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resumo - Hepatites Virais

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HEPATITES VIRAIS!
H E P A T I T E S C R Ô N I C A S V I R A I S 
Definida por necroinflamaçao hepática crônica. 
A infecção crônica pelos vírus da hepatite é a causa 
principal de hepatite crônica em todo o mundo. As 
hepatites virais crônicas B e C são as principais 
causas de cirrose e carcinoma hepatocelular. O vírus 
da hepatite A não causa hepatite crônica. O vírus da 
hepatite E geralmente não provoca hepatite crônica, 
exceto em imunossuprimidos 
As hepatites virais são um grave problema de saúde 
pública no Brasil e no mundo. É uma infecção que 
atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas 
ou graves. Na maioria das vezes são infecções 
silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. 
Entretanto, quando presentes, podem se manifestar 
como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjôo, 
vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina 
escura e fezes claras. 
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são 
causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com 
menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum 
na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é 
menos frequente no Brasil, sendo encontrado com 
maior facilidade na África e na Ásia. Hepatite B 
crônica: prevalência maior no Norte e Nordeste quando 
comparada ao Sul e Sudeste 
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou 
C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por 
nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das 
pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que 
a doença possa evoluir por décadas sem o devido 
diagnóstico. 
O avanço da infecção compromete o fígado sendo 
causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem 
levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de 
transplante do órgão. 
O impacto dessas infecções acarreta em 
aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no 
mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou 
cirrose associada as hepatites. A taxa de mortalidade 
da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada ao 
HIV e tuberculose. 
A T I T U DE S P R E V E N T I V A S 
Considerar contexto de vida e aspectos socioculturais 
 Orientar quanto a transmissão sexual e uso de 
preservativos 
Informações sobre modos de transmissão e medidas de 
prevenção 
Orientar quanto a diminuição e interrupção de hábito 
etílico e uso de paracetamol 
Ser portador do vírus da hepatite exige ressignificar 
sua história de vida, seu papel na família e sociedade 
Orientar manuseio de alimentos 
Orientar lavagem completa das mãos e disposição 
sanitária dos resíduos Orientar imunização (HAV e 
HBV) 
H E P A T I T E A 
O vírus da hepatite A (HAV) é um vírus do ácido 
ribonucleico (RNA). Não 
está associado à doença hepática crônica. O modo de 
transmissão é fecal- 
oral; por isso, ele é mais prevalente em ambientes com 
higiene 
inadequada. A maioria das infecções nos adultos é 
sintomática, ao passo 
que 70% das infecções em crianças com menos de 6 
anos de idade, que 
são também os principais reservatórios para 
transmissão, são 
assintomáticas. O período médio de incubação é de 28 
dias. 
Se houver encefalopatia, independente do grau, estará 
indicado 
transplante. 
 
#VACINA DISPONÍVEL PARA IgG E IgM negativos, 
sem contraindicação na gestação. 
Patogênese —————————————— 
A aquisição do vírus ocorre por ingestão de partículas 
virais infectantes, 
presentes na água ou em alimentos contaminados, ou 
até mesmo, contato direto ou compartilhamento de 
fomites (objetos contaminados) com 
indivíduos doentes. Sua principal via de transmissão do 
HAV é fecal-oral. 
NÃO há cronificação na hepatite A. Também não existe 
sequela hepática 
após a infecção aguda, como ocorre com outros vírus 
hepatotropicos. 
A transmissão da Hepatite A geralmente precede os 
sintomas em até 2 semanas quando as concentrações 
nas fezes são mais elevadas. Os pacientes são 
considerados não infecciosos 1 semana após o início da 
icterícia. 
Os pacientes sintomáticos podem apresentar início 
abrupto de febre, dor abdominal, mal-estar e icterícia. 
A sorologia da imunoglobulina M (IgM) anti-hepatite A 
é o teste de escolha para fins de diagnóstico. 
Hepatomegalia e icterícia clínica são achados comuns 
dos exames, com elevação acentuada das 
transaminases séricas (geralmente >1000 unidades/
L). 
Não há terapia específica disponível e o tratamento é de 
suporte. 
A profilaxia pós-exposição pode ser feita por meio de 
imunização ativa ou passiva, dependendo de fatores 
específicos dos pacientes, e de acordo com as 
diretrizes nacionais individuais 
Fatores de risco ———————————— 
pessoas que moram em regiões endêmicas 
contato pessoal próximo com uma pessoa infectada 
homens que fazem sexo com homens 
surto conhecido de doenças transmitidas por alimentos 
viagem internacional de país desenvolvido para regiões 
endêmicas uso de drogas injetáveis contato com uma 
criança ou funcionário em uma creche 
Aspectos principais ——————————— 
presença de fatores de risco 
febre 
mal-estar 
náuseas e vômitos 
icterícia 
hepatomegalia 
dor no quadrante superior direito 
fezes com cor de argila 
Outros fatores de diagnóstico ——————— 
fadiga 
cefaleia 
urina escura 
prurido 
artralgias e mialgias 
tosse 
diarreia 
constipação 
esplenomegalia 
linfadenopatia cervical posterior 
erupção cutânea evanescente 
bradicardia 
Primeiros exames a serem solicitados ———— 
transaminases séricas 
bilirrubina sérica 
ureia sanguínea 
creatinina sérica 
tempo de protrombina 
imunoglobulina M (IgM) contra vírus da hepatite A 
(HAV) 
Fase Prodromica ———————————— 
Dura alguns dias; 
Febre; 
Anorexia; 
Nauseas; 
Vômitos; 
Diarreia; 
Mialgia; 
Mal estar; 
Fase Icterica ————————————— 
Dura semanas; 
Icterícia; 
Colúria; 
Acolia fecal; 
Dor abdominal; 
Hepatomegalia; 
 
Fase De Convalescência ————————— 
Dura meses; 
Regressão da icterícia; 
Recorrência em até 6 meses em até 10% 
Diagnostico —————————————— 
Anti-hav total +; anti-hav igm (+): infecção recente 
pela hav 
anti-hav total +; anti-hav igm (-): infecção passada pelo 
hav - também pode aparecer nos pacientes que foram 
vacinados para este vírus; 
anti-hav total -; anti-hav igm (-): ausência de contato 
com hav, não imune 
Infecção hepática mais comum em todo o mundo, 
causada pelo vírus da hepatite B (HBV). O HBV é um 
vírus de DNA transmitido pelas vias percutânea e 
permucosa. A infecção por HBV é também uma 
infecção sexualmente transmissível. A infecção por 
HBV pode resultar em uma doença autolimitada que 
não requer tratamento, principalmente, em caso 
de infecção adquirida por adultos, mas pode também 
resultar em estado de infecção crônica com cirrose, 
carcinoma hepatocelular ou insuficiência hepática, 
especialmente se adquirida no período perinatal ou na 
primeira infância. 
#VACINA DISPONÍVEL PARA ANTI-HBs e HBsAg 
negativos. Sem contraindicação na gestação. 
#O HBV é o único virus DNA entre as demais 
hepatites. 
Sua aquisição ocorre por via parenteral, contato com 
sangue e outros fluidos de indivíduos infectados, de 
maneira horizontal ou vertical. 
Pessoas de áreas endêmicas (Ásia, África) ou usuários 
de drogas injetáveis e aquelas com comportamento 
sexual de alto risco apresentam um aumento do risco 
para infecção. 
•As pessoas são assintomáticas em sua maioria, mas 
algumas apresentam complicações como cirrose, 
carcinoma hepatocelular ou insuficiência hepática. 
Os marcadores sorológicos são essenciais para o 
diagnóstico e para avaliar a atividade da doença, 
incluindo a diferenciação de pessoas com 
infecção aguda e infecção crônica e portadores 
crônicos assintomáticos. 
O objetivo do tratamento é melhorar a sobrevida e a 
qualidade de vida por meio da prevenção da progressão 
da doença. Os tratamentos atuais não erradicam 
completamente o vírus. A base do tratamento é a 
terapia antiviral, embora alguns pacientes necessitem 
também de encaminhamento para um centrode 
transplante de fígado. 
Fatores de diagnóstico —————————— 
assintomático 
icterícia 
hepatomegalia 
ascite 
febre/calafrios 
mal-estar 
erupção cutânea maculopapular ou urticariforme 
dor no quadrante superior direito 
fadiga 
náuseas/vômitos 
artralgia/artrite 
eritema palmar 
aranhas vasculares 
esplenomegalia 
asterixis (flapping) 
Os principais achados físicos em pacientes com 
infecção aguda por HBV sintomática são 
hepatomegalia com sensibilidade à palpação e icterícia. 
No entanto, pacientes com infecção crônica por HBV 
sem cirrose, insuficiência hepática ou CHC podem 
apresentar um exame físico normal. 
Alguns pacientes com infecção crônica por HBV e 
cirrose podem apresentar eritema palmar e aranhas 
vasculares, com ou sem sinais de 
hipertensão portal, incluindo ascite, icterícia e asterixis 
(flapping), o que sugere encefalopatia hepática. 
Fatores de risco ———————————— 
exposição perinatal em um lactente nascido de uma 
mãe infectada pelo vírus da hepatite B (HBV) 
comportamentos sexuais de alto risco uso de drogas 
injetáveis 
indivíduos nascidos em regiões altamente endêmicas 
história familiar de HBV, carcinoma hepatocelular e/ou 
doença hepática crônica 
contactante domiciliar com infecção por HBV 
história de encarceramento 
sexo masculino 
infectados por vírus da imunodeficiência humana (HIV) 
infectados com o vírus da hepatite C 
transfusão sanguínea ou de hemoderivados 
profissionais da saúde 
hemodiálise 
Primeiros exames a serem solicitados ———— 
testes da função hepática 
Hemograma completo 
ureia e eletrólitos 
perfil de coagulação 
antígeno sérico de superfície da hepatite B 
anticorpo sérico para antígeno de superfície da hepatite 
B 
anticorpo sérico para antígeno do núcleo da hepatite B 
antígeno E do vírus da hepatite B sérico 
anticorpo antiantígeno E do vírus da hepatite B sérico 
DNA do HBV sérico 
Exames a serem considerados ——————— 
ultrassonografia abdominal 
biópsia hepática 
elastografia transitória 
biomarcadores séricos de fibrose hepática 
alfafetoproteína 
Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância 
nuclear magnética 
(RNM) do abdome 
testes para coinfecções 
teste de resistência a medicamentos 
genótipo do HBV 
H E P A T I T E B A G U D A 
20 a 30 dias após o inicio, a doença termina. 
Se a resolução não ocorrer em seis meses após inicio 
dos sintomas, torna-se doença crônica. 
Poucos sintomas. 
 H E P A T I T E B C R Ô N I C A 
Apenas 5 a 10% dos pacientes cronificação 
Persistência do HBsAG mais de seis meses em 
conjunto com replicação 
Deve haver evidencia de replicação viral: HBeAg 
positivo ou HBV-DNA positivo 
Assintomática, a não ser na doença avançada, com 
cirrose em 25% das pessoas com HBV crônico 
Maior probabilidade de ser crônico se o virus for 
transmitido pelo parto ou seja transmissão vertical, 
assim risco de 90% de cronicidade. 
 
 H E P A T I T E C 
O vírus da hepatite C (HCV) é um vírus hepatotrópico 
infeccioso que pertence à família Flavivírus. A infecção 
pode se apresentar como uma doença aguda (por 
exemplo, fadiga, artralgia, icterícia) em 
aproximadamente um terço dos pacientes; no entanto, 
a maioria dos pacientes é assintomática. A infecção 
crônica causa inflamação hepática e fibrose, e um 
número significativo desses pacientes desenvolverá 
cirrose e insuficiência hepática ou câncer hepático em 
um período de aproximadamente 20 a 50 anos. A 
infecção raramente remite de forma espontânea em 
pacientes com infecção crônica. 
#A infecção pelo HCV é de aquisição parenteral e por 
via hematogenica, assim, o vírus alcança o fígado, onde 
inicia a replicação no hepatotico, desencadeando lesão 
celular, tecidual e Inflamação hepatica. Dessa 
forma, a infecção pelo HCV tem grande tendencia a 
cronificação, em razão de fatores relacionados ao virus 
e ao hospedeiro. 
#NAO existe vacina. 
A transmissão ocorre por meio de exposição 
percutânea ao sangue infectado, mais comumente por 
meio do uso de drogas ilícitas por via intravenosa ou 
transfusão de hemoderivados contaminados em países 
desenvolvidos, ou através de equipamento médico ou 
dental contaminado em países com poucos recursos. 
Depois da exposição aguda ao vírus da hepatite C, 
muitos pacientes desenvolvem hepatite C crônica. A 
maioria das infecções é assintomática; no entanto, a 
inflamação hepática está frequentemente presente e 
pode causar fibrose hepática progressiva. 
O objetivo do tratamento é erradicar o vírus, alcançar 
uma resposta virológica sustentada e prevenir a 
evolução da doença. As terapias antivirais orais de 
ação direta são o tratamento padrão. As complicações 
em longo prazo da infecção crônica incluem cirrose ou 
carcinoma hepatocelular. 
Fatores de diagnóstico —————————— 
sintomas constitucionais 
icterícia 
Fatores de risco ———————————— 
práticas clínicas não seguras 
uso de drogas por via intravenosa ou intranasal 
transfusão de sangue ou transplante de órgão 
consumo intenso de bebidas alcoólicas 
polimorfismo no gene interleucina (IL) 28B 
vírus da imunodeficiência humana (HIV) 
prisão/institucionalização 
hemodiálise 
trabalho na área da saúde 
tatuagens 
vários parceiros sexuais 
mãe infectada (para o feto) 
sexo masculino 
 H E P A T I T E D 
É causada pelo vírus da hepatite delta (HDV), pode 
apresentar-se como infecção assintomática, 
sintomática ou até formas graves. O HDV é um 
vírus defectivo, satélite do HBV, dependente do HBsAg 
para replicação. A infecção delta crônica é a principal 
causa de cirrose em crianças e adultos 
jovens em áreas endêmicas, como Itália, Inglaterra e 
região amazônica. 
#NAO TEM VACINA. 
O vírus HDV é um dependente do HBV. Devido a sua 
dependência funcional, o vírus delta têm mecanismos 
de transmissões idênticos ao HBV. 
A transmissão vertical pode ocorrer e depender da 
replicação do HBV. 
Portadores crônicos inativos são reservatórios 
importantes para a disseminação do HDV em áreas de 
alta endemicidade de infecção pelo 
HBV. 
ascite 
sinais de encefalopatia hepática 
manifestações extra-hepáticas 
Fatores de risco ———————————— 
Transfusões de sangue e hemoderivados; 
Usuários de drogas injetáveis; 
Tatuagens; 
Ato cirúrgicos em áreas endêmicas; 
Promiscuidade sexual; 
Transmissão vertical 9sempre relacionada a 
infectividade do VHB) 
Profissionais de saúde; 
#O vírus da hepatite delta é defectivo, ou seja, só existe 
se houver HBV. 
Portanto, a principal prevenção é controlar a HBV, que 
tem vacina. 
 H E P A T I T E E 
O virus da hepatite E (HEV) é transmissão fecal-oral, 
o que favorece a disseminação da infecção nos países 
em desenvolvimento, onde a contaminação dos 
reservatórios de água mantem a cadeia de transmissão 
da doença. 
#NAO TEM VACINA. 
Está diretamente relacionada a precárias condições 
sanitárias e indicadores de miséria extrema. Assim, a 
hepatite E deve ser pensado sempre que houver 
condicoes muito ruins de higiene e diarreia.

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