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PROJETO DE TCC-VIOLENCIA INFANTIL

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2
Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
	ROSILENE ROCHA DA SILVA LOYOLA	
projeto de trabalho de conclusão de curso
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
VITÓRIA-ES
2020
ROSILENE ROCHA DA SILVA LOYOLA
projeto de trabalho de conclusão de curso
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção da conclusão do 7º Período em Serviço Social.
Coordenador do Curso: Valquíria Aparecida Dias Caprioli
VITÓRIA-ES
2020
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO	3
2 - DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA	6
3 - FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS: GERAL E ESPECÍFICO	8
4 - JUSTIFICATIVA	9
5 - METODOLOGIA	12
6 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	13
7 - CRONOGRAMA DE PESQUISA	18
8 - ORÇAMENTO	19
9 - RESULTADOS ESPERADOS	19
10 - REFERÊNCIAS	20
1. INTRODUÇÃO
Como gerador de diferenças e desigualdades, nosso sistema capitalista atinge uma parcela da população mundial que repercute como o influenciador de causa extrema de violência gerando fatores de grande amplitude e complexidade que devem ser analisados minunciosamente.
Nessa direção, pensando na situação como uma causa/problemática é necessária analisar os fatores denunciadores dentro da sociedade das quais posso citar, pobreza causada por uma má distribuição de renda, alta taxa de natalidade x mortalidade, desemprego, utilização de força para resolver problemas sociais, aceitação de exploração dos mais fracos, desvalorização da educação.
Segundo Draibe (1990) os recursos públicos, beneficiam a quem menos precisa e as desigualdades entre ricos e pobres não para ou não finda na distribuição de renda, ela aumenta em vários aspectos sobrecarregando os programas sociais o que gera uma linha de assistencialismo.
A nossa sociedade promove violência quando nega direitos constituídos pela constituição federal em um país onde a educação não é para todos resultando em um número de pessoas onde a ignorância é o gatilho para exclusão social e consequentemente para exploração.
Em vários estudos de violência doméstica, o que se deseja de resposta final, sempre é - quais são as causas? – Desta forma, o desejo de analisar pesquisas/estudos/teorias sobre violência doméstica, se faz necessário para conhecimentos relacionados a reproduções violentas na família. 
Como o estudo pode ser abrangente, esta analise será focada na violência doméstica intrafamiliar contra crianças e adolescentes, levando em consideração as causas preponderantes.
De um modo geral, a violência doméstica tem uma estreita relação com a violência estrutural (violência que acontece entre as classes sociais inerentes ao modo de produção das sociedades desiguais). Mas, não apenas os aspectos citados são os únicos determinantes para que a violência doméstica aconteça.
Existem, porém, outras causas para que esse fenômeno se apresente em todas as classes sociais como, por exemplo, a violência de natureza interpessoal.
A violência doméstica tida como uma relação interpessoal presente na dinâmica dos relacionamentos intersubjetivos acarreta um processo que conduz a criança e/ou adolescente a se tornarem vítimas e objetos em poder do adulto, esses sujeitos se tornam reféns daqueles que deveriam lhes dar a devida proteção (da Sociedade geral, Estado e família). Esse abuso de poder constituído ao longo da histórica acaba revelando a história pessoal de casa agressor.
A expressão da questão social contida na violência doméstica de crianças e adolescentes é algo perverso, que marca essa parcela da população que é tão vulnerável, com um agravante, pois a família que deveria ser uma das zeladoras de garantias dos direitos, no caso da violência doméstica, se torna a violadora destes mesmos direitos. Observa-se uma insuficiência de projetos e serviços que possam conscientizar essas e as famílias sobre os direitos da criança e do adolescente garantidos por lei. Apesar da luta pelos direitos da criança e do adolescente o que observamos nos dias atuais, ainda é uma falta do cumprimento das mesmas em boa parte da população. Isso se deve a problemas de diferente natureza, a desigualdade social é uma delas e em meio à falta de recursos em alguns casos nasce a violência e o desvio de conduta que ressalta a criminalidade, fortalecendo a reprodução deste ciclo de violências que se torna vicioso.
Como se sabe não se deve exigir que crianças hajam como adultos, não mais nos dias atuais, isso quer dizer que em todas as ocasiões deve considerar as singularidades da criança, sua cultura e com o objetivo de fazer com que se cumpra tais determinações o serviço social age, fundamentado pelo código de ética de sua profissão, através do CREAS-Centro de Referência Especializado de Assistência Social, cujo público assistido são crianças, adolescentes, idosos, mulheres e quaisquer pessoas que tenha sofrido violação de seus direitos e adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, sendo Prestação de 
serviço ou liberdade assistida.
2.DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 
A violência sexual contra criança e adolescente é um problema social que abrange o mundo todo, que está ligada a fatores culturais e sociais, e que ela acompanha a trajetória da humanidade desde os tempos antigos até o presente. É, portanto, uma forma secular de relacionamento das sociedades, variando em expressões e explicações. Sua superação se faz pela construção histórica que "desnaturaliza" a cultura autocêntrica, dominadora e patriarcal da sociedade brasileira. 
Para Minayo (2006), a violência não é uma, é múltipla; de origem latina, o vocábulo vem da palavra vis, que quer dizer força e se refere às noções de constrangimento e de uso da superioridade física sobre o outro. Para a autora os eventos violentos praticados pela humanidade estão associados a conflitos de autoridade, a lutas pelo poder e a vontade de domínio, de posse e de aniquilamento do outro ou de seus bens. 
Logo a violência sexual contra criança e adolescente ocorre numa relação de poder, ultrapassando os limites dos direitos humanos, legais, de poder e de regras sociais e familiares, sendo que a criança e /ou adolescente passa por um processo de desumanização, ou seja, de coisificação, se tornando um objeto para satisfazer o desejo do outro. Como justifica Andi, 2002 
A violência sexual contra criança e adolescente tem sua origem nas relações desiguais de poder. Dominação de gênero, classe social e faixa etária, sob o ponto de vista histórico e cultural contribuem para a manifestação de abusadores e exploradores. (ANDI, 2002) 
Em relação as causas desse tipo de violência, é importante destacar que, fatores como cultura, relações de poder e gênero, a falta de mecanismo seguros e confiáveis, medo da denúncia e principalmente a certeza da impunidade, levam tal pratica a ser mantida. Garcia, completa que: A violência doméstica contra crianças e adolescentes decorre de vários fatores, que podem ser: psicológicos, socio econômicos e culturais do pai, da mãe e do filho”. 
Esses fatores apresentam-se de forma dinâmica nas relações existentes entre os membros desse microssistema (a família), sofrendo grande influência do microssistema (a sociedade), que pode, de acordo com a situação e o momento de cada indivíduo elevar a relevância de um fator sobre o outro. Situações de desemprego, mudanças de endereço, separações de casais ou a chegada de um novo parceiro podem ser fundamentais na dinâmica dessa família para o entendimento da instalação da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes; portanto, nenhum fator pode ser desmerecido ou afastado de investigação ” (GARCIA, 2002, p.147) 
No contexto histórico de violência, a criança e o adolescente sempre sofreram com diversos tipos de violências justificadas como práticas de disciplinas que incluem castigos físicos e psicológicos, como obediência a lei do adulto. Somente a partir de 1990 com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente é que, foram propostas medidasde proteção que amparavam as vítimas. Como dita no artigo 3 ECA (1990) 
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes a pessoa humana, sem prejuízo de proteção integral de que trata essa lei, as segurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade (BRASIL 1990,P 1) 
Com a constituição de 1998, a criança e o adolescente passaram a ter direito a leis, que responsabilizam a família, a sociedade e o Estado, o zelo pela sua integridade física e mental, porém, à missão dessa responsabilidade é considerada uma violência, como explica Minayo. 
A violência contra criança e adolescente é todo ato e o missão cometido pelos pais, parentes outras pessoas e instituições capazes de causar danos físico, sexual e/ ou psicológico a vítima. Implica, de um lado a transgressão no poder/ dever de proteção do adulto e da sociedade em geral e, de outro, de uma coisificação da infância. Isto é, uma negação do direito que as crianças e os adolescentes tem de ser tratados como sujeitos e pessoas em condições especiais de desenvolvimento. (MINAYO, 2001. P.26) 
Então a violência sexual contra criança e adolescente se tornou uma violação a esses direitos alcançados, onde uma equipe multidisciplinar trabalha no seu enfrentamento. 
Frente a essa problemática o presente trabalho se propôs a responder as seguintes questões: 
- Qual o papel que assume o assistente social para prevenir a violência sexual contra criança e adolescente, diminuindo os danos causados, amparando e intervindo nas famílias, crianças e nos adolescentes vítimas dessa violência? 
- Como se estrutura o modelo de intervenção a criança e o adolescente vítimas de violência sexual? 
Diante de toda a dinâmica a respeito do abuso sexual cabe, ao Assistente Social, a reflexão sobre as intervenções adotadas nesses casos. É de extrema relevância que a sua atuação esteja pautada nas leis que dispõem sobre o direito da criança e adolescente, como a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e Adolescente e que suas ações estejam pautadas na Lei de Regulamentação da Profissão e no Código de Ética. Frente a demanda, o Assistente Social deve ter claro a importância da Família e de seu contexto histórico para se entender os elementos que contribuíram para que se chegasse a situação de violência. Como afirma, Winnicott (2005): “A família é o melhor lugar para o desenvolvimento da criança e do adolescente, quando a convivência familiar é saudável. Pois na família, lugar de proteção e cuidado também é lugar de conflito e pode ser um espaço de violação de direitos”. Além da família o profissional trabalha junto ao CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), que integra o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), se apresenta com o uma unidade pública estatal, responsável por serviços especializados de apoio, orientação e acompanhamento a indivíduos e famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos. 
Além de uma articulação de extrema importância com o Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público, Conselhos Tutelares e com as demais políticas públicas e serviços sócio assistenciais no intuito de estruturar uma rede efetiva de proteção social. 
Garcia (2002) conceitua esses dois modelos, ressaltando que o trabalho em equipe vem sendo elencado como o mais propício para o atendimento. Conceituam-se modelo multidisciplinar, cujo principal traço é a justa posição de conteúdos de disciplinas heterogêneas, com o objetivo da integração de métodos, teorias ou conhecimentos. (...) a comunicação entre os profissionais baseia-se no dialogo paralelo entre as disciplinas modelo interdisciplinar caracteriza-se pela noção de co-propriedade, de intercâmbio, podendo-se atingir o grau de incorporação dos resultados de uma especialidade por outras, com empréstimos mútuos de instrumentos e técnicas metodológicas com integração real das disciplinas (GARCIA, 2002:148-149).
A atuação profissional de Assistência Social precisa estar pautada numa dimensão multidisciplinar, com uma atuação interdisciplinar, onde cada profissional trará sua contribuição com base na sua especificidade apreendida pela sua categoria profissional. 
Reconhecida como crime e grave violação dos direitos humanos, a violência sexual contra criança e adolescente também é apontada como problema de saúde pública, sendo considerada uma questão cultural determinada pelas relações de poder. 
Na atuação junto a essa problemática se faz necessário o trabalho de uma equipe multidisciplinar, que busque fortalecer os vínculos familiares na perspectiva de superação e rompimento da violência. Dentro dessa equipe encontra-se o Assistente Social, profissional capacitado e preparado para atuar na prevenção, controle e combate a esse crime. 
A presente pesquisa visa identificar, através de um estudo sobre violência sexual contra criança e adolescente, o papel do assistente social nesse contexto, destacando as formas de enfrentamento a essa violência, apresentando as ações realizadas neste âmbito por esses profissionais. 
3. FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS: GERAL E ESPECÍFICO
3.1 OBJETIVO GERAL: 
Contribuir para o conhecimento acerca da gravidade da violência infantil e dos seus direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente entendendo quais as atribuições do serviço social nesse campo de atuação. 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
· Conceituar violência sexual contra criança e adolescente, dentro de um contexto histórico identificando suas causas, tipos e consequências;
· Contextualizar a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como viabilizador de direitos;
· Entender a intervenção dos profissionais do serviço social nesse campo de atuação;
· Esclarecer o papel do Assistente Social nas questões relacionadas à violência contra a criança
.
4. JUSTIFICATIVA
A violência contra criança e adolescente tem chamado a atenção da sociedade, esse tema tem sido cada vez mais discutido e comentado em vários espaços democráticos e de controle social, por ser um tema abrangente e preocupante. Esse tipo de violência é caracterizado uma problemática multicausal e multifacetada presente em todas as classes sociais e em todos os lugares do mundo. 
O abuso sexual assim como todas as formas de violência, podem estar relacionados a questões que atravessam a dinâmica familiar - Azevedo e Guerra (1993), “ressaltam que a violência recebe influência de questões que podem ser sociais, financeiras ,entre outras, ressaltando que nenhuma dessas questões justificam a violação do direito da criança e do adolescente consolidado na constituição federal de 1988 e no seu próprio estatuto”. É importante destacar que a segurança e o bem-estar da criança e adolescente não compete só a família, compete também a sociedade e ao Estado que devem zelar pela viabilização dos direitos. Como confirma o artigo 227 da constituição federal. 
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, o adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (CF, art. 227). 
Assim como o artigo 4 do Estatuto da Criança e do Adolescente, “onde se atribuía família, a comunidade, a sociedade em geral e ao poder público assegurar com Absoluta prioridade a efetivação desses direitos’”, porém, o que se encontra na maioria dos casos é a violação desses direitos por parte de seus pais e responsáveis. Essas violências geralmente ocorrem dento das casas das próprias crianças e adolescentes por algum membro da família (pai, padrasto, avô, entre outros) ou por alguém conhecido como vizinho,onde a criança possui algum tipo de confiança e afinidade com este suposto abusador. Se opondo ao quadro de violação desses direitos, existe uma grande mobilização de profissionais que lutam para fazer valer as leis em defesa dessas vítimas, essas mobilizações estão diretamente relacionadas ao combate, tratamento e prevenção dos agravos decorrentes desta violência. 
Diante de toda problemática envolvendo a violência e estando inserido num programa que faz atendimento a crianças e adolescentes vítimas deste crime, faz-se necessário refletir e problematizar sobre o papel do profissional que ocupa esses espaços de prevenção e combate, esta pesquisa pretende destacar o papel do assistente social nesse contexto, que de acordo com o seu código de ética, tem como um dos princípios fundamentos o compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população vítima de violência, buscando o aprimoramento intelectual na perspectiva da competência profissional. 
A presente pesquisa se justifica pela potencialidade do atendimento adequado desses profissionais às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, no sentindo de conhecer, identificar e contribuir, com reflexões, para realização de uma intervenção eficaz, que apoia e ampara essas vítimas, proporcionando um suporte psicológico e social, tentando diminuir a violência e prevenir a repetição da mesma. 
Sendo assim é muito importante conhecer a atuação do assistente social, pois o mesmo possui embasamento e técnicas adquiridas no decorrer da formação, e é um viabilizador de direitos atuando junto a família da vítima conhecendo a sua realidade, fazendo o acolhimento para ter uma visão crítica em relação a problemática. Como afirma Miotto (2000), que o trabalho do assistente social se estrutura no conhecimento da realidade e dos sujeitos, para definir os objetivos de que ação realizar diante da problemática.
A atuação do serviço social no enfrentamento a violência, em qualquer de suas manifestações, atravessam a história, e o desafia a dar vida e forma, ao seu projeto ético político na defesa dos direitos humanos, na democracia a ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero”. (Código de Ética do Assistente Social, BRASIL,1997). Logo o Assistente Social pode exercer um papel fundamental na prevenção e enfrentamento da violência contra criança e adolescente, colocando sua formação teórica na pratica para inibir e reverter o circuito de violência, portanto, essa pesquisa possui relevância cientifica, para os acadêmicos em serviço social na medida em que possam entender o papel do profissional perante esse problema social e sejam capazes de articular soluções embasadas no seu código de ética e entendam como serão inseridos diante de tal demanda, podendo atuar observando os fatores que levaram a situação problema para então buscar alternativas que tornem possível o rompimento com esse ciclo. Possui também relevância social, na medida em que se torna necessária uma mobilização da sociedade civil, da família, entre outros, no sentido de conscientização da população que em muitos casos, não tem conhecimento das questões, nem muito menos sabem agir diante de tal situação, para que pessoas envolvidas nesse tipo de violência, reconheçam seus direitos e aquele tipo de profissional e serviços devam recorrer diante dessa problemática.
5. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da pesquisa, realizou-se uma pesquisa exploratória e qualitativa baseada em estudos bibliográficos das principais abordagens teóricas voltadas para o tema, que tratado trabalho do assistente social no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. Buscando através da análise de documentos como; sites, softwares, revistas, jornais e livros, embasamento que justifiquem os conceitos formulados. 
Ressalta-se o uso da teoria marxiana como base para a produção deste trabalho, que consiste na investigação das contradições da realidade e deve primar por uma pesquisa profunda e exaustiva da realidade, estabelecer categorias, grupos e relacioná-las, identificando contradições e conexões. A pesquisa leva em conta os fatores sociais que determinam a problemática, então é necessário fazer uma investigação direta da realidade, examinando as partes isoladas, buscando os nexos invisíveis ao observador superficial, para de pois recompor a realidade, desvelando o que não é possível ver a olho nu. 
O método científico marxista procura sair do imediatismo para uma compreensão mediada da realidade, buscando uma apreensão do “real” que vai do simples ao complexo, da parte ao todo, singular ao universal, do abstrato ao concreto e da aparência à essência das coisas. 
6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A paz, a saúde, a segurança, a harmonia, a alegria e a dignidade das crianças ficam ameaçadas quando são vítimas da violência intrafamiliar e doméstica.
Como sabemos a violência contra crianças acentua-se pela incapacidade que os mesmos têm para defender-se. Estes tipos de violência têm sido em grande parte responsável pela violação dos direitos das crianças.
“A guerra de todos contra todos, que, segundo Hobbes, definiria o estado de natureza, ajuda-nos a compreender, o que designamos como o termo violência” (Boudon & Bourricaud 2000, pág. 605)
Em se falando em violência, o primeiro ponto que deve nos chamar a atenção é para o fato de que existem diferentes noções de violência. Ou melhor, o que cada pessoa entende como violência varia de pessoa para pessoa ou até mesmo de grupo para grupo dentro de uma mesma sociedade.
Muitas vezes não compreendemos por que ainda a violência tem tido sua continuidade, pois a sociedade contemporânea é tão informatizada a respeito do fator violência e utiliza-se de métodos preventivos para frear esta intrusa ameaçadora em que nela está inserida, entendendo que a categoria “continuidade da violência” consiste na preservação da violência na sociedade, esta é considerada um fato patológico (anormal), mas que é vista em alguns aspectos como um meio de defesa para cultivar uma paz aparente no âmbito social. Utilizando-se na maioria das vezes de mecanismos repressivos para manter um autocontrole dos agentes inseridos no espaço social, como por exemplo, o papel das forças armadas que tem como dever zelar pela paz do país ao qual pertence não permitindo de nenhuma forma de que se infiltre dentro do seu território pessoas que possam interferir no saudável desenvolvimento e crescimento de sua nação. Os membros das forças armadas deste continente utilizando seus instrumentos agressivos de defesa para impedir a invasão territorial, com isto trazendo como expressão da questão social o cultivo, ou seja, a continuidade da violência.
Em cima dessas pesquisas pretendemos identificar em sua totalidade os fatores que tem contribuído para a continuidade desta violência.
A seguir veremos algumas definições de violência intrafamiliar e doméstica: “Toda omissão que prejudique o bem estar, a integridade física ou
psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por membro da família, incluindo pessoas que passam assumir função parental, ainda que sem laços e consanguinidade” (Fundação de Ação Social de Curitiba 16.09.2011) “A violência intrafamiliar pode ser conceituada como uma esquizofrenia na família, ou seja, um distúrbio onde um dos membros da família tomado de uma demência psicótica agride outro membro da família que se encontra indefeso.
Segundo Marco Aurélio Baggio (escritor, psiquiatra e psicanalista). “Podemos definir a violência intrafamiliar e doméstica como aqueles atos de maus tratos, agressão e violência física, sexual ou psicológica que ocorre na unidade familiar com poder e autoridade com o objetivo de ganhar controle sobre outro membro da família” (American Psychological Asso ciation Association Presidencential Force on Violence and the family, 1996) “Também, a violência intrafamiliare doméstica são as violências que ocorrem no âmbito do afeto, ou seja, na família que é conhecida como ambiente de proteção à criança” (Maria do Rosário autora do PROJETO DE LEI Nº /2003) sintetizando de acordo com as referências bibliográfica estudadas, a violência intrafamiliar e doméstica são todas as ações que venham causar danos e prejuízos a qualquer um dos membros da família, no nosso caso crianças.
Pode ser notado que a violência no meio familiar é sempre uma forma de poder, é necessário observar que existem várias formas de violência e nem sempre a violência explicita, a violência física, é a forma mais perversa de violência.
O problema da violência na família em alguns aspectos é muito mais complexo e difícil de entender, pois os fatores externos, a sociedade e suas dificuldades, de alguma forma interferem de maneira negativa dentro de contexto interno do núcleo familiar, por estes motivos as crianças tem sofrido as consequências destes fatores negativos, reflexos das diversas expressões da questão social, encontrada na sociedade, dentro do seio familiar, para os agressores nas maiorias das vezes as vítimas são vistas como meio de descontar suas frustrações, raivas e nervosismos, pois para estes perversos estes pequenos seres tão indefesos são um estorvo, um intruso dentro da família.
Estas violências têm trazidos serias consequências para vida das crianças, pois tem afetado de forma destrutiva o seu emocional e trazido terríveis lesões no corpo, na alma e no espírito dos membros. Todos estes problemas causados a essas vítimas, na maioria das vezes inocentes, serão abordadas no decorrer da pesquisa.
Ressaltando novamente, o nosso objetivo principal é conhecer os fatores que tem contribuído para a violência doméstica contra crianças e, com isso em conjunto com os órgãos específicos, encontrar formas interventivas para a redução destas expressões da questão social, consolidando os direitos das crianças que estão constituídos no ECA (Lei Federal 8.069 1990).
Segundo IOB (2001) o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, é a nova normatização jurídica brasileira que substituiu o nosso 2º Código de Menores, Lei Federal nº 6.697, de 12 de outubro de 1979. 
“O Estatuto tem sua vida inspirada no acolhimento da Doutrina de Proteção Integral, que passa a entender a criança e ao adolescente – todos, não só aqueles em situação irregular 1- como sujeitos de direitos, credores de uma proteção especial, que é devida pela família, pela comunidade, pela sociedade em geral e pelo Estado” (IOB, 2001). 
Com relação ao estatuto Ferreira reflete que basicamente, a doutrina jurídica da proteção integral adotada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente assenta-se em três princípios, a saber: Criança e adolescente como sujeitos de Direito - deixam de ser objetos passivos para se tornarem titulares de direitos; destinatários de absoluta prioridade; respeitando a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. 
De acordo com Ferreira (2013) a LOAS e o SUAS possibilitaram a incorporação da Assistência Social neste sistema, tendo o CREAS como equipamento de referência para o atendimento às vítimas e suas famílias.
O Estatuto da Criança e do Adolescente foi promulgado no ano de 1990 pela lei federal 8.069 e ele visa garantir e promover os direitos e deveres das crianças e adolescentes indistintamente. Ele define crianças até os seus 11 anos de idade e os adolescentes de 12 até seus 17 anos de idade, as meninas e os meninos passam a ser considerados sujeitos de direitos na sua fase especial de desenvolvimento.
Viviane Nogueira Guerra (2011, p. 77) complementa dizendo que: Lembramo-nos das histórias dos filhos que desde cedo se acostumavam a imposição de castigos físicos extremamente brutais. Os espancamentos com palmatórias, varas de marmelo (com alfinetes nas pontas), cipós, galhos de goiabas etc., tinham como objetivo ensinar as crianças que a obediência aos pais a única forma de escapar da punição. 
As crianças sofreram inúmeros castigos, e sem valor de comercio como os adultos, principalmente os filhos de escravos, como abusos sexuais sofridos por rapazes brancos. Além disso, as crianças escravas serviam de objeto para brincadeiras brutais dos filhos dos senhores, e sem valor de comércio como os adultos. A infância era considerada um pesadelo, pois quanto mais atrás regressamos na história menos cuidados com as crianças e maior a probabilidade de que houvessem sido assassinadas, abandonadas espancadas, aterrorizadas e abusadas sexualmente. A violência doméstica é uma das várias modalidades de expressão de violência que a humanidade pratica contra crianças e adolescentes, sendo que as raízes desse fenômeno também estão associadas ao contexto histórico, social, cultural e político em que se insere
Guerra (2008, p.94-95) assegura que a cultura da criança como posse do adulto é uma questão histórica. Nas sociedades antigas, a violência contra criança era aceita e também legitimada pelos valores vigentes, bem como as mutilações e os sacrifícios. Mais tarde, na sociedade moderna, essa visão muda, é construído o conceito de infância e juventude como sujeitos de direitos em vários países do mundo, acompanhando um movimento de reconhecimento de cidadania desse grupo social, consagrado em convenções internacionais. 
Como exemplo dessa luta, faz-se o primeiro reconhecimento internacional destes direitos por meio da Declaração de Genebra (1923) posteriormente com a formalização da consagrada Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959), na Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança da ONU (1989), e seguidamente na Constituição Federal (1980) e culminando com a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente–ECA (1990), segundo afirma Guerra (2008, p.91). 
O conceito central da doutrina de proteção integral, designa um sistema em que crianças e adolescentes até 18 anos, são considerados cidadãos plenos de direitos, cujos princípios estão sintetizados no Artigo 227 na Constituição Federal:
Art.227: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à cultura, à profissionalização, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
Com isso, a sociedade começa a perceber a necessidade de inclusão dessas crianças e adolescentes como cidadãos plenos de direitos à uma vida segura e saudável. E nesse sentido, é definido na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, e consagrado na Constituição de 1988 de que a" saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde", mostrando que o sinônimo de qualidade de vida é entender e respeitar o ser humano de forma integral, assegurando-lhe os direitos fundamentais desde o nascimento até o final da existência.
Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
7. CRONOGRAMA DE PESQUISA
	Atividades
	Mar
	Abril
	Maio
	Jun
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Elaboração do Projeto
	X
	X
	
	X
	
	
	
	
	Fichamento de dados 
	
	X
	X
	
	X
	
	
	
	Apresentação
	
	
	X
	
	
	X
	
	
	Coleta de Informações 
	X
	X
	X
	
	
	
	X
	
	Objetivação
	
	
	X
	
	
	
	
	X
	Correção
	
	
	X
	
	
	
	
	X
	Entrega
	
	
	
	
	
	
	
	X
8. ORÇAMENTO
Não foi preciso a utilização de gasto algum por parte da autora e deste projeto de trabalho de conclusão de curso, realizada pesquisas, estudos e leituras que se referem ao tema em parceria com as supervisoras de estágio.
9. RESULTADOS ESPERADOS
Pretende-se ter entendido a gravidade da violência infantilpresente na nossa sociedade e a importância da atuação dos profissionais do serviço social na garantia ao acesso das políticas protetivas a criança e ao adolescente.
Diante dos fatores e consequências relacionados a violência contra crianças e adolescentes, percebe-se que é importante a atuação do assistente social junto a essa demanda pois; atua junto a família, conhecendo sua realidade para ter uma visão crítica em relação a problemática e possui embasamento teórico, baseados no seu código de ética, que possibilitam essa atuação.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aspectos conceituais da violência contra crianças e adolescentes. Disponível em< http:/pt.shvoong.com/humanities/1730418-xpress %C 3% B5es-da-viol%C3%AAnciasexual-contra/> Acesso em: 05 de jun, 2018. 
 
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BRASIL. Lei 8069 de13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. 12º edição. Brasília, 2012. Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). especial Acesso em: 10/06/2018. 
 
Conselho Federal de Serviço Social. Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais. Resolução CFESS nº 273/93 de 13/03/93. Brasília: CRESS. Estatuto da Criança e do Adolescente. Nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Atualizado. Editora 2005. Niterói, FIA. 
 
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MINAYO, M.C. de S. O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde.7,ed.São Paulo, Hucitec; Rio de Janeiro :abrasão; 2000. 
 
MIOTO, R.C. T. Estudos Socioeconômicos. In: CFESS e ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS – ABEPSS, 2009, p.481- 496. 
 
Winnicott D.W, A família e o desenvolvimento do individuo. São Paulo, editora Martins Ponte s.2005,

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