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1 UNIVERSIDADE FEEVALE ICET / ENG. ELETRÔNICA CIRCUITOS ELÉTRICOS III Prof. Moisés de Mattos Dias 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CRONOGRAMA OBSERVAÇÕES 1. TRANSFOMADA DE LAPLACE 1.1. Funções Complexas 1.2. Plano S - Diagramas de Pólos e Zeros 1.3. Propriedades e Exemplos da Transformada de Laplace 1.4. Aplicações na Solução de Circuitos 1.5. Frações Parciais e Determinação da Transformada Inversa 1.6. Sistemas de segunda ordem e Primeiro Critério de Estabilidade 1.7. Circuitos com Cargas no Indutor e Capacitor 1.8. Teorema do Valor Inicial e Final 2. ANÁLISE NO DOMÍNIO FREQUÊNCIA 2.1. ANÁLISE SENOIDAL DE FREQUÊNCIA 2.1.1. Introdução a Análise de Frequência 2.1.2. Diagrama de Resposta em Frequência 2.1.3. Diagrama de Bode 2.2. SÉRIE E TRANSFORMADA DE FOURIER 2.2.1. SÉRIE DE FOURIER 2.2.1.1. Introdução 2.2.1.2. Teorema de Fourier 2.2.1.3. As Séries de Fourier 2.2.1.4. Os Coeficientes de Fourier 2.2.1.5. Simetria da Série de Fourier 2.2.1.6. Série Exponencial de Fourier 2.2.2. TRANSFORMADA DE FOURIER 2.2.2.1. Introdução a Transformada de Fourier 2.2.2.2. Par de Transformada de Fourier 2.2.2.3. Transformada de Fourier a Partir de Laplace 3 INTRODUÇÃO A CIRCUITOS ELÉTRICOS III Em alguns programas de engenharia elétrica ou eletrônica, a disciplina de CIRCUITOS ELÉTRICOS, é o início de uma seqüência, muitas vezes agrupadas num conjunto de disciplinas denominadas de CIRCUITOS ELÉTRICOS LINEARES. Com algumas variações de denominações, a seqüência das disciplinas, está relacionada da seguinte forma: • CIRCUITOS ELÉTRICOS I, II e III • TEORIA DE REDES • ANÁLISE DE SISTEMAS • SISTEMAS DE CONTROLE O objetivo das disciplinas de CIRCUITOS ELÉTRICOS I. II e III, é a compreensão do funcionamento básico de circuitos constituídos por Resistores, Indutores, Capacitores e Fontes de Tensão e Corrente e sua resolução, mas também o entendimento de como as grandezas elétricas de tensão, correntes, resistência e potência se relacionam nestes componentes e circuitos. Importante salientar que, circuitos compostos por resistores, indutores e capacitores, podem representar a simplificação de circuitos mais complexos, ou circuitos equivalentes de dispositivos e equipamentos como motores, transformadores e amplificadores. Por exemplo, uma lâmpada de filamento tem circuito equivalente um resistor ou resistência. Um motor elétrico tem como circuito equivalente um resistor e um indutor, ou seja, a rede (CEEE) ¨enxerga¨ um motor como um circuito RL. Entretanto para uma análise mais profunda de certos tipos de motores, talvez seja conveniente tomar como equivalente, um circuito RLC. A resolução destes circuitos básicos constituídos pro Resistores, Indutores, Capacitores e Fontes, se dá a partir de sistemas de equações lineares, equações diferenciais, fasores e números complexos, transformadas de Laplace e Fourier, o que implica num razoável conhecimento de cálculo. Importante salientar também que, outras áreas da engenharia utilizam o conceito de circuitos equivalentes para solucionar outros problemas de engenharia, como sistemas mecânicos, térmicos e magnéticos. Por exemplo, o sistema mecânico massa-mola- amortecedor, tem como equivalente elétrico, um circuito RLC. Neste caso, a massa é equivalente a capacitância, a mola ao indutor, e o amortecimento por atrito viscoso ou o atrito é equivalente a resistência. Para resolução deste sistema mecânico, monta-se o sistema, encontra-se o equivalente elétrico, resolve-se como um circuito elétrico e após, retorna-se por analogia ao sistema mecânico. A disciplina de Circuitos Elétricos III é dividida em duas partes: • ÁREA I – Aplicação da Transformada de Laplace em Circuitos Elétricos • ÁREA II – Análise no Domínio Freqüência – Resposta em Freqüência (Módulo, Fase e Gdb), Série e Transformada de Fourier 4 CRONOGRAMA Aula Data Conteúdo 01 30/07 Introdução da Disciplina Cap.1 – Transformada de Laplace – Exemplo 1 02 06/08 Cap.1 – Transformada de Laplace – Exemplo 2 03 13/08 Cap.1 – Transformada de Laplace – Exemplo 3 04 20/08 Cap.1 – Transformada de Laplace – Exemplo 4 05 27/08 Cap.1 – Transformada de Laplace – Exemplo 5 06 03/09 Cap.1 – Transformada de Laplace – Exemplo 6 07 10/09 Cap.1 – Transformada de Laplace – Exemplo 7 08 17/09 Laboratório I 09 24/09 Semana Acadêmica 10 01/10 Prova I 11 08/10 Cap. 2.1 – Circuitos no Domínio Freqüência – Exemplos 1 – 2 12 15/10 Cap. 2.1 – Circuitos no Domínio Freqüência – Exemplos 3 – 4 13 22/10 Cap. 2.1 – Circuitos no Domínio Freqüência – Exemplos 5 – 6 14 29/10 Cap. 2.1 – Circuitos no Domínio Freqüência – Exemplos 7 – 8 15 05/11 Cap. 2.2 (I) – Série de Fourier – Exemplos 1 – 2 – 3 16 12/11 Cap. 2.2 (II) – Transformada de Fourier – Exemplos 17 19/11 Laboratório II 18 26/11 Prova II Entrega da Lista de Exercícios 19 03/12 Prova III – Para quem perdeu ou substituição Provas I e II Devolução da Lista 20 10/12 Avaliação Complementar 5 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES O Conteúdo foi dividido em Duas Áreas (1) e (2), e cada Área pode estar subdividida em outras duas áreas. Todo o conteúdo da disciplina está postado no Black Board em dois Arquivos: Apo + Exemplos – Apostila com conteúdos teóricos e Exercícios Resolvidos Exercício – Exercícios a Serem feitos pelos Alunos Semelhantes aos Exemplos – A serem entregues conforme datas do Calendário Laboratório – A serem entregues conforme datas do Calendário Obs: O fato de todo o conteúdo estas disponível na Apostila não impede o aluno de consultar outras referências bibliográficas indicadas no Programa da Disciplina. As aulas estarão disponibilizadas via Black Board. Contudo, haverá Atividades Adicionais via Black Board, a ser postadas durante o semestre, no qual o aluno terá postado trabalhos complementares. A Nota Final será Composta de Três Notas de Igual Proporção, conforme demonstrativo a seguir: - Prova 1 – 33,33% - Prova 2 – 33,33% - Nota 3 – 33,33% A Nota 3 será Composta da seguinte forma: - Lista de Exercícios 90 % - Laboratórios 10% Haverá Uma Prova de Recuperação de Conteúdos ou Prova III, antes da Avaliação Complementar, para quem por qualquer motivo não pode comparecer a uma das duas provas realizadas durante o semestre. Portanto quem perder as duas provas terá que comprovar a ausência, seja por atestado médico ou comprovante da empresa devido a compromissos no trabalho. Também será possível refazer uma das duas provas, contudo a nota final será a média das duas provas, ou seja, a prova realizada na data e a Recuperação. 6 1. TRANSFOMADA DE LAPLACE 1.1. Funções Complexas Seja f(t) uma função tempo que é diferente de zero para t ≥ 0. Então, a transformada direta de Laplace de f(t), indicada por L [f(t)], é definida por: dtetfSFtfL tα−∞ ∫ +== 0 )()()]([ [1] Assim, a operação L[ ] transforma f(t), que está no domínio do tempo, em F(S), que está no domínio da frequência complexa, ou simplesmente no domínio S, onde S é a variável complexa σσσσ + jωωωω. Embora pareça que a integração possa ser difícil, logo ficará claro que a aplicação do método da T.L. (Transformada de Laplace) utiliza tabelas que abrangem todas as funções possíveis de serem encontradas em teoria elementar de circuitos. Existe uma unicidade nos pares de transformada; ou seja, se f1(t) e f2(t) tiverem a mesma imagem no domínio S, F(S), então f1(t) = f2(t). Isso permite retornar em outra direção, do domínio s para o domínio no tempo, um processo chamado Transformada Inversa de Laplace, L-1[F(S)] = f(t). A transformada inversa de Laplace pode também ser expressa como uma integral, a integral de inversão complexa: ∫ ∞+ ∞− − == j j stdseSF j tfSFL 0 0 )( 2 1 )()]([1 σ σπ [2] Basicamente, a T.L. é uma ferramenta matemática, utilizada, por exemplo, para resolver equações diferenciais (ousistemas de equações diferenciais). Portanto, pode ser utilizada para resolução de circuitos elétricos. A T.L. transforma equações íntegro-diferenciais (no domínio tempo) em equações algébricas simples em s (no domínio frequência), que podem então ser resolvidas a partir de métodos de resolução de sistemas de equações. Após a resolução do sistema de equações, aplica-se a anti-transformada (ou transformada inversa), retornando ao domínio tempo. Esta solução, é a mesma solução que seria obtida, se a equação íntegro-diferencial fosse resolvida diretamente por algum outro método. 1.2. Plano S - Diagramas de Pólos e Zeros Seja uma equação diferencial no domínio tempo f(t), obtido a partir de um circuito elétrico qualquer. Passando esta equação para o domínio S (aplicando a transformada), resulta numa outra equação em S. Alguns termos desta equação em S podem ser na forma de frações. Neste caso, pode-se encontrar o mínimo múltiplo comum, resultando então numa única equação na forma de fração, ou seja: )( )( )()()()( SD SN SISFLtitf ==→→= [3] 7 onde N(S) é o numerador e D(S) o denominador e ambos são polinomiais. • As raízes de N(S) também são conhecidas como Zeros do sistema, e os valores das raízes, são aqueles valores que tornam a função nula. Os valores destas raízes são representados por círculos no plano complexo S = σσσσ + jωωωω. • As raízes de D(S) também são conhecidas como Pólos do sistema, e os valores das raízes, são aqueles valores que tornam a função infinita. Os valores destas raízes são representados por cruzes (ou xis) no plano complexo S = σσσσ + jωωωω. Salienta-se que uma função F(S), pode dar algumas características do circuito que esta função representa, sem a necessidade de se encontrar a Transformada Inversa. 1.3. Propriedades e Exemplos da Transformada de Laplace A tabela 1 mostra a Transformada de Laplace para algumas funções. Tabela 1 - Transformada de Laplace para algumas funções f(t) F(S) Kµo K K S K K.t 2S K tK .. αε − α+S K ttK ... αε − ( )2α+S K ).(. tsenK ω 22 ω ω +S K ).cos(. tK ω 22 ω+S S K ttsenK .)..(. αεω − ( ) 22 ωα ω ++S K ttK .)..cos(. αεω − ( ) 22 ωα ++S S K dt tdf K )( . ( ) +− 0()(. fSFSK ∫ dttfK ).(. S SF K )( 8 1.4. Aplicações na Solução de Circuitos Para resolver um circuito elétrico qualquer a partir da T.L., não é necessário montar as equações no domínio tempo a partir da leis de Kirchoff e encontrar a transformada a partir deste equações. Antes, pode representar os componentes, como impedâncias e fontes já em s (domínio frequência), e montar as equações a partir das leis de Kirchoff diretamente no domínio frequência. A tabela 2 mostra alguns componentes e a sua Transformada de Laplace. Tabela 2 - Transformada de Laplace para alguns componentes Domínio do Tempo Domínio S Termo da Tensão no Domínio S )(. SIR )0(.)(. +− iLSISL S v SC SI )0()( . + + EXEMPLO 1. Determine os pólos e zeros para os circuitos a seguir: a) Circuito RL com alimentação CC com a chave fechada no tempo = 0. Inicialmente, representa-se o circuito no Domínio Freqüência Complexa S, ou a T.L.do circuito. 9 onde, as T.L. de cada componente estão relacionadas a seguir: • Fonte vi (t) = VCC → Vi(S) = VCC / S • Resistor R → ZR(S) = R • Indutor L → ZL(S) = SL Dos circuito anteriores, observa-se que: • No Domínio do Tempo, as grandezas elétricas são representadas por letras Minúsculas. • No Domínio da Freqüência Complexa S. as grandezas elétricas são representadas por letras Maiúsculas. I. Determinação dos Pólos e Zeros da Corrente )( )( )( )67,1( 7 5,1 1 5,1 1 5,25,1 5,10 5,15,2 15,10 )( 1 ).( )( )( )( 2 SF SD SN SSSSSSSZ SV SZ SV SI i i == + = + = + === )67,1( 7 )( + = SS SI A representação de uma grandeza elétrica como tensão ou corrente por T.L., deve ser da forma final da equação anterior, ou seja: • O Coeficiente em S de maior grau deve ser igual a 1 (UM) • É conveniente, para fácil determinação dos pólos, deixar o polinômio D(S) na forma fatorada, ou seja, na forma da variável de frequência complexa S e suas raízes. Zeros → Raízes de N(S) → Não Existem Pólos → Raízes de D(S) → S1 = 0 S2 = - 1,67 10 Este Sistema é definido por um Pólo na Origem e um Pólo em – 1,67. Como: S = σσσσ + jϖϖϖϖ Onde: σσσσ → Parte Real das raízes → Eixo das abcissas ou vulgarmente eixo X jϖϖϖϖ → Parte Imaginária das raízes → Eixo das ordenadas ou vulgarmente eixo Y A representação no plano complexo S = σ + jϖ, resulta II. Determinação dos Pólos e Zeros da Tensão no Resistor )( )( )( )67,1( 5,17 5,2 )67,1( 7 ).()().()( SF SD SN SS x SS RSISZSISV RR == + = + === )67,1( 5,17 )( + = SS SVR Zeros → Raízes de N(S) → Não Existem Pólos → Raízes de D(S) → S1 = 0 S2 = - 1,67 A representação no plano complexo S = σ + jϖ, resulta 11 III. Determinação dos Pólos e Zeros da Tensão no Indutor )( )( )( 67,1 5,10 )67,1( 5,10 5,1 )67,1( 7 ).()().()( SF SD SN SSS S Sx SS SLSISZSISV LL == + = + = + === 67,1 5,10 )( + = S SVL Zeros → Raízes de N(S) → Não Existem Pólos → Raízes de D(S) → S1 = - 1,67 A representação no plano complexo S = σ + jϖ, resulta: b) Circuito RC com alimentação em rampa unitária [10,5 u-2(t)] Obs: Função Rampa Unitária : 10.u-2(t) 12 As T.L. de cada componente estão relacionadas a seguir: • Fonte vi (t) = K.u-2(t) → Vi(S) = K / S 2 • Resistor R → ZR(S) = R • Capacitor C → ZC(S) = 1 / SC Representação do circuito no Domínio Freqüência Complexa S, ou a T.L.do circuito. I. Determinação dos Pólos e Zeros da Corrente: )4,05,1( 5,10 4,0 5,1 15,10 5,2 1 5,1 15,10 )( 1 ).( )( )( )( 222 + = + = + === SS S S S x S S S SSZ SV SZ SV SI i i )( )( )( )267,0( 7 5,1/1 5,1/1 )4,05,1( 5,10 )( SF SD SN SS x SS SI == + = + = )267,0( 7 )( + = SS SI Zeros → Raízes de N(S) → Não Existem Pólos → Raízes de D(S) → S1 = 0 S2 = - 0,267 A representação no plano complexo S = σ + jϖ, resulta: 13 II. Determinação dos Pólos e Zeros da Tensão no Resistor: )( )( )( )267,0( 5,10 5,1 )267,0( 7 ).()().()( SF SD SN SS x SS RSISZSISV RR == + = + === )267,0( 5,10 )( + = SS SVR Zeros → Raízes de N(S) → Não Existem Pólos → Raízes de D(S) → S1 = 0 S2 = - 0,267 A representação no plano complexo S = σ + jϖ, resulta: III. Determinação dos Pólos e Zeros da Tensão no Capacitor. )( )( )( )267,0( 80,2 5,2 1 )267,0( 71 ).()().()( 2 SF SD SN SSS x SSSC SISZSISV CC == + = + === )267,0( 80,2 )( 2 + = SS SVC Zeros → Raízes de N(S) → Não Existem Pólos → Raízes de D(S) → S1 = 0 S2 = 0 S3 = - 0,267 Este Sistema é definido por um Pólo Duplo na Origem e um Pólo em – 0,267. A representação no plano complexo S = σ + jϖ, resulta: 14 c) Circuito RLC com alimentação de tensão alternada senoidal [100.cos(ϖt)] ϖ = 1.000 rad/s: A T.L. de tensão alternada senoidal ou mais precisamente cossenoidal resulta: 22 )().cos(.)( ϖ ϖ + =⇒= S S KSVtKtv ii Representação do circuito no Domínio Freqüência Complexa S, ou a T.L.do circuito. 15 I. Determinação dos Pólos e Zeros da Corrente )67,666.266400)(( 40 5,2 5,2 5,1 10 5,210 1100 )( )( )( 222 2 6 3 22 +++ = ++ + == SSS S S S S S S S SZ SV SI i ϖϖ )( )( )( 1027,11041027,1400 40 )67,666.266400)(10( 40 )( 1182634 2 262 2 SF SD SN xSxSxSS S SSS S SI == ++++ = +++ = Analisando a expressão acima, observa-se que, D(S) podeser representado de duas formas, ou seja, dois polinômios, separados por parênteses, ou um único polinômio. Neste caso, é mais conveniente que D(S) seja representado por dois polinômios, o que simplifica a determinação dos pólos do sistema [raízes de D(S)] uma vez que, um único polinômio de grau quatro foi reduzido a dois polinômios de segundo grau. Zeros → Raízes de N(S) → S1 = 0 S2 = 0 Pólos → Raízes de D(S) → S3 = + j1000 S4 = - j1000 S5 = - 200 + j476,1 S6 = - 200 – j476,1 Obs: Quando um polinômio do segundo grau resulta em raízes complexas, este polinômio não deve ser desmembrado. Como exemplo, considere um polinômio D(S) do segundo grau com raízes: SX = σa + jϖa SY = σa - jϖa O polinômio D(S) deve ser representado da seguinte forma D(S) = (S - SX).(S - SY) = (S - σa) 2 + ϖa 2 Esta forma de representação para polinômios de raízes complexas é fundamental para a determinação da transformada inversa. Assim, I(S) deve ser representado como: ]1,476)200)[(10( 40 )67,666.266400)(10( 40 )( 2262 2 262 2 +++ = +++ = SS S SSS S SI A representação no plano complexo S = σ + jϖ, resulta: 16 1.5. Frações Parciais e Determinação da Transformada Inversa Para encontrar a função no domínio tempo, parte-se da função no domínio S, e aplica-se a antitransformada. Entretanto, não é usual partir-se da integral representada na equação 2. O mais prático, é separar o polinômio fracionário que representa F(S) em frações parciais, de tal forma que cada parcela, já possua tabelado a sua antitransformada. Considere F(S), uma função no domínio S. A primeira etapa, consiste em encontrar as raízes do denominador, e representá-lo fatorado. A seguir, analisa-se as raízes de acordo com o que segue: • Raizes não repetidas reais )()())(( )( )( )( )( bS B aS A bSaS SQ SD SN SF − + − = −− == [4] aplicando-se a antitransformada a partir da tabela 1 resulta: btat BeAetf −− +=)( [5] • Raizes repetidas )()()( )( )( 1 2 2 2 aS A aS A aS SQ SF − + − = − = [6] aplicando-se a antitransformada a partir da tabela 1 resulta: )()( 12 AtAetf at −= − [7] 17 • Raizes repetidas e não repetidas )()()()()( )( )( 1 2 2 2 bS B aS A aS A bSaS SQ SF − + − + − = −− = [8] aplicando-se a antitransformada a partir da tabela 1 resulta btat BeAtAetf −− +−= )()( 12 [9] • Raizes complexas Conservar o polinômio parcial destas raízes na ordem 2. Se D(S) de F(S) for representado por somente um polinômio de ordem 2, aplicar direto a tabela 1, e cuidar que F(S) deve ser representado da mesma forma da tabela. Supondo uma função F(S) representada como 222 )()())(( )( )( ωσ +− + − = ++− = S B aS A dcSSaS SQ SF [10] onde a é uma raiz real e S = σσσσ + jωωωω é a raiz complexo conjugado do polinômio de ordem 2. Entretanto, para aplicar a antitransformada de tabela para o segundo termo da fração parcial, esta deve ser representada como: 2222 )()( ωσ ω ωσ +− = +− S K S B [11] aplicando-se a antitransformada a partir da tabela 1 resulta )()( . tsenKeAetf tat ωσ−− += [12] Se os termos das frações parciais da equação 10 não for solução, refazer como: 222 )()())(( )( )( ωσ +− + + − = ++− = S CBs aS A dcSSaS SQ SF [13] Para aplicar a antitransformada de tabela para o segundo termo da fração parcial, esta deve ser representada como: 2222 )( )( )( ωσ σ ωσ +− − = +− + S S K S CBS [14] aplicando-se a antitransformada a partir da tabela 1 resulta 18 )cos()( tKeAetf tat ωσ−− += [15] EXEMPLO 2. Considere as correntes I(S) e determine i(t) a) 1011 10 )( 2 ++ = SS SI Raízes de D(S) = S1= -1 e S2= -10 Como as raízes são Reais, Negativas e Diferentes, trata-se de um Circuito Hiperamortecido. )10)(1( )1()10( )10()1()10)(1( 10 ))(( 10 )( 21 ++ +++ = + + + = ++ = −− = SS BSAS S B S A SSSSSS SI oxSBAxSBAxSxSBASBABSAS )10()(10010)()1()10(10 101 +++=+⇒+++=+++= Por Semelhança: 1010 0 =+ =+ BA BA 11,1 11,1 −= += B A )10( 11,1 )1( 11,1 )( + − + + = SS SI Tabela t K S K .. αε α −= + ttti 101 .11,1.11,1)( −− −= εε b) 10020 10 )( 2 ++ = SS S SI Raízes de D(S) = S1= -10 e S2= -10 Como as raízes são Reais, Negativas e Iguais, trata-se de um Circuito Criticamente Amortecido 222 21 )10( )10( )10()10()10( 10 ))(( 10 )( + ++ = + + + = + = −− = S BSA S B S A S S SSSS S SI oxSBABxSxSxSBABSBSAS )10(01010)10(10 101 ++=+⇒++=++= Por Semelhança: 010 10 =+ = BA B 10 100 = −= B A )10( 10 )10( 100 )( 2 + + + − = SS SI Tabela ( ) t tK S K . 2 .. αε α −= + ttt ttti 101010 ).10.100(.10..100)( −−− +−=+−= εεε 19 c) 32 10 )( 2 ++ = SS SI Raízes de D(S) = S1= -1 + j1,41 e S2= -1 - j1,41 Como as raízes são Complexo Conjugado com parte Real Negativa, trata-se de um Circuito Hipoamortecido. Neste caso as raízes não são fatorados, mas são manipuladas como segue: 41,1141,11 =⇒−=⇒+−=+= ωσωσ jjS 22222 41,1)1()(32)( ++=+−=++= SSSSSD ωσ 222 41,1)1( 10 32 10 )( ++ = ++ = SSS SI Tabela ( ) t tsenK S K . 22 )..(. αεω ωα ω −= ++ Como os valores da Transformada e a Transformada Inversa não fecham, deve-se fazer uma manipulação algébrica: 2222 41,1)1( 41,1 41,1)1( 10 )( ++ = ++ = S K S SI Fazendo K x 1,41 = 10 resulta em K = 10 / 1,41 = 7,09 ttsenti S SI .1 22 )..41,1(.09,7)( 41,1)1( 41,1 09,7)( −=⇒ ++ = ε d) 233 )1(10 )( 23 +++ + = SSS S SI Raízes de D(S) = S1= -0,5 + j0,87 : S2= -0,5 - j0,87 : S3= -2 Como há raízes que são Complexo Conjugado com parte Real Negativa, esta parte não pode se fatorada, embora haja outra raiz: ]87,0)5,0)[(2( )1(10 )11)(2( )1(10 )( 222 +++ + = +++ + = SS S SSS S SI )11)(2( )2)(()11( )11()2()11)(2( )1(10 )( 2 2 22 +++ +++++ = ++ + + + = +++ + = SSS SCBSSSA SS CBS S A SSS S SI )2)(()11()1(10 2 +++++=+ SCBSSSAS 012012 )2()2()(10100 xSCAxSCBAxSBAxSxSxS ++++++=++ 20 102 102 0 =+ =++ =+ CA CBA BA 67,6 33,3 33,3 += += −= C B A 222 87,0)5,0( )2( 33,3 )2( 33,3 )11( 67,633,3 )2( 33,3 )( ++ + + + − = ++ + + + − = S S SSS S S SI Tabela ( ) ( ) ttK S S K . 22 )..cos(. αεω ωα α −= ++ + 22222222 87,0)5,0( 5,1 3,3 87,0)5,0( )5,0( 33,3 87,0)5,0( 5,1)5,0( 33,3 87,0)5,0( )2( 33,3 ++ + ++ + = ++ ++ = ++ + SS S S S S S t t S S .5,0 22 )..87,0cos(.33,387,0)5,0( )5,0( 33,3 −= ++ + ε 2222 87,0)5,0( 87,0 87,0)5,0( 5,1 33,3 ++ + = ++ S K S Fazendo K x 0,87 = 3,33 x 1,5 resulta em K = 3,33 x 1,5 / 0,87 = 5,74 2222 87,0)5,0( 87,0 74,5 87,0)5,0( )5,0( 33,3 )2( 33,3 )( ++ + ++ + + + − = SS S S SI ttt tsentti .5,0.5,0.2 )..87,0(.74,5)..87,0cos(.33,3.33,3)( −−− ++−= εεε EXEMPLO 3. Determine i(t), vR(t), vL(t), vC(t) no domínio do tempo aplicando a T.L. Representação do circuito no Domínio Freqüência Complexa S, ou a T.L.do circuito. 21 a) Determinação de i(t): 15 5 2 2 1022 110 )( )( )( 2 ++ = ++ == SSS S S S SSZ SV SI i Raízes de D(S) : S1 = - 0,21 S2 = - 4,79 )79,4)(21,0( )21,0()79,4( )79,4()21,0()79,4)(21,0( 5 )( ++ +++ = + + + = ++ = SS SBSA S B S A SS SI Por Semelhança: 5 = A(S + 4,79) + B(S + 0,21) = AS + 4,79A + BS + 0,21B S1.0 + S0.5 = S1.(A + B) + S0.(4,79A + 0,21B) S1 → 1,00 A + 1,00 B = 0 A = +1,09 S0 → 4,79 A + 0,21 B = 5 B = - 1,09 )79,4( 09,1 )21,0( 09,1 )( + − + = SS SI De Tabela at Ktf aS K SF −=⇒ + = ε)()( ttti 79,421,009,109,1)( −− −= εε 22 b) Determinação de vR(t): tt RR tvxtixRtitv 79,421,0 9,109,10)(10)()()( −− −=⇒== εε c) Determinação de vL(t): ( ) 15 10 2. 15 5 )()()( 22 ++ = ++ == SS S S SS SxZSISV LL Raízes de D(S) : S1 = - 0,21 S2 = - 4,79 )79,4)(21,0( )21,0()79,4( )79,4()21,0()79,4)(21,0( 10 )( ++ +++ = + + + = ++ = SS SBSA S B S A SS S SVL Por Semelhança: 10S = A(S + 4,79) + B(S + 0,21) = AS + 4,79A + BS + 0,21B S1.10 + S0.0 = S1.(A + B) + S0.(4,79A + 0,21B) 23 S1 → 1,00 A + 1,00 B = 10 A = - 0,45 S0 → 4,79 A + 0,21 B = 0 B = 10,45 )79,4( 45,10 )21,0( 45,0 )( + + + − = SS SVL tt L tv 79,421,0 459,1045,0)( −− +−= εε d) Determinação de vC(t): )15( 102 . 15 5 )()()( 22 ++ = ++ == SSSSSS SxZSISV CC Raízes de D(S) : S1 = 0 S2 = - 0,21 S3 = - 4,79 )79,4()21,0()79,4)(21,0( 10 )( + + + += ++ = S C S B S A SSS SVC )79,4)(21,0( )21,0()79,4()21,0)(79,4( )( ++ ++++++ = SSS SCSSBSSSA SVC Por Semelhança: 10 = AS2 + 0,21AS + 4,79AS + 1,006A + BS2 + 4,79BS + CS2 + 0,21CS S2.0 + S1.0 + S0.10 = S2.(A + B + C) + S1.(5A – 4,79B + 0,21C) + S0.(1,006A) 24 S2 → 1,00 A + 1,00 B + 1,00 C = 0 A = 10,00 S1 → 5,00 A + 4,79 B + 0,21 C = 0 B = -10,46 S0 → 1,006 A + 0,00 B + 0,00 C = 10 C = 0,46 )79,4( 46,0 )21,0( 46,1010 )( + + + −= SSS SVC tt C tv 79,421,0 46,046,1010)( −− +−= εε Os gráficos foram gerados a partir do excel como: tempo i(t) 0 0 0,1 0,3922 0,2 0,626979 ... ... 9,5 0,148255 tempo vR(t) 0 0 0,1 3,922 0,2 6,269793 ... ... 9,5 1,482549 tempo vL(t) 0 10 0,1 6,032107 0,2 3,577749 ... ... 9,5 -0,061206 tempo vC(t) 0 0 0,1 0,045892 0,2 0,152457 ... ... 19,4 9,822253 i(t) = 1,09*EXP(-0,21*A1)-1,09*EXP(-4,79*A1) vR(t) = 10,9*EXP(-0,21*A1)-10,9*EXP(-4,79*A1) vL(t) = 10,45*EXP(-4,79*A1)-0,45*EXP(-0,21*A1) vC(t) = 10-10,45*EXP(-0,21*A1)+0,45*EXP(-4,79*A1) 25 EXEMPLO 4. Determine i(t), vR(t), vL(t), vC(t) no domínio do tempo aplicando a T.L. Representação do circuito no Domínio Freqüência Complexa S, ou a T.L.do circuito. a) Determinação de i(t): 222 97,0)25,0( 5 15,0 5 2 2 122 110 )( )( )( ++ = ++ = ++ == SSSS S S S SSZ SV SI i Raízes de D(S) : S1 = - 0,25 + j0,97 S2 = - 0,25 - j0,97 Onde S = σσσσ + jϖϖϖϖ : σσσσ = - 0,25 : ϖϖϖϖ = 0,97 Obs: Quando as raízes são um complexo conjugado, devem ser representadas como: D(S) = S2 + 0,5S +1 = (S - σ)2 + ϖ2 = (S + 0,25)2 + 0,97 2 De Tabela attsenKtf aS KSF −=⇒ ++ = εϖ ϖ ϖ )..(.)( )( )( 22 Reestruturando I(S) para a forma da Tabela, resulta 222222 97,0)25,0( 97,0 15,5 97,0)25,0( 97,0 97,0)25,0( 5 )( ++ = ++ = ++ = SS K S SI 26 22 97,0)25,0( 97,0 15,5)( ++ = S SI onde K x 0,97 = 5 → K = 5,15 ttsenti 25,0).97,0(.15,5)( −= ε Observa-se que i(t) pode ser representado como o produto de duas funções, ou seja tt tftsentftxftftsenti 25,02121 25,0 .1)()97,0(.15,5)()()().97,0(.15,5)( −− =⇒=⇒== εε Os gráficos das duas funções e de i(t) estão representados a seguir. b) Determinação de vR(t): tt R tsenxtsenxRtitv 25,025,0 ).97,0(.15,51]).97,0(.15,5[)()( −− === εε Observa-se que i(t) pode ser representado como o produto de duas funções, ou seja tt tftsentftftftsenti 25,02121 25,0 .1)()97,0(.15,5)()(*)().97,0(.15,5)( −− =⇒=⇒== εε Os gráficos de vR(t) são idênticos a i(t). 27 c) Determinação de vC(t): ( )15,0 102 15,0 5 )()()( 22 ++ = ++ == SSSSSS SxZSISV CC Raízes de D(S) : S1 = 0 S2 = - 0,25 + j0,97 S3 = - 0,25 - j0,97 Por Frações Parciais ( )15,0 10 15,0 )( 22 ++ = ++ += SSSSS B S A SVC o sistema acima resulta: A = 0 e A = 10 ??? Ocorre que, a transformada inversa do segundo termo da fração parcial acima resultará num cosseno e uma exponencial decrescente. Porém das Tabelas observa-se que, esta função, deve conter um termo em S no Numerador. Assim, refazer como: ( ) ( )15,0 )15,0( 15,0 10 15,0 )( 2 22 22 ++ ++++ = ++ = ++ + += SSS CSBSSSA SSSSS CBS S A SVC S2 → 1,00 A + 1,00 B + 0,00 C = 0 A = 10,00 S1 → 0,50 A + 0,00 B + 1,00 C = 0 B = -10,00 S0 → 1,00 A + 0,00 B + 0,00 C = 10 C = -5,00 222 97,0)25,0( )5,0(1010 15,0 51010 )( ++ + −= ++ + −= S S SSS S S SVC De Tabela attKtf aS aS KSF −=⇒ ++ + = εϖ ϖ )..cos(.)( )( )( )( 22 Observa-se acima que, o segundo termo de VC(S) não está na forma da tabela. Assim, utiliza-se um artifício, ou seja 222222 97,0)25,0( 5,2 97,0)25,0( )25,0(1010 97,0)25,0( )25,025,0(1010 )( ++ − ++ + −= ++ ++ −= SS S SS S S SVC Observa-se agora que o terceiro termo de VC(S) não está na forma da tabela, assim: 222222 97,0)25,0( 97,0 57,2 97,0)25,0( 97,0 97,0)25,0( 5,2 ++ = ++ = ++ SS K S onde K x 0,97 = 2,5 → K = 2,57 28 2222 97,0)25,0( 97,0 57,2 97,0)25,0( )25,0( 10 10 )( ++ − ++ + −= SS S S SVC tt C tsenttv 25,025,0 ).97,0(.57,2).97,0cos(.1010)( −− −−= εε d) Determinação de vL(t): ( ) 2222 97,0)25,0( )25,025,0(10 15,0 10 2 15,0 5 )()()( ++ −+ = ++ = ++ == S S SS S S SS SxZSISV LL 2222 97,0)25,0( 97,0 57,2 97,0)25,0( )25,0( 10)( ++ − ++ + = SS S SVL tt L tsenttv 25,025,0 ).97,0(.57,2).97,0cos(.10)( −− −= εε Os gráficos foram gerados a partir do excel como: 29 Tempo i(t) 0 0 0,2 0,94442 0,4 1,76302 ... ... 19 -0,01815 tempo vR(t) 0 0 0,2 0,944423 0,4 1,763021 ... ... 19 -0,01815 tempo vL(t) 0 10 0,2 8,862558 0,4 7,495988 ... ... 19 0,088071 tempo vC(t) 0 0 0,2 0,194852 0,4 0,744414 ... 0 19 9,930044 i(t) = vR(t) = 5,15*SEN(0,97*A1)*EXP(-0,25*A1) vL(t) = 10*COS(0,97*A1)*EXP(-0,25*A1)-2,57*SEN(0,97*A1)*EXP(-0,25*A1) vC(t) = 10-10*COS(0,97*A1)*EXP(-0,25*A1)-2,57*SEN(0,97*A1)*EXP(-0,25*A1) 1.6. Sistemas de segunda ordem e Primeiro Critério de Estabilidade A corrente que circula num circuito elétrico RLC é representa por uma equação diferencial de segunda ordem elétrico, representada no domínio tempo como: )()( )( 2 )( )( 1)()( 2 002 2 2 2 tvti dt tdi dt tid ti LCdt tdi L R dt tid =++=++ ωδω [16] A solução para a equação diferencial acima, é uma expressão i(t) que satisfaz esta equação. Esta solução possui duas partes, a resposta homogênea, que depende do circuito e representa os transitórios do sistema, e uma resposta particular, que depende da fonte de alimentação e representa o regime permanente do sistema. Entretanto, partindo-se de uma expressão F(S), no domínio frequência (transformada de Laplace), pode-se analisar os transitórios do sistema, sem a necessidade de antitransformar a função. Isto é possível, analisando-se os pólos e zeros da função. Uma equação semelhante a equação 16, está representada a seguir 2 00 2 0 2)( )( )( ωδω ω ++ == SSSD SN SF [17] onde ωωωω0 é a frequência natural de oscilação, calculada como: LC 1 0 =ω [18] αααα = σσσσ = δδδδ ωωωω0 é o coeficiente de amortecimento, calculado como: )( 2 serie L R =α )( 2 1 paralelo RC =α [19] ωωωωd é a frequência natural do sistema amortecido, calculado como: 22 0 αωω −=d [20] 30 ξξξξ = δδδδ é a razão de amorcimento. As raizes de S podem ser calculadas, a partir destes termos, como: 1)( 200 2 0 22 0 2 00 −±−=−±−=−±−= δωδωωααωδωδωS [21] A figura 1 mostra a representação destas grandezas no plano complexo S. O comportamento do circuito pode ser analisado a partir da equação características, assim: • Se δδδδ > 1 ambos os pólos são reais e negativos - hiperamortecido •Se δδδδ = 1 ambos os pólos são reais, negativos e iguais - criticamente amortecido • Se 0 < δδδδ < 1 os pólos são complexos conjugados com partes reais negativas - hipoamortecido • Se δδδδ = 0 os pólos são puramente imaginários - oscilação constante • Se δδδδ < 0 os pólos estão no semi-plano direito - sistema instável, oscilação crescente Figura 1 – Pólos representados no plano complexo S EXEMPLO 5. Para o circuito abaixo, determine os pólos variando R = - ∞ a + ∞. 31 15,0 5 2 2 22 110 )( )( )( 2 ++ = ++ == RSSS S RS S SSZ SV SI i 15,0 5 )( 2 ++ = RSS SI R Raízes D(S) = S2 + 0,5RS + 1 ∞ S1 = 0 – S2 = – ∞ 100 S1 = – 0,02 S2 = – 50 ( I ) 10 S1 = – 0,21 S2 = – 4,79 (II) 4 S1 = – 1 S2 = – 1 (III) 1 S1 = – 0,25 + j0,97 S2 = – 0,25 – j0,97 (IV) 0 S1 = + J S2 = – j (V) – 1 S1 = + 0,25 + j0,97 S2 = + 0,25 – j0,97 (VI) – 4 S1 = + 1 S2 = + 1 (VII) – 10 S1 = + 0,21 S2 = + 4,79 – 100 S1 = + 0,02 S2 = + 50 – ∞ S1 = 0 + S2 = + ∞ O gráfico a seguir, ilustra a representação do Lugar Geométrico das Raízes ou Root Locus no plano complexo S = σ + jϖ 32 ( I ) – Hiperamortecido – Raízes Reais, Negativas e Diferentes (II) – Criticamente Amortecido – Raízes Reais, Negativas e Iguais Gráfico muito semelhante ao ( I ) porém com decaimento mais acentuado (III) – Hipoamortecido – Raízes Complexo Conjugado, com parte Real Negativa (IV) – Oscilação Constante – Raízes Complexo Conjugado puramente imaginária (V) – Oscilação Crescente (Sistema Instável) – Raízes Complexo Conjugado com parte Real Positiva (VI) e (VII) – Exponenciais Crescente (Sistema Instável) – Raízes Reais e Positivas 33 Observações: • As respostas ( I ) – (II) e (III) representam circuitos estáveis, ou seja, a corrente tende a um valor real quando o tempo tende a infinito. Neste caso, observa-se que as raízes sempre tem parte Real Negativa e encontram-se no Semi-Plano Esquerdo do Plano Complexo S. • As respostas (V) – (VI) e (VII) representam circuitos instáveis, ou seja, a corrente tende a um valor infinito quando o tempo tende a infinito. Neste caso, observa-se que as raízes sempre tem parte Real Positiva e encontram-se no Semi-Plano Direito do Plano Complexo S. Das considerações anteriores, observa-se que o eixo jϖϖϖϖ é a fronteira entre circuitos instáveis e estáveis. De fato, o critério do Lugar Geométrico das Raízes ou Root Locus é utilizado para identificar se um circuito é estável ou instável. Maiores considerações podem ser encontradas no estudo de Análise de Sistemas ou Sistemas de Controle. 1.7. Circuitos com Cargas no Indutor e Capacitor Um indutor ou capacitor, sem carga no tempo 0+ são representado apenas por sua impedância, ou seja, ZL(S) = SL e ZC(S) = 1 / SC. Entretanto, se este possuem carga no tempo 0+ estes são representados em série com Fontes, conforme mostra a figura 2. (a) (b) Figura 2 – Representação com carga no tempo 0+ – (a) Indutores – (b) Capacitores EXEMPLO 6. Determine i(t), considerando o circuito a seguir, no qual o indutor e o capacitor possuem carga em t = 0+. 34 Representação do circuito no Domínio Freqüência Complexa S, ou a T.L.do circuito. O circuito acima foi representado genericamente. Isto possibilita uma análise e cálculo para qualquer circuito RLC série com carga no capacitor e indutor. Por malha 0)(. 1 )(.)(. . 22 =++−++ + − S V SI SC LISISLSIR S SVp o o ϖ ( ) ( ) 22 2222 22 ][..1 )( ϖ ϖϖ ϖ + +−++ =−+ + = ++ S S V xSSLISVp S V LI S SVp SC SLRSI o o o o ( ) ( ) ++ + +−++ = S S SC SLR S S V xSSLISVp SI o o 1 ][. )( 22 2222 ϖ ϖϖ ++ + −−++ = C LSSR S VSVSLISLISVp SI oooo 1 . )( 2 22 22232 ϖ ϖϖ ( ) +++ −+−+ = L L C RSLSS VSLISVVpSLI SI oooo 1 1 1 ).( )( 222 2223 ϖ ϖϖ 35 ( ) +++ −+ − + = LC S L R SS L V SIS L VVp SI SI o o o o 1 ).( )( 222 2 223 ϖ ϖ ϖ Caso a carga no capacitor esteja com polaridade invertida o termo - Voϖ 2 / L terá sinal positivo. Caso a corrente no indutor esteja na direção oposta o termo + Ioϖ 2 S terá sinal negativo. Atribuindo os valores do exemplo proposto resulta ( )( )6262 9523 1093,829,714.5.10 1014,7105.71,285.645,0 )( xSSS xSxSS SI +++ −++ = Raízes de D(S): S1 = + j1000 S2 = - j1000 S3 = - 2.857,14 + j874,53 S4 = - 2.857,14 - j874,53 Por Frações Parciais ( )( ) 62626262 9523 1093,829,714.5101093,829,714.5.10 1014,7105.71,285.645,0 )( xSS DCS S BAS xSSS xSxSS SI ++ + + + + = +++ −++ = ( )( ) ( )( ) ( )( )6262 6262 1093,829,714.5.10 10.1093,829,714.5. )( xSSS SDCSxSSBAS SI +++ ++++++ = Fazendo as devidas multiplicações de N(S) da equação acima resulta: ++++++++ )1028,714.543.571.928.8()28,714.5()( 6123 CBASDBASCAS 0912360 1014,7000.50071,285.645,0)1043.571.928.8( SxSSSDBS −++=++ Por Semelhança: S3 → 1,00 A + 0,00 B + 1,00 C + 0,00 D = 0,50 A = 4,27 S2 → 5.714,28 A + 1,00 B + 0,00 C + 1,00 D = 64.285,71 B = - 5.929,17 S1 → 8.928.571,43 A + 5.714,28 B + 106 C + 0,00 D = 500.000,00 C = - 3,77 S0 → 0,00 A +8.928.571,43 B + 0,00 C + 106 D = -7,14 x 109 D = 45.796,20 )()( 83,874)14,857.2( 20,796.4577,3 10 17,929.527,4 )( 2262 SISI S S S S SI HP += ++ +− + + − = 36 Observa-se da expressão acima que a Solução Geral é composta por duas frações, detalhadas a seguir: IP → Solução Particular → Resposta em Regime Permanente → Resposta Forçada → Depende da Fonte que alimenta o circuito IH → Solução Homogênea → Resposta Transitória → Resposta Natural → Depende dos Componentes RLC 62 3 6262 10 10 93,5 10 27,4 10 17,929.527,4 )( + − + = + − = SS S S S SI P 2222 83,874)14,857.2( )14,857.214,857.2 77,3 20,796.45 (77,3 83,874)14,857.2( 20,796.4577,3 )( ++ −+−− = ++ +− = S S S S SI H 2222 83,874)14,857.2( )14,857.253,147.12(77,3 83,874)14,857.2( )14,857.2(77,3 )( ++ −− − ++ + −= SS S SIH O último termo de IH(S) deve ser reescrito como: 2222 83,874)14,857.2( 83,874 83,874)14,857.2( )14,857.253,147.12(77,3 ++ = ++ + S K S 66,64 83.874 )14,857.253,147.12(77,3 )14,857.253,147.12(77,383.874 = + =⇒+= KKx 222262 3 62 83,874)14,857.2( 83,874 66,64 83,874)14,857.2( )14,857.2( 77,3 10 10 93,5 10 27,4)( ++ + ++ + − + − + = SS S SS S SI tt tsenttsentti 14,285714,2857 ).83,874(.66,64).83,874cos(.77,3)1000.(.93,5)1000cos(.27,4)( −− +−−= εε Os gráficos a seguir mostram as soluções Homogênea, Particular e Geral respectivamente. 37 Os gráficos foram gerados a partir do excel como: Tempo iH(t) 0 -3,77000 0,0001 -7,06766 0,0002 -8,45276 ... ... 0,0094 -1,2E-10 tempo iP(t) 0 4,270000 0,0001 3,656656 0,0002 3,006775 ... ... 0,0094 -4,41561 tempo iG(t) 0 0,50000 0,0001 -3,41101 0,0002 -5,44599 ... ... 0,0094 -4,41561 iH(t) = =-3,77*COS(874,83*A1)*EXP(-2857,14*A1)+64,66*SEN(874,83*A1)*EXP(-2857,14*A1) iP(t) = =4,27*COS(1000*A1)-5,93*SEN(1000*A1) iG(t) = iH(t) + iP(t) 1.8. Teorema do Valor Inicial e Final Tomando o limite de s →→→→ ∞∞∞∞ (por valores reais) da transformada direta de Laplace da derivada df(t)/dt. )}0()({ )()( 0limlim + ∞ − →∞→∞ −== ∫ fssFdtedt tdf dt tdf L St SS [22] Mas e-st integrando se aproxima de zero, à medida que s →→→→ ∞∞∞∞. Assim: 0)}0()({lim =− + →∞ fssF S [23] 38 Uma vez que f(0+) é uma constante, pode-se escrever: )}({)0( lim ssFf S→∞ + = [24] que é a expressão do teorema do valor inicial. Da mesma forma o teorema do valor finalresulta em: )}({)( lim 0 ssFf S→ =∞ [25] EXEMPLO 7. Considere o Circuito Misto a seguir: a) Utilizando os teoremas do valor inicial e final, determine i1(t), i2(t), i3(t), vR1(t), vR2(t), vC(t) e vL(t), considerando: • t = 0+ • t → ∞ Representação do circuito no Domínio Freqüência Complexa S, ou a T.L.do circuito. )( 110 )( 1 )( )( )( )(1 SZ x SSZ xSV SZ SV SI i i === A determinação de Z(S) foi realizada como 39 1 2 22 2 22 12// 22 12// 2 2)( + + + + =+ + =+ += S S S Sx S S S S S S S SZ ( ) 1 133 111 )111(22 1 111 22 1 2)22( 2)22( )( 2 2 2 22 2 2 2 ++ ++ = ++ ++++ =+ ++ + =+ ++ + = SS SS SS SSSS SS SS S SS S SxS SZ Algebricamente: 1 2 2 1 2 12 1 1 // 1 // 1 )( R SL SC SCR xSL SC SCR RSL SC SCR RSL SC RSZ + + + + =+ + =+ += 1 2 2 2 2 12 2 2 1)1( )1( )( R SCRLCS SLLCRS R SC LCSSCR SC xSLSCR SZ + ++ + =+ ++ + = ( ) ( ) 1 )( 1 )1( )( 2 2 12112 2 2 2 2 2 12 2 ++ ++++ = ++ ++++ = SCRLCS RRCRLSLCRLCRS SCRLCS SCRLCSRSLLCRS SZ Atribuindo os respectivos valores: 111 133 )( 2 2 ++ ++ = SS SS SZ a) Determinação de i1(t): I1(S) pode ser determinado de duas maneiras: a.1.) Diretamente a partir de Z(S) já determinado em valores ( )33,0. 33,333,333,3 3/1 3/1 133 110 1 133 110 )( 1 )()( 2 2 2 2 2 21 ++ ++ = ++ ++ = ++ ++ == SSS SS x SS SS S SS SS x SSZ xSVSI i 40 a.2) Por desenvolvimento algébrico: ( ) ( ) ( ) + + + +++ + + == 21 21 121 12 2 22 1 1 1 1 1 )( )( )( RR RR x LC R L RR C SRRS LCL R SS x S V SZ SV SI ii ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + + + + + = 21 1 21 212 2121 2 21 2 1 . 11 1 . )( RRLC R RR x L RR C SS RRLCRRL R S RR S x S V SI i ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + + + + + = 21 1 21 212 2121 2 21 2 1 . 11 . .. )( RRLC R RR x L RR C SSS RRLC V RRL RV S RR SV SI iii Atribuindo os valores resulta: ( )33,0. 33,333,333,3 )( 2 2 1 ++ ++ = SSS SS SI Observe que as duas maneiras resultam na mesma expressão. I. Teorema do Valor Inicial: Cálculo de i1(0 +) ∞→= = St SFStf |)(.|)( 0 ( ) →∞→∞ →∞ + = ++ ++ = ++ ++ === SS St SS SS SSS SS SSISiti 33,0 33,333,333,3 33,0. 33,333,333,3 .|)(.)0(|)( 2 2 2 2 1101 Para resolução da equação acima, deve-ser aplicar L´Hospital, ou seja 3 1 43 21 )]([ )]([ )( )( |)( K K dX XDd dX XNd KXK KXK XD XN XF X == + + ==∞→ Assim →∞→∞ + + + == ++ ++ == SS S S dS SDd dS SNd SS SS SD SN i 12 33,366,6 )]([ )]([ 33,0 33,333,333,3 )( )( )0( 2 2 1 41 A dS SDd dS SNd i 33,3 2 66,6 )]([ )]([ )0(1 === + II. Teorema do Valor Final. Cálculo de i1(∞∞∞∞) 0|)(.|)( =∞→ = St SFStf ( ) ASSS SS SSISiti S St 1033,0 33,3 33,000 33,30.33,30.33,3 33,0. 33,333,333,3 .|)(.)(|)( 2 2 0 2 2 0111 == ++ ++ = ++ ++ ==∞= = =→∞ b) Determinação de vR1(t): I. Cálculo de vR1(0 +) VxxRivtv RtR 33,3133,3)0()0(|)( 11101 ==== ++ = II. Cálculo de vR1(∞∞∞∞) VxxRivtv RtR 10110)()(|)( 1111 ==∞=∞=∞→ c) Determinação de vL(t): Analisando a malha (1), observa-se: ++ ++−++ = ++ ++ −=−= 133 )1()133(10 133 11010 )()()( 2 22 2 2 1 SS SSSS SSS SS SS SVSVSV RiL 33,0 67,667,6 3/1 3/1 133 2020 133 2210 )( 222 2 ++ + = ++ + = ++ + = SS S x SS S SS SS S SVL Onde VR1(S) = I1(S) x R1 = I1(S) x 1 = I1(S) VL(S) também pode ser desenvolvido algebricamente, ou seja: 111 )()()()()( xRSISVSVSVSV iRiL −=−= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + + + + + −= 21 1 21 212 2121 2 21 2 1 . 11 1 .. )( RRLC R RR x L RR C SS RRLCRRL R S RR S x S VR S V SV iiL 42 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + + + + + −= 21 1 21 212 2121 2 21 2 1 . 11 1 . .1)( RRLC R RR x L RR C SS RRLCRRL R S RR S xRx S V SV iL ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + + + + + − + + + ++ 21 1 21 212 21 1 21 21 21 2 1 21 1 21 212 . 11 . .. . 11 RRLC R RR x L RR C SS RRLC R RRL RR S RR SR RRLC R RR x L RR C SS ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + − + ++ + − = 21 1 21 212 21 21 21 21 21 12 . 11 . .11 1 )( RRLC R RR x L RR C SS RRL RR RR x L RR C S RR R S x S V SV iL ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + + + − = 21 1 21 212 2121 12 . 11 . 1 1 )( RRLC R RR x L RR C SS RRC S RR R S x S V SV iL ( ) ( ) ( ) ( ) 33,0 67,667,6 . 11 . 1 .1.. )( 2 21 1 21 212 2121 1 ++ + = + + + ++ + + + − = SS S RRLC R RR x L RR C SS RRC V RR R VS SV ii L Atribuindo os valores resultou na mesma expressão desenvolvida anteriormente. I. Teorema do Valor Inicial: Cálculo de vL(0 +) →∞→∞ →∞ + = ++ + = ++ + === SS SLLtL SS SS SS S SSVSvtv 33,0 67,667,6 33,0 67,667,6 |)(.)0(|)( 2 2 20 Aplicando L´Hospital duas vezes, ou derivando duas vezes: 43 V dS SDd dS SNd SS SS v S L 67,62 34,13 )]([ )]([ 33,0 67,667,6 )0( 2 2 2 2 2 2 === ++ + = →∞ + II. Teorema do Valor Final. Cálculo de vL(∞∞∞∞) V SS SS SVSvtv S SLLtL 033,000 0.67,60.67,6 33,0 67,667,6 |)(.)(|)( 2 2 0 2 2 0 = ++ + = ++ + ==∞= = =→∞ d) Determinação de i2(t): )33,0( 33,333,3 2 1 33,0 67,667,6 )( )( )( 222 ++ + = ++ + == SSS S SSS S SZ SV SI L L Observa-se que, I2(S) também pode ser desenvolvido algebricamente, ou seja: ( ) ( ) ( ) ( ) LS x RRLC R RR x L RR C SS RRC V RR R VS SZ SV SI ii L L . 1 . 11 . 1 .1.. )( )( )( 21 1 21 212 2121 1 2 + + + ++ + + + − == ( ) ( ) ( ) ( ) )33,0( 33,333,3 . 11 . . 1 .1.. )( 2 21 1 21 212 2121 1 2 ++ + = + + + ++ + + + − = SSS S RRLC R RR x L RR C SSS RRCL V RR R L V S SI ii I. Teorema do Valor Inicial: Cálculo de i2(0 +) →∞→∞ →∞ + = ++ + = ++ + === SS St SS S SSS S SSISiti 33,0 33,333,3 )33,0( 33,333,3 .|)(.)0(|)( 222202 Aplicando L´Hospital, ou derivando: A S dS SDd dS SNd SS S i SS 0 1.2 33,3 12 33,3 )]([ )]([ 33,0 33,333,3 )0( 22 = +∞ = + == ++ + = →∞→∞ + II. Teorema doValor Final. Cálculo de i2(∞∞∞∞) 44 A SS S SISiti S St 1033,000 33,30.33,3 33,0 33,333,3 |)(.)(|)( 2 0 20222 = ++ + = ++ + ==∞= = =→∞ e) Determinação de i3(t): Analisando o nó na parte central do circuito, observa-se ( ) ++ + − ++ ++ =−= )33,0( 33,333,3 33,0. 33,333,333,3 )()()( 22 2 213 SSS S SSS SS SISISI ( )33,0. 33,333,333,333,333,3 )( 2 2 3 ++ −−++ = SSS SSS SI 33,0 33,3 )33,0( 33,3 )( 22 2 3 ++ = ++ = SS S SSS S SI Observa-se que, I3(S) também pode ser desenvolvido algebricamente, ou seja: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + + + + + = 21 1 21 212 2121 2 21 2 1 . 11 1 . )( RRLC R RR x L RR C SS RRLCRRL R S RR S x S V SI i ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + + + − = 21 1 21 212 2121 1 2 . 11 . . 1 .1.. )( RRLC R RR x L RR C SSS RRCL V RR R L V S SI ii )()()( 213 SISISI −= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) − + + + ++ + + + + + = 21 1 21 212 2121 2 21 2 3 . 11 1 . )( RRLC R RR x L RR C SS RRLCRRL R S RR S x S V SI i 45 ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ + + + − − 21 1 21 212 2121 1 . 11 . 11 1 RRLC R RR x L RR C SS RRC x LRR R x L S S Vi ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) + + + ++ − + + + + + = 21 1 21 212 21 1 21 2 21 2 3 . 11 1 .. )( RRLC R RR x L RR C SS LRRL R RRL R S RR S x S V SI i ( ) ( ) ( ) ( ) ( )21 1 21 212 21 1 21 2 21 3 . 11 1 .. . )( RRLC R RR x L RR C SS LRRL R RRL R xV RR SV SI i i + + + ++ − + + + + + = ( ) ( ) ( ) ( )21 1 21 212 21 12 21 3 . 11 1 . . )( RRLC R RR x L RR C SS LRRL RR xV RR SV SI i i + + + ++ − + + + + = ( ) ( ) ( ) 33,0 33,3 . 11 . )( 2 21 1 21 212 21 3 ++ = + + + ++ + = SS S RRLC R RR x L RR C SS RR SV SI i I. Teorema do Valor Inicial: Cálculo de i3(0 +) →∞→∞ →∞ + = ++ = ++ === SS St SS S SS S SSISiti 33,0 33,3 33,0 33,3 |)(.)0(|)( 2 2 23303 Aplicando L´Hospital duas vezes, ou derivando duas vezes: A dS SDd dS SNd SS S i S 33,3 2 66,6 )]([ )]([ 17,067,0 33,3 )0( 2 2 2 2 2 2 3 === ++ = →∞ + 46 II. Teorema do Valor Final. Cálculo de i3(∞∞∞∞) A SS S SISiti S St 033,000 0.33,3 33,0 33,3 |)(.)(|)( 2 2 0 2 2 0333 = ++ = ++ ==∞= = =→∞ g) Determinação de vC(t): 33,0 66,62 33,0 33,3 )()()( 223 ++ = ++ == SSSSS S SxZSISV CC Observa-se que, VC(S) também pode ser desenvolvido algebricamente, ou seja: ( ) ( ) ( ) + + + ++ + == SC x RRLC R RR x L RR C SS RR SV SxZSISV i CC 1 . 11 . )()()( 21 1 21 212 21 3 ( ) ( ) ( ) 6 . 11 . )( 2 21 1 21 212 21 + = + + + ++ + = S RRLC R RR x L RR C SS CRR V SV i C I. Teorema do Valor Inicial: Cálculo de vC(0 +) →∞→∞ →∞ + = ++ = ++ === SS SCCtC SS S SS SSVSvtv 33,0 66,6 33,0 66,6 |)(.)0(|)( 220 Aplicando L´Hospital, ou derivando: V S dS SDd dS SNd SS S v SS c 01.2 66,6 67,02 66,6 )]([ )]([ 33,0 66,6 )0( 2 = +∞ = + === ++ = →∞→∞ + II. Teorema do Valor Final. Cálculo de vC(∞∞∞∞) V SS S SVSvtv S SCCtC 033,000 0.66,6 33,0 66,6 |)(.)(|)( 2 0 20 = ++ = ++ ==∞= = =→∞ 47 g) Determinação de vR2 (t): I. Cálculo de vR2 (0 +) VxxRivtv RtR 66,6233,3)0()0(|)( 23202 ==== ++ = II. Cálculo de vR2(∞∞∞∞) VxxRivtv RtR 020)()(|)( 2322 ==∞=∞=∞→ h) Confirmando os valores encontrados I. Condições Iniciais: t = 0+. A RR v ii i 33,3 21 10)0( )0()0( 21 31 = + = + == + ++ Ai 0)0(2 = + VvC 0)0( = + VxxRivR 33,3133,3)0()0( 111 === ++ VxxRivv RL 66,6233,3)0()0()0( 232 ==== +++ II. Condições de Regime Permanente: t → ∞ . A R v ii i 10 1 10)( )()( 1 21 == ∞ =∞=∞ Ai 0)(3 =∞ 48 VxxRivR 10110)()( 111 ==∞=∞ Vvvv RCL 0)()()( 2 =∞=∞=∞ 7b) Determine a resposta completa no domínio do tempo para todas as tensões e correntes indicadas. Representação do circuito no Domínio Freqüência Complexa S, ou a T.L.do circuito. Obs: As expressões das tensões e correntes no Domínio da Frequência Complexa S já foram determinadas na parte 7ª. Assim, iniciaremos já destas expressões para encontrar as expressões de tensões e correntes no Domínio do Tempo. a) Determinação de i1(t): )33,0( 33,333,333,3 )( 2 2 1 ++ ++ = SSS SS SI Raízes de D(S): S1 = 0 S2 = - 0,5 + j0,28 S3 = - 0,5 - j0,28 )33,0( 33,0 33,0 )( 2 22 21 ++ ++++ = ++ + += SSS CSBSAASAS SS CBS S A SI Por Semelhança: S2 → 1,00 A + 1,00 B + 0,00 C = 3,33 A = 10,00 S1 → 1,00 A + 0,00 B + 1,00 C = 3,33 B = - 20/3 = - 6,66 S0 → 0,33 A + 0,00 B + 0,00 C = 3,33 C = - 20/3 = - 6,66 49 ++ ++ −= ++ + −= 22221 28,0)5,0( 5,0)5,0( 66,6 10 28,0)5,0( 1 66,6 10 )( S S SS S S SI ++ − ++ + −= 22221 28,0)5,0( 5,0 66,6 28,0)5,0( 5,0 66,6 10 )( SS S S SI O último termo de I1(S) deve ser reescrito como: 89,1128,05,066,6 28,0)5,0( 28,0 28,0)5,0( 5,0 66,6 2222 −=⇒=−⇒ ++ = ++ − KKxx S K S tt tsentti 5,05,01 ).28,0(.89,11).28,0cos(.66,610)( −− −−= εε b) Determinação de vR1(t): Como R1 = 1Ω → vR1(t) ≡ i1(t) tt R tsenttv 5,05,0 1 ).28,0(.89,11).28,0cos(.66,610)( −− −−= εε 50 c) Determinação de vL(t) ++ + ++ + += ++ + = 22222 28,0)5,0( 28,0 89,11 28,0)5,0( )5,0( 66,6 33,0 67,667,6 )( SS S SS S SVL Observe que, a segunda parte da expressão acima foi tirada do desenvolvimento em 7A. tt L tsenttv 5,05,0 ).28,0(.89,11).28,0cos(.66,6)( −− ++= εε d) Determinação de i2(t): )33,0( 33,333,3 )( 22 ++ + = SSS S SI )33,0( 33,0 33,0)33,0( 33,333,3 )( 2 22 222 ++ ++++ = ++ + += ++ + = SSS CSBSAASAS SS CBS S A SSS S SI Por Semelhança: S2 → 1,00 A + 1,00 B + 0,00 C = 0,00 A = 10,00 S1 → 1,00 A + 0,00 B + 1,00 C = 3,33 B = - 10,00 S0 → 0,33 A + 0,00 B + 0,00 C = 3,33 C = - 20/3 = - 6,66 222222 28,0)5,0( 66,6 28,0)5,0( 1010 33,0 66,61010 )( ++ − ++ −= ++ −− += SS S SSS S S SI 22222 28,0)5,0( 66,6 28,0)5,0( )5,05,0(1010 )( ++ − ++ −+ −= SS S S SI 2222222 28,0)5,0( 66,6 28,0)5,0( )5,0(10 28,0)5,0( )5,0(1010 )( ++ − ++ − − ++ + −= SSS S S SI 51 222222222 28,0)5,0( 66,1 28,0)5,0( )5,0(1010 28,0)5,0( 566,6 28,0)5,0( )5,0(1010 )( ++ − ++ + −= ++ − − ++ + −= SS S SSS S S SI O último termo de I2(S) deve ser reescrito como: 93,528,066,1 28,0)5,0( 28,0 28,0)5,0( 66,1 2222 −=⇒=−⇒ ++ = ++ − KKx S K S 22222 28,0)5,0( 28,0 93,5 28,0)5,0( )5,0( 10 10 )( ++ − ++ + −= SS S S SI tt tsentti 5,05,02 ).28,0(.93,5).28,0cos(1010)( −− −−= εε e) Determinação de i3(t): 33,0 33,3 )( 23 ++ = SS S SI 2222223 28,0)5,0( )5,0(33,3 28,0)5,0( )5,0(33,3 28,0)5,0( )5,05,0(33,3 )( ++ − + ++ + = ++ −+ = SS SS S SI O último termo de I3(S) deve ser reescrito como: 93,528,0)5,0(33,3 28,0)5,0( 28,0 28,0)5,0( )5,0(33,3 2222 −=⇒=−⇒ ++ = ++ − KKxx S K S x 222 ( 93,5 28,0)5,0( )5,0( 33,3 33,0 33,3 )( − ++ + = ++ = S S SS S SI 52 tt tsentti 5,05,0 3 ).28,0(.93,5).28,0cos(33,3)( −− −= εε f) Determinação de vC(t): 33,0 66,6 )( 2 ++ = SS SVC 79,2328,066,6 28,0)5,0( 28,0 28,0)5,0( 66,6 )( 2222 =⇒=⇒++ = ++ = KKx S K S SVC 222 28,0)5,0( 28,0 79,23 33,0 66,6 )( ++ = ++ = SSS SVC t C tsentv 5,0).28,0(.79,23)( −= ε g) Determinação de vR2(t) Como R2 = 2Ω → vR2(t) ≡ 2.i3(t) 53 tt R tsenttv 5,05,0 2 ).28,0(.89,11).28,0cos(.66,6)( −− −= εε Os gráficos foram gerados a partir do excel como: tempo i1(t) 0 3,340000 0,2 3,381067 0,4 3,493407 ... ... 19 10,00044 tempo i2(t) 0 0 0,2 0,665488 0,4 1,321357 ... ... 19 9,999937 tempo i3(t) 0 3,330000 0,2 2,708063 0,4 2,166659 ... ... 19 0,000506 tempo vR2(t) 0 6,660000 0,2 5,414608 0,4 4,330573 ... ... 19 0,001015 tempo vL(t) 0 6,660000 0,2 6,618932 0,4 6,506592 ... ... 19 -0,00044 tempo vC(t) 0 0 0,2 1,204830 0,4 2,176933 ... ... 19 -0,001462 i1(t) = vR1(t) = 10 - 6,66*COS(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1)-11,89*SEN(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1) i2(t) = 10-10*COS(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1)-5,93*SEN(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1) i3(t) = 3,33*COS(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1)-5,93*SEN(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1) vR2(t) = 6,66*COS(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1)-11,89*SEN(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1) vL(t) = + 6,66*COS(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1)+11,89*SEN(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1) vC(t) = 23,79*SEN(0,28*A1)*EXP(-0,5*A1) 54 2. ANÁLISE NO DOMÍNIO FREQUÊNCIA 2.1. ANÁLISE SENOIDAL DE FREQUÊNCIA 2.1.1. Introdução a Análise de Frequência Quando um circuito é alimentado com corrente alternada uma análise no domínio tempo resulta no comportamento do circuito, tanto nos transitórios, como em regime permanente. Entretanto, muitas vezes não é necessário uma análise dos transitórios dos circuitos, mas somente uma análise em regime permanente. Como exemplo, cita-se os dispositivos de potência onde, muitas vezes, não é necessário conhecer o comportamento dos transitórios. Da mesma forma, quando são analisados os filtros, também não é necessário conhecer o comportamento dos transitórios. Assim, este capítulo tem como objetivo a análise de circuitos no domínio frequência e as respostas destes, quando a frequência da fonte de alimentação é variada. 2.1.2. Diagrama de Resposta em Frequência A resposta no domínio frequência de um circuito elétrico, pode ser realizada a partir de fasores, análise através de números complexos, ou a partir da transformada de Fourier. Quando a impedância de um indutor é representada por +jωωωωL ou de um capacitor como 1 / jωωωωC , estas grandezas são a transformada de Fourier destas impedâncias. A transformada de Fourier de um função pode ser obtida, fazendo σσσσ = 0 na expressão S = σσσσ + jωωωω, resultando S = jωωωω. Contudo, da transformada de Laplace, sabe-se que o σσσσ é responsável pelo comportamento nos transitórios enquanto que o jω está relacionado com o regime permanente. Uma vez que, no domínio frequência, analisa-se somente o regime permanente, é possível analisar estes circuitos, partindo-se da transformada de Laplace, fazendo S = jωωωω. Uma vez que, uma análise no domínio frequência, resulta em expressão de números complexo na forma polar de módulo e ângulo, é possível fazer uma analogia destas grandezas com amplitude e a desafagem. Assim, uma análise em regime permanente resulta em expressões de Módulo e Fase, sempre referenciados a fonte de alimentação. Por exemplo, seja uma função de transferência G(s) representada por: )100)(10( )1(10 )( )( )( ++ + = SS S SV SV SG i o [1] Fazendo S = jωωωω a função de transferência resulta: )100)(10( )1(10 )( ++ + = ωω ω ω jj j jG [2] 55 O módulo de G(jωωωω) |G(ωωωω)| resulta: 2222 2 10010 )110 |)(| ++ + = ωω ω ωG [3] A fase de G(jωωωω) ∠∠∠∠G(ωωωω) resulta: − − =∠ −−− 001011 )( 111 ωωω ω tgtgtgG [4] Variando-se a frequência ωωωω nas equações 3 e 4 pode-se traçar os gráficos de módulo e fase da função de transferência da equação 1. EXEMPLO 1. Determine |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . 1)( )( )( 1 1 1 )( )( 1 1 1 )( )( )( )( )( + ==⇒ + =⇒ + =⇒= S S SV SV SG S S S SV SV x S SV SV SVi SV SG i o i oi o o 1 )( + = S S SG ϖ ϖ ϖϖ j j GSG jS + === 1 )(|)( 21 |)(| ϖ ϖ ϖ + =G 21 log20|)(|log20 ϖ ϖ ϖ + == GGdB ( )ϖϖϖϖ 111 90 10 )( −−− −= − =∠ tgtgtgG o Atribuindo valores para ϖϖϖϖ e calculando |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB: 56 ϖϖϖϖ [rad/seg] ∠G(ϖϖϖϖ) |G(ϖϖϖϖ)| GdB(ϖϖϖϖ) 0 90,00o 0,00 - ∞ 0,001 89,94o 0,0010 -60,00 0,01 89,43o 0,0099 -40,00 0,1 84,29o 0,0995 -20,0432 1 45,00o 0,7071 -3,0103 10 5,71o 0,9950 -0,0432 100 0,57o 0,9999 -0,0004 1.000 0,055o 0,9999 0,00 10.000 0,0055o 1,00 0,00 100.000 0,00055o 1,00 0,00 1.000.000 0,000055o 1,00 0,00 ∞ 0,00o 1,00 0,00 Os gráficos de |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB resultam: 57 EXEMPLO 2. Determine |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . 1 1 )( )( )(1 1 )( )( )( )( )( + ==⇒ + =⇒= SSV SV SGx S SV SV SVi SV SG i oi o o 1 1 )( + = S SG ϖ ϖϖ j GSG jS + === 1 1 )(|)( 21 1 |)(| ϖ ϖ + =G 21 1 log20|)(|log20 ϖ ϖ + == GGdB ( )ϖϖϖ 11 1 )( −− −= −=∠ tgtgG Atribuindo valores para ϖϖϖϖ e calculando |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . ϖϖϖϖ [rad/seg] ∠G(ϖϖϖϖ) |G(ϖϖϖϖ)| GdB(ϖϖϖϖ) 0 0,00o 1,00 0.00 0,001 -0,057o 0,9999 0,00 0,01 -0,572o 0,9999 -0,0004 0,1 -5,7107o 0,9950 -0,0432 1 -45,0000 0,7071 -3,0103 10 -84,2910 0,0995 -20,0432 100 -89,4290 0,0099 -40,0004 1.000 -89,9450 0,0010 -60 10.000 -89,9960 0,0001 -80 58 100.000 -89,9990 0,00001 -100 1.000.000 -89,99990 0,000001 -120 ∞ -90,00o 0,00 - ∞ Os gráficos de |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB resultam 59 EXEMPLO 3. Determine |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . 1)( )( )(1 1 1 )( )( )( )( )( 2 ++ ==⇒ ++ =⇒= SS S SV SV SGx S S SV SV SVi SV SG i oi o o 1 )( 2 ++ = SS S SG Raízes de D(S) = S2 + S + 1 ⇒ S1 = -0,5 + j0,87 S2 = -0,5 - j0,87 )87,0.5,0)(87,0.5,0())(( )( 21 jSjS S SSSS S SG −+++ = −− = )]87,0(5,0)].[87,0(5,0[)87,05,0)(87,05,0( )(|)( −+++ = −+++ === ϖϖ ϖ ϖϖ ϖ ϖϖ jj j jjjj j GSG jS 2222 )87,0(5,0.)87,0(5,0 |)(| −+++ = ϖϖ ϖ ϖG 2222 )87,0(5,0.)87,0(5,0 log20|)(|log20 −+++ == ϖϖ ϖ ϖGGdB 60 − − + − =∠ −−− 5,0 87,0 5,0 87,0 0 )( 111 ϖϖϖ ϖ tgtgtgG Os gráficos de |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB resultam 61 Atribuindo valores para ϖϖϖϖ e calculando |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . ϖϖϖϖ [rad/seg] ∠G(ϖϖϖϖ) |G(ϖϖϖϖ)| GdB(ϖϖϖϖ) 0 90o 0,0 - ∞ 0,001 89,94o 0,0010 -60,00 0,01 89,43o 0,0100 -40,00 0,1 84,27o 0,1000 -20,00 1 0,0o 1 0,00 10 -84,23o 0,1000 -20,00 100 -89,43o 0,0100 -40,00 1.000 -89,94o 0,0010 -60,00 10.000 -89,99o 0,0001 -80,00 100.000 -90o 0,0 -100,00 1.000.000 -90o 0,0 -120,00 ∞ -90o 0,0 - ∞ EXEMPLO 4. Determine |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . 1 1 )( )( )(1 1 1 )( )( )( )( )( 2 2 2 ++ + ==⇒ + + =⇒= SS S SV SV SGx S S SV SV SVi SV SG i oi o o 1 1 )( 2 2 ++ + = SS S SG 62 Raízes de D(S) = S2 + S + 1 ⇒ S1 = -0,5 + j0,87 S2 = -0,5 - j0,87 Raízes de N(S) = S2 +1 ⇒ S3 = + j S4 = - j )87,0.5,0)(87,0.5,0( )1)(1( ))(( ))(( )( 21 43 jSjS jSjSSSSS SSSS SG −+++ −+ = −− −− = )]87,0(5,0)].[87,0(5,0[ )]1()].[1([ )87,05,0)(87,05,0( )1).(1( )(|)( −+++ −+ = −+++ −+ === ϖϖ ϖϖ ϖϖ ϖϖ ϖϖ jj jj jjjj jjjj GSG jS 2222 )87,0(5,0.)87,0(5,0 )1).(1( |)(| −+++ −+ = ϖϖ ϖϖ ϖG 2222 )87,0(5,0.)87,0(5,0 )1).(1( log20|)(|log20 −+++ −+ == ϖϖ ϖϖ ϖGGdB − − + − − + + =∠ −−−− 5,0 87,0 5,0 87,0 0 1 0 1 )( 1111 ϖϖϖϖ ϖ tgtgtgtgG Os gráficos de |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB resultam Obs: A tabela com os valores não foi colocada uma vez que, muitos valores foram plotados, porque ocorre uma descontinuidade da função na freqüência de ressonância. 63 5. Determine |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . 64 33,0 67,0 )()()( )( )( 2 2 12112 2 2 2 ++ = ++++ == SS S RCRRLSLCRLCRS LCRS SV SV SG i o 33,0 67,0)( 2 2 ++ = SS S SG Raízes de D(S) = S2 + S + 0,33 ⇒ S1 = -0,5 + j0,28 S2 = -0,5 - j0,28 )28,0.5,0)(28,0.5,0( . 67,0 ))(( 67,0)( 21 2 jSjS SS SSSS S SG −+++ = −− = )28,05,0)(28,05,0( ))(( 67,0)(|)( jjjj jj GSG jS −+++ === ϖϖ ϖϖ ϖϖ )]28,0(5,0)].[28,0(5,0[ ))(( 67,0)( −+++ = ϖϖ ϖϖ ϖ jj jj G 2222 2 )28,0(5,0.)28,0(5,0 67,0|)(| −+++ = ϖϖ ϖ ϖG 2222 2 )28,0(5,0.)28,0(5,0 67,0log20|)(|log20 −+++ == ϖϖ ϖ ϖGGdB − − + − + =∠ −−−− 5,0 28,0 5,0 28,0 00 )( 1111 ϖϖϖϖ ϖ tgtgtgtgG 65 Os gráficos de |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB resultam 2.1.3. Diagrama de Bode Considere as potências P1 e P2 sobre um resistor de mesmo valor R. O logaritmo da relação destas potências na base 10 pode ser escrita como: Belln P P Bell n P P )(log10 10 log 1 2 1 2 = →= [5] 66 Uma vez que a potência é proporcional ao quadrado da tensão, a relação de tensões, ou módulo do ganho também chamada de Ganho em dB GdB fica: |)(|log20log20 1 2 ωG V V GdB = = [6] Seja a seguinte função escrita na forma da Transformada de Laplace ))(( )( )( cSbS aSK SF ++ + = [7] Na forma de Bode fica )1)(1( )1( )1)(1( )1( )( ++ + = ++ + = c s b s a s K c s b s a s bc Ka SG X [8] Assim, a partir da expressão da Eq. 08 é possível traçar os gráficos de módulo e fase, considerando somente as frequências de corte dos pólos e zeros. Ganho KdB: O ganho da constante é calculado como XdB KK log20= [9] A constante não introduz fase Polos em s = 0 • Introduz uma assíntota que decresce 20 dB / dec desde ωωωω = 0 até ωωωω = ∝∝∝∝ passando por ωωωω = 1 no ganho de 0 dB. Para n raizes de s = 0 a assíntota decresce n x 20 dB / dec. • Introduz uma fase negativa de 90o em toda a faixa de ωωωω = 0 até ωωωω = ∝∝∝∝. Para n raizes a fase é n x 90o. Zero em s = 0 • Introduz uma assíntota que cresce 20 dB / dec desde ωωωω = 0 até ωωωω = ∝∝∝∝ passando por ωωωω = 1 no ganho de 0 dB. Para n raizes de s = 0 a assíntota cresce n x 20 dB / dec. 67 • Introduz uma fase positiva de 90o em toda a faixa de ωωωω = 0 até ωωωω = ∝∝∝∝. Para n raizes a fase é n x 90o. Polos em s = ωωωωc (frequência de corte) • Introduz uma assíntota que decresce 20 dB / dec a partir de ωωωω = ωωωωc até ωωωω = ∝∝∝∝. Na ωωωωc o GdB é igual - 3 dB, na ωωωωc / 2 o GdB é igual a -1 dB, e na 2xωωωωc o GdB difere de -1 dB da assíntota, conforme mostra a figura 1 (acima). Para n raizes de s = ωωωωc a assíntota decresce n x 20 dB / dec. • Introduz uma fase negativa de 90o quando ωωωω = ∝∝∝∝. Na ωωωωc a fase é - 45 o, na ωωωωc / 2 a fase é - 26o, e na 2 x ωωωωc a fase é - 63 o , conforme mostra a figura 1(abaixo). Para n raizes a fase é n x 90o. Figura 1 - Curvas de ganho em dB com assíntotas e de ângulo de fase para um Pólo em s = ωωωωc Zeros em s = ωωωωc (frequência de corte) • Introduz uma assíntota que cresce 20 dB / dec a partir de ωωωω = ωωωωc até ωωωω = ∝∝∝∝. Na ωωωωc o GdB é igual + 3 dB, na ωωωωc / 2 o GdB é igual a +1 dB, e na 2xωωωωc o GdB difere de +1 dB da assíntota, conforme mostra a figura 2 (acima). Para n raizes de s = ωωωωc a assíntota cresce n x 20 dB / dec. • Introduz uma fase positiva de 90o quando ωωωω = ∝∝∝∝. Na ωωωωc a fase é + 45 o, na ωωωωc / 2 a fase é + 26o, e na 2 x ωωωωc a fase é + 63 o , conforme mostra a figura 2 (abaixo) Para n raizes a fase é n x 90o. 68 Figura 2 - Curvas de ganho em dB com assíntotas e de ângulo de fase para um Zero em s = ωωωωc Polos de raízes complexas: (0 <<<< δδδδ <<<< 1) Dada uma raiz complexa, representada em Laplace como: 22 2 )( ooSs K SF ωδω ++ = [10] Em Bode será representada como: 12 )( 2 2 ++ = S S K SG nn n ω ξ ω ω [11] onde ωωωωn = ωωωωo ξξξξ = δδδδ • Introduz uma assíntota que decresce 40 dB / dec a partir de ωωωω = ωωωωn até ωωωω = ∝∝∝∝. Na ωωωωn o GdB é igual a X2 dB, na ωωωωn / 2 o GdB é igual a X1 dB, e na 2xωωωωn o GdB difere de X1 dB da assíntota, conforme mostra a figura 3 (acima). 69 • Introduz uma fase negativa de 180o quando ωωωω = ∝∝∝∝. Na ωωωωn a fase é - 90 o, na ωωωωn / 2 a fase é - θθθθ1, e na 2 x ωωωωn a fase é - 180 o + θθθθ2, conforme mostra a figura 3 (abaixo). Figura 3 – Curvas de Ganho em dB com assíntotas e de ângulo de fase relativas à função de transferencia quadrática de Pólos Complexo Conjugado Para zeros complexos os gráficos de GdB e de Fase são invertidos e positivos. 70 EXEMPLO 6. Determine |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . A seguir traçar o Diagrama de Bode, a partir do conceito das assíntotas. )100).(10( )1( 10)( ++ + = SS S SG )100).(10( )1( 10)( ++ + = ϖϖ ϖ ϖ jj j G )100).(10( )1 10|)(| 2222 2 ++ + = ϖϖ ϖ ϖG − − =∠ −−− 100101 )( 111 ϖϖϖ ϖ tgtgtgG Na forma de Bode (As expressões apresentam sempre o número 1) )1 100 ).(1 10 ( )1 1 ( )( ++ + = SS S KSG X onde a Constante Linear de Bode KX é calculada como 01,0 10010 110 == x x K X O Ganho de K de Bode Kb: 40)01,0log(20log20 −=== Xb KK O gráfico a partir das assíntotas resulta 71 72 EXEMPLO 7. Determine |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . A seguir traçar o Diagrama de Bode, a partir do conceito das assíntotas. 2)100.( )10( 10)( + + = SS S SG )100).(100).(( )10( 10)( ++ + = ϖϖϖ ϖ ϖ jjj j G )100).(100( )10 10|)(| 2222 22 ++ + = ϖϖϖ ϖ ϖG − − − =∠ −−−− 100100010 )( 1111 ϖϖϖϖ ϖ tgtgtgtgG Na forma de Bode (As expressões apresentam sempre o número 1) )1 100 ).(1 100 .( )1 10 ( )( ++ + = SS S S KSG X onde a Constante Linear de Bode KX é calculada como 01,0 100100 1010 == x x K X O Ganho de K de Bode Kb: 40)01,0log(20log20 −=== Xb KK O gráfico a partir das assíntotas resulta 73 74 EXEMPLO 8. Determine |G(ϖϖϖϖ)| , ∠G(ϖϖϖϖ) e GdB . A seguir traçar o Diagrama de Bode, a partir do conceito das assíntotas. )1005).(1005.( )10( 10 )1010.( )10( 10)( 42 jSjSS S SSS S SG −+++ + = ++ + = )1005).(1005).(( )10( 10)( jjjjj j G −+++ + = ϖϖϖ ϖ ϖ )]100(5)].[100(5).[( )10( 10)( −+++ + = ϖϖϖ ϖ ϖ jjj j G )5)100().(5)100(( )10 10|)(| 2222 22 +−++ + = ϖϖϖ ϖ ϖG − − + − − =∠ −−−− 5 100 5 100 010 )( 1111 ϖϖϖϖ ϖ tgtgtgtgG Na forma de Bode (As expressões apresentam sempre o número 1) )2.( )( )1010.( )10( 10)( 2242 oo C SSS S K SSS S SG ϖδϖ ϖ ++ + = ++ + = ++ + = 4 4 42 10/10/ 10/10/ )1010.( )10( 10)( SSS S SG)110 10 .( )1 10 ( )( 3 4 2 ++ + = − S S S S KSG X onde a Constante linear de Bode KX e o Ganho de Bode são calculados como 01,0 10 1010 4 == x K X 40)01,0log(20log20 −=== Xb KK A partir da F.T. calcula-se K = 10 ϖC =10 2δϖo = 10 δ = 0,05 ϖo = ϖn = 100 O gráfico a partir das assíntotas resulta muito semelhante ao exemplo anterior. 75 EXEMPLO 9. Para a figura a seguir, considere que os operacionais desacoplam os estágios, ou seja, não interferem entre si, e os componentes com os seguintes valores: R1 = 10kΩ R2 = 10 Ω R3 = 1 Ω C1 = 1 µF C2 = 1F L1 = 1 H L2 = 10 H a) Determine as Funções de Transferências, de Módulo e de Fase para cada estágio G(S) |G(ϖϖϖϖ)| ∠∠∠∠G(ϖϖϖϖ) (I) )( )(1 )( sVi sVo sG = 000.000.1000.10 000.10 )( 2 ++ = SS S sG Zeros: S1 = 0 Polos: S2 = -100, S3 = - 10.000 )000.10).(100( 000.10 )( ++ = SS S sG )000.10).(100( .000.10 )( ++ = ωω ω ω jj j G 2222 000.10.100 .000.10 )( ++ = ωω ω ωG oG 90)( =∠ ϖ − − −− 000.10100 11 ϖϖ tgtg (II) 1)(1 )(2 )( + == S S sVo sVo sG Zeros: Não Existem Polos: S1 = -1 22 1 )( + = ω ω ωG ( )ϖϖ 190)( −−=∠ tgG o (III) 1 1 )(2 )(3 )( + == SsVo sVo sG Zeros: Não Existem Polos: S1 = -1 22 1 1 )( + = ω ωG ( )ϖϖ 1)( −−=∠ tgG (IV) SsVo sVo sG 1 )(3 )(4 )( == Zeros: Não Existem Polos: S1 = 0 ω ω 1 )( =G oG 90)( −=∠ ϖ 76 (V) S sVo sVo sG 10 )(4 )( )( == Zeros: S1 = 0 Polos: S1 = Não Existem ωω =)(G oG 90)( +=∠ ϖ b) Represente os gráficos em função da frequência para cada estágio |G(ϖϖϖϖ)| GdB(ϖϖϖϖ) ∠∠∠∠G(ϖϖϖϖ) (I) (II) (III) (IV) (V) 77 c) Determine G(S) total ou G(S) = Vo(S) / Vi (S) Na Forma de Laplace )000.10).(100.()1( 000.100 )( 2 2 +++ = SSS S sG Kx = 0,1 Na Forma de Bode + + + = 1 000.10 .1 100 .1 1 1,0)( 2 2 SSS S sG ( ) 2222222 2 000.10.1001 .000.100 )( +++ = ωωω ω ωG ( ) ( )ϖϖϖ 119090)( −− −−++=∠ tgtgG oo − − −− 000.10100 11 ϖϖ tgtg 78 2.2. SÉRIE E TRANSFORMADA DE FOURIER 2.2.1. SÉRIE DE FOURIER 2.2.1.1. Introdução As fontes de alimentação de circuitos elétricos, pode não ser um sinal de tensão contínua ou senoidal, como por exemplo uma onda quadrada ou triangular. Sabe-se que todas as formas de ondas repetitivas podem ser consideradas como compostas por uma combinação de formas de ondas senoidais de várias frequências e amplitudes. Esta é a base do que é chamado de Teorema de Fourier. Assim, a forma de onda quadrada pode ser considerada como composta de uma combinação de formas de ondas senoidais. Esta técnica de considerações de uma forma de onda repetitiva, como composta por número de formas de ondas senoidais, permite que seja realizada a análise do circuito. 2.2.1.2. Teorema de Fourier Um sinal periódico é aquele que se repete em intervalos regulares, sendo o tempo entre as repetições sucessivas chamado período T. Um sinal senoidal (figura 1-a) pode ser representado por: )(1 tsenAv oω= [1] onde A1 é a amplitude do sinal e ωωωωo , a frequência angular, que é 2ππππ / T. O sinal com o dobro da frequência e uma amplitude A2, diferente (figura 1-b), pode ser representado por )2(2 tsenAv oω= [2] Figura 1 - Sinais senoidais - (a) amplitude A1 e frequência ωωωωo - (b) amplitude A2 e frequência 2ωωωωo Um sinal com o triplo da frequência e uma amplitude A3 , diferente, pode ser representado por: )3(3 tsenAv oω= [3] Todas as equações acima descrevem sinais senoidais que se iniciaram com v = 0 e t = 0. Quando isto não ocorre, os sinais são representados por: 79 )( 11 φω += tsenAv o [4] )2( 22 φω += tsenAv o [5] )3( 33 φω += tsenAv o [6] onde φφφφ1 , φφφφ2 , φφφφ3 são os ângulos de fase em relação a t = 0. De acordo com o Teorema de Fourier, pode-se considerar que qualquer sinal periódico é composto de uma combinação de ondas senoidais. Assim, pode-se considerar um sinal periódico como representado por: )(...)3()2()( 332211 nonoooo tnsenAtsenAtsenAtsenAAv φωφωφωφω +++++++++= [07] onde Ao - componente cc ωωωωo = 2ππππ / T - frequência fundamental ou primeira harmônica 2ωωωωo - segunda harmônica 3ωωωωo - terceira harmônica nωωωωo - enésima harmônica A1 ... An - amplitude dos vários harmônicos. A figura 2 mostra como uma forma de onda quase quadrada pode ser construída com o harmônico fundamental e o terceiro, sendo a amplitude do terceiro harmônico igual a um terço da amplitude do harmônico fundamental. Para esta onda pode-se escrever: )3()3/1()( 11 tsenAtsenAv oo ωω += [8] Figura 2 - Aproximação de uma onda quadrada de um senoide fundamental e terceiro harmônico Uma melhor aproximação para uma forma de onda quadrada é dada pela adição de harmônicos ímpares superiores 80 ...)7()7/1()5()5/1()3()3/1()( 1111 ++++= tsenAtsenAtsenAtsenAv oooo ωωωω [09] A figura 3-a mostra um gráfico de amplitudes de ondas senoidais constituintes, plotadas em função da frequência para n harmônicos ímpares, para uma forma de onda quadrada, isto é, a forma de onda dada pela equação acima. A figura 3-b mostra o gráfico de espectro de frequências. Figura 3 - (a) Onda quadrada - (b) espectro de frequência 2.2.1.3. As Séries de Fourier Qualquer forma de onda repetitiva pode ser representada pela soma de uma fundamental e um número de harmônicas, isto é, suas frequências são múltiplos inteiros de alguma fundamental. Esta sequência de termos é conhecida como a Série de Fourier. Assim, uma série de Fourier pode ser definida como uma soma de formas de onda senoidais que estão harmonicamente relacionadas. Cada forma de onda constituinte tem sua própria amplitude e ângulo de fase. As séries podem ser escritas, em geral, para alguma função do tempo como: )(...)2()()cos(...)2cos()cos()( 2121 tnsenbtsenbtsenbtnatataatf nno ωωωωωω ++++++++= [10] Esta pode ser escrita como: ∑ ∞= = ++= n n nno tnsenbtnaatf 1 )()cos(()( ωω [11] onde ao , an e bn são conhecidos como Coeficientes de Fourier e n é a ordem do harmônico. A razão para se escrever cada harmônico como a soma de termos de senos e cossenos é que a soma de dois destes termos é exatamente uma forma de onda senoidal com algum ângulo de fase (figura 4) e, portanto, o somatório é de formas de ondas senoidais, cada uma tendo seu próprio módulo e ângulo de fase. A série é, assim, algumas vezes escrita como: 81 ∑ ∞= = ++= n n nno tncctf 1 )cos()( φω [12] O componente cc co é idêntico a ao na equação 7. Figura 4 - Somatório de um seno e cosseno de mesma frequência Considerando somente as componentes de primeira ordem, tem-se: ])(cos)[cos()cos()()cos( 1111111 φωφωφωωω sentsentctctsenbta −=+=+ [13] Portanto, tem-se a1 = c1 cosφφφφ1 e b1 = c1 senφφφφ1. Assim: 2 111 2 1 2 1 2 1 )(cos csencba =+=+ φφ [14] )( 21 2 11 bac += [15] −= − 1 11tan a b φ [16] Obs: Quando se representa somente a amplitude do sinal, usa-se a letra A e maiúsculo. Entretanto, quando se representa uma combinação da série trigonométrica de Fourier, usa-se as expressões acima. Assim, conclui-se que A1 ≡≡≡≡ c1 . Em geral: )(cos nnn ca φ= [17] )( nnn sencb φ−= [18] 22 nnn bac += [19] 82 −= − n n n a b1tanφ [20] O conjunto de todos os cn valores em função da frequência é chamado de espectro de amplitude e o conjunto e o conjunto de
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