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Contratação Eletrônica e o Código de Defesa do Consumidor

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Aula 5: O contrato via web
Contratação a distância
Analisaremos agora a problemática da contratação eletrônica à luz dos princípios legais existentes, e, ainda, a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor nas relações estabelecidas via web. 
Chamamos de contratação a distância o contrato formalizado por meio eletrônico, que não possui a presença física simultânea das partes no mesmo lugar, e no qual as partes expressam seu consentimento quanto à origem e ao destino por meio de equipamentos eletrônicos de processamento e armazenamento de dados conectados por meio de cabo, rádio, meios óticos ou eletromagnéticos.
A forma mais conhecida de uma contratação eletrônica é aquela em que as partes em uma relação negocial utilizam computadores e redes de telecomunicação para emitirem suas declarações de vontade contratual, isto é, as ofertas e as aceitações contratuais.
Características de contratos 
O meio de celebração de um contrato pode-se dar pelo intercâmbio eletrônico de dados, como na hipótese em que os agentes enviam suas declarações de vontade, ou ainda quando apenas uma das partes se manifesta de forma eletrônica (e-mail) e posteriormente a recebe o instrumento físico (contrato escrito).
O cumprimento do contrato pode ser absolutamente digital quando o bem é digital – músicas, toques de celular... – e a moeda também – cartão de crédito, débito automático –, ou poderá ser o bem digital e o pagamento físico – cheque ou em banco.
Finalmente, a execução dos contratos pode ocorrer em tempo real, como no caso de uma cláusula penal com débito automático.
Sendo assim, quando a aceitação contratual emitida deste modo coincide com os termos da oferta também emitida por meios eletrônicos, concluimos que estamos diante de um contrato eletrônico.
Sujeitos e objeto do contrato
O pressuposto básico para a validade de um contrato é que seus agentes sejam capazes de exercer os atos praticados na vida civil, e que o elo entre eles tenha sua natureza idônea. Por isso, o objeto de uma relação contratual deverá sempre ser lícito e possível, pouco importando o meio empregado para a realização, desde que idôneo.
Uma questão intrigante na contratação a distância sempre foi a legitimidade dos contratantes – por mais que o objeto fosse lícito, os agentes não possuíam absoluta certeza de quem estariam contratando, e, ainda se o contratante era capaz.
A medida provisória 2200-2 criou o ICP-Brasil, que diminuiu este tipo de questionamento. Por meio de entidades certificadoras foram criadas chaves encriptadoras e decriptadoras, que são capazes de identificar os contratantes.
	
		Art. 1º – Fica instituída a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras. 
	
Muito ainda se discutirá sobre o tema, como pretende o projeto de Lei nº 7316/2002 , porém o primeiro passo foi dado no intuito de suprir tal dificuldade.
Espécies de contratos
Desumanização dos contratos 
O contrato desumanizado deve ser verificado com mais ressalvas ainda, posto que a desumanização acaba por objetivar no consumidor um vício na vontade de contratar. Vejamos:
Ao acessar um sistema de um banco, X encontra as seguintes opções de empréstimo de R$1.000: 
· opção 1 – 12 x r$ 100;
· opção 2 – 18 x r$ 75; 
· opção 3 – 24 x R$ 60.
Verifiquem que, neste momento, só o banco manifestou sua vontade, criando uma falsa sensação de poder de escolha ao consumidor. Dessa maneira, um dos requisitos essenciais, qual seja, o da vontade das partes, pode ser prejudicado. Sendo assim, o contrato não será anulado, mas se uma cláusula manifestar-se de forma desproporcional em relação ao consumidor, desrespeitando qualquer princípio, será considerada nula de pleno direito.
Princípio da vulnerabilidade, princípio da confiança e a desterritorialização das transações
Inegavelmente, o consumidor que contrata pela internet encontra-se vulnerável. As técnicas de marketing evoluíram tanto que, por muitas vezes, o consumidor acaba por absorver produtos ou serviços sem mesmo desejar. Seja pela adoção de mensagens subliminares (qualquer estímulo não captado – em nível de consciência – por estar abaixo dos limites sensoriais receptores), utilização de cores, entre outras.
O comércio eletrônico cresce de forma exponencial, os lucros se tornam maiores e os fornecedores são conhecidos em todo planeta. Surgem, dessa forma, as marcas mundiais que rompem barreiras até então intransponíveis, fazendo com que o consumidor passe a acreditar nelas.

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