Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
, 1 Acúmulo de gorduras neutras no citoplasma de células que não as armazenam. Fígado, túbulos renais e miocárdio, alem de esqueléticos e pâncreas. Interferência no metabolismo de ácidos graxos da célula: Aumentando a captação/ síntese ou dificultando a utilização/ transporte/ excreção. Os hepatócitos utilizam ácidos graxos da circulação para: 1. Síntese de colesterol 2. Síntese de ácidos graxos complexos (fosfolipídios) 3. Geração de energia (β-oxidação) Glicerídeos no REL → complexo de Golgi → apoproteinas → lipoproteína → vesículas → espaço de Disse (microtubulos e microfilamentos). Triglicérides da alimentação → fígado → quilomícrons Açucares e proteínas em excesso → fígado → VLDL Lípase lipoproteinica: vasos → quebram quilomícrons e VLDL em ácidos graxos + glicerol Lipase hormônio-sensível: adipócitos → mobiliza lipídeos. Ativada por adrenalina e inibida por insulina Agentes lesivos que causam esteatose: Maior ingestão ou lipólise aumentada (DM descompensada, jejum ou desnutrição – falta de insulina) Excesso de Acetil-CoA por parada do ciclo de Krebs Carência de ATP – menor produção de lipídeos complexos – acumula triglicérides Defeitos nas apoproteinas Alterações do citoesqueleto – difícil secretar. Defeitos celulares (tetracloreto de carbono – lesiona o RER) A causa mais conhecida é o ETANOL. Metabolização do etanol: Microssomal (MEOS) – citocromo P450 (CYP2E1) Álcool-desidrogenase (ADH) – NAD → NADH Catalase – peroxissomos. Nas três vias, o produto final é o Acetaldeído → mitocôndrias → convertido em acido acético e acetil-CoA (Aldeído- desidrogenase ALDH). Esteatose do etilismo: NAD é usado no metabolismo de lipídeos e do álcool, na ingestão alcoólica há menos NAD para os lipídeos. Maior disponibilidade de acetil-CoA (aldeído → acetil- CoA) Radicais livres do acetaldeído atrapalham o transporte pelo citoesqueleto Desnutrição Redução da síntese de ATP → acúmulo de Acetil-CoA → vira triglicerídeos + dificulta a sintese de lipídeos complexos → triglicerídeos Carência de proteínas → carência de fatores lipotroficos para produção de lipídeos complexos e carência de apoproteínas + mobilização de tecido adiposo → mais ácidos graxos para o fígado. Agentes tóxicos → lesam o RER → reduzem síntese de proteínas Não é regra geral: nem toda deficiência de proteínas leva a esteatose. É mais comum em crianças. : Obesidade central (circunferência abdominal > quadril) Dislipidemias Intolerância a glicose + resistência a insulina HAS Esteatose visceral Aumento do risco de doença cardiovascular e DM2 Nela, ocorre esteatose no fígado, ilhotas de Langerhans, miocárdio e músculos esqueléticos. Maior oxidação → radicais livres → lesa citoesqueleto → dificulta transporte. Pode evoluir para esteato-hepatite: esteatose + corpúsculos de Mallory-denk + degeneração hidrópica e fibrose → pode evoluir para cirrose. Aumento de ceramida → apoptose de hepatócitos Radicais livres → inflamação → citocinas → fibrose Ácidos graxos nas células β pancreáticas → ceramida → apoptose → DM 2. Algumas esteatoses tem patogênese obscura, como a esteatose microvesicular aguda da gravides e a síndrome de Reye → parece ser um defeito mitocondrial na oxidação de lipídeos. 2 Tetraciclina → alteração na excreção de vesículas de lipoproteínas. Muitos ácidos graxos → ceramida → apoptose celular Rompimento de hepatócitos → lagos de gordura → reação inflamatória Embolia gordurosa No etilismo pode vir acompanhada de fibrose → cirrose No coração pode agravar a insuficiência do órgão. Como é reversível, em etilistas, a abstinência reduz o quadro. MACROSCOPIA: fígado aumenta de volume e peso, diminui consistência e apresenta coloração amarelada. Coração pode ser difusa, tornando-o pálido com consistência reduzida, ou em faixas, coração tigróide. MICROSCÓPIO DE LUZ: pequenas vesículas ou lipossomos. Começa de tamanhos variados → fusão → grandes vacúolos → núcleo periferia. Esteatose macrovesicular: grande vacúolo com núcleo na periferia. Esteatose microvesicular: pequenas gotículas com núcleo central. (Raro) Triglicerídeos se dissolvem no álcool e no xilol usados nas coloração → crioscopia e coloração com Sudam vermelho (III) ou negro (Sudam IV) e o óleo vermelho O. Seta azul: macrovesicular. Seta preta: microvesicular Acúmulo de outros lipídeos que não os triglicerídeos → colesterol e seus ésteres. Localizadas ou sistêmicas. De forma localizada pode se acumular: Artérias (aterosclerose) Pele (xantomas) Locais com inflamação cronica : Doença inflamatória caracterizada por depósitos de colesterol, ésteres de colesterol, fosfolipídios e glicerídeos na camada intima de artérias de médio e grande calibre. Depende de fatores genéticos (metabolismo lipídico, resposta inflamatória) e ambientais (dislipidemias, HAS, DM, tabagismo, etc) PATOGÊNESE: Agressão ao endotélio (diversas causas, até mesmo dislipidemia) gera: Aumento dos espaços interendoteliais → penetra lipideos Adesão e agregação plaquetária LDL oxidada → sintese de TNF-α e IL-1 → células endoteliais exibem mais moléculas de adesão e produzem citocinas → diapedese de monócitos O espessamento da intima ocorre já nos primeiros dez anos de vida, como um fenômeno adaptativo as condições 3 hemodinâmicas, mas não há muitos depósitos lipídicos, na verdade há: Macrófagos contendo ou não colesterol Linfócitos e células musculares lisas contendo lipídeos Com o passar dos anos (quinta década) surgem as placas ateromatosas → placa mole, fibrosada, complicada por trombose ou hemorragia, calcificada. O ateroma faz uma saliencia na luz do vaso. PLACA MOLE: Lipideos (cristais de colesterol) + restos celulares + células espumosas (macrófagos e celulas musculares com colesterol) + macrofagos e celulas musculares lisas sem colesterol + linfócitos e mastócitos. Nas margens há deposição de MEC com poucas células lisas e poucas fibras colagenas e elasticas. Placa instável → risco de sofrer complicações. PLACA FIBROSADA: na região subendotelial existem mais celulas musculares lisas e fibras colágenas. No núcleo, existem menos celulas espumosas, colesterol e células inflamatórias Placas estáveis → risco menor de fissuras, erosões, hemorragias e tromboses. PLACA COMPLICADA: sofreram fissuras, erosões ou rachaduras, normalmente provocadas por metaloproteases produzidas pelos macrófagos → trombose. Quanto maior a inflamação → maior o numero de macrófagos → metaloproteases, inibidor do ativador do plasminogênio e citocinas (tornam o endotélio mais coagulante) CALCIFICAÇÕES: extensa ou focal. São geralmente estáveis. Núcleo de ateroma com numerosas células espumosas (setas), envolto por cápsula fibrosa (F). (*) Indica área de matriz amorfa no núcleo da placa Detalhe de A, evidenciando as células espumosas (setas). Detalhe de núcleo de ateroma recente, com abundante colesterol extracelular, depositado em forma de cristais romboides (setas). Macrófagos absorvem o colesterol → células espumosas → maior excreção para a matriz → morrem por apoptose ou necrose → depósito extracelular. Intima de pequenas artérias e arteríolas → rim e encéfalo de portadores de HAS. É diferente pois acumulam-se associados a proteínas → depósitos lipo-hialinos + elastose + fibrose Nódulos/placas na pele. Amarelados quando superficiais. Aglomerados de macrófagos carregados com colesterol (espumoso). Comum em pessoas com hipercolesterolemia Doenças raras autossômicas recessivas → ausência de alguma enzima lisossomal (hidrolases) → acúmulo de esfingolipídios em lisossomos contendo o lipídeo. Para cada enzima que falta existe uma doença. As mais graves são o cérebro e as células do SER DOENÇA DE GAUCHER: Deficiência de β-glicosidase → acumulo de glicosil-ceramido (cerasina) em célulasdo SER (baço, fígado e medula óssea) Células de Gaucher: macrófagos muito aumentados Hepatoesplenomegalia Retardo mental em crianças. DOENÇA DE NIEMANN-PICK: Deficiência de esingomielinase → esfingomielina. Hepatoesplenomegalia, retardo mental severo e morte precoce DOENÇA DE TAY-SACHS: Deficiência de hexosaminidase A → gangliosídeo GM2 → neurônios de todo o SNC → células abalonadas e degereneram- se. Na retina → sinal de tay ou macula em cereja. Amaurose e severo retardo mental, morte em 1 ou 2 anos. 4 Doenças genéticas → deficiência de enzimas (8) da degradação de glicogênio → acúmulo nas células do fígado (exportação), rins, músculos esqueléticos (fonte emergencial) e coração → lisossomos ou citosol. DM → reabsorção de glicose em excesso no filtrado glomerular → glicogenose em células tubulares renais. DOENÇA DE VON GIERKE: TIPO I Deficiência de glicose-6-fosfatase em hepatocitos e células tubulares renais. Notada aos dois anos, morte precoce. Autossômica recessiva. Retardo de crescimento e mental. Hepato e renomegalia. Hipoglicemia → convulsões. citoplasma claro e vacuolado DOENÇA DE MCARDLE: TIPO IV Deficiência de fosforilase em células musculares esqueléticas Notada em adultos, curso benigno e restrito aos músculos → caibras aos exercícios + fadiga facil + incapacidade de trabalho intenso e prolongao Pode haver mionecrose e mioglobinúria ao exerciciop intenso. Acumulos sarcolemais de glicogenio → bolhas vazias
Compartilhar