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Planificação de Bens e Serviços Públicos

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Prévia do material em texto

1 
 
MANUAL DE: 
Contratação Pública em Moçambique 
(Planificação de Bens e Serviços 
Públicos) 
 
 
Curso: Administração Pública 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância -CED 
 
2 
 
DIREITOS DE AUTOR (COPYRIGHT) 
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à 
Distância (CED) e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou 
reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer 
meios (eletrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de 
entidade editora (Universidade Católica de Moçambique  Centro de Ensino à Distância). O 
não cumprimento desta advertência é passível de processos judiciais. 
Elaborado Por: MSc. Castiguinho Basílio Falaque. 
Mestre em Ciência Política, Governação e Relações Internacionais e Bacharel e Licenciado 
em Administração Pública. 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância-CED 
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa· 
Moçambique-Beira 
Telefone: 23 32 64 05 
Cel: 82 50 18 44 0 
 
Fax: 23 32 64 06 
E-mail: ced @ ucm.ac.mz 
Website: www. ucm.ac.mz 
 
3 
 
Agradecimentos 
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e o autor do presente 
manual, Mestre, Castiguinho Basílio Falaque gostaria de agradecer a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
Pela 1aA maquetização e Edição 
Pela Revisão Final 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
ÍNDICE 
Visão Geral 7 
Objectivos da Cadeira ................................................................................................................. 7 
Quem deveria e deve estudar este módulo .................................................................................. 8 
Como está estruturado este módulo ............................................................................................ 9 
Ícones de Actividade ................................................................................................................. 10 
Habilidades de Estudo............................................................................................................... 10 
Precisa de Apoio? ..................................................................................................................... 11 
Tarefas (Avaliação e Auto-Avaliação) ..................................................................................... 12 
Avaliação 13 
UNIDADE I 14 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO CONTRATAÇÃO PÚBLICA EM MOÇAMBIQUE ........... 14 
Introdução 14 
1.2 Contextualização ................................................................................................................. 14 
1.3 Evolução de Quadro Legislativo ......................................................................................... 15 
1.3.1 Quadro Legal Anterior ao Actual Regulação de Contratações Públicas ou 
Procurement ........................................................................................................... 15 
1.3.2 Quadro Legal Actual de Regulação de Contratações Públicas ou Procurement
 ................................................................................................................................ 16 
SUMÁRIO 22 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 23 
UNIDADE II 25 
PLANIFICAÇÃO E MODALIDADES DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS ........................ 25 
Introdução 25 
2.2 Planificação ......................................................................................................................... 26 
2.3 Modalidades de Contratações Públicas ............................................................................... 26 
5 
 
SUMÁRIO 29 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 30 
UNIDADE III 31 
PROCEDIMENTOS E REQUISITOS DE CONTRATAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 31 
Introdução 31 
3.2 Requisitos Gerais ................................................................................................................ 31 
3.3 Requisitos Específica da Elegibilidade para Contratação ................................................... 32 
3.5.2 Lançamento do Concurso.............................................................................. 36 
3.5.3 Apresentação das Propostas pelos Concorrentes .......................................... 37 
3.5.4 Abertura das Propostas dos Concorrentes ..................................................... 37 
3.5.5 Avaliação das Propostas dos Concorrentes ................................................... 39 
3.5.6 Saneamento das Falhas/Erros nas Proposta .................................................. 39 
3.5.7 Classificação e Recomendação do Júri ......................................................... 40 
3.5.8 Adjudicação do Concurso ............................................................................. 40 
3.5.9 Contratação da Empresa Adjudicado ............................................................ 41 
3.5.10 Supervisão e Fiscalização ........................................................................... 41 
3.5.11 Recepção do Objecto Contratual ................................................................. 42 
3.5.12 Guarda/ Arquivação dos Documentos ........................................................ 42 
SUMÁRIO 42 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 43 
UNIDADE IV 45 
CRIAÇÃO, PAPÉIS COMPETÊNCIAS DE ALGUNS ÓRGÃOS UFSA, JÚRI, 
AUTORIDADE COMPETENTE ............................................................................................. 45 
Introdução 45 
4.2 Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA) ............................................... 45 
4.2.1 Criação da UFSA .......................................................................................... 45 
4.2.2 O Papel/Competência da UFSA .................................................................... 46 
6 
 
4.2.3 Supervisão, de Normas e Contencioso .......................................................... 46 
4.2.5 Treinamento, Ética e Cooperação com o Controlo Interno e Externo .......... 47 
4.3 Júri 48 
4.3.1 A composição de Júri .................................................................................... 48 
4.3.2. Competência de Júri ..................................................................................... 48 
4.4 Autoridade Competente ...................................................................................................... 48 
4.4.1 Atribuições da Autoridade Competente ........................................................ 49 
4.5 Unidades Gestoras Executoras das Aquisições (UGEA) .................................................... 49 
4.5.1 Competências da UGEA ............................................................................... 49 
SUMÁRIO 50 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 50 
UNIDADE V 52 
TRANSPARÊNCIA E ÉTICA E ACTO ILÍCITOS, DIREITO DE RECLAMAÇÃO E 
RECURSO E PAPEL DE TRIBUNAL ADMINISTRATIVO ................................................ 52 
Introdução 52 
5.2 Transparência e Ética e Acto Ilícitos .................................................................................. 52 
5.2.1 Actos Praticados por Agentes do Estado ...................................................... 53 
5.2.3 Alguns Pressupostos Éticos para a Actuação de Profissional ....................... 54 
5.3 Direito de Reclamações e Recursos ....................................................................................55 
5.3.1 Direito/Admissão a Reclamação ................................................................... 55 
5.3.2 Direito/Admissão de Recurso Hierárquico ................................................... 56 
5.3.2.1 Taxa Atinente a Recurso Hierárquico ........................................................ 56 
5.4 Papel do Tribunal Administrativo ....................................................................................... 56 
SUMÁRIO 57 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 57 
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 59 
Legislação Consultada .............................................................................................................. 59 
 
7 
 
 
Visão Geral 
Benvindo A PLANIFICAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PÚBLICOS. Maior transparência e 
asseguramento efectivo da implementação dos procedimentos de contratação de empreitadas das 
obras públicas, fornecimento de bens e prestação de serviço ao Estado com a Economicidade. 
 
Objectivos da Cadeira 
Quando terminar o estudo de Planificação de Bens e Serviços Públicos – Terá maior 
transparência e asseguramento efectivo na implementação dos procedimentos de contratação de 
empreitadas das obras públicas, fornecimento de bens e prestação de serviço ao Estado com a 
Economicidade; o/a licenciando deve ser capaz de: 
8 
 
 
Objectivos 
 
 Contextualizar a contratação pública e a evolução de quadro legal em 
Moçambique; 
 Discernir as melhorias que vão se introduzindo de algumas legislações em 
termos de actualização; 
 Mencionar os princípios dispositivos legais da contratação pública 
moçambicana; 
 Explicar diferentes modalidades de contratação de Empreitadas de Obras 
Públicas e Fornecimento de Bens e Prestação de serviço ao Estado; 
 Deter o conhecimento e relevância de planificação da contratação pública; 
 Saber os critérios/ requisitos de avaliação, habilidade e decisão para 
contratação pública; 
 Mencionar os passos pragmáticos a serem seguidos na contratação pública; 
 Mencionar papéis e composição de alguns órgãos no âmbito do 
procurement; 
 Identificar competências de cada órgão; 
 Explicar alguns órgãos/figuras/ unidades aquém os cria ou nomeiam; e 
 Mencionar papéis e composição de alguns órgãos no âmbito do 
procurement. 
 
Quem deveria e deve estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para todos aqueles licenciandos que queiram ingressar para o 
aparelho do Estado, que estão a frequentar o curso de Licenciatura em Administração Pública, do 
Centro de Ensino à Distância. E é extensivo a todos que queiram informarem-se sobre os 
procedimentos de contratação de empreitadas das obras públicas, fornecimento de bens e 
9 
 
prestação de serviço ao Estado, para além daqueles que procuram consolidar os seus 
conhecimentos sobre a planificação de bens e serviços públicos. 
Como está estruturado este módulo 
Todos os módulos dos cursos produzidos por Universidade Católica de Moçambique - Centro de 
Ensino à Distância encontram-se estruturados da seguinte maneira: 
Páginas introdutórias 
Um Índice Completo. 
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os 
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o 
estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com 
atenção antes de começar o seu estudo. 
Conteúdo do Curso / módulo 
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma 
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo 
actividades de aprendizagem, um summary da unidade e uma ou 
mais actividades para auto-avaliação. 
Outros Recursos 
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma 
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos 
podem incluir livros, artigos ou sites na internet. 
10 
 
Tarefas de Avaliação e/ou Auto-avaliação 
Tarefa de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada 
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para 
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. 
Estes elementos encontram-se no final do módulo. 
Comentários e Sugestões 
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer 
comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os 
seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar 
este curso / módulo. 
Ícones de Actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones 
servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma 
parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Acerca dos Ícones 
Os ícones nos objectivos usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por adrinka. 
Habilidades de Estudo 
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar-se melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com 
estratégias eficazes e por isso é importante saber como estudar. Apresento algumas sugestões para 
que possa maximizar o tempo dedicado aos estudos: 
Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria 
ideal para si: Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de 
manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor com música/num sítio 
11 
 
sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um intervalo de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de 
duas em duas horas/sem interrupção? 
É impossível estudar numa noite toda, o que devia ter sido estudado durante um determinado 
período de tempo; Deve estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte 
quando achar que já domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas partes da matéria do 
que saber pouco sobre muitas partes. 
Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, porque, devido à falta de 
tempo e consequentes ansiedade e insegurança, começa a ter-se dificuldades de concentração e de 
memorização para organizar toda a informação estudada. Para isso torna-se necessário que; 
organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar durante a 
semana; face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para o estudo 
das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a 
estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e pode 
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor altura para 
sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado desconhece. 
 
Precisa de Apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o material impresso, lhe pode 
suscitar alguma dúvida (falta de clareza, alguns erros de natureza frásica, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, 
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente. 
12 
 
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o estudante ter a oportunidade 
de interagir objectivamente com o tutor, usando para o efeito os mecanismos apresentados acima. 
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de problemas específicos ele 
deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase posteriorcontacte o coordenador do curso e se o 
problema for de natureza geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440. 
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de expediente. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade de 
interagir com todo o staff do CED, neste período pode apresentar duvidas, tratar questões 
administrativas, de entre outras. 
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque apoio com os colegas, 
discutam juntos, apoiem-se mutuamente, reflictam sobre estratégias de superação, mas produza 
de forma independente o seu próprio saber e desenvolva suas competências. 
Tarefas (Avaliação e Auto-Avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e autoavaliação), contudo nem 
todas deverão ser entregues, mas é importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser 
entregues antes do período presencial. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de 
entrega, implica a não classificação dos trabalhos do estudante. Os trabalhos devem ser entregues 
ao CED ou mesmos devem ser dirigidos ao tutor\docentes. Podem ser utilizadas diferentes fontes 
e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os 
direitos do autor. 
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) palavras de um autor, sem o 
citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos 
autoriais devem marcar a realização dos trabalhos. 
13 
 
Avaliação 
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o período presencial (20%). 
A avaliação do estudante é regulamentada com base no chamado regulamento de avaliação. Os 
trabalhos de campo por se desenvolvidos, durante o estudo individual, concorrem para os 25% do 
cálculo da média de frequência da cadeira. 
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões presenciais, eles representam 
60%, o que adicionado aos 40% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o 
estudante conclui a cadeira. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar 3 (três) trabalhos, 2 (dois) teste e 1 (um) exame. Não 
estão previstas qualquer avaliação oral. 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas como ferramentas de 
avaliação formativa. Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão 
dos assuntos, as recomendações, a identificação das referências utilizadas, o respeito pelos 
direitos do autor, entre outros. Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. 
Consulte-os. 
14 
 
UNIDADE I 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO CONTRATAÇÃO 
PÚBLICA EM MOÇAMBIQUE 
 
Introdução 
Nesta unidade pretende-se que os estudantes saibam oS procedimentos legais actualizados da 
Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao 
Estado em Moçambique. 
Ao completar esta unidade lição, você será capaz de: 
 
1.1 Objectivos 
 
 
 Contextualizar a contratação pública e a evolução de quadro legal em 
Moçambique; 
 Discernir sobre as melhorias que vão se introduzindo na legislação 
atinente a contratação pública moçambicana; e 
 Mencionar os princípios legais da contratação pública moçambicana. 
 
1.2 Contextualização 
O procedimento de contração surge no âmbito da Reforma do Sector Público da Administração 
Pública Moçambicana harmonizado com o Sistema de Administração Financeira do Estado 
(SISTAFE); subsistema do património do Estado, que compreende todos os órgãos e instituições 
do Estado e as respectivas normas e procedimentos, bem como princípios e regras para efeito de 
contratação e de gestão patrimonial. 
Porém estes procedimentos se materializa pelo princípios e regra geral de desconcentração e 
descentralização na aplicação dos procedimentos de contratação pública, aos órgãos e 
instituições da Administração Pública, da Administração Directa e Indirecta do Estado, 
15 
 
representação no estrangeiro, autarquias locais e demais pessoas colectivas públicas, derivados 
de conjunto de textos legislativos do sistema de aquisições em Moçambique. Cujo estes textos 
incluem o Regulamento de Contratações Públicas da Administração Estatal e municipal, que 
podem ser coadjuvados com a legislação contra a corrupção. Para além desses instrumentos 
legais pode entrarem também os Códigos Comercial, Notarial e Tributário nos processo e 
procedimento da contratação e aquisição de bens e serviços no Estado. 
1.3 Evolução de Quadro Legislativo 
1.3.1 Quadro Legal Anterior ao Actual Regulação de Contratações Públicas ou 
Procurement 
Antigamente a função de compras em todas as instituições públicas estava encarregue a cada 
unidade de produção, ou seja, cada área fazia o levantamento das suas necessidades e 
providenciava a sua aquisição. Os instrumentos de Regulamentação do Contrato de Empreitada 
de Obras Públicas datavam de há mais de 35 anos, a luz do Decreto-Lei n.º48817, de 19 de 
Fevereiro de 1969, posto em vigor em Moçambique pela Portaria 555/71, de 12 de Outubro. 
Pelo Decreto n.º 42/89, de 28 de Dezembro, actualizada pelo Decreto n.º 29/97, de 23 de 
Setembro, foi aprovado o Regulamento de Aquisições e Requisição de Serviços para os órgãos 
do aparelho do Estado e instituições subordinadas. 
Pela Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, foi aprovado o Sistema de Administração Financeira do 
Estado (SISTAFE), que estabelece e harmoniza as regras de programação, gestão, execução, 
controlo e avaliação dos recursos financeiros do Estado. 
A aprovação do Decreto n.º 54/2005, de 13 de Dezembro pelo Governo da República de 
Moçambique constituiu um código em matéria da realização de despesas pública com a 
contratação de empreitada de obras públicas, de bens e prestação de serviços ao Estado, decreto 
este que veio a ser substituído pelo Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio devido às crescentes 
exigências de clareza, simplicidade e transparência de normas sobre a contratação pública assim 
como dos direitos e garantias dos administrados relativos aos processos de adjudicação dos 
16 
 
contratos dos serviços e fornecimento de bens constantes consubstanciados na Constituição da 
República de Moçambique (CRM, 2004). 
Não bastou a aprovação do Decreto n.º 54/2005, de 13 de Dezembro, o governo sentiu a 
necessidade da existência de um o sector responsável e centralizado nas instituições pela gestão 
das aquisições bem como da existência de um órgão responsável pela supervisão das aquisições 
feitas pelas instituições públicas, criando assim a Unidade Gestora Executora das Aquisições - 
UGEA através do Diploma Ministerial n.º 142/2006, de 5 de Setembro e a Unidade Funcional de 
Supervisão de Aquisições – UFSA através do Diploma Ministerial n.º 141/2006, de 5 de 
Setembro. 
1.3.2 Quadro Legal Actual de Regulação de Contratações Públicas ou Procurement 
A revogação do Decreto n.º 54/2005, de 13 de Dezembro e consequentemente a aprovação do 
Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio, constitui razões fundamentais do ajustamento do módulo. 
Contudo, o desajusto às actuais exigências do mercado relativo a caução provisória e definitiva, 
conjugado como o incentivo à participação de concorrentes nacionais nos concursos públicos e 
limitados afiguram-se como motivos da sua revisão (Decreto n.º 54/2005, de 13 de Dezembro). 
Pela regulação de contratação de empreitada de obras públicas, fornecimento de bens e prestação 
de serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 15 /2010, de 24 de Maio ajustado a Unidade 
Funcional de Supervisão das Aquisições como órgão com competência de coordenação e 
supervisão de toda a actividade relacionada com a contratação pública,gestão do sistema 
nacional centralizado de dados e informação e dos programas de capacitação em matéria de 
contratação. Pelo Diploma Ministerial n.º 141/2006, de 05 de Setembro, a Unidade Funcional de 
Supervisão das Aquisições, abreviadamente designada por UFSA, foi estabelecida na Direcção 
Nacional do Património do Estado. 
Tornando-se necessário conferir maior transparência e assegurar a efectiva implementação dos 
procedimentos de contratação de empreitadas de obras públicas, fornecimento de bens e 
prestação de serviços ao Estado, foi aprovado Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, decreto que 
aprova o Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens 
e Prestação de Serviços ao Estado. 
17 
 
 
 
 
Quadro1: Alguns Aspectos Introduzidos e Revogado da Recente Revisão do Regulamento em 
Relação ao Antigo. 
Estrutura do Novo 
Regulamento 
O Anterior 
Regulamento 
O Novo Regulamento 
Capítulos 5 5 
Artigos 147 281 
Aplicação do Regulamento 
Todos órgãos e 
instituições do Estado, 
incluindo as Autarquias 
Locais e Empresas do 
Estado 
 
 
Aplica-se a todos órgãos e 
instituições da Administração 
Pública, nomeadamente da 
administração directa e indirecta 
do Estado, incluindo a sua 
representação no estrangeiro, 
autarquias locais e demais 
pessoas colectivas públicas 
As empresas públicas 
participadas pelo Estado regem se 
por legislação específica. 
 
Glossários 
O anterior regulamento 
tem um artigo específico 
referente às definições. 
 
O novo regulamento têm um 
glossário e introduz novas 
definições. 
 
Unidade Gestora Executora 
das Aquisições (UGEA 
O anterior regulamento 
não estabelecia. 
O novo regulamento estabelece 
que a autoridade competente deve 
indicar funcionários e/ou agentes 
do Estado da respectiva UGEA, 
de acordo com os perfis definidos 
para o efeito, e comunicar à 
Unidade Funcional de Supervisão 
das Aquisições. 
Unidade Funcional de 
Supervisão das Aquisições 
O anterior regulamento 
não estabelecia. 
 
O novo regulamento estabelece 
as competências e prerrogativas 
da Unidade Funcional de 
Supervisão das Aquisições. 
 
18 
 
Modalidades de Contratação 
O anterior regulamento 
aborda as cotações como 
uma das circunstâncias 
para aplicação do Ajuste 
Directo. 
 
O novo regulamento introduz 
uma nova modalidade de 
contratação denominada 
Concurso por Cotações. 
 
O anterior regulamento 
não desenvolve. 
O novo regulamento desenvolve 
com maior detalhe a modalidade 
de Concurso por Lances. 
 
Concurso Limitado 
O anterior regulamento 
estabelecia o valor de 
3.500.000,00 MT para 
empreitadas de obras 
públicas e 1.750.000,00 
MT para bens e serviços. 
 
O novo regulamento estabelece 
para o Concurso Limitado o valor 
de 5.000.000,00 Mt para 
empreitadas de obras públicas e 
3.500.000,00 Mt para bens e 
serviços. 
 
Requisitos de Qualificação 
 
Exigível 
Qualificação jurídica, não será 
exigida a apresentação de 
escritura pública, apenas o registo 
comercial. 
 
Qualificação económico-
financeira, não será exigida 
apresentação de balanço 
patrimonial e demostrações 
contabilísticas, apenas 
informação contabilística fiscal 
Qualificação técnica deixa de ser 
exigida a elegibilidade de 
empresas que tenham um ano de 
actividade, devendo o perfil da 
empresa ser compatível com os 
encargos a serem suportados pelo 
concorrente e proporcional a 
natureza e dimensão do objecto 
da contratação. 
 
 Não exigia INE 
Regularidade fiscal introduz a 
exigência de documento emitido 
pelo Instituto Nacional de 
Estatística que comprove que a 
empresa presta informação 
regular, estabelecida legalmente. 
 
19 
 
Júri 
O anterior regulamento 
não estabelecia. 
 
O novo regulamento clarifica a 
necessidade de fundamentar na 
avaliação: a classificação, 
desclassificação e recomendação 
de adjudicação, de acordo com a 
ordem de pontuação obtida pelos 
concorrentes. 
Critério de Menor Preço 
Avaliado 
O anterior regulamento 
estabelecia o critério de 
menor preço. 
 
O novo regulamento introduz o 
critério de menor preço avaliado 
em substituição do critério do 
menor preço e reforça a 
necessidade de observância da 
qualidade e da qualificação do 
concorrente. 
Na avaliação do preço devem ser 
levados em consideração as 
especificações técnicas e/ou 
termos de referência e requisitos 
de qualificação, estabelecidos nos 
documentos de concurso. 
Garantias 
O anterior regulamento 
aborda matéria referente 
as garantias de forma 
dispersa. 
O novo regulamento introduz 
uma secção específica relativa as 
garantias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contrato 
O anterior regulamento 
não aborda. 
O novo regulamento introduz 
uma secção específica relativa 
aos contratos na generalidade e 
um capítulo relativo a gestão de 
contratos de empreitada de obras 
e fiscalização. 
 
 
Na elaboração da proposta, o 
concorrente deverá ter em conta 
que o contrato compreende a 
totalidade dos trabalhos, com 
base no preço proposto. 
 
O regulamento em vigor 
não aborda. 
Os preços cotados pelo 
concorrente não serão sujeitos a 
reajustamento durante a execução 
do contrato, excepto se estiver 
especificado no contrato. 
 
São introduzidos os conceitos de 
subcontratação e de cessão da 
posição contratual. 
20 
 
O anterior regulamento 
não aborda. 
Estabelece o prazo de pagamento 
a Contratada de 30 dias, após a 
entrega das respectivas facturas, 
as quais só podem ser emitidas 
pela contratada após o 
cumprimento dos trabalhos 
executados. 
Em caso de atraso no pagamento 
devidos pela entidade contratante, 
tem a contratada direito a juros 
de mora, nos termos definidos no 
contrato. 
 
Documento de concurso para 
empreitada de obras públicas 
O anterior regulamento 
não aborda. 
Devem estabelecer a exigência de 
certificação dos materiais e 
apresentação do controlo de 
qualidade das obras, feita pelo 
Laboratório de Engenharia de 
Moçambique, bem como a 
respectiva previsão financeira. 
Reclamações 
O anterior regulamento 
estabelecia o pagamento 
de caução como condição 
de aceitabilidade da 
reclamação. 
O novo Regulamento retira a 
exigência de pagamento de 
caução como condição de 
aceitabilidade da reclamação. 
 Fonte: Autor com base em Regulamento (2016). 
1.4 Princípios de Procurement 
Conceito de Princípios: são diretrizes que regulam e encaminham a aplicação de uma norma ou o 
exercício de uma actividade. 
Portanto dentro da contratação pública em termos de empreitadas de obras públicas, 
fornecimento de bens e prestação de serviços como regimento administrativo, são aplicáveis aos 
seguintes princípios fundamentais a destacar: 
 Legalidade – neste estabelece que a entidade contratante deve actuar em conformidade 
com alei, para tal os poderes não poderam ser usados para a prossecução de fins 
diferentes dos atribuídos por lei, a não observância para parte do contraente os acto são 
considerados inválidos dados assim aos concorrentes a dispor recursos a reclamação, 
21 
 
reclamação hierárquica ou recursos contenciosos com vista a contorno das decisões 
tomadas. 
 Finalidade – refere o assegurar da contratação na implementação do regulamento com 
vista prossecução do interesse público no qualquer contrato a ser praticado pela entidade 
contratante. 
 Razoabilidade – estabelece a observância sempre que necessário pelo bom senso e 
equilíbrio, na sua actuação com vista a prossecução de interesse público. 
 Proporcionalidade – estatui a tomada de medida convenientes no assegurar com vista a 
prossecução de interesse público. 
 Prossecução do interesse público- estabelece a observância do interesse público, 
desprotegido de prejuízos de interesses dos particulares protegidos por lei. 
 Transparência – promover garantia de acesso a informações de todos actos relativos a 
contrataçãopública relativos aos documentos de concursos, anúncios de concursos e 
adjudicação, cancelamento e da invalidação do concurso que deve ser publicado de modo 
as pessoas singulares e colectivos quem pretendam contratar com o Estado. 
 Publicidade – estabelece os mecanismos de tornar público recorrendo os meios 
adequados e previsto no regulamento e actos de realização de concurso, adjudicação, 
cancelamento e da invalidação e ademais actos de interesse públicos. 
 Igualdade – estabelece tratamento de forma igual e condições igual pelo entidade 
contratante aos pessoas singulares ou colectivas que pretendam contratar com o Estado 
perante a lei. 
 Concorrência – estatui o privilégio a realização de processo competitivo, propiciando 
condições e favoráveis a todos concorrentes interessados em contratar com o Estado. 
 Imparcialidade – estabelecimento de garantia aos titulares os membros dos órgãos 
abstenham praticar ou praticar em actos administrativos que beneficie directa ou 
indirectamente a se ou seu cônjuges, parentes ou afim bem com outras entidades com as 
quais possa ter conflito de interesses nos termos da lei. 
22 
 
 Boa-fé – observância de procedimento de contratação pública, em todas suas formas e 
fases, devem actual e relacionar-se de acordo com valores fundamentais do direito pela 
relevante em face das situações considerados e, termos especiais, confianças suscitadas 
na contra parte pela actuação em causa e objectivos a alcançar com actuação realizado. 
 Estabilidade – estabelece a prática e observância dos princípios e regras previamente 
definidos nos regulamento, documentos de concursos e demais legislação sobre matéria 
aplicável. 
 Motivação – garantia de todos actos praticados sejam justificados e tenham 
enquadramento legal, nas pessoas singulares ou colectivas do processo de contratação 
tem direito de conhecer as razões de facto e de direito que serviram de bases para tomada 
de decisão por parte de entidade contratante. 
 Responsabilidade – estabelece a resposta de conduta dos seus funcionários ou agentes de 
que resultem danos a terceiros, nos termos da responsabilidade civil do Estado, sem 
prejuízo do direito regresso conforme as disposições de código cível; 
 Boa gestão financeira – actuação em conformidade com os princípios da economicidade, 
eficácia e eficiência nos gastos dos recursos económicos e financeiros na contratação 
pública. 
 Celeridade – garantia de processo de contratação seja célere e eficiente de modo que o 
concurso seja lançados e adjudicados dentro de prazos razoáveis de modo a assegurar a 
economia e eficácia na contratação pública. 
SUMÁRIO 
O procedimento de contração pública resulta das reformas que o governo moçambicano tem 
introduzido no Sector Público da Administração Pública particularmente no Sistema de 
Administração Financeira do Estado (SISTAFE) e subsistema do património do Estado. Porém 
estes regulamentos são aplicado somente na Administração Pública, directa e indirecta do 
Estado, representação no estrangeiro, autarquias locais e demais pessoas colectivas públicas. 
23 
 
Contudo as reformas e revogação introduzida na legislação visam conferir maior transparência e 
assegurar a efectiva implementação dos procedimentos de contratação de empreitadas de obras 
públicas, fornecimento de bens e prestação de serviços ao Estado. 
Os princípios do procurement ajuda aos envolvidos públicos da Administração Pública na 
observância escrupulosa de cada princípio que garante a prossecução de interesse colectivo e a 
economicidade da contratação de empreitadas e fornecimento de bens e serviços. 
EXERCÍCIOS 
1. Qual a real razão da descentralização e desconcentração do procurement na Administração 
Pública moçambicana? 
2. Os concursos de contratos públicos na jurisdição e realidade moçambicana não são aplicáveis 
nos consulados. 
 a) Perante a afirmação da pergunta n.º 2 tome a posição e fundamente. 
3. A contratação de empreitada de obras públicas ou privada e fornecimento de bens e prestação 
de serviços ocorre em qualquer unidade, para qual instituições do Estado se aplicava o Decreto 
nº 15 /2010 de 24 de Maio, Decreto n.º 54/2005, de 13 de Dezembro e se aplica o Decreto n.º 
5/2016, de 8 de Março. Fundamente a exposição. 
4. A quem diz que muitas das vezes os princípios atrapalham bastante no processo de 
procurement, discuta os posicionamentos dessas pessoas que acham assim. 
5. O Sr. Francisco Trabalha no serviço Distrital de Planeamento e Infra-Estrutura de Quelimane, 
Técnico Profissional em Obra, no âmbito de melhoramento de infra-estrutura lançaram um 
concurso na qual pela sua área detinha o valor estimado da obra. Quatro (4) empresas entregaram 
os documentos de proposta técnica e financeira; por inerência uma das empresa concorrente o 
técnico é sócio e vendo o calibre das restante concorrentes tratou de tirar documentos e 
comunicou ao sócio para que fosse rectificar o valor da proposta do concurso e a produção de 
caderno custou a instituição 25000, 00Mts tratando de uma das concorrentes ele orquestrou a 
24 
 
equipa para no processo de levantamento não se pagasse ao custo inerente a produção de 
documentos. 
a) Diante de cenário, como perito em matéria qual seria os erros e acessória devia passar 
ao técnico em função da legislação vigente e que tipo de responsabilidade poderás 
instaurar numa situação de contencioso litigioso dos restantes concorrentes percebendo 
da situação. 
 
AUTO-AVALIAÇÃO 
 
 
 Fazer os exercícios constantes na auto-avaliação. 
 Entregar os exercícios: 2, 3 e 4; e 
 Em 1/2 página faça uma síntese da unidade em estudo. 
25 
 
UNIDADE II 
 
PLANIFICAÇÃO E MODALIDADES DE 
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS 
 
Introdução 
Nesta unidade pretende-se que os estudantes saibam a relevância de planificação para qualquer 
processo, neste caso por tratar de recursos públicos, a prossecução de interesse público o seu 
gasto deve ser acompanhado de princípios de economicidade tendo sempre presente a eficiência 
e eficácia na contratação de Empreitada de Obras Públicas e Fornecimento de Bens e Prestação 
de serviço ao Estado devendo ser um processo optimizador, associado ao facto de recursos serem 
escassos a razão da importância de planificações e criação de prioridade das necessidades em 
função da disponibilidade de fundo que garante a cobertura das actividades a serem levando 
acabo. 
Ao completar esta unidade / lição, o estudante deve ser capaz de: 
 
2.1 Objectivos 
 
 
 Explicar diferentes modalidades de contratação de 
Empreitada de Obras Públicas e Fornecimento de Bens 
e Prestação de serviço ao Estado; e 
 Deter o conhecimento e relevância de planificação da 
contratação pública. 
 
 
26 
 
2.2 Planificação 
De acordo com os autores Mosley (1998) e Nelson et al., (2003), a planificação é entendida 
como: 
 Processo de estabelecer objectivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-
las, estabelecendo assim o alicerce para as subsequentes funções de organizar, liderar e 
controlar, e por isso e considerado o função fundamental do administrador; e 
 Respeito a decisões futuras, mas as implicações futuras de decisão. 
 Os recursos de um país nunca são abundantes razão pela qual não devem ser usados 
indiscriminadamente, neste contexto há que optar na utilização dos recursos existentes e 
os resultantes da nossa produção e urgência na necessidade de definir prioridades, 
selecionando assim entre diversas alternativas os objectivos, políticas e programas de 
uma organização. Permite avaliar alternativas antes da tomada de decisões evitando 
assim, a má planificação que poderá trazer desastre, morosidade, esbanjamento de 
recursos e fornecimentos impróprios. 
2.3 Modalidades de Contratações Públicas 
O dispositivo legal da contratação pública estabelece certos padrões diferenciado em função de 
concursos em diferentes conjunturas. Porém cada modalidade deconcurso determina o regime 
jurídico de contratação. 
O Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, decreto que aprova o regulamento de Contratação de 
Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado., 
estabelece no seu Art.º 5 três (3) regimes jurídicos para contratação pública, a destacar: 
 Regime Geral - O Regime Geral para a contratação de empreitada de obras públicas, 
fornecimento de bens, prestação de serviços ao Estado e concessões é o Concurso 
Público; 
 Regime Especial – estabelece que a Entidade Contratante pode adoptar normas distintas 
das definidas no Regulamento de Contratação pública moçambicana, para tal essa 
27 
 
adopção, deve ser previamente autorizada pelo Ministro que superintende a área das 
Finanças. Contudo esse regime resulta da: 
 Contratação decorrente de tratado ou de outra forma de acordo internacional entre 
Moçambique e outro Estado ou organização internacional, que exija a adopção de regime 
específico; e 
 Contratação realizada no âmbito de projectos financiados, total ou substancialmente, com 
recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de 
cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral, quando a adopção de 
normas distintas conste, expressamente, como condição do respectivo acordo ou contrate. 
 Regime Excepcional – surge Sempre que se mostre conveniente ao interesse público e 
estejam presentes os requisitos fixados no Regulamento, a Unidade Gestora Executora 
das Aquisições deve, fundamentando, propor à Autoridade Competente a aplicação de 
Regime Excepcional para contratação de empreitada de obras públicas, fornecimento de 
bens e prestação de serviços ao Estado. 
 Para tal a decisão a declara deve estar em consonância com os requisitos de contratação 
em Regime Excepcional e que determina a aplicação deste regime para contratação de 
empreitada de obras públicas, fornecimento de bens e prestação de serviços devendo ser 
registada por escrito pela Autoridade Competente e regem-se, subsidiariamente, pelas 
normas do Concurso Público previstas no presente Regulamento. Este regime e aplicável 
destaca-se em: 
 Concurso com Prévia Qualificação – aplica-se quando a natureza das aquisições é 
suficientemente complexa do ponto de vista de qualificações técnica e da onerosidade 
para justificar o uso de uma lista de potenciais concorrentes pré-qualificados; e são 
admitidos pessoas singulares ou colectivas nacionais ou estrangeiros que tenham sido 
qualificados em fase preliminar a apresentação das pospostas de com regulamento 
vigente. 
 Concurso Limitado - restringe-se a participação das pessoas singulares, micro, pequenas 
e medias empresas, inscritas no Cadastro Único, cujo valor não ultrapassa prescrito no 
regulamento para caso empreitada de obras públicas 5000.000 Mts e bens e serviços 
3,500,000 Mts. 
28 
 
 Concurso em Duas Etapas - é aplicado quando a natureza das obras, bens ou serviços não 
permite que à entidade contratante defina previamente de forma precisa as especificações 
técnicas satisfatórias e adequadas ao questão objecto de contratação ou quando o 
interesse publico possa ser satisfeito de diversas maneiras e podem participar as pessoas 
singulares ou colectivas, nacional ou estrangeiros, porem ocorre em duas fase sendo a 
primeira oferecem se propostas técnicas inicial e na segunda proposta técnica definitiva 
acompanhada da proposta do preço, de acordo com regulamento. 
 Concurso por Lances - esta modalidade de concurso restringe-se a bens e serviços de 
disponibilidade imediata. Na qual a disputa entre potencias concorrentes ou interessados 
é feita por meio de propostas de lances sucessivos em acto publico; 
 Concurso de Pequena Dimensão - é uma forma simplificada dum processo de aquisições 
que foi concebido para ser usado quando os valores envolvidos são baixos e o objecto a 
ser contratado seja de pequena complexidade técnica é restrita para caso de indivíduos, e 
pequenas, médias e micro empresas. E esse tipo aplica-se nos seguintes casos: 
a) Obras públicas com valor de 15% do 5.000.000,00 Mts ou menos; e 
b) Bens e serviços com valor de 15% do 3.500.000,00 Mts ou menos. 
 Concurso por Cotações - aplica-se provimentos de pequenos serviços envolvendo as 
micros, tendo as proposta por via de preço; e 
 Ajuste Directo -Ajuste Directo é aplicável somente em circunstâncias excepcionais e 
condições de vantagem em relação ao procedimento competitivo e devidamente 
fundamentado pela Unidade Gestora Executora das Aquisições; porem estes 
procedimentos destacam-se em: 
a) Serviços que envolvam continuação de trabalhos anteriores já executados pelo 
mesmo consultor; 
b) Desenvolvimento do procedimento competitivo em prazo prejudicial ao 
interesse público; 
c) Serviços cujo preço estimado seja inferior a cinco por cento (5%) nos termos 
dos n.º 1 do artigo 69; e 
29 
 
d) Existência de apenas um (1) consultor qualificado ou com experiência 
relevante para a execução do serviço. 
SUMÁRIO 
Em síntese a planificação pode ser entendida como um processo contínuo que envolve as 
escolhas sobre caminhos alternativos de desenvolvimento e uso de recursos disponíveis com o 
fim de alcançar um objectivo ou meta particular num determinado espaço de tempo. 
As diferentes modalidades justifica-se em função do tipo de concurso sem prejuízo de interesse 
público. 
 Para caso de regime especial é decorrente de tratados ou acordos internacionais entre 
Moçambique e outros Estados ou organismos internacionais, ou contratação realizada no âmbito 
de projectos financiados, com recursos provenientes de agências oficiais de cooperação ou 
organismo financeiro multinacionais, que exijam a adopção de regime específico. 
Para caso de Concurso com Prévia Qualificação é modalidade de contratação restrita e 
específica, na qual intervêm os concorrentes que tenham sido qualificados em fase preliminar à 
apresentação de suas propostas. Concurso de pequena dimensão é modalidade de contratação 
aplicável quando o valor estimado de contratação for inferior a quinze por cento (15%) do limite 
estabelecido no n.º 1 do artigo 69 e restrita à pessoas singulares, micro e pequenas empresas; 
Concurso em Duas Etapas com modalidade de contratação em que os concorrentes oferecem, na 
primeira fase, proposta técnica inicial e, na fase seguinte, proposta técnica definitiva e a proposta 
de preço; concurso por lances, é entendida como modalidade de contratação para aquisição de 
bens e serviços, na qual a disputa entre os interessados é feita por meio de propostas de lances 
sucessivos em acto público destinada a pessoas singulares e colectivas inscritas no Cadastro 
Único referido no artigo 41. 
Concurso Limitado: Modalidade de contratação baseada no valor definido no n.º 1 do artigo 69, 
destinado às pessoas singulares, micro, pequenas e médias empresas, inscritas no Cadastro Único 
referido no artigo 41, até a data definida para entrega de propostas e documentos de inscrição no 
30 
 
Cadastro Único; Concurso Público é: modalidade de contratação na qual pode participar todo e 
qualquer interessado, desde que reúna os requisitos estabelecidos nos Documentos de Concurso. 
EXERCÍCIOS 
1. A delegação provincial da ANE Zambézia abriu concurso de uma construção de ponte, na 
qual não consta no PES (Plano Económico Social)/2016. Tendo em conta a planificação e 
regime jurídico. Discuta. 
2. Que tipo de regime jurídico/ ou modaliudade de contrato é usado com maior realce no 
território mocambicana. 
3. Para obra de grande Engenharia, como o caso de pontes, hospitais rurais, provinciais ou de 
referência que modalidade se aplica. 
4. Distinga o concurso limitado da pequena dimensão 
5. Que limite estabelece o curso público para obras públicas e bens e serviços. 
6. Como se processa o concurso em Duas Etapas. 
7. Um estrangeiro foi renegado a recepção das suas propostas financeiras noConcurso em Duas 
Etapas depois de ter acendido os cadernos de concurso a qual foi cobrado o custo de 
reprodução dos documentes por razão de ser estrangeiro. Tendo em conta os conhecimentos 
adquiridos quais os erros cometidos e que tipo de assessoria darias a este cidadão de 
nacionalidade americano. 
8. No seu ponto de vista, achas necessário a existência de concurso por regime especial, se sim 
ou não, justifique a sua posição. 
9. Que impacto advém da modalidade ou regime especial de contratação para nosso país, 
tomando em conta que as obras de custo avultados cujos financiamentos são assegurados 
com maior realce pelo governo Chinês. 
 
AUTO-AVALIAÇÃO 
 
 
 Fazer os exercícios constantes na auto-avaliação; 
 Entregar os exercícios: 1, 2,3,5,7 e 8; e 
 Em 1 páginas faça um breve resumo da unidade em estudo. 
31 
 
UNIDADE III 
PROCEDIMENTOS E REQUISITOS DE 
CONTRATAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
Introdução 
Nesta unidade pretende-se que os estudantes devem compreenderem os conteúdos de aplicação 
do regulamento de contratação pública, tendo em conta as várias etapas que devem ser seguidas 
pelos diferentes intervenientes, com deveres dos singulares desde a fase do concurso quanto na 
fase de execução do contrato em consonância com o Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, decreto 
que aprova o Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de 
Bens e Prestação de Serviços ao Estado. 
Ao completar esta unidade / lição, o estudante deve ser capaz de: 
 
 3.1 Objectivos 
 
 
 Saber os critérios/ requisitos de avaliação, habilidade e 
decisão para contratação pública; e 
 Mencionar os passos pragmáticos a serem seguidos na 
contratação pública. 
3.2 Requisitos Gerais 
Esta habilitada a qualquer pessoa singular ou colectiva, nacional ou estrangeira, que satisfaz os 
critérios de elegibilidade definidos nos requisitos de contratação na administração pública é 
elegível a concorrer em concursos de aquisições do Estado. Portanto destacam-se: 
32 
 
 
3.3 Requisitos Específica da Elegibilidade para Contratação 
Concorrente Nacional - Para efeitos do presente regulamento, considera-se concorrente nacional: 
 Pessoa singular que possua nacionalidade moçambicana e devidamente registada para o 
exercício de actividade económica; 
 Pessoa colectiva que tenha sido constituída nos termos da legislação moçambicana e cujo 
capital social seja detido em mais de cinquenta por cento (50%) por pessoa singular 
moçambicana ou por pessoa colectiva moçambicana cujo capital social seja 
maioritariamente detido em mais de cinquenta por cento (50%) por pessoa singular ou 
colectiva moçambicana; e 
 Pessoa singular ou colectiva registada em Moçambique, há mais de cinco (5) anos, com 
capital social maioritariamente estrangeiro. 
 Concorrente Estrangeiro - O concorrente Estrangeiro deve atender às normas gerais 
fixadas no presente Regulamento, em legislação específica e nos Documentos de 
Concurso, mediante apresentação de documentos equivalentes aos exigidos à 
concorrentes nacionais, porem lhe é acrescido de: 
 Ter procurador residente e domiciliado no País ou representante do concorrente no País, 
com poderes para receber notificação, intimação e responder administrativa e 
judicialmente pelos seus actos, juntando o instrumento de mandato ou equivalente com os 
documentos determinados no presente Regulamento; 
 Comprovar a sua qualificação jurídica, económico-financeira, técnica e regularidade 
fiscal no país de origem; 
 Comprovar a inexistência de pedidos de falência ou apresentar concordata ou documento 
equivalente no país de origem; e 
 Proceder à entrega dos documentos escritos em língua portuguesa. 
 Consórcio e Associação - É permitida a participação nos concursos, de concorrentes 
constituídos em consórcio e associação. Nos seguintes moldes: 
 A participação dos membros em conjunto e não, isoladamente nem integrando no outro 
consórcio ou associação; 
33 
 
 O nome e qualificação de cada membro integrante do consórcio e a indicação da 
participação de cada um deles; 
 A indicação do membro representante do consórcio perante a entidade contratante, com 
poderes para assumir obrigações e para receber notificação e intimação em nome de 
todos os membros integrantes do consórcio; e 
 A assunção de responsabilidade solidária dos membros integrantes do consórcio por 
todas as obrigações e actos do consórcio. 
 Habilitados Exigidos aos Concorrentes para Apuramento da sua Proposta – para tal é 
necessário seguintes qualificações a destacam-se: 
 Económico-financeira - afere-se pela apresentação dos seguintes documentos para 
singular, apresentação declaração periódica de rendimentos e para colectiva apresentação 
de declaração periódica de rendimentos; declaração de informação contabilística fiscal; e 
declaração de que não há pedido de falências; 
 Jurídica/técnica - afere-se pela apresentação dos seguintes documentos como certidão 
emitida por pessoa de direito público ou privado, comprovativa do registo ou inscrição 
em actividade profissional compatível com o objecto da contratação, declaração 
comprovativa das instalações e equipamentos adequados e disponíveis para a execução 
do objecto da contratação, declaração equipa profissional e técnica disponível para 
execução do objecto da contratação, acompanhada dos respectivos currículos; declaração 
emitida por pessoa de direito público ou privado comprovativo de que o concorrente 
adquiriu experiência em actividades com características técnicas similares; certificado de 
habilitações literárias e profissionais dos responsáveis pela execução do objecto do 
contrato e exibição da Alvará ou documento equivalente; e 
 Regularidade Fiscal - se pela apresentação dos seguintes documentos como certidão 
válida de quitação emitida pela administração fiscal; declaração válida emitida pela 
instituição responsável pelo sistema nacional de segurança social; e documento válido 
emitido pelo Instituto Nacional de Estatística que comprove que a empresa presta 
informação regular, nos termos da legislação estatística vigente. 
Porém para além do supracitado atras, os concorrentes que pretendem participar em contratações 
públicas deverão registar-se no Cadastro Único para poderem concorrer em contratações 
34 
 
públicas. A UFSA emite um certificado de registo às entidades no Cadastro Único, cuja validade 
é de um ano. 
3.4 Critérios de Avaliação e Decisão 
A avaliação das propostas financeiras e técnicas dos concorrentes ou concursos somente deve ser 
feita com base nos critérios a seguir: 
 Critério do Menor Preço Avaliado – consiste em propiciar a escolha das propostas que 
garantam os níveis de qualidade e de qualificação do concorrente necessário à realização 
do interesse público, de acordo com os Documentos de Concurso. 
 Além do preço devem ser levados em consideração as especificações técnicas e/ou 
termos de referência e requisitos de qualificação, estabelecidos nos Documentos de 
Concurso. Porém a proposta devera ser aquele que apresentar o Menor Preço Avaliado, 
dos concorrentes apurados, que tenham observado as especificações técnicas e/ou termos 
de referência e requisitos de qualificação estabelecidos nos Documentos de Concurso. 
 Critério Conjugado - este tipo a avaliação é baseado na conjugação das propostas técnica 
e preço é feita de acordo com os critérios de ponderação estabelecidos nos Documentos 
de Concurso. Contudo avaliação técnica deve ser definida por fórmula matemática que 
contemple, de forma objectivas, as variáveis definidas nos Documentos de Concurso. 
 Para tal constitui factores da validação os seguintes: condições de pagamento; 
Cronograma de pagamentos; Prazo de entrega; Cronograma de entrega; Custos 
operacionais; Custo de transporte e seguro até ao local especificado; Eficiência e 
adequação do equipamento; Disponibilidade de peças de reposição e serviços de 
manutenção;Condições de garantia; Treinamento; segurança; Benefícios ambientais; a 
disponibilidade de equipamentos e qualificação da equipe técnica, nos casos em que 
represente vantagem para a Entidade Contratante e por ultimo ser titular de certificado 
válido do selo “Orgulho Moçambicano. Made in Mozambique. 
 Solução em Caso de Empate - nas situações em que for adoptado o Critério de Menor 
Preço Avaliado e houver empate entre duas ou mais propostas, a classificação final deve 
ser apurada por sorteio em sessão pública. 
35 
 
3.5 Procedimentos de Contratação 
3.5.1 Elaboração 
A UGEA verifica o plano de contratação e o respectivo cabimento orçamental, após dessa 
providencia os documentos para aprovação interna e posterior lançamento do concurso. 
A Elaboração depreende nos seguintes passos: 
 A UGEA recebe uma solicitação do interessado a indicar a necessidade de contratação de 
obras, fornecimento de bens ou prestação de serviços, ou a própria UGEA identifica a 
necessidade de uma contratação. Ao encaminhar uma solicitação para a UGEA, o 
interessado deve; 
 Indicar a necessidade e a finalidade pretendida; 
 Apresentar as especificações das obras, bens ou serviços desejados; 
 Indicar a estimativa da contratação (detalhada) e a respectiva previsão no orçamento; 
 Indicar as exigências de qualificação que devem ser requeridas dos concorrentes; 
 No caso em que a identificação da necessidade de contratação ser por iniciativa da 
própria UGEA estas informações são da sua própria responsabilidade; 
 A UGEA analisa as informações recebidas, verifica o cabimento orçamenta; 
 A UGEA providencia, Abertura do processo administrativo e numeração do processo 
administrativo; 
 A elaboração do Documento de Concurso de acordo com o modelo padronizado que seja 
aplicável; e 
 A preparação do respectivo Anúncio, de acordo com as exigências pertinentes. 
Após a emissão do documento de concurso e da elaboração do respectivo nnúncio a UGEA 
encaminha estes documentos para aprovação da Autoridade Competente (AC), propondo a 
autorização para a instauração do procedimento de contratação e lançamento do concurso. Na 
mensagem de encaminhamento para a AC, a UGEA deve solicitar a autorização expressa para os 
seguintes itens: 
 Objecto; 
36 
 
 Finalidade da aquisição (interesse público a ser atendido); 
 Valor estimado; 
 Cabimento no Orçamento; 
 Modalidade de contratação a ser adoptada; 
 Critério de avaliação e de decisão (Critério do Menor Preço ou Critério Conjugado), no 
caso de concurso público; 
 Critério do Menor Preço (no caso de Concurso Limitado); 
 Factores de avaliação, além do preço (quando for o caso); 
 Cotação em moeda estrangeira (quando for o caso); e 
 Solicitação da designação do Júri. 
A Autoridade Competente recebe a proposta de autorização para a instauração do procedimento 
de contratação e lançamento do concurso e, se estiver de acordo: 
 Autoriza a instauração do procedimento de contratação e lançamento do concurso; 
 Aprova o Documento de Concurso e o respectivo Anúncio; e 
 Devolve o processo para a UGEA, para lançamento e acompanhamento do processo. 
3.5.2 Lançamento do Concurso 
A UGEA, após receber a aprovação da AC deverá realizar os seguintes procedimentos 
administrativos: 
 Providenciar a numeração do concurso; 
 Providenciar a publicação do anúncio do concurso no jornal de maior circulação e/ou na 
Rádio (aplicável ao concurso); 
 Providenciar a colocação de cópia do Anúncio na sede da Entidade Competente (EC), 
num local de acesso público; 
 Providenciar um exemplar do documento de concurso para a consulta pública, desde a 
data da publicação do anúncio até a abertura das propostas; 
 Em simultâneo com a publicação, deve colocar para venda ou distribuição os documentos 
de concurso; 
37 
 
 Providenciar o envio de correspondência para todos os membros do júri e para o 
presidente, informando sobre a sua designação e a data, hora e local em que ocorrerá a 
sessão pública para recepção das propostas; 
 Enviar uma cópia do anúncio para a UFSA; 
 Informar a AC sobre eventuais impedimentos da AC ou do Júri; 
 Informar a AC sobre os eventos ocorridos que possam ocasionar o cancelamento ou a 
invalidade do concurso; e 
 Providenciar que toda a documentação esteja perfeitamente junta e numerada no 
respectivo processo. 
3.5.3 Apresentação das Propostas pelos Concorrentes 
A UGEA deve observar com rigor, a data e o horário máximo que foi definido nos Documentos 
de Concurso e no Anúncio para a respectiva entrega. A UGEA deve elaborar uma lista dos 
concorrentes que entregaram propostas contendo: 
 A ordem de entrega das propostas; 
 A identificação do concurso; 
 O nome e o endereço do concorrente; 
 A data e a hora em que a proposta foi entregue. 
No acto da entrega da proposta deve ser entregue ao concorrente o comprovativo da sua 
recepção. Depois de terminado o prazo de entrega das propostas, a UGEA, deverá entregar para 
o Júri as propostas recebidas acompanhadas da respectiva lista de entrega. A partir deste 
momento a responsabilidade pelas propostas é assumida pelo Júri, com o apoio administrativo da 
UGEA. 
3.5.4 Abertura das Propostas dos Concorrentes 
Júri, em posse das propostas recebidas, deverá abri-las publicamente no horário definido para o 
acto, na presença dos concorrentes e de outros interessados que desejarem assistir a sessão. O 
38 
 
representante do concorrente não é obrigado a assistir a sessão. O Júri deve preparar uma lista de 
presenças para registar a presença dos interessados. 
A sessão de abertura deve ser presidida pelo Júri. O júri deve estar presente com a maioria dos 
seus membros designados. A sessão de abertura deve observar o seguinte procedimento: 
 A identificação do concurso; 
 A leitura da lista dos concorrentes, pela ordem de recepção das propostas; e 
 A abertura dos invólucros contendo os documentos de qualificação e as propostas. 
A leitura dos dados principais, nomeadamente: 
 O nome dos concorrentes; 
 Os preços cotados; 
 A existência ou não de garantia provisória (quando exigida); 
 A presença de propostas com variante (se tiverem sido permitidas nos Documentos de 
Concurso); 
 A declaração de descontos oferecidos; 
 A rúbrica pelos membros do Júri em todas as páginas dos documentos e das propostas 
apresentadas; e 
 A elaboração e assinatura da acta pelos membros do Júri que estejam presentes na sessão 
e pelos concorrentes presentes. A acta deve ser elaborada e assinada na própria sessão. 
 Na sessão de abertura das propostas não deve declarar-se a desclassificação das propostas 
visto a desclassificação é um acto de deliberação do Júri, que deve ser realizado em 
sessão reservada. 
39 
 
3.5.5 Avaliação das Propostas dos Concorrentes 
Logo após à sessão de abertura das propostas, o júri deve providenciar a remessa ao sector 
financeiro, dos originais das garantias provisórias para registo e arquivo. Uma cópia das 
garantias e do comprovativo da recepção pelo sector financeiro será junta no processo. 
A avaliação das propostas deve seguir estritamente os critérios e factores indicados previamente 
nos documentos de concurso (Art.º 73-6). Se o júri considerar necessário, poderá solicitar 
esclarecimentos aos concorrentes, por via do saneamento, de acordo com o ponto a seguir. 
As deliberações do júri devem ser registadas em acta. Se for necessário, o júri poderá solicitar o 
parecer de técnicos especializados na matéria. Para o efeito, o presidente do júri deve enviar a 
solicitação escrita para a AC. O técnico especializado emitirá o parecer com recomendação para 
o júri. Contudo, a deliberação é acto do júri. 
Durante a avaliação das propostas, e obrigação da UGEA prestar apoio administrativo ao júri. 
Para o efeito, a UGEA deve atender a todas as solicitações que forem feitas pelo mesmo. 
3.5.6 Saneamento das Falhas/Erros nas Proposta 
Se o júri verificar que existem falhas e/ou omissõesde natureza formal, poderá autorizar o 
saneamento da falha e/ou omissão pelo concorrente. Para o efeito, o Júri deverá enviar uma 
notificação escrita para o concorrente, a indicar o prazo em que o concorrente deve fazer a 
correcção da falha ou do omitido. O prazo a indicar não pode ser inferior a dois dias úteis. 
São consideradas falhas e omissões sanáveis: 
 A falta de apresentação de documentos (Art.º 74), pelo concorrente, cuja pré-existência 
possa ser confirmada pelo Júri, os quais, por engano ou esquecimento do concorrente, 
não foram juntos na proposta. São exemplos a falta de inclusão na proposta de cópia de 
certidões, diplomas e balanços previamente publicados na imprensa; e 
 Erros de cálculo na proposta (Art.º 76-2). Neste caso, o Júri deve providenciar a 
correcção dos cálculos e deve informar a todos os concorrentes o novo cálculo. O 
40 
 
concorrente com erros a sanar deve obrigatoriamente manifestar-se sobre o novo cálculo. 
Não é permitido ao concorrente rectificar os preços, excepto no caso de enganos do Júri 
na correcção dos cálculos. Se o concorrente não aceitar a correcção, a sua proposta deve 
ser desclassificada e a sua garantia provisória (se houver) deve ser retida pela EC. 
Não podem ser sanadas as falhas e omissões relacionadas com preços que não foram cotados, 
bem como a falta de apresentação da garantia provisória, sendo tais actos nulos e de nenhum 
efeito. 
3.5.7 Classificação e Recomendação do Júri 
Após o saneamento (se houver) o Júri deve promover a classificação e desclassificação das 
propostas, de acordo com o que está estabelecido nos Documentos de Concurso. 
Todas as decisões de desclassificação devem estar devidamente fundamentadas. O Júri deve 
preparar o Relatório de Avaliação das propostas, que deve conter no mínimo as seguintes 
informações: 
 Os dados do concurso (número, modalidade e objecto); 
 A fundamentação das decisões de classificação ou desclassificação; 
 A recomendação de adjudicação; e 
 A assinatura do Júri. 
3.5.8 Adjudicação do Concurso 
O Júri deverá encaminhar o Relatório de Avaliação para decisão da AC, com a recomendação 
sobre a adjudicação do contrato, de acordo com o Critério de Decisão e com os factores que 
tenham sido indicados nos Documentos de Concurso. 
O Relatório de Avaliação, contendo a recomendação de adjudicação, deve ser enviado para a 
Decisão da AC através da UGEA. É responsabilidade da UGEA fazer o acompanhamento da 
situação do processo e zelar pelo cumprimento dos prazos. 
41 
 
AC deve examinar a documentação enviada pelo Júri e emitir o despacho de adjudicação. Se 
houver falhas que impeçam a adjudicação, os documentos serão devolvidos para o Júri fazer as 
correcções necessárias. 
A UGEA, após a decisão proferida pela AC, deve providenciar: 
 A comunicação da adjudicação para todos os concorrentes, por escrito, no prazo não 
superior a dois dias úteis contados a partir da data do despacho de adjudicação; e 
 A divulgação do resultado no quadro de avisos da EC e noutros órgãos de comunicação. 
3.5.9 Contratação da Empresa Adjudicado 
Após a divulgação do resultado do concurso, a EC deverá notificar, no prazo de cinco dias uteis 
contados da adjudicação, ao concorrente vencedor para que apresente as certidões actualizada 
que eventualmente tenham caducado durante o concurso. 
Após apresentação das certidões actualizada, o concorrente vencedor é convidado novamente, 
para no prazo mínimo de dez dias e no máximo de trinta dias apresentar a garantia e para assinar 
o respectivo contrato. A UGEA deve analisar a documentação, propondo à AC a adjudicação. 
O contrato deve ser assinado de acordo com o modelo que constou do Documento de Concurso. 
A assinatura do contrato em condições diferentes dá origem à invalidade. A assinatura do 
contrato deve ser feita pelo representante da Entidade Contratante que tenha poderes legais para 
assumir obrigações em nome da Entidade Contratante, de acordo com as normas do órgão. 
Depois de devidamente assinado, no prazo de cinco dias, o Contrato de Adjudicação deve ser 
submetido ao Tribunal Administrativo, para efeitos de fiscalização prévia. 
3.5.10 Supervisão e Fiscalização 
Com a assinatura do contrato, a EC deve: 
 Designar a comissão, constituída por pelo menos dois membros, para recepção do objecto 
contratual, no caso do fornecimento de bens e prestação de serviços; e 
42 
 
 A designação do fiscal responsável pela supervisão directa. 
3.5.11 Recepção do Objecto Contratual 
O objecto do contrato deve ser objecto de recepção pela EC, de acordo com o seguinte: 
 Recepção de Empreitadas de Obras Públicas: 
 Provisoriamente - logo após a conclusão da obra, após a vistoria da EC sob o testemunho 
do fiscal; 
 Definitivamente -findo o prazo máximo de garantia de um ano, após a nova vistoria de 
todos os trabalhos de empreitada. 
 Recepção de Bens e Serviços: 
 Logo após a recepção dos bens e serviços e a verificação de que os mesmos estão em 
conformidade com o contrato, no local de entrega ou da execução. 
3.5.12 Guarda/ Arquivação dos Documentos 
É responsabilidade da UGEA o arquivamento e guarda dos documentos, sob supervisão do AC. 
Todos os documentos originais e os actos decisórios devem ser devidamente numerados e 
mantidos no respectivo processo administrativo para fins de fiscalização dos órgãos responsáveis 
pela fiscalização podendo ser interna como externa. 
Desta forma, é imprópria a circulação de documentos originais. Sempre que for necessária, a 
circulação deve ser feita por cópia e nunca por originais. 
De um modo geral, os procedimentos administrativos para o concurso geral podem ser resumidos 
no seguinte fluxograma: 
SUMÁRIO 
De forma geral toda e qualquer pessoa seja ela singular ou colectiva, nacional ou estrangeira, que 
tenha habilidade e satisfaz os critérios é elegível a concorrer em concursos de aquisições do 
43 
 
Estado; mas logo há que se verificar os requisitos específico face o proveniência do potencial 
concorrente nacional, estrangeiro e consórcios. 
Contudo para que uma empresa seja apurada deve reunir algumas qualificações tais como: 
Económico-financeira; Jurídica/Técnica e regularidade fiscal. 
Existe dois critérios da avaliação para equipa de jurados, Menor Preço Avaliado e neste caso, 
quando acontece empate recorre apuramento por sorteio em sessão pública por um lado, e por 
outro, critério de Preço Conjugado. 
Os procedimentos de contratação, são os passos seguidos pela ente público que pretenda fazer 
contratação de empreitada de obras públicas, fornecimento de bens e prestação de serviços, 
começando pela verificação de plano de actividade e a sua cobertura orçamental seguindo 
restantes passos e também para parte dos concorrentes até a entrega do objecto de contrato pela 
concorrente/empresa ora adjudicado. 
EXERCÍCIOS 
1. O que difere do requisito geral e específica face admissibilidade do concorrente ao concurso? 
2. É ou não obrigatório a compra de caderno de encargo pela pessoa ou entidade que pretende 
concorre e porquê? 
3. Quais são critério de avaliação dos concursos públicos. 
4. Em caso de empate do critério de menor preço avaliado, quais são os mecanismos 
subsequentes? 
5. Qual o critério que julga ser eficaz e justifica a sua escolha. 
6. Em caso de subida de custo face ao objecto do concurso o que se faz para a empresa 
adjudicada/vencedora em relação ao ente público/órgão do Estado contratante, e se for antes da 
compra de cadernos de encargo qual é a postura da entendida contratante face a nova realidade 
44 
 
de preço do mercado. 
7. Três empresas concorrerão uma obra e uma foi apurada as firmas não apuradas, 
inconformados requereram para verem os dossiers do concurso desde as propostas e relatório e 
no mesmo ofício solicitava falar com presidente de júri, o presidente não lhes recebeu e UGA 
não concedeu os respectivo documentos /dossiers todos fundamentando que a lei não lhespermitia. Discuta sobre o caso e qual o último recurso dos concorrentes, tomando em conta que o 
caso deu-se no Distrito. 
8. Qual a razão da recepção das obras se proceder provisoriamente após a vistoria da Entidade 
Contratante e o testemunho do Fiscal? 
9. Qual é importação da arquivação de documentos dos concursos públicos. 
10. Qual prazo de reclamação que os concorrentes são dados após a recepção da carta de 
apuramento ou rectificação dos erros. 
11. Quem propõe os membros de júri e quem os nomeia? 
12. Quem é Autoridade Competente e de Recurso na jurisdição distrital ou nos distritos. 
13. Quando é que fica acessível o valor do concurso ao público tendo em conta o período da 
aquisição de caderno de encargo e da adjudicação da obra? 
 
AUTO-AVALIAÇÃO 
 
 
 Fazer os exercícios constantes na auto-avaliação; 
 Entregar os exercícios: 2, 4,5,6,7,9,11e 13; e 
 Em 1 página faça uma breve síntese da unidade em estudo. 
 
45 
 
UNIDADE IV 
CRIAÇÃO, PAPÉIS COMPETÊNCIAS DE ALGUNS 
ÓRGÃOS UFSA, JÚRI, AUTORIDADE 
COMPETENTE 
 
Introdução 
Nesta unidade pretende-se que os estudantes entendam sobre a criação de alguns órgãos, seus 
papéis e competências no âmbito da contratação pública na Administração Pública. 
Ao completar esta unidade / lição, o estudante deve ser capaz de: 
 
 
4.1 Objectivos 
 
 
 Mencionar papéis e composição de alguns órgãos no âmbito 
do procurement; 
 Identificar competências de cada órgão; e 
 Explicar alguns órgãos/figuras/ unidades aquém os cria ou 
nomeiam. 
4.2 Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA) 
 4.2.1 Criação da UFSA 
Pelo regulamento de contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e 
Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 15 /2010, de 24 de Maio foi ajustado 
a Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições como órgão com competência de 
coordenação e supervisão de toda a actividade relacionada com a contratação pública, gestão do 
http://www.concursospublicos.gov.mz/index.php/sobre-o-ufsa/48-cria%C3%A7%C3%A3o-da-ufsa
46 
 
sistema nacional centralizado de dados e informação e dos programas de capacitação em matéria 
de contratação. 
Na mesma vertente pelo Diploma Ministerial n.º 141/2006, de 05 de Setembro, a Unidade 
Funcional de Supervisão das Aquisições, abreviadamente designada por UFSA, foi estabelecida 
na Direcção Nacional do Património do Estado. 
4.2.2 O Papel/Competência da UFSA 
Constitui algumas das competência de órgão segundo alíneas do n.°1 do artigo 19 do Decreto n.º 
5/2016, de 8 de Março, os seguintes: 
 Coordenação e supervisão de toda a actividade relacionada com a contratação pública; 
 Gestão do sistema nacional centralizado de dados e informação; e 
 Programas de capacitação em matéria de contratação 
4.2.3 Supervisão, de Normas e Contencioso 
 No âmbito da coordenação da Supervisão, de Normas e Contencioso, compete à UFSA: 
 Propor a aprovação de normas complementares, necessárias á aplicação do Regulamento; 
 Emitir instruções e recomendações aos órgãos e instituições do Estado para aplicação do 
Regulamento; 
 Prestar informações, esclarecimentos e dar parecer sobre a aplicação do Regulamento, 
sempre que lhe sejam solicitadas pelos órgãos e instituições do Estado; 
 Propor ao Ministro que superintende a área das Finanças a emissão ou actualização dos 
modelos de Documentos de Concurso; e 
 Propor modelos organizacionais para a função de contratação. 
4.2.4 Cadastro, Estudos, Estatísticas e Informática / Internet 
No âmbito do cadastro, estudos, estatísticas e informática / internet, compete à UFSA: 
http://www.concursospublicos.gov.mz/index.php/sobre-o-ufsa/49-o-papel-miss%C3%A3o-da-ufsa
http://www.concursospublicos.gov.mz/index.php/sobre-o-ufsa/51-supervis%C3%A3o,-de-normas-e-contencioso
http://www.concursospublicos.gov.mz/index.php/sobre-o-ufsa/52-cadastro,-estudos,-estat%C3%ADsticas-e-inform%C3%A1tica-internet
47 
 
 Centralizar e gerir o sistema nacional de dados e informações sobre as contratações do 
Estado; 
 Formular, criar e prover a manutenção e actualização do cadastro de empreiteiros de 
obras públicas, fornecedores de bens e de prestação de serviços e do cadastro de 
impedidos de participar nos concursos e contratações; 
 Comparar os preços praticados nos contratos com os de mercado; 
 Formular, criar e prover a manutenção e actualização de um catálogo contendo as 
especificações de bens e serviços; 
 Analisar e propor sistemas de informação e a aplicação de tecnologias de informação e 
comunicações; e 
 Realizar estudos quantitativos e qualitativos necessários à definição e implementação de 
políticas públicas. 
4.2.5 Treinamento, Ética e Cooperação com o Controlo Interno e Externo 
No âmbito do Treinamento, Ética e Cooperação com o Controlo Interno e Externo, compete à 
UFSA: 
 Elaborar e gerir o programa de capacitação em matéria de contratação; 
 Propor requisitos para a carreira e mobilidade de comprador público, prover a 
certificação dos respectivos funcionários, propor requisitos e a política de promoções; 
 Promover a ética e práticas transparentes; 
 Estabelecer no âmbito das suas competências, mecanismos de cooperação com os órgãos 
de controlo interno e externo; 
 Receber e analisar denúncias que lhe sejam apresentadas por qualquer pessoa sobre 
irregularidade; e 
 Denunciar aos órgãos e autoridades competentes, as irregularidades apuradas no 
exercício das suas atribuições. 
 
http://www.concursospublicos.gov.mz/index.php/sobre-o-ufsa/53-treinamento,-%C3%A9tica-e-coopera%C3%A7%C3%A3o-com-o-controlo-interno-e-externo
48 
 
4.3 Júri 
4.3.1 A composição de Júri 
O Júri é composto por um mínimo de três (3) membros, qualificados na matéria objecto do 
concurso, dos quais pelo menos um (1) é funcionário ligado à Unidade Gestora Executora das 
Aquisições, constituído em cada concurso, antes da abertura das propostas até a conclusão do 
processo de avaliação, classificação, desclassificação e recomendação de Adjudicação. 
4.3.2. Competência de Júri 
Constitui algumas das competências do júri segundo alíneas do n°1 do artigo 16 para alem disso 
as competências específicas se encontra no artigo 76 do Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março a 
destacar: 
 Receber da Entidade Contratante, as propostas dos concorrentes e proceder à sua 
abertura; 
 Solicitar esclarecimentos aos concorrentes, em nome da Entidade Contratante, durante a 
avaliação das propostas; 
 Propor à Entidade Contratante a consulta a técnicos e especialistas, quando necessário; 
 Propor à Entidade Contratante a lista curta, nos concursos com Prévia Qualificação, em 
Duas Etapas e para a contratação de serviços de consultoria; 
 Propor alterações nas propostas técnicas iniciais, no concurso em Duas Etapas; e 
 Verificar os requisitos de qualificação dos concorrentes, avaliar, desclassificar, classificar 
as propostas e recomendar a Adjudicação. 
4.4 Autoridade Competente 
Autoridade Competente: agente que representa a Entidade Contratante, formalmente designado, 
com poderes para praticar os actos relativos aos procedimentos de contratação definidos no 
Regulamento de contratação pública. 
49 
 
Do outro lado encontramos a Entidade Contratante que é órgão ou instituição do Estado que 
promove a abertura de concurso e celebra o contrato, representado pela Autoridade Competente. 
4.4.1 Atribuições da Autoridade Competente 
Destacam algumas as atribuições da autoridade competente, em representação da Entidade 
Contratante, mediante proposta devidamente fundamentada da respectiva Unidade Gestora 
Executora das Aquisições: 
 Indicar o interesse público específico a ser prosseguido; 
 Definir de forma precisa, suficiente e clara, o objecto da contratação; 
 Determinar a estimativa do preço da obra, bens ou serviços a contratar; 
 Definir a modalidade de contratação a ser adoptada; 
 Dispensar, nos termos previstos no presente Regulamento, os requisitos

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