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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Resenha Crítica de Caso Suzana Kelly do Amaral Caldas Trabalho da disciplina Atenção psicossocial e uso de álcool e drogas Tutor: Prof. (que atua no fórum) Rio de Janeiro 2021 http://portal.estacio.br/ 2 CASO FAMÍLIA FLORES Referência: DESCONHECIDO, Autor. Caso Família Flores. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/downloadArquivo.asp? CodAnexo=48321&NomeArquivoSistema=Biblioteca_48321&NomeArquivo= SO%20FAM%C3%8DLIA%20FLORES.doc&IdCurso=PG0079. Acesso em: 11 março de 2021. O presente estudo de caso nos conta a história da família Flores, que é formada por 4 membros a começar pela mãe que se chama Vilma, de 62 anos, e seus 3 filhos se chamam Sérgio, 27, João, 30, e Ron, 35 anos de idade. Todos os membros dessa família possuem demandas para receber tratamento em saúde mental, além de possuírem importantes questões biopsicossociais que podem ser atendidas pela RAPS. Os profissionais do CAPS organizaram uma visita domiciliar à família Flores, porém Vilma os recebeu dizendo que ela e seus filhos não precisavam de ajuda. No texto apresentado, refere-se a uma casa de três cômodos localizada em terreno térreo no topo de um morro, também diz que o banheiro externo de casa não possui acesso à rede de água e esgoto. A família vive em um ambiente insalubre, sem geladeira e em meio a muita desorganização. Um dos filhos de Dona Vilma, Rony, dorme em uma barraca de camping no quintal, local onde há muito lixo e sujeira acumulados. O filho mais novo, Sérgio, tem crises de curta duração caracterizadas por confusão mental, ideias opostas e abuso de múltiplas drogas e bebidas. No meio de seu discurso, ele relatou que vivem em péssimas condições sem necessidade, pois atualmente recebem uma pensão de seu pai, que era oficial de justiça e faleceu. Sérgio é inteligente, concluiu o ensino médio e tem outros domínios como tocar violão e participar do exame do ENEM com o objetivo de ingressar no ensino superior. Vilma apresenta episódios maníacos de conteúdo místico-religioso e episódios depressivos com sintomas pronunciados de reverência e isolamento. João, o filho do meio, também é 3 inteligente e consegue trabalhar, mas luta para se manter no emprego devido às crises em que usa drogas em excesso, colocando-se em risco. Dona Vilma foi para a UBS da Família a partir de sua referência durante uma crise em que tinha uma ilusão de conteúdo místico religioso que ela acreditava afetar sua pressão arterial. Vilma foi atendida por uma técnica de enfermagem que verificou a pressão e mandou que voltasse para casa porque estava com pressão normal. Nesse momento, o vínculo foi rompido, pois Vilma estava muito chateada e disse que nunca mais voltaria para esta unidade. Seu filho Sérgio também foi para o UBS em outro momento porque era um verme, mas apesar do respeito pela equipe, o serviço foi negado por estar bêbado. No dia seguinte, ele apareceu no CAPS mostrando confusão e mudança ao relatar o que havia acontecido no dia anterior. João deu entrada no hospital geral da cidade com sintomas de intoxicação aguda devido ao uso de muitos medicamentos além dos sintomas padrão, também chorava muito e parecia desesperado. Ficou hospitalizado por três horas, monitorado apenas até a resolução dos sintomas de envenenamento, teve alta ainda se sentindo mal e sem prescrição de medicamentos. Embora João esteja sendo observado no CAPS e esse fato seja do conhecimento do hospital, o CAPS nunca foi informado de que estava procurando ajuda. Depois de algum tempo, João fez alguns exames e descobriu que ele tinha cirrose hepática. Pelo histórico médico da família, Vilma e Sérgio podem ter procurado a rede médica diversas vezes para chamar a atenção para outras necessidades, mas em ambas as vezes apresentavam comportamentos que indicavam mudanças na saúde mental, o que significava tratamento. Nunca mencionou que houve uma conversa apontando para um mau funcionamento da rede médica, e também mostrou a importância de qualquer tipo de funcionário do serviço ter os conhecimentos mais básicos para identificar suas necessidades de saúde mental. Os usuários devem buscar atendimento, estar atentos às doenças fora do corpo e ter cuidado. Por falta de comunicação e identidade, esses familiares não podem mais ser encaminhados ao CAPS e receber o tratamento necessário para seus transtornos mentais e comportamentais. Por outro lado, João procurou atendimento porque apresentava sintomas físicos relacionados à doença primária, que eram de ordem mental, e não recebia tratamento satisfatório, pois o hospital o tratava de forma honesta por seus motivos. tratamento. Portanto, este hospital é considerado uma existência psicossocial biológica, havendo mais possibilidades a serem exploradas a fim de proporcionar um tratamento adequado ao João. 4 Além de não haver comunicação entre os serviços da RAPS, poderia haver encaminhamento à UBS para possível investigação e tratamento de doenças relacionadas aos medicamentos, como foi o caso de João, que posteriormente teve diagnóstico de cirrose. Nesse caso, pude perceber também que o usuário em questão pode ter recebido o tratamento mais humanizado, uma vez que, segundo o relato, não havia recebido medicamento para alívio dos sintomas de intoxicação aguda, o que por si só é um caso grave. Pode-se dizer também que, em ambas as situações, o tratamento dos familiares fez com que nenhum vínculo fosse estabelecido com esses serviços, o que dificultava o acesso entre eles para que pudessem receber atenção integral à sua saúde em uma comunidade biopsicossocial diferente.
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