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TCC- Aline Helena - Pedagogia (2)

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BETIM – MG 
2020 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 LICENCIATURA PEDAGOGIA EAD 
 
 
 
 
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BETIM –MG 
2020 
 
 
 
 
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
Trabalho de conclusão do Curso de Pedagogia, 
apresentado como exigência parcial para 
obtenção do título de Graduação do Curso de 
Pedagogia, Licenciatura. 
Orientadora: Glaucia Diniz Marques 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BETIM –MG 
2020 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2 
2. ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E OS SEUS DESAFIOS .................................. 3 
2.1. A DIDÁTICA DA ESCOLA TRADICIONAL.........................................................9 
2.2. A DIDÁTICA DA ESCOLA NOVA.......................................................................9 
2.2.1 DIDÁTICA TECNICISTA ................................................................................ 10 
2.2.2 DIFERENTES CONCEPÇÕES DIDÁTICAS ................................................. 11 
3. A LIGUAGEM ORAL NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS ..................... 144 
3.1. A CHAMADA ................................................................................................. 15 
3.2. A RODA DE HISTÓRIAS ............................................................................... 16 
3.2.1 A LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS: MODELAGEM, COLAGEM E 
PINTURA..............................................................................................................................20 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 222 
5. REFERÊNCIAS................................................................................................... 233 
1 
 
BETIM – MG 
2020 
RESUMO 
 
O presente estudo versa como tema central a Alfabetização e o Letramento na 
Educação Infantil. A alfabetização ocupa uma importante etapa na vida escolar da 
criança. Os principais objetivos foram conhecer como acontece a alfabetização e 
letramento antes do ensino fundamental, como o professor que atua com crianças 
de até seis anos, podem oferecer um espaço de leitura e escrita em sua sala de aula 
e no que isso pode repercutir no desenvolvimento dos alunos, assim este estudo 
teórico tem por objetivo discutir os desafios encontrados pelo professor, é a partir de 
dados observou-se a importância do espaço lúdico. Destacar a importância da 
alfabetização e letramento na educação infantil e como professor conhecer os 
diferentes métodos para que possa realizar um trabalho pedagógico que possibilita o 
desenvolvimento das capacidades e habilidades do aluno. Conclui-se, que a 
formação inicial e continuada permite o professor conhecer e entender sobre as 
diversas metodologias, contribuindo para o aprendizado dos alunos e a refletir sobre 
sua proposta pedagógica. 
 
 
Palavras-chave: Alfabetização, Letramento, Educação Infantil, Formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
BETIM –MG 
2020 
 
1. INTRODUÇÃO 
 A educação infantil é um ambiente onde os professores trabalham muito o 
lúdico, por meio de jogos, brincadeiras, músicas, teatros, leitura, pinturas entre 
outros. No momento atual há um grande discursão acerca da alfabetização e 
letramento na educação infantil, onde muitas vezes os professores são cobrados 
pelos pais e comunidade, são muitas críticas a respeito do ensino na educação 
infantil. 
 
No entanto, o letramento está muito presente nos dias de hoje, ate mesmo na 
educação infantil. As crianças vivem em um mundo cheio de estímulos visuais, ou 
sejam desde muito cedo estão atento a um mundo letrado, a criança convive com as 
praticas de letramento, devido vê as pessoas lendo ou escrevendo, as crianças 
estão muito envolvidas com a tecnologia, que também é um grande estímulo para a 
interação da leitura e imagens, assim as crianças vão construindo seu conhecimento 
e também inicia o processo de alfabetização, porque observa textos escritos e vai 
reconhecendo letras e palavras. 
 
O principal objetivo deste trabalho é analisar resultados de pesquisas de 
outros pesquisadores, esta pesquisa é de caráter bibliográfico e qualitativa é uma 
análise dos atuais desafios por quais passam os professores da educação infantil a 
respeito da alfabetização e letramento, sem antecipar os conteúdos do ensino 
fundamental. Assim este estudo teórico tem por objetivo discutir os desafios 
encontrados e como podemos oferecer um espaço de acesso a leitura e escrita 
antes do ensino fundamental, sem deixar de explorar o lúdico, pois através do lúdico 
as crianças faz assimilação com material concreto, como jogos e brincadeiras 
dirigidas que podem serem explorados como forma de aprendizado, na qual se torna 
muito mais atrativo e significativo. 
 
Desse modo, esta pesquisa caminha no sentido de refletir sobre esta 
realidade contemporânea, mais especificamente, analisar o conceito e a referência 
de brincar brincando, a importância dos jogos como atividade lúdica no 
3 
 
BETIM –MG 
2020 
 
desenvolvimento da criança e a importância da prática pedagógica lúdica escolar no 
desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem da criança na educação 
infantil. 
Para Dornelles (2001): 
 
 [...] “existe, na grande indústria de brinquedos, uma dominação cultural, 
social, étnica que muitas educadoras ainda não se deram conta e acabam 
induzindo as crianças ao consumo exacerbado e sem justificação”. 
(DORNELLES, 2001, p.107) 
 
Nesse sentido, a citação acima traz à tona o entendimento de como o lúdico 
na educação infantil, muitas vezes tem sido negligenciado e estado em segundo 
plano, ou usado apenas como forma de entretenimento ou ainda para ocupar o 
tempo ocioso das crianças. 
Desta forma, apresentaremos a problemática sobre a alfabetização e 
letramento na educação infantil e a importância de o professor conhecer os 
diferentes métodos e metodologias que possa agregar e contribuir para seu trabalho 
como professor alfabetizador. Sabemos que o papel do professor é muito 
importante, pois ele que tem os meios e conhecimento de como levar a criança a 
aquisição da leitura e escrita. 
 
2. ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E OS SEUS DESAFIOS 
 
A escola é uma instituição criada para transmitir os conhecimentos 
sistematizados. Acreditamos em um ser humano que se constitui histórica e 
culturalmente. O processo de desenvolvimento necessita ser observado a partir de 
algumas vertentes, sendo elas, histórica, social, cultural, biológica e psicológica. 
 
O estudo que iniciamos tem como objetivos compreender os pressupostos 
que fundamentam a alfabetização e letramento na educação infantil. Pensando na 
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BETIM –MG 
2020 
 
escola como espaço sistematizado de ensino e no professor como mediador nesse 
processo de apropriação da escrita pela criança e a elaboração de intervenção 
pedagógica. Nesse sentido, o papel do professor é imprescindível, pois ele é aquele 
que se apropriou do saber erudito, desenvolvendo condições de transmiti-lo ao aluno 
de forma planejada e sistematizada. 
 
Buscamos refletir a leitura e escrita na educação infantil sobre a ampliação é 
contato das crianças no mundo da escrita. “No Brasil, até os anos de 1960 do século 
XX, predominava o discurso da ‘‘imaturidade para alfabetização”. Em outras 
palavras, a aprendizagem da leitura e escrita resultaria de um ‘‘ amadurecimento’’ de 
certas habilidades [...] deveria ocorrer em torno dos seis ou sete anos’’. (BRANDÃO; 
LEAL,2011, p. 14). 
 
Entretanto, acreditava-se que as crianças de até os seis anos não tinha 
interesse em ler e escrever, e não deveria alfabetizá-las, porque elas não estavam 
prontas para a aprendizagem e poderia prejudicar o seu desenvolvimento. Diante 
disso, pode-se concluir que deveria evitar qualquercontato de leitura e escrita na 
educação infantil. Segundo Brandão e Leal (2011), deveriam concentrar em 
estímulos chamados pré-requisitos, que pudesse desenvolver suas capacidades e 
habilidades, como coordenação motora viso motora, memoria, orientação espacial 
entre outros, para aprender ler e escrever. 
 
No entanto, os profissionais da área da educação começaram a questionar, 
pois o fracasso na alfabetização continuava a ocorrer, devido os numerosos 
exercícios para garantir a maturação almejada para a alfabetização. Sendo assim, 
para dar conta dessa tarefa não era fácil, é preciso criar um conjunto de condições 
metodológicas e praticas que orientam as atividades escolares. A construção de 
novos conhecimentos e conceitos científicos é função da própria escola, ela precisa 
ser organizada, sistematizada e competente. 
 
5 
 
BETIM –MG 
2020 
 
Letramento sem letras para Brandão e Leal (2011) caracteriza-se a ênfase 
dada a outros tipos de linguagem na educação infantil, banindo a linguagem e 
escrita ao trabalho com crianças pequenas. O letramento destaca a linguagem como 
corporal, musical, a gráfica. As autoras defendem a necessidade de falar sim da 
alfabetização na educação infantil, sobre ensino da leitura e escrita. 
 
Então pode se dizer que não quer obrigar a criança a concluir a educação 
infantil alfabetizada, mas sim fazer uma reflexão sobre o papel da educação infantil, 
a importância do papel da escola na inserção das crianças na cultura escrita desde 
cedo. Não é obrigatório alfabetizar as crianças na pré-escola, mas podemos oferecer 
oportunidades de aprendizagens, explorando-os espaços gráficos, diferenciar entre 
desenho, símbolos e escrita sem desconsiderar os objetivos das atividades no eixo 
do letramento. 
 
Por isso é importante o professor compreender e diferenciar alfabetização e 
letramento. ‘‘Alfabetizado nomeia aquele que apenas aprende a ler e escrever, não 
aquele que adquiriu o estado ou condição de quem se apropriou da leitura e da 
escrita, incorporando as praticas sociais que as demandam’’ (SOARES, 2004, p. 
2019). Para a autora, alfabetizado é codificar os códigos linguísticos, a pessoa 
alfabetizada não atribui significado a leitura e escrita, pois realiza de forma 
mecânica, não faz interpretação dos gêneros textuais. 
 
Para Soares (2004, p. 2018) ‘‘Letramento é o resultado da ação de ensinar ou 
de aprender a ler e escrever: O estado ou condição que adquire um grupo social ou 
um indivíduo como consequência de ter se apropriado da escrita’’. A pessoa letrada 
vai além da alfabetização, pois além de ler e escrever, ela faz o uso nas suas 
práticas sociais, deixa de ser alfabetizado e passa a se apropriar da leitura e da 
escrita com consciência, pois compreende e interpreta diversos gêneros textuais 
atribuindo significados. 
 
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BETIM –MG 
2020 
 
E relevante destacar que o professor tem grandes desafios para confrontar no 
contexto escolar, sendo que vivemos na sociedade da diversidade, onde o professor 
deparar com uma sala com indivíduos com diversos aspectos particulares. Por isso o 
professor deve ter respaldo teórico que sustente a sua prática, que ele seja capaz de 
lhe dar com as diferenças, respeitando a individualidade, dificuldades, mobilidades e 
características dos alunos. Que ele tenha capacidade de transformar, modificar o 
ambiente, proporcionando aos alunos, conhecimentos cientifico sistematizado. 
 
Dessa forma, podemos dizer que a formação do professor é um assunto que 
merece atenção, é necessário investir em capacitação diante desse processo de 
alfabetização e letramento na educação infantil, pois o despreparo pode ser uma 
grande barreira, pois este conhecerá a realidade da sala de aula, na qual deverão 
desenvolver situações de aprendizagem adequada as necessidades de cada 
criança, que ele seja capaz de construir uma aprendizagem significativa e, que ele 
possa agir com consciência perante os acontecimentos sociais e escolares. 
 
Diante desse pensamento, Pimentel (2012.p.143) reforça dizendo que: 
 
Para que o professor promova a adaptação curricular de modo a assegurar 
o atendimento à diversidade existente em sua sala de aula, ele precisa 
refletir sobre o currículo proposto, questionar os conteúdos existentes e 
objetivos previamente definidos, tendo como parâmetro a realidade de sua 
turma. (PIMENTEL 2012 p.143) 
 
 
Observando e percebendo a diversidade no contexto escolar, o professor 
poderá desenvolver uma prática reflexiva a cerca dos acontecimentos que ocorre na 
sala de aula, buscando novos caminhos para a prática docente, ‘‘A observação é um 
dos mais importantes instrumentos utilizados pelo professor. Exige colocar em ação 
um processo investigativo, pois se trata de um processo de pesquisa [...]” (OLIVEIRA 
et al, 2012, p. 365). 
 
É relevante o professor ter embasamentos teóricos que sustente a sua pratica 
pedagógica, que ele seja capaz de agir consciente, a fim de mudar o contexto atual, 
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2020 
 
promovendo um ensino de qualidade. A reflexão crítica do professor em analisar a 
problemática do cotidiano e agir sobre ela, questionando e intervindo nas ações 
pedagógicas constituindo um sujeito do conhecimento com capacidade produtiva e 
transformadora. Freire (2003, p.112- 113) esclarece que: 
 
A formação permanente das educadoras, que implica a reflexão crítica 
sobre a prática, se finda exatamente nesta dialética entre prática e teoria 
[...]. À medida que marchamos no contexto teórico dos grupos de formação, 
na iluminação da prática e na descoberta dos equívocos e erros, vamos 
também, necessariamente, ampliando horizonte do conhecimento científico 
sem o qual nos “armamos” para superar os equívocos cometidos e 
percebidos. Este necessário alargamento de horizontes que nasce na 
tentativa de resposta à necessidade primeira que nos fez refletir sobre a 
prática tende de aumentar seu espectro [...]. (FREIRE 2003, p.112- 
113) 
 
 
A formação continuada do professor abre novos horizontes, promove 
autonomia e confiança, para desenvolver com competência seu trabalho. Nesse 
sentido o professor adquire a consciência da realidade, construindo conhecimentos 
verdadeiros em suas múltiplas faces dentro do contexto escolar, produzindo 
conhecimento significativo por meio da relação teoria e prática, na qual poderá 
proporcionar aos alunos. O professor deve apresentar estratégias metodológicas 
praticas, por meio de jogos e brincadeiras para facilitar a construção do 
conhecimento. Pois os jogos e brincadeiras podem desenvolver a criatividade, 
imaginação e confiança proporcionam o aprender fazendo. 
 
A responsabilidade não deve ser totalmente do professor, mas sim de todos. 
O processo de aprendizagem será mediado pelo professor, que desenvolverá um 
trabalho pedagógico que atenda as necessidades de cada um, possibilitando o 
desenvolvimento das suas capacidades e Habilidades dos alunos. 
 
Nessa perspectiva faz se necessário que os professores se capacitem para 
enfrentar os desafios no contexto escolar, com autonomia, e um olhar crítico e 
reflexivo a cerca realidade da sala de aula. A formação do professor proporciona 
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BETIM –MG 
2020 
 
conhecimentos científicos sistematizados a cerca das diferentes métodos e 
metodologias, preparando-o para a heterogeneidade da sala de aula, e 
consequentemente que realize o processo de ensino-aprendizagem com autonomia 
e consciência por meio da relação teoria e prática. 
 
Nesse enfoque é importante destacar a didática em diferentes tempos 
históricos: Na Escola Tradicional, na Escola Nova, na Era Tecnicista. 
 
Na Escola tradicional o aluno é passivo, receptor da tradição cultural e 
também é submetido a horários e currículos rígidos homogeneização e o seu 
relacionamento com o professor é magistrocêntrico, as disciplinas são rígidas, 
baseada em castigos e punições e a sua metodologia versa a prática deexercícios 
de fixação com leitura repetitiva e cópias com conteúdos dando ênfase no esforço 
intelectual de assimilação do conhecimento e a avaliação enfatiza aspectos 
cognitivos tendo como o centro a avaliação. Tendo como um dos representantes 
dessa era, Augusto Comte, surgiu sob o signo da hierarquia e vigilância, a sua 
tendência se inicia no século XVI, sendo influenciada pelo catolicismo voltado a 
escola jesuítica, um dos principais problemas encontrados é o ensino intelectualista 
e livresco. 
 
Na Escola Nova o aluno é o centro do processo e o seu relacionamento com 
o professor leva em consideração o professor como mediador da aprendizagem, as 
disciplinas são estimuladas discussões para compreensão, a sua metodologia 
valoriza o aprender fazendo e o conteúdo aprendido e não decorado e a avaliação 
conta com cooperação e solidariedade. Um dos representantes dessa era foi Dewey, 
teve como aspecto axiológico o interesse sobre métodos e técnicas, a sua tendência 
se inicia no século XIX, sendo influenciada pelo pensamento iluminista e liberal, um 
dos principais problemas encontrados é a minimização do professor. 
 
Na Era Tecnicista o aluno é caracterizado como futura mão de obra e o seu 
relacionamento com o professor propõe a divisão de tarefas, as disciplinas são 
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BETIM –MG 
2020 
 
rígidas baseadas no condicionamento, a sua metodologia é baseada em recursos 
tecnológicos, o conteúdo apresenta a preocupação com a apropriação do saber 
científico e a avaliação se dá por meio da verificação do passo a passo do 
cumprimento ou não dos objetivos propostos, atendendo a critérios mensuráveis. 
Um dos representantes dessa era foi Taylor, teve como aspecto axiológico uma 
visão de uma escola estruturada a partir do modelo empresarial, a sua tendência se 
inicia no século XX, sendo influenciada pelo Behaviorismo, pela filosofia positivista, 
por representante da pedagogia liberal e herdeira do cientificismo, um dos principais 
é a visão da escola estruturada no modelo empresarial. 
 
2.1. A DIDÁTICA DA ESCOLA TRADICIONAL 
 
Behresns (2009, p. 41). Esclarece que: 
 
O compromisso social dessa escola é a reprodução da cultura. 
Caracterizada pela disciplina rígida tem como finalidade ser agencia 
sistematizadora de uma cultura complexa e funciona como local de 
apropriação do conhecimento, por meio da transmissão de conteúdos e 
confrontação com modelos e demonstrações. A escola é reprodutora dos 
modelos e apresenta-se como único local em que se tem acesso ao saber. 
(BEHRESNS 2009, p. 41). 
 
 
A escola apresenta como único lugar em que ocorre a educação. O aluno não 
podia questionar o professor, porque essa teoria considerava o professor como 
centro do processo educativo, não reconhecia os conhecimentos prévios do aluno, 
porque o único detentor do conhecimento era o professor. O método era a repetição, 
memorização, imitação. O conteúdo era pronto e acabado, não podia ser 
questionado nem contrastado com a realidade. O papel do professor era presentar o 
conteúdo para seus alunos, devia passar as informações da mesma forma que se 
encontrava nos livros. 
 
2.2. A DIDÁTICA DA ESCOLA NOVA 
10 
 
BETIM –MG 
2020 
 
 
Segundo Mateus (2014) A Nova Escola deve imprimir um efeito contrario da 
Educação Tradicional. O professor perde seu caráter hierarquizado para centrar na 
figura do aluno, o espaço escolar precisa acolher o aluno para ele sentir-se bem na 
escola. O ambiente foi modificado, as paredes passaram a ter cores mais alegres, 
com ilustrações atrativas e cartazes coloridos, e as carteiras não precisavam ser 
enfileiradas, mas sim em grupos. 
 
O método de aprendizagem passa a basear se no interesse espontâneo e 
natural da criança pela aprendizagem, respeitando o nível de desenvolvimento de 
cada um. O conteúdo não é mais exposto pelo professor, e sim pela necessidade e 
interesses pessoais de cada aluno, o professor deve auxiliar o desenvolvimento livre 
e espontâneo do aluno, com autonomia em relação ao currículo e criar seu próprio 
tema e assunto. 
 
É importante destacar que essa didática trouxe para a educação mais 
consequências negativas do que positivas. 
 
A escola nova acabou provocando um afrouxamento da disciplina e 
despreocupação com a transmissão dos conhecimentos, acabou a 
absorção do escolanovismo pelos professores, por rebaixar o nível de 
ensino destinado as camadas populares, as quais muito frequentemente 
têm a escola o único meio de acesso ao conhecimento elaborado. Em 
contrapartida, a Escola Nova aprimorou a qualidade de ensino destinado ás 
elites. (SAVIANI, 2009. P. 9) 
 
A Escola Nova, em vez de resolver o problema da marginalização e da 
exclusão acabou agravando, em vez de melhorar a necessidade de melhor 
qualidade de ensino para manter os jovens e crianças no interior da escola. A 
educação desenvolveu um tipo de interesse das classes dominantes, acreditava que 
é melhor uma escola boa para poucos do que uma escola deficiente para muitos. 
 
11 
 
BETIM –MG 
2020 
 
2.2.1 . DIDÁTICA TECNICISTA 
 
 A sociedade industrial e capitalista exigiu da escola a formação de homens 
capazes de participarem do sistema produtivo em massa. O papel do professor era 
verificar se os educandos tinham as competências necessárias para aplicar e 
desenvolver diferentes técnicas. O aluno, por sua vez retomou seu papel de mero 
espectador frente á realidade. O ideal de conhecimento se resumia em possuir 
respostas prontas e corretas. 
 
A metodologia de ensino baseava em treino, o ensino tornou-se repetitivo e 
mecânico, pois acreditava que os alunos podiam absorver e reter maior quantidade 
de conteúdos, pela prática continua de exercícios e de repetições. Dentro dessa 
perspectiva de ensino o papel da escola na tendência tecnicista era o de treinar os 
alunos, que também servia para modelar o comportamento dos alunos para o 
mercado de trabalho. Berhrens (2009, p.50) diz que: 
 
A transferência da aprendizagem depende do treino; é indispensável a 
retenção, a fim de que o aluno pode responder as situações novas de forma 
semelhante às respostas dadas anteriores. A ênfase na repetição leva o 
professor a própria cópia exercício mecânicos e premiações pela retenção 
do conhecimento. (BERHRENS 2009, p.50) 
 
 
Para essa metodologia, o erro não faz parte da aprendizagem, a didática 
valoriza a resposta do aluno, especificamente a resposta correta. Caso contrário, 
indica incapacidade, incompetência, mostra que o erro deveria ser repreendido com 
rigor. Assim o ensino e a aprendizagem deixaram de formar um todo continuo e 
coeso para se tornar um sistema vazio e fechado, pois as disciplinas propostas pelo 
currículo deixavam mais uma vez de ter relação entre si, e organizou as áreas de 
conhecimento fragmentada e separada. 
 
 
2.2.2 DIFERENTES CONCEPÇÕES DIDÁTICAS 
12 
 
BETIM –MG 
2020 
 
 
Analisamos as diferentes concepções didáticas por meio da historia da 
educação. Os métodos estudados descreveram o ideal de professor, de aluno, de 
avaliação e métodos desenvolvidos pelos estudos didáticos em diferentes períodos 
históricos. Percebemos que as transformações sociais ocorridas ao longo do tempo 
exigem da escola uma nova postura, com diferentes concepções de ensino, e com 
novos objetivos para serem alcançados por alunos e professores. 
 
Partindo dos pressupostos, destacaremos a importância da alfabetização e 
letramento na educação infantil na sociedade contemporânea, como ocorre esse 
processo, quais são as metodologias, estratégias e recursos de ensino e 
aprendizagem na educação infantil. Lembrando que a proposta pedagógica deve 
prever formas de garantir a continuidade no processo de aprendizagem e 
desenvolvimento das crianças, sem antecipar os conteúdos que serão trabalhados 
no ensino fundamental. 
 
As instituições devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho 
pedagógico, para avaliaçãode desenvolvimento dos alunos por meio de registros, 
relatórios, álbuns, fotografias, desenhos entre outros. Mas sem objetivo de seleção, 
promoção ou classificação. Os alunos não podem ficar retidos na educação infantil, 
se caso não tiveram um bom desenvolvimento, a matricula deve ser automática, 
assim que completarem a idade certa deve-se matricular no ensino fundamental. 
 
A educação infantil faz parte da primeira etapa da educação básica, sendo 
que as crianças de 4 e 5 anos são obrigadas se matricular na instituição de 
educação infantil. Esta por sua vez tem como objetivo preparar os alunos para o 
ensino fundamental, onde será desenvolvida as suas capacidades e habilidades, 
motora, cognitiva, emocional cultural, Linguem Oral, Linguagem Escrita entre outros. 
 
A criança é a linguagem, desde bebê, o indivíduo tem a necessidade de 
interagir e de se comunicar, essa necessidade impulsiona o desenvolvimento da 
13 
 
BETIM –MG 
2020 
 
linguagem. A comunicação faz parte da vida de todos nós, para isso usamos a 
linguagem (Oral e Escrita), gestos, expressões, imagens. Podemos definir a 
linguagem como sendo um sistema arbitrário de símbolos, que tomados em 
conjunto, tornam possível transmitir e compreender uma infinita variedade de 
mensagens. 
A diretriz curricular nacional da Educação Básica diz a respeito sobre a 
aquisição da linguagem na educação infantil: 
A aquisição da linguagem da linguagem oral depende de as possibilidades 
das crianças observarem e participarem cotidianamente de situações 
comunicativas diversas onde pode comunicar-se, conversar ouvir história, 
narrar, contar um fato, brincar com palavras, refletir, e expressar seus 
próprios pontos de vista, diferenciar conceitos, ver interconexões, e 
descobrir novos caminhos de entender o mundo. É um processo que 
precisa ser planejado e continuamente trabalhado. (BRASIL, 2013, p.94). 
 
Nesse aspecto podemos dizer que a criança aprende a língua a partir da 
interação com outras pessoas da sua comunidade verbal, ou seja, as pessoas que 
fala a mesma língua. A criança tem a escola que contribui para a sua interação 
social e aprendizado, além da família. Ao enfatizarmos sobre o trabalho da 
linguagem oral na escola, não há como deixar de comparar a importância da 
linguagem escrita. 
 
Também a linguagem escrita é objeto de interesse pelas crianças. Vivendo 
em um mundo onde a língua escrita está cada vez mais presente, as 
crianças começam a se interessar muito antes que os professores 
apresentem formalmente. No entanto há que se apontar que essa temática 
não está sendo muitas vezes adequadamente compreendida e trabalhada 
na educação infantil. O que se pode dizer é que o trabalho com a língua 
escrita com as crianças pequenas não pode decididamente ser uma prática 
mecânica desprovida de sentido e centrada na decodificação do escrito. 
Sua apropriação pela criança se faz no reconhecimento, compreensão e 
fruição da linguagem que se usa para escrever, mediada pela professora e 
pelo professor, fazendo-se presente em atividades prazerosas de contato 
com diferentes gêneros escritos, como a leitura diária de livros pelo 
professor, a possibilidades da criança em manusear livros e revistas e 
produzir narrativas e ‘‘ textos’’, mesmo sem saber ler e escrever. (BRASIL, 
2013, p. 94). 
 
 
14 
 
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2020 
 
Nesse sentido, podemos destacar a importância de se trazer para o dia-a-dia, 
atividades de leitura para a Educação Infantil, com intuito de desenvolver as diversas 
capacidades envolvidas nesse processo. Portanto, é necessário a leitura diária e 
atividades que envolvam textos dos mais diversos gêneros. A leitura do professor é 
fundamental na primeira etapa da educação básica, porque as crianças ainda não 
leem eficazmente por si mesmas. É preciso o professor usar estratégias e 
situações, para apresentar diferentes tipos de textos. 
 
 
3. A LIGUAGEM ORAL NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS 
 
A linguagem oral faz parte do cotidiano das crianças e dos adultos, logo, está 
presente, na instituição de educação infantil e na vivência das crianças com suas 
famílias. As crianças falam umas com as outras, os adultos se comunicam entre si e 
com as crianças, transmitem ideias, vontades, sentimentos. 
Para Vygotsky como assinala Kohl (1995. p. 47): 
 
“(...) por volta dos dois anos de idade, o percurso do pensamento encontra-
se com o da linguagem e inicia uma nova forma de funcionamento 
psicológico: a fala torna-se intelectual, com função simbólica, generalizante, 
e o pensamento torna-se verbal, mediado por significados dados pela 
linguagem. Enquanto que no desenvolvimento filogenético foi à necessidade 
de intercâmbio dos indivíduos durante o trabalho que impulsionou a 
vinculação dos processos de pensamento e linguagem, na ontogênese esse 
impulso é dado pela própria inserção da criança num grupo cultural. A 
interação com membros mais maduros da cultura, que já dispõem de uma 
linguagem estruturada, é que vai provocar o salto qualitativo para o 
desenvolvimento verbal”. (Kohl 1995. p. 47) 
 
 
 
Vygotsky deixa claro a importância da mediação do outro no processo de 
aquisição da linguagem oral. Nesse sentido, os trabalhos nas instituições de 
educação infantil devem caminhar para possibilitar o desenvolvimento dessa 
linguagem nas crianças. Procuramos estabelecer práticas como, conversas com as 
crianças durante os momentos de higiene, alimentação, nas rodas, isto é, interagir 
de forma a tornar presentes na educação das crianças pequenas à linguagem oral. 
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Quanto mais a criança puder falar em diferentes situações como contar história, 
explicar uma brincadeira, solicitar ajuda, contar o que fez em casa mais ela ampliará 
sua capacidade comunicativa. Por volta dos dois anos que a palavra começa a 
funcionar como signo (Kohl, 1995), esses é que possibilitam o início não só a 
comunicação, relação interpessoal, como também, à habilidade de narrar 
(Girardello, s.d.). O adulto oferece uma relevante contribuição ao desenvolvimento 
da competência narrativa, possibilitando assim, a interação verbal. 
O professor pode ter o objetivo de trabalhar certos aspectos de comunicação 
oral e escrita mesmo nos momentos mais triviais do dia a dia. Durante a rotina 
escolar, as crianças realizam varias atividades, alimentação e higiene pessoal, 
rodinhas de conversas e das histórias. Durante essas atividades as crianças 
conversam e prestam atenção ao seu redor e utilizam a comunicação de forma 
espontânea, assim o professor pode explorar as habilidades e capacidades oral e 
escrita por meio da rotina diária das crianças. 
 
A Roda é uma excelente estratégia de organização do grupo, pois facilita a 
comunicação e pode ser explorada de diferentes maneiras. Dessa forma é possível 
produzir um cartaz com os combinados do grupo a respeito da roda. O cartaz será 
produto do discursão coletivo, cabe o professor encaminhar o processo de sua 
produção, mas levando em consideração a faixa etária das crianças e as 
características do grupo. 
 
 
3.1. A CHAMADA 
 
Um exemplo de como explorar a leitura dos nomes dos integrantes do grupo. 
Para isso é preciso ter uma sala de aula com um cartaz que contenha uma lista com 
o nome dos integrantes do grupo, em ordem alfabética, além de fichas soltas com o 
nome de cada aluno. 
 
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Apresentar situações que propiciem a escolha é sempre muito proveitoso, 
pois ajuda a desenvolver a autonomia das crianças já que eles terão que escolher 
algo que será realizado em grupo todo. Quando todos conhecerem bem as músicas 
é momento de registrá-las em um cartaz. É importante que o nome da música venha 
acompanhado de um desenho para que elas possam escolher cada canção pela 
respectiva figura. A produção do cartaz e escolha da música se torna um momento 
de leitura em que por meio de questões, ajudará a criança a criar e a acionar 
estratégiaspara conseguir ler o que está escrito, mesmo que não sabe fazê-lo 
convencionalmente. 
 
 
3.2. A RODA DE HISTÓRIAS 
 
O professor escolhe previamente um título e lê a história para o grupo, Antes 
de iniciar propriamente a leitura, é importante conversar com os alunos a respeito do 
livro, mostrando o motivo da escolha do título. Em seguida leia o título, o nome do 
autor, e do ilustrador. 
 
As crianças de 4 e 6 anos já têm total condição de ouvir histórias mais 
longas. Para essa faixa etária continua valendo contos de fadas, fábulas, 
contos populares, mitos, lendas, entre outros tipos de narrativas. Com 
crianças de 5 e 6 anos, é até possível ler, capítulos, um livro um pouco mais 
longo. Falamos aqui de histórias, mas a poesia, as parlendas e as 
quadrinhas são bem-vindas em qualquer faixa etária. (CARDOSO, 2013, p. 
73) 
 
Contar histórias em momentos variados e também muito bom. O professor 
pode utilizar de estratégias e recursos para que as crianças desenvolvam a 
imaginação, concentração, curiosidade, atenção como: panelas, colheres de pau, 
fantoches, dedoches, instrumentos musicais como, chocalho, pandeiro, entre outros. 
É importante que a leitura do texto escrito tenha espaço reservado. 
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Acreditamos que a escrita de textos for trabalhada na educação infantil, uma 
tarefa que no futuro é considerada árdua e penosa por muitos alunos passará a ser 
mais tranquila e prazerosa. Segundo Cardoso (2013, p.83) ‘‘ atualmente sabe-se 
que crianças de 4 e 5 anos já tem condições de perceber com clareza as 
características de diversos gêneros textuais tanto quando alguém lê um texto para 
elas como quando produzem um texto’’. 
Destacamos a importância do trabalho em grupo na sala de aula, para que as 
interações aconteçam da maneira mais produtiva possível é preciso pensar como 
dispor os alunos no espaço de forma a propiciar as trocas tão necessárias à 
aprendizagem. Para isso o professor deve elaborar um planejamento, onde ele 
possa alcançar seus objetivos, por meio da mediação dessa situação didática. 
 
Segundo Girão e Brandão (2013) a produção de texto em grupo, oportuniza a 
construir a interação intelectiva, as crianças podem confrontar ideias conhecimentos 
e expressar seus pensamentos. A produção textual deve estar inserida no cotidiano 
através de oportunidades que emergem as necessidades do ambiente escolar. 
Como tem discutido a produção de textos coletivos, constitui o desafio de produzir 
um texto oral com destino escrito. 
 
Nesse sentido, frisamos que o papel do escriba é desempenhado pelo 
professor é fundamental que elas participem ativamente, sugerindo certas 
informações no texto, ainda que façam isso oralmente, concebemos que as crianças 
são produtoras de textos escritos. A linguagem oral e escrita são as principais 
formas de comunicação humana, sendo que a leitura á a realização da escrita que 
por sua vez e a materialização da fala. 
A oportunidade de participar de eventos de letramento na Educação Infantil 
também traz contribuições importantes no processo de construção 
conceitual da criança sobre o sistema de escrita alfabética. Ao ver a 
professora escrevendo textos em diferentes situações, as crianças pensam 
sobre o que a escrita representa e constroem conhecimentos que serão 
mobilizados nos momentos em que tiveram que ler ou escrever de forma 
autônoma. (GIRÃO; BRANDÃO, 2013, p. 123). 
 
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O conhecimento textual e adquirindo ao longo da aprendizagem da leitura 
quando entra em contatos com diversos gêneros textuais. O processo de evolução 
da leitura começa na alfabetização e não tem fim. Os estímulos à produção de 
textos escritos com crianças que ainda que não se apropriaram do sistema da 
escrita alfabética tem sido enfatizado em algumas orientações oficiais dirigidas as 
professoras que atuam na Educação Infantil. 
 A produção de textos na Educação Infantil tem sido amplamente 
recomendada a professores. Segundo Girão e Brandão a produção de texto tem 
sido mencionada em diversas propostas elaboradas por especialistas e secretárias 
de educação de diferentes municípios no país. Foi encontrada a defesa dessa 
proposta, por exemplo, no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. 
 
A busca da escrita e da leitura deve ser numa consciência crítica da 
importância do letramento na vida social do cidadão. Um processo de ensino e 
aprendizagem de leitura e escrita não pode ser construído como mundo a parte, 
como uma simples decodificação. É necessário aprender ler e escrever e ainda 
exercer as práticas sociais que usam a leitura e escrita. A superação da 
decodificação de signos devendo existir a partir da leitura uma relação direta com a 
vivência de cada um, na qual interligamos signos e significados para uma execução 
em conjunta. 
 
Para a formação humana, é necessário aprofundar as habilidades leitoras e 
para que isso a leitura tem que ser compreendida pelas etapas, níveis e 
concepções. A literatura infantil ajuda na compreensão do problema dos valores da 
convivência social. Não é apenas um instrumento de discursão, mas também um 
material didático importantíssimo na formação social da criança desde levando em 
consideração a faixa etária e as etapas de desenvolvimento de cada criança. 
 
A literatura estimula as funções motoras e intelectuais, a formação da 
personalidade, desenvolvimento imaginário, contribui para o desenvolvimento do 
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vocabulário, aquisição de estruturas linguísticas. A criança adquire melhores 
condições de formar sua identidade social, aperfeiçoar seu processo de 
sociabilidade. Os conteúdos devem ser de fácil entendimento, ausências de temas 
adultos não apropriados a crianças. 
 
As narrativas devem ser relativamente curtas, com presença de estímulos 
visuais, linguagem simples, apresentando um fato ou uma história de maneira clara. 
Devem ser orientadas sobre as regras da sociedade, comportamentos sociais, 
possuir mais diálogos, diferentes conhecimentos com poucas descrições, as 
crianças são os principais personagens da história. A literatura deve ser uma fonte 
repleta de sensações, emoções, imaginações que tocam a criança, fazendo-a viajar 
e sonhar, cumprindo o papel da literatura. 
 
O professor deve estar atento aos conteúdos, se estes são adequados, caso 
contrário o aluno pode sentir entediado e desestimulado. Para evitar a frustação, o 
professor deve possibilitar um ambiente que favoreça o desenvolvimento de suas 
potencialidades cognitivas, para que ela possa mostrar suas capacidades. 
Percebemos que o professor é fundamental na mediação do conhecimento dos 
alunos e, para que ocorra a aprendizagem, para isso o professor deve utilizar de 
recursos que facilita a apropriação do conhecimento. 
 
Por tanto é relevante destacar que o ambiente alfabetizador deve ser 
apropriado, contendo recursos pedagógicos, na sala de aula deve ter o cantinho da 
leitura, em uma estante baixa, ou em caixotes de madeiras, cestos ou algum suporte 
que permite o fácil acesso aos livros. O professor deve atuar como mediador, o que 
auxilia o aluno na transformação da informação em conhecimento, mas, para isso, o 
professor deve ser criativo e inovador, facilitando o acesso dos alunos ao 
conhecimento científico sistematizado. Sendo assim é fundamental que os 
professores tenham conhecimento e habilidades, na qual deve ter uma formação 
inicial e continuada, para que promova uma educação de qualidade. 
 
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3.2.1 A LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS: MODELAGEM, COLAGEM E 
PINTURA 
 
As atividades como as esculturas, colagem e pintura são formas de 
linguagem que expressam, comunicam e atribuem sentidosas sensações, 
sentimentos, pensamentos e a realidade por meio da organização de vários 
elementos como linhas, formas, pontos, além de volume, espaço, cor e luz 
(R.C.N.E.I., 1998). Nesse sentido, é uma importante fonte de saberes. 
 
As artes visuais na educação infantil têm um papel fundamental. Dispõe para 
a criança uma experiência estética que a estimula e aguça a sua curiosidade e 
sensibilidade, além de envolver aspectos cognitivos e culturais. 
 
Observamos em nossa prática que possibilitar momentos em que a criança 
possa se expressar e se colocar dentro de uma produção artística é também fazer 
com que ela se envolva e se sinta parte da obra, se sensibilize com a sua 
construção. 
 
 As artes visuais possibilitam às crianças que, por meio do contato com suas 
próprias obras, com a das outras crianças e as obras de artistas reconhecidos, 
amplie seu conhecimento do mundo e de cultura. Oferece para a criança, que ela ao 
produzir arte, na atividade de desconstruir e construir peças, pintar, rabiscar, colar, 
descolar, sobrepor materiais, desenvolva o gosto, o cuidado e o respeito pelo 
processo de produção e criação como forma de comunicação e expressão. 
 
Como percebemos a brincadeira com a modelagem, com a colagem e com a 
pintura, a partir do jogo de construção e desconstrução na produção, com massa, 
por exemplo, vai dando forma vai sendo transformada pelo imaginário da criança e 
assim, ganhando novos significados. A fantasia do real entra e cena, e 
parafraseando SARMENTO (2004), “essa mistura entre o mundo real e o imaginário 
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permite a criança à construção de novas significações e uma forma diferente de se 
relacionar com o mundo”. Para VYGOTSKY (1991), “a essência do brinquedo é a 
criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção 
visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”. 
 
Em vários momentos de nossa atuação percebemos que as crianças criam e 
recriam espaços, materiais, objetos. E no caso da brincadeira com massinha 
É na brincadeira que a criança se transporta para um outro mundo, “o mundo 
ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados” como 
assinala VYGOTSKY (1991). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
No contexto de valorização e reconhecimento do lúdico como "veículo" de 
crescimento infantil e ao mesmo tempo possibilitador da autoafirmação da criança 
como ser histórico e social, evidenciou-se desenvolver a ideia deste tema pensando 
como o professor realiza no seu cotidiano as atividades variadas que potencialize a 
capacidade da criança. 
 
A pesquisa em questão sinaliza evidenciando que a ludicidade pode contribuir 
de forma significativa para o desenvolvimento da criança, especialmente no que se 
refere ao seu processo de socialização, sua comunicação, sua expressão e 
fundamentalmente, sua capacidade de abstração e de relacionamento. 
 
Nesse aspecto, respeitando as diversidades e heterogeneidade da sala de 
aula e problematizar a realidade vivenciada na sala de aula, por meio da pesquisa e 
investigação em um processo contínuo e reflexivo, delineando caminhos que lhe 
permita interrogar e refletir sobre a sua prática profissional, acerca do processo de 
alfabetização e letramento dos alunos da educação infantil, sem antecipar os 
conteúdos do ensino fundamental e explorando o lúdico como ferramenta 
pedagógica. 
 
A educação vem avançando e superando desafios no que tange o trabalho 
com as múltiplas linguagens presentes na educação das crianças. Esperamos num 
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tempo não muito distante uma pedagogia que trabalhe no cotidiano das crianças por 
meio das brincadeiras e das interações, todas as múltiplas dimensões: corporal, 
expressivas, estética, lúdica, sexual, psicológica, social, afetiva, cognitiva e as 
múltiplas linguagens possíveis: musical, plástica, corporal, dramática, oral, 
proporcionando as crianças à construção de suas identidades da forma mais rica 
possível. Tornando o espaço da pré-escola um lugar de pertencimento e de 
vivências sócio culturais. No qual as crianças se sintam à vontade para viajar no 
imaginário e construir conhecimentos, caminhando para a construção efetiva da 
cidadania e do bem comum. 
5. REFERÊNCIAS 
 
BRANDÃO, Ana Carolina Perrussi ; LEAL, Telma Ferraz. Ler e escrever na 
Educação Infantil: discutindo práticas pedagógicas. Alfabetizar e letrar na 
Educação Infantil: o que isso significa? / BRANDÃO. A. C. P; ROSA. E. C. S 
(Org.) -2. ed.- Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013, p14. 
 
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Conselho 
Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CNB/CEB nº 5, de 
17 de dezembro de 2009.Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil. Brasília, 2013, p.94. 
 
BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. 
3. Ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2009. 
 
CARDOSO, Bruna Puglisi de Assumpção. Práticas de linguagem oral e escrita na 
educação infantil. São Paulo: Editora Anzol, 2013, p. 73-83. 
 
FREIRE, Paulo. Professora Sim Tia Não. Das relações entre a educadora e os 
educandos. 13 ed. São Paulo-SP: Editora Olho d’Àgua, 2003. 
 
24 
 
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática 
educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 
 
FREITAS, M. C. Os intelectuais na história da infância. KUHLMANN JÚNIOR, M. 
(Orgs). Cortez, 2002. 
 
GIRÃO, Fernanda Michelle Pereira; Brandão, Ana Carolina Perrussi. Ler e escrever 
na Educação Infantil: discutindo práticas pedagógicas. Ditando e escrevendo: a 
produção de textos na Educação Infantil / BRANDÃO. A. C. P; ROSA. E. C. S 
(Orgs.) -2. ed.- Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013, p.123. 
 
MELLO, S.A. O processo de aquisição da escrita na educação infantil: 
contribuições de Vygotsky. In: FARIA, A.L.G.; MELLO, S.A. (Orgs). O mundo da 
escrita no universo da pequena infância. Campinas, SP: Autores Associados, 2005. 
 
OLIVEIRA, Zilma Ramos (Org). O trabalho do Professor na Educação Infantil. 
Instrumentos do Professor para aprimoramento do seu trabalho. São Paulo-SP: 
Editora Biruta, 2012. 
 
SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. 41. ed. São Paulo: Autores Associados, 
2009. 
 
SOARES, Magda. Letramento: Um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: 
Autêntica, 2004. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. PIMENTEL, Susana Couto. O Professor e a 
Educação inclusiva. Formação, Práticas e Lugares. Formação de Professores para 
a Inclusão. Saberes necessários e percursos formativos. In: MIRANDA, Theresinha 
Guimarães; FILHO, Teófilo Alves Galvão (Org.). Salvador, BA: Editora Edufba, 210 
	1. INTRODUÇÃO
	2. ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E os seus DESAFIOS
	2.1. A DIDÁTICA DA ESCOLA TRADICIONAL
	2.2. A DIDÁTICA DA ESCOLA NOVA
	2.2.1 . DIDÁTICA TECNICISTA
	3. A LIGUAGEM ORAL NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS
	3.1. A CHAMADA
	3.2. A RODA DE HISTÓRIAS
	3.2.1 A LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS: MODELAGEM, COLAGEM E PINTURA
	4. COnsiderações finais
	5. REFERÊNCIAS

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