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INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM UMA CRIANÇA COM TDAH DO TIPO DÉFICIT DE ATENÇÃO

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1 
PSICOPEDAGOGIA- IDAAM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÂNGELA VIEIRA- 
 Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO 
Prof. Mestra em Educação e Psicóloga- CRP 0687- 20ª região. 
PSICOPEDAGOGIA 
TITULO: 
ORIENTADORA: ÂNGELA VIEIRA- Mestra em Educação e Psicóloga (CRP 0687). 
EQUIPE 
1- Ângela Maria Macedo Vieira 
2- Douglas Gonçalves Vilhena 
3- Greice Jane da Silva Falcão 
4- Janaína de Souza Menezes 
 
 
 
 
 
2 
PSICOPEDAGOGIA- IDAAM 
 
COORDENAÇAO DE EDUCAÇÃO. 
PROJETO BÁSICO PARA TCC/PBL 
LIDER: 
PARTICIPANTES DA EQUIPE: 
1- Ângela Maria Macedo Vieira 
2- Douglas Gonçalves Vilhena 
3- Greice Jane da Silva Falcão 
4- Janaína de Souza Menezes 
CADERNO 1. 
 
TEMA ESCOLHIDO 
( x ) Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade –TDAH. 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 
TITULO: 
CARATERISTICA DO LOCAL DE PESQUISA: 
1-QUADRO SINTESE 
Nome da 
Escola 
Endereço 
/bairro 
Nome do 
Diretor 
Número de 
alunos 
Número de 
professores 
Número de 
funcionários 
Escola 
Municipal 
Biólogo 
Adolpho 
Ducke 
 
Rua: São 
Marcos S/N, 
Cidade de 
Deus. 
José 
Nepomuceno 
da Silva 
1050 alunos 
(Matutino e 
Vespertino) 
25 professores 
no Ensino 
Fundamental I 
10 
funcionários. 
 
2-O QUE REGISTRA O PROJETO POLITICO PEDAGOGICO DA ESCOLA: 
A Escola Municipal Biólogo Adolpho Ducke está localizada na Rua São Marcos S/N, 
no Bairro Cidade de Deus, situado na Zona Leste de Manaus. A escola iniciou suas atividades 
em março de 2003, onde funcionava como Anexo da Escola Municipal Raul de Queiroz 
Menezes Vargas, através de um prédio alugado em caráter de urgência pela SEMED para 
atender a demanda de alunos do Ensino Fundamental. 
 
 
 
3 
PSICOPEDAGOGIA- IDAAM 
No ano de 2008, a instituição deixou de ser anexo da EMEF Raul Veiga e passou a 
ser EMEF Biólogo Adolpho Ducke, conforme seu ato de criação LEI nº 1229 DF 02/04/2008 
Manaus/AM. Pela conjunção dos esforços de todos os envolvidos, a escola tem o papel 
fundamental de fornecer conhecimentos e possibilidades de crescimento educacional, 
emocional e social, contribuindo para a formação de cidadãos que tenham condições plena e 
ativa participação no meio em que vivem, observando criticamente, relacionando-se, lendo e 
interpretando a grande quantidade de informações existentes, questionando e contribuindo 
para as transformações na sociedade. A escola, portanto, deve considerar as necessidades e 
habilidades do educando enquanto ser social em formação. 
O grande desafio amplamente discutido e hoje construído junto com os professores, 
dirigentes, pais e alunos é o do acesso a um ensino de qualidade para todos, pois, no decorrer 
do cotidiano escolar há inúmeros desafios, e é por meio do Projeto Político Pedagógico (PPP) 
que se tem a possibilidade de vivenciar plenamente a cidadania. 
Através da construção do Projeto Político Pedagógico, a escola torna-se um espaço 
autônomo de criação, recriação e continuidade de saberes compatíveis com suas metas 
traçadas, com sua visão de mundo, de sociedade, de educação, canalizando sua atenção para a 
formação da autonomia do sujeito, viabilizando possibilidades para o exercício pleno de sua 
cidadania, comprometida com a democracia e a formação do homem cidadão, a escola ainda 
necessita melhorar suas práticas ou organização, para assim, conseguir oferecer mais 
qualidade de ensino para os alunos que nela habitam. 
 
3- OBSERVAÇÕES DA EQUIPE: 
As observações da equipe durante a visita à Escola Municipal Biólogo Adolpho 
Duche foram extremamente relevantes. Apesar de o prédio ter apenas 6 anos de uso, a pintura 
por dentro ainda é antiga e os corredores possuem pouca luminosidade. A escola nos mostrou 
que há uma limpeza frequente em suas dependências. Ao chegarmos na escola, fomos 
recepcionados pela secretária Socorro, que nos encaminhou até a sala do gestor José 
Nepomuceno. O mesmo nos acolheu e nos dirigiu até a sala da professora Amélia do 3º ano, 
onde segundo o próprio diretor, encontra-se o maior número de crianças com diferentes tipos 
de transtornos apontados pela gestão e professores, sendo alguns desses alunos prescritos com 
laudos e outros não. 
As salas de aulas são amplas, com capacidade de atender a quantidade de alunos. Os 
banheiros possuem portas largas para cadeirantes, porém necessitam de melhorias em sua 
 
 
 
4 
PSICOPEDAGOGIA- IDAAM 
tubulação. Durante o recreio, há um tempo de duração de 15 minutos para cada ano. Todos 
fazem filas na cantina para receber seu lanche que é servido pelas cozinheiras; ao lado, ficam 
as mesas do refeitório onde todos sentam para lanchar. Ao final do intervalo para recreio, 
todos fazem fila junto à professora para retornarem à sala de aula. 
A escola não possui quadra de esportes. A disciplina de Educação Física é realizada 
no pátio e, este apresenta um espaço amplo, porém não apresenta as condições necessárias 
para a prática esportiva. As atividades desenvolvidas durante a prática da modalidade geram 
conflito, pois alguns professores reclamam do barulho e que o mesmo atrapalha o bom 
andamento das aulas das demais séries naquele momento. 
A sua estrutura apresenta 16 (dezesseis) salas de aula, 1 (uma) sala de direção em 
conjunto ao setor pedagógico, 1 (uma) secretaria, 1 (uma) sala para professores, 1 (um) 
depósito de merenda e materiais, 4 (quatro) banheiros para alunos, sendo 2 (dois) no térreo e 
2 (dois) no 1º andar, 2 (dois) banheiros para professores 1 (um) para deficiente, 1 (uma) 
Biblioteca, 1 (uma) cozinha. 
 Pela nossa observação geral, a escola não disponibiliza de uma sala com multimídias e 
nem de Psicopedagogos para atenderem as crianças que apresentam alguma dificuldade de 
aprendizagem e a utilização de materiais diferenciados para que assim, possa se desenvolver 
um trabalho consistente. Também foi observado que alguns professores não conseguem lidar 
com questões de inclusão, porém a professora Amélia (indicada para nossa pesquisa), 
demonstrava conhecimento dos fatos que ocorrem em sua sala de aula e a mesma busca 
alternativas para auxiliar esses alunos no processo de aprendizagem. A mesma tem as 
características para trabalhar com esses tipos de inclusão social. 
JUSTIFICATIVA DO TEMA ESCOLHIDO: 
 O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma dificuldade de 
aprendizagem específica que é caracterizada pela disfunção neurológica do córtex pré-frontal 
dorsolateral que é responsável pela atenção, contudo, está pesquisa tem valor significativo 
para contribuir em ações diferenciadas do professor mediante o aluno, possibilitando 
estratégias para que a criança supere dificuldades sociais, educacionais e emocionais. 
 Segundo Barkley (2008), em 1902, o pediatra inglês George Still, apresentou o 
TDAH, na qual observou alterações no comportamento de várias crianças que atendia, 
acreditando que tais comportamentos não estavam ligados a questões emocionais, mas sim a 
questões biológicas e que era praticamente impossível de detectar. Still observara que as 
crianças apresentavam em comum, grande inquietação, déficit de atenção e dificuldades de 
 
 
 
5 
PSICOPEDAGOGIA- IDAAM 
aprendizagem. 
 É cada vez mais comum encontrar na escola, estudantes que apresentam o TDAH e 
muitos são confundidos com jovens que possuem mal comportamento, que resistem às 
orientações do professor, ficam inquietos, agitados e ansiosos mediante determinada situação. 
Esses estudantes não conseguem se concentrar, questionar, refletir sobre algum problema 
apresentado em sala de aula, o que os deixam “atrasados” em relação aos demais colegas. Em 
algumas situações apresentam os índices de repetência, baixo rendimento escolar, evasão e 
dificuldades emocionais e sociais (MAIA et al., 2015). 
 A relevância por esta pesquisa sucedeu-se pelo cuidadoem conhecer as dificuldades 
de aprendizagem específicas, que ocorrem durante a aprendizagem de uma criança na escola. 
Esta percepção auxiliará o trabalho pedagógico de maneira direta e clara, buscando pleno 
êxito no desenvolvimento da criança, inserindo-a na sala de aula através de técnicas 
inclusivas, proporcionando desenvolvimento cognitivo nas instituições de ensino regular. 
 
DESCRIÇAO DO PROJETO: 
a) METODOLOGIA 
Será utilizada uma pesquisa descritiva exploratória de cunho qualitativo. Segundo 
GIL (2011) considera que há uma relação dinâmica particular, contextual e temporal entre o 
pesquisador e o objeto de estudo e é fundamental para dar significado às respostas. Trata-se 
de uma pesquisa exploratória e descritiva, com estudo preliminar realizado com a finalidade 
de melhor adequar o instrumento de medida à realidade que se pretende conhecer. 
A pesquisa a ser realizada neste trabalho será bibliográfica, isto porque fará uma 
revisão da literatura sobre o TDAH. Envereda-se também pelo método qualitativo, sendo a 
mesma praticada por meio de uma observação direta e indireta. A observação direta será 
realizada dentro da sala de aula do ensino regular com uma criança de 10 anos em uma escola 
municipal da cidade de Manaus, que atualmente cursa o 3º Ano do Ensino Fundamental I 
(criança com distorção de série) e que não possui laudo médico, porém apresenta todas as 
características do transtorno de aprendizagem: o TDAH. Já a observação indireta consistirá na 
entrevista com a professora e familiares, além da aplicação de uma ficha de anamnese e da 
Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem- EOCA. A pesquisa utilizará livros, artigos, 
publicações que fazem menção às dificuldades dos discentes que apresentam o TDAH, 
elencando metodologias e intervenções para o auxílio do docente no processo de ensino-
aprendizagem, contribuindo para a uma melhor interação entre professor-aluno, aluno-aluno 
 
 
 
6 
PSICOPEDAGOGIA- IDAAM 
possibilitando um avanço na aprendizagem dos mesmos. 
b) CRONOGRAMA BASICO DO PROJETO 
 
ATIVIDADES 1º 
Encontro. 
2º 
Encontro. 
3º 
Encontro. 
4º 
Encontro. 
1º Encontro 
1.1-Encontro com a tutora para 
a escolha dos temas e divisão 
das equipes e seus 
componentes. 
1.2- Visita para o 
reconhecimento da escola e 
agendamento para elaboração 
do projeto. (Levar Oficio). 
1.3-3-Visita a escola para 
aplicação da testagem (TDAH) 
(conversa com a professora 
.(Cad.1) 
20/09/2018 
2º Encontro 
2.1-Encontro com a família. 
(Anamnese)(Cad.2) 
2.2-Aplicação da EOCA á 
criança(CAD 3) 
 11/102018 
3º Encontro 
3- CADERNOS 4 
3.1 Analise do Teste Aplicado 
3.2-Identificação do tipo de 
TDAH- apresentado pelo 
testando. 
3.3-Estatística contendo soma 
dos itens e gráficos alusivos aos 
transtornos. (NOTA E 
PERCENTIL) 
 25/10/2018 
4º Encontro 
Cadernos 5 e 6. 
Relatório final e BANNER 
 14/11/2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
PSICOPEDAGOGIA- IDAAM 
RELATORIO DO PRIMEIRO ENCONTRO 
Objetivo: Visita à escola e conversa com a professora da criança. 
 
ASPECTOS À RELATAR: 
1. ASPECTOS FISICOS DA ESCOLA (Localização, número de alunos, salas professores e 
auxiliares). 
2. PROJETO POLITICO PEDAGOGICO: COPIA (ANEXO 1) 
3. ANEXAR ENCAMINHAMENTO (ANEXO 2) 
4. PROCEDER RELATORIO DO ENCONTRO COM A PROFESSORA (inclusive o porquê da escolha 
da criança). 
 
 
RELATORIO DO SEGUNDO ENCONTRO 
Objetivo: elaborar 2(dois relatórios) 
1.- Preenchimento da Anamnese com a família e após proceder o Relatório de Observação. 
2.-Aplicação da EOCA na criança após proceder o Relatório de Observação. 
 
 
 
RELATORIO DO TERCEIRO ENCONTRO 
Objetivo: Estatística e Analise da pesquisa contendo soma dos itens e gráficos alusivos aos 
transtornos. (CADERNO 4) 
 
 
 
RELATORIO DO QUARTO ENCONTRO 
RELATORIO FINAL (CADERNO 5). 
Fundamentação teórica (CADERNO 6 – ) 
 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
 
CADERNO 2 
MODELO DE ANAMNESE PSICOMOTORA 
Orientação: 
A Anamnese, ou entrevista com o familiar mais próximo do aluno que se encontra sobre 
investigação PSICOMOTORA, é uma das ferramentas mais importantes, durante o processo 
de avaliação. Quase sempre, quando o informante, de preferência, a mãe do aluno, quando 
se mantém fiel às informações, sem omitir fatos importantes, assinala o caminho dos 
próximos passos que vão direcionar o fechamento de um diagnóstico ou AVALIAÇÃO 
PSICOMOTORA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
 
Relatório de Anamnese Psicopedagógica 
 
1-DADOS DE IDENTIFICAÇAO 
Nome do aluno: Andrey Gabriel Guedes da Silva 
Data de nascimento: 03 de Maio de 2010 Idade: 8 anos e 5 meses 
Naturalidade: Igarapé-Miri/PA 
Escola: Escola Municipal Adolfo Ducke 
Serie/ano: 3º ano do Ensino Fundamental Turno: Matutino 
Filiação: (mãe) – Maria Elizabeth Guedes da Silva (adotiva) 
 (pai) – Anderson Moraes Gonçalves (falecido) 
Endereço: Rua São Bento, nº 718, bairro Cidade de Deus 
Telefone: (92) 99198-0602 
 
2-MOTIVO DA AVALIAÇÃO 
O aluno foi indicado pelo Gestor escolar para investigar quanto à questão de 
leitura e interpretação, desorganização, dispersão e agressividade. Precisa de ajuda na 
conclusão de tarefas e avaliações escritas. Verificar o tempo de processamento cognitivo 
e a preocupação com o bom desempenho escolar. 
 
3-FAMÍLIA 
Segundo o relato da mãe adotiva, na época da concepção da criança, a mãe 
biológica vivia com mais dois filhos, a avó biológica, uma tia materna, e atualmente a 
criança vive apenas com a mãe adotiva que tem 47 anos e exerce a profissão de 
costureira. A criança vive com a mãe adotiva desde os 11 meses de idade, período em 
que a mãe biológica deixou a criança para tratar uma doença pulmonar e desapareceu, 
quando voltou para busca-lo, desistiu e o abandonou novamente. 
A religião adotada pela família é o Candomblé e o Espiritismo, porém o aluno 
ainda não desenvolveu a vontade de seguir as mesmas. Apresenta uma vida social ativa, 
com muitos encontros para almoços sociais com amigos da mãe e demonstra um ótimo 
relacionamento com filhos dos demais amigos da mãe. 
A criança tem bom relacionamento com a mãe, a irmã e com seu antigo padrasto. 
No momento atual, a mãe ficou desempregada e voltou para casa da mãe, para ajudar nas 
despesas, faz serviços de costureira para ajudar a família a sobreviver. 
 
4- GESTAÇÃO/NASCIMENTO 
A gravidez não foi planejada e por ser considerada pela mãe biológica uma 
experiência desagradável, pois a mesma gostava muito de estar em festas com amigos e 
também fazia uso de drogas lícita e ilícitas, de acordo com a mãe adotiva. Não fez 
acompanhamento gestacional e raramente buscava acompanhar sua saúde em unidades 
clínicas. 
O parto foi cesáreo e ao nascer, o bebê precisou de oxigênio e ficou na 
incubadora, pois o mesmo nasceu com 7 meses (prematuro), pesando 2 kg. Demorou 
para chorar e precisou ficar internado na UTI. 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
 
5-ALIMENTAÇAO 
Ao sair da unidade hospitalar pública, a criança foi amamentada até os 11 meses 
de idade e após a mãe o deixar com a atual mãe adotiva para fazer procedimentos 
clínicos, a criança passou a ingerir mingau. Apresentou muita dificuldade para ingerir 
alimentos sólidos, devido gostar de comer alimentos triturados no liquidificador. 
Atualmente, consome qualquer tipo de alimento, não fazendo seleção de determinados 
alimentos, contudo, apresenta muita lentidão para terminar o consumo dos alimentos. 
 
6-SAÚDE 
 De acordo com a mãe, a criança tem sua vacinação completa e atualizada nas 
unidades de saúde pública. Já teve catapora, bronquite, pneumonia, infecções e febre alta 
constante, mas nunca fez ou necessitoufazer tratamento hospitalar. Teve otites com 
quatro e seis anos. Não faz uso de medicamento e nunca fez cirurgias. 
 
7-DESENVOLVIMENTO 
A criança engatinhou e começou a andar com um ano e seis meses com a ajuda 
de sua irmã biológica que o incentivava segurando suas mãos. Sempre seguro e corajoso, 
desenvolveu sua coordenação motora grossa naturalmente e com facilidade. Atualmente 
é agitado. Começou a falar com um ano, sendo incentivado por sua irmã através da 
repetição de palavras no início. Apresentava bom desenvolvimento na fala. Consegue 
contar histórias com detalhes e com fala clara. Sua fala é comum, como as demais 
crianças com dificuldades não aparente. 
Ainda segundo a mãe, a criança consegue fazer suas atividades diárias (banho, 
almoço, etc.) de forma independente, sem a necessidade de supervisão da mãe. Dorme 
sozinho em um quarto com mais três pessoas. Dorme 9 horas por noite, sendo difícil 
acordar durante o sono, mas mexe-se e às vezes faz ruídos pela boca. 
Mamou no peito até os 2 meses, quando começou a alimentar-se por mamadeira 
e depois começou a ingerir alimentos triturados no liquidificador. Começou a mastigar 
com um ano e seis meses, mas se engasgava muito no início. Teve muita dificuldade 
para ingerir alimentos sólidos. Precisou de ajuda para se alimentar até os dois anos de 
idade. Atualmente come bem, porém lento. Quanto ao controle esfincteriano, retirou as 
fraudas com dois anos e seis meses, não apresentando dificuldades para se acostumar. 
Já demonstra curiosidades sexuais pelo gênero feminino e faz perguntas sobre 
sexualidade, por isso, a mãe o orienta sobre temas relacionados. Às vezes genioso, bravo 
e desorganizado, em certos momentos com temperamento forte. Quando age de forma 
desrespeitosa, a mãe relata que primeiro faz uso de conversas como forma de orientação, 
mas quando reincidente, impõe castigos diferenciados para cada situação, contudo, a 
criança age de forma mais agressiva. 
Tem acesso a televisão, ao qual entreter-se durante 4 horas por dia em desenhos 
animados de ação, gosta de jogos e revistas em quadrinho, mas não tem nenhum 
brinquedo pedagógico. Sua atividade preferida é futebol, mas pratica apenas na escola, 
durante a aula de Educação Física. Durante a brincadeira gosta de liderar e age de forma 
um pouca agressiva com outros colegas. 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
 
8-SOCIALIZAÇOES E PREFERENCIAS 
A criança não sai sem a família e tem facilidade para fazer amigos, tanto na 
escola quanto nas demais áreas próximas a sua casa, devido ser muito comunicativo. Às 
vezes inventa mentiras e tem medo de alguns animais. Gosta que leiam história de 
aventura e ação. Quer sempre participar de festas e passeios. Gosta de praticar atividades 
esportivas com colegas, principalmente futebol. O mesmo é afetuoso, cooperador, mas 
também resistente a regras. 
 
9-VIDA ESCOLAR 
Começou a frequentar unidades de ensino (creche) com um ano e seis meses, 
pois sua mãe precisava trabalhar. A escolha da creche foi por indicação de outros 
conhecidos. Se adaptou tranquilamente as unidades de ensino, mas a mãe foi alertada de 
que a criança apresentava muitas dificuldades para conseguir desenvolver as habilidades 
necessárias para aquela idade. Houve problemas de relacionamentos com o antigo 
professor, devido à falta de acompanhamento do aluno, o que dificultou o processo de 
leitura e escrita, segundo a mãe. 
Não fica receoso quando há troca de professores e frequenta a escola diariamente 
pela manhã. Família participativa da vida escolar e considera a atual unidade de ensino 
muito boa para as crianças, porque há diálogo com os pais. A professora reclama de seu 
comportamento agitado e da falta de concentração e que o desenvolvimento da criança 
não está adequado para sua idade. 
Apresenta bom relacionamento e respeito com docentes da escola. A mãe 
acredita que o trabalho psicopedagógico realizado com seu filho será muito bom, porque 
irá ajudar a tanto a mãe, quanto a escola a desenvolverem o seu filho. 
 
FINALIZANDO 
A mãe diz que gosta da responsabilidade que o filho apresenta na hora de ajudar 
nas tarefas em casa, o bom relacionamento do filho com outras crianças e a inteligência 
para se expressar quando fala, mas fica triste e com raiva quando ele age com 
desobediência. 
 
Assinaturas: 
 
Informante (grau de parentesco): Mãe adotiva. 
 
Entrevistador (função): 
 
Data: 22/10/2018 
 
 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
 
 
RELATO DESCRITIVO DA ANAMNESE 
RESPONDIDA POR:....................................................................................................... 
GRAU DE PARENTESCO:.....................................................DATA:......./........./............. 
OBSERVAÇÃO DA EQUIPE: 
 
Durante o período de coleta das informações sobre o aluno, a mãe adotiva nos atendeu 
prontamente quando solicitada, não colocando nenhuma dificuldade ou má vontade em nos 
atender para a entrevista. Ao transcorrer do diálogo com nossa equipe, a mesma se mostrou 
muito tranquila em responder as perguntas, mas em determinados momentos, observamos que 
ela apresentou está confusa sobre as informações que nos relatava e até entrar em contradição 
sobre a criança que já vive sobre os seus cuidados desde 1 ano e 7 meses de nascido. 
 Podemos observar também que as respostas das perguntas eram diretas e objetivas, 
sem detalhes, o que dificultou o enriquecimento das informações. A criança acompanho-a ao 
espaço disponibilizado para a entrevista e mostrou está à vontade ao ambiente. Ao final da 
entrevista, a mesma ficou muito agradecida pelo trabalho com seu filho e relatou que espera 
ter outros contatos para receber informações que possam ajudar seu filho a melhorar na 
escola, pois a mesma diz que tenta ajuda-lo em casa com suas tarefas escolares, mas ele não 
consegue aprender e que já não aguenta mais receber reclamações sobre o comportamento do 
filho na escola. 
 
 
 
 
1 
 
PROF. ÂNGELA VIEIRA – MESTRA EM EDUCAÇÃO E PSICÓLOGA CRP 0687 
 
EOCA -ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM 
NOME DO ALUNO: Andrey Gabriel Guedes da Silva IDADE:08 anos 
 Um instrumento de uso simples que avalia em uma entrevista a aprendizagem. 
(BOSSA, 2007.p.46) 
 
Gostaria que você mostrasse o que sabe fazer, o que te ensinaram e o que aprendeu... 
Escolaridade do aluno: 3 ano. 
 Alguma repetência? ( ) sim (x) não, Qual? ___________ 
Disciplina favorita? Matemática e Artes. 
Por quê? A mamãe me ensina. 
Desde quando? Não sei. 
Disciplina de que não gosta? Língua Portuguesa. 
Por quê? Eu não sei ler. 
Desde quando? Não sei, desde pequeno. 
Disciplina(s) indiferente(s) Língua Portuguesa Sempre foram essas? (x) sim ( ) não Por quê? 
É difícil. 
O que deseja fazer quando crescer? Quero ser policial. 
Por quê? Acho legal. 
Como foi sua entrada na escola atual? Bem. Teve outras? (x) sim ( ) não 
Como foi? Foi legal, gostava mais da outra escola. 
Você sabe por que está aqui comigo hoje? ( ) sim (x) não 
O que achou da ideia? Sim gostei. 
Você quer estar aqui ou veio porque sua mãe, o colégio ou o seu professor o obrigou? 
A professora pediu. 
Eles têm razão? (x) sim () não 
Se pudesse e tivesse que fazer algo para um aluno que se parecesse com você em sala de 
aula, o que aconselharia, a fazerem: 
Aos pais: Ajudar. 
Aos professores: Não sei. 
Você gosta de: Use este material, se precisar para mostrar-me o que você sabe a respeito 
do que sabe fazer, do que lhe ensinaram e o que aprendeu. Desenhe, escreva, faça alguma 
coisa que lhe venha à cabeça. 
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO Marque as questões observadas Em relação à temática: 
(x) fala muito durante todo o tempo da sessão 
( ) fala pouco durante todo o tempo da sessão 
2 
 
PROF. ÂNGELA VIEIRA – MESTRA EM EDUCAÇÃO E PSICÓLOGA CRP 0687 
 
(x) verbaliza bem as palavras (x) expressa comfacilidade 
( ) apresenta dificuldades para se expressar verbalmente 
(x) fala de suas ideias, vontades e desejos 
(x) mostra-se retraído para se expor 
(x) sua fala tem lógica e sequência de fatos 
( ) parece viver num mundo de fantasias 
(x) tem consciência do que é real e do que é imaginário 
( ) conversa com o terapeuta sem constrangimento 
Observação: _________________________________________ 
Em relação à dinâmica (consiste em tudo que o cliente faz) 
(x) o tom de voz é baixo 
( ) o tom de voz é alto 
(x) sabe usar o tom de voz adequadamente 
(x) gesticula muito para falar 
(x) não consegue ficar assentado 
( ) tem atenção e concentração 
(x) anda o tempo todo 
(x) muda de lugar e troca de materiais constantemente 
(x) pensa antes de criar ou montar algo 
( ) apresenta baixa tolerância à frustração 
(x) diante de dificuldades desiste fácil 
( ) tem persistência e paciência 
( ) realiza as atividades com capricho 
(x) mostra-se desorganizado e descuidado 
( ) possui hábitos de higiene e zelo com os materiais 
(x) sabe usar os materiais disponíveis, conhece a utilidade de cada um 
( ) ao pegar os materiais, devolve no lugar depois de usá-los 
(x) não guarda o material que usou () apresenta iniciativa 
(x) ocupa todo o espaço disponível 
( ) possui boa postura corporal 
(x) deixa cair objetos que pega 
( ) faz brincadeiras simbólicas 
(x) expressa sentimentos nas brincadeiras 
( ) leitura adequada à escolaridade 
3 
 
PROF. ÂNGELA VIEIRA – MESTRA EM EDUCAÇÃO E PSICÓLOGA CRP 0687 
 
( ) interpretação de texto adequada à escolaridade faz cálculos 
(Simples) escrita adequada à escolar Observação: ______________________________ Em 
relação ao produto (é o que o sujeito deixa registrado no papel) 
(x) desenha e depois escreve 
( ) escreve primeiro e depois desenha 
(x) apresenta os seus desenhos com forma e compreensão 
( ) não consegue contar ou falar sobre os seus desenhos e escrita 
( ) se nega a descrever sua produção para o terapeuta 
(x) sente prazer ao terminar sua atividade e mostrar 
(x) demonstra insatisfação com os seus feitos 
(x) sente-se capaz para executar o que foi proposto 
( ) sente-se incapaz para executar o que foi proposto 
( ) os desenhos estão no nível da idade do entrevistado 
(x) prefere matérias que lhe possibilite construir, montar criar’ 
( ) fica preso no papel e lápis 
( ) executa a atividade com tranquilidade 
( ) demonstra agressividade de alguma forma em seus desenhos e suas criações ou no 
comportamento(Não) é criativo(a)Não 
Observação: Desenha de forma simples sem muitos detalhes, não faz uso de muitas cores. 
Conclusão: As atividades lúdicas são mais atrativas para o aluno, porém tem pouca 
concentração para as atividades que envolvem leitura e escrita. 
REFERÊCIA: WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica – Uma visão diagnóstica dos 
problemas de aprendizagem escolar. 13 ed. Ver. E 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL DA EOCA (DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS APÓS 
APLICAÇÃO.) 
Durante a aplicação da EOCA com o aluno Andrey Gabriel G. Silva, 08 anos, 
matriculado na Escola Municipal Adolpho Ducke, local onde cursa o 3° ano, o aluno não 
consegue acompanhar a turma e até o presente momento, não consegue ler. 
Observamos que o aluno não possui dificuldade em relação a sua oralidade, no 
entanto no que se refere a leitura e escrita, apresenta dificuldades. Segundo Polanczyk, 
Guilherme (2014, p.120) “os principais sintomas de uma criança com TDAH são: 
dificuldade em permanecer atentos a uma atividade que necessite de espera ou que seja 
muito extensa, falta de concentração e uma demasiada inquietude”. 
Durante a aplicação, escrevi a seguinte frase: “BOM DIA”. Pedi para que ele lesse, 
porém conseguiu ler apenas o “BO”. Então, propus ajudá-lo a juntar as sílabas e ler, 
4 
 
PROF. ÂNGELA VIEIRA – MESTRA EM EDUCAÇÃO E PSICÓLOGA CRP 0687 
 
mesmo assim ele não conseguiu. A palavra “BOM” precisei ler, a palavra “DIA” ele 
conseguiu com bastante dificuldade. 
O aluno é bastante inquieto, se mexe bastante, gesticula com as mãos, olha 
bastante para os lados e levanta-se da cadeira. Pedi para que ele copiasse um texto escrito 
por mim. Observei que ele conseguiu escrever todo o pequeno texto, mas demorou 
bastante para finalizar. Durante o processo de escrita, observei uma leve irritação quando 
o aluno errava, balançava a cabeça de forma negativa e a respiração ficava mais profunda. 
O mesmo escreve com grafia legível e de forma cursiva. 
No decorrer da aplicação o aluno deu uma pausa nas respostas e começou a olhar 
para o teto e seu olhar ficou fixo por alguns segundos. No entanto, brinquei com ele 
falando sobre a camisa do time que ele estava vestindo por baixo da farda; ele sorriu falou 
que era torcedor do Flamengo e que o seu número era o 10, e então retomamos as 
perguntas. 
Em seu primeiro desenho, fez dois blocos de apartamentos. Perguntei a ele se 
morava em um; respondeu sorrindo que não, mas “- quando eu for policial eu vou morar 
em um, e um bem alto que eu veja a cidade lá de cima”. 
Já no seu segundo desenho, fez um campo de futebol. Me pediu uma régua para 
ficar tudo bem retinho. Fez um campo de grama e me relatou que gosta muito de jogar 
futebol e faz muitos gols. Pedi a ele que fizesse um ponto para mim no desenho me 
mostrando a posição que ele jogava, e o mesmo o fez. Depois, ele disse que havia errado 
o desenho, pois eram dois campos: um de grama e outro de areia. Me perguntou se eu 
sabia o que tinha lá além dos campos: eu disse que não sabia, e ele: “- adivinha?!”. Então 
falei: - brinquedos? Ele disse: - sim, muitos! 
Sugeri que ele fizesse o campo de areia em outra folha de papel, o aluno o fez, 
porém não quis desenhar os brinquedos. 
Perguntei: - você quer colorir? Ele disse que sim, porém percebi que ele usa 
poucas cores, não coloriu todo o desenho e suas artes não possuem riquezas de detalhes. 
Todavia, pedi a professora Amélia que me mostrasse o caderno de artes do aluno. Percebi 
que o mesmo também não coloria muito. Pedi para verificar os outros cadernos do 
Andrey, todos estavam rasgados, com poucas folhas e com tarefas sempre incompletas. 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
TAREFA- CADERNO - 4 
( ) Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH./RESULTADO DA 
TESTAGEM. 
APRESENTAR RESULTADO DA TESTAGEM CONTENDO: 
1-Teste Aplicado 
2-Identificação do tipo de TDAH- apresentado pelo testando. 
3-Estatística contendo soma dos itens e gráficos alusivos aos transtornos. (NOTA E 
PERCENTIL) 
4-Apontar intervenções PSICOPEDAGOGICAS para o problema de TDAH encontrado: 
 Para a escola. 
 Para a família 
 Para a Professora. 
 
 
De acordo com os resultados apresentados através de gráficos e estatística relacionada 
a identificação do tipo de TDAH com o aluno A.G.G.S de 08 anos, estudante do 3º Ano do Ens. 
Fundamental da Esc. Mul. Adolpho Ducke a partir de perguntas sobre o TDAH, o 
questionamento abordou conteúdos sobre: Déficit de Atenção, Hiperatividade/Impulsividade, 
Problemas de Aprendizagem e Comportamento Anti-Social. Foram apresentados dados 
estatísticos a partir de perguntas objetivas feitas ao aluno e familiar. Para conceituar o tipo de 
TDAH, foram abordadas a representação de dados a partir da construção de gráficos e tabela, 
análise e interpretação dos mesmos. Observou-se que o aluno apresentou fatores altos como 
Déficit de Atenção (96%), Hiperatividade (97%) e Comportamento Anti-Social (99%), com 
maior probabilidade de TDAH. Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela 01. 
 
 
No gráfico 01, a partir do escore bruto, através das perguntas relacionadas ao aluno, pode-se 
confirmar os resultados conforme a tabela 01, em que o discente apresenta TDAH com Déficit 
de Atenção (80%). 
 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
Entretanto, quais as intervenções psicopedagógicaspara o problema encontrado, 
devem ser realizadas? É de suma importância o apoio e as intervenções para que o aluno que 
apresente TDAH possa obter sucesso na vida escolar. 
Muito se discorre sobre as dificuldades relacionadas ao TDAH: a criança é capaz de 
aprender? Será que toda desatenção pode ser diagnosticada como TDAH? Cabe ao 
psicopedagogo a intervenção, uma vez que crianças com tal diagnóstico necessitam de um 
tratamento voltado para uma aprendizagem satisfatória, uma vez que por alguma razão, 
encontram dificuldades no processo de ensino. 
A preocupação com as dificuldades envolvendo o processo de aprendizagem foi um 
marco inicial para o desenvolvimento da Psicopedagogia, tornando-se um elo importante para a 
compreensão dos processos pedagógicos. É preciso entender que os caminhos percorridos pelo 
discente, aliás todo ser humano tem seu próprio meio de alcançar a aprendizagem. 
Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (2013, p.1) ², o Transtorno do 
Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurológico, de causas genéticas, que 
frequentemente acompanha o indivíduo por toda vida. O transtorno se caracteriza por sintomas 
de desatenção, inquietude e impulsividade e muitas vezes são chamadas de DDA, que quer dizer 
Distúrbio de Déficit de Atenção. (PEREIRA, 2009). 
De acordo com OLIVEIRA, autora do livro “Intervenção Psicopedagógica na Escola”, 
a intervenção requer que o profissional se posicione em relação as diferentes tendências por meio 
de análises críticas e reflexivas frente as demandas da escola. A escola deve oferecer respostas 
suscetíveis para adequarem condições aos alunos que tenham tal transtorno: Apresentar foco no 
aluno. O objetivo está relacionado com a relação ensinar-aprender, não sendo somente o foco no 
aluno com problemas de aprendizagem, mas também os mecanismos que interajam na 
construção deste processo, requerendo um planejamento onde será aplicado. 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
Em relação ao processo de interação professor-aluno, a intervenção pode estar 
relacionada as mudanças de situação, modelos de alternativas que permitam a reflexão, 
problematização. A atenção e a função executiva são fundamentais na aprendizagem escolar, 
pois permitem o processamento da informação, a integração de informação selecionadas , os 
processos mnêmicos (estratégias de memorização e retrieval da informação armazenada na 
memória , na programação de respostas motoras e comportamentais). (MUSZKAT, 2012, p. 
135). 
Muszkat (2012, p.135) nos diz que “Estudos sobre conhecimento e percepção dos 
professores a respeito do TDAH alertam para pouca informação referente ao mesmo e a 
necessidade maior comprometimentos dos professores com o diagnóstico, o manejo e o 
tratamento dessas crianças”. 
Existe uma necessidade de um cuidado especial em relação ao comportamento desses 
alunos no ambiente de aprendizagem, uma vez que os professores possuem papel importante 
para o processo de formação da auto estima e da auto imagem. Caso estes alunos sejam 
apontados como diferentes, poderão desenvolver uma imagem negativa de si mesmos, o que 
poderá contribuir para o mal desempenho em seu processo de ensino. A escola, por sua vez, tem 
que oferecer atividades apropriadas para desenvolver as capacidades dos alunos, além do 
cuidado com a família, pois é neste âmbito que o primeiro vínculo se desenvolve. 
Infelizmente, muitas das vezes as dificuldades de aprendizagem estão relacionadas aos 
problemas dentro da dinâmica familiar e infelizmente atrapalham nas intervenções. Entretanto, a 
família precisa estar envolvida no atendimento. A atenção psicopedagógica deve ir além do 
atender crianças com dificuldades para aprender, em suas condições físicas e mentais. Ela deve 
ultrapassar as singularidades e avançar sobre o contexto social, unindo educação e saúde, que 
juntas multiplicam informações e ações para a compreensão dos processos de ensinar e aprender 
(PEREIRA, 2009). 
Alunos com TDAH segundo Rodhe (2003 apud MUSKAT, 2012, p. 143), necessitam 
de uma estrutura bem definida, de uma sala de aula estruturada e com número pequeno de 
alunos, uma organização dinâmica e flexível, o aluno deve sentar-se próximo ao professor, no 
meio de colegas tranquilos, e as aulas devem ser rotineiras e claras, as regras devem ser claras e 
curtas e é necessário estabelecer consequências para o não cumprimento de tarefas. 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
PRODUTO- CADERNO 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TDAH tem se mostrado um grande desafio para o nosso sistema 
educacional. Os professores estão sobrecarregados, sejam com turmas lotadas 
ou com um grande número de alunos com dificuldades e que geralmente não 
conseguem lidar com o assunto, podendo isto acontecer devido a inúmeros 
fatores. 
Quem convive com alguma criança ou adolescente com TDAH sabe que a 
agitação, a impulsividade e a desatenção (características do distúrbio) 
transformam o portador em um especialista em desobedecer às regras. 
Entretanto, as dificuldades encontradas pelos educadores em sala de aula não 
devem ser atribuídas à tradicional falta de limites ou à desobediência dos alunos. 
Estes alunos devem ser encaminhados para uma avaliação especializada para 
descartar qualquer suspeita de TDAH ou qualquer outro transtorno de 
aprendizagem. 
As crianças com TDAH são capazes de aprender, mas têm dificuldades em 
se sair bem na escola devido ao impacto que os sintomas têm sobre uma boa 
atuação. Não existe nada de pior para uma criança com TDAH do que a escola. 
Essa desatenção fica mais aflorada quando envolve um grupo maior de pessoas, 
dificultando assim que o aluno com esse transtorno consiga absorver os estímulos 
relevantes para executar as atividades em sala de aula. 
1-RELATORIO FINAL 
Contendo: 
 Resultados alcançados. 
 Impacto para a Escola . 
 Perspectivas Futuras 
 Orientações para confecção de banners 
 COPIA DO BANNER A SER APRESENTADO. 
 Capa de CD. 
 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
O TDAH é a condição crônica de saúde de maior prevalência em crianças 
em idade escolar, portanto se faz necessário que o Professor se qualifique para 
lidar com essas dificuldades apresentadas em sala de aula, a gestão da escola 
precisa tomar consciência que precisa buscar apoio para esse Professor, sendo 
através de capacitação, oficinas, seminários, sempre buscando novas estratégias 
para usar em sala com os alunos. 
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2011), o professor 
deve tentar responder as seguintes perguntas: Qual é a dificuldade mais 
importante do aluno portador de TDAH? O que mais atrapalha no desempenho 
escolar daquele aluno? Conseguindo responder essas perguntas, o professor 
poderá criar melhores condições para traçar as estratégias que aplicará em sala 
de aula. Assim que identificado as dificuldades dos alunos é hora de agir. O 
primeiro passo é uma parceria com os pais e vice-versa. A comunicação é um 
meio muito importante, sendo que os pais e professores devem mantê-la 
diariamente, por meio de caderno de recados, para que ambos saibam da rotina 
do aluno. 
Algo muito importante que ouvi no relato da Professora do aluno Andrey é 
que a mesma fala que quando sabe que vai receber uma criança com algum 
transtorno, ela trabalha a turma para acolher esse aluno. Explica que a turma 
precisa ajudá-la e consequentemente estarão ajudando o coleguinha. Ela também 
relatou que pede aos alunos para minimizar o barulho, evitar conversar 
paralelas... tudo para evitar que o aluno fique disperso. Usa a estratégia de 
colocar o aluno nas cadeiras da frente e sempre coloca ao lado e atrás, crianças 
calmas e mais aplicadas. Disse que o Professor deve saber a capacidade do 
aluno em manter atenção por um longo período de tempo. Os alunos 
diagnosticados com TDAH são muito inteligentese possuem um grande potencial 
quando recebem os recursos que possam desenvolvê-los; seja através de 
medicação, ensino personalizado e estratégias comportamentais. 
O educador deve seguir algumas instruções para que o aluno tenho êxito 
na escola. Sejam elas: 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
 Quando der alguma instrução, peça ao aluno para repetir o que foi pedido, 
antes de começar a tarefa. 
 Quando o aluno concluir a atividade, sempre dê retornos positivos (elogios, 
estrelinhas no caderno, uma forma de retribuir). 
 Não criticar e apontar os erros. 
 Utilizar metodologias diferenciadas em sala de aula (audiovisual). 
 Etiquetar, sublinhar, colorir as partes mais importantes do texto, para que o 
aluno entenda o que deve ser feito. 
 Explicar de maneira calma e devagar. 
Acreditar em uma educação inclusiva é uma forma de reavivar e 
reestruturar a esperança em aspectos positivos, disseminando um convívio social 
embasado em práticas humanistas, respeitosas, com o devido espaço à 
diversidade. A escola precisa se reescrever para fazer sentido para crianças que 
acessam qualquer conhecimento no universo digital e que estudam junto com 
outras (autistas, disléxicas, por exemplo) para as quais a relação com o 
conhecimento não se inscreve da mesma maneira. E é fundamental que todas 
elas possam viver sucessos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
PRODUTO- CADERNO 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fundamentação teórica do tema abordado contendo: 
 1- Introdução-(Apresentação do tipo de TDAH identificado na pesquisa, a 
importância do tema e justificativa). 
 2-Desenvolvimento-(após identificação do tipo de transtorno listar as 
INTERVENÇÕES PSICOMOTORAS INDICADAS,contendo pelo menos 3 citações 
diretas e 3 indiretas. 
 3-Conclusão- comentar a pertinência de conhecer o tema abordado para a 
carreira do PSICOMOTRICISTA. 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM UMA CRIANÇA COM TDAH DO TIPO 
DÉFICIT DE ATENÇÃO. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 A relevância por esta pesquisa sucedeu-se pelo cuidado em conhecer as dificuldades 
de aprendizagem específicas, que acontecem durante a aprendizagem de uma criança na 
escola. Esta percepção, auxiliar o trabalho pedagógico de maneira direta e clara, buscando 
pleno êxito no desenvolvimento da criança, inserindo-a na sala de aula através de técnicas 
diferenciadas, proporcionando desenvolvimento cognitivo nas instituições de ensino regular. 
 O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma dificuldade de 
aprendizagem específica que é caracterizada pela disfunção neológica do córtex pré-frontal 
dorsolateral que é responsável pela atenção, contudo, está pesquisa tem valor significativo 
para contribuir em ações diferenciadas do professor mediante o aluno, possibilitando 
estratégias para que a criança supere dificuldades sociais, educacionais e emocionais. 
 Portanto, buscamos compreender, por que é tão complexo o ensino de crianças com 
TDAH no período escolar? Sendo assim, compreende-se a necessidade de analisar através de 
uma pesquisa bibliográfica a relevância de metodologias que incluam crianças com TDAH. 
As questões norteadoras da pesquisa são: (I) Entender as concepções dos teóricos a respeito 
do tema. (II) Conhecer as dificuldades de aprendizagem das crianças com TDAH. (III) Fazer 
um levantamento das metodologias que possibilitem a aprendizagem de alunos com TDAH 
no ambiente escolar. 
 A pesquisa a ser realizada neste trabalho pode ser classificada como bibliográfica e de 
campo. Isto porque fará uma revisão da literatura sobre o assunto em questão e da observação 
direta dentro da sala de aula do ensino regular com crianças que possuam comprovação do 
TDAH. A metodologia deste projeto faz-se a opção pelo método qualitativo, a mesma foi 
praticada por meio de uma observação direta e indireta. A pesquisa utiliza livros que fazem 
menção às dificuldades de discentes com TDAH, elencando metodologias para o processo de 
ensino-aprendizagem, contribuindo para a interação entre professor e aluno, possibilitando um 
avanço na aprendizagem dos alunos. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
 O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma desordem 
neurobiológica que caracteriza o mau desenvolvimento da capacidade de atenção do indivíduo 
ocasionando dificuldade de aprender a controlar o comportamento, podendo ser associado à 
impulsividade ou hiperatividade. Esses sintomas revelam-se antes dos 7 anos de idade, assim, 
a escola e a família tem o papel de intervir nos sintomas do TDAH (PARKER, p. 8-9, 2003). 
No início do século XX estudos o classificaram como uma patologia cerebral. Durante a 
década de 1940, médicos nomeavam essa disfunção como uma lesão cerebral mínima, e em 
1962 ela foi reconhecida como uma alteração patológica relacionada as disfunções de vias 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
nervosas. Em maio de 2013 foi desenvolvido o DSM 5, não a vendo alteração no diagnóstico 
infantil. 
 É durante o período escolar que algumas crianças são diagnosticadas com TDAH, pois 
os sintomas a impedem que tenham uma condição favorável para aprender, Fitó (2012) “as 
manifestações próprias do TDAH estão presentes em maior ou menor grau em todas as 
crianças durante os primeiros anos de vida”. Crianças com até 4 anos de idades demostram ser 
inquietas e podem se irritar quando contrariadas e até apresentar uma desatenção em sala de 
aula, porém isso não significa que elas possuam TDAH, isso acaba dificultando um 
diagnóstico precoce. Crianças com TDAH não apresentam desenvolvimento esperado pelos 
professores por persistirem aos padrões inferiores à sua faixa etária, apresentando dificuldade 
de comportamento e aprendizagem, que são associados a falta de controle do sistema nervoso 
central. 
 Nos últimos anos, alguns professores têm usado bastante e de forma incorreta o termo 
TDAH em crianças que apresentam grau de agitação mais elevada que outras da turma, para 
isso é necessário um diagnóstico médico onde apresentam evidências científicas que o 
funcionamento cerebral dessa criança não está desenvolvendo de forma coerente. 
Constantemente, os pais de crianças com TDAH incomodam-se ao ver metodologias comuns 
funcionando com outras crianças, mas ineficaz com seus filhos. As vezes alguns sentem-se 
culpados por ter transmitidos genes defeituosos aos seus filhos, contudo eles precisam 
compreender que não são os responsáveis pelo modo que os genes são transmitidos de uma 
geração a outra. Caso o pai ou mãe apresente o TDAH, será necessária uma avaliação-
diagnóstico no filho, para assim ser averiguado se o mesmo também possui o TDAH e iniciar 
um tratamento eficaz para o seu desenvolvimento. 
 O fracasso escolar de crianças com TDAH é determinado pela não constatação da 
patologia, sendo que um diagnóstico adequado possibilitará outras metodologias de 
desenvolver a cognição do discente. O professor é fundamental na detecção do aluno que 
possui características do TDAH, de acordo com Fitó (2013 p. 100) “é importante colocar-se 
no lugar da criança com TDAH. Devemos lembrar que não se trata de uma criança 
problemática, mas de uma criança com problemas”. É importante ainda que esse professor 
preste atenção no avanço da criança com TDAH durante o ano letivo desde o primeiro dia de 
aula. 
 Crianças com TDAH sente-se inferior às outras em sala de aula, tendo em vista que ela 
constata que as outras crianças conseguem cumprir as atividades determinadas pelo professor 
e as mesmas acabam ficando a desejar nas tarefas. Por isso faz-se necessário o 
acompanhamento confinante. 
 É possível elaborar estratégias para que o professor utilize em sala de aula facilitando 
o desenvolvimento de crianças com TDAH e visandodiminuir as dificuldades encontradas 
pelos mesmos, tais como: manter-se o discente próximo; colocar a cadeira do aluno longe de 
janelas; evitar comparações; estabelecer rotinas; orientar quais os objetivos a serem 
alcançados diariamente; revisar os conteúdos antes da aula; aproximar-se dele quando for 
explicar o assunto; pedir para sublinharem as palavras chaves e premiar com estrelas ou 
adesivos sempre que conseguir cumprir suas atividades com qualidade. 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
 As crianças com dificuldades de aprendizagem (D.A) como o TDAH não aprendem 
com metodologias utilizadas com ditos normais, mas eles também não podem ser excluídos 
em sala de aula como diz Brandão (2004, p.66): 
 
Os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos portadores de necessidades 
especiais, currículos, método, técnicas, recursos educativos e organização 
específicos, de forma que atendam às necessidades desses alunos, caracterizando, 
assim, uma organização específica da escola. Devem assegurar também a 
terminalidade específica para aqueles que não possuem condições para atingir o 
nível exigido para a conclusão do Ensino Fundamental, em virtude de suas 
deficiências; [...] Cabe também aos sistemas de ensino assegurar professores com 
especialização adequada em nível Médio, ou Superior, para atendimento 
especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a 
integração desses educandos nas classes comuns. 
 
Contudo para que isso aconteça é preciso que o profissional da educação venha se 
adequar de maneira específica para que haja o melhor desenvolvimento psíquico, físico, 
afetivo e principalmente social com esses alunos que sofrem certa discriminação por parte dos 
próprios alunos e professores, dessa forma, todos que fazem parte da instituição escolar só 
tem a ganhar com essa inclusão nas classes de ensino regular. 
No Estado do Amazonas há a Resolução nº 155/2002, homologada em 03/12/2002, 
aprovada pelo Conselho Estadual de Educação do Amazonas (CEE/AM), onde “estabelece os 
critérios para o Sistema de Ensino do Estado do Amazonas e institui diretrizes para a 
educação especial”, que estabelece normas regulamentadoras para ofertar uma educação de 
qualidade, onde ampara todos os alunos que possuem Necessidades Educativas Especiais 
(NEE) Resolução que está baseada no Parecer do Conselho Nacional de Educação e Câmara 
de Educação Básica nº 17/2001(CNE/ CEB). 
Na Resolução nº 02 de 11 de setembro de 2001 e nº 99/97 (CEE/AM), conforme 
determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 (LDBEN) nos seus 
Artigos 26, 27 e 32 onde declara que “os currículos devem ter uma base nacional comum, [...] 
e serem suplementados por uma parte diversificada exigida, inclusive, pelas características 
dos alunos” e no art. 58 salienta a obrigatoriedade da educação especial a ser oferecida 
preferencialmente na rede regular de ensino, havendo quando necessário serviço de apoio 
especializado para a complementação do atendimento ao aluno da educação especial. 
Também no seu art. 59 é assegurado aos educados com necessidades educacionais especiais 
“currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às 
suas necessidades” onde garante aos educandos com necessidades especiais uma formação em 
classes comuns das escolas da rede regular de ensino. 
No ano de 1994 com a declaração de Salamanca, o movimento da inclusão ganhou 
força total, pois, a proposta de educação inclusiva publicada por ela, veio reforçar ainda mais 
o direito de toda criança à educação, proclamado pela Declaração Universal dos direitos 
humanos. Onde encontramos em um trecho: 
 
O princípio fundamental desta linha de Ação é de que as escolas devem acolher 
todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e 
crianças bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham crianças de 
minorias linguística, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas 
desfavoráveis ou marginalizadas (1994, p. 17- 18). 
 
Vimos até aqui que tivemos grandes conquistas em relação às leis que asseguram o 
direito de educação para todos. Contudo, para que isso ocorra de forma eficaz, faz-se 
necessário primeiro esclarecer o que realmente seja a inclusão. Deixar de lado a ideia de que 
pessoas com D.A. não aprendem como os “ditos normais” e oferecer um ensino igualitário de 
modo que todos possam desenvolver de forma plena. 
 
3. A ESCOLA COMO COLABORADOR NAS PRÁXIS PEDAGÓGICAS NO 
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM TDAH. 
 
A escola é de tamanha importância para o processo de desenvolvimento de qualquer 
indivíduo. Aprender e ensinar é a constituição de dois processos que se desenvolve em 
qualquer instituição escolar. São nas escolas que a maioria das crianças, adolescentes e jovens 
aprendem uma diversidade de conhecimentos e competências que muitas das vezes não 
aprenderão em outros contextos fora do âmbito escolar. Diante de tal afirmação, qual a 
importância das escolas no processo de ensino-aprendizagem da criança que apresentam 
TDAH? 
Segundo SEABRA (2013), o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é 
quando o indivíduo apresenta dificuldades para concentrar-se por um tempo considerável de 
tempo, desviando-se de informações e estímulos principais. É um transtorno neuropsiquiátrico 
diagnosticado na infância, podendo persistir até a idade adulta em torno de 60 a 70% dos 
casos. Muitos autores afirmam que o TDAH e sua relação com as dificuldades de 
aprendizagem constituem a principal causa que muitas crianças em fase escolar a procurarem 
consulta neuropediatra. 
Braglia (2014), afirma que devido à hiperatividade o aluno torna-se barulhento, mexe-
se o tempo todo, bate mãos e pés freneticamente, sai do lugar passeando pela sala, se apropria 
dos materiais dos colegas muitas vezes sem pedir. Ao não conter seus ímpetos tumultuam a 
sala de aula, seus colegas e professores. 
Peres (2014) ao analisar alunos com TDAH percebeu uma dificuldade de compreender 
as orientações das tarefas, a desordem ao interpretar as informações, isso compromete o 
desenvolvimento cognitivo do aluno. Assim ele perde a motivação diante das dificuldades 
prejudicando seu aprendizado, e o insucesso escolar acontece. 
É importante que em cada instituição de ensino tenha um psicopedagogo. Seu objeto 
de estudo é o processo de aprendizagem, de modo que desenvolva métodos para o sujeito que 
apresenta dificuldades na aprendizagem. A partir das observações apresentadas por crianças 
com TDAH, sugere então que as crianças sentem nas primeiras fileiras, façam atividades 
escolares com menor número de questões e com um tempo maior para sua conclusão. O 
professor deve explicar bem o conteúdo, valorizar as produções que este fizer, trabalhar com 
o lúdico, fazer elogios para elevar sua auto-estima e destacar as suas habilidades. Portanto 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA ORIENTADORA MESTRA ÂNGELA VIEIRA 
 
estimular os pensamentos positivamente desse aluno influi no estado emocional, facilitando 
estados de ânimo prazerosos (FUSTER e ROJAS, 2008), o que reforça mais uma vez o efeito 
positivo das afirmações e de condutas. 
Na escola, desenvolver atividades voltadas para o aluno com TDAH e que favoreçam 
as habilidades linguísticas, sendo estas consideradas as mais prejudicadas. De acordo com 
Pinheiro, Lourenceti e Santos (2010) consideram a linguagem da criança com TDAH um dos 
fatores mais prejudicados, por isso é importante desenvolver a consciência fonológica. Esta 
criança também pode apresentar dificuldades na escrita, além de dificuldades motoras finas. É 
indicado que o docente tenha cópias das atividades para que o discente não precise copiar da 
lousa, alémde jogos que facilitem o processo de aprendizagem. 
Outro papel fundamental é “ver” o aluno, seu conhecimento de mundo, o que traz 
consigo, como se comporta, pelo que se interessa, pelo que pode fazer ou não e não somente 
suas limitações e dificuldades, fazem com que a criança crie confiança e segurança no 
professor. Quando se cria um espaço emocionalmente positivo, a interação entre os sujeitos 
envolvidos acontece e promove a aprendizagem. A educação ocorre em todas as esferas, o 
professor é o sujeito fundamental no êxito ou fracasso do aluno; ele é quem vai interagir com 
o aluno, estimulando ou não suas funções cognitivas. É ele que vai ter um olhar mais 
direcionado para seus alunos. 
 
¨É na escola que as crianças têm mais oportunidades de promover seu 
desenvolvimento e crescimento integral (cognitivo, psicológico, social, intelectual e 
físico), considerando que, em média, se passam mais de um terço de suas vidas na 
escola.¨ (PERES,2014, p.59). 
 
Mesmo com todos os critérios e mediações, o aluno ainda pode apresentar problemas 
de esquecimento, emocionais, sociais, desorganização, dificuldades em suas relações e 
afinidades, mas a partir disso, o profissional de saúde deve realizar o acompanhamento, além 
do papel da família. 
A educação necessita de um trabalho em equipe para encontrarem as melhores 
estratégias para avaliar um aluno com TDAH. Rotta, Ohlweiler e Riesco (2007), ressaltam a 
importância de construir um programa de estratégias que possua três componentes: instruções 
acadêmicas, intervenções comportamentais e modificações na sala de aula. Tem que haver 
organização da aula, situar os alunos no assunto a ser estudado, instruir claramente, dividir 
tempo para o desenvolvimento de atividades, poder dar atenção diferenciada sempre que for 
necessário, realizar a repetição quantas vezes for importante, corrigir as atividades realizadas 
individualmente para não desmotivá-los ou constrangê-los com seus erros. 
Organizar a sala em duplas também pode ser considerada outra estratégia, assim os 
colegas se ajudam mutualmente. Repetir em voz alta todos os passos com instruções, sendo 
estas claras e de fácil interpretação. É necessário que os alunos repitam os comandos também. 
Alunos com TDAH possuem um comportamento muitas das vezes inadequados, portanto 
Gladys Troconis (2008) nos sugere algumas estratégias para contornar esse comportamento: 
• Combinar normas claras com todos os alunos, e espalhar nas paredes da sala cartazes 
com essas normas para serem lembradas sempre. 
 
 
 
 
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• Prevenir os alunos quando acontecem mudanças na rotina de trabalho. 
• As modificações em sala são necessárias para evitar as distrações, deixe-o sentado na 
primeira fila longe da janela e da porta sempre perto do professor, sobre a carteira só o 
material que será usado naquele momento. A sala deve ser um ambiente calmo, tranquilo e 
sem barulho. 
• Separe o aluno de outros colegas que estimulem e provoquem comportamentos 
inadequados. 
• Nomear esse aluno como auxiliar é um bom caminho, aumenta a autoestima, 
emoções positivas favorecem a aprendizagem. 
Para aumentar a concentração, fazer os alunos criarem esquemas, mapas conceituais, 
quadros, resumos com pontos principais, gráficos, desenhos, entre outros recursos. Outra 
metodologia seria levar os alunos para fora do ambiente escolar é muito indicado, os cinemas, 
praças, passear no entorno da escola, faz com que mude o ambiente e se torne mais 
empolgante o conteúdo. 
 
4. AS AÇÕES DA FAMÍLIA 
 
O ambiente familiar, bem como suas relações com o aprendizado escolar revelam o 
quão é importante a participação da família nesse processo de desenvolvimento e 
aprendizagem das crianças. A legislação estabelece que a família deve desempenhar papel 
educacional e não incumbir apenas à escola a função de educar, transferindo assim sua parcela 
de responsabilidade nesse processo, no qual está previsto na constituição. O artigo 205 da 
Constituição Federal afirma “A educação direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento 
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
(BRASIL, 1988) 
Sendo assim, pode-se afirmar que a família é fundamental na formação cultural e 
social de qualquer indivíduo visto que, todos fazem parte da mais antiga instituição que é a 
FAMÍLIA. Porém, ao tratarmos da família em sua relação com a escola faz-se necessário um 
estudo sobre o panorama familiar atual, não esquecendo que a família através dos tempos vem 
passando por um profundo processo de transformação. 
O século XX foi cenário de grandes transformações na estrutura da família. Ainda 
hoje, porém, observamos algumas marcas deixadas pelas suas origens. Da família romana, por 
exemplo, temos a autoridade do chefe da família, onde a submissão da esposa e dos filhos ao 
pai confere ao homem o papel de chefe. Da família medieval perpetua-se o caráter 
sacramental do casamento originado no século XVI. Da cultura portuguesa, temos a 
solidariedade, o sentimento de sensível ligação afetiva, abnegação e desprendimento. 
(RIGONATTI, 2003) 
Desta forma, percebe-se que, tendo em vista todas as mudanças ocorridas na família 
ao longo da história em função de diversos fatores, entre eles a emancipação feminina, ou 
seja, o papel das escolas foram ampliados para dar conta das novas demandas da família e da 
 
 
 
 
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sociedade. Negar fatos notórios como estes é estar refletindo sobre algo que está totalmente 
fora da nossa realidade. 
Hoje as famílias podem ser compostas apenas por mãe e os filhos ou vice e versa, no 
entanto, surgem novas composições familiares, ou seja, famílias constituídas de diversos 
modos, desde as mais simples, outras formadas por casais vindos de outros relacionamentos, 
além de famílias compostas por homossexuais, por avós e netos etc. 
Ao comentar as mudanças ocorridas na estrutura familiar, ROMANELLI (2005, p.77) 
diz: “Uma das transformações mais significativas na vida doméstica e que redunda em 
mudanças na dinâmica é a crescente participação do sexo feminino na força de trabalho, em 
consequência das dificuldades enfrentadas pelas famílias”. 
Cabe aqui ressaltar que a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), em seu 
artigo 5º, caput e inciso I, declara a igualdade entre o homem e a mulher; no artigo 226, 
parágrafos 3º e 4º reconhecem na família a relação proveniente da união estável e da 
monoparentalidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes e, ainda no artigo 227, 
parágrafo 5º, as relações ligadas pela afinidade e pela adoção. 
O código civil brasileiro, em vigor desde 11 de janeiro de 2003, considera qualquer 
união estável entre pessoas que se gostam e se respeitam, ampliando assim o conceito de 
família e ainda segundo GENOFRE, 1997: “[...] o traço dominante da evolução da família é 
sua tendência a se tornar um grupo cada vez menos organizado e hierarquizado e que cada vez 
mais se funda na afeição mútua”. 
Como já foi dito, as mudanças sócio-políticas-econômicas das últimas décadas vêm 
influenciando na dinâmica e na estrutura familiar, acarretando mudanças em seu padrão 
tradicional de organização. Diante disso, não se pode falar em família, mas sim de famílias, 
devido à diversidade de relações existentes em nossa sociedade. 
Apesar dos diferentes arranjos familiares que se sucederam e conviveram 
simultaneamente ao longo da história, as famílias ainda se constituem com a mesma 
finalidade: preservar a união monogâmica baseada em princípios éticos, pois o respeito ao 
outro é uma condição indispensável. Por outro lado, mudanças são consideradas sempre bem-
vindas, principalmente quando surgem para fortalecer ainda mais a instituição familiar, 
independentementeda forma como está constituída. A família se modifica através da história, 
mas continua sendo um sistema de vínculos afetivos onde se dá todo o processo de 
humanização do indivíduo. Esse vínculo afetivo parece contribuir de forma positiva para o 
bom desempenho escolar da criança. 
“... a família também é responsável pela aprendizagem da criança, já que os pais são 
os primeiros educadores e as atitudes destes frente às emergências de autoria, se repetidas 
constantemente, irão determinar a modalidade de aprendizagem dos filhos.” (FERNANDES, 
2001, p.42). Portanto, é indispensável que a família esteja em harmonia com a instituição 
escolar, uma vez que uma relação harmoniosa só pode enriquecer e facilitar o desempenho 
educacional das crianças. 
Quando a família e a escola trabalham juntas com a criança com TDAH, elas auxiliam 
no seu tratamento, na sua socialização, não se esquecendo, porém, de que impor limites é 
necessário, pois essa criança vive numa sociedade cheia de regras e não se deve prevalecer 
 
 
 
 
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dessa patologia para agredir, para complicar a vida dos outros, visto que, hoje em dia, com o 
avanço das pesquisas sobre a hiperatividade, o tratamento ameniza bastante os sintomas, 
proporcionando à criança com TDAH uma vida mais tranquila. Mas o tratamento só é eficaz 
quando há essa parceria, pais e escola juntos auxiliando a criança a superar sua dificuldade de 
aprendizagem. 
É o que afirma Weiss (2001, p. 26), “Aprendizagem é um processo de construção que 
se dá na interação permanente do sujeito com o meio que o cerca, meio esse expresso 
inicialmente pela família, depois pelo acréscimo da escola ambos permeados pela sociedade 
em que estão”. 
Escola e família trabalhando em cooperação aumentam a probabilidade da criança ter 
uma experiência de vida escolar bem-sucedida. A criança com TDAH possui dificuldades as 
quais os pais e a escola precisam trabalhar unidos para que esse aluno possa alcançar sucesso. 
Podemos compreender isso quando Cavalcante afirma que “A colaboração entre pais e escola 
melhora o ambiente escolar e transforma a experiência educacional dos alunos numa vivência 
mais significativa”. (CAVALCANTE, 1998, p. 155). 
É importante existir uma comunicação dos pais com a coordenação da escola para 
entender como a instituição lida com alunos com TDAH, e se os professores contam com 
orientações específicas para auxiliar o processo de aprendizagem de crianças que possuam 
déficit de atenção e hiperatividade. Eles devem conhecer toda a proposta pedagógica que a 
escola oferece, para que possam saber como seu filho com TDAH será avaliado. Quando a 
criança recebe um apoio, ela consegue desenvolver suas atividades, mesmo tendo suas 
limitações. 
Segundo Cunha (2007) a comunicação frequente entre a escola e a família é um fator 
importante para garantir esse relacionamento, para que tanto professores como pais possam 
trocar experiências relevantes para as horas difíceis. Saber o que está se passando durante o 
tempo que a criança está no outro ambiente ajuda a compor o quadro real da situação, e esse 
confiar no outro é que realmente estabelece a parceria. 
Uma das grandes dificuldades no processo ensino-aprendizagem enfrentadas pelas 
escolas atualmente se refere ao TDAH, transtorno neurobiológico com forte influência 
genética. De acordo com Goldstein (2006), o TDAH é, com frequência, apresentado, 
erroneamente, como um tipo específico de problema de aprendizagem. Ao contrário, sabe-se 
que as crianças com TDAH são capazes de aprender, mas têm dificuldades em se sair bem na 
escola devido ao impacto que os sintomas desse transtorno têm sobre uma boa atuação. 
Porém, por outro lado, uma parcela dessas crianças também apresenta um problema de 
aprendizagem, o que complica ainda mais a identificação correta e o tratamento adequado. 
Verificamos que, quando há o afeto da família, vivendo em um lar harmonioso no qual 
a criança se sente segura e amparada, aliado a uma educação de qualidade em que sejam 
garantidos os direitos do aluno com necessidades educacionais especiais, essa criança se 
desenvolve com mais facilidade e dignidade. 
A escola deve oferecer a essa criança um atendimento educacional especializado. É 
importante o trabalho conjunto da escola com a família, pois as duas são as peças principais 
 
 
 
 
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para o desenvolvimento da criança com TDAH. É o amparo e a segurança da família aliados 
ao atendimento educacional especializado da escola. 
Com isso, conclui-se que a parceria família e escola é essencial, mas, para que isso 
aconteça, os profissionais da educação precisam de formação adequada que contemple a 
inclusão em sala de aula. Precisam conhecer o TDAH e suas particularidades, para que 
possam realizar uma intervenção adequada em parceria com os pais. É necessário também um 
interesse e comprometimento do professor na procura de uma formação continuada. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Esta pesquisa transcendeu com o objetivo amplo de conhecer o que é o Transtorno de 
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), relatando as consequências ocasionadas pela 
patologia no âmbito escolar e familiar. Os estudos relacionados ao tema da pesquisa não são 
tão recentes, o que mostra o quanto os pesquisadores têm buscado conhecer e explicar o que é 
o TDAH, sendo esta é comprovada pelos cientistas como uma lesão cerebral que incapacita a 
criança de desenvolver-se normalmente. 
Portanto, é preciso que ocorram condições adequadas para que essas crianças com 
TDAH tenham uma educação eficiente, necessitando de professores capacitados para 
desenvolver suas atividades, gerando um processo de ensino-aprendizagem, sem ignorar o 
potencial de seu aluno. Para isso ocorrer, existem leis que amparam essas crianças com 
Dificuldade de Aprendizagem e inserindo-as nas instituições de ensino regular. 
Elencamos também algumas estratégias que possibilitarão auxiliar o professor na 
sala de aula melhorando o desenvolvimento do discente. Contudo, essas estratégias precisarão 
ser substituídas por outras ao decorrer do ano letivo, assegurando que o aluno sempre esteja 
estimulado com novas metodologias nas aulas do professor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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