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Formas farmacêuticas destinadas à via pulmonar e nasal As formas farmacêuticas destinadas à via nasal são as soluções, suspensões, sprays, inalantes, pomadas; e na via pulmonar, os aerossóis. O motivo mais comum do uso dessa via é obter efeitos terapêuticos, locais ou sistêmicos, de maneira não invasiva, rápida e eficiente. Além disso, pode ocorrer também a liberação de vacinas e a liberação direta nariz-cérebro. A depuração mucociliar e a barreira mucosa podem interferir na absorção por essa via. No caso do muco, é a principal forma de proteção em relação ao ambiente externo. O fármaco deve ser absorvido pelo epitélio nasal, por meio de difusão passiva através de rotas transcelulares ou paracelulares. Portanto, os fármacos destinados a aplicação nasal devem seguir propriedades físico-químicas específicas, para que a absorção e chegada ao local de ação não seja impedida pela solubilidade, pela lipofilicidade e tamanho local, pelo grau de ionização. Para fornecer absorção de melhor qualidade, pode-se desenvolver uma formulação que apresente melhora na solubilidade aquosa, redução da degradação enzimática e maior tempo de contato com a mucosa. As formulações líquidas, como soluções, emulsões ou suspensões apresentam simplicidade e comodidade no uso, ao passo que podem ocasionar irritação e imprecisão na dosagem administrada, além de rápida depuração; os pós tendem a aderir melhor à mucosa; já os cremes e pomadas apresentam grande janela terapêutica, consequentemente, alta tolerabilidade. De maneira geral, essa via é cômoda, de fácil administração, evita o efeito de primeira passagem, porém há a dificuldade de permeação devido às proteções nasais. Os pulmões são órgãos da respiração externa, que realiza trocas gasosas e atividade metabólica. Para que um fármaco seja liberado nas vias respiratórias, obrigatoriamente o mesmo deve se tratar de um aerossol, que apresenta doses fixas bem medidas. As formas farmacêuticas podem ser pós finos, soluções aquosas e suspensões e gás liquefeitos. Alguns fatores que influenciam a deposição de um fármaco nas vias respiratórias são as propriedades físico-químicas, como o tamanho da partícula e a umidade, a formulação, o dispositivo de liberação e o próprio paciente, por exemplo, grande parte do aerossol inalado pelos lactentes e crianças não chega aos pulmões. As principais vantagens dessa via são a absorção imediata para o sangue, ausência de passagem hepática, aplicação local no caso de patologias nos pulmões. As desvantagens são a impossibilidade de ajuste da dose, o trabalho e a possibilidade de irritação no epitélio pulmonar.
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