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Turma: 5-agosto 2020 Curso: Pós-graduação em Direito Público Professor: Dra. Adriana do Carmo Figueiredo Disciplina: Direito e Cidadania Pós-graduando: Fábio Augusto Viana Deus Breves comentários acerca das limitações da capacidade cidadã. Devido ao estado pandêmico que assola o país diversas garantias fundamentais contempladas na Lei Máxima da República sofreram limitações, ocorre, porém, que essas restrições devem ser analisadas com cautela, uma vez que as consequências da abstenção do dever de seguir os ditames governamentais podem ocasionar problemas severos. Não obstante, a esfera de capacidade cidadã que é promovida pelo Estado é uma das garantias fundamentais que sofreu e ainda sofre restrições constantemente conforme o contexto de proliferação do COVID-19. É bem verdade que, segundo a concepção jurídica, votar e ser votado é um tipo de exercício da cidadania, que pode ser efetivado por aqueles cuja capacidade não esteja limitada em razão de alguma causa de impedimento ou suspensão de direitos políticos. Nessa lógica, insta salientar que o indivíduo que, nos termos do art. 15, inciso III da CF/88 sofre condenação criminal transitada em julgado, perde a capacidade de votar e ser votado, até a cessação dos efeitos da condenação. Entretanto, pouco se fala de um grupo considerável de pessoas que ainda não sofreram nenhum tipo de condenação e aguardam o seu julgamento, isto é, os presos provisórios. Sob outra perspectiva sabemos que, nos termos do art. 5, inciso XVI da CF/88, é lícito o direito de se reunir, sem armas, em local aberto ao público, de forma pacífica, constituindo, portanto, um direito líquido e certo resguardado por mandado de segurança. Contudo, em razão do contexto pandêmico em que nos encontramos, à aglomeração de pessoas se tornou uma conduta proibida visando inibir o contágio do COVID- 19. Dessa forma, percebemos a supressão da capacidade cidadã por múltiplas razões que merecem a devida atenção.
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