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PREVENÇÃO E CONTROLE DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

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LOPES, Joelma P. S. Programa Nacional de Controle da Tuberculose: A Percepção dos 
Enfermeiros das Estratégias Saúde da Família do município de Tucuruí – PA. 
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS 
NÚCLEO UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ – CAMPUS XIII 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRUNA DA CRUZ MAGNO 
WANDERSON LOPES DE SOUSA 
 
 
 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE DE PNEUMONIA 
ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: 
PERCEPÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR EM 
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUCURUÍ-PA 
2017
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 
 BRUNA DA CRUZ MAGNO 
WANDERSON LOPES DE SOUSA 
 
 
 
 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE DE PNEUMONIA 
ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: 
PERCEPÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR EM 
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Trabalho de Conclusão do Curso de 
Graduação em Enfermagem do Centro de 
Ciências Biológicas (CCBS) da Universidade do 
Estado do Pará, Campus XIII – Tucuruí-PA, 
apresentado como requisito para qualificação, 
orientado pela Profª Larissa Graziela Sousa da 
Silva e coorientado pela Profª Renata Campos 
Sousa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUCURUÍ-PA 
2017
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 
 
 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS 
NÚCLEO UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ – CAMPUS XIII 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
BRUNA DA CRUZ MAGNO 
WANDERSON LOPES DE SOUSA 
 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE DE PNEUMONIA 
ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: 
PERCEPÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR EM 
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
 
Data de apresentação: _____/_____/_____ 
Banca Examinadora 
Orientado por: 
 
_____________________________________________ 
Enf. Larissa Graziela Sousa da Silva 
Especialista em Oncologia 
 
Coorientado por: 
 
_____________________________________________ 
Enf. Renata Campos Sousa 
Especialista em Enfermagem do Trabalho e Oncologia 
Professora da Universidade do Estado do Pará 
 
Avaliado por: 
 
_____________________________________________ 
Prof. Esp. Wemisson Silva Neiva 
Especialista em Saúde Publica 
Professor da Universidade do Estado do Pará 
 
______________________________________________ 
Prof. Esp. Leandro de Assis Silva da Costa 
Especialista em Estratégia Saúde da Família 
Professor da Universidade do Estado do Pará 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
Agradecimentos 
 
Agradeço primeiramente a Deus, que me acompanhou em todos os 
passos dessa jornada me mantendo sempre de ombros leves e pés firmes e nunca 
permitindo que desistisse durante as etapas do caminho, obrigada meu pai por me 
amar tanto e cuidar de mim nos momentos difíceis e também nos momentos de 
alegria. 
Aos meus pais que nunca pensaram duas vezes em fazer o possível e o 
impossível por mim, e apesar de reclamarem da minha ausência, principalmente 
minha mãe, nas reuniões da família e nas conversas casuais dentro de casa porque 
estava estudando, sempre entenderam que era para o meu bem. Amo muito vocês. 
Ao meu amigo Wanderson. Obrigada por todos os momentos juntos, pela 
paciência que teve comigo, por compartilhar derrotas e vitórias e por sempre me 
apoiar ao longo desses cinco anos, saiba que sua amizade é muito importante para 
mim e espero tê-la para sempre. 
Agradeço do fundo do coração aos meus professores, que não hesitaram 
em contribuir para minha formação com seus conhecimentos, saibam que sem 
vocês a realização desse sonho não seria possível e desejo tudo de melhor para 
cada um, que sejam muito felizes e tenham muitas conquistas pela frente. 
E claro, não poderia faltar meus colegas de turma, que apesar das brigas, 
também houveram muitos momentos felizes e nesse tempo amadurecemos juntos, 
aprendemos a conviver com nossas diferenças e agora cada um vai trilhar seu 
caminho e espero de verdade que seja um sucesso, pois todos merecem. 
E como uma boa leitora, finalizo meus agradecimentos com um trecho de 
um texto que fala sobre a gratidão e que se encaixa bem nesse momento. “Eu até 
quero algumas coisas da vida, mas a principal delas é lembrar de agradecer. Entre 
um sonho e outro para realizar, eu quero agradecer pelo privilégio de viver tanta 
coisa até aqui. Coleciono alguns dias ruins, mas nenhum deles tem mais importância 
que os dias bons e muito bem vividos”. 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
Agradecimentos 
 
 
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha 
vida, autor do mеυ destino, mеυ guia, por ter me dado saúde e força para superar as 
dificuldades pelo qual passei. 
À minha mãe, “amor da minha vida” e ao meu pai, pelo amor, incentivo e 
apoio incondicional e por me incentivarem nos momentos difíceis. Sempre estiveram 
prontos para lutar e resolver os meus problemas e angustias. Obrigado por tudo! 
À minha família por ter me compreendido durante essa luta contínua por 
um diploma de nível superior. Obrigado por todo o apoio e compreensão. 
Especialmente aos meus irmãos que sempre me ajudaram e torceram para que 
meus sonhos se tornem realidades. Obrigado pelo apoio emocional e financeiro. 
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que 
oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela 
acendrada confiança no mérito e ética aqui presente. 
A minha orientadora Enfermeira Larissa Graziela Sousa da Silva e 
coorientadora Enfermeira Renata Campos Sousa, pelo suporte no pouco tempo que 
lhe coube, pelas suas correções e incentivos. 
A minha amiga e dupla de Trabalho de Conclusão de Curso, Bruna da 
Cruz Magno que sempre esteve pronta para me ajudar; sempre tão prestativa. 
Obrigado pelo apoio e amizade. 
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o 
meu muito obrigado. 
 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
RESUMO 
 
MAGNO Bruna da Cruz; SOUSA Wanderson Lopes. Prevenção e controle de 
pneumonia associada à ventilação mecânica: percepção da equipe interdisciplinar 
em uma unidade de terapia intensiva. 
 
 
A UTI por se tratar de um espaço que atende uma clientela com alto risco 
de vida deve dispor de vários equipamentos especializados, dentre eles o Ventilador 
Mecânico (VM) que é um recurso muito utilizado para suprir as atividades e 
necessidades respiratórias do cliente em estado crítico. Contudo, apesar do forte 
benefício, o uso da VM expõe os pacientes aos riscos de adquirir Pneumonia 
Associada à Ventilação Mecânica (PAV). A PAV é considerada uma patologia de 
alta letalidade na UTI, portanto deve ser prevenida através de ações e intervenções 
da equipe para minimizar as complicações, o tempo de internação hospitalar e os 
custos para o tratamento. Desta forma, esta pesquisa teve o objetivo de avaliar 
quais as medidas de prevenção e controle realizadas pela equipe interdisciplinar na 
infecção por pneumonia associada à ventilação mecânica. Tratou-se de uma 
pesquisa de campo de caráter descritivo e transversal com abordagem quantitativa, 
onde foi entregue um questionário com questões de múltipla escolha a respeito da 
pneumonia associada a ventilação mecânica para 22 profissionais que compõe a 
equipe interdisciplinar da UTI adultodo Hospital Regional de Tucuruí- HRT. Os 
resultados obtidos apontaram que os profissionais têm um conhecimento parcial 
sobre as medidas de prevenção para PAV. Portanto a solução para esse obstáculo 
pode ser amenizado através da conscientização da equipe em desenvolver o 
compromisso na busca da educação permanente que são fatores imprescindíveis 
para que os profissionais de saúde possam contribuir de forma eficaz na prevenção 
da doença. Conclui-se que com a aplicação das medidas de prevenção em conjunto 
com a educação continuada é possível reduzir a incidência desta infecção. Portanto, 
é necessário disseminar os conhecimentos sobre a prevenção, pois, somente assim 
os pacientes poderão receber um tratamento adequado. 
 
 
Palavras chave: Pneumonia, Ventilação Mecânica, Equipe Interdisciplinar, 
Prevenção. 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
ABSTRACT 
 
MAGNO Bruna da Cruz; SOUSA Wanderson Lopes. Prevention and control of 
pneumonia associated with invasive mechanical ventilation: perception of the 
interdisciplinary team in an intensive care unit. 
 
Because it is a space that serves a clientele with a high risk of life, the ICU 
must have several specialized equipment, among them the invasive mechanical 
ventilator (IV) that is a resource widely used to supply the activities and respiratory 
needs of the client in critical condition. However, despite the high benefit, the use of 
invasive mechanical ventilator exposes patients to the risks of acquiring ventilator-
associated pneumonia (VAP). The VAP is considered a high-lethality pathology in the 
ICU, therefore it should be prevented through actions and interventions of the team 
to minimize complications, length of hospital stay and costs for treatment. So, this 
research had the objective of evaluating as prevention and control measures carried 
out by the interdisciplinary team for pneumonia infection associated with invasive 
mechanical ventilator. This was a descriptive and cross-sectional field study with a 
quantitative approach, in which a multiple choice questionnaire was issued regarding 
pneumonia associated with invasive mechanical ventilation for 22 professionals who 
make up the interdisciplinary team of the adult ICU of the Hospital Regional of 
Tucuruí-HRT. The results showed that the professionals have a partial knowledge 
about the prevention measures for VAP. Therefore, the solution to this obstacle can 
be alleviated by raising the awareness of the team in developing a commitment to the 
pursuit of continued education, which are essential factors for health professionals to 
contribute effectively to disease prevention. It is concluded that with the application of 
prevention measures in conjunction with continued education it is possible to reduce 
the incidence of this infection. Therefore, it is necessary to disseminate knowledge 
about prevention, because only then can patients receive appropriate treatment. 
 
 
Keywords: Pneumonia, Invasive Mechanical Ventilation, Interdisciplinary Team, 
Prevention. 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Quanto a gênero ...................................................................................... 43 
Tabela 2 - Quanto a idade ........................................................................................ 43 
Tabela 3 - Variável Estado Civil ................................................................................ 44 
Tabela 4 - Variável profissão .................................................................................... 44 
Tabela 5 - Item turno de trabalho .............................................................................. 44 
Tabela 6 - Variável tempo de serviço ........................................................................ 44 
Tabela 7 - Variável tempo de serviço em UTI ........................................................... 44 
Tabela 8 - Variável carga horária de trabalho semanal............................................. 44 
Tabela 9 - Qual(is) medida(s) você acha que auxiliam na prevenção da infeção 
Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV)? ............................................. 47 
Tabela 10 - Qual(is) medida(s) são utilizadas no setor da UTI adulto para prevenção 
e controle da Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV)? ......................... 48 
Tabela 11 - Quais dificuldades são encontradas pela equipe interdisciplinar para 
prevenção e controle da pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV)? ....... 50 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
Abreviatura Significado 
CEP Comitê de Ética em Pesquisa 
CLT Consolidação do Trabalho 
CNS Conselho Nacional de Saúde 
CTI Centro de Terapia Intensiva 
CUFF Balonete de Cânulas de Entubação 
EPI Equipamento de Proteção Individual 
HM Higienização das mãos 
HRT Hospital Regional de Tucuruí 
HUB Hospital Universitário de Brasília 
IgA Imunoglubolina A 
IgG Imunoglubolina G 
IgM Imunoglubolina M 
IH Infecção Hospitalar 
MS Ministério de Saúde 
NR Norma Regulamentadora 
PAH Pneumonia Adquirida no Hospital 
PAV Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica 
PEEP Pressão Positiva Expiratória Final 
RDC Resolução da Diretoria Colegiada 
SUS Sistema Único de Saúde 
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
TVP Trombose Venosa Profunda 
UEPA Universidade do Estado do Pará 
UTI Unidade de Terapia Intensiva 
VM Ventilação Mecânica 
VMI Ventilação Mecânica Invasiva 
VMNI Ventilação Mecânica Não Invasiva 
 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
SUMÁRIO 
 
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO .................................................................................. 14 
 1.1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................. 15 
 1.2 - JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 17 
 1.3 - SITUAÇÃO PROBLEMA E QUESTÕES NORTEADORAS .......................... 18 
 1.4 - OBJETIVOS .................................................................................................. 20 
 1.4.1 - Objetivo geral ......................................................................................... 20 
 1.4.2 - Específicos ............................................................................................. 20 
CAPÍTULO II – REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................. 21 
 2.1 - PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA ............................ 22 
 2.2 - MEDIDAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA PAV ............................. 24 
 2.3 - DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NA 
PREVENÇÃO DE CONTROLE DA PAV ................................................................... 28 
CAPÍTULO III – METODOLOGIA ............................................................................. 33 
 3.1 - TIPOS DE ESTUDO ...................................................................................... 34 
 3.2 - LOCAL DE ESTUDO ..................................................................................... 35 
 3.3 - POPULAÇÃO E AMOSTRA .......................................................................... 35 
 3.3.1 - Critérios de inclusão ...............................................................................36 
 3.3.2 - Critérios de exclusão .............................................................................. 36 
 3.4 - COLETAS DE DADOS: TÉCNICAS E INSTRUMENTOS ............................. 36 
 3.4.1 - ESTUDO PILOTO OU PRÉ-TESTE ....................................................... 38 
 3.5- ANÁLISES E INTERPRETAÇÕES DOS DADOS .......................................... 39 
 3.6- ASPECTOS ÉTICOS ..................................................................................... 40 
 3.7- RISCOS E BENEFÍCIOS DA PESQUISA ...................................................... 40 
CAPÍTULO IV – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ........................................ 42 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 4.1 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA .............................................................. 43 
 4.2 - CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS ........................................... 44 
 4.2.1 - Gênero ................................................................................................... 44 
 4.2.2 – Idade ..................................................................................................... 45 
 4.2.3 - Estado civil ............................................................................................. 45 
 4.2.4 – Profissão................................................................................................ 45 
 4.2.5 – Turno de trabalho .................................................................................. 46 
 4.2.6 – Tempo de serviço .................................................................................. 46 
 4.2.7 – Tempo de serviço em UTI ..................................................................... 46 
 4.2.7 – Carga horária de trabalho semanal ....................................................... 47 
 4.3 Tabelas da pesquisa sobre prevenção da infecção Pneumonia Associada à 
Ventilação Mecânica (PAV) ....................................................................................... 47 
 4.3.1 – Lavagem das mãos ............................................................................... 50 
 4.3.2 – Redução diária da sedação ................................................................... 51 
 4.3.3 - Colocar o paciente em decúbito elevado (30 – 45º) ............................... 52 
 4.3.4 - Administração preventiva de antibióticos intravenoso ............................ 53 
 4.3.5 - Aspiração diária da secreção subglótica ................................................ 54 
 4.3.6 - Higiene oral com clorexidine 2% 3x ao dia ............................................. 55 
 4.3.7 - Profilaxia de úlcera péptica .................................................................... 55 
 4.3.8 - Prevenção da trombose venosa profunda .............................................. 56 
 4.3.9 - Troca do circuito do ventilador mecânico a cada 7 dias ......................... 57 
 4.3.10 - Troca dos umidificadores a cada 7 dias ............................................... 57 
 4.3.11 - Utilização de sistema fechado de aspiração ........................................ 58 
 4.3.12 - Monitorização da pressão do cuff a cada 6h ........................................ 58 
 4.3.13 - Troca de inaladores a cada 24h ........................................................... 59 
 4.3.14 - Uso de ventilação mecânica não invasiva ............................................ 60 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 4.3.15 - Uso de sonda enteral na posição gástrica ou pilórica .......................... 60 
 4.3.16 - Intubação orotraqueal x intubação nasotraqueal.................................. 61 
 4.3.17- Desinfecção de nebulizadores diariamente ........................................... 62 
 4.4 – Quais dificuldades são encontradas pela equipe interdisciplinar para 
prevenção e controle da pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV)? ....... 62 
 4.4.1 - Sobrecarga de trabalho .......................................................................... 63 
 4.4.2 - Falta do programa de educação continuada para prevenção da PAV ... 63 
 4.4.3 - Esquecimento da utilização do EPI ........................................................ 64 
 4.4.4 - Esquecimento da lavagem das mãos ..................................................... 65 
 4.4.5 - Problemas de relacionamento com a equipe ......................................... 66 
 4.4.6 - Falta da instituição de protocolo específico para prevenção da PAV ..... 67 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 69 
CRONOGRAMA ....................................................................................................... 72 
ORÇAMENTO ........................................................................................................... 74 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 76 
APÊNDICES ............................................................................................................. 85 
 APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ......... 86 
 APÊNDICE B – FORMULÁRIO PARA COLETA DE DADOS ............................... 88 
 APÊNDICE C PARTE I – MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA PNEUMONIA 
ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA ............................................................... 93 
 APÊNDICE C PARTE II – MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA PNEUMONIA 
ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA ............................................................... 94 
ANEXOS ................................................................................................................... 95 
 ANEXO A: CARTA DE ACEITE DO ORIENTADOR ............................................. 96 
 ANEXO B: CARTA PARA JUSTIFICAR COORIENTAÇÃO .................................. 97 
 ANEXO C: CARTA DE ACEITE DO COORIENTADOR ........................................ 98 
 ANEXO D: CARTA DE APRESENTAÇÃO AO COMITÊ DE ÉTICA ..................... 99 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 ANEXO E: TERMO DE COMPROMISSO DO PESQUISADOR.......................... 100 
 ANEXO F: PARECER FAVORÁVEL PARA APRESENTAÇÃO AO COMITÊ DE 
ÉTICA ...................................................................................................................... 101 
 ANEXO G CARTA DE APRESENTAÇÃO À INSTITUIÇÃO ................................ 102 
 ANEXO H: CARTA DECLARAÇÃO DE ACEITE DA INSTITUIÇÃO ................... 103 
 ANEXO I: PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA ............................. 104 
 
14 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 
 
 
 
15 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
1.1 - INTRODUÇÃO 
 
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) segundo a RDC 07 de 24 de 
fevereiro de 2010 é descrita como uma área crítica, na qual existe um risco 
aumentado para o desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência à 
saúde,seja pela execução de processos envolvendo artigos críticos ou material 
biológico, pela realização de procedimentos invasivos ou pela presença de pacientes 
com suscetibilidade aumentada aos agentes infecciosos ou portadores de micro-
organismos de importância epidemiológica (BRASIL, 2010). 
Silva, Nascimento, Salles (2012) retratam a UTI como um ambiente 
altamente especializado para onde são encaminhados os pacientes em condições 
severas de saúde e risco iminente de vida. Nesse sentido, necessitam da 
assistência contínua de uma equipe que de acordo com a RDC 07 é formada por 
Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais, fisioterapeutas e técnicos de 
enfermagem (BRASIL 2010). Silva (2011) afirma que esses profissionais devem ser 
treinados e capacitados para atender as mais diversas complexidades, pois, os 
pacientes encontram-se constantemente submetidos a procedimentos invasivos e 
hemodinamicamente instáveis, precisando de monitorização por 24 horas, além da 
utilização de todo aparato tecnológico e capacitação profissional especializada. 
Logo, a UTI por se tratar de um espaço que atende uma clientela com alto 
risco de vida, deve dispor de vários equipamentos especializados, dentre eles o 
ventilador mecânico. Para Almeida, Martins e Assis (2012), a Ventilação Mecânica 
(VM) é um recurso muito utilizado para suprir as atividades e necessidades 
respiratórias do cliente em estado crítico, sendo indicada na maioria dos casos 
quando há insuficiência respiratória grave. 
Contudo, apesar do forte benefício, contraditoriamente, Gonçalves et al 
(2012) expõe que o uso da VM expõe os pacientes ao riscos de adquirir Pneumonia 
Associada à Ventilação Mecânica (PAV), sobretudo pela diminuição das defesas 
naturais da vias aéreas superiores. As Diretrizes Brasileiras para Tratamento das 
Pneumonias Adquiridas no Hospital e Associadas à Ventilação Mecânica (2007) 
16 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
referem a PAV como uma condição que surge em 48-72 h após a intubação 
orotraqueal e instituição de VM invasiva. 
Dados estatísticos apontam que a pneumonia adquirida no hospital 
(PAH), é responsável por cerca de 15% das infecções e constitui a principal causa 
de morte em pacientes, a incidência estimada é de 4 a 7 episódios por 1.000 
internações (BRUNNER & SUDDARTH, 2011). Um estudo realizado por Diaz (2011) 
no período de 2006 a 2010, para descobrir o índice de PAV nas UTI’s de dois 
hospitais constatou que, de 474 pacientes que apresentaram episódios de infecções 
pulmonares relacionados à saúde, 155 possuíram PAV, ou seja, aproximadamente 
32,7% desse total supracitado. 
Diante deste panorama, medidas preventivas devem ser adotadas para 
modificar e diminuir a morbimortalidade decorrente da PAV. Borges (2012) confirma 
em seu estudo que a mortalidade por pneumonias associadas à VM pode ser 
reduzida a partir da conscientização da equipe de profissionais quanto à prevenção 
com medidas simples e de baixo custo. 
Dentre as mudanças a serem aplicadas pelos profissionais as Diretrizes 
Brasileiras de VM (2013), destacam a Lavagem das mãos e/ou desinfecção das 
mãos com base de álcool a 70%, uso de vigilância microbiológica; Monitoramento e 
remoção precoce de dispositivos invasivos; Programas para uso racional de 
antibióticos; Cabeceira elevada de 30 a 45°; higiene oral diária com Clorexidine 2%; 
interrupção diária da sedação, entre outros. 
Contundo, são amplamente difundidas as dificuldades para a completa 
aderência da equipe interdisciplinar às principais recomendações do controle de 
infecção, um dos motivos é devido os profissionais possuírem uma extensa jornada 
de trabalho resultando em sobrecarga. Pittet, Mourouga e Perneger (1999) relataram 
que, em seu tempo experiência, quanto mais ocupado é um profissional de saúde, 
torna-se menos provável que ele incorpore as práticas de higiene e acrescentam 
que a observação dessas práticas acompanhada de feedback para a equipe tem um 
melhor resultado do que simples palestras na educação para melhorar o 
cumprimento a estas recomendações. 
17 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
Portanto, para haver a prevenção e controle da PAV de modo eficaz, 
devem-se implantar as estratégias recomendadas e a equipe demonstrar realização 
das mesmas, além de uma mudança de atitudes que deve envolver uma 
combinação de elementos comportamentais, motivacionais e do sistema de trabalho. 
Complementa Pombo, Almeida, Rodrigues (2010) que a conscientização, o 
compromisso e a educação permanente são fatores fundamentais para que os 
profissionais de saúde das UTI se envolvam e contribuam de maneira eficiente na 
prevenção de PAV. 
 
1.2 - JUSTIFICATIVA 
 
A PAV é considerada uma patologia de alta letalidade na UTI, portanto 
deve ser prevenida através de ações e intervenções da equipe para minimizar as 
complicações, o tempo de internação hospitalar e os custos para o tratamento. 
(SILVA et al, 2014). Complementa, Paula et al, (2013) que embora de grande 
relevância a prevenção da PAV, ainda é um assunto pouco discutido na literatura 
nacional, destacando ainda que os conhecimentos de como evitá-la é capaz de 
trazer benefícios para a comunidade acadêmica, profissional e também para os 
pacientes. 
Desta maneira, estudar e investigar esta temática justifica-se por 
observar, durante os estágios da disciplina de UTI na área hospitalar uma adesão 
parcial em relação às técnicas assépticas, um exemplo à higienização das mãos, o 
manuseio durante a aspiração orotraqueal, a intubação entre outros. 
Assegura Menezes (2015) apud Sousa (2008) que a higienização das 
mãos, nos programas de prevenção e controle das infecções hospitalares, é uma 
prática prioritária, considerando ser a ação isoladamente mais importante para 
reduzir as taxas de infecções no ambiente hospitalar. E ANVISA (2009) acrescenta 
que as técnicas supracitadas quando não são realizadas de maneira correta, 
contribuem como grandes fatores de risco para infecção por pneumonia. 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
Considerando a magnitude desta infecção nosocomial, este trabalho se 
propõe a averiguar a relação entre o desenvolvimento da pneumonia em pacientes 
submetidos à assistência ventilatória na UTI e sua relação com a equipe 
interdisciplinar. Dessa forma, esta pesquisa poderá contribuir com dados 
importantes para os profissionais envolvidos, ao ampliar a compreensão e 
conhecimento dos envolvidos, para assim promover uma assistência fundamentada 
ao paciente crítico, minimizando os danos decorrentes da VM, bem como reduzir o 
tempo de internação. 
 
1.3 - SITUAÇÃO PROBLEMA E QUESTÕES NORTEADORAS 
 
As Infecções Hospitalares (IH) atualmente representam um problema de 
saúde pública mundial. Dados epidemiológicos as colocam como uma das principais 
causas de morbimortalidade, além de estabelecerem problemas de cunho social, 
emocional e econômico para os pacientes e para todo o sistema de saúde. 
Abegg, Silva (2011) asseguram que no Brasil, entre aproximadamente 5 a 
15% dos pacientes hospitalizados e 25 a 35% dos pacientes admitidos em Unidades 
de Terapia Intensiva (UTI) adquirem infecção hospitalar, sendo ela a quarta causa 
de mortalidade, porém os dados sobre a infecção hospitalar são pouco divulgados 
ou antigos. Sousa et al (2007) explica que isso ocorre devido aos inúmeros casos de 
omissões, além de outras desagradáveis consequências de imperícia, negligência, 
ou imprudência, pela representação político-social das infecções hospitalares ede 
seu controle. 
De acordo com a ANVISA (2009), dentre as infecções hospitalares mais 
incidentes, a pneumonia está no topo da lista sendo responsável por 15% das 
infecções relacionadas à assistência à saúde e aproximadamente 25% de todas as 
infecções adquiridas nas unidades de terapia intensiva. Vários estudos demonstram 
que a incidência desta infecção aumenta com a duração da ventilação mecânica e 
apontam taxas de ataque de aproximadamente 3% por dia durante os primeiros 
cinco dias de ventilação e depois 2% para cada dia subsequente. Paula et al, (2013) 
19 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
e Amaral, Cortês e Pires (2009), enfatizam que pacientes sob ventilação internados 
em UTI apresentam um risco de 2-10 vezes maior de morte que pacientes sem 
ventilação. 
Isso é preocupante, pois as estatísticas supracitadas indicam que a 
qualidade do conhecimento dos profissionais é insuficiente, haja vista que a etiologia 
da PAV é multifatorial. Afirma Nepomuceno et al (2014), que para o controle efetivo 
da patologia se faz necessário profissionais capazes de reconhecer os fatores de 
risco para que desenvolvam e participem da prevenção de forma conjunta e 
simultânea. 
Diante do exposto, a pesquisa leva a procurar respostas para as 
seguintes questões norteadoras: 
1 – Qual a percepção da equipe interdisciplinar acerca dos fatores de 
risco para infecção por pneumonia associada à ventilação mecânica? 
2 - Quais as medidas de prevenção e controle realizadas pelo setor na 
infecção por pneumonia associada à ventilação mecânica? 
3 - Quais as dificuldades encontradas pela equipe interdisciplinar na 
prevenção e controle da infecção por pneumonia associada à ventilação mecânica 
PAV? 
Com base nessas considerações, esta pesquisa teve o objetivo de fazer 
um levantamento na Unidade de Terapia Intensiva no Hospital Regional de Tucuruí 
(HRT) para verificar a percepção da equipe interdisciplinar a respeito da PAV e 
descrever os resultados da análise, quais as medidas de prevenção e controle são 
utilizadas para minimizar esta infecção, e quais as dificuldades encontradas pela 
equipe no controle dessa patologia. 
 
20 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
1.4 - OBJETIVOS 
 
1.4.1 - Objetivo geral 
Avaliar quais as medidas de prevenção e controle realizadas pela equipe 
interdisciplinar na infecção por pneumonia associada à ventilação mecânica. 
1.4.2 - Específicos 
Identificar as dificuldades encontradas pela equipe interdisciplinar no 
controle da infecção por pneumonia associada à ventilação mecânica PAV; 
Oferecer retorno para a população pesquisada sobre os meios de 
prevenção e controle da PAV. 
 
21 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO II – REFERENCIAL 
TEÓRICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
2.1 - PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 
A UTI é um setor direcionado a atender uma clientela que apresenta um 
estado crítico de saúde e que demanda cuidados de alta complexidade, 
necessitando de monitoração constante de suas funções vitais. 
Silva (2010) alega que a UTI é um ambiente hospitalar altamente 
especializado para onde são encaminhados os pacientes graves com risco iminente 
de vida e que necessitam ser submetidos a diversos procedimentos invasivos como: 
cateteres venosos profundo, cateteres arteriais, sondas vesicais de demora, suporte 
ventilatório entre outros com o objetivo de monitorar e acompanhar o paciente de 
forma mais eficiente e segura. 
Entretanto, os procedimentos anteriormente citados também podem ser 
prejudiciais, pois, dependendo do paciente e do seu estado hemodinâmico, os 
dispositivos usados para monitorizar e tratar melhor podem também favorecer a 
proliferação de microrganismos patogênicos, agravando ainda mais o estado clínico 
do doente favorecendo o aumento de fatores de risco que levam a contrair infecções 
hospitalares (SILVA 2010). 
As exposições do paciente a procedimentos invasivos e manuseio 
favorecem o aumento de fatores de risco que levam a contrair infecções 
hospitalares. Corrobora Silva et al (2011), que as IH aumentam as taxas de 
morbimortalidade, fazendo com que o tempo de permanência dos pacientes em 
internação no hospital seja elevado e por consequência aumentando os custos para 
os serviços de saúde. Uma infecção aguda dos pulmões mais comumente 
observada nas UTI são as pneumonias, que geram sintomatologia respiratória, como 
tosse, respiração curta e rápida, produção de secreção e dores no peito, além de 
sintomas não específicos, incluindo febre, fadiga, dores musculares e falta de 
apetite. 
Diaz (2011) apud Fernandes et al (2000) define a pneumonia como uma 
resposta inflamatória do hospedeiro à invasão e multiplicação incontrolada dos 
micro-organismos nas vias aéreas distais, ocorrendo quando um germe 
particularmente virulento ou um grande inoculo alcança os espaços inferiores 
23 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
vencendo os mecanismos de defesa locais, produzindo um exsudato inflamatório 
que confere a característica purulenta ao escarro. 
Borges (2012) afirma em seu estudo que a pneumonia é a infecção 
nosocomial mais frequente entre os pacientes internados em UTI, e quando 
associada à VM, a incidência é de 7 a 21 vezes maior. A VM é um método de 
suporte muito utilizado para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória 
aguda ou crônica agudizada. E tem por objetivos, além da manutenção das trocas 
gasosas, reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória, diminuir o consumo 
de oxigênio, dessa forma reduzindo o desconforto respiratório permitindo a aplicação 
de terapêuticas específicas. (III CONSENSO BRASILEIRO DE VENTILAÇÃO 
MECÂNICA 2007) 
A VM ainda que salve vidas, também aumenta o risco de eventos 
adversos, levando muitos pacientes a desenvolver pneumonia pelo seu uso 
prolongado. A infecção por PAV ocorre essencialmente por três fatores: 1) 
diminuição das defesas do paciente 2) risco elevado de ter as vias aéreas 
inoculadas com grande quantidade de material contaminado 3) presença de micro-
organismos mais agressivos e resistentes aos antimicrobianos no ambiente, 
superfícies próximas, materiais e colonizando o próprio paciente (ANVISA 2013). 
Pombo, Almeida, Rodrigues (2008) ressaltam que os pacientes 
submetidos a esse procedimento têm os mecanismos de defesa do pulmão 
alterados pela doença de base, além da perda de proteção das vias aéreas 
superiores na intubação, ocasionando distúrbios da fisiologia normal respiratória, 
que vão desde a hipersecreção pulmonar até o aumento da frequência das 
infecções respiratórias. 
 
Para a PAV ter lugar deve ocorrer um desequilíbrio nos mecanismos de 
defesa do hospedeiro permitindo além da invasão do microorganismo sua 
permanência no trato respiratório inferior. As vias aéreas são mantidas 
estéreis pelos mecanismos de defesa, estes incluem barreiras anatômicas 
(pelos nasais), o aparato mucociliar, a saliva, a imunidade humoral (IgA, 
IgM, IgG, complemento), a imunidade celular (macrófagos alveolares, 
polimorfonucleares e linfócitos), o pH, a tosse e o reflexo da epiglote. 
Quando no paciente apresentam-se fatores de risco, a barreira de defesa é 
quebrada permitindoa entrada das bactérias no trato respiratório. (Diaz 
2011, p 30) 
24 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 
Ainda segundo Diaz (2011), a PAV é na maioria dos casos de origem 
aspirativa. No paciente intubado, os micro-organismos tem acesso aos pulmões de 
diversas formas: 
 Por migração retrógrada de micro-organismos presentes na luz 
gastrintestinal, facilitado pela presença de sondas enterais e 
nasogástricas, e pela posição de decúbito supino. 
 Por meio da inalação de aerossóis contaminados 
 Através de espaços criados entre a cânula e a parede da traqueia, 
quando o produto é acumulado ao redor do tubo (secreção 
infraglótica), ou quando o balonete é desinsuflado, podendo assim 
as secreções circular em direção às porções periféricas das vias 
aéreas. 
 Contaminação direta a partir de um foco adjacente infeccioso, por 
exemplo, uma infecção no espaço pleural. 
 A disseminação hematogênica raramente leva a pneumonia a partir 
de um foco infeccioso à distância, como por exemplo, na flebite 
purulenta, ou endocardite bacteriana. 
 
Para Brunner & Suddarth (2011), as PAVs são em grande maioria 
acarretadas por bactérias e as mais comuns incluem espécies de Enterobacter, 
Escherichia coli, H. influenzae, espécies de Klesibiella, Proteus, Serratia 
marcescens, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus sensível ou 
resistente à meticilina e Streptococcus pneumoniae. 
 
2.2 - MEDIDAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA PAV 
 
Promover a prestação de cuidados com excelência está intrínseco com a 
redução de infecções hospitalares. Afirma Silva (2010) em sua pesquisa que a 
compreensão das medidas preventivas para PAV por parte da equipe multidisciplinar 
25 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
através de explanações sobre o assunto, gera uma maior adesão dos 
procedimentos e, por conseguinte, melhor resultado na diminuição dos números dos 
casos dessa infecção. Diante disso várias literaturas que englobam: Anvisa (2009), 
Cardoso e Bizani (2015), Faria (2012) e Diretrizes Brasileiras de VM (2013) 
destacam a seguir estratégias de prevenção e controle para redução da PAV. 
Para Anvisa (2009), é indicado nas medidas gerais realizar ações como: 
Vigilância de Pneumonia Relacionada à Ventilação Mecânica (PAV) por equipe 
treinada com conceitos de epidemiologia e critérios definidos de pneumonia; Educar 
a equipe de saúde e envolvê-la na prevenção de infecção hospitalar de acordo com 
nível de responsabilidade do profissional; Implantar e manter estratégias para 
melhor adesão à higienização das mãos; O treinamento da equipe interdisciplinar 
que presta assistência a pacientes em VM é fundamental e tem impacto direto nas 
taxas de PAV. As estratégias devem envolver metodologias variadas, como: 
treinamento aula presencial, aula prática e com simulações, discussão da prática à 
beira do leito, feedback de indicadores com discussão de medidas preventivas, etc. 
Ainda segundo a Anvisa (2009), a profilaxia da úlcera de estresse e a 
profilaxia da trombose venosa profunda (TVP), embora não estejam diretamente 
associadas com a prevenção de pneumonias relacionadas à assistência à saúde, 
são importantes medidas de qualidade assistencial e têm impacto na diminuição da 
mortalidade hospitalar e na diminuição do tempo de internação. 
Entretanto, para Cardoso e Bizani (2015), a preocupação com a profilaxia 
das úlceras de estresse deve-se ao seu potencial como fator de incremento de risco 
para pneumonia nosocomial. Agentes que elevam o PH gástrico podem promover o 
crescimento de bactérias no estômago, principalmente bacilos gram-negativos 
originários do duodeno. Como fator agravante, pacientes intubados perdem os 
reflexos de defesas das vias aéreas, pois refluxo esofágico e aspiração de conteúdo 
gástrico associados com intubação orotraqueal podem levar a colonização 
endobrônquica, e pneumonia. 
 Logo, a Anvisa (2009) adverte que essa profilaxia está indicada apenas 
para pacientes com alto risco de sangramento como: úlcera gastroduodenal ativa 
26 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
sangrante, sangramento digestivo prévio, traumatismo cranioencefálico, uso de 
ventilação mecânica, politrauma, coagulopatia e uso de corticosteróides. 
Nas medidas específicas para prevenção da pneumonia as ações devem 
ser gerenciadas em conjunto com as anteriormente citadas para um melhor êxito. 
Faria (2012) ressalta que manter a cabeceira de 30 a 45º ajuda a reduzir a chance 
de aspiração e melhorar a ventilação, e a Anvisa (2009) complementa que a 
utilização do decúbito elevado reduz o risco de aspiração do conteúdo gastrintestinal 
ou orofaríngicos e de secreção nasofaríngea, por este motivo, diminui a incidência 
de PAV especialmente em pacientes recebendo nutrição enteral. Outra razão para o 
acréscimo desta intervenção é a melhoria dos parâmetros ventilatórios quando na 
posição semi-recumbente. Pois, nessa posição, os pacientes apresentam um maior 
volume corrente, redução no esforço muscular e taxa de atelectasia, quando 
ventilados com pressão de suporte. 
Faria (2012) e Anvisa (2009) prosseguem assegurando que a interrupção 
da sedação promove o desmame precoce reduzindo assim as chances de infecção 
por pneumonia. Todavia, alertam que apesar dos benefícios gerados, esta 
intervenção pode apresentar alguns riscos. O exemplo disso está na extubação 
acidental, no aumento do nível de dor, ansiedade e na possibilidade de assincronia 
com a ventilação, podendo gerar períodos de dessaturação. Portanto, é importante 
implantar um protocolo de avaliação diária da sedação, avaliar a prontidão 
neurológica para extubação, incluir precauções para evitar a extubação acidental, 
tais como maior monitorização e vigilância, avaliação diária multidisciplinar e 
implementação de uma escala a fim de evitar aumento da sedação. 
As Diretrizes Brasileiras de VM (2013) asseguram que é necessário 
realizar diariamente a higiene oral com clorexedine a 2%, pois previne a ocorrência 
da colonização do trato aerodigestivo e a broncoaspiração de bactérias orais ao 
sistema respiratório. Fazer a aspiração de secreções subglóticas quando o paciente 
for permanecer por mais de 72h em ventilação mecânica, de forma intermitente ou 
controlada por dispositivo especialmente desenvolvido para esse fim. 
27 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 Anvisa (2009) alerta que a secreção acumulada torna-se colonizada pela 
microbiota da cavidade oral composta principalmente de bacilos Gram-negativos e é 
importante fonte de bactérias resistentes aos antimicrobianos. Assim, a rotina de 
aspiração deve ser prescrita de acordo com a necessidade de cada paciente, pela 
maior ou menos produção de secreção e realizada com técnica estéril. 
Outras medidas de prevenção recomendadas pela Anvisa (2009), 
incluem: 
 Circuito do ventilador: deve haver a troca de circuito entre pacientes 
e quando houver sujidade ou mau funcionamento do equipamento. 
 Umidificadores: É preferível utilizar o sistema passivo de 
umidificação das vias respiratórias em pacientes mecanicamente 
ventilados pela facilidade de manuseio e ausência de condensados 
nos circuitos além do relativo baixo custo. Umidificadores aquecidos 
pode ser a preferência em pacientes com copiosa quantidade de 
secreções respiratórias, hemoptise abundante, ou naqueles com 
maior suscetibilidade à atelectasias, porém, a água e condensadosformados são possíveis fontes de microrganismos. Recomenda-se a 
troca dos umidificadores passivos não antes de 48 horas. 
 Sistema de aspiração: O sistema fechado é o mais indicado, porque 
pode ser útil em pacientes infectados com patógenos 
multirresistentes, como a Staphylococcus aureus ou Mycobacterium 
tuberculosis. Recomenda-se a troca do sistema fechado de aspiração 
se houver sujidade ou mau funcionamento. 
 Aspiração de secreção subglótica contínua: a presença do tubo 
endotraqueal em pacientes em ventilação mecânica contribui para o 
desenvolvimento de pneumonia. O tubo endotraqueal facilita a 
colonização bacteriana da árvore traqueobrônquica e predispõe 
aspiração da secreção contaminada pela diminuição do reflexo de 
tosse, acumulo de secreção acima do balonete e a própria 
contaminação do tubo. A utilização da cânula orotraqueal com um 
sistema de aspiração de secreção subglótica contínua ou intermitente 
é recomendada para pacientes que irão permanecer sob ventilação 
mecânica acima de 48h. 
 Evitar extubação não programada (acidental) e reintubação: a 
reintubação está associada com o risco de PAV devido ao aumento 
do risco de aspiração de patógenos da orofaringe para vias aéreas 
baixas. O risco de desenvolver PAV aumenta com o tempo de VM, 
portanto, recomenda-se que o tubo endotraqueal seja removido assim 
que as condições clínicas se estabeleçam e a duração da intubação 
pode ser reduzida por protocolos de sedação e aceleração do 
desmame, utilização da ventilação não invasiva e a monitorização da 
frequência de extubações acidentais (eventos/100 dias de tubo 
endotraqueal). 
 Monitorizar pressão de cuff: a manutenção da correta pressão de 
cuff (Pcuff) nos pacientes submetidos à VM é essencial. Excessiva 
pressão pode comprometer a microcirculação da mucosa traqueal e 
causar lesões isquêmicas, porém se a pressão for insuficiente, pode 
haver dificuldade na ventilação com pressão positiva e vazamento da 
secreção subglótica por entre o tubo e a traqueia. A pressão do cuff 
do tubo orotraqueal ou da traqueostomia deve ser o suficiente para 
28 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
evitar vazamento de ar e a passagem de secreção (microaspiração) 
que fica acima do balonete. Recomenda-se, portanto, que esta 
pressão permaneça entre 20 e 25cm H2O. 
 Utilização de ventilação mecânica não-invasiva (VMNI): o uso de 
VMNI tem demonstrado redução na incidência de PAV quando 
comparado com a VMI em pacientes com falência respiratória. A 
VMNI tem sido uma alternativa efetiva nos pacientes com 
insuficiência respiratório devido a edema agudo pulmonar 
cardiogênico ou na doença pulmonar obstrutiva crônica, e no 
desmame da VM. O uso da VMNI não está recomendado para 
pacientes comatosos. 
 Sonda enteral na posição gástrica ou pilórica: o refluxo 
gastresofágico pode contribuir para a aspiração de conteúdo 
colonizado para vias aéreas inferiores e consequente aumento no 
risco de PAV. Apesar disso, existem pacientes que se beneficiariam 
com o uso da sonda em posição pós-pilórica, como aqueles que 
necessitam de posição prona para ventilação, pacientes queimados e 
pacientes com lesão cerebral grave e pressão intracraniana elevada. 
 Intubação orotraqueal ou nasotraqueal: a intubação nasotraqueal 
aumenta o risco de sinusite, o que pode consequentemente aumentar 
o risco de PAV, portanto recomenda-se a intubação orotraqueal. 
 Inaladores: deve ocorrer a troca de inaladores a cada procedimento 
e utilizar o processo de desinfecção estabelecido na sua instituição. 
Além de só utilizar líquidos estéreis para a inalação. Estas 
recomendações estão embasadas principalmente na possibilidade de 
transmissão de Legionella spp. pelo resíduo de líquido acumulado 
nos inaladores entre os procedimentos. Na prática, as instituições de 
saúde criaram rotina de troca de inaladores que variam de 24 a 48 
horas quando estes dispositivos estão sendo utilizados no mesmo 
paciente. 
 Nebulizadores: o cuidado com nebulizadores está diretamente 
relacionado à manipulação do dispositivo e da água utilizada. 
Segundo manual de prevenção de pneumonia publicado em 2004 
pelos CDC, nebulizadores, tendas e reservatórios em uso no mesmo 
paciente deveriam sofrer processo de desinfecção de nível baixo ou 
intermediário diariamente. 
 Outros dispositivos: respirômetros, sensores de oxigênio e outros 
dispositivos devem ser desinfetados a cada paciente. 
 Prevenção de administração de antibiótico intravenoso: a 
administração prolongada de antibióticos tem sido associada com alto 
risco de PAV. Devido ao desenvolvimento de resistência microbiana, 
não se recomenda a administração preventiva de antibióticos 
intravenoso. 
 
2.3 - DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NA 
PREVENÇÃO DE CONTROLE DA PAV 
 
Nas instituições de saúde os pacientes internados estão expostos a uma 
grande diversidade de micro-organismos patogênicos, principalmente em Unidade 
de Terapia Intensiva. Siqueira et al (2014) expõe que na UTI as chances de contrair 
infecções podem aumentar devido às condições dos pacientes e aos procedimentos 
29 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
realizados. Estes, estão suscetíveis às infecções com mais gravidade e frequência, 
pois suas barreiras imunológicas, expectoração e o reflexo da tosse estão 
comprometidos. 
Anvisa (2005) considera que as infecções hospitalares constituem risco 
significativo à saúde dos usuários hospitalizados. Sendo assim, sua prevenção e 
controle se tornam imprescindíveis envolvendo ações que contemplam todos os 
sujeitos envolvidos no contexto hospitalar. Complementa Anvisa (2013) que a 
preocupação com a prevenção e controle das IH tornou-se uma realidade mundial, 
visto que há um aumento no índice de morbimortalidade dos pacientes que estão 
com suas defesas orgânicas reduzidas. 
Porém, trabalhar com prevenção e controle de infecção hospitalar não é 
uma tarefa fácil para a equipe interdisciplinar que segundo a RDC 07 deve ser 
composta por médicos plantonistas, enfermeiros assistencialistas, fisioterapeutas e 
técnicos de enfermagem. Pois, além de trabalharem no controle, uma vez que isso 
reflete diretamente na sua prática assistencial devem responder a uma série de 
exigências que para Figueiredo (2009) algumas delas são: ter competência, 
habilidade/destreza, preparação para adaptar-se aos ruídos dos aparelhos, 
preparação para a luta diária com a vida e com a morte, conhecimento técnico e 
cientifico e permanente atualização. 
Essa sobrecarga de deveres cooperou para o aumento de infecções 
hospitalares, especificamente a PAV, como foi referido nas estatísticas ao longo do 
trabalho. Um estudo realizado por Pombo, Almeida e Rodrigues (2008), sobre o 
controle da Pneumonia associada a ventilação mecânica revela que o número de 
profissionais sem nenhuma orientação sobre PAV de dois Hospitais de Pernambuco 
é de 46,1% de 104 profissionais, ou seja, aproximadamente 48 profissionais sendo 
eles, Técnico de enfermagem, Enfermeiros, Fisioterapeutas e Médicos. 
 Os autores acima enfatizam nesse estudo que é extremamente 
expressiva a quantidade de profissionais de saúde que estão atuando nas UTI com 
total despreparo sobre a prevenção da PAV. A taxa elevada nos piores conceitos em 
30 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
determinadas variáveis reforça a necessidade urgente de educação permanente 
neste tema. 
Anvisa (2013) explana que as principais razões para a ocorrência de 
infecções relacionadas à assistência à saúde são: falta de infraestrutura para dar 
suporte ao programade prevenção e controle de infecção, como suporte da 
liderança ineficiente ou ausente, profissionais insuficientes em vários níveis, 
treinamento insuficiente dos profissionais da saúde sobre medidas preventivas de 
infecção e materiais e equipamentos insuficientes, técnica estéril ou asséptica e 
higiene das mãos inadequadas, emergência de micro-organismos multirresistentes, 
em parte, ao uso inapropriado de antimicrobianos e o aumento do número de 
pacientes imunocomprometidos. 
Gomes (2005) cita que as falhas decorrentes da própria planta física da 
unidade podem servir como um fator predisponente a infecção, como falta de local 
apropriado para os casos de isolamento de pacientes, número insuficientes de pias 
e lavabos, má localização de expurgos, área para limpeza, desinfecção, 
acondicionamento de materiais e equipamentos. 
Para Gammon, Morgan-Samuel & Gould (2008), outro fator que contribui 
para o aumento das infecções é a não adesão do equipamento de proteção 
individual (EPI). A Norma Regulamentadora nº 6 (NR-6) considera “Equipamento de 
Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo 
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a 
saúde no trabalho”. Em seu estudo Vieira, Reis e Vasconcelos (2008) revelam que 
alguns dos motivos pelos quais os profissionais não utilizam os EPI’s devidamente 
incluem: descuido, esquecimento, desnecessário porque nunca sofreram acidentes, 
alergia ao material, desconforto/incômodo, falta de hábito/disciplina, falta de 
disponibilidade do EPI e uso de óculos de grau. 
Gammon, Morgan-Samuel & Gould (2008) retomam assegurando que o 
conhecimento é uma das condições necessárias para a adoção do EPI. No entanto, 
nem sempre a elevada carga de treinamentos gera conhecimento adequado e 
garante a adoção das medidas preventivas de maneira eficaz. Brevidelli, Cianciarullo 
31 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
(2009) explicam que os motivos que levam um profissional a adotar medidas 
preventivas podem estar associados a aspectos psicossociais, tais como avaliação 
subjetiva de riscos, benefícios e custos para aderir a prevenção e alguns 
profissionais acreditam que o uso do EPI interfere no relacionamento com o paciente 
e outros não consideram sua utilização importante. 
Logo, é necessário o apoio e o comprometimento da gerencia para a 
criação de uma organização favorável a adoção de comportamentos seguros no 
trabalho, pois a instituição de protocolos de prevenção faz parte dos fatores de risco 
modificáveis para a PAV. 
O estresse também se encaixa no conjunto de dificuldades que a equipe 
enfrenta para proporcionar um atendimento de qualidade. Cavalheiro, Moura Junior 
e Lopes (2008) relatam que a UTI compõe um cenário desgastante e, muitas vezes, 
frustrante, podendo ocasionar várias consequências e comprometer a saúde dos 
profissionais e alega que o estresse ocupacional está relacionado a situações 
específicas tais como: problemas de relacionamento da equipe multidisciplinar, 
ambiguidade e conflito de funções; dupla jornada de trabalho e atividades 
domésticas; pressões exercidas pelos superiores de acordo com a percepção do 
indivíduo e alterações sofridas dentro do contexto de sua atividade. 
Santos et al (2009) acrescenta que além das situações estressantes 
existem ainda as condições de adaptação ao ambiente de trabalho que geralmente 
pioram quando não há ferramentas adequadas, falta de clareza nas regras, normas 
e nas tarefas que deve desempenhar cada um dos trabalhadores, assim como os 
ambientes insalubres, gerando, na maioria das vezes, sobrecarga de trabalho para 
uns e priorizando outros, acarretando falta de realização de determinadas tarefas e 
ocasionando prejuízo ao paciente no tocante à sua assistência. 
Ainda segundo o autor acima para que haja controle dos fatores 
estressantes na UTI sugere-se a realização de reuniões em equipe, planejamento 
das atividades e a valorização dos distintos saberes com ênfase nas experiências 
dos profissionais, em prol da saúde dos trabalhadores e da qualidade do trabalho. 
Deve-se buscar autonomia, ter participação ativa nas decisões da equipe e, acima 
32 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
de tudo, obter melhorias para evitar a sobrecarga de trabalho, tendo assim uma 
tríade de: ambiente de trabalho, trabalhador sadio e assistência de qualidade. 
33 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO III – METODOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
3.1 - TIPOS DE ESTUDO 
 
Tratou-se de uma pesquisa de campo de caráter descritivo e transversal 
com abordagem quantitativa. A natureza quantitativa é caracterizada por Marconi e 
Lakatos (2010) como uma investigação que considera que tudo pode ser 
quantificável, significando traduzir em números, opiniões e informações para 
classificá-las e analisá-las. Esse tipo de pesquisa requer o uso de recursos e de 
técnicas estatísticas e sugere a replicação de resultados. 
Sobre o caráter descritivo, Prodanov (2013) relata que o pesquisador 
apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir neles, visando a 
descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o 
estabelecimento de relações entre variáveis. A pesquisa descritiva procura 
classificar, explicar e interpretar fatos que ocorrem, os eventos são observados, 
registrados, analisados, classificados e interpretados. Logo, os fenômenos do 
mundo físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador. 
Para Vieira (2009) o emprego do estudo transversal permite ao 
pesquisador examinar todas as unidades de observação de uma população em 
determinado tempo e local e coletar dados num período específico com o objetivo de 
responder à questão: “O que está acontecendo agora?”. 
A Pesquisa de campo para Marconi e Lakatos (2010) é aquela utilizada 
com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um 
problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira 
comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. 
Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, 
na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se presume 
relevantes, para analisá-los. 
 
 
 
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percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
3.2 - LOCAL DE ESTUDO 
 
A pesquisa foi realizada na Unidade de terapia intensiva (UTI) adulto 
localizada nas dependências do Hospital Regional de Tucuruí, endereçado na 
Avenida dos Amazônidas, s/n – Vila Permanente, Município de Tucuruí, Estado do 
Pará. 
O hospital Regional de Tucuruí é uma instituição de médio grande porte, 
público, estadual e integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde atua uma 
equipe multidisciplinar que oferece serviços de atendimento de alta e média 
complexidade, e atende as seguintes especialidades: clínica médica e cirúrgica, 
neurologia, neonatologia, cirurgia geral, pediatria, psiquiatria, ortopedia e 
traumatologia, além de serviços complementares de diagnóstico e tratamento, em 
diversas especialidades médicas. Atende a população local e de municípios 
localizados em torno dolago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí que são: Breu branco, 
Novo Repartimento, Jacundá, Goianésia e Pacajá. 
Dispõe de um total de 152 Leitos de especialidades diversas cadastrados 
no Ministério da Saúde (MS) e mais 53 Leitos Complementares. O CTI é composto 
por 7 leitos, sendo 1 leito de isolamento. A taxa de ocupação é de 80% ao mês com 
tempo de permanência em média de 13 dias. (SAME- HRT, 2016). 
 
3.3 - POPULAÇÃO E AMOSTRA 
 
Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a equipe interdisciplinar ao todo é 
composta por 29 profissionais, sendo eles 5 enfermeiros, 16 técnicos de 
enfermagem, 5 médicos e 3 fisioterapeutas. A pesquisa teve enfoque na percepção 
da equipe interdisciplinar sobre o controle e prevenção da PAV. (SAME-HRT, 2016) 
O universo da população pesquisada é de 100% que divide-se: 17,24% 
em médicos, 17,24% em enfermeiros, 10,35% em fisioterapeutas e 55,17% em 
técnicos de enfermagem. 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
A escolha da população de forma intencional para Prodanov (2013) 
constitui um tipo de amostragem não probabilística e consiste em selecionar um 
subgrupo da população que, com base nas informações disponíveis, possa ser 
considerado representativo de toda a população. 
3.3.1 - Critérios de inclusão 
 Ser parte da equipe interdisciplinar na UTI do HRT que incluem: 
médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem; 
 Estar na escala do setor no período da coleta de dados. 
3.3.2 - Critérios de exclusão 
 Foram excluídos os participantes que não se enquadrarem nos 
critérios acima citados. 
 
3.4 - COLETAS DE DADOS: TÉCNICAS E INSTRUMENTOS 
 
A coleta de dados foi realizada no período entre 5 de janeiro de 2017 a 5 
de fevereiro de 2017, por meio de instrumento composto por itens referentes aos 
dados sociodemográficos e questionário de múltipla escolha utilizando uma escala 
do tipo likert. 
Segundo Prodanov (2013), o questionário de múltipla escolha são 
perguntas fechadas, mas que apresentem uma série de respostas possíveis. Onde 
os respondentes optarão por uma das alternativas, ou por determinado número 
permitido de opções. 
A escala de Likert para Gil (2008) objetiva verificar o nível de 
concordância do indivíduo com uma proposição que expressa algo favorável ou 
desfavorável em relação ao problema a ser estudado segundo a graduação: 
concorda muito (1), concorda um pouco (2), indeciso (3), discorda um pouco (4), 
discorda muito (5). Em seguida, procede-se à avaliação dos vários itens, de modo 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
que uma resposta que indica uma atitude mais favorável recebe um valor mais alto e 
a menos favorável o mais baixo. 
O questionário foi montado com base no Manual de infecções do trato 
respiratório da Anvisa (2009), e no manual da Assistência Segura: Uma Reflexão 
Teórica Aplicada à Prática da Anvisa (2013). 
Tal instrumento é composto por 2 tópicos, sendo o primeiro relacionado 
aos dados de identificação pelas características sociodemográficas com 8 questões 
fechadas de múltipla escolha, e o segundo relacionado com as questões 
norteadoras que engloba 3 perguntas fechadas de múltipla escolha cujas 
alternativas seguem 2 pontuações. Para a primeira utiliza-se a pontuação:( 
)definitivamente sim ( )provavelmente sim ( )indeciso ( )provavelmente não ( 
)definitivamente não; na segunda e terceira utiliza-se a pontuação: ( ) nunca ( ) 
raramente ( ) às vezes ( ) na maioria das vezes ( ) sempre. 
No segundo tópico em relação às perguntas norteadoras a primeira 
questão diz respeito às medidas que o profissional de saúde acha que devem ser 
realizadas para prevenção da PAV e é constituído por 18 alternativas . A segunda 
questão aborda sobre as medidas utilizadas no setor da UTI adulto para prevenção 
e controle da PAV sendo constituída também por 18 alternativas. E a terceira refere-
se sobre as dificuldades encontradas pela equipe interdisciplinar para a prevenção 
da PAV e contém 6 alternativas. 
A coleta de dados ocorreu em três etapas: 
1ª etapa : Submissão ao HRT, local de realização da pesquisa para 
prévia autorização e em seguida ao CEP. 
2ª etapa: Consistiu no convite aos profissionais que estavam de acordo 
com os critérios de inclusão para participarem da pesquisa. Foi marcado com 
antecedência horário e local da entrega do questionário, onde foi sugerido o repouso 
dos profissionais, no local de trabalho, para não gerar custo para o entrevistado e ao 
mesmo tempo lhe garantiu a máxima preservação de identidade, conforto e 
segurança. O questionário foi entregue nas mãos do pesquisado, nesse momento foi 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
explicado o objetivo e finalidade da pesquisa, a preservação do sigilo dos 
participantes, que será resguardado por meio de codificações alfanuméricas em 
substituição aos nomes dos mesmos, e o direito de desistência a qualquer momento 
da pesquisa, sem nenhum dano ou perda. Aos que optaram em participar, foi lido o 
TCLE onde constam os termos legais da pesquisa que respaldam os entrevistados 
de acordo com a resolução 466/12-CNS. Após a leitura foi esclarecido qualquer 
dúvida a existir, e recolhido a assinatura dos participantes em duas vias, uma ficou 
em posse do pesquisado e outra em posse do pesquisador. 
3ª etapa: consistiu na coleta de dados através da checagem do 
questionário para os profissionais que aceitaram participar da pesquisa. 
 
3.4.1 - ESTUDO PILOTO OU PRÉ-TESTE 
 
Antes da coleta de dados propriamente dita, foi realizado um estudo pré-
teste aplicando-se alguns exemplares do questionário em uma pequena população 
escolhida, especificamente, os profissionais de um determinado turno. 
Para Medeiros (2010) o estudo pré-teste serve para que se possam 
corrigir eventuais erros de formulação. Ao questionário deve preceder a carta de 
explicação ou de autorização da pesquisa, que precisa fazer referência ao seu 
conteúdo, às instruções para efetivação da investigação através do questionário, o 
pedido de autorização e o agradecimento pela atenção, disponibilidade e veracidade 
das informações prestadas. 
Marconi e Lakatos (2010) esclarecem que a análise dos dados, após a 
tabulação, evidenciará possíveis falhas existentes: inconsistência ou complexidade 
das questões; ambiguidade ou linguagem inacessível; perguntas supérfluas ou que 
causam embaraço ao informante; se as questões obedecem a determinada ordem 
ou se são muito numerosas. 
 As perguntas realizadas no questionário atenderam aos objetivos da 
pesquisa com sucesso e foram excluídas da amostra do estudo. 
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percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
3.5- ANÁLISES E INTERPRETAÇÕES DOS DADOS 
 
Após a coleta dos dados por meio de um questionário, os dados foram 
digitados, agrupados em áreas afins e codificados em planilhas eletrônicas, 
utilizando o programa Microsoft Office Excel 2010, e submetidos à análise estatística 
com o objetivo de saber a percepção da equipe interdisciplinar sobre a prevenção e 
controle da Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) 
A análise estatística segundo Gil (2008) fundamenta-se na aplicação da 
teoria estatística da probabilidade e constitui importante auxílio para a investigação 
em ciências sociais. Há que se considerar, porém, que as explicações obtidas 
mediante a utilização do método estatístico não podem ser consideradas 
absolutamente verdadeiras, mas dotadas deboa probabilidade de serem 
verdadeiras. 
Para Marconi e Lakatos (2010) o papel do método estatístico é, 
essencialmente, fornecer uma descrição quantitativa da sociedade, considerada 
como um todo organizado. Por exemplo, definem-se e delimitam-se as classes 
sociais, especificando as características dos membros dessas classes, e após, 
mede-se a sua importância ou a variação, ou qualquer outro atributo quantificável 
que contribua para o seu melhor entendimento. Mas a estatística pode ser 
considerada mais do que apenas um meio de descrição racional; é, também, um 
método de experimentação e prova, pois é método de análise. 
Gil (2008) retoma assegurando que mediante a utilização de testes 
estatísticos, torna-se possível determinar, em termos numéricos, a probabilidade de 
acerto de determinada conclusão, bem como a margem de erro de um valor obtido. 
Portanto, o método estatístico passa a caracterizar-se por razoável grau de precisão, 
o que o torna bastante aceito por parte dos pesquisadores com preocupações de 
ordem quantitativa. 
 
 
40 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
3.6- ASPECTOS ÉTICOS 
 
Por se tratar de um estudo que envolve seres humanos, a pesquisa 
esteve de acordo com os critérios estabelecidos na resolução 466/12-34 CNS/MS, 
que incorpora os quatros princípios básicos da bioética: autonomia, beneficência, 
justiça e a não maleficência. 
 A efetivação da pesquisa foi exercida somente após a devida análise e 
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), do Curso de Graduação em 
Enfermagem da UEPA. Depois do parecer favorável do CEP, foi entregue aos 
participantes a serem pesquisados o TCLE para que os mesmos tivessem 
conhecimento sobre os objetivos, riscos e benefícios da pesquisa. O formulário foi 
aplicado a todos que aceitaram participar, através da assinatura do TCLE. 
Foi esclarecido aos participantes a finalidade da pesquisa, que inclui: 
direito da permanência do anonimato dos próprios, direito de desistência a qualquer 
momento sem nenhum dano ou perda. Além disso, a pesquisa não teve nenhum 
custo ou benefício financeiro para os participantes a serem pesquisados. 
 
3.7- RISCOS E BENEFÍCIOS DA PESQUISA 
 
Em conformidade com o disposto na resolução 466/12-CNS/MS, todas as 
pesquisas que envolvem seres humanos estão expostas a riscos, sendo eles tardios 
ou imediatos, de natureza física, psicológica, moral, intelectual, social, cultural e 
espiritual. 
A pesquisa apresentou riscos mínimos, por ser um estudo que não 
realizou nenhuma intervenção ou modificação intencional nas variáveis fisiológicas 
ou psicológicas e sociais dos indivíduos que participaram deste estudo, e que 
tiveram garantida sua confidencialidade. 
Foram considerados riscos mínimos, pois no decorrer da pesquisa 
poderia ter ocorrido: constrangimento ao responder o questionário, desconforto ao 
compartilhar informações pessoais ou confidenciais, quebra do sigilo, anonimato, 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
privacidade. A fim de diminuir estes riscos, as entrevistas ocorreram em local 
previamente acordado entre as partes. 
Como garantia de preservação do anonimato do participante, os 
pesquisadores utilizaram uma codificação com a sigla ‘’PS’’ (que representará a 
palavra profissional de saúde) acompanhada de uma numeração em ordem 
crescente que iniciará com o número 1 e terminará no 29 (ex: “PS 1”, “PS 2”, “PS 3”) 
que substituíram os nomes dos profissionais de saúde que participaram da 
pesquisa. O material da pesquisa ficou em mãos dos pesquisadores e do orientador, 
mas o nome do entrevistado não constou nela. 
 Caso houvesse desistência, todo o material coletado seria devolvido para 
o participante, em forma de CD e formulários transcritos, bem como as duas cópias 
do TCLE para garantir que o material não será usado na pesquisa ou para outros 
fins. Os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano 
resultante de sua participação na pesquisa, receberão uma indenização de acordo 
com a resolução 466/12-CNS/MS. 
Considerando os benefícios que a pesquisa proporciona, a mesma 
tornou-se viável no que tange à construção de novos conhecimentos e 
oportunidades de aprendizagem para a equipe interdisciplinar que atua na Unidade 
de Terapia Intensiva do HRT, bem como seus resultados poderão fornecer, através 
dos conhecimentos gerados, possíveis resultados em prol da melhoria e qualidade 
da assistência. 
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MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO IV – ANÁLISE E 
DISCUSSÃO DOS DADOS 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
Neste capítulo serão apresentados os resultados da pesquisa que foram 
obtidos a partir de questionários entregue para a equipe da Unidade de Terapia 
Intensiva Adulta. E para melhor compreensão dos resultados foram feitas as 
análises e as devidas interpretações dos mesmos. 
A equipe da UTI adulta é composta no total por 29 profissionais, desse 
número apenas 22 aceitaram participar da pesquisa, deste 4 médicos, 5 
enfermeiros, 2 fisioterapeuta, 11 técnicos de enfermagem. Para uma melhor 
organização dos dados coletados, estes foram agrupados em duas categorias. Na 
primeira constam os dados colhidos a partir da folha de identificação das 
características sociodemográficas composta pelas variáveis sexo, idade, estado civil, 
profissão, turno em que trabalha, tempo de serviço, tempo de atuação em UTI e 
carga horária de trabalho. 
A segunda categoria compreende os itens relacionados com as questões 
norteadoras que engloba três perguntas fechadas de múltipla escolha à respeito da 
infecção de Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). 
4.1 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA 
 
Esta categoria apresenta a análise dos dados referentes as 
características sociodemográficas composta pelas variáveis sexo, idade, estado civil, 
profissão, turno em que trabalha, tempo de serviço, tempo de atuação em UTI e 
carga horária de trabalho. 
Tabela 1 - Quanto ao gênero 
Gênero Feminino Masculino Total / % 
Pesquisados 
9 
41% 
13 
59% 
22 
100% 
 
Tabela 2 - Quanto à idade 
Idade 20 - 25 26 – 30 31 – 35 36 – 40 Acima de 40 anos Total / % 
Quan./% 
1 
4% 
3 
14% 
7 
32% 
2 
9% 
9 
42% 
22 
100% 
Fonte: acervo da pesquisa 
44 
 
 
 
MAGNO B. C.; SOUSA W. L. Prevenção e controle de pneumonia associada à ventilação mecânica: 
percepção da equipe interdisciplinar em uma unidade de terapia intensiva. 
Tabela 3 - Variável Estado Civil 
Estado Civil Solteiro União Estável Casado Total / % 
Quan./% 
9 
41% 
6 
27% 
7 
32% 
22 
100% 
 
Tabela 4 - Variável profissão 
Profissionais Médicos Enfermeiro Fisioterapeutas Tec. Enf. Total 
Quant./% 
4 
18% 
5 
23% 
2 
9% 
11 
50% 
22 
100% 
 
Tabela 5 - Item turno de trabalho 
Turno Manhã Tarde Noite Três Turnos Total 
Quant./% 
6 
27% 
5 
23% 
8 
36% 
3 
14% 
22 
100% 
 
Tabela 6 - Variável tempo de serviço 
Tempo/anos 1 – 5 6 – 10 16 – 20 Mais de 20 Total 
Quant./% 
7 
32% 
8 
36% 
3 
14% 
4 
18% 
22 
100% 
 
Tabela 7 - Variável tempo de serviço em UTI 
Tempo/anos 1 – 2 3 – 5 6 – 10 Mais de 10 Total 
Quant./% 
12 
54% 
2 
9% 
3 
14% 
5 
23% 
22 
100% 
 
Tabela 8 - Variável carga horária de trabalho semanal 
Carga horária 30 – 40h 41 – 50h 51 – 60h Acima de 60h Total 
Quant./% 
12 
55% 
4 
18% 
1 
4% 
5 
23% 
22 
100%

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