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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO

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RESUMO PARA AV2- PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO -AULA 7 A 16 
 A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
 
XParentalidade - É a relação estabelecida entre pais e filhos. 
XConjugalidade - Dois sujeitos, com suas diferentes histórias de vida, se unem e estabelecem uma 
relação. 
 Mito do amor materno (Badinter) - o amor materno enquanto instinto (universal e natural), é um 
mito construído sócio historicamente. O amor materno, portanto, não é inato nem inscrito desde 
sempre na natureza feminina. 
A mulher era feita para ser mãe, e uma boa mãe. As exceções eram consideradas patológicas. 
O amor materno, portanto, não é uma norma, mas é adquirido ao longo dos dias passados ao lado do 
filho, e por ocasião dos cuidados que lhe são dispensados. 
XParentalidade - não se estabelece automaticamente a partir da chegada de um filho, mas é 
um complexo e lento processo. 
Tornar-se pai ou mãe é investir afetivamente na criança, reconhecendo-a como filho. 
A filiação não está apoiada apenas na realidade genética, mas deve ser fundada no desejo e na 
disponibilidade de assumir a função parental. 
Ao nascer, a criança recebe o direito à cidadania, ou seja, é natural de algum lugar. Nome e sobrenome 
indicam pertencimento a um grupo familiar. Quando nomeada, a criança é incluída em uma rede de 
parentesco a qual se vinculará, e a família será responsável pela produção de sua identidade social. 
Filiação socioafetiva - aqueles que se intitulam pais que irão inscrever o sujeito em uma família. É 
necessário também que tenha sido tratado, educado e mantido por aqueles como filho e, portanto, 
reconhecido como tal pela sociedade e pela família. 
XConjugalidade X Parentalidade: separações e recasamentos 
O fracasso conjugal dos pais não impede que se continue a assegurar conjuntamente as funções parentais. 
Os laços conjugais se rompem, mas há necessidade de cuidar dos laços parentais. 
Mesmo que o laço conjugal se desfaça, espera-se que o laço parental se fortaleça e, idealmente, os ex-
cônjuges devem permanecer pais em conjunto e de comum acordo. 
A criança irá se defrontar com a multiplicação dos papéis parentais e a distribuição da função de pai e mãe 
para outros homens e mulheres, na medida em que padrastos e madrastas passam a conviver com ela. 
XGuarda Compartilhada No processo de dissolução do vínculo conjugal por separação judicial ou 
pelo divórcio consensual, espera-se que os pais possam entrar em acordo sobre a guarda dos filhos. 
Até recentemente, o mais comum era a adoção do modelo de guarda unilateral, geralmente concedida à 
mãe, por se acreditar que ela teria melhores condições para exercê-la. 
Atualmente temos a Lei nº 13.058, de 22 de dezembro de 2014 que surgiu para estabelecer o significado 
da expressão “guarda compartilhada” e dispor sobre sua aplicação. 
Com a guarda compartilhada, pretende-se atenuar o impacto negativo da ruptura conjugal, mantendo 
ambos os pais envolvidos na criação dos filhos. Sua proposta é corresponsabilizar ambos os genitores em 
todas as decisões e nas atividades referentes aos filhos, de modo que possam participar em igualdade de 
condições. O que se compartilha é a guarda jurídica, seus deveres e direitos legais em relação à assistência 
prestada aos filhos e não, necessariamente, à guarda física. 
 
XA Alienação Parental fere o melhor interesse da criança, pois o interesse dos pais prevalece 
sobre os interesses dos filhos, provocando danos em seu desenvolvimento. 
 
 
O termo alienação parental foi utilizado em meados dos anos 1980 por Richard Gardner. 
O autor denominou de Síndrome de Alienação Parental (SAP) o que seria um distúrbio 
infantil provocado em menores de idade expostos às disputas judiciais entre seus pais. 
 A criança demonstraria uma intensa rejeição a um dos genitores (o genitor alienado) como 
resultado de manipulação psicológica realizada pelo outro genitor (o genitor alienador), 
sem que houvesse uma justificativa para isso. 
Questiona-se a classificação de tal comportamento como uma síndrome, pois se entende 
que existem muitos fatores que podem contribuir para sua ocorrência e não apenas a 
patologia dos genitores. 
Na lei nº 12.318/2010, que dispõe sobre a alienação parental, ela é descrita como sendo a 
interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida 
por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob a sua 
autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao 
estabelecimento ou à manutenção de vínculos com ele. Existem 7 itens elencados, no 
parágrafo único do Art. 2, da referida lei, em que são exemplificadas formas de 
alienação parental: 
• Realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da 
paternidade ou maternidade; 
• Dificultar o exercício da autoridade parental; 
• Dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
• Dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
• Omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a 
criança ou adolescente, 
• Apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para 
obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
• Mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência 
da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 
A menos que um dos pais seja física ou 
psicologicamente nocivo para o filho, nada justifica 
a privação do exercício da função parental, sendo a 
convivência com ambos os pais um direito 
inalienável atribuído à criança. 
A criança tem o direito de continuar ligada às duas 
famílias e ser impregnada por suas histórias. 
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 
 
A violência é um comportamento cada vez mais frequente nas relações sociais, em todas as sociedades. 
Não é possível analisar qualquer comportamento humano dissociado de seu contexto, de quem o pratica e 
dos estímulos internos e externos que o motiva. 
 
 
A sociedade violenta desenvolve estratégias tecnológicas, materiais e humanas para lidar com a violência, 
incorporando-as à vida das pessoas. 
 Definições de Violência 
DICIONÁRIO HOUAISS – ação ou efeito de violentar, empregar a força física (contra alguém ou algo) ou 
intimidação moral (contra alguém); ato violento, crueldade, força. 
Aspecto jurídico – constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém para submeter-se à vontade do 
outro; coação 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE – OMS – imposição de um grau significativo de dor e sofrimento 
evitáveis. 
COMUNIDADE INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - a violência é compreendida como toda violação 
de direitos civis; políticos; econômicos e culturais. 
PSICOLOGIA – BOCK , FURTADO E TEIXEIRA - uso desejado da agressividade, com fins destrutivos, 
podendo ser voluntário, racional e consciente ou involuntário, irracional e inconsciente. 
MANGINI (2008) - a violência ocorre quando a agressividade não está relacionada à proteção de interesses 
vitais, trazendo em si a ideia de destruição entre seres da mesma espécie, quando outras soluções 
poderiam ser empregadas. 
A agressividade, segundo Mangini (2008), citada por Fiorelli e Mangini (2010), é como se fosse uma força, 
um comportamento, algo que ajuda a sobrevivência e a adaptação do indivíduo. 
Para essa autora (Mangini, 2008), a agressividade é uma característica da personalidade que aparece no 
comportamento da pessoa. 
Não canalização da agressividade para fins construtivos - a falta de estabilidade emocional, 
a impulsividade e a baixa tolerância a frustrações 
Mecanismos de controle da agressividade - por exemplo, a educação, a lei e a tradição. 
Desde a infância - o serhumano é levado a aprender a reprimir e a não expressar a agressividade de forma 
descontrolada. 
Mundo - transformação dos impulsos agressivos em produções consideradas socialmente positivas, como 
a criação intelectual, as artes e o esporte. 
Violência e agressividade - contexto social e cultural no qual o ato é realizado. 
O comportamento agressivo em um contexto pode ser considerado violência em outro, e vice-versa. 
Não há uma linha divisória entre a agressividade e a violência. A interpretação dessas situações dependerá 
do contexto legal e sociocultural. 
Interpretação dinâmica - porque se modifica na medida em que os 
costumes se modificam. 
 
XTeorias sobre a agressividade 
Violência estrutural 
Nesse grupo de classificação da violência se enquadram aquelas 
violências que negam a cidadania para alguns indivíduos ou determinados grupos de pessoas, pautados 
principalmente na discriminação social contra os “diferentes”. 
Violência urbana 
As formas de violência, tipificadas como violação da lei penal, como: 1) assassinatos, 2) sequestros, 3) 
roubos e, 4) outros tipos de crime contra a pessoa ou contra o patrimônio formam um conjunto que se 
convencionou chamar de violência urbana, porque se manifesta principalmente no espaço das grandes 
cidades. 
A violência urbana, no entanto, não compreende apenas os crimes, mas todo o efeito que provoca sobre 
as pessoas e as regras de convívio na cidade. A violência urbana prejudica a qualidade das relações sociais, 
destrói a qualidade de vida das pessoas. 
 
 
Um dos principais fatores que gera a violência urbana é o crescimento acelerado e desordenado das 
cidades. 
Violência institucional 
A violência institucional é aquela praticada nas instituições prestadoras de serviços como hospitais, postos 
de saúde, escolas, Delegacias, Judiciário. 
É perpetrada por agentes que deveriam proteger as vítimas de violência garantindo-lhes uma atenção 
humanizada, preventiva e também reparadora de danos. 
 Violência simbólica 
A violência simbólica é um tipo de atentado, desvalorização ou restrição do patrimônio material ou 
imaterial de determinado grupo identificado culturalmente. São relações estabelecidas entre grupos 
dominantes e dominados que aparecem de forma “naturalizada”. 
A violência simbólica é sutil e permeia nosso cotidiano de forma implícita 
Violência doméstica 
A violência doméstica é o tipo de violência que ocorre no lar, compreendido como o espaço de convívio 
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas. 
Existem cinco tipos de violência doméstica: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A negligência é 
o ato de omissão do responsável pela criança/idoso/outra (pessoa dependente de outrem) em 
proporcionar as necessidades básicas, necessárias para a sua sobrevivência, para o seu desenvolvimento. 
Violência psicológica 
Violência psicológica é um tipo de violência que geralmente ocorre de forma “indireta”, como 
humilhações, ameaças, palavrões, privação de liberdade, entre outras. 
A agressão não ocorre necessariamente em seu corpo, mas a violência gera transtornos de natureza 
psicológica, constrangendo a vítima a adotar comportamentos contra sua vontade ou tirando-lhe a 
liberdade. 
Violência sexual 
A violência sexual ocorre quando o agressor 
abusa do poder que tem sobre a vítima para obter 
gratificação sexual, sem o seu consentimento, sendo 
induzida ou obrigada a práticas sexuais com ou sem 
 Violência física. 
Violência verbal 
Muitas pessoas confundem a violência verbal. Ela pode 
ocorrer através do silêncio, que muitas vezes é muito 
mais violento do que os métodos utilizados habitualmente, como as ofensas 
morais (insultos), depreciações e os interrogatórios infindáveis. 
Violência física é o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou 
não marcas evidentes. São comuns, murros, tapas e agressões com diversos 
objetos e queimaduras. 
Atos como violência, desrespeito, mentira, roubo, intimidação e depredação são 
exemplos de conduta antissocial, pois vão contra a ideia que se tem de vida social positiva e colaborativa. 
Transtorno de personalidade antissocial O chamado Transtorno de Personalidade Antissocial se 
refere aos indivíduos que têm conduta inadequada com frequência. Para eles, não há o certo e o errado como 
conhecemos e, além disso, não há a preocupação em respeitar o espaço, as regras e os direitos das outras 
pessoas. 
 
 
Alguns especialistas atribuem esse transtorno aos chamados psicopatas ou sociopatas, que são aqueles que 
cometem crimes e não são capazes de sentir arrependimento ou remorso. Contudo, é importante deixar 
claro que não há um consenso entre a sociedade médica a respeito desse assunto. 
O que motiva esse comportamento 
Assim como no caso de diversos outros distúrbios psicológicos, o comportamento antissocial pode ter tanto 
de origens genéticas quanto ambientais. Nesse sentido, uma pessoa que vem de uma família com histórico 
desse problema pode vir a apresentá-lo também, ou pode ter origem em traumas, como diversos tipos de 
abusos vividos na infância, abandono, agressões psicológicas e a falta de estrutura familiar, por exemplo. 
Um indivíduo que cresceu em um ambiente negativo e não aprendeu a importância da empatia, tem maiores 
chances de apresentar o comportamento antissocial. O ato de se colocar no lugar do outro para medir as suas 
ações é muito importante e deve ser ensinado às crianças desde cedo. 
Distúrbio explosivo da personalidade 
No distúrbio explosivo da personalidade, encontramos, como característica mais marcante, a 
tendência a agir impulsivamente, desprezando as eventuais consequências do ato impulsivo, 
acompanhada de instabilidade afetiva. Os frequentes acessos de raiva podem levar à violência ou 
à explosões comportamentais. Essas situações podem ser desencadeadas mais facilmente 
quando as suas atitudes são criticadas ou impedidas pelos outros. Este distúrbio é caracterizado 
pela instabilidade do estado de ânimo com possibilidades de explosões de raiva, ódio, violência 
ou afeição. A violência pode ser física ou verbal e as explosões de raiva fogem ao controle destas 
pessoas. Entretanto, estes indivíduos não têm problemas de socialização, ao contrário, são 
simpáticos, bem falantes, sociáveis e educados quando fora das crises. Há uma extrema 
sensibilidade aos aborrecimentos causados por pequenas situações ambientais que irão produzir, 
nos explosivos, respostas de súbita violência e agressividade sem controle. Normalmente, 
chamamos essas pessoas de “pavio-curto” ou de “cinco-segundos”. 
Distúrbio borderline da personalidade 
O distúrbio borderline da personalidade é um distúrbio mental com um 
padrão característico de instabilidade na regulação do afeto, no controle de impulsos, nos 
relacionamentos interpessoais e na imagem de si mesmo. O termo borderline, que na língua 
inglesa significa “fronteiriço” não se refere ao limite entre um estado normal e um psicótico, mas a 
uma instabilidade constante de humor. São indivíduos sujeitos a acessos de 
 
OBS:. Pgs77 a 78 / 113 a 116 
 
Constituição Federal 
Artigo 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país 
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade... 
III — ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; 
X — são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
XLI — a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais.Assédio moral é a exposição de alguém as situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e 
prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
1- O assédio é realizado por profissionais despreparados para o cargo. Embora não seja regra absoluta, 
normalmente o assediador é um superior hierárquico. Entretanto, o assédio também pode acontecer entre 
colegas e de subordinados para a chefia; 
2- A principal característica do assédio moral é a HUMILHAÇÃO E/OU PERSEGUIÇÃO DIRETA- ou 
INDIRETA- sofrida pela pessoa. 
3- É necessário que haja REPETIÇÃO dos atos do assediador, uma vez que situações isoladas não 
caracterizam assédio. 
4- Por HUMILHAÇÃO podemos entender atos que INTENCIONALMENTE: 
 usem de brincadeiras (racistas, sexistas) e outros comentários fora de contexto e que visem denegrir a 
imagem do colaborador; 
 usem de ironia e descaso como ignorar um trabalho feito, desmerecer a inteligência, a formação, ou 
mesmo a presença do colaborador no ambiente de trabalho; 
 a não delegação de trabalho ou delegar funções que estão aquém ou muito além do cargo para gerar 
constrangimento ou isolamento. Ex: Colocar o colaborador de castigo; 
 desvalorizar sofrimento físico ou emocional, mesmo mediante atestados médicos (dizer que a dor é 
frescura, que quem tem depressão não dá risada, etc); 
 não permitir que a pessoa fale ou que se defenda em uma argumentação; 
 punições desproporcionais às normas de conduta utilizadas pela empresa; 
 tom de voz alto, agressivo, depreciativo; 
 a alteração de horários do colaborador para isolá-lo dos colegas e impedir que socialize; 
 não permitir folgas, tratar de forma diferente do grupo; 
 pressão por cumprimento de metas com humilhações para quem não as atinge (dancinhas da garrafa, 
entre outras). 
 
 O psicólogo e a violência 
 Vamos chamar a atenção para o fato de que a violência se manifesta em 
 diferentes contextos — urbano, familiar, trabalho, entre outros. Assim, 
 de acordo com a compreensão de violência anteriormente descrita, o 
 agente que causa maiores danos dentro de uma situação de violência 
 é aquele que detém maior poder em cada um desses contextos, e, por 
 isso, é identificado como autor da violência. A violência causa muitos 
 danos àqueles que são submetidos a ela, tais como: danos físicos, danos 
 emocionais e, em última instância, a morte. Assim, estudos e programas 
 voltados à promoção da saúde de pessoas envolvidas em situações 
 de violência (autores e vítimas) são de muita importância na busca 
 da eliminação e prevenção de violências, bem como na promoção de 
 cuidados àqueles já expostos a elas. 
 Desde a década de 1970, a Psicologia destina especial atenção às 
 práticas que ampliem o compromisso do psicólogo com os problemas 
 sociais do nosso país (SAWAIA, 2003). Assim, as práticas de muitos psicólogos 
 passaram a ser orientadas pelo desafio de compreender esse novo 
 campo de trabalho, o que implica também em mudanças em suas próprias 
 concepções sobre os fenômenos que se tornaram parte do seu cotidiano 
 profissional 
 Direito e Justiça 
 
 
 DIREITO - é uma invenção humana, um fenômeno histórico e cultural, considerado uma técnica de 
pacificação social e de realização de justiça; 
 •é um conjunto de princípios e regras destinado a realizar a justiça; 
 •nem sempre o Direito alcança essa finalidade, quer por não conseguir acompanhar as 
transformações sociais, quer pela incapacidade daqueles que o conceberam, e, além disso, por falta 
de disposição política para implementá- lo, tornando-se por isso um direito injusto; 
 •o direito está em permanente busca da justiça e, por isso, em permanente transformação. 
 JUSTIÇA - envolve valores inerentes ao ser humano, tais como a liberdade, igualdade, 
fraternidade, o que vem sendo chamado de Direito natural desde a Antiguidade; 
 •é um sistema aberto de valores, em constante modificação. 
E o Psicólogo nestas situações? Fundamentará o seu trabalho no respeito e na promoção 
da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que 
embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos; promover a saúde e a qualidade de vida das 
pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
XJustiça Restaurativa 
 Princípios importantes da Justiça Restaurativa: 
•Voluntariedade 
•Horizontalidade 
 •Responsabilização do autor do ato infracional 
•Resgate de valores que ficam prejudicados quando se pratica um ato infracional: respeito, 
honestidade, humildade, entre outros. 
Autor do ato infracional -busca-se alcançar a responsabilização, sem deixar de oferecer-lhe o apoio de 
que necessita. Vítima - atendimento e acolhimento de sua dor, bem como a oportunidade de 
ressignificação e restituição de dano, mesmo que simbolicamente. Protagonistas: vítima, ofensor e sua 
comunidade 
JUSTIÇA RETRIBUTIVA JUSTIÇA RESTAURATIVA 
Conceito estritamente jurídico de Crime – 
Violação da Lei Penal - ato contra a 
sociedade representada pelo Estado 
Conceito amplo de Crime – Ato que afeta a 
vítima, o próprio autor e a comunidade 
causando-lhe uma variedade de danos 
Primado do Interesse Público (Sociedade, 
representada pelo Estado, o Centro) – 
Monopólio estatal da Justiça Criminal 
Primado do Interesse das Pessoas 
Envolvidas e Comunidade – Justiça Criminal 
participativa 
Culpabilidade Individual voltada para o 
passado - Estigmatização 
Responsabilidade, pela restauração, numa 
dimensão social, compartilhada 
coletivamente e voltada para o futuro 
Uso Dogmático do Direito Penal Positivo Uso Crítico e Alternativo do Direito 
Indiferença do Estado quanto às 
necessidades do infrator, vítima e 
comunidade afetados - desconexão 
Comprometimento com a inclusão e Justiça 
Social gerando conexões 
 
 
Mono-cultural e excludente Culturalmente flexível (respeito à diferença, 
tolerância) 
Dissuasão Persuasão 
 
Conflito - Faz parte de nossa vida. 
Ele se estabelece a partir de expectativas, valores e interesses que são contrariados. 
Cada uma das partes envolvidas no conflito busca encontrar argumentos para reforçar suas posições e 
enfraquecer e destruir os argumentos da outra parte. 
 O conflito interpessoal compreende três aspectos: 
•o relacional - valores, crenças e expectativas; •o objetivo - interesse envolvido; • a trama - o conjunto de 
valores, crenças e expectativas, ligadas ao interesse envolvido. 
Os conflitos são divididos em quatro espécies que podem aparecer conjugadas em algumas situações. São 
eles: 
•Conflitos de valores •Conflitos de informação •Conflitos estruturais •Conflitos de interesses 
Paz social = Ausência de conflito? Perspectiva restauradora, entendemos que “a paz é um bem 
precariamente conquistado por pessoas ou sociedades que aprenderam a lidar com conflitos” 
Mecanismos de autocomposição dos conflitos: Negociação, mediação, conciliação e arbitragem. 
“VER SLIDES DA AULA 11” 
Área Cível - O psicólogo jurídico atua na área cível nos casos de interdição, sucessões e indenizações, 
entre outras ocorrências cíveis. 
Área de Família - O psicólogo trabalha assessorando o juiz, principalmente, nos casos de guarda e 
regulamentação de convivência nas separações que ocorrem de forma litigiosa. 
 O psicólogo nas Varas de Família (VER SLIDES 12) 
O trabalho do psicólogo nas Varas de Família visa a auxiliar na revelação das motivações e comunicações 
latentes dos indivíduos nos processos judiciais que envolvem conflitos familiares. 
 A PRÁTICA DO PSICÓLOGO E AS QUESTÕES DA INFÂNCIA E JUVENTUDE - Os direitos fundamentais de 
crianças e adolescentes são asseguradospela Constituição Federal (1988) e pelo Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA 1990). O ECA é identificado como a lei federal nº 8.069/1990, cujo pilar é a doutrina de 
proteção integral. Com base nesse documento, crianças e adolescentes passaram a ser considerados 
CIDADÃOS detentores de direitos. 
Os Conselhos Tutelares como órgãos de defesa dos direitos de crianças e adolescentes, além de seu 
trabalho interdisciplinar. 
 
 
A Adoção - O psicólogo terá um papel fundamental nesses casos. 
Há previsão no ECA de intervenção obrigatória de uma equipe técnica interprofissional na adoção, com o 
intuito de elaborar laudo psicossocial (artigo 197-C do ECA). 
O objetivo desse laudo é “analisar a capacidade e o preparo dos candidatos para o exercício de uma 
paternidade ou maternidade responsável, à luz dos requisitos e princípios desta Lei 
XADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI 
O Governo Federal , em 1979, reconhecia os menores abandonados e os menores infratores como estando 
em situação irregular pela sua condição de marginalizados – cria o novo Código de Menores. 
Com base na nossa Carta Magna (1988), surgiu a demanda pela criação de uma nova legislação, com um 
olhar humanizado e multidisciplinar sobre crianças e adolescentes – surge o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, sancionado por meio da lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Esse Estatuto (BRASIL, 1990) 
compreende o adolescente como sujeito de direitos e em condição peculiar de desenvolvimento. Não 
utiliza o termo menor, uma vez que este remete a noção de inferioridade. Proíbe o cumprimento de penas 
para os adolescentes em conflito com a lei, e estabelece o cumprimento de medidas socioeducativas. 
São elas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade 
assistida, inserção em regime de semiliberdade, internação em estabelecimento educacional, além de 
medidas protetivas que visem ao acompanhamento do adolescente na família, escola, comunidade, 
serviços de saúde etc. 
XIdoso- Foi criado o Estatuto do Idoso, por meio da lei federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. 
Legislação apta a proteger e a tutelar os direitos 
do idoso, combatendo a violência por meio da análise de seus principais aspectos penais e processuais 
penais. 
Constatação :além das omissões do Estado, são os familiares os maiores agressores, e a violência ocorre 
mesmo dentro de suas casas. 
Práticas institucionais da Psicologia em prol de um envelhecimento com dignidade: 
•usar a notificação de violência para ampliar a análise da dinâmica das relações intra e extrafamiliares; 
•compreensão das condições sociais, econômicas e culturais que afetam a dinâmica familiar; 
•criar alternativas de intervenção sobre os conflitos existentes, respeitando os direitos e deveres 
estabelecidos em lei; 
•priorizar a proteção aos idosos vítimas de violência; 
•trabalhar para a promoção de relações com 
•menos conflitos. 
Varas Criminais - Na realidade brasileira, a Psicologia aplicada à área criminal é talvez o mais antigo 
campo de atuação do psicólogo jurídico. O trabalho nessa área relaciona-se com o Direito Penal(orienta-se 
pelo Código Penal, Código de Processo penal e as Leis que regulamentam o assunto) e insere-se em 
diversos campos tais como: 
• Inquérito Policial, efetuando avaliações em indiciados, para averiguar seu estado psíquico, sua eventual 
periculosidade; 
• Nos Processos criminais realizando avaliações de incidente de insanidade mental, dependência 
toxicológica, entre outros 
 
 
Sistema Penitenciário -Este é um tema importante e polêmico porque 
envolve conceitos como justiça, castigo, punição e liberdade. Há muita discussão sobre o papel que o 
psicólogo quer e pode ocupar no sistema prisional. 
A função do psicólogo na prisão participando de Comissões Técnicas de Classificação (CTCs) e realizando 
exames criminológicos (EC) é determinada pela Lei de Execução Penal (LEP). 
Juizados Especiais - Este é um tema importante e polêmico porque envolve conceitos como justiça, 
castigo, punição e liberdade. Há muita discussão sobre o papel que o psicólogo quer e pode ocupar no 
sistema prisional. A função do psicólogo na prisão participando de Comissões Técnicas de Classificação 
(CTCs) e realizando exames criminológicos (EC) é determinada pela Lei de Execução Penal (LEP). 
XJuizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher A Lei Maria da Penha ou lei nº 
11.340 de 7 de agosto de 2006, surgiu com o objetivo de responder às necessidades e anseios das mulheres 
vítimas de violência conjugal, diante dos problemas relativos à aplicação da lei nº9.099 de 2005 (que você já 
tomou contato),em situações de violência doméstica. Considerado qualquer ato ou conduta baseada no 
gênero que cause morte, dano, sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública 
como privada. 
Art. 5º Para os efeitos desta lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou 
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano 
moral ou patrimonial: 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, 
com ou sem vínculo familiar, inclusive as 
esporadicamente agregadas; 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se 
consideram aparentados, unidos por laços naturais, 
por afinidade ou por vontade expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, 
independentemente de coabitação. 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual 
XDocumentos elaborados pelo psicólogo no judiciário 
 No Judiciário, os documentos elaborados pelo psicólogo são 
provas processuais, auxiliando para esclarecer controvérsias e 
decisões judiciais. 
 O psicólogo realizará a avaliação psicológica podendo utilizar 
instrumentais próprios de sua técnica (entrevistas, testes, 
observações, dinâmicas) que servem para coletar dados, realizar 
 
 
estudos e interpretações de informações sobre as pessoas 
atendidas 
Princípios Fundamentais do Código de Ética dos Psicólogos 
Princípio da dignidade da pessoa humana 
Promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas e coletividades 
Responsabilidade social 
Divulgação dos conceitos éticos e práticas psicológicas. 
Reconhecimento das relações de poder nos contextos em que atua e os impactos destas relações. 
OBS: (VER OS SLIDES DA AULA 15) 
X CASOS 6,7,8 E 9

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