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Aula 8- DESIGN PARA MULTIMÍDIA

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A aula passada você viu alguns conceitos para a criação de um site.
A partir de agora, você verá como integrar isso tudo em projetos multimídia.
Para começar, vamos ver como é concebido um projeto de um site para a internet.
Vamos focar nessa aula em projetos web, mas vários dos conceitos aqui apresentados são usados em projetos multimídia já que hoje em dia, essa linha está cada vez mais tênue.
Os aplicativos modernos hoje tem versões tanto para tv quanto para tablets, e todos fazem interface com a internet. Então não temos mais como desassociar as plataformas.
A coisa mais importante que designers têm que ter em mente é que tudo que fazemos, tem como objetivo um público. O que se faz pensando apenas em nós mesmos é o que algumas pessoas dizer ser a diferença entre design e arte. Mas essa discussão não podemos levar a frente nesse momento.
O que você tem que entender agora é que se o projeto está sendo mal recebido, se o usuário não vai a um link ou página no seu site, se ele não acessa um submenu no DVD o erro nunca pode ser considerado como dele.
Entenda isso como uma oportunidade de melhorar o seu projeto. O erro dos usuários provavelmente será devido a falhas na estrutura do site.
A figura do webmaster, aquele cara que sabe fazer de tudo um pouco sozinho começa a desaparecer. Os projetos que são realmente bem feitos devem ser multidisciplinares. Projetos mais complexos irão exigir profissionais mais capacitados dentro das suas áreas de conhecimento.
Itens de um projeto de sucesso
Segundo especialistas, os itens que devem ser levados em consideração em um projeto de sucesso são:
Gênero do site: Sites evoluíram em categorias e subcategorias, com conteúdo e público específicos. Procure o nicho ao qual seu público pertença para desenvolver a melhor experiência para esse usuário. Você se lembra do conceito da cauda longa?
Seja o seu projeto uma intranet, um e-commerce, até mesmo um blog você deve pensar nas características que representam esse público. Se achar necessário, faça testes. Questionários e testes que avaliem o emocional do usuário durante a navegação de um site podem apresentar respostas surpreendentes, e não tenha vergonha de fazer esse teste usando seus concorrentes como personagem. É descobrindo onde eles erraram que você deve acertar.
Criar uma estrutura de navegação: Uma das grandes dores de cabeça dos arquitetos de projetos multimídia se dá na internet, já que o usuário pode entrar em um site a partir de qualquer página, e seus objetivos no site são os mais diversos. Por isso a estrutura do site deve ser bem pensada. Aqui começa o trabalho multidisciplinar integrando os arquitetos de informação e designers de interface. Nos novos dispositivos, essa estrutura tem que contemplar mais e um aspecto. Veja um tablet por exemplo, os elementos podem ser distribuídos na forma horizontal ou vertical.
Esse fluxograma eventualmente evolui para um conceito de página, que chamamos de wireframe, que nada mais é do que uma estrutura de grades onde são pré-determinados os locais onde entrarão cada um dos elementos do site.
Você já foi até um site de e-commerce como a Amazon, por exemplo? Veja como o layout é padronizado e existem diversas formas de se chegar ao mesmo lugar. No site da Estácio, repare como os elementos principais estão sempre localizados nos mesmo lugares, e o espaço onde aparecem as informações específicas de cada menu sempre na mesma área dessa grade.
É esse trabalho gigantesco que é feito através dessas técnicas que vão oferecer ao usuário uma melhor experiência.
Existe uma certa convenção ao desenharmos esse wireframe. Veja nessa ilustração desenhada por Felipe Memória, Mestre em Design e Designer de Interação.
Existem espaços definidos para cada um dos itens uma vez que foi detectado que dessa forma o usuário aprende mais fácil e memoriza a interface. E convenhamos, se todos os sites, ou a maioria deles segue esse padrão. Não faz sentido dizer que um layout diferente o obriga a localizar todos os itens e aprender a navegar no site?
Esse wireframe leva em consideração pra onde olhamos primeiro, a hierarquização e agrupamento dos elementos, palavras usadas, links, títulos e as opções de navegação. Tenha em mente também que apesara de estarmos online e não termos limites espaciais, você deve estar ciente de que não são comuns scrolls horizontais, ou seja, limite sua janela e procure não ter mais do que 3 níveis de scroll vertical, ou seu site acaba se tornando um “pergaminho eletrônico”.
Breadcrumb
Breadcrumb ou navegação estrutural é como diz o nome em inglês, um rastro de migalhas de pão que são deixadas para o usuário saber o caminho percorrido, e assim se localizar e voltar a um ponto anterior com mais facilidade Existe mais de um tipo, mas essencialmente todos são conforme o exemplo marcado em vermelho na imagem:
Sempre que estiver projetando um site pense que ele deve ser facilmente aprendido, pense que a maioria dos usuários não tem o seu nível de conhecimento, e muitos estarão o acessando pela primeira vez. Sendo assim, ao dar de frente com um desafio, ele certamente irá desistir.
Se a navegação for consistente, ele irá encontrar o seu caminho. Como você viu no wireframe, a padronização da navegação em todo o site é a chave para que o usuário saiba aonde ir. E sempre dê retorno às ações. Algumas coisas simples que podem ser feitas e muitas vezes são esquecidas pelos projetos: botões “animados” que mostram ação do usuário com alterações de estado, os roll-overs, também não deixe se enganar pela beleza da programação e deixe os links sem o sublinhado. Botão tem que ter cara de botão, caso contrário o usuário pode não clicar nele, e por último os formulários. Sempre que o usuário responder um formulário, ao finalizar ele tem que receber algum tipo de confirmação, seja para refazer, para comunicar ou em caso de sucesso. E não se engane, ele prefere receber uma negativa a achar que obteve sucesso e descobrir mais tarde que não foi bem o que pensou. Não deixe margem para dúvidas.
Mas e o conteúdo? Claro que organizar o conteúdo nas páginas também é uma arte, mas vamos focar em como exibir esses conteúdos. E fique sabendo que não só o conteúdo é relevante. Como diz Jakob Nielsen “Content is King”, mas ele também é um dos fatores que fará com que o seu site apareça lá em cima nas buscas do Google por exemplo. Os mecanismos de busca adoram conteúdo relevante e personalizado e não é a toa que existem técnicas específicas para se escrever na internet.
Não subestime o FAQ. É comum acharmos essa seção nos sites das empresas, mas na maioria das vezes ele é erroneamente usado como propagando e não responde a nenhuma das questões que realmente são importantes. Um FAQ bem feito deve responder as questões realmente mais propostas, e consequentemente, ele irá lhe economizar tempo, dinheiro e estresse com usuários furiosos querendo tirar dúvidas que não são facilmente respondidas.
Pense também nos títulos e links. Se o seu site é como um jornal, por exemplo, pense que é bem provável que o seu usuário irá imprimir essa página. E não é  difícil achar sites que ao imprimirmos o conteúdo, a página sai completamente desconfigurada. Até mesmo grandes jornais preocupados com direitos autorais tentaram bloquear a cópia do conteúdo. Hoje há um entendimento que na maioria das vezes o conteúdo é copiado para promover a matéria ou usá-la sem fins lucrativos e não para usá-la de formas negativas.
Essa tendência desencadeou o movimento Creative Commons. 
Outra tarefa ingrata é a localização do site e o uso de cores e fontes. Localização é a tradução integral do site em cada idioma que se julgar necessário. Sites de relacionamento se aproveitam do engajamento dos usuários para fazer essa tarefa. O Facebook, por exemplo, tem páginas específicas para os usuários que desejam colaborar com a tradução de cada uma das palavras que aparecem no site. Mas e no meu site pessoal?
Para esses casos existem ferramentas como o Google Translator Toolkit onde podemos cadastrar o site que administramos e personalizara tradução para diversos idiomas.

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