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Atividade complementar - Artigo

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UNIP
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CURSO: ARTES VISUAIS – LICENCIATURA
Nome: Natalia de Oliveira Melo			RA:1888648
Data: 24/02/2019					Período: 2º Semestre/EaD
Atividade desenvolvida: Leitura de artigo cientifico
Artigo: Do nascimento de Vênus à arte feminista após 1968: um percurso histórico das representações visuais do corpo feminino
Autora: Nayara Matos Barreto 
	O artigo trata sobre a representação da nudez feminina na arte e seus impactos que são sentidos e ressaltados até os dias de hoje fazendo um paralelo com a arte feminista de 1968 e a obra renascentista “O nascimento da Vênus” de Sandro Botticeli.
Durante a arte clássica, era comum que artistas homens retratassem o corpo nu de uma mulher em suas obras, destacando e enfatizado os detalhes dos corpos para depois fossem expostos para a apreciação do público, eles criavam obras que buscavam enaltecer uma espécie de padrão de beleza no qual a sociedade no seu tempo estava inserida. A exposição deste conteúdo, considerado até mesmo erótico na época, segundo a historiadora Lynda Nead era uma forma de controlar e determinar regras sobre o comportamento e a sexualidade da mulher, o que até hoje podemos ver nos tempos modernos. Desta forma, os nus femininos eram criados a partir de idealizações de um corpo que seria considerado o ápice da beleza para a sociedade da época, um padrão idealizado, sexualizado e estabelecido para que as mulheres daquele tempo seguissem.
A verdade é que, o corpo feminino sempre foi algo que muito foi cultuado e ao mesmo tempo muito zelado e reprimido. Ao mesmo tempo que imagens sexualizando a forma da feminina eram expostas em grandes galerias e feiras e vistas como um ideal de mulher devido a fluidez e a harmonia com que eram retratadas, no cotidiano, as mulheres eram controladas e instruídas pela sociedade patriarcal a não mostrarem seus corpos e os manterem em sigilo. John Berger questiona sobre até que ponto a retratação do nu feminino esta associada a submissão de um ponto de vista masculino, “onde os homens atuam e as mulheres aparecem”.
A autora do artigo compara a obra “O nascimento de Vênus” de Sandro Botticeli e as obras feministas que surgiram em meados de 1968 buscando entender como ao longo dos anos essa imagem do corpo feminino foi se modificando em alguns pontos. O nascimento de Vênus foi escolhido para esta comparação pois, desde seu surgimento, sempre foi vista como um marco de seu período e uma retratação daquilo que seria a principal referência do que seria o universo feminino. Em contra ponto temos o movimento feminista e como a arte é utilizada por ele para a manifestações de ideias, onde em protestos políticos ou movimentos do gênero muitas vezes são marcados pela exibição do corpo semi nu de mulheres, que buscam chamar a atenção daqueles que estão presentes. Como se pode notar, essa liberdade de uma mulher poder mostrar o corpo nem sempre foi concebida e, em alguns lugares aindanos dias de hoje, tal liberdade ainda não existe.
A mulher contemporânea hoje esta muito mais ligada ao sucesso profissional e suas conquistas pessoais, do que aos padrões de beleza impostos com cada vez mais afinco pelas mídias globais existentes, assim conquistando cada vez mais espaço dentro de locais que antes não se era nem imaginável uma figura feminina atuando. Isso deu margem para que as mulheres pudessem enxergar seus corpos apenas como seus, dando-lhes coragem para auto-representa-los no momento atual. Quando as primeiras artistas feministas ingressaram dentro da Escola de Belas se viram em um ambiente onde toda a sua estrutura era definida por homens, o que as levou a encontrar barreiras desde produzir até conseguirem expor seus trabalhos de forma legal, o que muitas vezes na realidade eram marginalizados e restritos as forçando a continuarem tentando ou recorrer a outras maneiras de tornar seu trabalho visível. O movimento artístico feminista também foi fundamental para que outros tipos de corpos femininos retratados e que foram barrados por não serem adequados aos padrões de beleza vigentes na época, ganhassem um espaço para serem exibidos rompendo assim, com o padrão artístico corporal.
Dessa forma podemos concluir que, desde séculos atrás as mulheres são vistas e retratadas como seres puros e harmônicos, que devem representar apenas a feminilidade e uma essência graciosa, criando assim um padrão de beleza que ao decorrer dos anos vem sendo moldado para que as demais o sigam em busca da beleza perfeita. Porém, com o decorrer da era moderna e contemporânea, as mulheres tem conquistado aos poucos seus objetivos profissionais, pessoais e como cidadãs, sem se apegar tanto aos padrões de beleza ainda fortemente enraizados na sociedade. A arte feminista em comparação a obra renascentista de Botticeli nos mostra muito mais do que apenas a beleza de um corpo feminino sobre uma tela, nos mostra uma luta árdua de milhares de mulheres que no decorrer dos anos buscam todos os dias reconhecimento e representatividade muito além do que ser apenas “um rostinho bonito”.

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