, para que não haja prejuízos ao meio 
ambiente durante a sua produção e também e dificuldades de acesso pelas pessoas 
de baixa renda e em situação de vulnerabilidade (ONU, 2015). 
No Setor Elétrico Brasileiro, o ano de 2016 foi marcado pela entrada de fonte 
solar fotovoltaica (FV) no Balanço Energético Nacional. 
O Brasil possui um quadro de dependência energética da geração das 
hidrelétricas e essa é uma questão que traz inúmeras complicações para o sistema 
de energia brasileiro. 
De acordo com o último Balanço Energético Nacional, realizado pelo 
Ministério de Minas e Energia, em 2016, a geração hidráulica corresponde a 64% 
da Matriz Elétrica Brasileira, e ainda segundo o documento, pelo terceiro ano 
consecutivo, houve redução da oferta de energia hidráulica, devido às condições 
hidrológicas desfavoráveis. 
8- Trabalho decente e crescimento econômico: "Promover o crescimento 
econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e 
trabalho decente para todos": 
Para garantir emprego principalmente para os jovens sem formação, a 
agenda estimula o empreendedorismo, criatividade e inovação, e incentivar a 
formalização e o crescimento das micros, pequenas e médias empresas, inclusive 
por meio do acesso a serviços financeiros" (ONU,2015). 
9- Indústria, inovação e infra-estrutura: "Promover o crescimento econômico 
sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho 
decente para todos": 
Buscar incentivar os países para promover as pesquisas científicas, dar 
condições para as pessoas ter acesso à internet e assim tenham conhecimento de 
todas às novidades tecnológicas de produção, e os países menos desenvolvidos 
possam crescer na sua capacidade produtiva de forma que garanta 
sustentabilidade. (ONU, 2015). 
10 - Redução das desigualdades: "Reduzir a desigualdade dentro dos países 
e entre eles": 
Reduzir desigualdades é mais do que promover uma melhor distribuição de 
renda dentro das nações ou de romper com os privilégios comerciais de nações 
ricas em relação às mais pobres, mas também estreitar os laços entre as pessoas 
que ocupam os territórios do planeta, sejam elas nativas ou imigrantes. A xenofobia 
é um problema grave, causador de diversas violências, e que faz com que várias 
pessoas se vejam marginalizadas e com menos oportunidades somente por serem 
de um território ou etnia diferente. (ONU, 2015). 
11- Cidades e comunidades sustentáveis: "Reduzir a desigualdade dentro dos 
países e entre eles": 
É visível a urbanidade do mundo, e essa situação ocasiona diversos 
problemas ambientais como: doenças, impermeabilização do solo, acúmulo de lixo, 
poluição atmosférica, dos recursos hídricos, etc.. 
12- Consumo e produção responsáveis: "Assegurar padrões de 
produção e de consumo sustentáveis": 
Com o consumismo e exaustão dos recursos naturais, teremos não apenas 
falta de água, mas também com a falta de outros recursos, como alimentos, 
minerais, energia, etc. Nesse caso a agenda estimula a redução da geração de 
resíduos e reutilização e reciclagem. (ONU,2015). 
13- Ação contra mudança global do clima: "Tomar medidas urgentes 
para combater a mudança do clima e seus impactos": 
Apesar da diminuição do aumento do buraco na camada de ozônio, ainda 
estamos cada vez mais aumentando o desmatamento a poluição do ar, que são 
fatores que influenciam diretamente no aquecimento do planeta. As metas da 
Agenda 2030 é aumentar os investimentos dos países no desenvolvimento de 
tecnologias que permitam reduzir o desgaste do planeta. (ONU, 2015). 
14- Vida na água: "Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os 
mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável": 
De acordo com a ONU, há 13 mil pedaços de plástico em cada quilômetro 
quadrado do oceano. Uma das metas da agenda para este objetivo é aumentar a 
conscientização quanto à poluição dos oceanos. E prevê para 2030 o fim de todas 
as práticas ilegais de pescaria que prejudicam o ecossistema marinho. (ONU, 2015). 
15- Vida terrestre: Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos 
ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a 
desertificação, deter e reverter a degradação da terra, e deter a perda de 
biodiversidade. 
Com o aumento dos desastres ambientais diversas regiões do planeta, como 
vazamentos de substâncias químicas, rompimento de barragens, incêndios, aAgenda 2030 tem como meta aumentar a mobilização para reverter as 
consequências dessas degradações e também para prevenir novos desastres. 
(ONU,2015). 
16- Paz, justiça e instituições eficazes: Promover sociedades pacíficas e 
inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à 
justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas 
em todos os níveis. 
A Agenda prevê que os países combatam a corrupção, a impunidade, as 
práticas abusivas e discriminatórias, a tortura, bem como todas as formas de 
restrição das liberdades individuais (ONU,2015). 
17- Parcerias e meios de implementação: Fortalecer os meios de 
implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento 
sustentável 
Para que todos esses objetivos se tornem realidade, é importante que haja 
relações de parceria e cooperação entre as nações. Por isso, uma das metas da 
Agenda 2030 é que os países em melhores condições financeiras ajudem os 
"países em desenvolvimento a alcançar a sustentabilidade da dívida de longo prazo, 
por meio de políticas coordenadas destinadas a promover o financiamento, a 
redução e a reestruturação da dívida, conforme apropriado, e tratar da dívida 
externa dos países pobres altamente endividados para reduzir o 
superendividamento (ONU, 2015) . 
SAIBA MAIS 
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil é uma contribuição ímpar 
para a avaliação dos ODM, pois seus dados desagregados vão além das médias, 
permitindo verificar o ponto de partida e a evolução do bem-estar das populações 
de cada porção do território brasileiro. Trata-se de um banco de dados 
georreferenciado, contendo informações socioeconômicas para os 5.507 
municípios brasileiros: são dezenas de indicadores, tais como população (total, 
rural, urbana, por gênero, por faixa etária etc.), renda per capita (individual, familiar, 
total, oriunda do trabalho, etc.), taxa de alfabetização (por gênero, raça, faixa etária 
etc.), taxa de mortalidade, IDH e outros. O software gera mapas (Brasil, regiões, 
Estados), perfis municipais, tabelas, análises estatísticas etc., a partir dos dados 
censitários (IBGE) de 1991 e 2000 (PNUMA, 2015). 
O Projeto do Milênio recomenda uma estratégia global para auxiliar as 
nações a mudar o curso contra a pobreza. Usando as metas determinadas pelos 
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, as recomendações de políticas feitas 
pelo Projeto são centradas em: 
• Planejamento para o horizonte temporal de 2015;
• Busca dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio como metas mínimas
nos países em desenvolvimento;
• Especificações de como os países doadores devem agir em relação a seus
compromissos de ajuda, comércio e alívio da dívida externa para
coerentemente apoiar os países mais pobres do mundo no alcance dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
A maior parte do trabalho do Projeto é levada a cabo por dez forças-tarefa 
temáticas, totalizando mais de 250 especialistas de todo o mundo, incluindo: 
pesquisadores e cientistas, formuladores de políticas, representantes de ONGs, 
agências da ONU, Banco Mundial, FMI e o setor privado. Nos últimos três anos, as 
forças-tarefa conduziram extensas pesquisas em suas áreas de perícia, a fim de 
produzir recomendações para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do 
Milênio. 
A recomendação principal do Projeto do Milênio é a de que os Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio devem estar no centro das estratégias nacionais e 
internacionais de combate à pobreza. Para que isso aconteça, os países em 
desenvolvimento precisam administrar vigorosas “avaliações de necessidades”, 
para identificar em que ponto eles estão posicionados em relação aos Objetivos e 
quais as intervenções necessárias para que se entre no eixo para 2015. 
Porém, para que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio sejam 
alcançados, os países doadores também devem fazer sua parte neste acordo 
global. Os Objetivos contêm uma meta específica para que seja estabelecida uma 
“parceria global para o desenvolvimento”, que detalha o que é necessário dos 
países mais ricos para que seja financiada a luta contra a pobreza no mundo em 
desenvolvimento. Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio requer um 
aumento marcante no volume de Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (ODA). 
As descobertas do Projeto demonstram que, nos países em 
desenvolvimento, com “estratégias de redução da pobreza baseadas nos ODM” e 
em consonância com o compromisso de 0,7% do PIB feito pelos países 
desenvolvidos, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio podem ser alcançados, 
mesmo nos países mais pobres, até 2015 (PNUMA, 2015). 
O Brasil tem novo objetivo- Não adianta melhorar apenas as 
estatísticas gerais sem oferecer condições iguais a todas as etnias. Por isso, a partir 
de 2006, a ONU estipulou um nono objetivo para o Brasil: garantir que as melhorias 
obtidas na luta pelo cumprimento dos objetivos do milênio promovam igualdade de 
condições para brancos e negros. Tal meta foi batizada de “Os objetivos do milênio 
sem o racismo”, e será levada em conta na análise dos resultados finais da 
campanha. Ou seja, só vamos cumprir os oito objetivos principais se, lá em 2015, 
brancos e negros estiverem em condições iguais. 
Fonte: As Metas do Milênio da ONU. Disponível em: 
http://www.institutoatkwhh.org.br/compendio/?q=node/19. Acesso 02 set.2019. 
REFLITA 
Os animais cumprem um papel muito importante para o equilíbrio do planeta, 
pois, são os principais responsáveis pela respiração, fenômeno capaz de equilibrar 
a fotossíntese. A fotossíntese precisa de luz solar, água e gás carbônico para 
produzir açúcares. Os animais, ao respirarem, quebram essas moléculas e 
absorvem a energia armazenada, liberando a água e o gás carbônico novamente 
(fundamental para a vida vegetal). E, embora as plantas também respirem, sua 
liberação de gás carbônico é mais lenta. Em um ambiente sem animais haveria uma 
forte tendência ao gás carbônico se fixar nas plantas, interrompendo a fotossíntese 
e aumentando o efeito estufa produzido pela camada de gás carbônico. 
Fonte: Conceitos básicos da ecologia e níveis de organização. Disponível 
em:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/relacoes-ecologicas-os-tipos-de-relacionamento-
entre-os-seres-vivos.htm. Adaptado. Acesso 22 set.2019. 
As plantas e os animais são essenciais para a manutenção da vida na Terra. 
As plantas fazem, entre outras coisas, a fotossíntese, absorvendo gás carbônico e 
liberando oxigênio. Os animais são agentes polinizadores, garantindo a germinação 
de novas árvores. Um beneficia ao outro, e todos são beneficiados. Por isso é tão 
importante à proteção ambiental. Você consegue imaginar este planeta sem plantas 
e animais? Por que é importante cuidar dos animais e do meio ambiente? Talvez 
você nunca tenha pensado a respeito disso, no entanto os animais estão sempre 
presentes em nosso cotidiano e muitas vezes não damos conta de sua presença. 
Se estendermos essa pergunta ao universo ecológico, vamos perceber que sem os 
animais habitando o planeta Terra a vida simplesmente iria se extinguir. 
http://www.institutoatkwhh.org.br/compendio/?q=node/19
Fonte: Por que é importante cuidar dos animais e do meio ambiente. Disponível em: 
https://www.lbv.org/por-que-e-importante-cuidar-dos-animais-e-do-meio-ambiente. Adaptado. 
Acesso 22 set.2019. 
https://www.lbv.org/por-que-e-importante-cuidar-dos-animais-e-do-meio-ambiente.
https://www.lbv.org/por-que-e-importante-cuidar-dos-animais-e-do-meio-ambiente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os problemas ambientais desencadeiam uma série de questionamentos 
sobre suas causas e consequências. Essas causas e consequências afetam a 
relação entre os homens e deles com a natureza. 
O ser humano deve observar os exemplos da natureza e ter a consciência 
de que a biosfera tem limites e que estes devem ser respeitados. Sendo necessário 
repensar práticas, costumes e padrões deconsumo e tecnologias empregadas, pois 
com os paradigmas atuais, não haverá planeta suficiente para manter a sociedade 
com a inclusão que ainda precisa ser feita. 
Desta maneira, diante da intensa degradação da natureza, medidas urgentes 
devem ser tomadas por todos a benefício do homem e do próprio meio ambiente a 
fim de minimizar os impactos negativos que tem levado os recursos naturais e a 
escassez em nome da melhoria da qualidade de vida. 
Estamos cada vez mais questionando o atual modelo de desenvolvimento, 
por isso entendemos a necessidade de termos um olhar para o passado 
compreender a natureza e aplicar este conhecimento a benefício do homem e da 
própria natureza. 
Segundo Leripio,A relação meio ambiente e desenvolvimento devem deixar 
de ser conflitante para tornar-se uma relação de parceria. O ponto chave da questão 
passa a ser a necessidade de uma convivência pacífica entre a boa qualidade do 
meio ambiente e o desenvolvimento econômico. (LERIPIO, 2001, p. 2). 
A agenda 2030 sinaliza a compreensão por todos de que a humanidade pode 
e deve fazer escolhas por trajetórias tecnológicas, sociais, econômicas que 
maximizem os ganhos para as Pessoas e para o Planeta, visando a Prosperidade 
e a Paz, de forma colaborativa, por meio de Parcerias. 
A agenda mostra a necessidade em reduzir a geração de resíduos por meio 
da prevenção, redução, reciclagem e reutilização e pensar na imensa oportunidade 
para trabalhar em parcerias. 
Importante ressaltar que cerca de 5 a 20 milhões de pessoas falecem por 
ano por causa da fome e muitas delas são crianças e alterar essa situação significa 
buscar mudanças no estilo de vida da sociedade. A própria Constituição de 1988 
em seu Preâmbulo, trata da erradicação da pobreza e da marginalização, mas, 
infelizmente, temos ainda "um longo caminho a percorrer”. 
Garantir o alimento para todos, superar a miséria e a fome, exige mais que 
esforço, e sim comprometimento de todos os agentes públicos e privados, 
atendendo às exigências e a busca da sustentabilidade social. 
Há uma estreita sintonia entre as prioridades da Agenda 21 e os Objetivos e 
Metas de Desenvolvimento do Milênio. A Agenda 21 é um importante instrumento 
para que temas que são essenciais para a sustentabilidade do desenvolvimento 
alcancem a transversalidade necessária nas políticas de governo, como é o caso 
do meio ambiente e do próprio combate à pobreza. Os ODM dão finalidade e direção 
comuns aos esforços empreendidos no combate à pobreza, em seu sentido amplo. 
A oportunidade de tirar-se o máximo proveito da experiência da Agenda 21 para o 
atendimento dos ODM é dada porque do conjunto de instrumentos direcionados à 
sustentabilidade do desenvolvimento, possivelmente, a Agenda 21 seja o mais 
completo, em termos de setores e temas transversais tratados e, sobretudo, o que 
mais permeou os diferentes setores da sociedade níveis de governo. A Agenda 21 
constitui-se no principal referencial de princípios e valores que estariam contidos no 
conceito de desenvolvimento sustentável. É o canal para envolver a sociedade 
(método) e o desenvolvimento social, meio ambiente e desenvolvimento, habitat, 
gênero, direitos humanos etc, já havia um amadurecimento em torno dos princípios 
que norteariam o tratamento desses temas em prol do desenvolvimento humano 
sustentável. Tratava-se, então, acima de tudo, de estabelecer um acordo em torno 
dos grandes objetivos e metas que os países estariam dispostos a cumprir. 
LEITURA COMPLEMENTAR 
Olhando o passado e o futuro: revendo pressupostos sobre as inter-relações 
pessoa-ambiente. 
O texto examina alguns dos pressupostos que guiaram os primeiros 
trabalhos em Psicologia Ambiental e os revisa à luz de perspectivas 
contemporâneas. Muitos desses pressupostos continuam a ter relevância, 
mas são necessárias algumas modificações e acréscimos para dar conta 
do desenvolvimento em ideias e pesquisa ao longo dos anos. É preciso: ir 
além da pesquisa multidisciplinar, engajando-se no pensamento 
interdisciplinar e pesquisa em colaboração com pessoas de outras 
disciplinas; ampliar a atenção com as questões éticas; examinar o papel 
da tecnologia na vida das pessoas; e reconhecer a natureza holística das 
transações pessoa-ambiente levando em consideração a diversidade 
criada por idade, gênero, nível de capacidade/incapacidade, cultura e 
economia. 
Fonte: Olhando o passado e o futuro: revendo pressupostos sobre as inter-relações pessoa-
ambiente. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
294X2003000200003&script=sci_arttext. Acesso em: 28 set. 2019 
Relações ecológicas - Os tipos de relacionamento entre os seres vivos. 
Na natureza, existem diversos tipos de relações entre os seres vivos, sendo 
algumas benéficas e outras prejudiciais para cada um dos envolvidos. Essas 
relações são classificadas como positivas, quando há ganho para um dos 
envolvidos ou para ambos, e como negativas, quando há prejuízo pelo menos para 
um dos envolvidos. Quando ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, as 
relações são denominadas intraespecíficas e, quando são de espécies diferentes 
chamamos de interespecífica. 
Fonte: Relações ecológicas - Os tipos de relacionamento entre os seres vivos ... - Disponível em: 
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/relacoes-ecologicas-os-tipos-de-relacionamento-
entre-os-seres-vivos.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 28 set. 2019. 
Interações Ecológicas 
Este texto trás complemento mais abrangente sobre as relações ecológicas, 
possibilitando maiores conhecimentos sobre o conteúdo ministrado neste capítulo. 
Fonte: Interações Ecológicas. Disponível em: http://biomania.com.br/artigo/interacoes-ecologicas. 
Acesso em: 28 set. 2019 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
Este texto trás os objetivos do desenvolvimento sustentável demonstrando suas 
metas dentro de cada objetivo. 
Fonte: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: 
http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/ODSportugues12fev2016.pdf. Acesso em: 28 
set. 2019 
Novas propostas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 
Em 2015 termina o prazo estabelecido para o cumprimento das metas dos 
oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que foram definidos na 
Cúpula do Milênio, da Organização das Nações Unidas (ONU), no ano 2000, em 
Nova Iorque. 
Atualmente, a ONU está realizando um debate global para definir quais serão 
as novas metas que substituirão os ODMs, entre 2015 e 2030, e que vão dar 
continuidade às decisões da Conferência do Meio Ambiente de 2012, a Rio + 20. 
Fonte: Novas propostas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Ecodebate, RJ, 
18/07/2014 . Disponível em:http://www.ecodebate.com.br/2014/07/18/novas-propostas-para-os-
objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-ods-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/. Acesso em: 28 
set. 2019 
FILME/VÍDEO 
Título : Relações ecológicas. 
Ano: 2016. 
Sinopse: a vida na terra, seja ao nível de uma pequena poça ou ao nível de um 
ecossistema que abrange um continente, se resume em interações. Além de 
interagirem com o meio físico, os organismos interagem com indivíduos da sua 
espécie e com outras espécies, estabelecendo o que chamamos de Relações 
Ecológicas. As Relações Ecológicas podem ser Harmônicas (quando não há 
prejuízo para nenhum indivíduo) ou Desarmônicas (quando um indivíduo é 
prejudicado por outro). Ambas ocorrem tanto ao nível intra-específico (entre 
indivíduos da mesma espécie) quanto ao nível interespecífico (entre espécies 
diferentes). 
Link: Relações ecológicas: 6 de out. de 2016 Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=SZbMnJ99q3U .Acesso 09 set.2019. 
FILME/VÍDEO 
Título: Relações Ecológicas. 
Ano: 2013. 
Sinopse: recortes de filmes mostrando diferentes Relações ecológicas 
intraespecíficas e interespecíficas. 
Link: Relações Ecológicas. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=SB5jkiM4R8g.Acesso 09 set.2019. 
FILME/VÍDEO 
Título : Conheça os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável 
Ano: 2017 
Sinopse : relata os problemas da revolução devido produção em massa e 
consumismo e as propostas do ODS. 
Link: Conheça os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável – 
https://www.youtube.com/watch?v=_3ejiX6AvLY. Acesso 09 set.2019 
FILME/VÍDEO 
Título: O que é essa tal de sustentabilidade? 
Ano:2016. 
Link: O que é essa tal de sustentabilidade? Disponível 
em:https://www.youtube.com/watch?v=tBr6GvbeJvo. Acesso 09 set.2019. 
Sinopse : o que é essa tal de sustentabilidade trás uma provocação sobre o tema 
e o autor Saulo com este vídeo inicia uma série de quebras de paradigmas sobre 
o tema.
FILME/VÍDEO 
Título: Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável – Unidade I. 
Ano:2013. 
Sinopse :O vídeo traz conceitos sobre meio ambiente, ecologia, interações 
ecológicas, explicando as inter-relações ecossistêmicas e equilíbrio ecológico.O 
conhecimento sobre como ocorre os processos no meio ambiente 
Link: Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável – Unidade I . Disponível 
em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=116&v=HLOCF_Z9XdY. 
Acesso 09 set.2019 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALVES, José Eustáquio Diniz. Os 70 anos da ONU e a agenda global para o 
segundo quindênio (2015-2030) do século XXI. Rev. bras. estud. popul. [online]. 
2015, vol.32, n.3, pp. 587-598. Disponível 
em:http://www.scielo.br/pdf/rbepop/v32n3/0102-3098-rbepop-32-03-0587.pdf. 
ANTUNES, Ricardo L. C. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a 
negação do trabalho. 6. ed. São Paulo: Boitempo, 2002. 
BEGON, Michael, Colin R. Townsende Jonh L. Hasper.Tradução Adriano Sanches 
Ecologia de Indivíduos a Ecossistemas. 4ªEdição. Artmed Editora. Porto 
Alegre, 2007. 
BRASIL, Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. 
Plano Nacional de Saneamento Básico: Mais Saúde com Qualidade de Vida e 
Cidadania. HELLER, L. (coord.). 1. ed. Brasília: 2013, 173 p. 
CMMAD - COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E 
DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro Comum, 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora da 
Fundação Getúlio Vargas, 1991 
FREIRE, C. C.; CASTRO, R. G.; MOTOKANE, M. T. O conceito de interações 
ecológicas em livros didáticos de biologia. Revista Brasileira de Ensino de 
Ciência e Tecnologia, v. 9, n. 2, p. 131-148, mai/agos, 2016. 
LERIPIO, Alexandre de Ávila. Apostila de Gestão da Qualidade Ambiental. 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. UFSC, 2001. 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Transformando Nosso Mundo: A 
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Nova Iorque, 2015. 
PHILIPPI JR., Caffé, A., ROMÉRO, (ed.). Meio ambiente, direito e cidadania. 
São Paulo: Signus Editora, 2002. 
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO-PNUD. Os 
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. 2015. Disponível em:< 
http://www.pnud.org.br/odm.aspx>. Acesso em: 20 set. 2019. 
TOWNSEND, C. R.; BEGON, M.; HARPER, J. L.; Fundamentos em ecologia. 3 
ed. São Paulo: Artmed, 2010. 
UNIDADE II - PROBLEMAS AMBIENTAIS 
 Professora Me. Sônia Maria Crivelli Mataruco 
 
 
 
Apresentar a evolução do processo de degradação ambiental, analisando os 
impactos decorrentes dos fatores de produção e as alternativas para mitigar tais 
impactos. Gerar informações e abordagens de como intensificar as oportunidades 
para melhor conservar o ambiente e para a escolha de alternativas para resolução 
de problemas socioambientais, tanto para os presentes como para as futuras 
gerações. Despertar a consciência ambiental das pessoas para a necessidade de 
uma preservação ambiental. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
 
Demonstraremos que os problemas ambientais são sistêmicos, o que 
significa que estão interligados e são interdependentes. Esses problemas precisam 
ser vistos, exatamente, como diferentes facetas de uma única crise, que é em 
grande medida uma crise de percepção. Assim, promover conhecimentos 
necessários à compreensão do ambiente, de modo a suscitar uma consciência 
social que possa gerar atitudes capazes de afetar comportamentos, onde a 
educação ambiental não pode ser definida em práticas isoladas, mas deve ser um 
processo contínuo de tomada e retomada de decisões, análises e principalmente 
ações, já que dessas dependem o futuro da humanidade, a qualidade de vida, e a 
manutenção da vida na terra. 
 
Plano de Estudo: 
 
● Problemas ambientais que afetam o planeta 
● Industrialização e seus efeitos 
● Pressupostos teórico-metodológicos da Educação Ambiental 
● Correntes da Educação Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Modernamente, as relações estabelecidas entre os indivíduos e os recursos 
naturais, levando-se em conta, como não poderia deixar de ser, fatores como o 
consumismo desenfreado, o desenvolvimento capitalista, bem como a expansão 
populacional, têm levado o meio ambiente a atual situação de crise. 
A interferência desordenada humana no meio ambiente é a grande 
causadora da perda da biodiversidade mundial. Desta forma a importância de 
preservar as plantas e os animais tem sido cada vez mais discutida na atualidade. 
Plantas e animais têm sido exterminados de maneira muito rápida pela ação 
humana. As matas e florestas são de extrema importância para o equilíbrio 
ecológico do planeta Terra e para o bom funcionamento climático. 
Desta forma dentre as principais causas da perda de biodiversidade, 
destacam-se a destruição de habitat, a introdução de espécies exóticas e uso 
exagerado de recursos naturais. 
A biodiversidade é ameaçada pela introdução de espécies exóticas. Ao 
inserirmos uma espécie nova em um ambiente que não é o seu, ela pode competir 
com as outras, predar fortemente algumas espécies, reproduzir-se exageradamente 
e até mesmo provocar doenças. Percebe-se, portanto, que essa ação pode 
provocar a destruição de algumas espécies, afetando diretamente o equilíbrio 
daquele ecossistema. 
Consequentemente posterior a estes fatos no Brasil o desenvolvimento de 
atividades industriais gerou diversos problemas para a economia, com destaque 
para o encarecimento dos alimentos e o agravamento do problema de escassez de 
mão de obra. 
1 PROBLEMAS AMBIENTAIS QUE AFETAM O PLANETA - INTRODUÇÃO DA 
RELAÇÃO DE DEPREDAÇÃO DO SER HUMANO SOBRE O MEIO AMBIENTE 
Fonte:https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/19/impactos-ambientais-o-que-e-acao-do-
homem-principais-causas-e-muito-mais-nesse-artigo-completo/ 
 Se voltássemos na história, perceberíamos que o homem sempre 
estabeleceu uma relação de dominação com a natureza, e com o passar dos 
tempos, cada geração viveu em realidades sociais e culturais diferentes. No 
entanto, a descrição dos relatos de um passado distante pode favorecer o 
enriquecimento dos argumentos nas discussões e reflexões sobre a relação 
sociedade natureza no tempo e no espaço buscando impedir a devastação de toda 
forma de vida no planeta. 
Por volta de 1966, no governo criou uma política de incentivos fiscais em 
nome do desenvolvimento econômico. Na época os agricultores para terem direito 
de receber o incentivo financeiro para plantar e adquirir equipamentos necessitavam 
assumir compromisso de desmatar. 
O governo entendia que para desenvolver havia necessidade de 
desmatamento para expansão de atividades produtivas e maior obtenção de solo 
para a agropecuária, uso das árvores na indústria madeireira e a especulação 
imobiliária. 
Após anos de incentivos à produção e à ocupação de terras, os sinais de 
destruição ficam mais claros. Em 1978, a área desmatada chegou a 14 milhões de 
hectares. Esse processo de desmatamento trouxe prejuízos ambientais e 
socioeconômicos muito significativos como: 
● A ocorrência de desequilíbrios climáticos com diminuição das chuvas devido
à alteração das áreas de mata e do clima, causando grandes períodos de estiagem, 
e redução da umidade relativa do ar, pois com a remoção das folhagens há uma 
queda da regulaçãoda temperatura ambiental, deixando-a mais alta e instável; 
● Perda de biodiversidade da fauna e flora nativas e com isso, o equilíbrio 
ecológico pode tornar-se ameaçado; 
● Degradação de mananciais ao remover a proteção das nascentes e 
prejudicar a impermeabilização do solo em torno da água; 
● O esgotamento dos solos com a intensificação de processos de erosão e 
desertificação. 
Além dos problemas anteriormente citados, para a sociedade o 
desmatamento ainda traz diversos prejuízos como o enfraquecimento do 
ecoturismo, diminuição das possibilidades de pesquisas para a área de fármaco, 
perda qualidade da água, aumento da resistência a doenças e pragas na agricultura 
que provém muitas vezes do cruzamento entre espécies nativas próximas. 
Segundo Castro (2005), a exploração de madeiras no Brasil foi responsável 
pelo desaparecimento de espécies de árvores e animais que perderam seu habitat. 
Para Margulis (2003) a pecuária constitui a principal atividade responsável 
pela maior parte do desmatamento. 
Nesse sentido, Castro (2007) complementa que uma das principais soluções 
a serem adotadas para a preservação do meio ambiente seria a implantação de 
políticas que visem o desenvolvimento sustentável, através do fortalecimento do 
comércio de carbono. 
O desmatamento, também chamado de desflorestamento, nas florestas 
brasileiras começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano 
de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os 
portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas 
partiam do litoral brasileiro, carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas 
no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis 
e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir 
tecidos. 
Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante. Depois da 
Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as consequências da 
derrubada ilegal de árvores. Em busca de madeiras de lei como o mogno, por 
exemplo, empresas madeireiras instalaram-se na região amazônica para fazer a 
exploração ilegal. Embora os casos da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica 
sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. 
Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de 
atuação do ser humano tem provocado o desmatamento. A derrubada de matas 
tem ocorrido também nas chamadas frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade 
de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores 
para o plantio. 
O crescimento das cidades sem que haja planejamento urbano adequado 
pode ser causador de vários impactos ambientais. Um dos principais é a retirada de 
áreas verdes para a construção de prédios, residências, fábricas e outros tipos de 
construção. Com pouca área verde, aumenta muito a poluição atmosférica, além de 
ser um fator determinante no aumento de enchentes e alagamentos em períodos 
de grande quantidade de chuvas. 
O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam 
áreas amplas nas cidades e arredores. 
Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios 
residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando 
os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de 
grandes faixas de florestas. 
Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas 
e incêndios florestais. 
Muitos deles ocorrem por motivos econômicos. Proibidos de queimar matas 
protegidas por lei, muitos fazendeiros provocam estes incêndios para ampliar as 
áreas para a criação de gado ou para o cultivo. Também ocorrem incêndios por pura 
irresponsabilidade de motoristas. Bombeiros afirmam que muitos incêndios têm 
como causa inicial as pontas de cigarros jogadas nas beiradas das rodovias. 
 Gráfico 1: Desmatamento da Amazônia Legal (1988- 201) 
 
Fonte: Inpe (Instituto Nacional Pesquisas Espaciais). Disponível em: http://www.inpe.br/. Acesso 20 
set.2019. 
 
Segundo dados do relatório de organizações como Greenpeace (2017) O 
desmatamento da floresta amazônica no Brasil é contínuo, mas o tamanho das 
áreas afetadas vive uma rotina de altos e baixos nas últimas duas décadas. A 
prática na região já teve crescimento de 29% (entre 2012 e 2013), bem como 
reduções de até 42% (entre 2008 e 2009). 
Segundo Luzzi , (2015) os principais problemas ambientais atuais são: 
poluição do ar por gases poluentes gerados, principalmente, pela queima de 
combustíveis fósseis (carvão mineral, gasolina e diesel) e indústrias. 
 Poluição de rios, lagos, mares e oceanos provocados por despejos de esgotos 
e lixo, acidentes ambientais (vazamento de petróleo), etc. Essa poluição leva a 
eutrofização que pode ter causas naturais ou ser provocado por uma ação humana 
negativa nas águas (causas artificiais). Atualmente, tem se tornado um problema 
ambiental grave, derivado do aumento do descarte de lixo, esgoto e substâncias 
químicas, principalmente nas águas de lagos do Brasil próximos ou dentro de 
grandes centros urbanos. Como consequência a água perde sua transparência 
natural. Em muitos casos, ela fica com cor esverdeada ou até azulada. A mudança 
de coloração é provocada, principalmente: 
● Pelo aumento de algas. 
● Envelhecimento da água represada. 
● Crescimento da quantidade de vegetais na água (principalmente plantas que 
vivem na superfície). 
● Redução do oxigênio na água. 
As mudanças ocorridas no processo eutrofização pode prejudicar o equilíbrio 
ecológico do ecossistema existente nas águas do local, provocando a morte de 
peixes e aumento de outras formas de vida como, por exemplo, algas. O aumento 
de cianobactérias (organismos tóxicos), por exemplo, compromete a qualidade da 
água destinada ao abastecimento público. 
Outro impacto da atualidade segundo Luzzi (2015) é a poluição do solo 
provocada por contaminação (agrotóxicos, fertilizantes e produtos químicos) e 
descarte incorreto de lixo. A Agropecuária tem causado impactos ambientais 
significativos no cerrado, no pantanal e na floresta amazônica. Grandes áreas 
verdes têm sido desmatadas para a criação de gado e plantio de soja. Estes 
problemas têm prejudicado os ecossistemas destas regiões, além de diminuir as 
áreas verdes que deveriam ser preservadas. Alguns climatologistas afirmam que o 
desmatamento na floresta amazônica pode ocasionar diminuição das chuvas na 
região sudeste do Brasil; aumento dos processos de desertificação e erosão do 
solo. Exemplos de áreas que sofrem com estes problemas no Brasil: Sul da 
Amazônia, norte do Pantanal Mato-grossense e norte do cerrado. Assim, há 
esgotamento do solo (perda da fertilidade para a agricultura), provocado pelo uso 
incorreto; utiliza-se de queimadas em matas e florestas como forma de ampliar áreas 
para pasto ou agricultura; desmatamento com o corte ilegal de árvores para 
comercialização de madeira; provocando a diminuição e extinção de espécies 
animais, provocados pela caça predatória e destruição de ecossistemas; E não 
poderíamos deixar de relatar a falta de água para o consumo humano, causado pelo 
uso irracional (desperdício), contaminação e poluição dos recursos hídricos; 
E o aumento do aquecimento Global, causado pela grande quantidade de 
emissão de gases do efeito estufa entre outros. 
Segundo relatório de 2014 da Organização Mundial da Saúde - OMS, em 
2012 morreu cerca de Sete milhões de pessoas no mundo por causa da poluição 
do ar. Percebe-se que esses problemas estão interligados, todos contribuem para 
alteração do clima, consequentemente para o aquecimento global. 
O aquecimento global é o aumento da temperatura média do planeta devido 
à maior absorção da radiação infravermelha térmica na atmosfera. As 
consequências são desastrosas, como o degelo, fenômeno que derrete as camadas 
de gelo e aumenta o nível dos oceanos,ameaçando, assim, a existência das 
cidades costeiras. Atinge também as espécies marinhas. A desertificação, alteração 
do regime de chuvas, tempestades, furacões, inundações e a redução da 
biodiversidade são consequências desse problema, e, sem dúvidas, o aquecimento 
global é a maior ameaça à sobrevivência dos seres. (PINOTTI, 2016) 
Diminuição da Camada de Ozônio, provocada pela emissão de determinados 
gases (CFC, por exemplo) no meio ambiente. 
A Mineração é uma atividade causadora de vários impactos ambientais no 
Brasil. O pequeno garimpo irregular pode provocar contaminação, principalmente 
por mercúrio, nas águas de rios, lagos e também no solo. As grandes empresas 
mineradoras também geram impactos ambientais significativos. Além de 
removerem áreas verdes, costumam abrir grandes crateras no solo, provocando 
alterações na paisagem ambiental. Exemplos de áreas que sofrem com estes 
problemas no Brasil: Pará (extração de bauxita, cobre, manganês, ouro e níquel), 
Minas Gerais (extração de ouro e manganês) e Goiás (extração de níquel e cobre). 
Outro problema é a destinação dos resíduos dos mais variados processos 
produtivos e a escassez e falta de qualidade da água que constitui um importante 
elemento para vida dos seres. 
Compreender que a destinação final adequada dos resíduos, segundo 
Ibrahin (2014), inclui a reciclagem, reutilização, a compostagem, aproveitamento 
energético ou destinações diferentes admitidas por órgãos competentes, de modo 
que se evitem os riscos à saúde pública e minimizar os possíveis impactos 
ambientais adversos. 
A problemática dos Resíduos Sólidos é um tanto complexa, pois envolve 
diversos atores de uma sociedade. Para programar ações de melhorias públicas, a 
população precisa estar consciente de todo o processo, pois somente assim 
teremos a colaboração de todos. Tal conscientização demanda tempo, pois envolve 
mudança comportamental e cultural das pessoas, e este é um processo lento. 
Para Barbieri, 2011 a escassez é o esgotamento das reservas naturais de 
água. É majorada principalmente pelo aumento populacional e industrialização, a 
exemplo das faltas de água nas grandes metrópoles. No Brasil, este problema 
ocorre também por conta da distribuição natural, haja vista que a região amazônica 
possui maior parte dos mananciais, aproximadamente 72%, a região Centro-Sul 
com 27% e o nordeste com apenas 1%, região que sofre com as constantes secas. 
SAIBA MAIS 
Para Franco (2013) a biodiversidade refere-se à quantidade de variedade 
biológica animal e vegetal existente em um ecossistema e que automaticamente 
constitui a biosfera. 
 A biodiversidade se desenvolve a partir da inter-relação entre os seres vivos, 
seja animal ou vegetal, mais os elementos naturais indispensáveis ao 
desenvolvimento da vida, como sol, água, ar, somente como isso pode haver a 
proliferação de todo e qualquer tipo de vida. 
Exemplos da ação do homem e suas consequências na biodiversidade do 
planeta: 
• Eliminação ou alteração do habitat pelo homem - é o principal fator da
diminuição da biodiversidade. A retirada desordenada da camada de vegetação 
nativa para construção de casas ou para atividade agropecuária altera o meio 
ambiente. Em média, 90% das espécies extintas acabaram em consequência da 
destruição de seu habitat; 
• Superexploração comercial - ameaça muitas espécies marinhas e alguns
animais terrestres; 
• Poluição das águas, solo e ar - estressam os ecossistemas e matam os
organismos; 
• Introdução de espécies exóticas - ameaçam os locais por predação, competição
ou alteração do habitat natural 
Fonte: Franco, José Luiz de Andrade. O conceito de biodiversidade e a história da biologia da 
conservação: da preservação da wilderness à conservação da biodiversidade. História (São Paulo) 
v.32, n.2, p. 21-48, jul./dez. 2013 ISSN 1980-4369. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/his/v32n2/a03v32n2.pdf. Acesso 10 set. 2019. 
#SAIBA MAIS#
REFLITA 
Hoje, no mundo todo, as crianças e os adolescentes representam 31% da 
população. Eles estão crescendo num mundo mais acelerado do que aquele vivido 
por quem hoje possui uma idade superior aos 70 anos, por exemplo. As informações 
chegam de forma global mais rapidamente, e não se pode supor que eles não 
saibam dos perigos que corre o planeta Terra. Em ritmo igualmente acelerado, o 
desmatamento prossegue, colocando em risco todas as chances que terão de 
transformar o mundo para melhor 
Fonte: Alberto, Moisés (2016). Por que é importante cuidar dos animais e do Meio Ambiente?. 
Disponível em> .https://www.lbv.org/por-que-e-importante-cuidar-dos-animais-e-do-meio-ambiente 
Adaptado. Acesso 22 set. 2019. 
#REFLITA# 
1.1.1 Industrialização e Seus Efeitos 
Figura 1: Industrialização e seus efeitos 
Fonte: Industrialização e seus efeitos. https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/assembly-line-
robotic-arms-flat-illustration-1558664213 
No Brasil somente no final do século XIX e começo do século XX que grandes 
fazendeiros de São Paulo que enriqueceram com o café, começaram a investir no 
setor industrial de forma significativa, havendo desta forma grande investimento no 
desenvolvimento industrial nas grandes cidades da região Sudeste. 
Além do capital interno investido pelos cafeicultores, houve a abertura da 
economia com incentivos fiscais para o capital internacional e muitas nações 
européias investiram seu capital na produção agrícola, na urbanização e no 
extrativismo de riquezas naturais no Brasil. Diversas multinacionais principalmente 
montadoras de veículos, construíram grandes fábricas em cidades como São Paulo, 
São Bernardo do Campo, Guarulhos, Santo André, Diadema, Belo Horizonte e Rio 
de Janeiro. 
No século XX, o processo de industrialização e a mecanização da 
agricultura muitos trabalhadores rurais migraram para as cidades atraídos 
em busca de trabalho nas fábricas e melhores salários, e o resultado disso 
foi o êxodo rural do Nordeste para o Sudeste do país. Os migrantes 
nordestinos fugitivos da seca do Nordeste e do desemprego foram em 
busca de trabalho e melhores condições de vida nas grandes cidades do 
Sudeste. (SILVA, 2013, p.166). 
 
Com a industrialização as cidades consolidaram ainda mais seu poder, 
concentraram um número ainda maior de habitantes. Fortaleceram o papel na 
condução da vida social das nações. 
Esse fato acabou por gerar certo conforto para os empresários que tinham a 
sua disposição grande massa de trabalhadores ou mão de obra que poderiam 
trabalhar por um preço irrisório, intensificando a exploração humana por parte dos 
detentores emergentes dos novos meios de produção. 
Vale ressaltar que agregado a Revolução Industrial ocorreu também uma 
Revolução Agrícola. A utilização de novos métodos agrícolas, rotação de safras, 
sementes selecionadas e o surgimento de novos equipamentos agrícolas, 
produziram um extraordinário aumento na produção de alimentos. 
Grandes proprietários rurais passaram a investir na tecnologia de produção 
agrícola, fato que levou a agricultura ter como fonte principal do progresso técnico 
a mecanização e o desenvolvimento de produtos químicos e biológicos, optando 
pela monocultura, ou seja, uma área de cultivo muito grande com uma mesma 
espécie. 
Outro fato relacionado à migração interna ou ao êxodo rural ocorreu com a 
construção de Brasília, no final da década de 1950. Muitos migrantes do Norte e 
Nordeste do país foram em busca de empregos na região central do país, 
principalmente na construção civil. As cidades satélites de Brasília cresceram 
desordenadamente, causando vários problemas sociais, que persistem até os dias 
de hoje. 
Com o advento da revolução industrial tornou-se possível adaptar à máquina 
a ferramenta antes empunhada pelo homem. A máquina pode, agora, executar 
trabalhos anteriormente executados de forma manual. A habilidade manual deixa 
de ser necessária; o trabalhador hábil, especializado, criativo, nospadrões 
anteriores, deixa de ter importância. A atividade do operário passa a ser a de vigiar 
e acompanhar as operações executadas pela máquina. 
Este processo estendeu-se com força durante as décadas de 70 e 80, 
entretanto como as cidades não ofereciam infraestrutura adequada aos migrantes, 
passam a residir em habitações sem boas condições como favelas e cortiços. 
Como os empregos não eram suficientes para todos, e como agravante a 
grande maioria dos imigrantes não possuíam qualificação necessária para o 
trabalho especificado, muitos deles partiam para o mercado de trabalho informal, e 
outros acabavam incorporando à grande massa dos mendigos. 
Outro problema causado pela revolução industrial e consequentemente pelo 
do êxodo rural foi o agrupamento de pessoas na mesma área (urbana), aumentando 
a violência, principalmente nos bairros de periferia. Como são bairros carentes sem 
hospitais e escolas, as populações destes locais acabaram sofrendo com o 
atendimento destes serviços. Escolas com excesso de alunos por sala de aula e 
hospitais superlotados foram e são as consequências deste fato. 
Os municípios rurais também acabam sendo afetados pelo êxodo rural. Com 
a diminuição da população local, diminui a arrecadação de impostos, a produção 
agrícola decresce e muitos municípios acabam entrando em crise. Há casos de 
municípios que deixam de existir quando todos os habitantes deixam a região. 
Desta forma a disponibilidade de pessoas nas áreas rurais vem diminuindo 
constantemente nos últimos anos chegando a taxas de urbanização de até 94% em 
alguns estados da região sul e sudeste do Brasil, de acordo com dados do 
IBGE. Ou seja, de cada 100 habitantes, apenas 6 ainda vivem em áreas rurais 
nestas regiões. Além disso, à distância entre o campo e as cidades vem se 
encurtando e o acesso às tecnologias tem se tornado a cada dia mais evidente. 
De acordo Antunes (2002) em 2050, 60% da população mundial residirá nas 
cidades, realidade muito diferente da década de 50, quando para cada 2 moradores 
da zona rural, existia aproximadamente 1 morador das cidades, conforme 
demonstra o gráfico abaixo. 
Gráfico 2: Êxodo rural no mundo, 1950 - 2030. 
Fonte: ONU, 2012. 
Entretanto, os efeitos da Revolução Industriais no Brasil foram positivos em 
muitos aspectos, pois ocorreu um enorme aumento da produtividade, em função da 
utilização dos equipamentos mecânicos, da energia a vapor e, posteriormente, da 
eletricidade, que passaram a substituir a força animal. 
O processo de urbanização influiu positivamente em alguns indicadores 
nacionais, no decorrer do século XX. Os principais exemplos foram a 
queda da mortalidade infantil (que passou da taxa de 150 mortes para cada 
mil nascidos vivos em 1940 para 29,6 em 2000), o aumento da expectativa 
de vida (40,7 anos de vida média em 1940 para 70,5 em 2000), a queda 
da taxa de fertilidade (6,16 filhos por mulher em idade fértil em 1940 para 
2,38 em 2000) e o nível de escolaridade (55,9% de analfabetos em 1940 
para 13,6% em 2000). Foi notável também a ampliação do saneamento e 
a ampliação da coleta de lixo domiciliar, mas apesar da melhora referida 
alguns desses indicadores ainda deixam muito a desejar. (MARICATO, 
2005, p. 01) 
Segundo Hobsbawm (1986), a Revolução Industrial foi provedora de conforto 
e transformações sociais para aquelas classes onde ocorreram as menores 
alterações na sua forma de vida. 
Paralelamente, elas receberam os maiores benefícios materiais decorrentes 
desse processo. 
Esta classe social, tampouco percebeu que estava perturbando a classe 
operária com este novo modo de produção. Que a classe média e os que aspiravam 
esta condição social ficaram satisfeitos com as transformações ocorridas. 
Para aqueles que eram pobres, a Revolução Industrial destruiu hábitos de 
vida sem que fosse oferecida uma nova condição social. Foi à própria desagregação 
social. 
Era o nascimento de uma sociedade industrial, onde a maioria tinha como 
única fonte de renda, o salário. Diferentemente, a sociedade pré-industrial detinha 
suas terras e oficinas artesanais, que de algum modo, suplementava a renda obtida 
no trabalho fabril. 
Relacionado à questão ambiental um dos aspectos negativos é que a 
revolução industrial trouxe aumento da poluição do ar e dos rios, pois muitas 
indústrias passaram a jogar produtos químicos e lixo em rios e córregos. Uso de 
mão de obra infantil (na primeira etapa da industrialização). A industrialização trouxe 
um mundo de consumo, que convive com a miséria social, com o desprezo e a falta 
das condições mínimas, muitas vezes, de sobrevivência. O Brasil possui uma 
grande quantidade de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Assim, por 
representar um país subdesenvolvido emergente, a pobreza no Brasil apresenta 
elevados patamares. 
Para Faleiros 2003, pg. 32 
Pobreza é um conceito difícil de definir, mas que todo mundo entende 
quando se o menciona. Talvez porque cada qual, cada indivíduo sabe 
perfeitamente o que seria para ele e sua família uma situação de pobreza. 
Para um poderia ser não comer; para outro, vestir-se pobremente, para um 
terceiro, baixar seu nível de vida habitual. São muito imprecisas, portanto, 
as definições habituais sobre a pobreza. Fala-se que a 'pobreza absoluta' 
seria aquela em que a pessoa não pode alimentar-se com o mínimo 
suficiente para sua manutenção fisiológica. (FALEIROS, PAULO. 2003, 
pg. 32) 
 
Para Falcão e Costa, 2014, pg 51 no livro (Brasil sem miséria) a pobreza é 
entendida atende por diversos nomes: 
Insuficiência de renda; acesso precário à água, energia elétrica, saúde e 
moradia; baixa escolaridade; insegurança alimentar e nutricional; formas 
precárias de inserção no mundo do trabalho, entre outros. As diversas 
características que traduzem as distintas manifestações da pobreza têm 
expressão no território e assim se pode afirmar que a miséria tem nome, 
endereço, cor e sexo e, embora a renda também seja um indicador de 
pobreza, trata-se de um mecanismo insuficiente para medir o bem-estar. A 
pobreza se manifesta, sobretudo, em privação do bem-estar. Com isto, 
afirmamos que a pobreza é um fenômeno multidimensional e, portanto, 
requer também indicadores não monetários para seu dimensionamento. 
(FALCÃO; COSTA, 2014, p. 51). 
 
No ano de 2011 foi anunciada a linha de extrema pobreza oficial do Plano 
Brasil sem miséria: renda familiar per capita de R$ 70 reais – posteriormente 
atualizada, em 2014, para R$ 77 reais per capita. 
A linha de extrema pobreza foi estabelecida com base em parâmetros 
internacionais, como a linha do Banco Mundial de US$ 1,25 por dia. 
Segundo dados oficiais do Ministério de Desenvolvimento de Combate à 
fome, existiam no Brasil até o ano de 2012 cerca de 16,27 milhões de pessoas em 
condição de “extrema pobreza”, ou seja, com uma renda familiar mensal abaixo dos 
R$70,00 por pessoa. 
O gráfico abaixo mostra a evolução da desigualdade de renda no Brasil 
desde 1976. A medida adotada é o Coeficiente de GINI1, tido como padrão 
internacional para mensurar a desigualdade de renda. 
Gráfico 3: Evolução da desigualdade de renda no Brasil desde 1976. 
Fonte: www.ipea.gov.br. IPEA (Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada). 
1 Desenvolvido pelo matemático italiano Corrado Gini, o Coeficiente de Gini é um parâmetro 
internacional usado para medir a desigualdade de distribuição de renda entre os países.
Quanto menor o Coeficiente de GINI, menor é a desigualdade de renda 
dentro de um país. Para que as pessoas melhorem de vida, e o abismo entre ricos 
e pobres diminua, a renda das famílias mais pobres precisam crescer. Mas nada 
disso é possível se um país não desenvolver como um todo. 
Devido a algumas políticas de combate à desigualdade social promovida nos 
últimos anos, a desigualdade social no Brasil vem caindo, chegando em 2012 a 
níveis de 1960. Em 2015, o coeficiente de desigualdade no Brasil atingiu 0,514. 
(Pnad, 2015).Vale lembrar que ultrapassar esse valor não significa abandonar a pobreza 
por completo, mas somente a pobreza extrema. 
Figura 2: Desigualdade de renda no mundo. 
Fonte: Banco Mundial (2014) 
De acordo com o artigo 3º da Constituição Federal para a erradicação da 
pobreza e das desigualdades, objetivo fundamental da República 
constitucionalizado é necessário modificar-se os padrões de relações culturais e 
econômicas que as provocam e que aprofundam a exclusão, inclusive as 
sustentadas pela atividade estatal na implementação de políticas públicas, na 
formulação de leis e no julgamento das demandas levadas aos tribunais, como: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
Complementando, JAMUR (2000. P. 18 – 21) afirma, também, que: 
A pobreza extrema e a exclusão social constituem uma violação da 
dignidade humana e que devem ser tomadas medidas urgentes para o 
conhecimento maior do problema da pobreza extrema e de suas causas, 
particularmente aquelas relacionadas ao problema do desenvolvimento, 
visando a promover os direitos das camadas mais pobres, pôr fim à 
extrema pobreza e à exclusão social e promover uma melhor distribuição 
dos frutos do progresso social. É essencial que os Estados estimulem a 
participação das camadas mais pobres nas decisões adotadas em relação 
às suas comunidades, à promoção dos direitos humanos e aos esforços 
para combater a pobreza extrema. (JAMUR, 200, p. 18 - 21). 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 30% das mortes 
que acontecem todos os dias estão relacionadas às causas da pobreza extrema, 
como fome, diarreia, pneumonia e tuberculose. Morre-se por doenças que poderiam 
ser prevenidas e curadas com custo muito baixo. 
Famílias que estão na linha da pobreza extrema convivem com um enorme 
sofrimento diário. E podem estar em uma situação duplamente difícil ao verem suas 
crianças doentes e capturadas em um ciclo vicioso: miséria, internação, 
reinternação e até morte. 
Como ressalta o Informe de Desenvolvimento Humano 2000 do PNUD, “a 
erradicação da pobreza constitui uma tarefa importante dos direitos humanos no 
século XXI. Um nível decente de vida, nutrição suficiente, atenção à saúde, 
educação, trabalho e proteção contra as calamidades não são simplesmente metas 
do desenvolvimento, são também direitos humanos”. 
A miséria traz ainda consequências como a violência, as drogas e a 
criminalidade, baixo desempenho nas escolas. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como o uso de 
força física ou poder, por ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou 
contra um grupo ou comunidade, que resulte ou possa resultar em sofrimento, 
morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação. Essa definição 
agrega a intencionalidade à prática do ato violento propriamente dito, 
desconsiderando o efeito produzido. 
No tocante às drogas, seu uso causa problemas irreparáveis a saúde das 
pessoas, e para sua produção muitas vezes causa desmatamento e perda de 
biodiversidade. Além disso, é comum que o cultivo dessas plantas devido 
queimadas das plantações, que ocorrem antes da polícia chegar às regiões de 
plantio. 
A poluição também pode ser gerada durante o processo de secagem das 
folhas de tabaco, feito em estufas que requerem a queima de madeira, nem sempre 
proveniente de reflorestamento. O problema do descarte inadequado engloba 
praticamente todas as drogas de origem química, com ênfase às bitucas de cigarro. 
São consumidos cerca de 140 milhões de cigarros por ano no Brasil. O mau 
hábito de descartar bitucas no chão leva a contaminação pelo perigoso acetato de 
chumbo e nicotina, e outras cerca de 50 substâncias comprovadamente 
cancerígenas a rios e mares. 
Desta forma não difícil de compreender a relação existente entre a ação do 
homem e o aumento do número de doenças. O impacto negativo do homem no 
ambiente tem relação direta com a saúde, uma vez que necessitamos dos 
componentes do meio ambiente para a nossa sobrevivência. É impossível 
sobreviver sem acesso à água e ao ar, por exemplo. Se esses elementos estão 
comprometidos, nossa saúde também ficará. 
REFLITA 
Dê acordo com Lustosa (2011) a pobreza extrema e a exclusão social 
constituem uma violação da dignidade humana. Ninguém quer ser estigmatizado 
com a definição de carência; que não tem renda suficiente para sua manutenção. 
Ao aceitar a pobreza e assumi-la seria o mesmo que desistir de lutar. 
Entretanto segundo um dado oficial do Ministério de Desenvolvimento de 
Combate à fome - 2012 existiam no Brasil até esse ano cerca de 16,27 milhões de 
pessoas em condição de “extrema pobreza”, ou seja, com uma renda familiar 
mensal abaixo dos R$70,00 por pessoa. Em 2011 foi anunciada a linha de extrema 
pobreza oficial do Plano Brasil sem Miséria: renda familiar per capita de R$ 70 reais 
– posteriormente atualizada, em maio de 2014, para R$ 77 reais per capita. A linha
de extrema pobreza foi estabelecida com base em parâmetros internacionais, como 
a linha do Banco Mundial de US$ 1,25 por dia. 
Fonte: Lustosa, Iramaia Bruno Silva. Percepção do efeito do programa bolsa família na 
segurança alimentar e nutricional das famílias beneficiárias, em fortaleza, Ceará. 2011. 
Ministério do meio ambiente. Disponível em: 
http://www.uece.br/cmasp/dmdocuments/IRAMAIA%20BRUNO%20SILVA%20LUSTOSA.pdf. 
Acesso 16 nov.2019 
#REFLITA# 
1.2 Pressupostos teórico-metodológicos da Educação Ambiental 
Figura 3: Pressupostos teórico-metodológicos da Educação Ambiental 
Fonte:http://1.bp.blogspot.com/-
pQ4G7eWBrrw/Uw3iXI2MbTI/AAAAAAAABuY/qpfsqXp1qk4/s1600/1947653_749136238432371_1115395279
_n.jpg 
Os aspectos pedagógicos e metodológicos de cunho participativo apoiado 
numa postura crítica, emancipadora, e conscientizadora, através de uma 
abordagem sistêmica e pensamento complexo. Multidimensionalidade e 
Interdisciplinaridade. 
Alguns pressupostos destes aspectos pedagógicos e metodológicos: 
A teoria construtivista parte da premissa de que o conhecimento não é dado, 
nada está pronto, acabado, mas se constitui pela interação do indivíduo com o meio 
físico e social (Piaget, 1987). 
O ser humano é compreendido como ser histórico, que se constrói através 
das suas relações com o mundo natural e social, o que dá sentido a constituição do 
sujeito (Vygotsky 1996). 
Segundo Paulo Freire (2003, p. 79), a educação deve ser vista como 
processo de emancipação e transformação do mundo, em que o papel do educador 
não é o de convencer o educando, mas de vencer com ele, construir junto. O grande 
desafio do educador e, pela formação permanente, buscar subsídios teórico-
práticos, para o exercício da docência, para a compreensão de que o conteúdo a 
ser trabalhado e uma síntese da humanidade, e que ao ser considerado relevante, 
conduz o aluno a transitar por ele, provocando inquietações que o fazem avançar 
ainda mais. 
A educação é vista como acesso à construção um processo emancipatório a 
partir da conscientização dos sujeitos (autoconhecimento e conhecimento da 
realidade). 
A participação é um pressuposto da própria aprendizagem. Você só conhece 
realmente o que construiu autonomamente. “Quanto mais ativamente uma pessoa 
participar da aquisição de um conhecimento, mais ela integrará e reterá aquilo que 
aprender” (Lévy, 2011. p. 198) ). 
O papel do mediador é de fundamental importância, devendo promover o . p 
interesse e o empoderamento dos participantes. 
A abordagem sistêmica nos permite ver “mais e melhor.” Nos permite ver e 
compreender a realidade que é sempre complexa. 
A realidade é feita de diferentes elementos que interagem permanentemente. 
Compõe sistema que,por sua vez, é constituído por conjunto de partes que são 
integradas e pressupõe um dado limite. Um sistema é definido como um conjunto 
de componentes inter-relacionados e organizados dentro de uma estrutura 
autônoma, operando de acordo com objetivos determinados: componentes, 
interação, entradas, saídas, limites. 
Poder perceber um dado sistema, permite identificar as relações entre seus 
componentes (suas interdependências). Assim, mais importante do que pensar em 
estratégias de desenvolvimento para um sistema é poder olhar sistemicamente o 
desenvolvimento como um processo em permanente construção. 
A realidade é sempre complexa. É o resultado de um “tecer conjunto” da 
relação sociedade/natureza como “unicidade” que, em última análise constitui o 
“sistema ambiente”, onde ocorrem fluxos permanentes de matéria e energia. 
A abordagem sistêmica é fundamental, assim como o “pensamento 
complexo”, para os quais os fundamentos pedagógicos e metodológicos vistos 
anteriormente são importantíssimos, assim como os aspectos da 
multidimensionalidade e interdisciplinaridade. 
Portanto, para realizar avaliação de sustentabilidade é fundamental pensar 
no “sistema” como um todo, pensar no conjunto de elementos que compõem 
realidade e na sua complexidade 
A realidade é complexa, pois é feita de múltiplas dimensões: ecológica, 
socioeconômica, cultural, política, jurídica, científica e tecnológica, etc. Nos 
fundamentos do desenvolvimento sustentável podemos perceber de modo bastante 
claro este entendimento. Os documentos da Eco-92, especialmente a Agenda-21 
trazem com bastante propriedade este entendimento (você encontrará na internet 
um abundante material sobre este grande evento acontecido em 1992 no Rio de 
Janeiro e que trouxe grandes contribuições ao mundo com novas perspectivas de 
desenvolvimento e consciência planetária sobre o ambiente). 
 O conhecimento para o materialismo-histórico é fruto da relação entre 
homem e natureza, e, das relações sociais mais amplas. As forças sociais que se 
materializam em instituições, grupos, formas de pensar e interpretar o mundo são a 
base sobre a qual se criam os instrumentos de apreensão dos fenômenos naturais 
e sociais. 
Quando se aborda o campo da educação ambiental, podemos nos dar conta 
de que apesar de sua preocupação comum com o meio ambiente e do 
reconhecimento do papel central da educação para a melhoria da relação com este 
último, os diferentes autores (pesquisadores, professores, pedagogos, animadores, 
associações, organismos, etc.) adotam diferentes discursos sobre a EA e propõem 
diversas maneiras de conceber e de praticar a ação educativa neste campo. Cada 
um predica sua própria visão e viu-se, inclusive, formarem-se “igrejinhas” 
pedagógicas que propõem a maneira “correta” de educar, “o melhor” programa, o 
método “adequado”. 
Quando nos referimos à educação ambiental, não estamos tratando apenas 
de natureza, como geralmente esse termo é concebido, mas a um conjunto de 
relações sociais, políticas, históricas e econômicas, cujo homem é sujeito 
participante, transformador, e consequentemente receptor de suas ações. 
Philippi et al (2014) aponta que a crise ambiental é uma leitura da crise da 
própria sociedade, a gestão dos recursos naturais encontra-se muito além das 
questões técnicas, referindo-se também ao contexto econômico, social, político e 
cultural. 
A educação ambiental vista como um agente de transformação exige uma 
profunda mudança de valores, atitudes, “uma nova visão de mundo, o que 
ultrapassa bastante o universo meramente conservacionista.” (BRÜGGER, 1999, 
p.34). Assim, essa educação não visa somente apontar os problemas de 
degradação ambiental, poluição, uso inadequado de recursos, mas sim, entender o 
porquê desses problemas, suas raízes históricas, sociais, culturais e no caso da 
sociedade capitalista, principalmente a econômica. 
A realização de trabalhos na área da educação ambiental, assim como 
qualquer outro trabalho educativo, que envolva a formação de sujeitos, não pode 
ser realizada de maneira isolada, ou mesmo constituída de práticas 
descontextualizadas. 
 A Constituição Brasileira, de 1988, incorporou em seu texto a Educação 
Ambiental, conforme o Art. 225, ressaltando a qualidade de vida como 
integrante da própria cidadania. Os Parâmetros Curriculares Nacionais 
apresentam a questão ambiental como um dos temas transversais do 
currículo do Ensino Fundamental, mas a sua efetivação no cotidiano 
escolar ainda deixa muito a desejar e, em muitos casos, tem se limitado a 
ações isoladas e/ou a entendimentos parcializados sobre a questão 
ambiental, orientados por uma visão excessivamente biologizada, dentro 
de uma vertente ecológico-preservacionista, e/ou fica restrita a eventos 
comemorativos (dia da árvore, dia do meio ambiente), ou ainda limitada à 
realização de algumas atividades práticas, denominadas extra-
curriculares, eventuais (campanha do lixo, coleta para reciclagem, 
caminhadas ecológicas, visitas, plantio de hortas, etc.), sem a 
contextualização necessária e sem a internalização sobre o real 
entendimento da problemática ambiental no cotidiano das comunidades 
escolares. (SOARES, et al, 2003, p.9). 
 
A educação ambiental crítica deve então proporcionar aos sujeitos uma 
apropriação de conhecimentos capazes de gerar ações, e jamais deve ser admitida 
como uma forma de adestramento, definida em “uma forma de adequação dos 
indivíduos ao sistema social vigente”. (BRÜGGER, 1999, p.35). 
Rangel (2003) afirma que apesar de alguns estudos demonstrarem a 
interdependência entre os elementos abióticos e bióticos, de maneira a enfocar a 
ecologia, quando se trata do ser humano, geralmente, este é visto como ameaça, 
ou como ameaçado. Nesta perspectiva a educação ambiental só se refere à 
mudança de condutas, entretanto, concebemos a educação ambiental como um 
processo que envolve o meio natural, cultural, político e social. 
[...] reafirma-se o homem, não como ser ameaçado e ameaçador, mas 
como ser integrante do meio ambiente, cuja reconstrução e preservação, 
não só reflete na vida humana, como necessita da vida humana de 
qualidade. [...] estendendo-se, então, os cuidados com o meio ambiente 
ao próprio homem e suas condições de vida. Esses cuidados contemplam, 
portanto, os valores da vida cidadã, a exemplo da saúde, sexualidade, 
família, trabalho, ciência e tecnologia, cultura, linguagens. (RANGEL, 
2003, p.136). 
 
Portanto, é de indispensável necessidade que entendamos a educação 
ambiental, não somente como àquela referente ao meio ambiente, considerado 
como natureza, mas sim numa ótica mais ampla, que envolve o homem e suas 
relações estabelecidas socialmente. 
Lima (2015) destaca que para um programa de educação ambiental atingir 
seus objetivos é preciso ocorrer o envolvimento coletivo, para ele os estudos de 
Paulo Freire, com a pedagogia crítica e libertadora, é o mais adequado para tal. 
O autor aponta ainda diversas estratégias de ensino para a prática da 
educação ambiental, tais como: discussão em classe, envolvendo todos; discussão 
em grupo; mutirão de ideias, quando pequenos grupos sugerem soluções para um 
dado problema, porém, sem se preocupar com análise crítica, num tempo de 10 a 
15 minutos; trabalho de grupos, em que quatro a oito membros se tornam 
responsáveis pela execução de uma tarefa; debate, com dois grupos de argumentos 
diferentes e um terceiro que avalia as ideias expostas; questionário; reflexão, que 
envolve a análise crítica; imitação da mídia, o grupo organiza sua própria versão de 
jornais, televisão, rádio e filmes; projetos; solução de problemas, que considera a 
apresentação e solução de problemas; jogos de simulação, operacionalização de 
situações reais referentes a um problema; e por fim exploração do ambiente local, 
por meio de observações. A escolha de uma ou outra estratégia deve considerar o 
perfil ambiental das comunidadesa serem envolvidas (características sistêmicas de 
manutenção da vida e de seus valores) e seu respectivo metabolismo 
(desenvolvimento dos processos, seus movimentos e tendências). “Sem conhecer 
os objetivos, problemas, prioridades e valores de uma dada comunidade torna-se 
praticamente impossível planejar sem cometer gafes.” (DIAS, 2004, p.219). 
1.2 Correntes da Educação Ambiental 
Figura 4: Educação Ambiental 
Fonte: Educação Ambiental. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-
vector/happy-kids-enjoying-summer-camp-together-1411757372. Acesso em 16 nov. 2019
A escola, com o ensino formal, volta-se para os processos de formação do 
cidadão. Em se tratando de EA, possui várias correntes e tendências entre 
pesquisadores, o que, infelizmente, não leva à unificação; aparentemente há 
divergência entre elas. Portanto, as divergências ferem diretamente seu princípio 
central, que é a convergência (união e esforços) para conservação dos recursos 
naturais, para o desenvolvimento com sustentabilidade e a qualidade de vida 
socioambiental. Porém essas correntes podem ser unificadas frente ao objeto de 
estudo e ao problema enfrentado, que deve ser revertido. 
Existem quinze correntes de pensamento e atuação da Educação ambiental 
formal, desde as mais antigas, concebidas na década de 1970, até as atuais. 
Entre as correntes que têm uma longa tradição em educação ambiental, 
analisaremos as seguintes: a corrente naturalista, conservacionista/recursista, 
resolutiva, sistêmica, científica, humanista, moral/ética. 
Entre as correntes mais recentes estão: a corrente holística, biorregionalista, 
práxica, crítica, feminista, etnográfica, eco-educação, e a sustentabilidade. 
A) A corrente naturalista
Esta corrente é centrada na relação com a natureza. O enfoque educativo 
pode ser cognitivo (aprender com coisas sobre a natureza), experiencial ver na 
natureza e aprender com ela), afetivo, espiritual ou artístico (associando a 
criatividade humana à da natureza). Na pedagogia para os adultos (andragogia), 
Phillip (2014) afirma igualmente que de nada serve querer resolver os problemas 
ambientais se não se compreendeu pelo menos como “funciona” a natureza; deve-
se aprender a entrar em contato com ela, por intermédio de nossos sentidos e de 
outros meios sensíveis: o enfoque é sensualista, mas também espiritualista, pois se 
trata de explorar a dimensão simbólica de nossa relação com a natureza e de 
compreender que somos parte integrante dela. 
Também frente aos adultos, Phillip (2014) insiste sobre a importância de 
considerar a natureza como educadora e como um meio de aprendizagem; a 
educação ao ar livre (outdoor education) é um dos meios mais eficazes para 
aprender sobre o mundo natural e para fazer compreender os direitos inerentes da 
natureza a existir por e para ela mesma; o lugar ou papel ou “nicho” do ser humano 
se define apenas nesta perspectiva ética. 
Para Phillip (2014, p. 672): 
A educação ambiental é exemplo do que é realizado para incorporar 
valores relacionados às mudanças no desenvolvimento socioambiental, 
dando à sociedade oportunidade e informação para tomar decisões com 
responsabilidade, pautadas na ideia de território solidário. (PHILLIP, 2014, 
p. 672).
Para compreender melhor a sistemática da educação ambiental e suas 
vertentes pedagógicas, se faz necessário saber as principais correntes de 
pensamentos que contribuíram para consolidação desse processo pedagógico 
voltado à conservação do meio ambiente. 
Primordialmente tem-se a corrente naturalista, que em sua essência, 
valoriza o contato direto com a natureza, para fortalecer os laços afetivos entre esta 
e o ser humano a partir de experiências intensas, elevada a nível espiritual. 
B) A corrente conservacionista/recursista
Esta corrente agrupa as proposições centradas na “conservação” dos 
recursos, tanto no que concerne à sua qualidade como à sua quantidade: a água, o 
solo, a energia, as plantas (principalmente as plantas comestíveis e medicinais) e 
os animais (pelos recursos que podem ser obtidos deles), o patrimônio genético, o 
patrimônio construído, etc. Quando se fala de “conservação da natureza”, como da 
biodiversidade, trata-se, sobretudo de uma natureza-recurso. Encontramos aqui 
uma preocupação com a “administração do meio ambiente”, ou melhor dizendo, de 
gestão ambiental. 
Os programas de educação ambiental centrados nos três “R” já clássicos, os 
da Redução, da Reutilização e da Reciclagem, ou aqueles centrados em 
preocupações de gestão ambiental (gestão da água, gestão do lixo, gestão da 
energia, por exemplo) se associam à corrente conservacionista/recursista. 
Geralmente se dá ênfase ao desenvolvimento de habilidades de gestão ambiental 
e ao ecocivismo. Encontram-se aqui imperativos de ação: comportamentos 
individuais e projetos coletivos. 
A corrente conservacionista prega o equilíbrio no uso dos recursos naturais 
em quantidade e qualidade no manejo. Há uma preocupação com a gestão 
ambiental. Aqui a educação é voltada para a conservação do meio ambiente. Surgiu 
em meio à segunda guerra mundial, onde a escassez assolava os países envolvidos 
no conflito, a economia, a reutilização e a reciclagem dos recursos, tanto por parte 
dos soldados como da própria população atingida pelas consequências da luta 
bélica, foram as bases do pensamento conservador que deu origem a esta corrente. 
C) A corrente resolutiva
A corrente resolutiva, considera o Meio Ambiente como um conjunto de 
problemáticas que só é possível de se resolver através da informação e da 
capacitação das pessoas em solucionar esses problemas. Aqui adotou-se “um 
modelo pedagógico centrado no desenvolvimento sequencial de habilidades de 
resolução de problemas” (SATO, 2011, p. 21). Assim os educadores que utilizam 
esse pensamento, se concentram no problema e envidam esforços nas soluções. 
D) A corrente sistêmica
Pela corrente sistêmica, a educação ambiental é voltada para a análise 
estrutural do Meio Ambiente e seus componentes, bem como a relação dos 
elementos biofísicos e sociais, que permite uma visão conjunta da realidade 
ambiental e assim identificar os seus problemas e escolher soluções. 
O processo de educação ambiental que partiu da análise das relações de 
causa e efeitos através de experimentos e observações dos resultados por eles 
obtidos, com o fim de obter a solução para os problemas ambientais, deu origem 
à corrente científica, que a seu turno, está intimamente ligada às ciências do Meio 
Ambiente. 
E) A corrente humanista
A corrente humanista enfatiza a dimensão humana do meio ambiente, e este 
último constituindo o meio de vida do Homem, considerando as dimensões 
históricas, sociais, culturais, políticas e econômicas. A educação ambiental por esta 
corrente se efetiva por meio das ciências humanas a partir de uma visão humanista 
de meio ambiente enquanto meio de sobrevivência do ser humano. O ambiente não 
é somente apreendido como um conjunto de elementos biofísicos, que basta ser 
abordado com objetividade e rigor para ser melhor compreendido, para interagir 
melhor. 
Corresponde a um meio de vida, com suas dimensões históricas, culturais, 
políticas, econômicas, estéticas. Não pode ser abordado sem se levar em conta sua 
significação, seu valor simbólico. O patrimônio não é somente natural, é igualmente 
cultural: as construções e os ordenamentos humanos são testemunhos da aliança 
entre a criação humana e os materiais e as possibilidades da natureza. A 
arquitetura, entre outros elementos, se encontra no centro desta interação. Neste 
caso, a porta de entrada para apreender o meio ambiente é frequentemente a 
paisagem. Esta última é seguidamente modelada pela atividade humana; ela fala 
ao mesmo tempo da evolução dos sistemas naturais que a compõem e das 
populações humanas que estabeleceram nela suas trajetórias. 
F) corrente ética ou moral
Por fim, entre as correntes clássicas,existe a corrente ética ou moral em que 
os educadores desta corrente se baseiam no fundamento de que as relações do 
Homem com o meio ambiente devem ser pautadas por um conjunto de valores 
individuais e coletivos, prescrevendo um código de comportamentos socialmente 
desejáveis no manejo dos recursos naturais. 
G) Corrente Científica
Algumas proposições de educação ambiental dão ênfase ao processo 
científico, com o objetivo de abordar com rigor as realidades e problemáticas 
ambientais e de compreendê-las melhor, identificando mais especificamente as 
relações de causa e efeito. O processo está centrado na indução de hipóteses a 
partir de observações e na verificação de hipóteses, por meio de novas observações 
ou por experimentação. Nesta corrente, a educação ambiental está seguidamente 
associada ao desenvolvimento de conhecimentos e de habilidades relativas às 
ciências do meio ambiente, do campo de pesquisa essencialmente interdisciplinar 
para a transdisciplinaridade. Como na corrente sistêmica, o enfoque é sobretudo 
cognitivo: o meio ambiente é objeto de conhecimento 
Não obstante os modelos pedagógicos de educação ambiental clássicos, 
desenvolvidos no decorrer do século XX, atualmente, destacam-se também 
algumas correntes mais recentes, são elas: holística, biorregionalista, práxica, 
crítica, feminista, etnográfica da ecoeducação, da sustentabilidade. 
H) A Corrente Holística
O enfoque desta corrente é exclusivamente analítico e racional das 
realidades ambientais se encontra na origem de muitos problemas atuais. É preciso 
levar em conta não apenas o conjunto das múltiplas dimensões das realidades 
socioambientais como também das diversas dimensões da pessoa que entra em 
relação com estas realidades, da globalidade e da complexidade de seu ser no 
mundo. O sentido global aqui é muito diferente do planetário, significa antes holístico 
referindo-se à totalidade de cada ser, de cada realidade, e à rede de relações que 
une os seres entre si em conjuntos onde eles adquirem sentido. A corrente holística 
não associa proposições necessariamente homogêneas, como é o caso das outras 
correntes. Algumas proposições, por exemplo, estão mais centradas em 
preocupações de tipo psicopedagógico apontando para o desenvolvimento global 
da pessoa em relação ao seu meio ambiente, outras estão ancoradas numa 
verdadeira cosmologia (ou visão do mundo) em que todos os seres estão 
relacionados entre si, o que leva a um conhecimento orgânico do mundo e a um 
atuar participativo em e com o ambiente. 
Numa perspectiva holística mais fundamental ainda, Nigel Hoffmann (1994) 
se inspira no filósofo Heidegger e no poeta naturalista Goethe para propor um 
enfoque orgânico das realidades ambientais. Devem-se abordar, efetivamente, as 
realidades ambientais de uma maneira diferente daquelas que contribuíram para a 
deterioração do meio ambiente. O processo de investigação não consiste em 
conhecer as coisas a partir do exterior, para explicá-las, originando de uma 
solicitação, de um desejo de preservar seu ser essencial permitindo-lhes revelar-se 
com sua própria linguagem. 
I) Corrente Biorregionalista
A corrente biorregionalista se inspira geralmente numa ética ecocêntrica e 
centra a educação ambiental no desenvolvimento de uma relação preferencial com 
o meio local ou regional, no desenvolvimento de um sentimento de pertença a este
último e no compromisso em favor da valorização deste meio. 
 SAUVÉ (2005) reconhece-se aqui o caráter inoportuno desta pedagogia do 
além que baseia a educação em considerações exógenas ou em problemáticas 
planetárias que não são vistas em relação com as realidades do contexto de vida e 
que oferecem poucas ocasiões concretas para atuações responsáveis. 
J) Corrente Práxica
Na Corrente Práxica a ênfase desta corrente está na aprendizagem da ação, 
pela ação e para a melhoria desta. Não se trata de desenvolver a priori os 
conhecimentos e as habilidades com vistas a uma eventual ação, mas em pôr-se 
imediatamente em situação de ação e de aprender através do projeto por e para 
esse projeto. A aprendizagem convida a uma reflexão na ação, no projeto em curso. 
Lembremos que a práxis consiste essencialmente em integrar a reflexão e a ação, 
que, assim, se alimentam mutuamente. O processo da corrente práxica é, por 
excelência, o da pesquisa-ação, cujo objetivo essencial é o de operar uma mudança 
num meio (nas pessoas e no meio ambiente) e cuja dinâmica é participativa, 
envolvendo os diferentes atores de uma situação por transformar. Em educação 
ambiental, as mudanças previstas podem ser de ordem socioambiental e 
educacional. 
K) Corrente de Crítica Social 
A Corrente de Crítica Social - A corrente práxica é muitas vezes associada à 
da crítica social. Esta última se inspira no campo da “teoria crítica”, que foi 
inicialmente desenvolvida em ciências sociais e que integrou o campo da educação, 
para finalmente se encontrar com o da educação ambiental nos anos de 1980 
(Robottom e Hart, 1993). Esta corrente insiste, essencialmente, na análise das 
dinâmicas sociais que se encontram na base das realidades e problemáticas 
ambientais: análise de intenções, de posições, de argumentos, de valores explícitos 
e implícitos, de decisões e de ações dos diferentes protagonistas de uma situação. 
Para Robottom: 
A postura crítica é igualmente aplicada às realidades educacionais. 
A educação ambiental que se inscreve numa perspectiva sociocrítica 
(socially critical environmental education) convida os participantes a entrar 
num processo de pesquisa em relação a suas próprias atividades de 
educação ambiental (...). É preciso considerar particularmente as rupturas 
entre o que o prático pensa que faz e o que na realidade faz e entre o que 
os participantes querem fazer e o que podem fazer em seu contexto de 
intervenção específica. O prático deve se comprometer neste 
questionamento, porque a busca de soluções válidas passa pela análise 
das relações entre a teoria e a prática. (...) A reflexão crítica deve abranger 
igualmente as premissas e valores que fundam as políticas educacionais, 
as estruturas organizacionais e as práticas em aula. O prático pode 
desenvolver, através deste enfoque crítico das realidades do meio, sua 
própria teoria da educação ambiental. (Robottom e Hart, 1993, p. 24). 
 
 
L) Corrente Feminista 
Na Corrente Feminista em matéria de meio ambiente, uma ligação estreita 
ficou estabelecida entre a dominação das mulheres e a da natureza: trabalhar para 
restabelecer relações harmônicas com a natureza é indissociável de um projeto 
social que aponta para a harmonização das relações entre os humanos, mais 
especificamente entre os homens e as mulheres. 
A corrente feminista se opõe, no entanto, ao predomínio do enfoque racional 
das problemáticas ambientais, tal como frequentemente se observa nas teorias e 
práticas da corrente de crítica social. Os enfoques intuitivo, afetivo, simbólico, 
espiritual ou artístico das realidades do meio ambiente são igualmente valorizados. 
No contexto de uma ética da responsabilidade, a ênfase está na entrega: cuidar do 
outro humano e o outro como humano, com uma atenção permanente e afetuosa. 
M) corrente etnográfica
A corrente etnográfica dá ênfase ao caráter cultural da relação com o meio 
ambiente. A educação ambiental não deve impor uma visão de mundo, é preciso 
levar em conta a cultura de referência das populações ou das comunidades 
envolvidas. A corrente etnográfica propõe não somente adaptar a pedagogia às 
realidades culturais diferentes, como se inspirar nas pedagogias de diversas 
culturas. 
N) Corrente da Ecoeducação
A Corrente da Ecoeducação está dominada pela perspectiva educacional da 
educação ambiental. Não se trata de resolver problemas, mas de aproveitar a 
relação com o meio ambiente como cadinho de desenvolvimento pessoal, para o 
fundamento de um atuar significativo e responsável. O meio ambienteé percebido 
aqui como uma esfera de interação essencial para a ecoformação ou para a 
ecoontogênese. Distinguiremos aqui estas duas proposições, muito próximas 
ambas, no entanto distintas, principalmente em relação a seus respectivos 
contextos de referência. 
O) Corrente da Sustentabilidade
A Corrente da Sustentabilidade - A ideologia do desenvolvimento sustentável 
que conheceu sua expansão em meados dos anos de 1980 penetrou pouco a pouco 
o movimento da educação ambiental e se impôs como uma perspectiva dominante.
Para responder às recomendações do Capítulo 36 da Agenda 21, resultante da 
Cúpula da Terra em 1992, a UNESCO substituiu seu Programa Internacional de 
Educação Ambiental por um Programa de Educação para um futuro viável 
(UNESCO, 1997), cujo objetivo é o de contribuir para a promoção do 
desenvolvimento sustentável. Este último supõe que o desenvolvimento econômico, 
considerado como a base do desenvolvimento humano, é indissociável da 
conservação dos recursos naturais e de um compartilhar equitativo dos recursos. 
Trata-se de aprender a utilizar racionalmente os recursos de hoje para que haja 
suficientemente para todos e se possa assegurar as necessidades do amanhã. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As florestas são imprescindíveis para a manutenção dos recursos hídricos 
para abastecimento das cidades, onde vive a maioria da população. O 
desmatamento incontrolado e insano está causando a desertificação e levará 
fatalmente ao desabastecimento de água e à formação de solo improdutivo para a 
produção de alimentos. A natureza trabalha e produz na forma cíclica, mostrando o 
caminho para a atuação do homem. 
Todos os tipos de plantas sejam as rasteiras, os arbustos, as árvores ou as 
flores, têm uma importância indispensável para a nossa qualidade de vida. As 
plantas nutrem os solos e ajudam a produzir alimentos e água. Suas folhas servem 
como adubos para a terra e tornam a natureza rica e viva 
Desta maneira, diante da intensa degradação da natureza, medidas urgentes 
devem ser tomadas por todos a benefício do homem e do próprio meio ambiente a 
fim de minimizar os impactos negativos que tem levado os recursos naturais e a 
escassez em nome da melhoria da qualidade de vida. 
Segundo Oliveira e Medeiros (2010) a educação ambiental não se refere 
apenas a ecologia e preservação do meio ambiente, indo muito além destes, 
abarcando a vivência do homem em sociedade e as relações estabelecidas por 
este. A transformação e a busca de superação de comportamentos destrutivos 
(matança de animais, queimadas, desflorestamento, desperdício de recursos 
naturais não renováveis como a água) são necessárias para o processo da própria 
humanização do homem. 
 Para Oliveira e Medeiros (2010) não se trata apenas de estudar, ou mesmo 
entender o processo de degradação, pelo qual o planeta Terra vem passando, além 
destes é necessário que entendamos a educação ambiental, como educação 
política, que envolve escolhas, decisões e opções, que não tomamos sozinhos, já 
que vivemos em sociedade. No nosso caso, a sociedade da informação, portanto, 
fazer uma educação para o meio ambiente implica envolver todas as áreas do 
conhecimento em prol de um conhecimento comum: o de que somos parte, e como 
tal dependemos do todo. Mesmo em um mundo capitalista, conduzido pelo 
econômico, há a intensa necessidade de percebemos que há muito além do capital, 
e que o desenvolvimento a qualquer custo gera o contrário, retrocesso. Com isso 
queremos dizer que não dá mais para mascararmos as ações do homem contra o 
meio ambiente, pois, vivemos e vemos as consequências negativas de tais ações. 
(Oliveira e Medeiros, 2010) 
 Enquanto seres produzidos historicamente, sabemos que muitas atitudes 
errôneas foram transmitidas e repassadas de geração para geração. Assim o que 
temos visto no tempo atual é o acúmulo de séculos, décadas e anos de uma relação 
parasitária do homem para com o meio ambiente, no sentido de que este se torna 
hospedeiro, retirando e não devolvendo nada de bom em troca. (Oliveira e 
Medeiros, 2010) 
Somente uma política concisa e bem planejada de Educação Ambiental é 
capaz de mudar essa terrível realidade, e temível futuro, pelo esgotamento dos 
recursos naturais e degradação do meio ambiente, dirimindo as consequências da 
ação devastadora do ser humano e proporcionando uma melhor qualidade de vida, 
bem como o equilíbrio entre desenvolvimento, progresso e sustentabilidade. 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Resumo: O presente trabalho tem por finalidade apresentar alguns conceitos de 
Educação Ambiental e a relação com a Educação Infantil. Para gerar uma qualidade 
de vida sustentável, se faz necessário um (re) pensar sobre o meio ambiente; das 
ações do homem e o seu habitat. Tendo por base este contexto, faz necessário 
iniciar a formação de cidadãos conscientes com a preservação do meio ambiente 
desde a Educação Infantil, onde o principal objetivo é conscientizar o aluno da 
importância que o meio ambiente tem para a sua vida. Através do contato com o 
meio ambiente, associando a teoria à prática é que se assimila o conteúdo de forma 
ampla e contínua. Para realização deste trabalho recorreu-se a pesquisas 
bibliográficas e estudo de caso, onde foram realizadas análises nas ações do 
projeto “A magia do plantar: reestruturando o espaço vazio trazendo cores, cheiros 
e sabores” dentro de um Centro Municipal de Educação Infantil na cidade de Ponta 
Grossa. O estudo da Educação Ambiental está voltado para a formação ética do 
cidadão. 
Fonte: Grzebieluka,D.; Kubiak, I.; Schille, A.M.. Educação Ambiental: A importância 
deste debate na Educação Infantil. Revista Monografias Ambientais - REMOA 
v.13, n.5, dez. 2014, p.3881-3906 Revista do Centro do Ciências Naturais e 
Exatas - UFSM, Santa Maria. 
https://periodicos.ufsm.br/remoa/article/viewFile/14958/pdf. Acesso em 16 nov. 
2019. 
FILME/VÍDEO 
Título: Documentário Mata Atlântica - Paulo Rufino- Produção Casa de Cinema 
RBMA Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. 
Sinopse: Descreve as características da atlântica. e como é definido seu clima, sua 
biodiversidade. Devido às mudanças climáticas houve mudanças na biodiversidade 
da floresta. A relação existente entre mata e água. Fala da destruição da floresta. 
Ano: 2013. 
Link: 
http://int.search.myway.com/search/video.jhtml?n=783A119B&p2=%5EY6%5Exdm
063%5ES22307%5Ebr&pg=video&pn=1&ptb=E06F8736-A110-45D0-8CC8-
2E2CA8381A75&qs=&searchfor=desmatamento+origem+&si=CNrV4r_7i9UCFQk
GkQod9RsGsg&ss=sub&st=tab&tpr=sbt&trs=wtt. Acesso 25 nov. 2019. 
LME/VÍDEO 
Título: Impactos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável. 
Sinopse: Descreve as características da atlântica. e como é definido seu clima, sua 
biodiversidade. Devido às mudanças climáticas houve mudanças na biodiversidade 
da floresta. A relação existente entre mata e água. Fala da destruição da floresta, 
Ano: “2014” 
Disponível em: link: https://www.youtube.com/watch?v=QGHHhYCdErs. Acesso 01 
set.2019 
Sinopse: Definições, conceitos de impacto e aspecto ambiental, poluição 
ambiental. Fala-se de todos os tipos de poluição. 
 
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UNIDADE III - CONCEITOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Professora Mestre Sônia Maria Crivelli Mataruco 
 
 
Demonstrar que é cada vez é maior a degradação do meio ambiente e o 
consequente esgotamento dos recursos naturais, decorrente, sobretudo, em razão 
do paradigma socioeconômico que tem em seu ápice o consumo exagerado. Dentro 
desse contexto faz-se necessária a efetivação da política de educação ambiental, a 
qual visa, precipuamente, estabelecer um vínculo entre o indivíduo e o meio 
ambiente, tornando o primeiro responsável pela preservação e desenvolvimento. 
Assim, a implantação de uma política de educação ambiental efetiva, aliada à 
legislação ambiental, transformaria, diga-se, melhoraria as relações entre o homem 
e o meio ambiente, do qual poderiam resultar práticas adequadas à noção de 
sustentabilidade. 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
O objeto deste capítulo é dar ênfase na importância da educação para 
desenvolver de forma sustentável. Fazermos uma reflexão dentro de uma visão 
ampla do surgimento da Educação Ambiental a nível mundial e em nosso país, 
analisarmos problemas e possíveis soluções e o papel da escola nas demandas 
ambientais contemporâneas. 
Demonstrar que educar é um fenômeno típico, uma necessidade ontológica de 
nossa espécie, e assim deve ser compreendido para que possa ser concretamente 
realizado. Refere-se aos processos sociais relativos à aprendizagem – que se 
traduz na dimensão pessoal pela percepção sensível, capacidade reflexiva e 
atuação objetiva e dialógica na realidade. Ocorre por meio de múltiplas mediações 
sociais e ecológicas que se manifestam nas esferas individuais e coletivas por nós 
compartilhadas, o que pressupõe, em seu movimento constitutivo, os lugares e o 
momento histórico em que vivemos. 
 
Plano de Estudo: 
● Histórico da Educação Ambiental 
● Conceituar e contextualizar Educação ambiental; 
● Transversalidade 
● A Educação Ambiental na Constituição de 1988 
● Pontos relevantes da Lei 9.795/99 (Lei de Educação Ambiental) 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nesta unidade buscaremos desenvolver os principais conceitos que 
permitam a você estudante refletir nos fundamentos da educação ambiental, 
partindo da definição de educação e de ambiente. Ainda reconhecer os diferentes 
conceitos relacionados às questões de ordem ambiental e as relações que se 
estabelece entre sociedade e natureza e também a evidência clara que o modo de 
produzir a vida em sociedade é o determinante tanto da problemática ambiental 
quanto social e econômica. 
No livro Primavera Silenciosa, publicado em 1962, pela jornalista norte-
americana Rachel Carson, denunciou a ação impactante do homem sobre o 
ambiente, estimulou a discussão mundial sobre a necessidade de se proteger a 
natureza contra os humanos e promover a qualidade ambiental como pressuposto 
para a qualidade de vida dos homens. 
O livro trouxe à tona a necessidade de preocupar-se com o uso de agrotóxico 
na natureza e o quanto este traz prejuízos para a biodiversidade e para o recurso 
água. 
Educação Ambiental promove qualidade de vida e a Constituição Federal do 
Brasil, em seu artigo 225, afirma que: “todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida”. 
Trabalhar educação ambiental com os indivíduos significa educá-los ecapacitá-lo para o uso sustentável dos recursos hídricos e demais recursos naturais, 
para a busca de alternativas de menor impacto ambiental e maior reflexão sobre os 
significados dos conceitos de qualidade hídrica, qualidade ambiental, qualidade de 
vida e sustentabilidade, evitando que pela sua ganância desencadeie uma série de 
eventos que coloque não só a sua vida em risco, mas também a vida do planeta. 
Desta forma falaremos também da transversalidade da Educação Ambiental, 
e da forma como que é inserida na Constituição Federal de 1988, pela elucidação 
dos pontos mais importantes da Lei de 9.795/99, (Lei de Educação Ambiental), pela 
importância da transversalidade, e por fim, por breves reflexões sobre o modo como 
que é aplicada nas escolas atualmente 
 
 
1 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Figura 1: Conceito de educação do dia de filosofia mundial com árvore de plantação de conhecimento 
na abertura de velho grande livro na biblioteca com livro didático, pilhas de pilha de arquivo de texto 
e corredor de estantes na sala de aula de estudo da escola 
Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/world-philosophy-day-education-concept-tree-
733517002 
A Educação Ambiental (EA) era um assunto na qual as pessoas não levavam 
tão a sério, pois era difícil encontrar referências que abordasse o tema citado, não 
tinha cursos de especialização para capacitar profissionais na referida área. Então 
a preocupação com o meio ambiente se restringia somente a pequenos grupos de 
estudiosos e outros interessados em conhecer profundamente sobre meio ambiente 
que saiam a campo para pesquisar, ou até mesmo passear e apreciar a natureza 
que era de caráter exuberante. Daí por diante começou a ser divulgado de maneira 
lenta as informações referentes à temática e despertou curiosidades a outros 
estudiosos que também pretendiam obter mais conhecimentos. Assim os mesmos 
poderiam compreender a história da educação ambiental, os acontecimentos e os 
conceitos, como bem a primeira grande catástrofe. 
A primeira grande catástrofe ambiental sintoma da inadequação do estilo 
de vida do ser humano - viria acontecer em Londres provocaria a morte de 
1.600 pessoas desencadeando o processo de sensibilização sobre a 
qualidade ambiental na Inglaterra, e culminando com aprovação da Lei de 
Ar Puro pelo Parlamento, em 1956. Esse fato desencadeou uma série de 
discussões em outros países, catalisando o surgimento do ambientalismo 
nos Estados Unidos a partir de 1960. (DIAS, 2004, p.77). 
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/historia-da-educa%C3%A7%C3%A3o-ambiental/
Assim, a Educação Ambiental tem seu surgimento a partir das 
preocupações de ecologistas em chamar a atenção para os problemas ambientais 
devido ao uso descontrolado dos recursos naturais e destruição das florestas, e com 
isso envolver a sociedade em ações ambientalmente corretas. 
No ano de 1962, a jornalista Rachel Carson lançava seu clássico livro 
Primavera Silenciosa, relatando o uso excessivo dos produtos químicos, logo o 
efeito maléfico sobre os recursos ambientais. 
Devido a preocupação mundial com a educação ambiental houve a reunião 
de 1968, em Roma, quando alguns cientistas dos países desenvolvidos discutiram 
temas sobre o consumo e as reservas de recursos naturais não renováveis e o 
crescimento da população mundial. 
Em 1972, o Clube de Roma publicou um relatório chamado “Os Limites do 
Crescimento”, previsão bastante pessimista do futuro da humanidade, se o modelo 
de exploração dos recursos naturais não fosse modificado. Também em 1972, a 
Organização das Nações Unidas (ONU) realizou em Estocolmo, Suécia, a 
Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano. Nessa conferência foi 
criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). 
(MARCATTO, 2002) 
Segundo Medina (2008), a Conferência de Estocolmo inspirou um interesse 
renovado na Educação Ambiental na década de 1970, tendo sido estabelecida uma 
série de princípios norteadores para um programa internacional e planejado um 
seminário internacional sobre o tema, que se realizou em Belgrado, em 1975. 
No ano de 1977, a Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental, 
em Tbilisi, ex-União Soviética. As definições dessa Conferência continuam muito 
atuais, sendo adotadas por governos, administradores, políticos e educadores em 
praticamente todo o mundo (MARCATTO, 2002 apud CZAPSKI, 1998). 
Em Tbilisi na Geórgia em 1977, que aconteceu a conferência mais marcante 
da história da Educação Ambiental, em sua declaração foram definidos princípios, 
estratégias, objetivos, funções, características, e recomendações para a Educação 
Ambiental. Ali foi definido o seguinte: 
A Educação Ambiental é um processo de reconhecimento de valores e 
clarificação de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades 
e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as 
inter-relações entre os seres humanos suas culturas e seus meios 
biofísicos. A Educação Ambiental também está relacionada com a prática 
das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhoria da 
qualidade de vida. (TBILISI, 1977) 
 
No Brasil em 1977, é fundada a Secretaria Especial do Meio Ambiente 
(SEMA), tem como objetivo formar um grupo para elaboração de um documento 
sobre EA, com o intuito de definir seu papel no contexto da realidade 
socioeconômico-educacional brasileira. (DIAS, 2001). 
Em 1984, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) apresenta 
resolução estabelecendo diretrizes para as ações de EA, aprovada a Resolução 
001/86 (1986) que estabelecia as responsabilidades, os critérios básicos e as 
diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental 
(AIA) como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. (Dias, 
2001) 
Nos anos seguintes ocorreram diversos eventos voltados para a Educação 
Ambiental dentre os quais estão os seguintes: Comissão Brundtland em 1987, 
definida como Nosso Futuro em Comum a ECO 92 no Rio de Janeiro 1992 definiu 
a Agenda 21 com destaque o dilema da relação homem-natureza e também 
combate às desigualdades sociais, Viena 1993, Cairo 1994, Copenhagem e Beijing 
1995, Roma e Istambul 1996, Milênio em New York em 2000 e a Cúpula do 
Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo em 2002. 
No Brasil, pela primeira vez em sua história era inserido um capítulo 
específico direcionado ao meio ambiente em sua Constituição Federal (1988 pg. 
103), Art. 225. “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes 
e futuras gerações”. O meio ambiente passa a ser considerado como um bem 
comum a todos. 
Segundo Marcatto (2002), através da Lei Federal Nº. 9.795, sancionada em 
1999, e reformulada em 2002, através do Decreto Nº. 4.281, define a “Política 
Nacional de Educação Ambiental”, a EA deverá estar presente em todos os níveis 
de ensino no âmbito escolar. 
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento ECO-92, ocorrido no Rio de Janeiro, deste encontro o Brasil 
elaborou a Agenda 21, que tem como objetivo estabelecer equilíbrio entre as 
estratégias das políticas ambientais e o desenvolvimento econômico e social, para 
consolidar um desenvolvimento sustentável. Em 2002 realizou-se em 
Johannesburgo, África do Sul, o Encontro da Terra, também denominado Rio+10, 
pois teve a finalidade de avaliar as decisões tomadas na Conferência do Rio em 
1992. (MARCATTO, 2002). 
Atualmente no cenário ambiental tivemos a Rio+20, cujo alvo assim como as 
demais conferências é pensar/discutir e elaborar metas que resultem em um 
objetivo final que é a preservação do ambiente. O Rio+20 realizou-se no Rio de 
Janeiro – Brasil, contou com aproximadamente 188 países. Ao que tange o 
DesenvolvimentoSustentável (DS), as principais metas são desenvolver uma 
economia verde com base no DS e a erradicação da pobreza. 
Nesta conferência foi elaborado um relatório final designado como “O futuro 
que queremos”, nesse compilado ficaram definidas algumas ações, que versam em: 
a) Lidar globalmente com a sustentabilidade;
b) Produção e consumo sustentáveis;
c) Tecnologias ambientalmente saudáveis e transferências destas;
d) Medir o crescimento sustentável;
e) Relatórios de sustentabilidade empresarial, entre outros.
Enfim, essa conferência foi alvo de muitas críticas, entre o emaranhado de 
questionamentos, cabe ressaltar, que as ações propostas serão 
trabalhadas/estudadas até 2015, a partir desse ano ou da próxima conferência que 
teremos algo objetivo, ou seja, por enquanto continuamos com as propostas, sem 
ações. 
2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Figura 2 : mãos adultas e crianças segurando plantas 
Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/hands-holding-seedling-eggshells-montessori-
education-740429215. 
A ideia da Terra ser fonte inesgotável de recursos para geração de riquezas 
e progresso material não deve existir mais, pois já presenciamos em muitos lugares 
que os recursos hídricos mundiais estão entrando em colapso, seja por quantidade 
ou qualidade. 
No relato de Adorno (2002) ele diz que a população tem aumentado 
consideravelmente e o problema desse aumento não é apenas o da falta de 
alimentos. Estes são e poderão ser produzidos em quantidades suficientes para 
abastecer o mundo. A grande questão é que temos explorado cada vez mais os 
recursos presentes na natureza, e as fontes de água potável do planeta vêm 
diminuindo ano após ano, e isso ocorre não porque a natureza não consegue prover 
água suficiente para todos nós; mas porque a humanidade tem o péssimo hábito de 
poluir e destruir sistematicamente as nascentes e as reservas de água. 
Atualmente encontrar o equilíbrio entre satisfação das necessidades e 
preservar o meio ambiente não é uma tarefa fácil, por vários fatores como: falta de 
educação financeira e ambiental da população. 
Os seres humanos enfrentaram ao longo da sua história, inúmeras 
dificuldades e desafios ambientais, e para superação desses desafios, surge a 
educação ambiental como um caminho para promoção de mudanças de valores, 
sentimentos, atitudes e, principalmente, para mostrar ao homem que ele faz parte 
do ecossistema, dessa forma, necessita cuidar do meio em que vive. 
Entretanto, é fato que o homem, em decorrência do crescimento 
populacional, precisou desenvolver tecnologias para melhorar o processo produtivo 
e assim produzir mais e consequentemente, satisfazer suas necessidades, porém 
não deixou de degradar, muito pelo contrário só aumentou. 
Acompanhado desse avanço tecnológico, o homem também se deparou com 
grandes problemas ambientais em decorrência da intensificação da exploração dos 
recursos naturais, geração de resíduos e maior produção de agrotóxicos. Assim, 
surge a necessidade de buscar soluções para os problemas ambientais no intuito 
de garantir um futuro melhor para a humanidade. Porém, falta clareza para entender 
que a educação é o melhor caminho para instruir as pessoas da necessidade de 
preservar o meio ambiente. 
Para Taglieber (2004) é preciso chamar a atenção para essa problemática, 
mostrando que: 
Na atualidade, frente à problemática ambiental, a compreensão das 
limitações dos ecossistemas do Planeta, a educação geral passa 
necessariamente pelo foco da dimensão ambiental, isto é, para 
sobrevivência da humanidade é necessário que cada coletividade tome 
consciência desses limites e comece a valorizar, preservar, conservar e 
proteger seu meio ambiente. A educação precisa enfocar aspectos 
específicos da época e das necessidades expressas pela coletividade 
atual. (TAGLIEBER, 2004, p. 14). 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs (1997) reforçam que as 
tecnologias podem ser usadas como metodologias para sensibilizar sobre 
determinada problemática, e dentre os conteúdos que devem ser trabalhados em 
sala de aula, de forma transversal e interdisciplinar, está a Educação Ambiental 
(EA). 
Consideramos que um dos grandes desafios do século XXI é conseguir que 
o homem utilize as tecnologias como instrumento em suas práticas, entendendo as
consequências das ações humanas sobre a natureza e quais caminhos seguir para 
preservar os recursos naturais necessários para sua própria sobrevivência. 
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental no artigo 
segundo diz que: 
A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade 
intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento 
individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros 
seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a 
finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental. (Art. 2º 
DCNs - E.A., 2012). 
De acordo com a Conferência sub-regional de Educação Ambiental para a 
Educação Secundária ocorrida em Chosica/Peru (1976): 
A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a 
comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade 
global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a 
natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas 
profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando 
com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento 
dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus 
aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as 
habilidades e atitudes necessárias para dita transformação Conferência Sub-
regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária. 
(CHOSICA/PERU, 1976. P. 1). 
Para Leff (2001, p. 188) “O ambiente não é a ecologia, mas a complexidade 
do mundo”, sendo preciso “aprender um novo saber sobre o ambiente”. 
Leff em seu livro intitulado: Epistemologia Ambiental procura levar o leitor a 
uma reflexão sobre os fenômenos ambientais, mostrando que cabe a todas as 
pessoas buscar mudança de valores, comportamentos e estilos de vida voltados 
para a conservação dos recursos naturais para se ter qualidade de vida e deixar um 
ambiente ecologicamente sustentável para as futuras gerações. 
Desta forma a relação sociedade-natureza, evidencia os desafios para a 
construção de novos conhecimentos, novas formas de relação, novas concepções 
e novos valores. Como relata a figura 1. 
Figura 3: Soluções sustentáveis 
Fonte: livro: Educação ambiental Princípios e Prática, 2001). Dias (2001, p.100) 
As práticas educativas ambientais devem proporcionar mudanças de hábitos, 
atitudes e práticas sociais, sendo, portanto, a Educação Ambiental o caminho para 
que as pessoas adquiram consciência da importância de terem atitudes 
sustentáveis. 
É inegável que a educação ambiental contribui significativamente para a 
proteção do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida. 
Nesse sentido, Linhares e Piemonte (2010, p. 120) apontam que: 
 Há de se promover urgente conscientização social sobre a problemática 
do meio ambiente visando à educação e ética ambientais, 
proporcionando, por consequência, uma vida mais saudável para a 
população mundial, que esbarra com as novas tecnologias e o 
crescimento demográfico, que estão ocorrendo sem o devido cuidado com 
o meio ambiente. Imprescindível, portanto, um esforço para a educação
em questões ambientais dirigidas tanto às gerações jovens como aos 
adultos e que se preste à devida atenção ao setor da população menos 
privilegiado, para fundamentar as bases de uma opinião pública bem 
informada e de uma conduta dos indivíduos, das empresas e das 
coletividades inspirada por sua responsabilidade sobre a proteção e 
melhoria do meio ambiente em toda sua dimensão humana. (LINHARES; 
PIEMONTE, 2010, p. 120). 
Mudança de paradigmas implica discutir valores para construir uma 
sociedade mais justa, que satisfaçaas necessidades das gerações atuais, sem 
comprometer a sobrevivência das futuras gerações. 
Segundo Ministério do Meio Ambiente (2011) a atuação dos educadores 
ambientais nas políticas públicas de águas é portadora de um significativo potencial 
sinérgico capaz de incutir e sedimentar uma perspectiva realmente sistêmica, 
integradora e ambiental como diferencial para qualificar a gestão dos recursos 
hídricos no país e promover a efetiva melhoria nas condições de vida das pessoas 
e do meio com o qual convivem. 
Para Medina (2001) dentre várias definições sobre o que é EA, destaca-se: 
 “A Educação Ambiental como processo [...] consiste em propiciar às 
pessoas uma compreensão crítica e global do ambiente, para elucidar 
valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição 
consciente e participativa a respeito das questões relacionadas com a 
conservação e a adequada utilização dos recursos naturais deve ter como 
objetivos a melhoria da qualidade de vida a eliminação da pobreza extrema 
e do consumismo desenfreado. (MEDINA, 2001, p.17). 
Assim, a promoção de processos continuados e permanentes de 
desenvolvimento de capacidades e de Educação Ambiental para a Gestão de Águas 
constitui iniciativa estratégica fundamental para assegurar a sustentabilidade do 
crescimento da economia e a promoção do desenvolvimento sustentável. 
(Ministério do Meio Ambiente, 2011) 
Entendendo que educação ambiental é um processo que deve partir do 
interno para o externo, levando a mudanças de hábitos e comportamentos como 
pequenas iniciativas no lar, escola, bairro, até alcançar uma abrangência mais 
ampla, que envolva uma região, estado, país, beneficiando todo o ecossistema e a 
humanidade, nesse processo, a família e a escola figuram como os principais 
responsáveis por disseminar a importância dos bons hábitos e da consciência 
ambiental. 
Os resultados obtidos são levados pelo resto da vida e disseminados, 
garantindo a eficácia e a construção de uma sociedade mais responsável 
ecologicamente. 
No Brasil, com a aprovação da Lei nº 9.795/1999, que institui a Política 
Nacional de Educação Ambiental, e dentre várias premissas, a lei afirma trata-se de 
um componente essencial e permanente da educação no Brasil, que deve estar 
presente de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo 
educativo, em caráter formal e não formal. 
3 A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PNEA (LEI 
9.795/1999) 
Figura 4: Educação Ambiental Formal, não formal e informal 
Fonte:http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/meioambiente/0049.html 
A Lei de Educação Ambiental, apesar de sua extrema importância para a 
educação, é de raro conhecimento do corpo docente. 
Em suma, a Lei 9.795/99 traz as linhas gerais do que deve tratar a Educação 
Ambiental, traçando ainda, a maneira como deve ser trabalhada no ensino formal. 
A Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA (Lei 9.795/1999) 
estabelece, como um dos objetivos estratégicos da EA, o incentivo à participação 
individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do 
meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor 
inseparável do exercício da cidadania. De forma coerente com a política das águas, 
a construção de uma cultura da participação, qualificada com o diálogo, mostra-se 
como um dos eixos centrais da PNEA. 
Segundo o artigo 1º da Lei 9.795/1999, entende-se por educação ambiental: 
 Os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem 
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências 
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do 
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (Art. 1º 
LEI - PNEA, 1999) 
O art. 1° define expressamente o conceito de Educação Ambiental, onde 
trata a Educação Ambiental como prática que condiz não apenas com o ensino 
formal, mas com um emaranhado de processos que leva os indivíduos a conservar 
o meio ambiente.
Assim, deve-se destacar que o meio ambiente é composto não apenas pelo 
meio ambiente natural, pois de acordo com o já versado em tópico precedente, é 
composto dos ambientes natural, cultural, artificial e laboral. 
O artigo 2° da Lei em análise trata da transversalidade da Educação 
Ambiental, motivo pelo qual será analisado em tópico específico. 
O art. 3° repete as disposições do art. 225 da CRFB/88, deixando expresso 
que é dever do poder público e de toda sociedade a promoção da Educação 
Ambiental. Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à 
Educação Ambiental, incumbindo: 
I – ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição 
Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, 
promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e o 
engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do 
meio ambiente; II – às instituições educativas, promover a Educação 
Ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que 
desenvolvem; III – aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio 
Ambiente – Sisnama, promover ações de Educação Ambiental integradas 
aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio 
ambiente; IV – aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira 
ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas 
sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua 
programação; V – às empresas, entidades de classe, instituições públicas 
e privadas, promover programas destinados à capacitação dos 
trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente 
de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no 
meio ambiente; VI – à sociedade como um todo, manter atenção 
permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a 
atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a 
solução de problemas ambientais.” 
No art. 4°, são expressos os princípios básicos da Educação Ambiental. É 
importantíssimo que tais princípios sejam levados ao conhecimento dos 
professores, para que, por meio deles, possam desenvolver suas práticas 
integradas à educação de convivência no meio. 
I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II – a 
concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a 
interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob 
o enfoque da sustentabilidade; III – o pluralismo de ideias e concepções
pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV – a 
vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V – 
a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI – a 
permanente avaliação crítica do processo educativo; VII – a abordagem 
articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; 
VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual 
e cultural.” 
Os princípios precisam ser trabalhados em conjunto com os objetivos da 
Educação Ambiental dispostos em seguida pela Lei 9.795/99. 
E no seu artigo 5º, também como um dos seus objetivos fundamentais que a 
educação ambiental deve promover o desenvolvimento de uma compreensão 
integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo 
aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, 
culturais e éticos. 
Assim, segundo Tundisi (2006), o desenvolvimento econômico e a 
complexidade da organização das sociedades humanas produziram inúmeras 
alterações no ciclo hidrológico e na qualidade da água. Desta forma urge a 
promoção de uma gestão de desenvolvimento que produza utilizando recursos 
hídricos de forma sustentável. 
A EA é um caminho para reconstruir a relação ser humano/natureza, 
contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência social e planetária. De 
acordo com PCN (1998), durante muitos séculos,o ser humano se imaginou no 
centro do Universo, com a natureza à sua disposição, e apropriou-se de seus 
processos, alterou seus ciclos, redefiniu seus espaços, mas acabou deparando-se 
com uma crise ambiental que coloca em risco a vida do planeta, inclusive a humana. 
O art. 10 ensina que a Educação Ambiental “[...] será desenvolvida como 
uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e 
modalidades do ensino formal.” Isso apenas deixa claro o quanto deve ser cíclica e 
englobada em todas as séries desde o aprendizado escolar inicial. 
O art. 11 estabelece que a dimensão ambiental deve estar presente no 
currículo de formação de professores em todos os níveis e disciplinas. É certo que 
as reformas curriculares dos cursos de ensino superior até então não abrangeram 
efetivamente as questões ambientais apesar da obrigatoriedade prevista no art. 12 
da Lei 9.795/99 (que diz que as faculdades devem observar o descrito nos arts. 10 
e 11). 
Não são necessárias profundas pesquisas para que se comprove a lacuna 
presente na maioria dos cursos superiores, que sequer tratam do meio 
transversalmente. 
Seria indispensável pelo menos a inclusão de matéria voltada 
especificamente para ensino de questões conexas ao ambiente na grade curricular 
dos cursos superiores, objetivando dar ciência aos alunos acerca de seu caráter 
transversal. Isso realmente precisa se efetivar, pois é importante que os futuros 
professores do ensino básico se gabaritem para ensinar Educação Ambiental, 
construindo os alicerces do conhecimento de seus alunos para uma compreensão 
acertada do que é o meio ambiente. 
Preocupado com a transmissão do conhecimento sobre o meio àqueles 
docentes mais antigos, o legislador inseriu no parágrafo único do art. 11, que “[...] 
os professores em atividade devem receber formação complementar em suas áreas 
de atuação [...]”. Ainda é desconhecida a maneira como se dará tal formação 
complementar, e quais cursos serão disponibilizados pelo Poder Público para esse 
desiderato. Tal complementação é essencial para que saibam como transmitir o 
conhecimento sobre meio ambiente para seus alunos, independentemente do grau 
de desenvolvimento destes. 
Trata o art. 13 da Educação Ambiental não-formal. Ele diz que por 
Educação Ambiental não-formal devem se entender as ações e práticas educativas 
voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais, e à sua 
organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. Sob o 
enfoque informal, a Educação Ambiental está presente em todas as manifestações 
voltadas para o respeito e resguardo da coletividade. Abrange desde os 
aprendizados vindos da convivência parental, ao diálogo entre amigos no trabalho 
e em momentos de descontração, não havendo método específico para ensiná-la, 
tampouco para aprendê-la, devido a sua intensidade e abrangência. 
Assim, o Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivará: 
I – a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em 
espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações 
acerca de temas relacionados ao meio ambiente; II – a ampla participação 
da escola, da universidade e de organizações não-governamentais na 
formulação e execução de programas e atividades vinculadas à Educação 
Ambiental não-formal; III – a participação de empresas públicas e privadas 
no desenvolvimento de programas de Educação Ambiental em parceria 
com a escola, a universidade e as organizações não-governamentais; IV – 
a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de 
conservação; V – a sensibilização ambiental das populações tradicionais 
ligadas às unidades de conservação; VI – a sensibilização ambiental dos 
agricultores; VII – o ecoturismo.” 
Em seguida, com o intuito de adentrar na problemática da transversalidade 
da Educação Ambiental nas escolas, será feita uma breve análise dos artigos da 
Lei 9.795/99 que tratam expressamente do assunto, e uma reflexão acerca da forma 
que o meio ambiente deve ser elucidado em sala de aula. 
A Educação Ambiental é uma das mais importantes exigências 
educacionais da atualidade, não só no Brasil, mas também no mundo. Por isso, 
analisar suas finalidades e objetivos são fatores de destaque. 
Segundo Dias (2001) a Educação Ambiental tem como finalidade: 
a) Ajudar a fazer compreender, claramente, a existência e a importância da
interdependência econômica, social, política e ecológica nas zonas urbanas e 
rurais. 
b) Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os conhecimentos
dos valores, o interesse ativo e as atitudes necessárias para proteger e melhorar o 
meio ambiente. 
c) Induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na
sociedade, em seu conjunto, a respeito do meio ambiente. 
Us objetivos são 
a) Consciência – ajudar os grupos sociais e os indivíduos a adquirirem consciência
do meio ambiente global e ajudar-lhes a sensibilizarem-se por essas questões. 
b) Conhecimento – ajudar os grupos sociais e os indivíduo a adquirirem diversidade
de experiências e compreensão fundamental do meio ambiente e dos problemas 
anexos. 
c) Comportamento – ajudar os grupos sociais e os indivíduos a comprometerem-se
com uma série de valores e a sentirem interesse e preocupação pelo meio 
ambiente, motivando-os de tal modo que possam participar ativamente da melhoria 
e da proteção do meio ambiente. 
d) Habilidades – ajudar os grupos sociais e os indivíduos a adquirirem as
habilidades necessárias para determinar e resolver os problemas ambientais. 
e) Participação – proporcionar aos grupos sociais e aos indivíduos a possibilidade
de participarem ativamente das tarefas que tem por objetivo resolver problemas 
ambientais. 
4 TRANSVERSALIDADE 
Fonte:https://www.estudopratico.com.br/matematica-e-os-temas-transversais/ 
Por transversalidade deve se entender aquilo que designa algo transversal, 
que “[...] passa, ou que está, de través ou obliquamente [...] Que atravessa 
perpendicularmente a superfície de um órgão.” Séguin (2000, p.67). 
Aplicada na seara educacional, a transversalidade deve ser vista como uma 
forma de se tratarem temas que devem ser difundidos continuamente no ensino 
formal, através de todas as disciplinas e níveis de ensino. Esses assuntos são 
chamados pelos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais - uma série de 
cadernos que traçam as diretrizes do ensino formal pátrio) de “temas transversais” 
e: 
Por tratarem de questões sociais, os Temas Transversais têm natureza 
diferente das áreas convencionais. Sua complexidade faz com que 
nenhuma das áreas, isoladamente, seja suficiente para abordá-los. Ao 
contrário, a problemática dos Temas Transversais atravessa os diferentes 
campos do conhecimento. Por exemplo, a questão ambiental não é 
compreensível apenas a partir das contribuições da Geografia. Necessita 
de conhecimentos históricos, das Ciências Naturais, da Sociologia, da 
Demografia, da Economia, entre outros. (PEREIRA & TERZI, 2009, p.176.) 
5 INTERDISCIPLINARIDADE DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Figura 5 : Representação esquemática do fazer interdisciplinar a partir do conceito de 
interdisciplinaridade adotado neste trabalho. As setas coloridas representam distintos campos 
disciplinares e apontam para as contribuições que a interação entre as disciplinas pode oferecer na 
busca de soluções aos problemas. 
Fonte:https://docs.google.com/document/d/1Wuvx5R4l_r16NqlieSCEkth3jDrTI1g9/edit#he
ading=h.uy4egj9r2z15. Acesso 25 nov. 2019 
A Educação Ambiental (EA) é uma importante ferramenta para fortalecer a 
educação nacional e sua integração de saberes objetiva-se o rompimento da 
perspectiva unilateral do conhecimento, por meio da interdisciplinaridade e da 
adoção dos Temas Transversais, em especial o tema Meio Ambiente. 
A interdisciplinaridade surge em resposta à diversidade, à complexidade e à 
dinâmica do mundo atual e, apesar da contemporaneidadeda discussão, não é uma 
proposta recente. Desde os anos de 1960, a proposta interdisciplinar tem sido 
apontada como alternativa à produção de conhecimento na busca de respostas não 
encontradas nos moldes do conhecimento simplificador, dicotômico e disciplinar da 
ciência moderna. 
 Para Almeida Filho (2014. p. 21). o reconhecimento das limitações 
apresentadas pelo paradigma simplista ao desenvolvimento científico teria exaurido 
a capacidade de apreensão da complexidade das realidades concretas da natureza, 
da história e das culturas humanas – reivindica a interdisciplinaridade que: "[...] ao 
invés de se apresentar como alternativa para substituição de um jeito de produzir e 
transmitir conhecimento, se propõe a ampliar a nossa visão de mundo, de nós 
mesmos e da realidade, no propósito de superar a visão disciplinar". (ALMEIDA, 
2014. p. 21). 
A Interdisciplinaridade constitui-se quando cada profissional faz uma leitura 
do ambiente de acordo com o seu saber específico, contribuindo para desvendar o 
real e apontando para outras leituras realizadas pelos seus pare. O tema comum, 
extraído do cotidiano, integra e promove a interação de pessoas, áreas, disciplinas, 
produzindo um conhecimento mais amplo e coletivizado. As leituras, descrições, 
interpretações e análises diferentes do mesmo objeto de trabalho permitem a 
elaboração de um outro saber, que busca um entendimento e uma compreensão do 
ambiente por inteiro. 
Porém, essa interação não deve ser buscada apenas em nível de integração 
de conteúdos, mas sim em nível de integração de conhecimentos parciais, 
específicos como os acima, buscando sempre uma visão de conhecimento local e 
global. 
A Interdisciplinaridade pressupõe basicamente: 
(...) uma intersubjetividade, não pretende a construção de uma 
superciência, mas uma mudança de atitude frente ao problema do 
conhecimento, uma substituição da concepção fragmentária para a unitária 
do ser humano. (FAZENDA, 2002, p. 40). 
A Interdisciplinaridade é um termo utilizado para: 
(...) caracterizar a colaboração existente entre disciplinas diversas ou entre 
setores heterogêneos de uma mesma ciência (Exemplo: Psicologia e seus 
diferentes setores: Personalidade, Desenvolvimento Social etc.). 
Caracteriza-se por uma intensa reciprocidade nas trocas, visando um 
enriquecimento mútuo. (FAZENDA, 2002, p. 41). 
A abordagem interdisciplinar pretende superar a fragmentação do 
conhecimento. Entretanto, esse é um importante viés a ser perseguido pelos 
educadores ambientais, onde se permite, pela compreensão mais globalizada do 
ambiente, trabalhar a interação em equilíbrio dos seres humanos com a natureza. 
Para Cascino (2000), lutar por uma Educação Ambiental que considere 
comunidade, política e transformação, preservação dos meios naturais, aspirações 
dos grupos, que consolide lutas efetivas na direção da diversidade, em todos os 
níveis e em todos os tipos de vida do planeta, é, indiscutivelmente, a luta por uma 
nova Educação Ambiental. 
Dentro da generalização do discurso educacional presente na sociedade, 
escolher a concepção de educação que referenciará a prática educativa e 
interdisciplinar é uma decisão eminentemente política a ser tomada pelos 
educadores: 
(...) a educação ambiental deve ser uma concepção totalizadora de 
educação e que é possível quando resulta de um projeto político 
pedagógico orgânico, construído coletivamente na interação escola e 
comunidade, e articulado com os movimentos populares organizados 
comprometidos com a preservação da vida em seu sentido mais profundo. 
(GARCIA apud GUIMARÃES, 2000, p. 68). 
Em Educação Ambiental, sempre se disse que o fundamento para o 
desenvolvimento de toda prática é sua característica interdisciplinar. Tal afirmação 
correta, está fundada na análise de seu percurso histórico, inclusive como um 
poderoso instrumento para rever as práticas educacionais mais tradicionais. 
Torna-se necessário pensar a Educação Ambiental/Interdisciplinaridade, em 
termos de processo de formação total do homem como agente ambiental, onde é 
preciso sempre partir de um referencial seguro, galgado no suporte Teórico/Prático. 
A Educação Ambiental está também interligada ao método interdisciplinar, 
entretanto esse método está compreendido e aplicado numa perspectiva educativa: 
“(...) a Educação Ambiental, como perspectiva educativa, pode estar 
presente em todas as disciplinas, quando analisa temas que permitem 
enfocar as relações entre a humanidade e o meio natural, e as relações 
sociais, sem deixar de lado as suas especificidades.” (REIGOTA, 2001, p. 
25). 
A este respeito a Educação Ambiental e a Interdisciplinaridade, pode e 
deve realmente Constituir/Construir um motor de Transformação/Libertação 
pedagógica, onde, neste sentido, venham a agir como um integrador de criatividade, 
girando em torno desses vetores que questionam, sobretudo e criticam uma 
realidade existente no processo educacional. 
A Educação Ambiental como disciplina integradora nos vários segmentos 
educacionais, pode ser um enriquecedor exercício que antecede a inclusão dessa 
perspectiva nas outras disciplinas clássicas do enfoque curricular. 
Com uma percepção mais totalizadora, a Educação 
Ambiental/Interdisciplinaridade, busca através de apostas metodológicas, informar 
e estimular a percepção dos educadores ambientais, profissionais e pessoas, de 
modo a sensibilizá-los para participar de ações das quais, num exercício pleno de 
cidadania, possam encontrar soluções sustentáveis que assegurem a manutenção 
e elevação da qualidade de vida e da qualidade que o ser humano tem de se 
integrar. 
6 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
Fonte:https://www.ericarusch.com/2019/06/25/ericarusch-meioambiente-direito/ 
É importante destacar de início, que a Carta Magna trouxe grande avanço 
no que toca às questões ambientais, pois foi uma das primeiras constituições do 
mundo a tratar do meio ambiente em capítulo próprio, o que veio a ser feito em 
demais países por meio de emendas, conforme lembra Édis Milaré (2004, p.121), 
ao referir-se às modificações nas Constituições do Chile e Panamá (1972), 
Iugoslávia (1974), Portugal (1976), e Espanha (1978). 
Foi necessária uma longa espera para que surgisse, na seara nacional, 
regulamentação expressa da matéria. A norma do art. 225 §1°, VI, da CRFB/88 é 
de eficácia plena, e por isso, independente de regulamentação legal, tem-se que 
desde a previsão pela Lei Maior, a Educação Ambiental já tinha se inserido como 
assunto relevante no ensino, apesar da inexistência de previsões específicas e 
maior regulamentação no âmbito federal. 
Assim, a Constituição Federal de 1988, dentro do “Título VIII – Da ordem 
social”, o capítulo VI específico sobre o tema, denominado “Do Meio Ambiente”, em 
seu art. 225. Entendendo-se por “meio ambiente” como “o conjunto de condições, 
leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, 
abriga e rege a vida em todas as suas formas” (art. 3º, da Lei n. 6.938/81). 
A Constituição Federal (1988, p. 103), Art. 225, prevê que toda a coletividade 
tem responsabilidade na proteção do meio ambiente, visando garantir seu equilíbrio 
ecológico com “qualidade de vida a todos os seres vivos”, dando sustentação para 
o meio ambiente se recompor em caso de degradação. “Cabe ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras 
gerações” (art. 5º da Constituição Federal). 
O § 1º, I ao VII da Constituição Federal incumbe ao poder público 
assegurar a efetividade do direito de: 
 I. Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o 
manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II. Preservar a diversidade 
e a integridade do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades 
dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III. Definir, em 
todas as unidades da federação, espaços territoriais e seuscomponentes 
a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão 
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que 
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV. 
Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de 
impacto ambiental, a que se dará publicidade; V. Controlar a produção, a 
comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que 
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI. 
Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII. 
Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que 
coloquem em risco sua função ecológica, provoque a extinção de espécies 
ou submetam os animais à crueldade (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988, 
p. 103.). 
 
Após a previsão constitucional datada de 1988, somente depois de mais de 
10 anos, em 27 de abril de 1999, foi promulgada a Lei 9.795, que é pertinente ao 
assunto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A educação ambiental surgiu com uma ideia conservacionista, de 
preservação do meio ambiente tal como está. Tal ideia foi se modificando e 
agregando questões sociais, humanas e políticas. A evolução dos parâmetros de 
educação ambiental teve seu marco principalmente nas conferências internacionais 
do clima e meio ambiente. As pressões populares durante a Rio+20, por exemplo, 
forçaram instituições governamentais a dar mais atenção às Metas do Milênio. A 
Carta da Terra foi outra iniciativa fortalecida por uma iniciativa de movimento 
popular. 
No Brasil, a educação ambiental ainda é assunto periférico, apesar de seu 
crescimento nas agendas populares. A regulamentação da política de educação 
ambiental municipal da cidade é um dos objetivos previstos pela atual gestão 
A educação deve ser vista não como apenas um meio de repassar 
informações, ela tem a capacidade e postura perante a sociedade. É por meio da 
educação ambiental que alcança o desenvolvimento de uma conscientização com 
foco no interesse do aluno pela preservação ambiental construída de forma 
conjunta. O objetivo maior da educação ambiental é promover no sujeito a adoção 
de uma nova postura em relação ao ambiente em que vive a partir de suas 
experiências pessoais. O processo de orientação educacional é de suma 
importância na vida das pessoas, seja por meio das instituições educacionais seja 
no seio familiar. De forma que o aprendizado passa por um conjunto de interações, 
sejam elas, professor/aluno ou familiar, o mais importante é que as transformações 
aconteçam de forma positiva na vida do sujeito. 
Na leitura da Lei 9.795/99, depreende-se claramente o quanto enfatiza a 
importância do meio ambiente e sua contínua contextualização nos planos da 
educação formal e informal. 
Em que pese a não efetividade de muitas das disposições legais, é 
necessário que os problemas relacionados à Educação Ambiental sejam trazidos à 
tona. 
Dentre eles, o destaque para a transversalidade é dos mais 
imprescindíveis, porque enquanto todos os professores não conseguirem perceber 
a abrangência e importância do meio ambiente, discutindo isso com os alunos, não 
haverá como se falar de um vigoroso processo de conscientização. Por causa da 
necessária reiteração da relevância e ocorrência desse processo é que o legislador, 
sabiamente, preferiu pela contextualização transversal, em vez de inserção do meio 
ambiente em disciplina específica. 
 
 
SAIBA MAIS 
 
A Lei Nº 6.938/1981- Política Nacional do Meio Ambiente no Brasil - tem por 
objetivo: a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à 
vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, 
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. 
A educação ambiental deve ser trabalhada em todos os níveis de ensino, 
inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação 
ativa na defesa do meio ambiente; e complementa em seu artigo quarto que deve 
haver à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação 
da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico. 
Fonte: BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a 
Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e 
aplicação. Brasília, DF. 1981. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 17 abr. 2018. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
Título: Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. 
Sinopse: A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS (Lei nº 12.305/2010) 
estabelece em seu art. 8º um rol de instrumentos necessários para o alcance dos 
objetivos da política, sendo que os planos de resíduos sólidos são um dos 
principais e mais importantes instrumentos, podendo ser elaborados a nível 
nacional, estadual, microrregional, de regiões metropolitanas ou aglomerações 
urbanas, intermunicipal, municipal, bem como a nível dos geradores descritos no 
art. 20. 
Link: Disponível em: http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-
solidos/instrumentos-da-politica-de-residuos/planos-municipais-de-gest%C3%A3o-
integrada-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos. Acesso: 15 set. 2019. 
Título: LEI 12.305 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS. 
Sinopse: no final do século passado e no início deste século, uma onda verde 
tomou conta de todo planeta, as pessoas começaram a perceber que os recursos 
naturais estavam se esgotando, é que para ter a preservação da vida na terra é 
preciso à preservação do meio ambiente, no início as discussões eram calorosas 
e o poder público não deu a devida importância ao tema, mas o que poderia 
causar um esfriamento na divulgação do assunto foi na verdade um combustível, 
para que a onda verde movimentasse o mundo. 
Tratar o meio ambiente em tempos atuais virou moda, mas nem sempre foi 
assim, após muitos protestos e prejuízos ambientais comprovados é que o poder 
público e a iniciativa privada começaram a se movimentar e a abrir os olhos para 
essa questão. Outrossim, defender o meio ambiente significou por muitos tempos 
desaceleração da economia, embora este pensamento ainda persista, é notável que 
muitas indústrias já perceberam que ser sustentável gera uma boa imagem frente 
aos consumidores de seus produtos, o que de fato gera lucros e atrai a cada dia um 
número maior de consumidores. 
Link:Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/lei-12305-
pol%C3%ADtica-nacional-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos. Acesso: 15 jul. 
2018.Acesso: 15 set. 2019. 
FILME/VÍDEO 
Título: História e contexto da educação ambiental. 
Sinopse: Lutas de convencimento das pessoas em relação a o meio ambiente 
através do processo educativo. Busca pela consciência ambiental e conservação e 
preservação da natureza. 
Ano: 2017. 
Link: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Z1dTem-OhKU.Acesso 
02 set.2019. 
FILME/VÍDEO 
 
Título: Educação Ambiental - Aula 3: Concepções de Educação ambiental. 
 
Sinopse: formas de trabalhar educação ambiental. Educação ambiental de aspecto 
ambiental no sentido cognitivo, sobre o ambiente, que informa sobre os elementos 
da natureza. A Educação ambiental afetiva busca educação ambiental no ambiente, 
sensações sobre ecoturismo, paisagem que leva a sensibilização através da 
emoção, mostrando a realidade. E a educação ambiental participativa para o 
ambiente, trabalhando para a construção de políticas públicas que possibilite melhor 
qualidade de vida. 
 
Ano:2018. 
 
Link: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YLqVMjmd6xM. Acesso 
02 set.2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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Ed. Zahar, 2002. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. Ed. Cultrix. 
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docência. In: Gicele C, Rita R, organizadores. Docência Universitária: concepções, 
experiências e dinâmicas de investigação. Xanxerê: Meta Editora; 2014. p. 21-8 
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promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 446 p. 
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e 
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27.833-27.841, 23 de dezembro de 1996. 
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o 
Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1997. 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares 
nacionais: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: 
MEC/SEF, 1998, 138 p. 
BRASIL, Lei 9.795 de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a educação ambiental, 
institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências, 
disponível em HTTP://www.planalto.gov.br último acesso em: 22 mai. 2018. 
BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional 
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Brasília, 
DF. 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. 
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Chosica/Peru (1976). 
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FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: 
efetividade ou ideologias. 5.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002. 
 
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LINHARES, M. T. M. L.; PIEMONTE, M. N. Meio ambiente e educação ambiental à 
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MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. 
PEREIRA, Pedro H. S. &TERZI, Alex M. Filosofia e Educação Ambiental: o desafio 
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Pedro H. S. (org. et. al.). Atas da XI Semana de Filosofia da UFSJ. São João del-
Rei: SEGRA, 2009. ISBN: 978-85-88414-49-5. 
 
Política de águas e Educação Ambiental: processos dialógicos e formativos em 
planejamento e gestão de recursos hídricos / Ministério do Meio Ambiente. 
Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano; (organização) Franklin de 
Paula Júnior e Suraya Modaelli. - Brasília: MMA, 2011. 120 p. 
 
REIGOTA, M. O que é educação ambiental. 1.ed. São Paulo: Brasiliense, 2001. 
 
SÉGUIN. Elida. O Direito Ambiental: nossa casa planetária. Rio de janeiro: 
Forense, 200. P.67. 
 
TAGLIEBER, J. E. Reflexões sobre a formação docente e a educação ambiental. 
In: ZAKRZEVSKI, S. B; BARCELOS, V. (Org.). Educação ambiental e 
compromisso social: pensamentos e ações. 1. ed. Erechim, RS: Edifapes, 2004. 
TUNDISI, J. G. Novas perspectivas para a gestão de recursos hídricos. Revista 
USP, São Paulo, n.70, p.24-35, 2006. 
 
UNIDADE IV - EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
Professora Me. Sônia Maria Crivelli Mataruco 
 
 
Plano de Estudo: 
Demonstrar que a sustentabilidade é um processo público e participativo que propõe 
o planejamento e a implementação de políticas por meio da mobilização de 
cidadãos e cidadãs. Para isso, são necessárias estratégias, planos e políticas 
específicas em cada localidade em que a agenda for aplicada. Compreender a 
diferença entre crescimento e desenvolvimento, e a necessidade de antes de 
qualquer planejamento e ação para o desenvolvimento deve-se pensar na 
sustentabilidade econômica, social e ambiental. A importância da Educação 
ambiental para esse processo. 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
Contribuir de forma significante na compreensão do conceito de desenvolvimento e 
como a transição para sustentabilidade, entendendo o que as dimensões e os 
objetivos do desenvolvimento sustentável proporcionam para uma sociedade. E 
através da Educação ambiental a sustentabilidade possa tornar uma prática diária 
proporcionando melhoria de qualidade da vida do homem e de todos os seres vivos 
na Terra e ao mesmo tempo respeitando a capacidade de produção dos 
ecossistemas nos quais vivemos. 
 
 
Plano de Estudo: 
1. Agenda 21 global e biodiversidade 
2. Conceito de desenvolvimento sustentável 
3- As dimensões do desenvolvimento sustentável; 
4- Gerenciamento dos resíduos sólidos 
 
INTRODUÇÃO 
 
A Agenda 21 é sem dúvida um dos grandes legados da Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de 
Janeiro em junho de 1992 que sistematiza um plano de ações com o objetivo de 
alcançar o desenvolvimento sustentável. 
Durante dois anos governos e entidades de diversos países contribuíram 
com propostas para a criação deste plano de ações para concretizar o ideal de 
desenvolver sem agredir ao meio ambiente. 
A inovação trazida por essa agenda foi colocar em primeira ordem o que 
geralmente costumava ficar sempre em último lugar quando o assunto era 
desenvolvimento: o meio ambiente. Até então, todas as políticas de 
desenvolvimento visavam sempre o crescimento econômico legando ao último lugar 
a preocupação com o futuro ambiental do planeta, isso quando ainda se atribuía 
alguma preocupação a este assunto. 
A partir de então, 179 países assumiram o compromisso de contribuir para 
a preservação do meio ambiente. 
A Agenda 21 é um instrumento de planejamento participativo onde se admite 
de forma explícita a responsabilidade dos governos em impulsionar programas e 
projetos ambientais através de políticas que visam a justiça social e a preservação 
do meio ambiente e deve ser implementada tanto pelos governos quanto pela 
sociedade, concretizando o lema da ECO92: “pensar globalmente, agir 
localmente”. 
Ao todo 179 países participaram da Rio 92 acordaram e assinaram a Agenda 
21 Global, um programa de ação baseado num documento de 40 capítulos, que 
constitui a mais abrangente tentativa já realizada de promover, em escala 
planetária, um novo padrão de desenvolvimento, denominado “desenvolvimento 
sustentável”. O termo “Agenda 21” foi usado no sentido de intenções, desejo de 
mudança para esse novo modelo de desenvolvimento para o século XXI. 
 
1 AGENDA 21 GLOBAL E BIODIVERSIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Brasil, Ministério do Meio Ambiente – MMA. Agenda 21 brasileira. Resultado e avaliações. 
Erick Aguiar Coord. 1. ed. Brasília: 2002, 87 p. 
Agenda 21 brasileira. Resultado e avaliações Ministério do Meio Ambiente – MMA.2002. Disponível 
em:http://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/963/1/Agenda%2021%3A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%
20e%20resultados.pdf 
 
A Agenda 21 Global foi o Documento assinado em 14 de junho de 1992, no 
Rio de Janeiro, por 179 países, resultado da Conferência das Nações Unidas sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92, podendoser definida como um 
instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em 
diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça 
social e eficiência econômica. 
Organizada por grupos temáticos em 40 capítulos, divididos em 4 seções, 
onde são apontadas as bases para ações, os objetivos, as atividades e os meios de 
implementação de planos, programas e projetos direcionados à melhoria da 
qualidade de vida e às questões relativas à conservação e gestão de recursos para 
o desenvolvimento sustentável. 
Com as experiências aprendidas com construção da agenda 21, são de 
grande utilidade para a consecução dos Objetivos Desenvolvimento do Milênio - 
ODM. Essas lições decorrem do fato da Agenda 21 funcionar como canal para 
envolver a sociedade, o que pode propiciar maior participação na consecução dos 
ODM; contribuir para agregar conceitos à aferição das Metas e à avaliação de 
tendências no horizonte de longo prazo; ajudar, por ter mais amplitude, na 
adaptação/adoção de Metas e indicadores apropriados à cada realidade e 
Contribuir, avaliando se o que se faz para os ODM está no caminho da 
sustentabilidade do desenvolvimento. 
A agenda está organizada em seções e capítulos, onde trata das dimensões 
sociais e econômicas, onde são discutidas, as políticas internacionais que podem 
ajudar a viabilizar o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento; 
as estratégias de combate à pobreza e à miséria; a necessidade de introduzir 
mudanças nos padrões de produção e consumo; as inter-relações entre 
sustentabilidade e dinâmica demográfica; e as propostas para a melhoria da saúde 
pública e da qualidade de vida dos assentamentos humanos. 
A Agenda 21 aponta os graves problemas por que passa a humanidade e 
faz uma conclamação a todas as nações para se unirem em prol do 
desenvolvimento sustentável. Adverte para o fato de que o êxito da sua execução 
é da responsabilidade dos Governos, e para concretizá-la são cruciais as 
estratégias, os planos, as políticas e os processos nacionais, sendo que a 
cooperação internacional deverá complementar e apoiar esses esforços. O sistema 
da ONU e outras organizações internacionais devem desempenhar um papel 
importante nessa cooperação. A participação pública e o envolvimento das ONGs 
(Organizações Não-Governamentais) devem ser estimulados. 
Relata a importância da cooperação internacional para acelerar o 
desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento e políticas internas 
correlatas. 
Enfatiza o combate à pobreza, buscando a capacitação dos pobres para a 
obtenção de meios de subsistência sustentáveis. No capítulo 4 demonstra a 
importância de buscar mudança dos padrões de consumo. 
Trata da Dinâmica demográfica e sustentabilidade, fazendo exame dos 
padrões insustentáveis de produção e consumo e estabelecendo a importância de 
desenvolvimento de políticas e estratégias nacionais para estimular mudanças nos 
padrões insustentáveis de consumo. 
Fala da Proteção e promoção das condições da saúde humana, enfatizando 
a satisfação das necessidades de atendimento primário da saúde, especialmente 
nas zonas rurais; controle das moléstias contagiosas; proteção dos grupos 
vulneráveis; o desafio da saúde urbana e redução dos riscos para a saúde 
decorrentes da poluição e dos perigos ambientais. 
Trata da promoção do desenvolvimento sustentável dos assentamentos 
humanos: promover a existência integrada de infraestrutura ambiental: água, 
saneamento, drenagem e manejo de resíduos sólidos; promover sistemas 
sustentáveis de energia e transporte nos assentamentos humanos; promover o 
planejamento e o manejo dos assentamentos humanos localizados em áreas 
sujeitas a desastres e promover atividades sustentáveis na indústria da construção. 
Para finalizar a primeira seção o capítulo 8: Integração entre meio ambiente 
e desenvolvimento na tomada de decisões. 
Já a seção II trata da conservação e gerenciamento dos recursos para o 
desenvolvimento possui 14 capítulos e diz respeito ao manejo dos recursos naturais 
(incluindo solos, água, mares e energia) e de resíduos e substâncias tóxicas de 
forma a assegurar o desenvolvimento sustentável. Em seu capítulo 9 trata da 
proteção da atmosfera. No capítulo 10: Abordagem integrada do planejamento e do 
gerenciamento dos recursos terrestres relata a abordagem integrada do 
planejamento e do gerenciamento dos recursos terrestres. 
Relata a importância do combate ao desfloramento - estabelecimento e/ou 
fortalecimento das capacidades de planejamento, avaliação e acompanhamento de 
programas, projetos e atividades da área florestal, ou conexos, inclusive comércio 
e operações comerciais. 
Em seu capítulo 12: Manejo de ecossistemas frágeis: a luta contra a 
desertificação e a seca entre outros estabelece o fortalecimento da base de 
conhecimentos e desenvolvimento de sistemas de informação e monitoramento 
para regiões propensas à desertificação e seca, sem esquecer os aspectos 
econômicos e sociais desses ecossistemas e o combate à degradação do solo por 
meio da intensificação das atividades de conservação do solo, florestamento e 
reflorestamento. 
Capítulo 13: Gerenciamento de ecossistemas frágeis: desenvolvimento 
sustentável das montanhas - geração e fortalecimento dos conhecimentos relativos 
à ecologia e ao Desenvolvimento Sustentável dos ecossistemas das montanhas e 
promoção do desenvolvimento integrado das bacias hidrográficas e de meios 
alternativos de subsistência. 
No capítulo 14: Promoção do desenvolvimento rural e agrícola sustentável 
relata a importância em rever, planejamento e programação integrada da política 
agrícola à luz do aspecto multifuncional da agricultura em especial no que diz 
respeito à segurança alimentar e ao Desenvolvimento Sustentável- obtenção da 
participação popular e promoção do desenvolvimento de recursos humanos para a 
agricultura sustentável e melhoria na produção agrícola e dos sistemas de cultivo 
por meio da diversificação do emprego não agrícola e do desenvolvimento da 
infraestrutura. 
No capítulo 15: Conservação da diversidade biológica - conservação da 
diversidade biológica. 
Capítulo 16: Manejo ambientalmente saudável da biotecnologia - aumento 
da disponibilidade de alimentos, forragens e matérias-primas renováveis; melhoria 
da saúde humana; aumento da proteção do meio ambiente e aumento da segurança 
e desenvolvimento de mecanismos de cooperação internacional. 
Capítulo 17: Proteção dos oceanos, de todos os tipos de mares – inclusive 
mares fechados e semifechados – e das zonas costeiras, e proteção, uso racional 
e desenvolvimento de seus recursos vivos - gerenciamento integrado e 
desenvolvimento sustentável das zonas costeiras, inclusive zonas econômicas 
exclusivas e entre outros a proteção do meio ambiente marinho e uso sustentável e 
conservação dos recursos marinhos vivos de alto-mar. 
Capítulo 18: Proteção da qualidade e do abastecimento dos recursos 
hídricos: aplicação de critérios integrados no desenvolvimento, manejo e uso dos 
recursos hídricos - desenvolvimento e manejo integrado dos recursos hídricos; 
avaliação dos recursos hídricos; proteção dos recursos hídricos, da qualidade da 
água e dos ecossistemas aquáticos; abastecimento de água potável e saneamento; 
água e desenvolvimento urbano sustentável; água para produção sustentável de 
alimentos e desenvolvimento rural sustentável; impactos da mudança do clima 
sobre os recursos hídricos. 
Capítulo 19: Manejo ecologicamente saudável das substâncias químicas 
tóxicas, incluída a prevenção do tráfico internacional ilegal dos produtos tóxicos e 
perigosos-expansão e aceleração da avaliação internacional dos riscos químicos; 
harmonização da classificação e da rotulagem dos produtos químicos; intercâmbio 
de informações sobre os produtos químicos tóxicos e os riscos químicos; 
implantação de programas de redução dosriscos; fortalecimento das capacidades 
e potenciais nacionais para o manejo dos produtos químicos; prevenção do tráfico 
internacional ilegal dos produtos tóxicos e perigosos. 
Capítulo 20: Manejo ambientalmente saudável dos resíduos sólidos e 
questões relacionadas do tráfico internacional ilícito de resíduos perigosos - 
promoção da prevenção e redução ao mínimo dos resíduos perigosos e promoção 
e fortalecimento da cooperação internacional para o manejo dos movimentos 
transfronteiriços de resíduos perigosos; além da prevenção do tráfico internacional 
ilícito de resíduos perigosos. 
Capítulo 21: Manejo ambientalmente saudável dos resíduos sólidos e 
questões relacionadas com os esgotos proteção da qualidade e da oferta dos 
recursos de água doce. 
Capítulo 22: Manejo seguro e ambientalmente saudável dos resíduos 
radioativos. - promoção do manejo seguro e ambientalmente saudável dos resíduos 
radioativos. 
Na seção III relata o fortalecimento do papel dos grupos principais - aborda 
as ações necessárias para promover a participação, nos processos decisórios, de 
alguns dos segmentos sociais mais relevantes. O compromisso e a participação 
genuína de todos os grupos sociais terão uma importância decisiva na 
implementação eficaz dos objetivos, das políticas e dos mecanismos ajustados 
pelos Governos em todas as áreas de programas da Agenda 21. Como pré-requisito 
fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável, fica estabelecida a 
ampla participação da opinião pública na tomada de decisões. Portanto, a 
necessidade de uma sociedade consciente exige que se preparem indivíduos, 
grupos e organizações para participarem em procedimentos de avaliação do 
impacto ambiental, bem como conhecer e participar das decisões, principalmente 
aquelas que possam vir a afetar as comunidades nas quais vivem e trabalham. 
Os próximos capítulos estão estruturados de forma a avançar na direção de 
uma autêntica participação pública em apoio aos esforços comuns pelo 
desenvolvimento sustentável. O capítulo 23 traz em seu preâmbulo o compromisso 
e a participação de todos os grupos sociais são de fundamental importância na 
implementação dos objetivos da Agenda 21. 
Indivíduos, grupos e organizações devem ter acesso à informação 
pertinente ao meio ambiente e desenvolvimento, detidas pelas autoridades 
nacionais. 
Toda política, definição ou norma que afete o acesso das ONGs ao trabalho 
das instituições e organismos das Nações Unidas relacionado com a implantação 
da Agenda 21, ou a participação dela neste trabalho, deve aplicar-se igualmente a 
todos os grupos importantes. 
No capítulo 24: Ação mundial pela mulher, com vistas a um 
desenvolvimento sustentável e equitativo, o foco está no endosso estabelecido pela 
Comunidade Internacional, quanto aos vários planos de ação, e convenções que 
permitem a integração plena, equitativa e benéfica da mulher em todas as atividades 
relativas ao desenvolvimento. O objetivo é propor aos Governos nacionais a 
implementação de estratégias prospectivas para o progresso da mulher, 
particularmente em relação à participação da mulher no manejo nacional dos 
ecossistemas e no controle da degradação ambiental. Ao lado disso, pretende-se 
aumentar a proporção de mulheres nos postos de decisão, planejamento, 
assessoria técnica, manejo e divulgação no campo de meio ambiente e 
desenvolvimento. 
Os Governos devem se dedicar ativamente a implementar as atividades 
elencadas pela Agenda 21, entre elas: 
 Medidas para examinar políticas e estabelecer planos a fim de aumentar a 
proporção de mulheres que participem como responsáveis pela tomada de 
decisões, planejadoras, gerentes, cientistas e assessoras técnicas na 
formulação, no desenvolvimento e na implementação de políticas e 
programas para o desenvolvimento sustentável; 
 Medidas para fortalecer e dar poderes a organismos, organizações não 
governamentais e grupos femininos a fim de aumentar o fortalecimento 
institucional para o desenvolvimento sustentável; 
 Programas para apoiar e aumentar as oportunidades de emprego em 
condições de igualdade e remuneração equitativa da mulher nos setores 
formal e informal, com sistemas e serviços de apoio econômico, político e 
sociais adequados que compreendam o cuidado das crianças, em particular 
creches e licença para os pais, e acesso igual a crédito, terra e outros 
recursos naturais. 
Capítulo 25: A infância e a juventude no desenvolvimento sustentável - 
promoção do papel da juventude e de sua participação ativa na proteção do meio 
ambiente e no fomento do desenvolvimento econômico e social; e a criança no 
desenvolvimento sustentável. 
Capítulo 26: Reconhecimento e fortalecimento do papel das populações 
indígenas e suas comunidades - as populações indígenas e suas comunidades, que 
representam um percentual significativo da população mundial, têm uma relação 
histórica com suas terras e, em geral, descendem dos habitantes originais dessas 
terras. As populações indígenas e suas comunidades devem desfrutar a plenitude 
dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, sem impedimentos ou 
discriminações. 
Sua capacidade de participar plenamente das práticas de desenvolvimento 
sustentável em suas terras tendeu a ser limitada, em consequência de fatores de 
natureza econômica, social e histórica. 
Tendo em vista a inter-relação entre o meio natural, seu desenvolvimento 
sustentável e o bem-estar cultural, social, econômico e físico das populações 
indígenas, os esforços nacionais e internacionais de implementação de um 
desenvolvimento ambientalmente saudável e sustentável devem reconhecer, 
acomodar, promover e fortalecer o papel das populações indígenas e suas 
comunidades, tomando por base os instrumentos de política pública para 
implementar e aperfeiçoar a Convenção sobre a Diversidade Biológica. 
Capítulo 27: Fortalecimento do papel das organizações não 
governamentais: parceiros para um desenvolvimento sustentável - a democracia 
participativa tem se fortalecido com o papel que as organizações não-
governamentais vêm desempenhando, na modelagem e implementação. A sua 
credibilidade está sustentada sobre o papel responsável e construtivo que 
desempenham na sociedade. As organizações formais e informais, bem como os 
movimentos populares, devem ser reconhecidas como parceiras na implementação 
da Agenda 21. A comunidade mundial vem enfrentando um grande desafio na busca 
da substituição dos padrões de desenvolvimento insustentável por um 
desenvolvimento ambientalmente saudável e sustentável. 
O objetivo é fazer com que a sociedade, os Governos e os organismos 
internacionais desenvolvam mecanismos para permitir que as organizações não 
governamentais desempenhem seu papel de parceiras com responsabilidade e 
eficácia no processo de desenvolvimento sustentável e ambientalmente saudável. 
Capítulo 28: Iniciativas das autoridades locais em apoio à Agenda 21 - como 
muitos dos problemas e soluções tratados na Agenda 21 têm suas raízes nas 
atividades locais é necessário o envolvimento das autoridades das próprias regiões 
nos processos de planejamento. Como nível de governo mais próximo do povo, 
desempenham um papel fundamental na educação, mobilização e resposta ao 
público, em favor de um desenvolvimento sustentável. Deve-se fomentar parceria 
entre órgãos internacionais com o objetivo de melhorar e ampliar as instituições já 
existentes que trabalham nos campos da capacitação institucional e técnica das 
autoridades locais e no manejo do meio ambiente. Todas as autoridades locais de 
cada país devem ser estimuladas a implementar e movimentar programas a 
assegurar a representação da mulher e da juventude nos processos de tomada de 
decisões, planejamento e implementação. O intercâmbio de informações, 
experiências e assistência técnica deve ser incentivado. 
Capítulo 29: Fortalecimento do papel dos Trabalhadores e de seus sindicatos 
- paraa implementação do desenvolvimento sustentável, cabe o envolvimento e 
ajustes de oportunidades aos níveis nacionais e empresariais e à classe dos 
trabalhadores, que estará entre os primeiros interessados. O objetivo é abrandar a 
pobreza e o emprego pleno e sustentável, que contribui para ambientes seguros, 
limpos e saudáveis. 
Para esse fim são necessárias as seguintes ações: 
 Promover a ratificação das convenções da OIT (Organização Internacional 
do Trabalho) e a promulgação de legislações em apoio a elas; 
 Estabelecer mecanismos bipartites e tripartites sobre segurança, saúde e 
desenvolvimento sustentável; 
 Aumentar o número de acordos ambientais coletivos; 
 Reduzir os acidentes, ferimentos e moléstias do trabalho; 
 Aumentar a oferta de educação, capacitação e atualização para os 
trabalhadores, em particular nas áreas de saúde e segurança. 
Os trabalhadores devem ser envolvidos a participar plenamente da 
implementação e avaliação das atividades relacionadas com a Agenda 21. 
Capítulo 30: Fortalecimento do papel do comércio e da indústria- para o 
desenvolvimento econômico e social de um país, o papel do comércio e da indústria 
é de fundamental importância. O objetivo principal do processo de desenvolvimento 
é, sem dúvida, o resultado das atividades do comércio e da indústria. As empresas 
comerciais, grandes e pequenas, formais e informais, proporcionam oportunidades 
importantes de intercâmbio, emprego e subsistência. As oportunidades comerciais 
disponíveis para a mulher estão contribuindo para o desenvolvimento profissional 
dela, fortalecendo seu papel econômico e transformando os sistemas sociais. O 
comércio e a indústria, inclusive as empresas transnacionais e suas organizações 
representativas, devem participar plenamente da implementação e avaliação das 
atividades da Agenda 21. O objetivo é aumentar a eficiência da utilização de 
recursos, inclusive com o aumento da reutilização e reciclagem de resíduos. 
Como área de programas, fica estabelecido o que segue: 
 Promoção de uma população mais limpa; 
 Promoção da responsabilidade empresarial. 
 
Capítulo 31: A comunidade científica e tecnológica -melhoria da comunicação 
e cooperação entre a comunidade científica e tecnológica, os responsáveis por 
decisões e o público e promoção de códigos de conduta e diretrizes relacionados 
com ciência e tecnologia. 
Capítulo 32: Fortalecimento do papel dos agricultores - um terço da superfície 
da Terra é ocupada pela agricultura, que constitui a atividade central de grande 
parte da população mundial. As atividades agrícolas estão intimamente ligadas com 
a natureza, agregando valor por meio da produção de recursos renováveis, ao 
mesmo tempo em que se tornam vulneráveis à exploração excessiva e ao manejo 
inadequado. A área de programa traz como proposta uma abordagem centrada no 
agricultor, que é a chave para alcançar a sustentabilidade tanto nos países 
desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. O ponto fundamental é a 
motivação dos agricultores, e as políticas governamentais que proporcionam 
incentivos para que sejam gerenciados recursos naturais de maneira eficiente e 
sustentável. 
Os trabalhos da Agenda 21 contemplam também o desenvolvimento 
sustentável das populações que vivem em ecossistemas marginais e frágeis. Os 
Governos e as organizações de agricultores têm o papel de criar mecanismos para 
documentar, sintetizar e difundir experiências locais de conhecimentos, práticas e 
projetos. Também o estabelecimento de redes, visando ao intercâmbio de 
experiências relacionadas com a agricultura, que ajudem a conservar os recursos 
do solo, hídricos e florestais, a reduzir ao mínimo o uso de produtos químicos e 
reduzir ou reutilizar os resíduos agrícolas. 
A seção IV: Meios de Implementação, discorre sobre mecanismos financeiros 
e instrumentos jurídicos nacionais e internacionais existentes e a serem criados, 
com vistas à implementação de programas e projetos orientados para a 
sustentabilidade. 
Capítulo 33: Recursos e mecanismos de financiamento - o foco deste capítulo 
está na identificação de meios que proporcionam recursos financeiros novos e 
adicionais, principalmente para os países em desenvolvimento. A Agenda 21 
trabalha em torno do crescimento econômico, do desenvolvimento social e da 
erradicação da pobreza, como prioridades absolutas dos países em 
desenvolvimento, que são essenciais para alcançar os objetivos nacionais e 
mundiais de sustentabilidade. 
Capítulo 34: Transferência de tecnologia ambientalmente saudável, 
cooperação e fortalecimento institucional - a necessidade de acesso a tecnologias 
ambientalmente saudáveis e de sua transferência em condições favoráveis é de 
grande importância. A cooperação tecnológica supõe esforços comuns das 
empresas e dos Governos, ambos provedores e receptores de tecnologia. As 
disponibilidades de informação científicas e tecnológicas são requisitos essenciais 
para o desenvolvimento sustentável. O provimento de informação adequada sobre 
os aspectos ambientais das tecnologias atuais tem dois componentes inter-
relacionados, ou seja, aperfeiçoar a informação sobre as tecnologias atuais e as 
mais modernas, inclusive sobre seus riscos ambientais, e facilitar o acesso às 
tecnologias ambientalmente saudáveis. O objetivo principal de um melhor acesso à 
informação tecnológica é permitir escolhas com conhecimento de causa que 
facilitem aos países o acesso ou a transferência de tecnologias e o fortalecimento 
de suas capacidades tecnológicas. 
Capítulo 35: A ciência para o desenvolvimento sustentável - fortalecimento 
da base científica para o manejo sustentável - aumento do conhecimento científico; 
melhora da avaliação científica de longo prazo; aumento das capacidades e 
potenciais científicos. 
Capítulo 36: Promoção do ensino, da conscientização e do treinamento - 
agenda 21 não poderia deixar de contemplar uma área de programa de fundamental 
importância para o desenvolvimento do ser humano. E por meio do processo de 
ensino, conscientização e treinamento que procuramos satisfazer as necessidades 
básicas, o fortalecimento institucional e técnico, dados e informações, ciência e 
papel dos principais grupos. As áreas de programas deste capítulo tratam da: 
 Reorientação do ensino no sentido do desenvolvimento sustentável; 
 Aumento da consciência pública; 
 Promoção do treinamento. 
Capítulo 37: Mecanismos nacionais e cooperação Internacional para 
fortalecimento institucional nos países em desenvolvimento. 
Este capítulo nos mostra como desenvolver e melhorar as capacidades 
nacionais e as sub-regionais e regionais conexas de desenvolvimento sustentável, 
com a participação dos setores não-governamentais. O programa tem como foco a 
prestação de apoio por meio de promoção de um processo constante de 
participação para determinar as necessidades e prioridades dos países, 
relacionadas com a promoção da Agenda 21. É de grande importância o 
desenvolvimento dos recursos humanos, técnicos, profissionais, e o 
desenvolvimento das capacidades institucionais na agenda dos países, assim como 
a melhoria da eficácia das instituições existentes e das organizações não 
governamentais, inclusive das instituições científicas e tecnológicas. 
Capítulo 38: Arranjos institucionais internacionais, tem como objetivo a 
integração das questões de meio ambiente e desenvolvimento nos planos nacional, 
sub-regional, regional e internacional, inclusive nos arranjos institucionais do 
sistema das Nações Unidas. Como objetivo específico, foram elencados: 
 Assegurar e examinar a implementação da Agenda 21 de forma a alcançar 
o desenvolvimento sustentável em todos os países; 
 Realçar o papel e funcionamento do sistema das Nações Unidas no campo 
do meio ambiente e desenvolvimento. 
 Todos os organismos, organizações e programas pertinentes do sistema 
devem adotar programas concretos para a implementação daAgenda 21. E, 
em suas respectivas áreas de competência, devem proporcionar orientação 
para as atividades das Nações Unidas ou assessoramento aos Governos, 
quando solicitado. 
No capítulo 39: Instrumentos e mecanismos jurídicos internacionais - deve-
se levar em consideração o avanço do desenvolvimento do Direito Internacional 
para o desenvolvimento sustentável, com especial atenção para o delicado 
equilíbrio entre as preocupações com o meio ambiente e com o desenvolvimento. 
Também há necessidade de esclarecer e reforçar a relação entre instrumentos ou 
acordos internacionais existentes no campo do meio ambiente. Deve-se considerar 
sempre as necessidades especiais dos países em desenvolvimento. 
Conforme descrito no documento da Agenda 21 da Conferência das Nações 
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 2001, no capítulo 40 são descritos 
as informação para a tomada de decisões - no desenvolvimento sustentável, cada 
pessoa é usuária e provedora de informação, considerada em sentido amplo, o que 
inclui dados, informações e experiências de conhecimentos adequadamente 
apresentados. A necessidade de informação surge em todos os níveis, desde o de 
tomada de decisões superiores, nos planos nacional e internacional, ao comunitário 
e individual. As áreas de programas buscam desenvolver as seguintes questões: 
redução das diferenças em matéria de dados e melhoria de disponibilidade da 
informação. 
 
Fonte: SENADO FEDERAL. Agenda 21 - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento. 3.ed. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições, 2001. 598 p. 
Agenda 21 global. Disponível em: 
http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/agenda21/Agenda_21_Global_Sintese.pdf. 
Adaptado. Acesso 22 set.2019 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
 A Agenda enumera os objetivos a serem atingidos pelas sociedades para 
atingir a sustentabilidade: 
Parceria e conscientização: a Agenda 21 é um processo público e 
participativo para o planejamento e a implementação das políticas e ações para o 
desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, ela é um importante instrumento para 
a conscientização ambiental e para a mobilização de cidadãos e cidadãs na 
formulação de políticas, na consolidação da responsabilidade social e no 
fortalecimento dos mecanismos participativos e democráticos. 
Comprometimento com soluções: é um documento que estabeleceu a 
importância de cada país se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a 
forma pela qual governos, empresas, organizações não- governamentais e todos os 
setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas 
socioambientais. 
Definição de prioridades: a Agenda 21 resulta na análise da situação atual 
de um país, Estado, município, região, setor, e planeja o futuro de forma sustentável. 
Este esforço de planejar o futuro gera oportunidades para que as sociedades e os 
governos possam definir prioridades nas políticas públicas. 
Questões social, ambiental e econômica: a Agenda 21 não está restrita 
às questões ligadas à preservação e conservação da natureza, mas sim a uma 
proposta que rompe com o desenvolvimento dominante, onde predomina o 
econômico, dando lugar à sustentabilidade ampliada, que une a Agenda ambiental 
e a Agenda social, ao enunciar a indissociabilidade entre os fatores sociais e 
ambientais e a necessidade de que a degradação do meio ambiente seja enfrentada 
com o problema mundial da pobreza. 
A responsabilidade dos governos: Os governos têm o compromisso e a 
responsabilidade de deslanchar e facilitar o processo de implementação em todas 
as escalas. Além dos Governos, a convocação da Agenda 21 visa mobilizar todos 
os segmentos da sociedade, chamando-os de “atores relevantes” e “parceiros do 
desenvolvimento sustentável”. 
Um processo social: torná-la realidade é antes de tudo um processo social 
no qual todos os envolvidos vão pactuando paulatinamente novos consensos e 
montando uma Agenda possível rumo ao futuro que se deseja sustentável. 
 
 
Fonte: Bezerra, Lima Maria do Carmo; Facchina, Marcia Maria: Ribas, Otto Toledo. Agenda 21 
Brasileira – Resultado da Consulta Nacional, Brasília MMA/PNUD 2002, p156. 
Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/resultcons.pdf 
Acesso: 10 nov.2019 
 
#SAIBA MAIS# 
REFLITA 
Segundo bezerra (2002) a Agenda 21 é um plano de ação formulado 
internacionalmente para ser adotado em escala global, nacional e localmente por 
organizações do sistema das Nações Unidas, pelos governos e pela sociedade civil, 
em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente. Reflete um 
consenso mundial e compromisso político, que estabelece um diálogo permanente 
e construtivo inspirado na necessidade de atingir uma economia em nível mundial 
mais eficiente e equitativa. Constitui a mais abrangente tentativa já realizada de 
orientação para um novo padrão de desenvolvimento no século 21, cujo alicerce é 
a sinergia da sustentabilidade ambiental, social e econômica, perpassando em 
todas as suas ações propostas. A Agenda 21 segue o princípio de “Pensar 
globalmente, agir localmente”. 
Fonte: Bezerra, Lima Maria do Carmo; Facchina, Marcia Maria: Ribas, Otto Toledo. Agenda 21 
Brasileira – Resultado da Consulta Nacional, Brasília MMA/PNUD 2002, p156. 
Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/resultcons.pdf 
Acesso: 10 nov.2019 
 
#REFLITA# 
 
 
 
 
2. CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério do Meio Ambiente. Agenda 21 
brasileira. Avaliações e resultados. Coordenação Técnica Erick Aguiar; Maura Machado Silva; 
Ricardo Carneiro Novaes (consultor). 2014. Disponível em 
:http://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/963/1/Agenda%2021%3A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20e
%20resultados.pdf . pg 13 
 
Existem diferentes interpretações para o termo desenvolvimento 
sustentável. No entanto, o governo brasileiro adota a definição apresentada no 
documento Nosso futuro comum, publicado em 1987, também conhecido como 
Relatório Bruntland, no qual desenvolvimento sustentável é concebido como “o 
desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. 
O Relatório Bruntland – elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas e presidida pela então 
Primeira-Ministra da Noruega, Gro-Bruntland – faz parte de uma série de iniciativas, 
anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de 
desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações 
em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos 
naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório 
aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de 
produção e consumo vigentes. O ser humano desde a sua existência busca 
transformar os recursos naturais a seu favor, pois desenvolver, transformar, 
progredir faz parte da sua natureza. Entretanto ao longo da história o próprio 
conceito de desenvolvimento tem sofrido diversas alterações. Quando falávamos 
em crescimento econômico entendíamos que estávamos desenvolvendo, e nem se 
quer imaginávamos que uma simples palavra como desenvolvimento pudesse 
significar tanto para uma nação como para o meio ambiente. Dizer que uma nação 
cresceu, significa que ela realmente está progredindo, avançando, mas não 
necessariamente significa que está desenvolvendo, pois desenvolvimento engloba 
crescer além do aspecto geográfico, econômico, mas também social, dando 
condições dignas para que a população possa ter moradia, alimento, saúde, lazer, 
educação, etc. Importante ressaltar que o aspecto ambiental nem era comentado, 
neste conceito de desenvolvimento implantado.Entre os indicadores de mensuração 
do crescimentoeconômico, está o Produto Interno Bruto (PIB), que pode ser 
definido como “o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos 
em um país em um dado período de tempo” (SALES, 2013, p.62) nos setores de 
agropecuária, serviços e indústria. 
Dessa forma, quando comparado o PIB de um ano e este é superior ao 
anterior, houve crescimento do país, o oposto, recessão. (PASSOS, 2012). Já o 
conceito de Desenvolvimento Econômico está relacionado à melhoria do bem-estar 
da população. 
Furtado (1983, p. 90) distingue os conceitos de crescimento e 
desenvolvimento da seguinte forma: 
Assim, o conceito de desenvolvimento compreende a idéia de crescimento, 
superando-a. Com efeito: ele se refere ao crescimento de um conjunto de 
estrutura complexa. Essa complexidade estrutural não é uma questão de 
nível tecnológico. Na verdade, ela traduz a diversidade das formas sociais 
e econômicas engendrada pela divisão do trabalho social. Porque deve 
satisfazer às múltiplas necessidades de uma coletividade é que o conjunto 
econômico nacional apresenta sua grande complexidade de estrutura. 
Esta sofre a ação permanente de uma multiplicidade de fatores sociais e 
institucionais que escapam à análise econômica corrente [...] O conceito 
de crescimento deve ser reservado para exprimir a expansão da produção 
real no quadro de um subconjunto econômico. Esse crescimento não 
implica, necessariamente, modificações nas funções de produção, isto é, 
na forma em que se combinam os fatores no setor produtivo em questão. 
(FURTADO, 1983, p.90). 
 
Com a definição dada pelo autor constata-se que o crescimento econômico 
nem sempre garante o desenvolvimento, ou seja, mesmo que haja crescimento na 
geração de riqueza se esta não for distribuída de forma justa, não necessariamente 
trará melhorias na qualidade de vida da população em geral. 
Sachs avalia que: 
“[...]os objetivos do desenvolvimento vão bem além da mera multiplicação 
da riqueza material. O crescimento é uma condição necessária, mas de 
forma alguma suficiente (muito menos é um objetivo em si mesmo), para 
se alcançar à meta de uma vida melhor, mais feliz e mais completa para 
todos.” (SACHS, 2014, p.13). 
 
Para o autor, o termo desenvolvimento sustentável abrange oito dimensões 
da sustentabilidade, pois somente se considera desenvolvimento sustentável 
quando há o atendimento de todas as dimensões: ambiental, econômica, social, 
cultural, espacial, psicológica, política nacional e internacional. 
Brasileiro (2006, p.88) aponta que: 
Embora tenha ocorrido uma evolução sobre o conceito nas últimas 
décadas, a atual busca pelo desenvolvimento continua primando pelo 
crescimento econômico, em primeiro plano, continuando a negligenciar a 
distribuição desigual das riquezas; o agravamento da pobreza e exclusão 
social; a precarização das relações de trabalho; e o esgotamento dos 
recursos naturais. (BRASILEIRO, 2006, p.88). 
 
Já o termo “desenvolvimento sustentável” surgiu a partir de estudos da 
Organização das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas. Nasceu com a 
intenção de dar uma resposta para a humanidade diante da crise social e ambiental 
pela qual o mundo passava. 
O Conceito de desenvolvimento sustentável, conforme o Relatório de 
Brundtland1 de 1991 pressupõe um modelo de desenvolvimento que “atenda às 
necessidades da atual geração, sem comprometer a possibilidade das gerações 
futuras atenderem às suas próprias necessidades”. Desenvolvimento sustentável 
traz melhoria na qualidade de vida de todos os habitantes do mundo sem aumentar 
o uso de recursos naturais além da capacidade da Terra. 
A construção do conceito de desenvolvimento sustentável continuou durante 
a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, da ONU, realizada em 
Joanesburgo, África do Sul, em 2002. 
 
 
 
REFLITA 
 
Para Furtado (1983), garantir a sustentabilidade do meio ambiente é garantir, 
antes de qualquer coisa, que a fome, a pobreza e a miséria estarão afastadas 
definitivamente e, com isso, terminará a dura realidade que força as pessoas a 
praticar a exploração predatória dos recursos disponíveis em determinadas áreas. 
Pois só com uma situação de vida regular, os habitantes de uma determinada região 
poderão tornar-se permeáveis às “novas idéias”. 
Assim, será que estamos próximos de uma sociedade que realmente possui 
um desenvolvimento sustentável e vive com sustentabilidade? 
 
Fonte: FURTADO, Celso. Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico. 8ª ed. São 
Paulo: Ed. Nacional, 1983. 
 
#REFLITA# 
 
3 AS DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério do Meio Ambiente. Agenda 21 brasileira. Avaliações e resultados. Coordenação 
Técnica Erick Aguiar; Maura Machado Silva; Ricardo Carneiro Novaes (consultor). 2014. Disponível 
em : 
http://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/963/1/Agenda%2021%3A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20e
%20resultados.pdf pag.50 
 
A Declaração de Joanesburgo estabelece que o desenvolvimento 
sustentável se baseia em três pilares: desenvolvimento econômico, 
desenvolvimento social e proteção ambiental, Conforme demonstrado abaixo na 
figura 01. 
 
Figura 1: desenho esquemático relacionando parâmetros para se alcançar o desenvolvimento 
sustentável. 
 
 
Fonte: BARBOSA, Gisele Silva. O Desafio do Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: 
<http://www.controversia.com.br/uploaded/pdf/12883_o-desafio-do-desenvolvimentosustentavel-
gisele.pdf>. Revista Visões 4ª Edição, Nº4, Volume 1 - Jan/Jun 2008. Acesso em: 16 nov.2019. 
 
Segundo Cavalcanti, 2003 o desenvolvimento sustentável pode requerer 
ações distintas em cada região do mundo, os esforços para construir um modo de 
vida verdadeiramente sustentável requer a integração entre: 
 Crescimento e Eqüidade Econômica – Lançar os olhos para todas as nações 
de forma que possam estar integradas promovendo um crescimento 
responsável. 
Saber usar os recursos do planeta de forma eficiente, visando um mercado 
competitivo que busque a internacionalização de custos ambientais. Assim, a 
sustentabilidade seria alcançada pela racionalização econômica local, nacional e 
planetária. Para se implementar a sustentabilidade necessário seria a 
racionalização econômica local e nacional (RATTNER, 1999). 
 Conservação de Recursos Naturais e do Meio Ambiente – Buscar reduzir o 
consumo de recursos, e diminuir a poluição e conservar os habitats naturais. 
 Desenvolvimento Social – buscar a igualdade de condições, de acesso a 
bens, da boa qualidade dos serviços necessários para uma vida digna, onde as 
pessoas possam ter emprego, alimento, educação, energia, serviço de saúde, água 
e saneamento, respeito aos seus direitos trabalhistas e as suas diversidades 
culturais. 
Complementando Satterthwaite (2004) entende que para atingirmos a 
sustentabilidade do ecodesenvolvimento precisamos contemplar cinco dimensões: 
a) Sustentabilidade social: o processo deve se dar de maneira que reduza 
substancialmente as diferenças sociais. 
b) Sustentabilidade econômica: define-se por uma “alocação e gestão mais 
eficientes dos recursos e por um fluxo regular do investimento público e privado”. A 
eficiência econômica deve ser medida, sobretudo em termos de critérios 
macrossociais. 
c) Sustentabilidade ecológica: compreende o uso dos potenciais inerentes 
aos variados ecossistemas compatíveis com sua mínima deterioração. 
d) Sustentabilidade espacial/geográfica: pressupõe evitar a excessiva 
concentração geográfica de populações, de atividades e do poder. Busca uma 
relação mais equilibrada cidade/campo. 
e) Sustentabilidade cultural: significa traduzir o “conceito normativo de 
ecodesenvolvimento em uma pluralidade de soluções particulares, que respeitem 
as especificidades de cada ecossistema, de cada cultura e de cada local”. 
Lemos (2012) concorda com todas as dimensões anteriormente citadas e 
complementa que é necessário incorporar entre elas o fimda pobreza, da tirania, 
da carência de oportunidades econômicas e o fim da negligência dos serviços 
públicos, da intolerância ou interferência excessiva de Estados repressivos. 
E segundo o Relatório da Comissão Brundtland, uma série de medidas deve 
ser tomada pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas: 
 limitação do crescimento populacional; 
 garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo; 
 preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; 
 diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com 
uso de fontes energéticas renováveis; 
 aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base 
em tecnologias ecologicamente adaptadas; 
 controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades 
menores; 
 atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia). 
Já em âmbito internacional, as metas propostas pelo Relatório da Comissão 
Brundtland estabelecem: 
 adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de 
desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento); 
 proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos, etc, 
pela comunidade internacional; 
 banimento das guerras; 
 implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela 
Organização das Nações Unidas (ONU). 
Algumas outras medidas para a implantação de um programa minimamente 
adequado de desenvolvimento sustentável são: 
 uso de novos materiais na construção; 
 reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais; 
 aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, 
a eólica e a geotérmica; 
 reciclagem de materiais reaproveitáveis; 
 consumo racional de água e de alimentos; 
 redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de 
alimentos. 
 
REFLITA 
 
Para Sarti (2011) com o desenvolvimento das atividades industriais vieram 
grandes impactos ambientais e isso não é nenhum segredo. O ritmo acelerado 
dessas atividades impede que o meio ambiente tenha tempo necessário para se 
recuperar do consumo dos seus recursos pelo homem e dos resíduos gerados por 
eles. Para tentar diminuir esse impacto, vários estudos e discussões vêm sendo 
realizados há mais de duas décadas pelos países, principalmente no que diz 
respeito ao desenvolvimento sustentável. Isso trouxe algumas melhorias ao longo 
dos anos, mas muito ainda tem que ser feito diante desse problema global visando 
atitudes mais sustentáveis. Desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, esses 
dois termos por muitas vezes se confundem, mas têm significados distintos. 
Sarti; Hiratuka. Desenvolvimento industrial no Brasil: oportunidades e desafios futuros. 
IE/UNICAMP n. 187, janeiro 2011. Disponível em: 
file:///C:/Users/Sônia%20Mataruco/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8b
bwe/TempState/Downloads/texto187%20(1).pdf. Acesso em: 20 set. 2019. 
 
#REFLITA# 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Para Mota (2001) a sustentabilidade é a capacidade de se sustentar, de se 
manter. Já o desenvolvimento sustentável pode ser entendido como 
desenvolvimento que satisfaz as necessidades das gerações presentes sem 
comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias 
necessidades. 
Esses termos foram inicialmente discutidos na Conferência de Estocolmo 
(1972) e vem sendo discutido nas últimas décadas, mas foi na World Commission 
on Environment and Development (WCED, 1987) que se tornou conhecido e 
posteriormente popular na Eco 92. 
O termo sustentável tem sentido amplo, sendo um adjetivo derivado do verbo 
latino sustentare, que significa o que pode ser mantido, que pode ser perpetuado, 
estando implícito o fator tempo. 
O termo desenvolvimento sustentável foi divulgado no informativo nosso 
futuro comum (WCED, 1987) o qual cita também três fatores das quais o 
desenvolvimento sustentável depende completamente: 
a) um alto valor deve ser dado aos recursos naturais, á biodiversidade biológica e á 
purificação da água e do ar, promovida pelo meio ambiente natural; 
b) pessoas devem descobrir e trocar informações sobre novas tecnologias que 
resultem em mais trabalho, aperfeiçoem o uso de recursos naturais renováveis e 
aumentem a produção de alimentos; 
c) igualdade e justiça devem ser promovidas entre todas as pessoas e gerações 
para reduzir a pobreza, a violência e construir melhores comunidades. 
Esses três fatores podem ser resumidos no tripé do desenvolvimento: 
Eficiência (sustentabilidade econômica); equidade (sustentabilidade social) e 
conservação (sustentabilidade ambiental). 
No Southern African Perspectives (1997) foram reunidas outros seis 
aspectos do desenvolvimento sustentável: 
a) ênfase na interdependência entre desenvolvimento e a conservação de recursos; 
b) um horizonte de longo tempo; 
c) a natureza multidimensional do conceito que implica na dificuldade para conciliar 
interesses governamentais e instituições acadêmicas; 
d) incorpora externalidades ambientais (no tempo, no espaço, de um setor para 
outro, de uma população para outra) tratando-as como problemas não resolvidos; 
e) possui enfoque participativo; 
f) defende uma estreita relação entre pesquisa e política. 
A conceitualização de desenvolvimento sustentável se baseia, grande parte, 
das inúmeras tentativas de enfrentar os erros, deficiências e injustiças do sistema 
industrializado imposto no período pós-guerra. 
E a sustentabilidade: O desenvolvimento sustentável é o que promove a 
sustentabilidade. Os planos de desenvolvimento sustentável buscam a 
sustentabilidade de duas maneiras: 
a) Sustentabilidade tecnológica - são planos baseados na crença de que a 
tecnologia pode expandir os limites das atividades econômicas e solucionar a 
escassez de recursos, compensando danos ambientais. Esses planos baseiam-se 
na inovação tecnológica acoplada a um sistema de avaliação que reflete o 
verdadeiro custo de uso e disponibilização dos recursos naturais, e são 
desenvolvidos em resposta ao inevitável crescimento da população humana, a 
urgente necessidade de mais trabalho e ao desejo de melhorar a qualidade de vida 
das pessoas. Os economistas referem-se a sustentabilidade tecnológica como uma 
fraca sustentabilidade, pois é alcançada pela manutenção ou perpetuação do 
estoque de capital total, ou seja, dos serviços e bens que satisfaçam as 
necessidades e desejos humanos. 
b) Sustentabilidade ecológica - são os planos que se fundamentam nos avanços 
do conhecimento ecológico e de proteção ambiental, requerendo níveis reduzidos 
ou estáveis de crescimento populacional e de uso dos recursos naturais, para 
manter as atividades humanas dentro dos limites impostos pelo meio ambiente. Isso 
significa viver dentro da capacidade de suporte do meio ou sustentação ecológica, 
onde os sistemas naturais norteiam o modelo de desenvolvimento econômico, como 
por exemplo: resíduos da construção civil torna-se matéria prima para outras 
atividades; uso dos recursos naturais a taxas renováveis, sem exceder a 
capacidade natural de purificação da água e do ar. 
A sustentabilidade é promovida pelo desenvolvimento sustentável, é 
determinada pelo anseio de condições sociais e econômicas tais como altos níveis 
de participação da população e baixos níveis de desemprego. 
Sustentabilidade é um processo que envolvem várias vertentes precisando 
ainda de muitos debates em todos os níveis da sociedade buscando: 
a) reconhecer a necessidade de reduzir seu excesso de consumo em benefício 
daqueles que não possuem condições de consumir o mínimo necessário; 
b) a mudança do modo de vida, privilegiando a redução ou eliminação de insumos 
não renováveis; 
c) reciclagem em geral; 
d) a educação ambiental em todas as suas facetas; 
e) a conservação dos recursos hídricos, florestais e solos. 
 
Fonte: MOTA, J.A. O valor da Natureza: economia e política dos recursosnaturais. Rio de Janeiro. 
Garamond. 2001. 
Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/eed/article/viewFile/3442/1970. Acesso em 16 nov. 2019. 
 
#SAIBA MAIS# 
 
 
4 GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
Figura 2 : Logística Reversa 
 
 
Disponível em: http://www.biosferamg.com.br/wp-content/uploads/2013/12/logistica-reversa.png. 
Acesso 25 nov. 2019 
 
 
A crescente preocupação com a preservação dos recursos naturais e com a 
questão de saúde pública associada ao gerenciamento dos resíduos sólidos almeja-
se por políticas públicas que permita atingir novos patamares de consciência 
ambiental, de tecnologia limpa e de crescimento sustentável. 
Nesse sentido no ano de 2010 foi sancionada Política Nacional de Resíduos 
Sólidos, a Lei nº 12.305, entendida como um instrumento indutor do 
desenvolvimento social, econômico e ambiental. 
A Lei nº 12.305/2010 no art. 9º descreve que na gestão e gerenciamento de 
resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, 
redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final 
ambientalmente adequada dos rejeitos. 
A legislação traz ainda um tema que deve ser bastante difundido no meio 
empresarial a Logística Reversa associada à gestão de resíduos sólidos, a 
aplicação de técnicas do programa de Produção Mais Limpa e programas de 
gerenciamento que visam o Resíduo Zero. 
Logística reversa são ações, procedimentos e meios relacionados com a 
coleta e restituição dos resíduos sólidos (restos, embalagens, materiais 
desgastados, produtos vencidos e/ou obsoletos, etc.) aos setores empresariais para 
reaproveitamento em seu ciclo ou novos ciclos de produção, ou ainda, outras 
destinações ambientalmente adequadas. A logística reversa é um instrumento 
importante de desenvolvimento econômico e social, devendo ser operacionalizada 
através de cooperativas e associações de trabalhadores em reciclagem e 
reaproveitamento de resíduos em parceria com os poderes públicos e os setores 
empresariais. É uma ferramenta relacionada diretamente com a implementação da 
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos entre fabricantes, 
importadores, distribuidores, comércio, poderes públicos e consumidores (Lei 
12.305/2010, artigo 3º, incisos XII, XVII; artigo 8º, incisos III, IV e VI). 
A logística reversa será detalhada através de acordos setoriais e termos de 
compromissos das empresas e setores empresariais com os poderes públicos. As 
empresas também terão que elaborar planos de gerenciamentos dos seus resíduos. 
Os poderes públicos podem (e devem) implantar medidas de apoio à 
adequação das empresas através de incentivos fiscais, financiamentos e créditos 
para a prevenção e redução de resíduos nos processos produtivos, implantação de 
programas de gerenciamento e estruturação da logística reversa, inclusive no 
desenvolvimento de sistemas de gestão empresarial, voltados à capacitação de 
recursos humanos para a otimização no uso, reaproveitamento e reinserção de 
matérias primas nos ciclos de produção (Lei 12.305/2010, artigos 42-46, 55,56). 
A lei trata ainda da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo 
os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os 
titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. 
(Toda a seção II do capítulo III da Lei 12.305) 
A Lei 12.305/2010 considera-se gestão integrada de resíduos sólidos o 
conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os problemas 
decorrentes do descarte de tais resíduos, de forma a se considerarem as dimensões 
política, econômica, ambiental, cultural e social, sob a premissa do desenvolvimento 
sustentável. 
Um conceito de sustentabilidade muito aplicado visando o gerenciamento 
dos resíduos sólidos é o conceito dos 3 R’s que tange tanto a área ambiental quanto 
a econômica e a social. 
Conforme citado anteriormente o primeiro passo para a sustentabilidade é a 
não geração do resíduo, porém caso sua geração seja inevitável, buscar implantar 
os 3 Rs da sustentabilidade que são reduzir, reutilizar e reciclar. Essas três ações 
ajudam a minimizar o desperdício de materiais e produtos, além de poupar a 
natureza da extração inesgotável de recursos. Adotando estas práticas, é possível 
diminuir o custo de vida reduzindo gastos, além de favorecer o desenvolvimento 
sustentável. 
 
 
SAIBA MAIS 
 
De acordo com ministério da Saúde, no projeto de coleta seletiva e educação 
ambiental (2005), a política dos 3Rs da sustentabilidade: reciclar, reutilizar e reduzir 
é uma medida criada para que as pessoas diminuam a produção de lixo. É claro 
que essa não é a única medida de preservar a natureza, mas, com certeza, é um 
importante passo para garantir um mundo melhor para as gerações futuras. 
O “Reduzir” engloba economia de todas as formas possíveis; o “Reutilizar” 
envolve o reaproveitamento do produto; já o “Reciclar” remete à separação do que 
é e não é lixo, e ao envio de embalagens para a reciclagem. 
Reutilizar: Não jogue fora o que ainda pode ser utilizado – roupas, sapatos, 
móveis, bijuterias, brinquedos e livros podem ser doados; 
Reciclar: Faça a coleta seletiva em casa; 
• Encaminhe o lixo para empresas recicladoras – Garrafas de plástico, 
embalagens de produtos de limpeza e higiene, latinhas de ferro e alumínio, 
embalagens longa vida, jornais, revistas, folhetos, papéis e óleo vegetal podem ser 
reaproveitados; 
 
Fonte: Ministério da saúde. Projeto de Coleta Seletiva e Educação Ambiental – Comissão de Coleta 
Seletiva do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde de São Paulo. Editora: MS/ CGDI/SAA/SE– 
Brasília – DF . Junho OS 0548/2005. Reciclar SP. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/10006000105.pdf Acesso: 19. set. 2019. 
 
#SAIBA MAIS# 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
O desenvolvimento sustentável não é um estado permanente de equilíbrio, 
mas sim de mudanças quanto ao acesso aos recursos e quanto à distribuição de 
custos e benefícios, controlar e destinar de forma inadequadas os resíduos sólidos 
podem causar inúmeras consequências negativas a economia ao setor social e 
ambiental. A Agenda 21 traduz em ações o conceito de desenvolvimento 
sustentável. 
Os princípios e estratégias da Agenda 21 Brasileira serviram de subsídios 
para a Conferência Nacional de Meio Ambiente, Conferência das Cidades e 
Conferência da Saúde. As atividades que contribuirão para a promoção integrada 
de meios de subsistência sustentáveis e para a proteção do meio ambiente incluem 
diversas intervenções setoriais que envolvem uma série de atores – de locais a 
globais – e que são essenciais em todos os planos, especialmente no nível da 
comunidade e no nível local. Nos planos nacional e internacional serão necessárias 
ações habilitadoras que levem plenamente em conta as situações regionais e sub-
regionais, pois elas apoiarão umas abordagens em nível local, adaptada às 
especificidades de cada país. As ações prioritárias da Agenda 21 Brasileira são os 
programas de inclusão social (com o acesso de toda a população à educação, 
saúde e distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos 
recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao 
desenvolvimento sustentável. Mas o mais importante ponto dessas ações 
prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de sistema de produção e 
consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Título: O Brasil na Conferência de Estocolmo. 
 
Sinopse: em Estocolmo, o maior problema consistiu no fato de que a absoluta 
maioria das decisões a serem tomadas para a compatibilização entre 
desenvolvimento e meio ambiente pertencia à esfera da soberania nacional. A 
decisão de não se tocar em recomendações de caráter nacionalesvaziou esse 
problema de seu significado, simplificando sensivelmente os debates. 
 
Disponível em: https://amaliagodoy.blogspot.com/2015/12/o-brasil-na-conferencia-de-
estocolmo.html. Acesso 10 set. 2019. 
 
 
Título: O que é 5S. 
 
Sinopse: 5S, antes de mais nada, é uma ferramenta baseada na organização de 
métodos e preceitos, que visa tornar o ambiente de trabalho mais organizado, 
simples, seguro e, principalmente, eficiente. O conceito vem quebrar um antigo 
paradigma utilizado por muitas pessoas, principalmente por funcionários já antigos 
de uma empresa, que há anos exercem a mesma função, aquele tal: “a minha 
bagunça é organizada”, ou “eu me encontro na minha bagunça”. Tais afirmativas 
são rigorosamente combatidas quando se pensa em aplicar os passos 5s dentro de 
uma empresa, uma vez que, logo de princípio é usada uma palavra que deve ser 
abolida do vocabulário de uma empresa, a palavra “bagunça”. 
 
Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/o-que-e-5s. Acesso: 10 set. 2019. 
Título: Princípio dos 3 R's. 
 
Sinopse: A gestão sustentável dos resíduos sólidos pressupõe uma abordagem que 
tenha como referência o princípio dos 3R´s, apresentado na Agenda 21: redução 
(do uso de matérias-primas e energia e do desperdício nas fontes geradoras), 
reutilização direta dos produtos, e reciclagem de materiais. 
A hierarquia dos 3R´s segue o princípio de que causa menor impacto evitar a 
geração do lixo do que reciclar os materiais após seu descarte. 
A reciclagem de materiais polui menos o ambiente e envolve menor uso de recursos 
naturais, mas raramente questiona o atual padrão de produção, não levando à 
diminuição do desperdício nem da produção desenfreada de lixo. 
 
Disponível em: 
https://dgi.unifesp.br/ecounifesp/index.php?option=com_content&view=article&id=
10&Itemid=8. Acesso: 10 set. 2019. 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
Título: Compreendendo as dimensões do desenvolvimento sustentável. 
Ano: 2013. 
Sinopse:O vídeo demonstra os desafios dos problemas e a busca por soluções. 
Mostrando as vertentes do desenvolvimento sustentável . E a importância como 
estes devem estar engajados. Nesse contexto trás os objetivos do desenvolvimento 
sustentável. Porém trouxemos neste capítulo no intuito de engajá-lo dentro do papel 
da sustentabilidade. 
Fonte: Compreendendo as dimensões do desenvolvimento sustentável. Disponível 
em: 
http://int.search.myway.com/search/video.jhtml?n=783A119B&p2=%5EY6%5Exdm
063%5ES22307%5Ebr&pg=video&pn=1&ptb=E06F8736-A110-45D0-8CC8-
2E2CA8381A75&qs=&searchfor=desenvolvimento+sustent%C3%A1vel+&si=CNrV
4r_7i9UCFQkGkQod9RsGsg&ss=sub&st=tab&tpr=sbt&trs=wtt. Acesso Acesso: 10 
set. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
Título: Chuva ácida. 
 
Ano: 2016. 
 
Sinopse: o vídeo fala sobre questões climáticas demonstrando conteúdos de várias 
áreas. 
Relata que a chuva naturalmente é ácida, porém acentua-se com atividades 
a que geram grande quantidade de poluição .Existem processos na natureza que 
reagem com a água formando ácido. 
 
Fonte: Chuva Ácida. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=SBX59YJ_vNU 
 
 
 
 
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