Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PESSOA NATURAL E PERSONALIDADE JURÍDICA PARTE 1 - PERSONALIDADE JURÍDICA ART 1º - mudanças em relação ao antigo código: antes a redação dizia homens e obrigações em vez de pessoas e deveres - obrigação (concreta e pessoal) ≠ deveres (abstrata e impessoal) - personalidade (aptidão para titularizar direitos e deveres) ≠ capacidade (aptidão para exercê-los) - personalidade é atributo ART 2º - a condição para ter personalidade jurídica é o nascimento com vida, mas a lei estabelece expectativa de direito para os nascituros, há diferença (STF) - o registro do nascimento tem natureza declaratória, ele não inicia a titularidade - enunciado 1: os direitos do nascituro se estendem ao natimorto quanto aos direitos personalíssimos - enunciado 2: tirando os direitos de personalidade, o art 2º não é adequado para questões de reprogenética humana - teorias concepcionistas, natalistas, personalidade eventual e viabilidade ART 3º - aqui a capacidade a qual se refere é a de fato, de exercer por si próprio todos os atos da vida civil - todos têm capacidade de direito mas nem todos possuem a de fato, os absolutamente incapazes são os menores de 16 anos, que podem ser representados em alguma ação - alterado após o estatuto da pessoa com deficiência (2015) - a capacidade não pode ser abdicada, reduzida ou ampliada obs: hipossuficiente ≠ incapaz ART 4º - casos acidentais de relativa incapacidade civil descritos nos incisos II, III e IV - inciso II: alcoólatras e viciados em tóxico - inciso III: caso de quem não pode manifestar a sua vontade, ex: coma - inciso IV: pródigos, quem não pode se autogerir, podem ter uma curatela restrita caso tenham gastos habituais excessivos de modo que ponha o sustento da família em risco - pessoas com deficiência mental podem ser apoiados pelo institutos da curatela e da tomada de decisão apoiada (em que escolhe 2 pessoas de sua confiança para servir de apoio) - instituto da interdição: já foi extinto, se aplicava a situações acidentais em que a pessoa tinha seus direitos interditados pela falta de capacidade de discernimento I sobre o estatuto da pessoa com deficiência - art 2º: define uma pcd - art 6º: juridicamente, a pcd continua tendo plena capacidade civil - art 84: a curatela é um instrumento excepcional proporcional e deve durar o menor tempo possível, os curadores devem prestar contas anualmente a juiz; a tomada de decisão apoiada é opcional II sobre o estatuto do índio - art 4º: classifica o nível de integração de um povo ou um indígena e o reconhecimento do pleno exercício dos direitos civis (isolados, em vias de integração e integrados) - art 6º: devem ser respeitados os costumes e tradições do povo quanto a matéria civil, a não ser que eles optem pelo direito comum - art 7º: povos não integrados possuem a tutela da união - FUNAI - art 8º: são nulas os atos realizados por um indígena não integrado com uma pessoa estranha à sua realidade PARTE 2 - CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE CIVIL ART 5º - maioridade civil inicia-se aos 18 anos, mas pode ser antecipada via a emancipação para os menores - a emancipação é irrevogável, não retira direitos sucessórios, não está sujeita a termos (não tem valor jurídico) - pode ser invalidada por irregularidade processual ou coação do menor - efeito ex nunc - a capacidade civil não retira os direitos do ECA (enunciado 530) - enunciado 3: se outros ramos do direito se referem ao emancipado tá valendo - a emancipação pode ocorrer de forma voluntária, judicial, por casamento, por exercício de emprego público, colação de grau, estabelecimento civil/comercial ou relação de emprego desde que em função deles o menor se sustente I emancipação voluntária - a voluntária é concedida pela vontade dos pais (excepcionalmente um deles) com o objetivo de beneficiar o menor, não pode ser exigida - deve ser feita via inscrição no cartório de registro civil - STF: desobriga os pais a sustentar filho emancipado, salvo caso de indenização por ato ilícito II emancipação judicial - quando há divergência entre os pais ou o menor está sob tutela - MP deve ser ouvido - inscrição no cartório de registro civil II emancipação legal - não necessita de registro em cartório - por casamento: idade núbil aos 16 anos, pode ser anulado - por emprego público efetivo: deve ter economia própria, muito difícil, a jurisprudência equipara com cargo comissionado - por atividade empresarial: empecilho no art 972 e saída no 974, economia própria difere de recursos próprios - viuvez, divórcio, falência ou perda do vínculo empregatício não retroagem - nulidade ou anulabilidade retroage - ex tunc PARTE 3 - FIM DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA PESSOA NATURAL ART 6º - o fim se dá com a morte real (existe um cadáver, não há dúvidas e a prova é a certidão de óbito feita por oficial de registro público a partir de um atestado médico) ou presumida (quando não há cadáver) após a abertura da sucessão definitiva - instante da morte real: morte encefálica (estado irreversível) ≠ morte cerebral ou clínica - morte presumida: pode ocorrer em caso de ausência (desaparecimento) ou não (casos excepcionais), em caso de ausência a prova da morte é a sentença da sucessão definitiva, na falta dela a prova é ação de justificativa de óbito ART 7º - a morte presumida sem ausência pode ocorrer em casos de se for muito provável a morte da pessoa ou tiver sido feita prisioneira em estado de guerra e não tiver sido achada 2 anos após o fim dela ART 8º - instituto da comoriência: quando pessoas com vínculos sucessórios morrem em um mesmo momento, sem puder ser identificado quem foi primeiro, vão ser declarados simultaneamente mortos efeitos da morte - abertura da sucessão definitiva - dissolução do casamento, extinção do poder familiar, extinção de contrato personalíssimo - concessão de pensão, imposto de transmissão de bens, seguro de vida - doação de órgãos ou corpo para estudo
Compartilhar