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Capítulo 4 - Economia

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CAPÍTULO 4 - ECONOMIA
MEDINDO A RENDA NACIONAL
Como verificamos anteriormente os produtores precisam de adaptação mediante os recursos escassos enfrentando um tradeoff para escolha de diferentes alternativas e combinações. Aprendemos também sobre os fatores de produção são os insumos usados para a produção de bens/serviços: terra, capital e trabalho incluídos no fluxo circular de renda.
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 Nessa produção letiva iniciaremos sobre a renda nacional que tem relação com o que vimos na unidade anterior. Vamos nessa?
 
 O significado de renda
 A renda é mensurada pelo fluxo de rendimento do mercado de fatores de produção, ou seja, a renda nacional é definida como sendo a distribuição da renda entre os proprietários dos fatores de produção. A renda agregada é a soma da remuneração dos fatores de produção dos salários, juros, lucros e aluguéis.
O PIB se divide em quatro componentes de despesas: consumo, investimento, compras do governo e exportações líquidas. O consumo inclui despesas das famílias em bens e serviços. O investimento inclui despesas em novos equipamentos e estruturas, incluindo a compra de novas residências por parte das famílias. As compras do governo incluem as despesas em bens e serviços dos governos locais, estaduais e federal. A exportação líquida é igual o valor dos bens e serviços produzidos internamente e vendidos no exterior (exportações) menos o valor dos bens e serviços no exterior e vendidos internamente (importações). (MANKIW, p. 516). O Crescimento econômico é o aumento das atividades econômicas de um determinado país durante um período de tempo. Geralmente é medido pelo Produto Interno Bruto. Assim, quando o país apresenta níveis de produção e emprego menores, produz menos, chamamos recessão (contrário de crescimento econômico). Assim, em momentos em que uma economia tem alto desempenho para a produção beneficiam a todos e geram o crescimento econômico. 
Para melhor compreensão vamos analisar no gráfico a seguir sobre o produto interno bruto com Argentina, Suíça, China, Japão, México, Estados Unidos.
No gráfico 1 conseguimos ver que o Brasil na linha amarela fica com a linha de tendência (% anual) em 1% e 5%. Enquanto o PIB da China fica em oscilando em 10%. O México que é considerado também um país em desenvolvimento fica entre 1% e 5%. 
A Argentina possui muitas oscilações, destaca-se o período de 2003-2008 por ter o PIB com taxas em torno de 9%. Os países desenvolvidos Suíça, Japão e Estados Unidos estão entre 1% e 5% do PIB (% anual). 
Para trabalharmos no material letivo 2 sobre a identidade das contas nacionais, mensuração do PIB e outros agregados precisaremos aprender alguns conceitos da macroeconomia. 
Aprendemos nas unidades anteriores que existem quatro variáveis principais agregadas da macroeconomia: 
1. Nível de preços; 
2. O nível de emprego; 
3. A taxa de câmbio;
4. A taxa de juros.
Essas quatro variáveis se relacionam entre si. Elas também são relacionadas com o crescimento econômico, inflação, comércio exterior e distribuição de renda. 
 No Gráfico 2 iremos analisar sobre o emprego formal no Brasil com dados retirados do Banco central do Brasil. Percebe-se que o emprego formal cresceu até 2014 na linha te tendência e depois disso sofreu uma queda.
Gráfico 2 - Emprego formal no Brasil
 No Gráfico 3 iremos analisar o nível geral de preços do Brasil chamado Índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA). Percebe-se que no período de 2002 foi o período de maior inflação. 
Gráfico 3 - Índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA)
Adaptado pelo autor
A seguir iremos aprender alguns conceitos da macroeconomia e ir relacionando para entender os impactos existentes. 
 O preço é definido como sendo a soma de todos os preços de todas as empresas que operam no mercado. Um dos efeitos que altera o preço é a chamada inflação. A Inflação seria um aumento do nível geral de preços. Para alguns economistas, o aumento da quantidade de moeda na economia também gera a inflação. Já a Deflação é a redução do nível geral de preços em uma economia.
Figura 1 - Análise de séries de tempo
Na macroeconomia temos também o Emprego. O emprego é conceitualizado como a mão-de-obra como fator de produção dentro de um sistema econômico. O nível de emprego depende das expectativas dos empresários em torno do que vão produzir. 
 
Quando os empresários estão com as expectativas altas diante do cenário econômico, provavelmente aumenta o nível de produção e o nível de emprego. Quando as expectativas dos empresários estão baixas o nível de produção, investimento e emprego são baixos.
 
A taxa de juros também influencia a decisão dos empresários. Se a taxa de juros estiver baixa o investimento provavelmente aumentará, gerando maior produção e consequentemente maior nível de emprego. 
Agora iremos aprender algumas variáveis importantes do comércio exterior. A Taxa de câmbio é considerada o preço da moeda nacional em relação à moeda estrangeira. Quando temos uma Desvalorização da taxa de câmbio isso significa que a moeda estrangeira encareceu, ou seja, para comprarmos a moeda estrangeira ficou mais caro, preciso de mais “reais” para comprar o dólar.
 
Já a Valorização do câmbio significa que a moeda estrangeira está mais barata. Preciso de menos “reais” para comprar o dólar. Quando o dólar fica mais em conta compensa realizar importação. 
Segundo a teoria do comércio internacional, quando há muitos dólares circulando no país, o preço do dólar cai. Se o Banco Central deseja elevar o preço do dólar, tornando o real mais barato, ele compra dólares no mercado e os soma a sua reserva. 
 
O oposto acontece quando há poucos dólares circulando no mercado, desta forma o Banco Central vende dólares de sua reserva por valores mais baixos do que do mercado. 
 
Um conceito muito relevante na macroeconomia para verificarmos a situação de um país é balança de pagamentos (BP). O BP determina a atratividade de um país para o comércio exterior (geralmente mostra para o comércio internacional a credibilidade do país), e controla o fluxo de entrada e saída de capitais. 
Podemos dizer que Balança de Pagamentos é registro de todas as transações econômicas que envolvem o país com os outros países. Temos os registros das exportações, importações e pagamento de juros das dívidas externas.
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Você pode ter acesso a várias análises de conjuntura da economia sobre atividade econômica, mercado de trabalho, inflação, moeda, crédito, economia mundial, entre outras variáveis no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)? Acesse o link e confira: <a href="https://bit.ly/2vrYa4q" target="_blank">https://bit.ly/2vrYa4q</a> 
Como já citado nas produções letivas anteriores a taxa de juros é quando o mercado adiciona no preço dos bens/serviços nas compras de crédito. Seria uma maneira que o mercado compensa suas perdas diante da inflação. Diante disso, se há aumento da taxa de juros, os empresários ficam desestimulados a investir (como falado acima), desestimulando os
investimentos na produção acaba estimulando a poupança. Se os empresários investem menos, a produção cresce menos, o que implica em menos emprego. Assim, a taxa de juros afeta o emprego.
Figura 2 - Indivíduo olhando o classificado de empregos
Ainda dentro do nível de empregos em uma economia, o Salário é conceituado como sendo a fonte de renda para quem trabalha e para o lado do empresário seria um custo. Reajuste nos salários estimula o consumo em uma economia e eleva os custos do empresário, mas o empresário repassa esses custos para os produtos. 
Se acaso, esse reajuste ocorrer com frequência poderá dar início a um momento de inflação. Assim, se você ganha um salário maior e o reajuste dos empresários (custo) é repassado para o preço das mercadorias, tudo ficará mais caro, e o dinheiro passa a valer menos. Na economia chamamos de poder de compra. O consumidor terá menos poder de compra. 
 
Diante desses conceitos podemos dizer que os quatro problemas econômicos nacionais principais são: 
I) inflação; 
II) crescimento econômico baixo; 
III) dívida externa alta; e, 
IV) má distribuição de renda. </p><br>
 
Como já vimos, os componentes do cálculo do PIB são: 
1. Consumo; 
2. Investimento;
3. Gastos do governo;
4. Exportações – importações = balança comercial. 
 
Vimos também que o PIB é igual à soma do consumo das pessoas, investimento das empresas e gastos do governo com o total das exportações, diminuído do valor das importações.
 
Quando temos um superávit na balança comercial, isso significa que as exportações do país foram maiores que as importações. Se tivermos um déficit isso significa que tivemos mais importações do que exportações. 
 
Diante disso, a renda de um país pode ter três destinos:
· Consumo (C);
· A poupança (S);
· Ou pagamento de impostos (T).
 
 Fórmula: PIB = C + S + T 
 
 A mesma fórmula do PIB é representada para a Demanda agregada. A demanda agregada seria o desejo dos indivíduos de adquirir os bens produzidos em um país dentro de um determinado período.
 Fórmula: DA = C + I + G
 
Quando o PIB é igual à demanda agregada (PIB = DA = C + I + G) dizemos que o PIB está em equilíbrio. 
 
Agora se a demanda agregada (DA) for menor que a quantidade produzida, terá um acúmulo de estoque. Se a demanda agregada for maior que a quantidade produzida, haverá falta de estoque. Desta maneira, o ponto de equilíbrio será quando DA=PIB.
 "saiba-mais"
 você pode aprender mais sobre análise dos agregados econômicos analisando séries de tempo no Sistema Gerador de Séries Temporais (SGT). Disponível em: <a href="https://bit.ly/2HA0itL" target="_blank">https://bit.ly/2HA0itL</a>
 
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste material, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre o crescimento econômico, recessão econômica, nível de preços, nível de emprego, taxa de câmbio, taxa de juros, inflação, dívida, má distribuição de renda, componentes de cálculo do PIB. Pronto! Agora podemos ir para a análise das contas nacionais e analisar os agregados macroeconômicos. 
 
Problema econômico fundamental
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Ao término deste material você será capaz de entender o problema econômico fundamental dentro em uma economia, a escassez de recursos. Este será o tópico principal que será abordado neste material. Você irá compreender e refletir soluções que são relevantes para uma nação. Além disso, será abordado os problemas macroeconômicos que todo país enfrenta e como é dividido este problema dentro da economia. E então, vamos estudar sobre a primordialidade dos recursos escassos? Vamos juntos desenvolver esta competência!
Significado da escassez dos recursos
De acordo com Garcia (2015), a escassez dos recursos é o problema econômico fundamental para todos os países, caso os recursos fossem ilimitados esse problema não precisaria ser analisado. Mas, as necessidades humanas são ilimitadas, por isso a importância de estudar os recursos escassos na economia.
A escassez está relacionada ao confronto entre as necessidades ilimitadas e os recursos limitados. Não significa a ausência de recursos, ou que os recursos sejam poucos, e sim que eles são insuficientes para satisfazer todas as necessidades. As sociedades pobres e ricas enfrentam escassez, uma vez que as necessidades ficam cada vez mais sofisticadas e demandam mais recursos. Mesmo que novas tecnologias possibilitem maior produção e novos produtos, novas necessidades sempre surgirão (ALBERGONI, 2008, p. 12).
Em Albergoni (2008, p. 11) “Toda sociedade possui necessidades a serem satisfeitas e os recursos para prove–lás. No entanto, enquanto as necessidades são limitadas e renováveis, os recursos são limitados”. Deste problema central surgem os três problemas econômicos que constituem o mercado: 
1) o quê e quanto produzir? 
2) Como produzir? 
3) Para quem produzir?
O termo o quê e quanto produzir: é explicado que diante da escassez de recursos de produção, a sociedade precisa decidir as possibilidades de produção, os produtos que serão produzidos e as quantidades ofertadas;
Como produzir: a sociedade precisa decidir quais recursos de produção serão planejados e empregados na atividade econômica para produzir os bens e serviços, analisando sempre o nível de tecnologia. “Os produtores escolherão, entre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível” (GARCIA, 2015, p. 18);
Para quem produzir: a distribuição da produção e da renda necessita de uma diversidade de análises como: determinação dos salários, taxa de juros, etc. Além do controle de oferta e demanda para estabilizar nível de preços.
É muito fácil entender que: o quê, quanto, como e para quem produzir não seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados. Todavia, na realidade existem ilimitadas necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. Baseada nessas restrições, a Economia deve optar dentre os bens a serem produzidos e os processos técnicos capazes de transformar os recursos escassos em produção (GARCIA, 2015, p, 18).
Como as necessidades humanas são ilimitadas e os recursos são escassos a economia isso reflete que a economia é uma área relacionada com as decisões e escolhas. Nas produções letivas seguintes estudaremos as curvas de possibilidade de produção e o custo de oportunidade que ilustrará as limitações dos recursos e a diversidade de decisões de produção.
Destes três problemas econômicos básicos percebe que a economia tenta alocar eficientemente esses recursos limitados com um leque de escolhas e decisões. Diante destes três problemas econômicos conseguimos ver a importância da vertente economia do meio ambiente que conscientiza os cidadãos no mundo contemporâneo. A sustentabilidade poderia ser colocada como um quarto problema para ser repensado. Precisa analisar métodos e instrumentos para que tenha um crescimento econômico sustentável, ou seja, precisa de um crescimento econômico ligado com o desenvolvimento econômico.
 Um índice foi medido desde 1970 e mostra que a terra está em sobrecarga em 2019. Ou seja, o planeta terra atingiu um esgotamento de recursos naturais. A estimativa foi realizada pela Global Footprint Network e está disponível no G1 com o título “Sobrecarga da terra 2019: planeta atinge esgotamento de recursos naturais mais cedo em toda a série histórica. Acesse e confira: (ver site indicado)
Além dos problemas trabalhados na microeconomia, existem quatro problemas macroeconômicos que todo país enfrenta ou já enfrentou, que são:
1. Inflação, ou seja, aumento do nível geral de preços.
2. Crescimento econômico baixo, quando o país tem queda na produtividade, na demanda, nos investimentos, etc.
3. Explicando cada um desses problemas macroeconômicos para melhor entendimento.
A Inflação é um aumento do nível geral de preços. É Aumento da moeda circulante no país. Quando o país apresenta níveis de produção e emprego menores, produz menos, chamamos recessão, ou seja, crescimento econômico baixo. Se o país tem uma dívida externa alta provavelmente ficará com a credibilidade afetada tendo dificuldades de realizar novas negociações comerciais e internacionais. A má distribuição de renda gera uma desigualdade social muito grande o que é um problema complexo de resolver (FROYEN, 2013). Dívida externa alta, este caso pode ser por juros que estão altos, pelo país ter gastado muito, entre outros aspectos.
4. Má distribuição de renda, quando existe muita concentração de renda, pouca inclusão social, direitos humanos, etc
Todos esses pontos da macroeconomia serão abordados com mais afinco nas produções letivas III e IV onde trabalharemos conceitos das contas nacionais, bem estar, sistema monetário, inflação e desemprego, entre outros temas específicos.
Quais problemas macroeconômicos estão enraizados no Brasil? Como poderiam ser resolvidos?
Ainda dentro dos problemas econômicos existe a economia positiva e a economia normativa. A economia positiva prega o que a economia realmente é. Geralmente nessa linha de pensamento existem dois tipos de problemas: os que não conseguem ser solucionados e os problemas que o tempo resolve. Essa linha de pensamento tem a preocupação com as afirmações aptas de serem analisadas pelos acontecimentos (MANKIW, 2015).
Um argumento positivo é aquele que apenas relata a realidade como ela é, ou seja, e descritivo. Um argumento normativo é aquele que diz como as coisas deveriam ser, ou seja, é prescritivo. O argumento positivo é científico, pois baseia-se na observação da realidade e é desprovido do juízo de valor. O argumento normativo, por sua vez, tem caráter da economia política, isto é, propositivo. Ele inclui não apenas o entendimento da questão, mas o juízo de valor do propositor sobre o que deve ser feito (ALBERGONI, 2008, p. 18). 
Já a economia normativa coloca como a economia deveria ser. Esse método busca resolver os problemas existentes de maneira simplista e prática. Qual resultado é benéfico e qual não? Essa linha leva em consideração os juízos de valores (MANKIW, 2015). 
Um país importar mais é bom ou é ruim? Aumentar um determinado imposto em um país X é bom ou não? Implantar a Ciência, Tecnologia e inovação em um país alcança um resultado bom ou não?
Vale ressaltar que para que os resultados de uma economia sejam alcançados é necessário que as políticas estejam bem desenhadas. Ou seja, que os objetivos estejam claros e bem definidos.
Podemos dizer então que uma política econômica precisa estar estruturada de teorias econômicas consistentes e acompanhamento dos resultados. Para que as políticas possam ser aprimoradas a ponto de realizar os objetivos propostos. Outro ponto importante é que cada país possui sua particularidade, especificidade e peculiaridade, assim não é porque uma política funcionou no país X que irá funcionar no país Y. É necessário observar todas as particularidades para montar um arcabouço adaptado para cada país.
 Para entender melhor a diferença entre os argumentos positivos e normativos segue duas situações. Situação A – argumento positivo: “a inflação diminui o poder de compra do salário mínimo. Argumento normativo: o governo deve aumentar o salário mínimo para melhorar o poder de compra dos trabalhadores”. Situação B – argumento positivo: “a taxa de desemprego aumentou 4% no último ano. Argumento normativo: o Banco Central deve reduzir a taxa de juros para estimular a geração de empregos” (ALBERGONI, 2008, p. 19).
 
 A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) completou 70 anos em 2018 e realizou o projeto chamado “O Brasil que queremos” por meio de uma diversidade de seminários em várias capitais do Brasil. Lançaram o caderno com o nome:” Políticas Públicas para o Brasil que queremos”. Este caderno tem vários temas relevantes no âmbito econômico como: Democracia, inovação, direitos humanos, educação, saúde. Vale a pena dar uma olhadinha! Está disponível no site: 
E você? Qual é o Brasil que você gostaria de ter? 
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu tudo mesmo? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste material, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter visto que o principal problema econômico é a escassez de recursos. As necessidades humanas são ilimitadas, logo os recursos são limitados para atender todas as necessidades existentes, além disso, você viu sobre os seguintes aspectos: 1) O que ê quanto produzir? 2) Como produzir? 3) Para quem produzir? Viu também sobre a economia normativa e positiva e o importante papel do economista de estudar maneiras para proporcionar bem estar para uma determinada sociedade. Espero que tenham gostado deste material. Vamos para a próxima produção? Lá abordaremos sobre a teoria do consumidor, aprofundaremos na demanda, oferta, equilíbrio de mercado, elasticidades, curva de produção e os fatores de produção. Prontos? Então vamos nessa.
Compreendendo as políticas macroeconômicas fiscais e monetárias
 ...
 Ao término deste material letivo você terá compreendido os efeitos das políticas fiscais e monetárias no sistema econômico. Isto será relevante para o exercício de sua profissão porque ampliará sua visão nos processos decisórios. As pessoas que entendem os efeitos das políticas macroeconômicas elaboram cenários mais precisos, tendendo a serem mais assertivas nos posicionamentos estratégicos pessoais e profissionais. E então? Motivado para avançar na visão sistêmica? Então vamos lá!
 
SUSTENTABILIDADE E PLANEJAMENTO ECONÔMICO
Planeja para que? Nas linhas a seguir conheceremos os instrumentos de políticas macroeconômicas e precisamos pensar como os utilizar em prol da sustentabilidade, garantindo a vida no âmbito local, regional, nacional e mundial. Tanto no momento presente quanto no futuro.
O que ocorre quando não há planejamento? Seguem alguns exemplos de decisões que podem parecer benéficas, em um primeiro momento, mas que resultam em crises. (1) Quando, em conjunto, a taxa básica de juros está em patamares acessíveis para os empréstimos e financiamentos de casa e veículos, os impostos como o IPI são reduzidos e as moradias estão a baixos preços, na atual estrutura tributária, financeira e produtiva do país, este é um incentivo ao endividamento das pessoas e das contas públicas. Endividados, o consumo cai, as empresas entendem que podem produzir menos e demitem aqueles que possuem financiamentos para pagar. Como consequência as empresas não recebem e encerram suas atividades, consolidando um cenário de crise. (2) Quando, em conjunto e de modo agregado, a população tem o hábito de antecipar consumo por meio de financiamentos, sem ter poupado anteriormente, há endividamento e comprometimento do trabalho futuro. Agindo dessa forma, a sociedade se coloca em situações e condições de limites inferiores de renda, reduzindo o espaço para criação de novos negócios e postos de trabalho. (3) Essas formas de agir (1) e (2) impedem o planejamento de longo prazo porque o foco das ações se volta pagar conta e para a sobrevivência imediata. Financiamentos são importantes quando direcionados para investimentos na estrutura produtiva, que geram postos de trabalho e renda para a população.
Pensar a sustentabilidade e a felicidade é um exercício diário. Trata-se de equilíbrios da vida individual e em sociedade, que dependem do comportamento de cada um de nós. Estes comportamentos estão de acordo com a consciência pessoal e social, porque é partir dela que criarmos o ambiente que desejamos viver hoje e no futuro.
Pensar a sustentabilidade e a felicidade é um exercício diário. Trata-se de
equilíbrios da vida individual e em sociedade, que dependem do comportamento de cada um de nós. Estes comportamentos estão de acordo com a consciência pessoal e social, porque é partir dela que criarmos o ambiente que desejamos viver hoje e no futuro.
Pensar a sustentabilidade e a felicidade é um exercício diário. Trata-se de equilíbrios da vida individual e em sociedade, que dependem do comportamento de cada um de nós. Estes comportamentos estão de acordo com a consciência pessoal e social, porque é partir dela que criarmos o ambiente que desejamos viver hoje e no futuro.
 que este site “worldmeters” acompanha online alguns dados mundiais? Ele é muito curioso! Vale a pena acessar! Por exemplo, a população mundial neste exato momento é de 7.737.206.250 habitantes. Acesse pelo link:
Navegue pelo site da ONU para conhecer mais indicadores mundiais. O site está bem interativo! Veja pelo link: Word Population Dashboard. Disponível em:
Vivemos em um planeta com 7,7 bilhões de pessoas e precisamos pensar de que forma vamos nos comportar para conciliar interesses distintos, de forma a garantir a vida presente e futura.
Contudo, esta é uma disciplina de economia e para planejar é necessário compreender o que é o equilíbrio macroeconômico, bem como os instrumentos de políticas macroeconômicas, utilizados para o planejamento de curto e de longo prazo do sistema econômico. Estes instrumentos, quando direcionados adequadamente para a sustentabilidade, propiciam a interatividade entre os agentes nos mercados.
O papel do governo no planejamento econômico 
Diz respeito ao papel do governo na economia, que age pelos anseios da soberania do Estado. Há uma estrutura governamental para a tomada de decisão sobre o equilíbrio macroeconômico que se relaciona à eficiência produtiva e à eficácia alocativa. Então, por pressuposto, o governo deve alocar da melhor forma seus recursos para que sejamos mais produtivos, no âmbito do sistema econômico. Para isto, ele interage com a sociedade por meio das funções alocativa, distributiva e estabilizadora.
Por ser um agente o governo também age como demanda e quando não tem condições de pagar os fornecedores gera déficits, aumentando a dívida pública. Se o governo não encontra formas ficais, recolhimento de impostos ou outras formas de financiamentos para aumentar sua receita, ele emite títulos públicos. A emissão de um título público para o governo pode ser comparada com a tomada de crédito por uma pessoa física ou jurídica, que faz um financiamento no banco comercial para adquirir uma casa, carro, bem ou serviço, ou suprir outros tipos de necessidades. Isto quer dizer que haverá uma conta para pagar, e ela é paga com o dinheiro da arrecadação de impostos. Atualmente, o orçamento público (LOA) é de R$ 3,7 trilhões, e o PIB do Brasil R$ 6,8 trilhões (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2019; BACEN, 2019). Como o governo é uma organização que representa aproximadamente 5,4% do PIB do país, quando ele faz dívidas, todos nós precisamos trabalhar, e muito, para pagar a conta, desencadeando cargas tributárias elevadas, que impedem a liberdade econômica e o direcionamento dos esforços produtivos para novos postos de trabalho.
Períodos de Crise
No Brasil, estamos em crise desde 2014. Confira a queda do PIB Real no Quadro 3 e na Figura 7. Você sabe um dos motivos ela aconteceu? Leia nas linhas a seguir!
Quando nós, pessoas físicas e jurídicas fazemos muitos financiamentos para adquirir casas e carros, precisamos trabalhar muito para nossa própria conta e a dos demais que adquiriram dívidas. Temos que nos esforçar muito para que nós permaneçamos empregados, recebendo salários e gerando renda. Esta é a relação existente entre a “financeirização” da economia e o cotidiano de nossas vidas.
No entanto, se todos nós realizamos empréstimos nos bancos comerciais para comprar carros, casas e outros bens, durante um tempo teremos que abrir mão, ou deixar de comprar roupas, gastar com entretenimento, entre outros. Teremos que reduzir o consumo de outros bens e serviços para pagar as parcelas dos financiamentos. Se todos, ou grande parte da população, fizer isso ao mesmo tempo, o consumo será reduzido de modo geral. Por exemplo, as pessoas comprarão menos roupas para poder pagar a parcela do financiamento, aí às empresas, como as têxteis e lojas de roupas, entenderão que precisam reduzir a produção para não quebrarem. Então elas tenderão a demitir trabalhadores, pagarão menos salários e estes trabalhadores consumirão menos ou deixarão de pagar as parcelas dos financiamentos.
Como outros dos efeitos desse comportamento, os bancos comerciais não irão receber o dinheiro que emprestaram às empresas da construção civil, as concessionárias e as montadoras de veículos, que venderam por meio de financiamentos, não receberão e não terão como manter a produção, o emprego, o salário e a renda dos trabalhadores. Os bancos comerciais terão menos dinheiro para emprestar às pessoas e a taxa de juros de créditos para essas finalidades tenderão a aumentar ou a não reduzir.
As reflexões acima exemplificam um círculo vicioso do sistema econômico, desencadeado pela redução dos investimentos, em função de financiamentos direcionados ao consumo, que resultaram na excessiva formação da dívida pública e privada do país. Isso é denominado de crise.
Para sair da crise é necessário paciência, muito trabalho e muita criatividade para retomarmos a produtividade e o equilíbrio do sistema econômico.
É natural as pessoas se sentirem desgastadas e cansadas em períodos de crise. As pessoas se desgastam para pagar a própria conta, muitas vezes não conseguem e convivem com a tristeza de outros que se sentem mal por não conseguirem pagar as suas. Ser solidário e compreensivo é fundamental para manter a estima de todos em momentos difíceis e de sobrevivência como o ocorrido recentemente no Brasil.
Antes da atual crise brasileira, havíamos passado por uma intensa crise na década de 1980, quando, durante aproximadamente 15 anos, nos esforçamos para resolver o problema da inflação, da dívida pública, da dívida externa e da insuficiência produtiva do país. Na década de 1980 o Brasil chegou a registrar queda de 4,3% do PIB, em 1990 -4,4% e, nos anos 2000, queda de 3,6% em 2015 (Figura 9). Pergunte para seus familiares e pesquise na internet como era a vida na década de 1980. Como era conviver com altos níveis inflacionários? Como era conviver sem a diversificação de bens e serviços nas prateleiras de supermercados? Como era conviver com uma moeda que perdia valor todos os dias? Como foi a crise de Estado da década de 1980? Quais foram os efeitos dela sobre as pessoas. Pesquisar sobre estes assuntos é um exercício político, democrático e cidadão.
 
 A estabilização econômica custa caro para o bolso da população porque ela requer o pagamento de dívidas presentes com financiamento futuro. Isto pode ser comparado ao processo de renegociação de dívidas de pessoas físicas e jurídicas.
 Na Figura 5 está o percentual da dívida líquida do setor público em relação ao PIB. Em julho de 2019, a dívida pública correspondia a 55,8% do PIB, ou, aproximadamente R$ 3,9 trilhões. 
Compare a dívida pública com o orçamento familiar. Caso uma pessoa recebesse R$ 3.000,00 ao mês, 55,8% estaria comprometida com o pagamento de dívida (R$ 1.635,6), restando R$ 1.364,40 para o consumo e a poupança. 
<h3>Política e Planejamento Público </h3>
Política é um termo que se originou nas pólis na Grécia Antiga. As pessoas se reuniam nas praças para discutir as necessidades ao bem estar comum da sociedade, por isso a política era pública. Isso tem relação com a formulação atual de políticas públicas, que em um Estado democrático, deve ser feita conciliando os interesses das múltiplas partes do tecido social. Para respeitar a liberdade do ser humano, as políticas públicas devem
partir dos interesses das pessoas, devem ser elaboradas e construídas pelas pessoas, e devem ser direcionadas para as pessoas. 
Temos que ter cuidado quando elaboramos políticas públicas em conjunto na sociedade porque a felicidade de uma parte do tecido social não necessariamente corresponde à felicidade das outras partes da sociedade. Por isso, há a necessidade do diálogo, da troca e do compartilhamento de informações. A base da política pública é a liberdade das interações entre os agentes da sociedade. A sociedade é livre na medida em que se disciplina para viver em sociedade. 
O governo é um ente político, pensa o equilíbrio macroeconômico e tem sua competitividade refletida em um orçamento público (LOA), que registra seus gastos (despesas, custos e investimentos) e sua arrecadação (receita). Com alto endividamento o governo compromete seus gastos e não presta um serviço público de qualidade. Além disso, lembre-se de que a partir da demanda agregada, DA = C + I + G + EL, escrevemos o orçamento público da seguinte forma: G = A – T. 
O conjunto de políticas públicas (planejamento público) está expresso nas transferências (T) que o governo realiza para a economia. Ele faz política de educação, saúde, transporte, entre outras.
Enfatiza-se que se o orçamento é público, ele é composto pelo dinheiro de todos os brasileiros e merece respeito e qualidade de gestão. Por isso, o governo precisa estudar seus custos, despesas e investimentos da mesma forma que uma empresa, para garantir a qualidade da sua atuação na sociedade. 
Que o Brasil não possui um planejamento para 2030, 2040, 2050, 2060,...? Isso ocorre porque não temos um planejamento de longo prazo. 
Mas, por pressuposto, as políticas macroeconômicas devem refletir os anseios de todos os entes interessados nas decisões do equilíbrio geral da economia, no curto e no longo prazo. 
Como ocorre na empresa que você trabalha ou em empresas que você conhece? Elas têm um planejamento de longo prazo? De que forma querem estar em 10, 20, 30 anos? Como queremos a nossa sociedade daqui a 10 anos? Para onde estamos indo? 
 Nós brasileiros temos um desafio de longo prazo que é o instituir a cultura do planejamento de longo prazo nas empresas e na política nacional. Mas, isto se inicia no curto prazo. Se preocupar com o futuro e com a sustentabilidade é uma das riquezas de um ser humano e de uma sociedade.
 Enquanto houver fome, ausência de renda para partes significativas do tecido social, e necessidades fisiológicas não atendidas, as ações de curto prazo tirarão o foco do planejamento de longo prazo. Há impasses da sustentabilidade do curto prazo que impedem a ação para a sustentabilidade no longo prazo. Este é um exemplo de custo de oportunidade: se nós agimos para um objetivo, deixamos de agir para outros. Por isso, a sociedade deve agir em conjunto para atingir objetivos distintos e os horizontes de curto e longo prazo do planejamento. Por isso há riqueza no compartilhamento, nas trocas e nas interações sociais.
A elaboração de políticas públicas e macroeconômicas devem atentar para problemas estruturais e problemas conjunturais. As políticas conjunturais são direcionadas para solucionar problemas momentâneos, e as políticas estruturais são direcionadas para a estrutura de longo prazo, que garantem a vida futura da sociedade. 
Para realizar políticas macroeconômicas é preciso levantar indicadores e realizar diagnósticos. Indicadores podem ser retirados do site do BACEN, IPEA, IBGE, entre outros.
 
Políticas expansionistas e contracionistas
As políticas macroeconômicas são as formas utilizadas pelo governo na promoção do equilíbrio geral da economia. 
Para cumprir com as suas funções o Governo realiza Políticas macroeconômicas Ficais, Monetárias e Cambiais. O equilíbrio geral da economia pode ser obtido por meio de:
Políticas macroeconômicas expansionistas, ou políticas de crescimento.
As políticas macroeconômicas expansionistas aumentam o volume de moeda em circulação e pressionam a inflação. Com a adoção de políticas de crescimento, haverá maior demanda, maior consumo e, por consequência, maiores serão os investimentos, o emprego, o consumo e as empresas entenderão que podem investir mais, empregarão mais e assim sucessivamente. 
 
<p>Políticas macroeconômicas contracionistas, ou políticas restritivas.
As políticas macroeconômicas contracionistas reduzem o volume de moeda em circulação e tendem a reduzir a inflação. Com a adoção de políticas restritivas, haverá menor demanda, menor consumo e, por consequência, menores serão os investimentos, o emprego, o consumo e as empresas entenderão que devem investir menos, empregarão menos e assim sucessivamente.
 
 Ambas as políticas, expansionistas e contracionistas, são importantes e, quando praticadas em excesso, podem desencadear crises.
 
 Não existe política boa ou ruim, mas existe a política mais adequada para um determinado momento. Por isso, devemos manter o foco na sustentabilidade e na vida, quando planejamos. Esses objetivos guiarão as decisões mais apropriadas para cada momento da vida individual e em sociedade.
Quando o governo gasta e transfere muitos recursos para o sistema econômico ele está fazendo uma política expansionista. Com essa política, as pessoas tenderão a gastar mais e isto gera inflação, aumenta a dívida pública e o governo precisará pagar suas contas. Então, para reequilibrar, o governo precisará reduzir seus gastos e transferir menos recursos para a economia. Isso é uma política contracionista, direcionada para a redução da inflação e da dívida pública. Com este tipo de política, em um próximo período de tempo, o governo poderá direcionar mais esforços para atender os anseios da sociedade. 
Continuando, as políticas macroeconômicas podem desencadear: 
Círculo virtuoso (ciclo de expansão do sistema econômico). </p>
Caso ocorra um aumento nos investimentos, haverá um aumento da produção, do emprego, da renda, da demanda, do consumo, e assim, sucessivamente, as empresas entenderão que podem investir mais. Este é um ciclo de expansão da economia. Políticas expansionistas tendem a desencadear ciclos de expansão, ou de aquecimento da atividade econômica. Um círculo virtuoso.
 
Círculo vicioso (ciclo de contração do sistema econômico).
Por outro lado, caso ocorra uma redução dos investimentos, haverá uma redução da produção, do emprego, da renda, da demanda, do consumo, e assim, sucessivamente, as empresas entenderão que podem reduzir os investimentos. Este é um ciclo de contração da economia. Políticas contracionistas tendem a desencadear ciclos de recessão, ou de desaquecimento da atividade econômica. Um círculo vicioso.
Você já ouviu dizer que a economia oscila em ciclos de expansão e contração? Busque sobre as teorias dos ciclos econômicos livremente na internet. Os fisiocratas, David Ricardo, Joseph Alois Schumpeter e Ludwig Von Mises, são alguns autores que tratam de ciclos econômicos em suas teorias.
Políticas Fiscais
As políticas fiscais têm origem nas contas do governo (G = A – T). Para fazer política fiscal o governo atua pelos instrumentos fiscais que são: as arrecadações (A) ou nas transferências (T) que realiza para o sistema econômico.
A Figura 8 sintetiza as políticas fiscais, que podem ser expansionistas e contracionistas e serão detalhadas nas linhas a seguir.
Os preços caem e a inflação reduz porque a demanda diminui e a redução dos gastos corresponde a um menor volume de transferências de recursos.
Quando o governo reduz as transferências, corta gastos e o orçamento público, com infraestrutura, meio ambiente, pesquisa, educação, entre outros. Vale
lembrar que há limites nos cortes dos gastos que são previstos por lei, como os cortes de saúde e educação.
Se o governo reduzir os gastos, contratará menos serviços, consumirá menos bens para o funcionamento da estrutura pública e as empresas privadas que atendem à demanda de bens e serviços do governo, deixarão de receber, investirão menos, contratarão menos, remunerarão menos e o consumo cairá.
Se o governo gastar menos, e arrecadar mais, haverá uma redução da dívida pública.
 
do que G = A – T,
Se A > T, o governo registra superávit e reduz a dívida pública, tornando o governo mais eficiente para gerir os recursos públicos e garantir a prestação do serviço público pelo qual a sociedade pagou.
Políticas Fiscais expansionistas
Se o governo reduzir a arrecadação (A) ou aumentar as transferências (T), estará realizando políticas fiscais expansionistas.
Quando o governo reduz a arrecadação, as pessoas têm mais dinheiro para consumir ou para investir porque terão que pagar menos impostos.
Se as pessoas aumentarem consumo ou investimento, as empresas entendem que devem produzir mais, contratarão mais funcionários, eles terão maior renda, maior será a demanda, eles farão maior consumo e assim por diante.
 Os preços sobem e ocorrem pressões inflacionárias porque a demanda aumenta e a ampliação dos gastos corresponde a um maior volume de transferências de recursos.
 O aumento do gasto público e a dívida pública são umas das principais causas da inflação. 
Quando o governo aumenta as transferências, faz obras de infraestrutura, meio ambiente, pesquisa, educação, entre outros. Vale lembrar que o governo precisa ter projetos de longo prazo para realizar investimentos de acordo com o interesse público. 
Se o governo aumentar os gastos, contratará mais serviços, consumirá mais bens para o funcionamento da estrutura pública e as empresas privadas que atendem à demanda de bens e serviços do governo, receberão mais, investirão mais, contratarão mais, remunerarão mais e o consumo aumentará. 
Contudo, a sociedade precisa decidir qual deve ser o tamanho da atuação do governo, refletindo sobre a sua eficiência para gerir os recursos que recebe via arrecadação pública. Caso o governo reduza sua participação no sistema econômico, as empresas privadas tenderão a assumir novas responsabilidades na sociedade. 
Se o governo gastar mais, e arrecadar menos, haverá um aumento na dívida pública.
Sabendo que G = A – T,
 
Se A < T, o governo registra déficit e aumenta a dívida pública, colocando a sociedade em risco. Risco de não receber o serviço público pelo qual pagou.
 A dívida pública aumenta quando há o resultado de déficit da conta do governo e a dívida pública diminui quando há o resultado de superávit na conta do governo.
 O governo pode se financiar realizando a venda de títulos públicos e operando junto com o Banco Central, que renegocia as operações primárias do Tesouro Nacional. 
A Legislação Orçamentária sempre deve ser consultada.
Políticas Monetárias 
As políticas monetárias têm origem nos instrumentos que regulam a oferta de moeda que circula na economia. Há, basicamente, três instrumentos de política monetária:
· A taxa de redesconto.
· depósito compulsório.
· As operações de open market.
Elas podem ser expansionistas, quando o governo aumenta o volume de moeda em circulação, ou contracionistas, quando o governo reduz o volume de moeda em circulação.
· O aumento do volume de moeda em circulação tende a aumentar a inflação.
· A redução do volume de moeda em circulação tende a reduzir a inflação.
As políticas monetárias podem ser expansionistas ou contracionistas e serão detalhadas nas linhas a seguir.
Taxa de Redesconto
A taxa de redesconto é uma taxa “punitiva” do Banco Central (BACEN) para os Bancos Comerciais. Os bancos comerciais “ganham dinheiro” realizando empréstimos para pessoas físicas, para pessoas jurídicas e para o governo.
Quando os bancos comerciais emprestam dinheiro e não recebem eles fecham com resultado negativo, “no vermelho”. Por ficarem devendo, precisam se financiar, pegando crédito com o Banco Central para “cobrir” suas contas. O BACEN empresta o dinheiro, cobrando uma taxa de juros chamada de taxa de redesconto.
Se o BACEN aumentar a taxa de redesconto, os bancos comerciais emprestarão menos dinheiro para as pessoas físicas e jurídicas, com receio do pagamento dos juros altos. Em função disso, os bancos comerciais aumentam as taxas de juros de financiamentos e crédito para pessoas e empresas, como as taxas de financiamentos de veículos, casas, consignado, capital de giro, entre outras.
 A taxa de redesconto está em desuso porque os bancos comerciais preferem emprestar dinheiro dos outros bancos comerciais antes de pedirem dinheiro emprestado ao BACEN. Essa é chamada taxa de depósito interbancário, das operações de DI que você pode optar como poupança.
 
Para entender melhor, você também pode pensar na sua conta corrente no banco comercial. Quando você gasta mais do que recebe, entra no vermelho, utilizando o limite do cheque especial. Quando isso acontece, automaticamente, o banco lhe empresta dinheiro e você paga juros no próximo mês. Se você não cuidar, no próximo mês terá menos dinheiro, porque terá que pagar os juros e talvez precise entrar no vermelho novamente, tornando-se cada vez mais difícil sair do cheque especial.
As operações do sistema financeiro, quando mal direcionadas comprometem o trabalho futuro. Quando antecipamos consumos com financiamentos ao invés de poupar para pagar os bens e os serviços à vista, comprometemos e sobrecarregamos nosso trabalho futuro.
Depósito Compulsório
O depósito compulsório é o depósito obrigatório dos bancos comerciais no Banco Central. Como os bancos comerciais ganham dinheiro emprestando o seu dinheiro para as outras pessoas, o BACEN precisa estabelecer limites para essas operações.
 
 O Acordo da Basiléia também estabelece alguns limites para a saúde das operações e dos balanços patrimoniais dos bancos comerciais. “O Comitê de Basileia para Supervisão Bancária é o fórum internacional para discussão e formulação de recomendações para a regulação prudencial e cooperação para supervisão bancária”. Pesquise sobre o tema no site do BACEN, disponível em:
O BACEN estabelece esses limites dos depósitos compulsórios aos bancos comerciais porque, se eles emprestarem todo o dinheiro disponível nas contas correntes e não receberem, os bancos podem quebrar. O BACEN também opera o depósito compulsório porque se os bancos comerciais emprestarem excessivamente o dinheiro dos clientes poderia ocorrer à falta dinheiro para a realização saques das contas correntes.
O depósito compulsório diz que parte do nosso dinheiro, ou do nosso salário, que está em nossas contas correntes nos bancos comerciais (depósito à vista nos bancos comerciais), não pode ser emprestado para as outras pessoas. Isto ocorre para garantir a saúde do sistema financeiro.
Se o depósito compulsório for de 40%, os bancos comerciais podem emprestar 60% do nosso salário para as outras pessoas. Assim, 40% do nosso salário ficará obrigatoriamente, ou compulsoriamente, retida no Banco Central. Se o governo aumentar a taxa do depósito compulsório, os bancos comerciais irão emprestar menos dinheiro para nós consumirmos e investirmos. Isso reduzirá a produção, o emprego, a renda da economia e a inflação.
 Quando uma pessoa vai a um banco e realiza um depósito, parte do valor é recolhido pela instituição financeira no Banco
Central na forma de um depósito compulsório. Pesquise sobre o depósito compulsório no site do BACEN, disponível em:
<h3>Operações de Open Market (taxa básica de juros)
As operações de open market, também são chamadas de operações de compra e venda de títulos públicos em mercado aberto.
O governo, por intermédio do Tesouro Nacional, vende títulos para as pessoas, para as empresas privadas e para os bancos comerciais, em troca de dinheiro para pagas os gastos públicos. Quando o governo vende títulos ele está se endividando. As pessoas, empresas e bancos que emprestam dinheiro para o governo esperam receber juros pelo empréstimo deste dinheiro. Esta taxa de juros é a taxa básica de juros, também chamada de Selic.
 “A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país”. Pesquise sobre a taxa Selic no site do BACEN, disponível em:
 Navegue na área “SIMULE SEU INVESTIMENTO. Compare e confira as vantagens de investir seu dinheiro no Tesouro Direto”, no site do Tesouro Direto! O link disponível é:
A taxa Selic de juros das negociações dos títulos públicos é uma taxa de referência para a economia.
Um banco comercial pode decidir se ele quer ganhar dinheiro emprestando para você ou para o governo. Se o governo aumentar a taxa de juros dos títulos públicos, o banco comercial vai preferir emprestar dinheiro para o governo ao invés de emprestar dinheiro para você. Isto quer dizer que se você quiser fazer financiamentos de carros e casas, por exemplo, a taxa de juros ficará mais alta para você.
Então, quando o governo aumenta a taxa de juros, os juros aumentam de modo geral na economia, as pessoas fazem menos investimentos, menos financiamentos, consomem menos, produzem menos, menor é o emprego e menor é a inflação.
<p>Políticas monetárias expansionistas e contracionistas </p>
Em síntese, as políticas monetárias contracionistas reduzem o volume de moeda em circulação, o investimento, o emprego, o consumo e a inflação. São elas:
O aumento da Taxa de Redesconto.
O aumento do Depósito Compulsório.
O aumento da Taxa Básica de Juros dos títulos públicos.
Em síntese, as políticas monetárias expansionistas aumentam o volume de moeda em circulação, o investimento, o emprego, o consumo e a inflação. São elas:
A redução da Taxa de Redesconto.
A redução do Depósito Compulsório.
A redução da Taxa Básica de Juros dos títulos públicos.
Um exemplo de sucesso de planejamento público e macroeconômico no Brasil é o Plano Real! Ele foi implementado a partir de 1993 e, em 1994, o Real entrou em circulação. O Plano Real foi um conjunto de políticas administrativas, regulatórias e macro econômicas contracionistas. O objetivo era conter a inflação e, para isso, o governo aumentou a taxa de juros, reduziu as transferências e aumentou os impostos. O plano atingiu seus objetivos e até hoje há equilíbrio monetário no país. Em 2019, estamos comemorando 25 anos do Plano Real no Brasil! Quer saber mais sobre esse conteúdo? Sugiro que você assista os seguintes filmes, documentários e entrevistas:
 Assista um rápido documentário “Plano Real: 25 Anos da moeda que salvou o Brasil” pelo link:
 Sugiro também, assistir ao filme “Real - O Plano Por Tras da Historia”, disponível no link:
Para ler sobre o assunto, consulte o link:
Compreendendo as variações da taxa de câmbio e os regimes cambiais
 Ao término deste material você haverá compreendido de que forma ocorrem as variações cambiais entre as economias nacionais. Trata-se da ampliação do seu conhecimento sobre o ambiente sistêmico da competitividade. Isto será relevante para o exercício de sua profissão porque aprimorará a visão do seu processo decisório. As pessoas que conhecem a formação das taxas de câmbio tendem a aprimorar suas escolhas, principalmente quando se utilizam de habilidades analíticas para a elaboração de cenários. Desta forma, o planejamento estratégico de suas vidas pessoais e profissionais tornam-se gradativamente mais consistentes. E então? Você está pronto para avançar na curva de aprendizagem do raciocínio analítico das suas escolhas individuais e profissionais? Vamos começar!
 
<h3>Oferta e Demanda por Moeda Estrangeira </h3>
Para realizar operações de compra e venda de bens ou serviços, entre outras operações de crédito e financiamento, os agentes da economia demandam e ofertam moeda estrangeira. Como resultado dessas operações é formada a taxa de câmbio, que é o valor de troca (preço) da moeda estrangeira. Essas interações com o setor externo são registradas, aumentando ou diminuindo as reservas internacionais.
A taxa de câmbio se forma pelas relações entre oferta e demanda de moeda estrangeira. Os registros de trocas de todas as relações com o setor externo estão no Balanço de Pagamentos e cada uma delas corresponde à entrada ou à saída de moeda estrangeira do país. Quando há muita oferta de moeda estrangeira há, consequentemente, o aumento do estoque de divisas. Quando há muita demanda por moeda estrangeira há a redução do estoque de divisas.
O estoque de divisas de um país é composto por moedas de diversos países, reservas em ouro, ativos, títulos públicos, posição de reservas no FMI (Fundo Monetário Internacional), SDRs (Special Drawing Rights), que são direitos de saques especiais no FMI, entre outros. A credibilidade das relações internacionais de um país também está relacionada ao seu volume de divisas, que indica credibilidade e capacidade de pagamento das suas contas externas com os demais países do mundo. Caso não haja dinheiro em estoque, um país faz empréstimos com outros países, e essas operações podem ser de pessoas físicas jurídicas, bancos, governos, entre outros agentes. O Fundo Monetário Internacional (FMI) faz esses registros da capacidade de pagamento dos países, por meio de metodologias de lançamentos de contas do Balanço de Pagamentos. O FMI acompanha a composição dos estoques de divisas dos países e, quando necessário, atua: nas relações internacionais de empréstimos entre os países; ou como credor de empréstimos, a partir de quotas disponíveis para cada país. Caso um país entre em condições de endividamento com riscos de capacidade de pagamento, a credibilidade deste país cai em relação aos outros países, que podem não querer mais negociar, vender bens e serviços, investir, adquirir títulos entre outras operações. Caso um país tenha boa capacidade de pagamento e estoque de divisas, ele pode ser credor, via FMI, no mercado internacional (FMI, 2019). No Quadro 1 está a composição das reservas internacionais brasileiras em setembro de 2019. Entre os demais ativos que compõem as reservas, atente para a composição das moedas estrangeiras, grifadas no quadro.
Devido às transações e operações realizadas com o setor externo, os países tomam posse de moedas de outras nacionalidades, interferindo no aumento ou na diminuição das suas reservas internacionais (estoque de divisas). Como há diversos tipos de divisas e tipos de moeda no mundo, os valores sempre são convertidos em dólar. Nesse sentido, a moeda de maior representatividade entre as reservas internacionais do mundo é o Dólar Americano (62%), seguido do Euro (20%) (Figura 11).
Para realizar as operações com outros países nós devemos observar a taxa de câmbio da nossa moeda, o Real, com as demais moedas do mundo.
 Acesse conversor de moedas do BACEN e faça simulações das taxas de câmbio entre o Real e as moedas existentes no mundo. É muito interessante! O conversor de moedas está disponível no link:
<h3>Mercado de Câmbio
As taxas de câmbio são formadas a partir do encontro das forças de oferta e de demanda
por moeda estrangeira. Para importar, exportar, viajar, entre outros motivos, as pessoas demandam e ofertam moeda estrangeira e, como em qualquer mercado, forma-se o preço da moeda estrangeira: a taxa de câmbio.
 A medida comparativa da capacidade de compra entre os países é denominada de paridade de poder de compra. Para saber mais, acesse o site do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) disponível no link:
A paridade do poder de compra (PPC) - em inglês, purchasing power parity (PPP) - é um método alternativo à taxa de câmbio. Muito útil para comparações internacionais, mede quanto uma determinada moeda poderia comprar se não fosse influenciada pelas razões de mercado ou de política econômica que determinam a taxa de câmbio. Leva em conta, por exemplo, diferenças de rendimentos e de custo de vida. É necessária para comparações de produtos internos brutos (PIBs). Com relação a 146 países abrangidos no cálculo em dólares PPC feito pelo Banco Mundial com dados de 2005, apenas 19 (todos eles entre os mais desenvolvidos) apresentam taxa inferior à verificada nas transações comerciais. Os Estados Unidos, país padrão do dólar, tem PPC = 1. Todos os demais apresentam ganho no PIB em dólar PPC (IPEA, 2019).
Para entender o mercado de câmbio o raciocínio é o mesmo para os demais mercados, analisam-se os comportamentos da oferta e da demanda de moeda estrangeira:
OFERTA: Toda operação de troca internacional que gera a entrada de capital estrangeiro no país contribui para o aumento da oferta de moeda estrangeira no mercado de câmbio. Exemplos: exportadores de bens, serviços e capitais nacionais; turistas do mundo todo que visitam o país; investidores em bolsas de valores, títulos públicos, investimento direto estrangeiro e todos os demais agentes que precisarem trocar moeda estrangeira por Real.
A oferta de moeda estrangeira desencadeia a redução da taxa de câmbio e a valorização da moeda nacional e o aumento do estoque de divisas.
· DEMANDA: Toda operação de troca internacional que gera saída de capital estrangeiro no país contribui para o aumento da demanda por moeda estrangeira no mercado de câmbio. Exemplos: importadores de bens, serviços e capitais internacionais; turistas brasileiros que visitam os demais países do mundo; investidores em bolsas de valores, títulos públicos, investimento direto estrangeiro em outros países, e todos os demais agentes que precisarem trocar Real por moeda estrangeira.
· A demanda de moeda estrangeira desencadeia o amento da taxa de câmbio e a desvalorização da moeda nacional e a redução do estoque de divisas.
Quando queremos viajar para fora do país ou comprar produtos importados, demandamos moeda estrangeira. Caso haja um grande volume de pessoas indo para o exterior e consumido bens importados, há um aumento significativo da demanda por moeda estrangeira. Com esse aumento da demanda, a curva se desloca para a direita e a taxa de câmbio aumenta. Quem demanda moeda estrangeira são turistas brasileiros e importadores, por que trocam Real por moeda estrangeira.
 
Acesse o conteúdo “O que é Câmbio” do BACEN. Ele está disponível no link:
<h3>Efeitos das variações da taxa de câmbio</h3>
<p>Quando a taxa de câmbio aumenta:
Reduzem as importações de bens, serviços e capitais internacionais. Esse efeito pode ser reverso (não benéfico) em um país como o Brasil, que possui baixa diversificação produtiva e depende de tecnologia, máquinas, equipamentos, entre outros insumos de produção. Nesse caso, a redução das importações reduz ainda mais a capacidade de produção no país.
Há um estímulo às exportações, que pode ser benéfico principalmente para os bens em que o país tem destaque internacional, no caso do Brasil, o agronegócio, que pode tender a gerar superávits comerciais e aumento do estoque de divisas.
Embora o aumento das exportações gerem superávits nas contas do Balanço de Pagamentos, reduzam a dívida externa e aumentem o estoque de divisas, o esforço ao pagamento da dívida externa aumenta. Assim, a capacidade de pagamento da dívida externa diminui porque para cada Dólar da dívida são necessários mais Reais.
Há um estímulo à entrada de capital estrangeiro no país, porque os investimentos podem se tornar mais atrativos aos olhos dos investidores. O estímulo pode não se verificar caso existam outros tipos de riscos à produtividade e rentabilidade dos investimentos dentro do país, como, por exemplo, o risco político, o risco país, o custo país, a ausência de capacidade de pagamento da estrutura produtiva, entre outros.
O país tende a perder competitividade internacional porque reduz seu contato com a qualidade e a produtividade dos bens, serviços e produção dos outros países.
Ocorre pressão inflacionária, quando o país depende de insumos, máquinas, equipamentos e outros bens essenciais de origem internacional. O aumento dos preços de insumos e commodities gera inflação de custos, aumento os preços dos bens e serviços no mercado nacional.
Quando a taxa de câmbio diminui:
Aumentam as importações de bens, serviços e capitais internacionais. Isso tende a gerar déficits nas contas do Balanço de Pagamentos e o aumento da dívida externa.
Há um desestímulo às exportações, que passam a ser menos rentáveis e direcionadas ao mercado interno.
Aumenta a capacidade de pagamento da dívida externa porque para cada Dólar da dívida são necessários menos Reais.
O país tende a ficar exposto à competitividade internacional, avançando em sua curva de aprendizagem, porque aumenta seu contato com a qualidade e a produtividade dos bens, serviços e produção dos outros países.
Ocorre redução da pressão inflacionária, via redução do custo de produção, dos preços de insumos e das commodities.
 ~
<h3>Regimes Cambiais </h3>
A forma de atuação da autoridade monetária no mercado de câmbio depende do regime cambial adotado em cada país. Há diferentes regimes cambiais que determinam a política cambial.
 
<h3>Taxa de câmbio fixa: </h3>
São determinadas fora do mercado de câmbio e pela autoridade monetária do país. Portanto, a taxa de câmbio não é definida pelas variações da oferta e da demanda por moeda estrangeira. Nesse caso, a determinação da taxa de câmbio ocorre por meio da posição das reservas cambiais de um país.
Esse mecanismo de convertibilidade de moeda estrangeira pode ser utilizado, durante um determinado e restrito período de tempo, para o controle inflacionário de um país. Nesse sentido, o câmbio fixo mantém a capacidade de compra, o emprego, a renda e desencadeia investimentos no país. Ao atrelar a moeda nacional à estabilidade de uma moeda internacional, atua-se no fator psicológico e da inércia inflacionária, reduzindo a memória inflacionária dos agentes nacionais, devido à estabilidade contínua dos preços.
Deve-se ressaltar que o câmbio fixo, abaixo da taxa de mercado, tende a reduzir o estoque de divisas e reservas internacionais de um país. Por isso, deve ser utilizado por um período definido de tempo. Além disso, esse mecanismo confere previsibilidade aos especuladores do mercado de câmbio.
Quando há esta opção de regime cambial, há também a necessidade de estimular a entrada de capital estrangeiro no país para que os níveis das reservas sejam mantidas. Os mecanismos compensatórios podem ser: abertura e desregulamentação à entrada do capital estrangeiro no país, aumento da taxa básica de juros, para tornar os títulos públicos mais atrativos aos olhos dos investidores internacionais, programas de privatizações, estímulos aos investimentos diretos estrangeiros, entre outros.
Exemplo:
Quando a moeda nacional está desvalorizada (taxa de câmbio alta), ou quando a moeda estrangeira está escassa em relação à necessidade das trocas, a autoridade monetária atua no mercado de câmbio, vendendo moeda estrangeira até que se atinja o valor da taxa fixa.
<h3>Taxa
de câmbio flutuante
As taxas de câmbio flutuantes se formam no mercado de câmbio, por meio do encontro das forças de oferta e de demanda por moeda estrangeira. São estabelecidas pelo mecanismo de mercado, retirando a obrigatoriedade da autoridade monetária de disponibilizar reservas cambiais, atuar para modificar o equilíbrio de mercado de câmbio.
O câmbio flutuante tende a proteger as reservas cambiais do país, desvinculando a política monetária, via definição da taxa de juros dos títulos públicos, da taxa de câmbio. Por não “queimar” as reservas internacionais para manter uma taxa de câmbio fixa, o regime flutuante torna-se mais viável e solidifica as relações produtivas internacionais no longo prazo. O foco da produtividade nacional tende a desenvolver maior inteligência para trocar com o mercado internacional, fortalecendo sua competitividade.
Por outro lado, caso ocorra uma redução dos investimentos, haverá uma redução da produção, do emprego, da renda, da demanda, do consumo, e assim, sucessivamente, as empresas entenderão que podem reduzir os investimentos. Este é um ciclo de contração da economia. Políticas contracionistas tendem a desencadear ciclos de recessão, ou de desaquecimento da atividade econômica. Um círculo vicioso.
<h3>Taxa de câmbio suja
Trata-se de um sistema intermediário, mais observado na prática. A taxa de câmbio é flutuante e a autoridade monetária decide por intervir ou não no equilíbrio de mercado de câmbio.
As atuações da autoridade monetária, Banco Central, são pontuais e têm como objetivo a redução dos efeitos de choques externos. Quando o Banco Central intervém no mercado de câmbio, ele também se depara com a especulação do mercado financeiro e precisa ponderar sua atuação para não “queimar” reservas à toa.
Existem ajustes entre as estruturas produtivas dos países que estão de acordo com a competitividade de cada nação, que se reflete na paridade do poder de compra entre os países. O ideal é desenvolver a inteligência para aprimorar os níveis de qualidade da produção, de bens e de serviços aos níveis internacionais de competição. Trata-se de um aprendizado cultural e produtivo!
As taxas de câmbio oscilam no mercado e têm efeitos positivos e negativos sobre a economia do país. Quando estão altas podem gerar inflação e incapacidade de importação de máquinas e equipamentos necessários à produção nacional. Quando estão baixas podem tornar a estrutura produtiva nacional vulnerável à competição externa.
O Banco Central atua no mercado de câmbio realizando leilões de compra e de venda de moeda estrangeira. Para ajustar o mercado de câmbio e reduzir os impactos das oscilações cambiais na estrutura produtiva nacional, o Banco Central:
 
· Realiza a venda dólares para que o câmbio reduza. Depois de um aumento da taxa de câmbio o Banco Central tende a fazer leilões de venda de moeda estrangeira no mercado de câmbio, para que a taxa de câmbio reduza. Isto pode ser observado por meio do deslocamento à direita da curva de oferta de dólares
 
Realiza a compra de dólares para que o câmbio aumente. Depois de uma redução da taxa de câmbio o Banco Central pode fazer leilões de compra de moeda estrangeira no mercado de câmbio, para que a taxa de câmbio aumente, ou para ampliar o estoque de divisas do país. Isto pode ser observado por meio do deslocamento à direita da curva de demanda por dólares.
 O Plano Real foi um conjunto de medidas regulatórias, administrativas e de políticas restritivas, que adotou como parâmetro de moeda estável o Dólar, mas com regime de câmbio flutuante e intervenção do BACEN. Para acabar com a memória inflacionária e os efeitos da inflação inercial, foram utilizadas as reservas internacionais e estimuladas diversas formas de entrada do capital estrangeiro para compensar. Uma delas foi a elevação da taxa de juros (Selic). Depois de 4 anos, o BACEN passou a intervir no mercado, somente quando necessário. Para saber mais sobre o uso da taxa flutuante com intervenções do BACEN no Plano Real, acesse o conteúdo “Uma breve história do Plano Real, aos seus 18 anos - Câmbio fixo?” no site MISES BRASIL:
Como foi o seu aprendizado sobre o mercado de câmbio? Você compreendeu as lógicas e os raciocínios sobre os motivos das variações da taxa de câmbio? Vamos resumir tudo o que vimos? Você deve ter aprendido que a taxa de câmbio se forma a partir da oferta e da demanda por moeda estrangeira. Vimos também os motivos de demanda e de oferta de moeda estrangeira e que estas forças resultam das operações realizadas diante das trocas com o mercado internacional. As relações de produtivas, financeiras e de capitais internacionais são registradas no Balanço de Pagamentos. O FMI é o organismo internacional responsável por padronizar os registros, monitorar as reservas internacionais dos países e atuar, se necessário, na negociação de dívidas externas. Para isso, vimos que há a o registro das reservas internacionais no FMI. Quanto ao mercado de câmbio, também estudamos que existem diferentes regimes cambiais e que o Banco Central pode atuar para reduzir ou aumentar a taxa de câmbio realizando leilões de venda ou de compra, respectivamente, visando o equilíbrio monetário internacional do país. Gostou dos aprendizados deste material?

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