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E2_PLAM.pdf PEDAGOGIA DAS LUTAS E DAS ARTES MARCIAIS E-book 2 Fábio Rodrigo Ferreira Gomes Neste E-Book: INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3 TRANSIÇÃO DAS LUTAS E ARTES MARCIAIS PARA O MUNDO MODERNO ����������������������������������������������������4 O berço das lutas e Artes Marciais modernas ����� 4 TROCA DO SENTIDO CULTURAL DAS ARTES MARCIAIS ������������������������������ 6 ARTES MARCIAIS (ESPORTES DE COMBATE) NOS JOGOS OLÍMPICOS �� 14 LUTA OLÍMPICA �����������������������������������������16 BOXE ��������������������������������������������������������������19 JUDÔ��������������������������������������������������������������21 TAEKWONDO ���������������������������������������������24 CARATÊ ��������������������������������������������������������27 JIU-JITSU �����������������������������������������������������30 CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������� 33 SÍNTESE �������������������������������������������������������34 2 INTRODUÇÃO Pode-se definir desde os primórdios a prática de luta de várias formas: desde a luta como diversão, passando pelo desporto até chegarmos à prática do confronto corporal para a guerra. Essa divisão não é algo estabelecido recentemente, mas já pontuado nas primeiras civilizações. Por exemplo, os Jogos Olímpicos eram tratados pelos gregos como um fes- tival religioso, por outro lado existe registro de habili- dades de guerras e armas na Epopeia de Gilgamesh, escrita no século 18 a.C. (REID; CROUCHER, 1983). No entanto, as artes marciais com o foco em guerra perdem o sentido com a abertura de mercado no mundo, que se intensificou no século 19. 3 TRANSIÇÃO DAS LUTAS E ARTES MARCIAIS PARA O MUNDO MODERNO O berço das lutas e Artes Marciais modernas Quando as Artes Marciais primárias chegaram no oriente criaram raízes e houve um processo gradual de diversificação e, consequentemente, aperfeiçoa- mento. Mas infelizmente existem poucos registros precisos em relação ao seu berço, o que é sabido, por meio de produções artísticas e literárias da Índia e da China, é que as artes marciais começaram a se desenvolver nesses locais por volta do século 5 a.C., momento em que se iniciou a produção de espadas em grande escala na China, conforme es- critos em relação às artes de 3 d.C. na China (REID; CROUCHER, 1983). Vale destacar-se que, no que se refere à China, o historiador das artes marciais é delimitado por um problema metodológico, pois as técnicas de lutas e combate de guerreiros individuais eram diferentes de técnicas de combate militares, no sentido em que os artistas marciais individuais normalmente pertenciam às massas iletradas, de maneira que sua evolução apresenta poucos registros, indo de encontro ao que ocorria com a elite letrada (orga- nizado no âmbito militar), bem como às técnicas 4 dos camponeses serem consideradas não dignas de registro (SHAHAR, 2011). A história das artes marciais a partir do século 3 d.C. pode ser observada pelo prisma do desenvolvimento paulatino das técnicas, tendo uma contribuição de uma base filosó- fica geralmente pelo trilho da propagação do budismo. Apesar do entendimento de que o Japão apresenta raízes nas lutas chinesas, existe grande controvérsia por causa do isolamento geográfico, causando pontos obscuros em relação à formação do povo nipônico. Outro fato é o idioma japonês que se difere das regiões vizinhas, levando a uma dificuldade da interpretação de textos (YAMASHIRO, 1993). Yamashiro (1993) afirma ainda que, opostamente ao que se imagina, o povo nipônico não pertence ao tronco chinês. A maneira de viver primitiva, que veio a carac- terizar os japoneses na atualidade, vem de uma época anterior ao seu contato com a China, diferenciando-os assim dos chineses em pontos básicos como: idioma, religião, padrões sociais e conceito de governo. O Japão passou por muito tempo tendo como pano de fundo político os samurais, e sua maneira de viver, e nesse bojo estavam incluídas muitas artes de guerra. Apesar das artes marciais chinesas apresentarem grande impacto e disseminação por conta dos filmes, as artes marciais japonesas modernas, em especial o judô, ga- nharam muito espaço no mundo, principalmente por conta dos Jogos Olímpicos. Inclusive pela própria visão do mundo moderno as artes marciais tiveram que se adaptar culturalmente à nova forma de viver no mundo. 5 TROCA DO SENTIDO CULTURAL DAS ARTES MARCIAIS Por conta das necessidades do mundo moderno, as armas de fogo ou de destruição em massa e sua mo- dernização passaram a fazer parte do comércio. Por essa razão, as práticas de luta perderam o sentido para o uso de guerras. Nesse sentido, percebe-se uma transição dessas artes para lutas modernas com o objetivo de defesa pessoal, caráter compe- titivo e até com justificativas higiênicas (vida mais saudável e promoção da saúde). O maior exemplo, ou mesmo cerne dessa mudança, é o Japão. Mesmo entendendo-se que foi um país com cultura mais isolada no oriente, que apresentou menor influência religiosa, de língua e modo de vida para os países ao seu redor, notadamente oposto à China ou mesmo à Índia, a ressignificação cultural apresentada pelas artes marciais japonesas acabou influenciando o mundo moderno, inclusive outras lu- tas orientais. Especificamente, acabou-se o sentido bélico e a sobreposição de força, construindo-se um rumo instrutivo e de autoconhecimento por meio da prática de lutas. Vários tipos de artes de combate foram praticados no Japão Feudal, ou Shogunato, época correspondente a uma ditadura conduzida pelos samurais – período aproximado de nove séculos, do final do século 9/10 6 até século 19 –, finalizando-se com a Restauração Meiji – 1868 (YAMASHIRO, 1993). As formas de combate herdadas de eras de conflitos antigos foram largamente aprimoradas. Esses mé- todos de combate sem armas foram uma maneira engenhosa de se utilizar o corpo humano para o combate com a meta de conquistar o mesmo que em guerras com o uso de armas (RATTI; WESTBROOK, 2006). Por outro lado, entende-se que havia uma relativa paz coagida por intermédio dos Tokugawa (samurais que controlavam o Japão). Embora o período feudal no Japão tenha terminado oficialmente em 1868, esse processo teve seu início alguns anos antes, para ser mais preciso em julho de 1853, quando uma esquadra dos EUA, sob o co- mando do Comodoro Matthew Calbraith Perry, chega ao porto de Uraga, impondo a abertura dos portos japoneses, desencadeando uma série de aconte- cimentos que culminaram no fim do Xogunato e início de um processo de ocidentalização no país (YAMASHIRO, 1993). Com a ascensão da era Meiji, o período feudal foi extinto e começou o Estado mo- derno no Japão, época em que é notada por grandes modificações sociais e culturais (SANTOS, 2012). Em meio a esse período nasce Jigoro Kano (28 de outubro de 1860), em Mikage (atual Kobe), filho de Sadako Kano, educadora de família nobre, produtora de saquê, e Jirosaku Mareshiba Kano, funcionário do governo e empresário, promotor ativo da mo- dernização do Japão Meiji. Mudou-se com seu pai para Edo (atual Tóquio) logo após a morte de sua 7 mãe (quando ele estava com 10 anos) e iniciou seu processo de formação acadêmica em contato com a cultura ocidental e a língua inglesa. Esta primeira fase educativa vivenciada por Jigoro Kano, além da educação clássica, foi sua primeira forte liga- ção entre as influências culturais ocidentais com as tradições orientais, inclusive o estudo da língua inglesa (STEVENS, 2007). Segundo Watson (2011), Jigoro Kano, concomitan- temente ao tempo em que ingressa na universida- de, começa a treinar jiu-jitsu em diferentes escolas (estilos) com Hachinosuke Fukuda e Masamoto Isso (da escola ryu Tenjin Shinyo), Tsunetoshi Iikubo (da escola ryu Kito) e com Sekiguchi Jushin (da escola ryu Sekiguchi). Na época, por causa do histórico das artes marciais e o passado recente do Japão, ocor- reu um desinteresse pela prática dessas atividades, entendendo-as como ultrapassadas, de forma que começaram a perder a notoriedade, em especial os métodos de luta que não utilizavam armas. Por outro lado, Jigoro Kano, como praticante de artes marciais, gozava de vários benefícios, no que tange a aptidão física, na performance acadêmica na universida- de (pós-graduação em filosofia) e possivelmente a partir daí forjou princípios filosóficos relacionados à prática de luta em que havia valores que poderiam perdurar e que auxiliavam na formação do indivíduo. Mas, para tanto, havia a necessidade de uma modi- ficação na maneira de observar as artes marciais. Assim, vale ressaltar-se as palavras de Kano apud (WATSON, 2011, p.51): 8 [...] a maioria das técnicas de jiu-jitsu fo- ram criadas somente para mutilar ou matar um inimigo, não trazem de forma alguma nada de positivo moral, intelectual e nem fisicamente. No entanto, conclui depois de modificações que muitas dessas mesmas técnicas de jiu-jitsu poderiam ser executa- das de maneiras menos perigosas; poderiam ter uma natureza prática para o cotidiano da vida moderna, ter valor como exercício físico e ajudar no desenvolvimento das faculdades mentais. Nesse sentido, Kano enfatizou determinados objetos de cunho educativo voltados ao desenvolvimento do caráter e da personalidade do homem, modificando as técnicas medievais de jiu-jitsu e mudando o nome desta síntese metodológica para judô. Inicialmente, a prática do jiu-jitsu, mesmo com as modificações, rcebiam um olhar de descrédito ao apresentar-se. Dessa forma, Kano manteve o termo ju (suavidade com flexibilidade) e resolveu trocar o termo jutsu (método, arte ou técnica) para do (ca- minho para viver a vida). 9 Figura 1: Judô (kanji) e Jiu jitsu, jujútsu (kanji). Fonte: Wikimedia� Figura 2: Judô (kanji) e Jiu jitsu, jujútsu (kanji). Fonte: Wikimedia� Na realidade, a palavra judô já era utilizada por mes- tres antigos de jiu-jitsu nomeando um estilo ou es- cola, assim, ao se reportar à escola que criou em 10 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=judo&title=Special:Search&go=Go&ns0=1&ns6=1&ns12=1&ns14=1&ns100=1&ns106=1#/media/File:Judo.svg https://www.wikimedia.org https://www.wikimedia.org 1882, utilizava o termo judo kodokan, significando “escola do estudo do caminho” (KANO, 2008a). O Judô Kodokan de Kano era baseado em três pontos fundamentais nomeados shugi (cuidado e fortale- cimento do corpo pela educação física), iku (de- senvolvimento moral e ético) e san (aquisição de conhecimento), para ser mais preciso, o desenvol- vimento físico, moral e intelectual. SAIBA MAIS Qual a diferença entre Jiu-jitsu, Ju-jitsu e ju-jutsu? Acesse o link a seguir e confira um vídeo explica- tivo: https://youtu.be/y7Ff_plbojw O shugi refere-se à prática da luta como exercício físico, não visando somente o combate, mas a gi- nástica realizada dentro da aula, de maneira que um corpo mais forte fica mais disposto e disponível outras tarefas da vida diária. Segundo Kano (2008b), ainda que o combate seja a essência da prática do jiu-jitsu, o treinamento mental e a educação físi- ca estiveram sempre entre seus princípios, o que transformou o jiu-jitsu, de certa forma, em um tipo de educação física. O iku é entendido no modo de se relacionar com as pessoas e com o mundo, durante o treino, em que o seu oponente empresta seu corpo para troca de téc- nicas e concomitantemente ocorre o respeito para manter a integridade do oponente, pois é preciso 11 https://youtu.be/y7Ff_plbojw ter o outro para treinar. Existe o objetivo de vencer ou dominar o outro, mas mantendo a integridade física dele. Inclusive, é muito comum utilizar os di- zeres onegai shimassu (por favor), convidando seu parceiro para treinar. Na verdade, essas mudanças eram bem nítidas, pois, ao criar o judô kodokan, Kano realizou altera- ções técnicas significativas: a retirada de golpes e exercícios que pudessem ser lesivos, o aperfeiçoa- mento das pegadas (kumi kata) que proporcionam maior controle na aplicação dos golpes de projeção e orientação da queda do sujeito projetado, evitando lesões, o aperfeiçoamento das técnicas de amor- tecimento de quedas (ukemis), pelo mesmo motivo (proteger o praticante), a criação de uma organiza- ção hierárquica de graduação (kyu – Dan) e a elabo- ração de diversos katas – formas pré-estabelecidas de execução de golpes, as quais são combinadas e ensaiadas pelos praticantes (SANTOS, 2012). E também o san, referindo-se ao ato de estudar den- tro e fora dos treinos de artes marciais, produzindo pessoas melhores e em constante evolução, sempre enfatizando o hábito da leitura para complementar as aulas, não obrigatoriamente de artes marciais, mas como uma maneira de auxiliar na atenção e concentração (WATSON, 2011). Podcast 1 12 Após a criação e o grande crescimento do judô, ou- tras artes marciais modificaram seus princípios e fundamentos, seguidamente alterando o sufixo jutsu para do, exemplos: kenjutsu / kendo; aikijujutsu / aikido, estes termos têm sido utilizados desde então. Assim, o termo do, que é traduzido como caminho de “ver, entender ou de motivar o comportamento no sentido filosófico ou religioso” (RATTI; WESTBROOK, 2006), pode também apresentar muitos significados por trás dos traços do kanji (ideogramas utilizados como escrita no oriente), por exemplo, doutrina ou caminhar com consciência. Pode-se afirmar que o termo do é estreitamente relacionado ao código de ética dos samurais (budo ou bushido) e nesse pon- to enxerga-se a diferença para o conjunto de artes marciais japonesas (bujutsu), tal e qual a ritualística para o processo educativo de forma integrativa e sutil. O budo refere-se também, portanto, à ética – entendido como o grupo de regras e códigos do guerreiro japonês (bushi), ou do homem japonês lutador (bujin). Outrossim, budo pode ser as normas que determinada classe assegurava seguir, em um esforço para exercer certos ditos morais e integrar cada guerreiro no sistema como uma pessoa estável, madura e confiável (RATTI; WESTBROOK, 2006). Tais códigos originalmente eram passados oralmente de um guerreiro mestre para seu discípulo. Hoje, não apenas o termo do, mas muitos dos prin- cípios acima citados, foram incorporados em outras modalidades de lutas, nipônicas ou não, já que o pro- pósito de Jigoro Kano estava à frente do seu tempo. 13 ARTES MARCIAIS (ESPORTES DE COMBATE) NOS JOGOS OLÍMPICOS Concomitantemente às artes marciais, algumas lu- tas foram criadas especificamente para competição, nesse sentido para apresentar o cenário atual vale ressaltar sua história. A Luta e a maratona são os esportes mais antigos de que se tem registro. Apesar de não apresentar uma data precisa, especula-se que a luta começou a ser praticada no Período Micênico da Grécia Antiga. No início, os atletas lutavam nus e seus músculos delineados representavam o equilíbrio entre corpo e mente. Acredita-se, por meio de registros e imagens datados do ano 2000 a.C., que as lutas se davam com movimentos similares aos utilizados nos dias de hoje. A expansão territorial causada pelos romanos é apontada como uma das causas de propagação da luta. Em literaturas antigas de povos árabes e orientais apresentam-se registros de práticas pare- cidas ao esporte (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE WRESTLING, 2020). A luta começou nos Jogos Olímpicos da era antiga no ano de 704 a.C. Em registros em escritos e es- culturas deste período os atletas lutavam nus com o corpo besuntado de uma mistura de azeite de oliva e terra. O objetivo da luta era derrubar o oponente três vezes. A pontuação era considerada quando o 14 oponente tocava as costas, ombro ou o tórax no solo (sem limite de tempo). Ainda era feita uma divisão de faixa etária, entre rapazes e adultos. Figura 3: Registro de lutas antigas. Fonte: Wikimedia. Com o controle do Império Romano em relação aos gregos e após o fim dos Jogos Olímpicos, a luta se perpetuou na cultura romana, atravessando séculos. Fato esse que explica o termo greco-romano a um dos estilos da luta olímpica. Os Jogos Olímpicos da Antiguidade foram assolados por ordem do Imperador Teodósio, em 393 d.C., mas, por conta da extensão do Império Romano, separado em oci- dente e oriente, a disseminação da luta estava mais do que garantida. 15 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Special:Search&limit=100&offset=0&ns0=1&ns6=1&ns12=1&ns14=1&ns100=1&ns106=1&search=wrestling&advancedSearch-current=%7b%7d#/media/File:Cylinder_seal_and_modern_impression-_heroes_wrestling_rampant_animals_MET_241184.jpg https://www.wikimedia.org LUTA OLÍMPICA Em 1896, os Jogos Olímpicos da Era Moderna foram reiniciados pelo Barão de Coubertin. A luta olímpica representava uma espécie de ponte entre passado e presente e a edição seguinte marcou a única au- sência da modalidade no calendário olímpico. Em 1904, nos Jogos de Saint Louis, pela primeira vez foi disputado o estilo livre e participaram apenas atle- tas americanos. Foi a primeira vez que aos atletas foi atribuído categorias com critério de peso. Já na edição de 1908, em Londres, os dois estilos (livre e greco-romana) passaram a compor os jogos e continuam até os dias atuais (COLLI, 2004). As divisões de categoria de peso foram ajustadas conforme o tempo passou. Nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972 foi estabelecido o número de 10 categorias para cada estilo. Já em Sydney 2000, o número diminuiu para 8 categorias de peso por estilo� 16 Figura 4: Luta Olímpica. Fonte: Wikimedia. Os Jogos Olímpicos de Atenas marcaram a partici- pação das mulheres no esporte, inicialmente apenas quatro categorias olímpicas, enquanto os estilos masculinos tinham sete cada. Nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, as categorias foram equiparadas. Dessa forma, hoje ocorre o estilo livre masculino, estilo greco-romano e luta feminina, com seis cate- gorias cada, totalizando assim 72 medalhas distribu- ídas nas Olimpíadas (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE WRESTLING, 2020). A luta, independentemente do estilo, ocorre em um círculo, onde a área de luta tem sete metros de di- âmetro e é acrescentado mais um círculo entre 7 e 17 https://www.wikimedia.org 8 metros como zona passiva. A área oficial ainda conta com mais 1,5 metro de área de segurança. Ambos os lutadores usam um uniforme chamado de malha de luta, visualmente similar aos macaqui- nhos de triátlon, sendo que um atleta utiliza azul e o outro vermelho. São realizados 3 rounds de 2 minutos, em que o objetivo é colocar o oponente de costas no solo, chamado encostamento, além de outras pontuações como derrubar (de 3 a 5 pontos), empurrar para fora da área de combate (1 ponto), pegar o adversário pelas costas (1 ponto), expor, que quer dizer colocar o oponente parcialmente com as costas no solo (2 pontos). O estilo greco-romana não pode atacar as pernas do adversário. 18 BOXE Podemos dizer que o pugilismo ou pugilato prece- deu o boxe. O primeiro registro do pugilismo foi no Egito, em torno de 3000 a.C. Os lutadores praticavam nus e o evento fez parte de festas relacionadas ao rei. Outro registro foi em 688 a.C., pois o pugilato tornou-se modalidade olímpica na referida edição dos Jogos Olímpicos da Antiguidade em Olímpia, na Grécia. Após sua incorporação nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, há mais de 2.600 anos, a arte perma- nece no programa olímpico, seja como pugilato ou boxe. O boxe, efetivamente como se conhece hoje, foi ela- borado pelo Barão de Queenberry, em 1867, com a regulamentação de regras. A primeira competição de Boxe nos Jogos Olímpicos da era moderna ocorreu na edição de 1904, em St-Louis (EUA), abrangendo sete categorias de peso. 19 Figura 5: Boxe Olímpico. Fonte: Wikimedia. O ringue de boxe é quadrado e deve ter entre 4, 7 e 9 metros por lado, possui quatro cordas, com diâmetro entre 3 e 5 centímetros cada, as quais devem estar presas nos 4 postes a 41, 71, 102 e 132 centímetros de altura, a contar do solo do ringue. No boxe olím- pico é obrigatório o protetor de cabeça. O objetivo de um pugilista é acertar o maior número de golpes no seu oponente e se defender para não ser acertado. Vence o pugilista que somar o maior número de golpes perfeitos ao final do último round (4 no máximo) ou produzir o nocaute do oponente. 20 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=boxe&title=Special:Search&go=Go&ns0=1&ns6=1&ns12=1&ns14=1&ns100=1&ns106=1#/media/File:Prata_no_Boxe_(22070120785).jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a3/Olanda_Anderson JUDÔ O judô foi concebido pelo professor Jigoro Kano em 1882, reconhecido como o pai da educação integral no Japão, dispondo de técnicas de vários estilos de Ju-Jitsu e acrescentando uma nova concepção de luta, como explicado anteriormente. Segundo Deliberador (1996), o professor Jigoro Kano criou o Judô com o objetivo de eliminar contusões, man- tendo valores do Ju-Jitsu e acrescentando outros como o respeito e a preservação do adversário. O professor Jigoro Kano é ainda muito respeitado e reverenciado pelos praticantes de Judô e esportis- tas que conhecem sua história, tanto é que é dado continuidade à sua obra, buscando conservar-se os mesmos princípios básicos de disciplina e respeito. O judô foi uma forma de mostrar para o mundo a cultura japonesa, entendendo a nova etapa pela qual passava o Japão, Jigoro Kano, que teve uma forma- ção acadêmica ocidentalizada, entendia que o Judô deveria ser praticado no mundo todo, dessa forma enviou seus discípulos por todo o planeta. Por conta dessa formação diplomática, e construindo o judô como uma modalidade esportiva, Jigoro Kano se tornou membro do Comitê Olímpico Internacional. 21 SAIBA MAIS Conheça um pouco mais sobre o talento e Jigoro Kano... https://www.youtube.com/ watch?v=Aafax-2q_Vk&t=224s O judô foi a primeira modalidade de luta oriental a integrar os Jogos Olímpicos. Foi incluído inicial- mente nos Jogos Olímpicos na edição de Tóquio, em 1964, como demonstração, e retornou aos Jogos Olímpicos como modalidade oficial após duas edi- ções, especificamente em Munique, 1972, sendo disputada até os dias atuais. Segundo Yamashita et al (1994), as técnicas do judô podem ser classificadas em dois tipos: de projeção (nague-waza) e de domínio (katame-waza), ambas ocorrem no combate, de maneira que a luta tem seu início em pé, cujo objetivo é projetar o oponente de costas no solo. Em relação à pontuação, pode acon- tecer a pontuação máxima (ippon – caso o atleta conquiste o ippon a luta é finalizada) e também pon- tuações intermediárias, de maneira que se pode dar continuidade à luta, tentando imobilizar o oponente ou finalizá-lo com estrangulamento ou chave na articulação no cotovelo. A área oficial de combate de Judô tem 10m x 10 m, com uma área de segurança de pelo menos 2 metros em volta do quadrado. Para diferenciar os 22 https://www.youtube.com/watch?v=Aafax-2q_Vk&t=224s https://www.youtube.com/watch?v=Aafax-2q_Vk&t=224s judocas, um utiliza o quimono azul e o outro o qui- mono branco� Figura 6: Judô. Fonte: Wikimedia. O judô é considerado uma das lutas mais pratica- das no mundo, por dois fatores: o primeiro é seu cunho educacional e formativo, por exemplo, no Brasil, muitas crianças iniciam a prática da moda- lidade na escola, principalmente no Ensino Infantil e Fundamental; o segundo está relacionado à sua inclusão nos Jogos Olímpicos, assim vários clubes oferecem a modalidade. 23 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?sort=relevance&search=judo&title=Special:Search&profile=advanced&fulltext=1&advancedSearch-current=%7b%7d&ns0=1&ns6=1&ns12=1&ns14=1&ns100=1&ns106=1#/media/File:Yuta_Galarreta_y_la_medalla_de_bronce_en_Judo_-90_k.jpg TAEKWONDO Em meio à Guerra Russo-Japonesa, por volta de 1904, o Japão exige um arranjo com a Coreia para firmar um convênio coreano-japonês e torna-se res- ponsável por assuntos políticos, econômicos, diplo- máticos, militares e educativos, proibindo todo tipo de manifestação nacional coreana (RIOS, 2005). Um bom tempo depois, após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu o fim da clandestinidade das lu- tas nacionais coreanas. Por conta dos duelos entre praticantes de caratê e coreanos, várias escolas de artes marciais foram concebidas. Segundo Kim e Silva (2000), o General Choi Hong se destacou em confrontos pela introdução de técnicas do caratê no Tekyon (luta antiga coreana). Assim, o General Choi Hong Hi reestruturou o sen- tido filosófico da luta que praticava e nomeou-a de taekwondo, em 1955. Após muitas reformulações políticas no âmbito das federações de taekwondo, em 28 de maio de 1973 fundou-se na Coreia do Sul a World Taekwondo Federation (WTF). 24 Figura 7: Taekwondo. Fonte: Pixabay. O taekwondo, na década de 1960, passou por diver- sas transformações e assim foi divulgado. Segundo Kim e Silva (2000), em 1967 a diretoria que assumiu a Associação Coreana de Taekwondo mudou a di- reção que vinha sendo dada à luta, de disciplina e defesa pessoal, e passa a se preocupar em inserir 25 https://pixabay.com/pt/photos/taekwondo-esporte-concorr%C3%AAncia-78119/ https://pixabay.com/pt/photos/taekwondo-esporte-concorr%C3%AAncia-78119/ o taekwondo no sistema esportivo. Nesse sentido, a diretoria que assumiu a Associação Coreana de taekwondo em 1967 optou por trabalhar para que o taekwondo fosse disseminado pelo mundo por meio da competição, e após 20 anos, mais precisamente em 1988, foi que o taekwondo conseguiu se tornar esporte olímpico, fazendo parte de um grupo restrito e de um forte esquema comercial (LEE; MERGULHÃO FILHO, 1978), coincidentemente, os Jogos Olímpicos de 1988 foram realizados em Seul, Coréia do Sul. O taekwondo foi integrado ao programa dos Jogos Olímpicos apenas em Sydney 2000. Em Seul, 1988, e Barcelona, 1992, o taekwondo participou em caráter demonstrativo, não contando para o quadro de me- dalhas (COI, 2020). SAIBA MAIS Para maiores detalhes em relação à esporti- vização do taekwondo vale a leitura do artigo abaixo: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/ view/16062 Em relação ao aspecto competitivo, os atletas de ta- ekwondo têm o objetivo de golpear seus adversários com os pés e mãos para marcar pontos ou nocauteá- -los. Para tanto, os chutes podem acertar qualquer parte do corpo acima da cintura e que esteja com protetor e os socos, por outro lado, só podem atingir o peito do oponente. Em relação ao tempo de luta e pontuação, são três rounds de dois minutos cada (intervalo de um minuto entre os rounds), se após os três rounds persistir o empate ocorre um round adicional e o primeiro atleta a marcar ponto vence. 26 https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/16062 https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/16062 CARATÊ O caratê é uma prática desportiva baseada em sis- temas de defesa pessoal característicos de Okinawa (ilha ao sul do Japão), que teve o seu desenvolvi- mento no século 17 e se espalhou pelo Japão após a anexação formal de Okinawa, em 1879. A tradução de caratê é “mãos vazias”. Além de ser um ótimo método de autodefesa, também é um meio de prática de exercício físico. Seu treinamento auxilia no desenvolvimento de força, velocidade e coorde- nação motora. Em Okinawa, os sistemas nativos eram chamados de Okinawa-te, e tais lutas sem uso de armas foram desenvolvidas em sigilo por muito tempo, devido à influência dos fidalgos japoneses que conquistaram a ilha, que proibiam os seus súditos de portarem armas. Tal proibição levou muitas pessoas a praticar métodos de combate sem armas, em segredo, pois também eram consideradas patrimônio de família (STEVENS, 2007). O caratê moderno surgiu na época em que o mes- tre Gichin Funakoshi, no momento que era líder da Sociedade Okinawa de Artes Marciais (conhecida como Okinawa-te), foi solicitado pelo Ministério da Educação do Japão, em maio de 1922, a conduzir apresentações de caratê em Tóquio, anteriormente Funakoshi havia feito apresentações em Kyoto. A nova arte foi recebida e introduzida gradativamente 27 em várias universidades, momento que começou a crescer� Devido ao fato do caratê ter sido praticado de ma- neira secreta no passado, muitas escolas ou estilos (Ryus) foram desenvolvidos. Hoje existem inúme- ras escolas no Japão, sendo as mais conhecidas: Shotokan, Goju-Ryu, Shito-Ryu e Wado-Ryu. Podcast 2 Mais recentemente, têm sido formuladas regras de combate para se evitar ferimentos graves, com o objetivo de introduzir o caratê como um esporte competitivo. Nos torneios, todos os golpes, mesmo fortemente focalizados, devem apresentar controle antes do contato� O caratê tem se espalhado rapidamente, não apenas entre as gerações mais novas, como um esporte para melhorar a força, mas tem se tornado um meio popular de exercício para homens e mulheres de meia-idade para manter a forma. Ele irá estrear no ano de 2020 nos Jogos Olímpicos de Tóquio. 28 Figura 8: Caratê. Fonte: Wikimedia. Nos Jogos Olímpicos, o modo competitivo do caratê será o kumitê, a vitória é atribuída ao lutador que somar mais pontos, que está relacionado ao grau de dificuldade dos golpes. Se um dos competidores abrir oito pontos de vantagem sobre o oponente durante a luta, ele será decretado vencedor. Em caso de empate na pontuação ao final da luta, será realiza- da uma prorrogação de um minuto, e a vitória será atribuída ao lutador que marcar o primeiro ponto. Mas, se persistir empate, será responsabilidade da arbitragem decidir o ganhador do confronto. A pontuação é da seguinte maneira: ippon vale um ponto, é quando o atleta disfere um soco no abdômen ou no rosto do adversário: já chute no abdômen vale dois pontos e chama-se de nihon e sanbon é quando o lutador acerta um chute no rosto, somando assim três pontos. 29 https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e1/Karate_at_the_2017_Islamic_Solidarity_Games_9.jpg/800px-Karate_at_the_2017_Islamic_Solidarity_Games_9.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e1/Karate_at_the_2017_Islamic_Solidarity_Games_9.jpg/800px-Karate_at_the_2017_Islamic_Solidarity_Games_9.jpg JIU-JITSU Inicialmente vale ressaltar-se que a escolha do jiu- -jitsu incorporado a este material acadêmico está relacionada à intimidade da arte marcial com o Brasil, pois foi em solo brasileiro que ocorreu uma modificação técnica e o processo de esportiviza- ção independentemente do judô. Existem algumas linhas contemporâneas da chegada ao jiu-jitsu ao Brasil. Mas aqui focaremos na principal história que culminou no Brazilian jiu-jitsu� Essa é a história de Conde Koma (Mitsuyo Maeda), membro da escola de judô Kodokan que sobrevivia na América com desafios de combate intermodalida- des. Ele fixou residência em Belém do Pará. Em 1921, Koma criou sua primeira academia de Judô no Brasil, no Clube do Remo, no entanto a escola foi se trans- ferindo para vários locais – Corpo de Bombeiros e Igreja Nossa Senhora Aparecida (VIRGÍLIO, 2002). Em dado momento, ensinou a arte ao filho de Gastão Gracie, Carlos, que posteriormente transmitiu seus ensinamentos ao seu irmão mais novo, Hélio, que é considerado o pai do jiu-jitsu brasileiro, pois foi quem ajustou o repertório técnico aprendido para seu biótipo mais franzino. Nesse sentido, vale destacar-se dois pontos: o primeiro é que nessa época judô e jiu-jitsu eram entendidos como sinônimos, até porque quando Maeda saiu do Japão para divulgar a arte, dentro da Kodokan (escola principal de Judô criada por Jigoro 30 Kano) eram praticadas várias escolas de jiu-jitsu e seu refinamento incorporado ao Judô (STEVENS, 2007). Figura 9: Jiu-jitsu. Fonte: Wikimedia. Outro ponto é o tipo de prioridade técnica em cada uma das lutas após esse momento histórico, pois, com os Jogos Olímpicos, apesar do judô apresentar técnicas de domínio e finalização, houve a priorida- de nos golpes de projeção, já no jiu-jitsu de Hélio Gracie a prioridade e o refinamento técnico foram direcionados para as técnicas de domínio de solo, especificamente as finalizações (estrangulamen- to e chaves articulares), ou seja, as artes tomaram prioridades técnicas diferentes, isso fica bem claro quando se compara as regras esportivas delas. Um grande mérito da família Gracie foi a esportivi- zação do jiu-jitsu e a criação do Ultimate Fighting Championship (UFC), que na verdade já fazia parte 31 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=jiu0jitsu&title=Special:Search&go=Go&ns0=1&ns6=1&ns12=1&ns14=1&ns100=1&ns106=1#/media/File:Jiu-Jitsu_Brasile%C3%B1o.jpeg https://commons.wikimedia.org/w/index.php?sort=relevance&search=File%3AJiu-Jitsu+Brasile%C3%B1o.jpeg&title=Special:Search&profile=advanced&fulltext=1&advancedSearch-current=%7B%7D&ns0=1&ns6=1&ns12=1&ns14=1&ns100=1&ns106=1#/media/File:Jiu-Jitsu_Brasile%C3%B1o.jpeg do DNA dos Gracie, já que o crescimento da arte se deu por meio de desafios intermodalidades. Em relação às regras, o participante pode ganhar ou perder pontos de acordo com o que executar. Por exemplo: o participante pode ganhar 2 pontos por queda, raspagem e joelho na barriga; 3 pontos por passagem de guarda e 4 pontos por montada e pe- gada pelas costas. Mas o objetivo da luta é finalizar o oponente por meio de estrangulamento e chaves de restrição articular, em que o oponente pede de- sistência (normalmente batendo a mão no solo ou no corpo do adversário). Caso ninguém finalize a luta, o vencedor da luta é aquele que, ao final do combate, obtiver a maior soma de pontos. 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este módulo teve o objetivo de apresentar um ca- minho histórico relacionado ao berço das artes marciais, as mudanças culturais e algumas mo- dalidades em destaque que são entendidas como muito praticadas no mundo. Especificamente, as artes marciais foram reorganizadas historicamente, principalmente com as mudanças culturais e globais do último século. A disciplina de lutas é muito ampla, no nosso caso optou-se por enfatizar as artes marciais que acaba- ram se destacando por conta do cenário desportivo, entendendo as que estão nos Jogos Olímpicos. Vale ressaltar-se que para as modalidades participarem dos Jogos Olímpicos devem cumprir vários critérios, um deles está relacionado com o número de países em que a modalidade é praticada e sua estimativa de praticantes. Para finalizar, a modalidade esco- lhida foi o jiu-jitsu, pois ela tem grande importância no âmbito nacional e internacional e suas regras desportivas foram idealizadas por brasileiros, de tal forma que hoje é conhecida no mundo por brazilian jiu-jitsu� 33 Síntese • Jiu-jitsu: luta cujo objetivo é finalizar o oponente (gerando sua desistência) por meio de estrangulamento e chaves articulares, mas a vitória também pode ser conquistada por pontos. • Caratê: luta que utiliza chutes e socos e que tem como objetivo somar o maior número de pontos. A pontuação também está relacionada à dificuldade do golpe disferido; • Taekwondo: luta que utiliza chutes e socos em partes determinadas do corpo do oponente, objetivando o nocaute ou o maior número de pontos; • Judô: luta em que o objetivo é derrubar o oponente de costas no solo, objetivando o ippon, mas ao final do tempo a vitória pode ser conquistada com pontuações menores; • Boxe: luta que utiliza socos, em que o objetivo é o nocaute, mas o combate pode ser vencido por pontos; • Os Jogos Olímpicos apresentam várias modalidades de luta, algumas foram criadas especificamente como esporte e outras se tornaram esportes e foram integradas ao evento de proporção mundial; • As artes marciais essencialmente eram utilizadas para guerra e esse tipo de prática perde o sentido no mundo moderno. As práticas de confrontos corporais se renovam explorando outros benefícios da prática da luta, como o exercício físico; TRANSIÇÃO DAS LUTAS E ARTES MARCIAIS PARA O MUNDO MODERNO PEDAGOGIA DAS LUTAS E DAS ARTES MARCIAIS • Luta olímpica: luta em que o objetivo é derrubar e posicionar o oponente de costas no solo, mas também a vitória pode ser conquistada por pontos; Referências Bibliográficas & Consultadas COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL (COI). História do Taekwondo. 2020 Disponível em: ht- tps://www.olympic.org/taekwondo-equipment-and- -history?tab=history. Acesso em: 08 mar. 2020. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BOXE. Regras. 2017. Disponível em: http://cbboxe.org. br/wp-content/uploads/2018/07/AOB-Regras-de- Competi%C3%A7%C3%A3o-Abril-2017-2.pdf. Acesso em: 08 mar. 2020. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BOXE. História, 2020. Disponível em: http://cbboxe.org. br/historia. Acesso em: 08 mar. 2020. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE WRESTLING. História da Luta Olímpica, 2020. 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Memórias de Jigoro Kano: o en- sino da história do judô. São Paulo: Cultrix, 2011. YAMASHIRO, J. História dos samurais. 4. ed. São Paulo: IBRASA, 1993. Introdução Transição das lutas e Artes Marciais para o mundo moderno O berço das lutas e Artes Marciais modernas Troca do sentido cultural das Artes Marciais Artes Marciais (esportes de combate) nos Jogos Olímpicos Luta olímpica Boxe Judô Taekwondo Caratê Jiu-jitsu Considerações finais Síntese __MACOSX/._E2_PLAM.pdf
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