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Módulo Concepção

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Módulo Concepção
Laryssa Lopes - Med XX
TUTORIAL 1 : FERTILIZAÇÃO
1. Discorrer sobre o sistema reprodutor masculino ( visão anatômica e histológica )
ATLAS DE ANATOMIA HUMANA NETTER
INTRODUÇÃO CORD : Os órgãos sexuais masculinos compreendem um arranjo complexo de
órgãos genitais internos e externos. GENITÁLIA INTERNA : Testículos(6), epidídimos(8), ducto
deferente(1), ductos ejaculatórios(12), vesículas seminais(13), próstata(11) e glândulas
bulbouretrais (9). GENITÁLIA EXTERNA : Uretra (4), SACO ESCROTAL (7) e pênis.
GENITÁLIA EXTERNA
ESCROTO
● O escroto é um saco cutâneo fibromuscular que contém os testículos e as porções
inferiores dos funiculos espermáticos e se encontra suspenso abaixo da sínfise púbica
entre as faces ântero medial das coxas.
● O escroto é um saco cutâneo formado por duas camadas: pele intensamente pigmentada
e a túnica dartos intimamente relacionada, uma lâmina fascial sem gordura que inclui
fibras musculares lisas (músculos dartos) responsáveis pela aparência rugosa do escroto.
Como o músculo dartos está fixado à pele, sua contração causa o alargamento do escroto
no frio, espessamento da camada tegumentar enquanto reduz a área de superfície
escrotal e ajuda os músculos cremasteres a manterem os testículos mais próximos do
corpo, tudo para reduzir a perda de calor.
● O escroto é dividido internamente por uma continuação da túnica dartos, o septo do
escroto, em compartimentos direito e esquerdo. O septo é demarcado externamente pela
esfera escrotal, uma crista cutânea que marca a linha de fusão das eminências
labioescrotais embrionárias. A túnica dartos superficial não tem gordura e é contínua
anteriormente com o estrato membranáceo da tela subcutânea do abdome (fáscia de
Scarpa) e posteriormente com a camada membranácea da tela subcutânea do períneo
(fáscia de Colles). O desenvolvimento do escroto está intimamente relacionado com a
formação dos canais inguinais. O escroto se desenvolve a partir das eminências
labioescrotais, duas evacuações cutâneas da parede anterior do abdome que se fundem
para formar uma bolsa cutânea pendular. Mais tarde no período fetal, os testículos e
funiculos espermáticos entram no escroto.
SUPRIMENTO VASCULAR E DRENAGEM LINFÁTICA
- Ramos escrotais posteriores da artéria perineal: um ramo da artéria pudenda interna
- Ramos escrotais anteriores da artéria pudenda externa: um ramo da artéria femoral
- Artéria cremastérica: um ramo da artéria epigástrica inferior.
- As veias escrotais acompanham as artérias.
- Os vasos linfáticos do escroto drenam para os linfonodos inguinais superficiais.
PÊNIS
Conduz a uretra e oferece a saída comum para a urina e o sêmen O pênis consiste em raiz,
corpo e glande É formado por três corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil: dois corpos
cavernosos dorsalmente e um corpo esponjoso ventralmente. Em posição anatômica, o pênis
está ereto; quando o pênis está flácido, seu dorso está voltado anteriormente. Cada corpo
cavernoso tem um revestimento fibroso externo ou cápsula, a túnica albugínea. Superficialmente
ao revestimento externo está a fáscia do pênis (fáscia de Buck ), a continuação da fáscia
profunda do períneo que forma um revestimento membranáceo forte dos corpos cavernosos e do
corpo esponjoso, unindo-os. O corpo esponjoso contém a parte esponjosa da uretra. Os corpos
cavernosos estão fundidos um ao outro no plano mediano, exceto posteriormente, onde se
separam para formar os ramos do pênis. Internamente, o tecido cavernoso dos corpos é
separado (em geral incompletamente) pelo septo do pênis.
HISTOLOGIA A maior parte da uretra peniana é revestida por epitélio pseudo estratificado
colunar, que na glande se transforma em estratificado pavimentoso. Glândulas secretoras de
muco (glândulas de Littré ) são encontradas ao longo da uretra peniana. O prepúcio é uma dobra
retrátil de pele que contém tecido conjuntivo com músculo liso em seu interior. Glândulas
sebáceas são encontradas na dobra interna e na pele que cobre a glande. Os
sexuais).corpos cavernosos são envolvidos por uma camada resistente de tecido conjuntivo
denso, a túnica albugínea. O tecido erétil que compõe os corpos cavernosos do pênis e da uretra
tem uma grande quantidade de espaços venosos separados por trabéculas de fibras de tecido
conjuntivo e células musculares lisas.
SUPRIMENTO VASCULAR E DRENAGEM LINFÁTICA
O pênis é irrigado principalmente por ramos das artérias pudendas internas.
- Artérias dorsais do pênis seguem de cada lado da veia dorsal profunda no sulco dorsal
entre os corpos cavernosos, irrigando o tecido fibroso ao redor dos corpos cavernosos,
corpo esponjoso, parte esponjosa da uretra e pele do pênis.
- Artérias profundas do pênis perfuram os ramos na parte proximal e seguem distalmente
perto do centro dos corpos cavernosos, irrigando o tecido erétil nessas estruturas .
- As artérias do bulbo do pênis irrigam a parte posterior (bulbar) do corpo esponjoso e a
uretra em seu interior, além da glândula bulbouretral. Além disso, os ramos superficiais e
profundos das artérias pudendas externas irrigam a pele do pênis, anastomosando se com
ramos das artérias pudendas internas. As artérias profundas do pênis são os principais
vasos que irrigam os espaços cavernosos no tecido erétil dos corpos cavernosos e,
portanto, participam da ereção do pênis. Elas emitem vários ramos que se abrem
diretamente para os espaços cavernosos. Quando o pênis está flácido, essas artérias
encontram-se espiraladas, restringindo o fluxo sanguíneo; são denominadas artérias
helicinas do pênis.
- Drenagem venosa do pênis: O sangue dos espaços cavernosos é drenado por um plexo
venoso que se une à veia dorsal profunda do pênis na fáscia profunda. Essa veia passa
entre as lâminas do ligamento suspensor do pênis, inferiormente ao ligamento púbico
inferior e anteriormente à membrana do períneo, para entrar na pelve, onde drena para o
plexo venoso prostático . O sangue da pele e da tela subcutânea do pênis drena para a
veia dorsal(is) superficial(is), que drenam para a veia pudenda externa superficial. Parte do
sangue também segue para a veia pudenda interna.
- Drenagem linfática do pênis: A pele do pênis e do períneo é drenada por vasos linfáticos
que acompanham os vasos sanguíneos pudendos externos até os linfonodos inguinais
superficiais. Os vasos linfáticos advindos da glande seguem para os linfonodos inguinais
profundos e ilíacos externos. Os vasos linfáticos derivados do tecido erétil e da uretra
peniana seguem para os linfonodos ilíacos internos.
GENITÁLIA INTERNA
TESTÍCULOS
ANATOMIA : O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), situado numa bolsa
músculo-cutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo
por trás do pênis.
É um órgão ovóide, coberto por uma túnica fibrosa resistente : a túnica albugínea. A túnica
albugínea envia para o interior do testículo delgado septos conhecidos como séculos dos
testículos, os quais subdividem-nos em lóbulos. Nos lóbulos dos testículos encontramos grande
quantidade de finos longos e sinuosos ductos, de calibre quase capilar, que são denominados
túbulos seminíferos contorcidos.
túnica albugínea - tecido conjuntivo denso modelado.
túbulos seminíferos - São estreitos túbulos que variam de um a três por lóbulo testicular. Cada
um pode chegar a 60
cm de comprimento.Constituído por tecido conjuntivo frouxo
As paredes dos túbulos são constituídas por várias camadas de células cujo conjunto é
denominado epitélio seminífero.
As paredes de dois túbulos, isto é, seus epitélios seminíferos,
estão ressaltados em vermelho.O lúmen dos túbulos está ressaltado em cor de rosa.O espaço
intersticial está ressaltado em verde.
Células de Sertoli: Células piramidais cujas superfícies basais aderem-se a lâmina basal dos
túbulos
seminíferos. Tem função de suporte, proteção e suprimento dos espermatozóides em
desenvolvimento;
produção do hormônio antimulleriano; barreira hematotesticular.
EPIDÍDIMO
Situa-se na face posterior do testículo, que é coberto por uma túnica vaginal exceto nasua
margem posterior. O ducto convoluto do epidídimo torna-se progressivamente menor à medida
que passa da cabeça do epidídimo, na sua parte superior, para a cauda. O ducto deferente
começa na cauda do
epidídimo como a continuação do ducto do epidídimo. Os ductos diferentes transportam os
espermatozóides da rede do testículo para o epidídimo onde são armazenados. A rede do
testículo é uma rede de canais na terminação dos túbulos retos. O epidídimo consiste em:
• Uma cabeça, na parte expandida superior que é composta de lóbulos formados por
extremidades espiraladas de 12 a 14 ductos eferentes
• Um corpo que consiste no ducto do epidídimo convoluto
• Uma cauda que é contínua com o ducto deferente, o ducto que transporta os espermatozoides
do epidídimo para o ducto ejaculatório para expulsão na parte prostática da uretra.
DUCTOS DEFERENTES
Cada um é a continuação do ducto do epidídimo. Começa na cauda do epidídimo, sobe no
funículo espermático, passa através do canal inguinal, cruza sobre os vasos ilíacos externos e
entra na pelve, passa ao longo da parede lateral da pelve, onde se situa externamente o peritônio
parietal e termina unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório.
Durante seu trajeto nenhuma outra estrutura se interpõe entre o ducto deferente e o peritônio.
Posterior à bexiga urinária, o ducto deferente no início situa-se superior à glândula seminal,
depois desce medial ao ureter e à glândula. Aqui o ducto deferente se alarga para formar a
ampola do ducto deferente.
Então se estreita e une-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório.
DUCTOS EJACULATORIOS
Cada ducto é um tubo fino que se origina pela união do ducto seminal com o ducto deferente. Os
ductos ejaculatórios (25 cm) originam-se próximo ao colo da bexiga urinária e correm muito
próximos à medida que passam ântero-inferiormente através da parte posterior da próstata e ao
longo dos lados do utrículo
prostático. Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal por meio de
aberturas semelhantes a fendas, na abertura do utrículo prostático, ou no seu interior.
Vesículas seminais:
Anatomia: Cada uma das glândulas é uma estrutura alongada (5 cm) que se situa entre o fundo
da bexiga urinária e o reto. As glândulas seminais, obliquamente situadas acima da próstata,
produzem um líquido alcalino viçoso que contém frutose (produção de ATP pelo espermatozóide),
prostaglandinas e proteínas de coagulação (diferentes da do sangue). Tal líquido forma 60% do
volume do sêmen. As extremidades superiores das glândulas seminais são cobertas com
peritônio e situam-se posteriores aos ureteres, onde o peritônio da escavação retovesical as
separa do reto. As extremidades inferiores das glândulas seminais estão intimamente
relacionadas com o reto e são separadas dele apenas pelo septo retovesical, uma
divisão membranácea. O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o
ducto ejaculatório.
Histologia: Mucosa pregueada por um epitélio cubóide ou pseudoestratificado colunar. Células
epiteliais ricas em grânulos de secreção. Lâmina própria rica em fibras elásticas e envolta por
uma espessa camada de músculo liso.
Próstata:
Anatomia: É a maior glândula acessória do sistema genital masculino, do tamanho de uma bola
de golfe. Se
situa inferiormente à bexiga urinária e circunda a parte prostática da uretra. Ela aumenta de
tamanho
lentamente até a puberdade, após isso expande-se rapidamente até os 30 anos de idade,
quando cessa
seu crescimento. A função dessa glândula é secretar um líquido leitoso e levemente ácido. Tal
líquido
contém ácido cítrico (usado no Ciclo de Krebs do espermatozóide), enzimas proteolíticas
(quebram as
proteínas de coagulação do líquido seminal), fosfatase ácida (função desconhecida) e plasma
seminal
(função antibiótica). As secreções prostáticas constituem 25% do volume do sêmen.
Histologia: Conjunto de 30 a 50 glândulas tubuloalveolares ramificadas. São formadas por um
epitélio
cubóide alto ou pseudoestratificado colunar. Um estroma fibromuscular envolve as glândulas. A
próstata é envolvida por uma cápsula fibroelástica rica em músculo liso. Ceptos dessa cápsula
dividem a próstata em lóbulos.
Glândulas bulbouretrais:
Anatomia: As duas glândulas bulbouretrais, do tamanho de uma ervilha, situam-se abaixo da
próstata, de
ambos os lados da parte membrana da uretra, dentro dos músculos profundos do períneo. Os
ductos
das glândulas bulbouretrais passam através da fáscia inferior do esfíncter da uretra (membrana
do períneo) com a uretra e se abrem através de diminutas aberturas na porção proximal da parte
esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua secreção, semelhante ao muco, entra na uretra
durante a excitação
sexual. O líquido é alcalino e visa proteger os espermatozóides da acidez uretral e vaginal. O
muco secretado por essas glândulas têm função de lubrificar.
Histologia: Glândulas tubuloalveolares, revestidas por um epitélio simples secretor de muco.
Células
musculares esqueléticas e lisas são encontradas nos septos que dividem a glândula em lóbulos.
2. Elucidar sobre o funcionamento da espermatogênese.
MITOSE
Processo de divisão celular onde uma célula dá origem a duas outras células. Célula inicial,
forma duas células idênticas e com o mesmo número de cromossomos.
● Prófase : nucléolo desaparece;
● Metáfase : desintegração da carioteca; cromossomos ficam na região equatorial;
● Anáfase : separação das cromátides irmãs
● Telófase : citocinese
MEIOSE
A meiose é um tipo de divisão celular em que há formação de quatro células-filhas com metade
do número de cromossomos da célula-mãe. Nesse processo, ocorrem duas divisões celulares
consecutivas, as quais são chamadas de meiose I e meiose II. ( ACONTECE AS MESMAS
FASES DA MITOSE)
● Meiose 1
Na prófase dessa etapa tem uma importante fase, a fase de paquíteno, onde ocorre o crossing
over, permutação que aumenta a variabilidade genética.
TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA - GUYTON
FASES DE ESPERMATOGÊNESE
A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos, durante a vida sexual ativa, como resultado
da estimulação pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise anterior,
começando,aproximadamente, aos 13 anos de idade e continuando pela maior parte do restante
da vida, mas reduzindo-se, acentuadamente, na velhice.
No primeiro estágio da espermatogênese as ESPERMATOGÔNIAS migram entre as celas de
Sertoli em direção ao lúmen central dos túbulos seminíferos.
Essa ESPERMATOGÔNIA e progressivamente modificada e alargada e sofre divisão mitótica
para formar os ESPERMATÓCITOS PRIMÁRIOS - cada um deles passam por divisão meiótica
( primeira divisão meiótica) para formar dois ESPERMATÓCITOS SECUNDÁRIOS. Dias depois
tem outra divisão meiótica ( segunda divisão meiótica), formando as ESPERMÁTIDES que
posteriormente se transformam em espermatozóides pelo processo de espermiogênese .
Cromossomos Sexuais: Em cada espermatogônia, um dos 23 pares de cromossomos carrega a
informação genética que determina o sexo do possível concepto. Esse par é composto por um
cromossomo X, chamado cromossomo feminino, e um cromossomo Y, o cromossomo masculino.
Espermiogênese é o nome da fase final de produção de espermatozoides. Durante esse
processo as espermátides se transformam em espermatozóides, células altamente
especializadas para transferir o DNA masculino ao ovócito.
A espermiogênese pode ser dividida em três etapas - do complexo de Golgi, do acrossomo
e de maturação -, descritas a seguir:
Etapa do complexo de Golgi: O citoplasma das espermátides contém um complexo de Golgi
bastante desenvolvido . Pequenos grânulos PAS-positivos chamados grânulos
pró-cromossômicos acumulam-se no complexo de Golgi. Depois, fundem-se para formar um
único grânulo acrossômico no interior de uma vesícula limitada por membrana, chamada vesícula
acrossômica. Os centríolos migram para perto da superfície da célula, em posição oposta à
vesícula acrossômica, e iniciam a formação do axonema (o conjunto de microtúbulos que formam
o eixocentral de um flagelo).
Etapa do acrossomo: A vesícula e o grânulo acrossômico se estendem sobre a metade anterior
do núcleo como um capuz e passam a ser chamados inicialmente de capuz acrossômico e
finalmente de acrossomo . O acrossomo contém várias enzimas hidrolíticas, como hialuronidase,
neuraminidase, fosfatase ácida e uma protease que tem atividade semelhante à da tripsina. O
acrossomo, portanto, assemelha-se a um lisossomo. As enzimas são capazes de dissociar as
células da corona radiata e de digerir a zona pelúcida, estruturas que envolvem os ovócitos.
Quando os espermatoides encontram um ovócito, vários pontos da membrana externa do
acrossomo se fundem com a membrana citoplasmática do espermatoide, liberando as enzimas
acrossômicas no espaço extracelular. Esse processo, chamado reação acrossômica, é um dos
primeiros passos da fertilização. O flagelo cresce a partir de um dos centríolos enquanto
mitocôndrias se acumulam ao redor da porção proximal do flagelo, chamada de peça
intermediária . A Disposição das mitocôndrias é outro exemplo da concentração dessas
organelas em locais relacionados com movimento celular e alto consumo de energia. O
movimento flagelar é resultado da interação entre microtúbulos, ATP e dineína, uma proteína com
atividade de ATPase . Durante essa etapa final da espermiogênese, o núcleo das espermátides
se toma mais alongado e condensado. O núcleo volta-se para a base do túbulo seminífero e o
flagelo se projeta em seu lúmen. Como os grupos de espermátides ficam alojados em
reentrâncias da célula de Sertoli (ver mais adiante), frequentemente se observam tufos de
espermátides com seus flagelos voltados para o lúmen do túbulo.
Etapa de maturação: Uma grande parte do citoplasma das espermátides é desprendida,
formando os chamados corpos residuais , que são fagocitados pelas células de Sertoli, e os
espermatozóides são liberados no lúmen do túbulo. Os espermatozóides liberados no lúmen dos
túbulos são transportados ao epidídimo em um meio apropriado, o fluido testicular, produzido
pelas células de Sertoli e pelas células da rede testicular. Esse fluido contém esteróides,
proteínas, íons e uma proteína ligante de andrógeno que transporta testosterona.
HORMÔNIOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO : Hormônios são os fatores mais importantes no
controle da espermatogênese, a qual depende da ação dos hormônios FSH e LH da hipófise
sobre as células do testículo. FSH age nas células de Sertoli , promovendo a síntese e a
secreção de proteína ligante de andrógeno-ABP. LH age nas células intersticiais, estimulando a
produção de testosterona. Testosterona se difunde das células intersticiais para o interior do
túbulo seminífero e se combina com a ABP. Dessa maneira se mantém uma alta concentração de
testosterona no túbulo seminífero, condição muito importante para estimular a espermatogênese
1. A testosterona, secretada pelas células de Leydig, localizadas no interstício do testículo, é
essencial para
o crescimento e a divisão das células germinativas testiculares,
que se constituem no primeiro estágio da formação do esperma.
2. O hormônio luteinizante, secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Leydig a
secretar testosterona.
3. O hormônio folículo-estimulante, também secretado pela hipófise anterior, estimula as
células de Sertoli; sem essa estimulação, a conversão das espermátides em espermatozóides (o
processo de espermiogênese) não ocorre.
4. Os estrogênios, formados a partir da testosterona pelas células de Sertoli, quando são
estimuladas pelo hormônio folículo-estimulante, são também provavelmente essenciais para a
espermiogênese.
5. O hormônio do crescimento (assim como a maioria dos outros hormônios do organismo) é
necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos. O hormônio do
crescimento, especificamente, promove a divisão precoce das espermatogônias; em sua
ausência, como no caso dos anões hipofisários, a espermatogênese é, severamente, deficiente
ou ausente, causando, assim, infertilidade.
3. Explanar acerca da esterilidade e infertilidade masculina.BIBLIOTECA VIRTUAL DE
SAÚDE - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Infertilidade : resultado de distúrbios dos órgãos reprodutores
criptorquidia (testículos que não desceram): malformação identificada no nascimento do menino,
caracterizada pelo posicionamento incorreto do testículo, atrapalhando a produção de
espermatozoides. O problema deve ser corrigido na infância para evitar a infertilidade;
- fatores genéticos;
- fatores hormonais;
- infecções, como prostatites, uretrites, infecções urinárias;
- obstrução do canal por onde passam os espermatozoides;
- varicocele (veias do testículo com dilatação anormal)
Outros fatores: radioterapia, quimioterapia, doenças neurológicas, diabetes, traumas testiculares,
drogas, doenças sexualmente transmissíveis.
Tratamento:
Identificada a causa e o grau da infertilidade, as possibilidades de tratamento serão avaliadas
pelo médico. Se o problema for provocado por infecção, esta deverá ser tratada. Se os
hormônios estiverem desregulados, o primeiro passo será sua estabilização. Se o tratamento não
for efetivo, os métodos de reprodução assistida (inseminação artificial e fertilização in vitro) têm
obtido ótimos resultados.
Esterilidade : impossibilidade de produzir gametas
TUTORIAL 2 : OS PRIMEIROS CICLOS MENSTRUAIS
TORTORA
1. Discorrer sobre a anatomia e a histologia do sistema reprodutor feminino;
(Detalhar um pouco mais a histologia: falar sobre os tecidos e os tipos de células)
1.1 Ovário
1.2 Tubas Uterinas
1.3 Útero
1.4 Vagina
1.5 Vulva
1.6 Glândulas mamárias
GENITÁLIA INTERNA
OVÁRIO
São as gônadas ; homólogas aos testículos ( mesma origem embrionária )
FISIOLOGIA : Produzem gametas (oócitos secundários ) e hormônios ( progesterona e os estrogênios )
Ligamentos : Ligamento largo do útero : prega do peritônio parietal, se insere aos ovários por uma dobra
de duas camadas de peritônio chamada de mesovário. ( IMAGEM 3 )
Ligamento útero-ovárico : âncora dos ovários do útero. ( IMAGEM 2 )
Ligamento superior do ovário : se insere na parede pélvica. ( IMAGEM 1)
VASCULARIZAÇÃO SANGUÍNEA : Os ovários recebem seu suprimento arterial das artérias ovarianas, que
emergem da aorta abdominal. Esses vasos sanguíneos alcançam as gônadas percorrendo um trajeto
dentro dos ligamentos suspensores.
O sangue venoso dos ovários é drenado pelo plexo pampiniforme. Essas veias posteriormente se fundem
para formar as veias ovarianas. A veia ovariana direita drena para a veia cava inferior, enquanto a veia
ovariana esquerda drena para a veia renal esquerda.
INERVAÇÕES : Os ovários são inervados pelo plexo nervoso ovariano, que recebe fibras dos
plexos aórtico, renal e hipogástrico (superior e inferior). Fibras simpáticas são provenientes dos
nervos esplâncnicos menores (T10-T11). A inervação parassimpática vem dos nervos
esplâncnicos pélvicos (S2-S4). Os linfonodos lombares são responsáveis pela drenagem
linfática dos ovários.
TUBAS UTERINAS
ANATOMIA : se estendem lateralmente a partir do útero. Estão no interior das pregas do
ligamento largo do útero. A parte em forma de funil de cada tuba é chamada de infundíbulo da
tuba uterina, está próxima do ovário, mas se abre para a cavidade pélvica. Termina em franjas
de projeções digitiformes chamadas fímbrias da tuba uterina, ligadas à extremidade lateral do
ovário. Ampola da tuba uterina e a parte mais larga e mais longa. Istmo da tuba uterina e a
parte curta , estreita, mais medial e de paredes espessas, se une ao útero.
ISTMO AMPOLA INFUNDÍBULO FÍMBRIAS
HISTOLOGIA
TÚNICA MUCOSA : epitélio (células colunares ciliadas simples, ajuda a mover um óvulo
fertilizado) e lâmina própria.
TÚNICA MUSCULAR : anel circular interno espesso de músculo liso e uma região externa final
de músculo liso longitudinal. As contrações peristálticas da túnica muscular e a ação ciliar
da túnica mucosa ajudam a mover o oócito para o útero.
TÚNICA SEROSA : membrana serosa - camada exterior.
VASCULARIZAÇÃO: A tuba uterina recebe suprimento arterial das artérias uterina e ovariana.
A primeira é um ramo da artéria ilíaca interna e a segunda emerge da aorta abdominal. A
drenagem venosa das tubas uterinas é mediada pelas veias tubárias. Estas drenam para os
plexos venosos uterino e pampiniforme.
ÚTERO
ANATOMIA : Situada entre a bexiga urinária e o reto o útero normalmente se encontra em
posição de anteversão e anteflexão. Nas mulheres que nunca engravidaram (nuligestas), tem
aproximadamente 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de
espessura. O útero é maior em mulheres que estiveram grávidas recentemente, e menor
(atrofiado) quando os níveis de hormônios sexuais são baixos, como ocorre após a menopausa.
As subdivisões anatômicas do útero incluem uma parte em forma de cúpula superior às tubas
uterinas chamada de fundo do útero, uma parte central afilada chamada de corpo do útero e
uma parte inferior estreita chamada de colo do útero. Entre o corpo do útero e o colo do útero
está o istmo do útero, uma região de aproximadamente 1 cm de comprimento.
O interior do corpo do útero é chamado de cavidade uterina, e o interior do colo do útero é
chamado de canal do colo do útero.
O canal do colo do útero se abre para a cavidade uterina no óstio histológico interno do útero
e na vagina no óstio externo do útero.
FUNDO DO ÚTERO COLO DO ÚTERO CORPO DO ÚTERO ISTMO DO ÚTERO
Ligamentos largos do útero : pregas duplas de peritônio que fixam o útero em ambos os lados
da cavidade pélvica.
Ligamentos útero sacros : extensões peritoneais, encontram-se em cada lado do reto e ligam o
útero ao sacro.
Ligamentos transversos do colo : inferiormente as bases dos ligamentos largos e se estendem
da parede pélvica ao colo do útero e vagina.
Ligamentos redondos : são bandas de tecido conjuntivo fibroso entre as camadas do ligamento
largo; estendem se de um ponto no útero imediatamente inferior às tubas uterinas até uma parte
dos lábios maiores do pudendo da genitália externa.
HISTOLOGIA : A camada exterior – o perimétrio ou túnica serosa – é parte do peritônio
visceral; é composta por epitélio escamoso simples e tecido conjuntivo areolar.
Lateralmente, torna-se o ligamento largo do útero. Anteriormente, recobre a bexiga urinária e
forma uma escavação rasa, a escavação vesicouterina . Posteriormente, recobre o reto e forme
uma escavação profunda entre o útero e a bexiga urinária, a escavação retouterina – o ponto
mais inferior da cavidade pélvica.
A camada intermediária do útero, o miométrio, é constituída por três camadas de fibras
musculares lisas que são mais espessas na região do fundo e mais finas no colo do útero. A
camada intermediária mais espessa é circular; as camadas interna e externa são longitudinais ou
oblíquas. Durante o trabalho de parto e parto, as contrações coordenadas do miométrio em
resposta à ocitocina da neuro hipófise ajudam a expelir o feto do útero.
A camada interna do útero, o endométrio, é bem vascularizada e tem três componentes: uma
camada mais interna composta por epitélio colunar simples (células ciliadas e secretoras) reveste
o lúmen. Um estroma endometrial subjacente é uma região muito espessa de lâmina própria
(tecido conjuntivo areolar).
Glândulas uterinas se desenvolvem como invaginações do epitélio luminal e se estendem quase
até o miométrio.
O endométrio é dividido em duas camadas. O estrato funcional (camada funcional) reveste a
cavidade uterina e descama durante a menstruação. A camada mais profunda, o estrato basal
(lâmina basal), é permanente e dá origem a um novo estrato funcional após cada menstruação.
VASCULARIZAÇÃO : O útero é irrigado principalmente pela artéria uterina, que emerge da
artéria ilíaca interna. O ramo superior da artéria uterina supre o corpo e o fundo, enquanto o ramo
inferior irriga o colo do útero. O sangue venoso do útero é drenado através do plexo venoso
uterino para a veia ilíaca interna.
FISIOLOGIA : parte da via para o espermatozoide alcançar as tubas uterinas. Implantação de
um óvulo fertilizado, desenvolvimento do feto durante a gestação e trabalho de parto e fonte do
fluxo menstrual.
VAGINA
ANATOMIA : canal tubular fibromuscular de 10 cm, alinhado com a túnica mucosa que se
estende do exterior do corpo até o colo do útero. Situada entre a bexiga e o reto, a vagina é
dirigida superior e posteriormente , onde se insere o útero.
VASCULARIZAÇÃO : A vagina é irrigada por ramos da artéria ilíaca interna: as artérias uterina,
vaginal e pudenda interna. A drenagem venosa da vagina é realizada pelas veias vaginais, que
desembocam nas veias ilíacas internas.
FISIOLOGIA :Receptáculo para o penis, saída para o fluxo menstrual e via de passagem para o
parto.
VULVA (PARTE EXTERNA - PUDENDO FEMININO )
● Anteriormente às aberturas vaginal e uretral está o monte do púbis, uma elevação de
tecido adiposo recoberta por pele e pêlos pubianos grossos que acolchoam a sínfise
púbica.
● Do monte do púbis, duas pregas de pele longitudinais, os lábios maiores do pudendo, se
estendem inferiormente e posteriormente. Os lábios maiores do pudendo são recobertos
por pelos pubianos e contém tecido adiposo, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas
apócrinas. Eles são homólogos ao escroto.
● Medialmente aos lábios maiores do pudendo estão duas pregas de pele menores
chamadas lábios menores do pudendo. Ao contrário dos lábios maiores do pudendo, os
lábios menores do pudendo são desprovidos de pelos pubianos e gordura e têm poucas
glândulas sudoríparas, mas contêm muitas glândulas sebáceas. Os lábios menores do
pudendo são homólogos à parte esponjosa (peniana) da uretra
● O clitóris é uma pequena massa cilíndrica composta por dois pequenos corpos eréteis, os
corpos cavernosos, e diversos nervos e vasos sanguíneos. O clitóris está localizado na
junção anterior dos lábios menores do pudendo. Uma camada de pele chamada prepúcio
do clitóris é formada no ponto em que os lábios menores do pudendo se unem e recobrem
o corpo do clitóris. A parte exposta do clitóris é a glande do clitóris. O clitóris é homólogo à
glande nos homens. Como a estrutura do sexo masculino, o clitóris é capaz de aumentar
de tamanho à estimulação tátil e tem um papel na excitação sexual da mulher
● A região entre os lábios menores do pudendo é o vestíbulo da vagina. No interior do
vestíbulo estão o hímen (se ainda existir), o óstio da vagina, o óstio externo da uretra e as
aberturas dos ductos de várias glândulas. O vestíbulo da vagina é homólogo à parte
membranácea da uretra nos homens. O óstio da vagina, a abertura da vagina para o
exterior, ocupa a maior parte do vestíbulo e é limitada pelo hímen. Anteriormente ao óstio
da vagina e posteriormente ao clitóris está o óstio externo da uretra, a abertura da uretra
para o exterior. Em ambos os lados do óstio externo da uretra estão aberturas dos ductos
das glândulas parauretrais. Estas glândulas secretam muco e estão embutidas na parede
da uretra. As glândulas parauretrais são homólogas à próstata. Em ambos os lados do
óstio da vagina propriamente dito estão as glândulas vestibulares maiores, que se abrem
por ductos em um sulco entre o hímen e os lábios menores do pudendo. Elas produzem
algum muco durante a excitação sexual e as relações sexuais, que contribui para o muco
cervical e fornece lubrificação. As glândulas vestibulares maiores são homólogas às
glândulas bulbouretrais nos homens. Várias glândulas vestibulares menores também se
abrem para o vestíbulo da vagina
● O bulbo do vestíbulo consiste em duas massas alongadas de tecido erétil imediatamente
profundas aos lábios de cada lado do óstio da vagina. O bulbo do vestíbulo fica cheio de
sangue durante a excitação sexual,estreitando o óstio da vagina e colocando pressão
sobre o pênis durante a relação sexual. O bulbo do vestíbulo é homólogo ao corpo
esponjoso e bulbo do pênis nos homens.
VASCULARIZAÇÃO SANGUÍNEA E INERVAÇÃO
A genitália externa é irrigada pelas artérias pudendas (internas e externas), que são ramos
das artérias ilíacas internas e das artérias femorais, respetivamente.A drenagem venosa é
realizada pelas veias pudendas internas e externas.
A região anterior da vulva recebe inervação sensitiva do nervo ilioinguinal e do nervo
genitofemoral. A região posterior é inervada pelo nervo pudendo e pelo nervo cutâneo posterior
da coxa. O bulbo vestibular e o clítoris recebem inervação parassimpática do plexo nervoso
uterovaginal.
A linfa proveniente da genitália externa é drenada para os linfonodos inguinais superficiais e
profundos, ou diretamente para os linfonodos ilíacos internos.
1. Abordar a respeito do ciclo menstrual com foco na fisiologia (ovogênese);
1.1 Fisiologia
1.2 Ovogênese
1.3 Atuação hormonal
CICLO MENSTRUAL ( reprodutivo feminino)
Cada ciclo dura aproximadamente 1 mês e envolve tanto a oogênese (ou ovogênese) quanto a
preparação do útero para receber um óvulo fertilizado.
Divide-se o ciclo em quatro fases: a fase menstrual, a fase pré ovulatória, a ovulação e a fase
pós ovulatória.
Fase menstrual
- 5 primeiros dias do ciclo ; primeiro dia da menstruação e o primeiro dia do novo ciclo.
EVENTOS NOS OVÁRIOS. Sob influência do FSH, vários folículos primordiais se desenvolvem
em folículos primários e, então, em folículos secundários. Este processo de desenvolvimento
pode levar vários meses para ocorrer. Portanto, um folículo que começa a se desenvolver no
início de um dado ciclo menstrual pode não alcançar a maturidade e ovular até vários ciclos
menstruais mais tarde.
EVENTOS NO ÚTERO. O fluxo menstrual do útero consiste em 50 a 150 mℓ de sangue, líquido
tecidual, muco e células epiteliais do endométrio descamado. Esta eliminação ocorre porque
os níveis decrescentes de progesterona e estrogênios estimulam a liberação de
prostaglandinas que fazem com que as arteríolas espirais do útero se contraiam. Como
resultado, as células que elas irrigam são privadas de oxigênio e começam a morrer. Por
fim, todo o estrato funcional descama. Nesta altura, o endométrio está muito fino, com cerca de 2
a 5 mm, porque apenas o estrato basal permanece. O fluxo menstrual passa da cavidade uterina
pelo colo do útero e vagina até o meio externo
Fase pré ovulatória
- entre o fim da menstruação e a ovulação ; duração de 6 a 13 dias
EVENTOS NOS OVÁRIOS. Alguns dos folículos secundários nos ovários começam a
secretar estrogênios e inibina. Por volta do dia 6, um folículo secundário único em um dos dois
ovários superou todos os outros para se tornar o folículo dominante. Os estrogênios e a
inibina secretados pelo folículo dominante diminuem a secreção de FSH, o que faz com que
os outros folículos menos bem desenvolvidos parecem crescer e sofrem atresia.
Os gêmeos ou trigêmeos fraternos (não idênticos) ocorrem quando dois ou três folículos
secundários se tornam codominantes e mais tarde são ovulados e fertilizados aproximadamente
ao mesmo tempo.
Normalmente, um folículo secundário dominante único passa a ser o folículo maduro, que
continua aumentando até que tenha mais de 20 mm de diâmetro e esteja pronto para a ovulação.
Este folículo forma uma protuberância em forma de vesícula decorrente da tumefação do antro
na superfície do ovário. Durante o processo de maturação final, o folículo maduro continua
aumentando a sua produção de estrogênios.
EVENTOS NO ÚTERO. Os estrogênios liberados para o sangue pelos folículos ovarianos em
crescimento estimulam o reparo do endométrio; as células do estrato basal sofrem mitose e
produzem um novo estrato funcional. Conforme o endométrio se espessa, desenvolvem se
glândulas uterinas retas e curtas, e as arteríolas se espiralam e alongam à medida
que penetram no estrato funcional. A espessura do endométrio aproximadamente dobra,
alcançando cerca de 4 a 10 mm.Em relação ao ciclo uterino, a fase pré ovulatória também é
denominada fase proliferativa, porque o endométrio está proliferando.
Ovulação
A ruptura do folículo maduro e a liberação do oócito secundário para o interior da cavidade
pélvica, geralmente ocorre no 14 o dia em um ciclo de 28 dias. Durante a ovulação, o oócito
secundário permanece cercado por sua zona pelúcida e coroa radiada.
Os níveis elevados de estrogénios durante a última parte da fase pré ovulatória exercem um
efeito de feedback positivo sobre as células que secretam LH e hormônio liberador de
gonadotropina (GnRH) e induz à ovulação, como se segue :
● Uma alta concentração de estrogênios estimula a liberação mais frequente de GnRH pelo
hipotálamo. Também estimula diretamente os gonadotrofos na adeno hipófise a secretar
LH.
● O GnRH promove a liberação adicional de FSH e LH pela adeno hipófise.
● O LH provoca a ruptura do folículo maduro e a expulsão de um oócito secundário
aproximadamente 9 h após o pico de LH. O oócito ovulado e suas células da coroa
radiada geralmente são deslocados para a tuba uterina.
Fase pós ovulatória
A fase pós ovulatória do ciclo reprodutivo feminino é o período entre a ovulação e o início da
menstruação seguinte. Em duração, é a parte mais constante do ciclo reprodutivo feminino. Tem
a duração de 14 dias em um ciclo de 28 dias, do 15 ao 28.
EVENTOS NO OVÁRIO. Depois da ovulação, o folículo maduro colapsa, e a membrana basal
entre as células granulosas e a teca interna se rompe. Uma vez que um coágulo se forma pelo
pequeno sangramento do folículo rompido, o folículo se torna o corpo rubro. As células da teca
interna se misturam com as células granulosas conforme todas estas células se transformam nas
células do corpo lúteo sob a influência do LH. Estimulado pelo LH, o corpo lúteo secreta
progesterona, estrógenos, relaxina e inibina. As células lúteas também absorvem o coágulo
de sangue. Em relação ao ciclo ovariano, esta fase é chamada de fase lútea.
Os eventos posteriores em um ovário que ovulou um oócito dependem se o óvulo foi fertilizado.
Se o óvulo não foi fertilizado, o corpo lúteo tem uma vida útil de apenas 2 semanas. Em seguida,
a sua atividade secretora declina, e ele se degenera em um corpo albicante. À medida que os
níveis de progesterona, estrógenos e inibina diminuem, a liberação de GnRH, FSH e LH
aumenta, em decorrência da perda da supressão por feedback negativo pelos hormônios
ovarianos. O crescimento folicular é retomado e começa um novo ciclo ovariano.
Se o oócito secundário for fertilizado e começar a se dividir, o corpo lúteo persiste além de sua
duração normal de 2 semanas. Ele é “resgatado” da degeneração pela gonadotrofina coriônica
humana (hCG). Este hormônio é produzido pelo cório do embrião, começando aproximadamente
8 dias após a fertilização. Como o LH, o hCG estimula a atividade secretora do corpo lúteo. A
determinação de hCG no sangue ou na urina materna é um indicador de gravidez e é o hormônio
detectado pelos testes de gravidez de venda livre.
EVENTOS NO ÚTERO.
A progesterona e os estrogênios produzidos pelo corpo lúteo promovem o crescimento e
enrolamento das glândulas uterinas, a vascularização do endométrio superficial e o
espessamento do endométrio até 12 a 18mm. Em decorrência da atividade secretora das
glândulas uterinas, que começam a secretar glicogênio, este período é denominado fase
secretora do ciclo uterino. Estas alterações preparatórias alcançam seu pico aproximadamente 1
semana após a ovulação, no momento em que um óvulo fertilizado pode chegar ao útero. Se a
fertilização não ocorrer, os níveis de progesterona e estrogênios declinam, em decorrência da
degeneração do corpo lúteo. A interrupção na progesterona e nos estrogênios provoca a
menstruação.
O hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) secretado pelo hipotálamo controla os ciclos
ovariano e uterino . O GnRH estimula a liberação do hormônio foliculoestimulante (FSH) e do
hormônio luteinizante (LH) pela adenohipófise.
O FSH inicia o crescimento folicular, enquanto o LH estimula o desenvolvimento adicional dos
folículos ovarianos. Além disso, o FSH e o LH estimulam os folículos ovarianos a secretar
estrogênio. O LH estimula as células da teca de um folículo em desenvolvimento a produzir
androgênios. Sob influência do FSH, os androgênios são absorvidos pelas células granulosasdo
folículo e, em seguida, convertidos em estrogênios. No meio do ciclo, o LH estimula a ovulação e,
então, promove a formação do corpo lúteo, a razão para o nome hormônio luteinizante.
Estimulado pela LH, o corpo lúteo produz e secreta estrogênios, progesterona, relaxina e inibina.
Foram isolados pelo menos seis estrogênios diferentes do plasma de mulheres, mas apenas três
estão presentes em quantidades significativas: beta (β) estradiol, estrona e estriol. Em uma
mulher não grávida, o estrogênio é o estradiol mais abundante, que é sintetizado a partir do
colesterol nos ovários.
Os estrogênios secretados pelos folículos ovarianos têm várias funções importantes,
dentre elas :
● Promover o desenvolvimento e manutenção das estruturas reprodutivas femininas,
características sexuais secundárias. As características sexuais secundárias incluem a
distribuição do tecido adiposo nas mamas, no abdome, nomonte do púbis e nos quadris;
tom da voz; uma pelve ampla; e o padrão de crescimento de pelos no corpo
● Aumentar o anabolismo proteico, incluindo a formação de ossos fortes. Em relação a isso,
os estrogênios são sinérgicos com o hormônio do crescimento (hGH)
● Baixar o nível sanguíneo de colesterol, que provavelmente é o motivo de as mulheres com
menos de 50 anos correrem risco muito menor de doença da artéria coronária (DAC) do
que os homens de idade semelhante
● Níveis sanguíneos moderados inibem tanto a liberação de GnRH pelo hipotálamo quanto a
secreção de LH e de FSH pela adeno hipófise.
●
A progesterona, secretada principalmente pelas células do corpo lúteo, coopera com os
estrogênios para preparar e manter o endométrio para a implantação de um óvulo fertilizado e
preparar as glândulas mamárias para a secreção de leite. Altos níveis de progesterona também
inibem a secreção de LH e GnRH.
A pequena quantidade de relaxina produzida pelo corpo lúteo durante cada ciclo mensal relaxa o
útero inibindo as contrações do miométrio. Presumivelmente, a implantação de um óvulo
fertilizado ocorre mais facilmente em um útero “tranquilo”. Durante a gestação, a placenta produz
muito mais relaxina, e isso continua relaxando o músculo liso do útero. No final da gestação, a
relaxina também aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e pode ajudar a dilatar o colo do útero,
o que facilita a saída do bebê.
OVOGÊNESE
Os ovários alternam-se na maturação dos seus folículos, ou seja, a cada ciclo menstrual, a
liberação de um óvulo, ou ovulação, acontece em um dos dois ovários.
A ovogênese é dividida em três etapas:
Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as
células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos
humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação.
Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de
Graaf. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias
durante quase toda a vida.
Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da
meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com aumento do
citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito citoplasmático de
nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu inada a fase de
crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira
ordem ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a menina inicia
a sua maturidade sexual.
Fase de maturação: Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua
transformação em gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. A fase de maturação inicia-se
quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de idade.
Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I,
origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das
vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou glóbulo) polar.
A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem ou
ovócito II). Ao sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que
também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e cheia de vitelo.
Na gametogênese feminina, a divisão meiótica é desigual porque não reparte igualmente o
citoplasma entre as células-filhas. Isso permite que o óvulo formado seja bastante rico em
substâncias nutritivas.
O Folículo Ovariano
O ovócito fica contido numa vesícula denominada folículo ovariano. A formação do folículo se
inicia com cerca de 18 semanas, perto da metade da vida pré-natal. Inicialmente, o ovócito
primário está envolvido por uma única camada de células epiteliais achatadas - folículo
primordial - depois por uma camada de células cubóides ou colunares - folículo primário - a
seguir por um epitélio estratificado - folículo secundário - e, finalmente, por células que
delimitam uma cavidade cheia de líquido, o antro- folículo terciário ou vesicular.
Alguns dias após a menstruação, um novo folículo será escolhido (folículo dominante), o ovócito
atinge a segunda divisão meiótica, aumenta rapidamente de tamanho mediante a produção de
fluido intercelular, e atinge o estágio de folículo secundário e, posteriormente, de folículo
terciário (folículo de DeGraaf). A maioria dos folículos secundários e terciários regride
formando folículos atrésicos.
O ovócito adquire uma cobertura chamada zona pelúcida, que é secretada tanto pelo ovócito,
como pelas células foliculares. Envoltório transparente, acelular, glicoprotéico que age como
barreira para os espermatozóides. Depois da fertilização, ela bloqueia a poliespermia e protege o
embrião.
Durante a formação do antro, as células foliculares se comprimem perifericamente e formam o
estrato granuloso, em torno do qual o estroma ovariano se condensa formando uma camada
glandular, a teca interna. O desenvolvimento folicular completo e a ovulação dependem do
estímulo do ovário pelo hormônio FSH e LH, provenientes da hipófise.
Conceituar a média e o desvio padrão no prazo da primeira menstruação das meninas brasileiras;
1.1 Conceito de média e desvio padrão
1.2 As médias e desvio padrão na menarca (trazer o estudo de casos)
Para resumir dados quantitativos aproximadamente simétricos, é usual calcular a média aritmética como
uma medida de locação.
O desvio padrão é uma medida que expressa o grau de dispersão de um conjunto de dados. Ou seja, o
desvio padrão indica o quanto um conjunto de dados é uniforme. Quanto mais próximo de 0 for o desvio
padrão, mais homogêneo são os dados.
idade da menarca e sua associação com o estado nutricional - Bruna de siqueira eat. al
A menarca habitualmente acontece entre 12 e 13 anos. Cerca de 50 a 80% da variação nas idades de início
e dos marcos da puberdade são determinados por fatores genéticos, porém o declínio substancial na
idade de menarca entre o início do século XIX e meados do século XX foi associado à significativa
melhoria da nutrição e das condições de vida atingidas durante o processo de civilização moderna.
De acordo com o cadastro das escolas, 102.327 alunos foram elegíveis na faixa etária de 12 a 17 anos.
Foram obtidos dados completos de antropometria e resposta ao questionário de 73.624 estudantes, dos
quais 40.803 (55,4%) eram do sexo feminino. Dentre essas, 37.390 haviam apresentado a menarca. Na
avaliação das adolescentes que já haviam apresentado a menarca, foi observado que sua média de idade
de ocorrência foi de 11,71 anos. Na análise de todas as meninas avaliadas, considerando-se não ter
menstruado ou não saber informar a idade da menarca, a mediana da idade da menarca foi de 12,41 anos.
4. Explanar sobre a relação médico-paciente direcionado ao manejo de informações da fisiologia feminina. (8 min)
4.1 Como deve ser essa relação médico-paciente.
4.2Importância daeducação sexual
RELAÇÃO MÉDICO - PACIENTE NA ADOLESCÊNCIA - REVISTA MÉDICA 2017
Atitudes simples, como penetrar na esfera pessoal de gostos e hábitos de vida, demonstrando
interesse pela pessoa, podem ajudar. Além disso, pode-se introduzir a pergunta “você faz
questão da presença da sua mãe/pai/acompanhante?”. Esse questionamento, assim colocado,
tende a fazer o adolescente refletir se sente segurança para aquele momento e demonstrar isso
para o seu responsável, minimizando possíveis conflitos.
A medicina em sua dimensão mais artesanal, mais detalhista, necessita de um desejo de
transcender por parte do médico, de buscar o que há fora de si mesmo e de todo o seu aparato
científico habitual. Busquemos essa habilidade em cada oportunidade de atender alguém.
Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e
Recuperação da Saúde - 2010
A sexualidade é um componente intrínseco da pessoa e fundamental na saúde de adolescentes
e jovens, que transcende o aspecto meramente biológico, manifestando-se também como um
fenômeno psicológico e social, fortemente influenciado pelas crenças e valores pessoais e
familiares, normas morais e tabus da sociedade.
Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2006 (PNDS), realizada
com mulheres, evidenciam no Gráfico 10 (valores sobre o total da amostra) que, a partir dos 12
anos, a curva da idade da primeira relação sexual inicia uma forte ascensão- período mais
comum da primeira menarca - gravidez adolescência pela falta de informação e conhecimento.
Tutorial 3: Reprodução e sociedade
1. Explanar acerca dos conceitos de fecundidade, fertilidade, infertilidade, esterilidade e
natalidade.
1.1. Fecundidade
1.2. Fertilidade
1.3. Infertilidade
1.4. Esterilidade
1.5. Natalidade
SITE IBGE EDUCA
Fecundidade se refere à realização do potencial de procriar, desempenho reprodutivo, que pode
ser alterado por esterilidade ou uso de métodos anticoncepcionais. Relaciona a ocorrência de
crianças nascidas vivas com a população feminina em idade reprodutiva ( 15 a 49 anos ).
● Indicador demográfico
● Número médio de filhos que uma mulher teria ao final da sua idade reprodutiva
● Coeficiente: relacionado com o número de mulheres em idade fértil
Fertilidade é a capacidade de gerar filhos. Toda mulher, teoricamente, tem essa capacidade
desde a menarca até a menopausa.
● Capacidade potencial reprodutiva de um ser individual ou de toda uma população
● Sempre relacionado à fecundidade
● Capacidade fisiológica que a mulher tem de ter filhos (número de mulheres em idade
fértil).
Infertilidade:
● A infertilidade é um termo usado para mulheres que não podem ficar grávidas.
● É resultado de uma disfunção dos órgãos reprodutores, dos gametas ou do concepto.
● Diminuição das chances de gravidez
Causas:
● M: Tubos de falópio bloqueados devido a endometriose, doença inflamatória pélvica ou
cirurgia, problemas físicos na parede uterina, fibrose uterina.
● Idade.
● Estresse.
● Dieta pobre.
● Estar com sobrepeso ou abaixo do peso.
● Fumo, drogas e álcool.
● Medicações.
● Toxinas no ambiente.
● Condições genéticas.
● Outros problemas de saúde, incluindo doenças sexualmente transmissíveis.
Esterilidade:
● A impossibilidade que tem o homem ou a mulher de produzir gametas (óvulos e
espermatozóide) ou zigotos (resultado da fusão entre óvulos e espermatozóides) é viável.
● Incapacidade de gerar filhos
● Obstrução das duas trompas ou o marido não possui espermatozóide no esperma.
Natalidade:
● Indicador demográfico
● Número de pessoas que nascem por 1000 habitantes por 1 ano
● Coeficiente: relacionado com o tamanho da população
2. Debater sobre a reprodução e fecundação e os fatores que as influenciam.
2.1 Reprodução e Fecundação
LIVRO DE REPRODUÇÃO HUMANA DA UNIVERSIDADE F. DO RIO GRANDE DO NORTE -
CARLOS AUGUSTO EAT. AL
A reprodução é uma das características que diferenciam os seres inanimados dos seres vivos.
Ela consiste no processo em que um ou mais organismos produzem descendentes, passando a
eles uma cópia de todos ou de alguns de seus genes. Assim, a reprodução é imprescindível para
a manutenção das espécies.
Reprodução assistida: como saber qual o melhor método? - nilo frantz
Reprodução assistida diz respeito ao conjunto de tratamentos médicos que têm como principal
objetivo ajudar casais com dificuldades de conceber um filho de forma natural.
Os métodos de reprodução assistida podem ser classificados em dois grupos distintos:
inseminação artificial e fertilização in vitro.
A inseminação artificial consiste na introdução do sêmen através de intervenção médica no
útero feminino. Este é um tipo de procedimento muito indicado tanto nos casos de infertilidade
feminina como nos casos de infertilidade masculina. Além disso, é um procedimento que não
produz efeitos colaterais.
Já no caso da fertilização in vitro (FIV), os óvulos são fertilizados pelo espermatozóide em
ambiente laboratorial, por outras palavras, com o auxílio de técnicas de reprodução assistida.
Este tipo de procedimento é mais indicado para casos de infertilidade em que tratamentos mais
simples não apresentem resultados positivos.
A diferença é que fecundação é a designação dada à fusão de dois gametas (células sexuais
uma masculina e outra feminina), da qual resulta uma célula diplóide, o ovo ou zigoto. E
reprodução em biologia, refere-se à função através da qual os seres vivos produzem
descendentes, dando continuidade à sua espécie.
→ Fecundação humana
Nós seres humanos, a fecundação compreende o período que vai desde o encontro do
espermatozóide com o ovócito até a fusão dos núcleos. Normalmente, o processo acontece na
parte mais dilatada da tuba uterina, em uma região denominada de ampola.
O processo da fecundação humana pode ser dividido em algumas etapas:
1. Penetração do espermatozoide pela corona radiata, um grupo de células do folículo ovariano
que envolve o ovócito;
2. Penetração do espermatozóide na zona pelúcida, isto é, na camada de glicoproteína que
circunda o ovócito;
3. Fusão da membrana do espermatozóide com a membrana do ovócito.
A fecundação garante que o número diploide de cromossomos da nossa espécie seja
restaurado, que o sexo do indivíduo seja determinado e que se inicie o desenvolvimento
embrionário.
FATORES QUE INFLUENCIAM
1- Idade dos parceiros : Na mulher, tanto a quantidade quanto a qualidade dos oócitos (óvulos)
tendem a se reduzir com a idade. O efeito é mais acentuado após os 35 anos, quando a taxa de
alteração nos cromossomos começa a subir muito, o que, ao lado de prejudicar a fertilização e
reduzir as chances de gravidez, aumenta a chance tanto de abortamento quanto de
malformações do embrião (síndrome de Down, por exemplo).
2- Nutrição: A substituição de carboidratos por proteínas de origem animal, na dieta da mulher,
se correlaciona com a chance de anovulação 32% mais alta. Esse efeito não ocorre se utilizada
proteína de origem vegetal. A ingestão de gorduras trans, pela mulher, aumenta o risco de
infertilidade de origem ovulatória. A menos que especificado na embalagem, produtos como
margarinas, sorvetes cremosos, biscoitos, bolos, tortas, pães, salgadinhos, pipoca de
microondas, bombons, e tudo mais que contenha gordura hidrogenada, são fontes de gordura
trans.
3. Discutir acerca das taxas de natalidade (bruta ou geral), fecundidade (geral, total e
específica) e taxa de gravidez (cumulativa e por ciclo) e como elas influenciam na estrutura
do país.
3.1Taxa de natalidade – bruta ou geral
3.2Taxa de fecundidade – geral, total e específica
3.3 Taxa de gravidez – cumulativa e por ciclo
Enquanto a taxa de fecundidade corresponde à média de filhos por mulher em idade de procriar,
a taxa de natalidade considera os nascimentos anuais e a população total, expressa por mil
habitantes.
TAXA DE NATALIDADE
• Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde: Sistema de
Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
1. Conceituação
Número de nascidos vivos, por mil habitantes, na populaçãoresidente em determinado espaço
geográfico, no ano considerado.
2. Interpretação
• Expressa a intensidade com a qual a natalidade atua sobre uma determinada população.
• A taxa bruta de natalidade é influenciada pela estrutura da população, quanto à idade e ao
sexo.
• As taxas brutas de natalidade padronizadas por uma estrutura de população padrão permitem a
comparação temporal e entre regiões.
• Em geral, taxas elevadas estão associadas a condições socioeconômicas precárias e a
aspectos culturais da população. Em países e regiões mais desenvolvidas, é comum que a taxa de
natalidade seja mais baixa, já que essas pessoas tendem a ter mais acesso a informações e a
uma quantidade maior de métodos contraceptivos, realizando planejamento familiar e evitando gravidezes
indesejadas.
3. Usos
• Analisar variações geográficas e temporais da natalidade.
• Possibilitar o cálculo do crescimento vegetativo ou natural da população, subtraindo-se,
da taxa bruta de natalidade, a taxa bruta de mortalidade.
• Contribuir para estimar o componente migratório da variação demográfica,
correlacionando-se o crescimento vegetativo com o crescimento total da população.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas relativas à
atenção materno-infantil.
4. Limitações
• Devido à subenumeração de nascidos vivos, o uso de dados derivados de sistemas de registro
contínuo está condicionado a correções, frequente em áreas menos desenvolvidas.
• A base de dados demográficos utilizada para o cálculo do indicador pode apresentar
imprecisões inerentes à coleta de dados ou à metodologia empregada para elaborar estimativas
populacionais.
• As projeções demográficas perdem precisão à medida que se distanciam dos anos de partida
das projeções.
• Para comparar taxas entre populações de composição etária distinta, recomenda-se a prévia
padronização de suas estruturas. As taxas padronizadas devem ser utilizadas apenas para
análises comparativas.
• A correlação desse indicador com a fecundidade exige cautela. Além de se referir apenas à
população feminina, a taxa de fecundidade não é influenciada por variações na sua composição
etária.
Os fatores responsáveis pela diminuição das taxas de natalidade são:
urbanização;queda da fecundidade;planejamento familiar;utilização de métodos contraceptivos;
melhoria nas condições de educação;inserção da mulher no mercado de trabalho;casamentos
tardios;custo de criação dos filhos.
TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL
1. Conceituação
• Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu período
reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
• A taxa é estimada para um ano calendário determinado, a partir de informações retrospectivas
obtidas em censos e inquéritos demográficos.
2. Interpretação
• Junto com a migração, esse indicador é o principal determinante da dinâmica
demográfica, não sendo afetado pela estrutura etária da população. Expressa a situação
reprodutiva de uma mulher pertencente a uma coorte hipotética, sujeita às taxas específicas de
fecundidade por idade, observadas na população em estudo, supondo-se a ausência de
mortalidade nessa coorte.
• Taxas inferiores a 2,1 são sugestivas de fecundidade insuficiente para assegurar a reposição
populacional.
• O decréscimo da taxa pode estar associado a vários fatores, tais como: urbanização crescente,
redução da mortalidade infantil, melhoria do nível educacional, ampliação do uso de métodos
contraceptivos, maior participação da mulher na força de trabalho e instabilidade no emprego.
3. Usos
• Avaliar tendências da dinâmica demográfica e realizar estudos comparativos entre áreas
geográficas e grupos sociais.
• Realizar projeções de população, levando em conta hipóteses de tendências de comportamento
futuro da fecundidade.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas nas áreas de
saúde, educação, trabalho e previdência social, com projeções demográficas que orientem o
redimensionamento da oferta de serviços, entre outras aplicações.
4. Limitações
• Imprecisões da base de dados utilizada para o cálculo do indicador, relacionadas à coleta de
dados demográficos ou à metodologia empregada para elaborar estimativas e projeções
populacionais.
• Em função da subenumeração de dados em muitas áreas do país, o número de nascidos vivos
obtido de sistemas de registro contínuo está sujeito a correções para o cálculo da taxa.
• O cálculo do indicador para anos intercensitários depende da disponibilidade de estimativas
confiáveis do número de mulheres por faixas etárias do período reprodutivo.
TAXA ESPECÍFICA DE FECUNDIDADE
1. Conceituação
• Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher, por faixa etária específica do
período reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano
considerado.
• A taxa também pode ser apresentada por grupo de mil mulheres em cada faixa etária.
2. Interpretação
Mede a intensidade de fecundidade a que as mulheres estão sujeitas em cada grupo etário do
período reprodutivo (de 15 a 49 anos de idade).
3. Usos
• Analisar perfis de concentração da fecundidade por faixa etária.
• Detectar variações das taxas nos grupos de maior risco reprodutivo.
• Calcular medidas sintéticas de fecundidade (taxa de fecundidade total, taxa bruta de reprodução
e taxa líquida de reprodução).
• Possibilitar o estudo dinâmico da fecundidade, mediante análise longitudinal.
• Formular hipóteses de projeções populacionais.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação da atenção materno/infantil (oferta de
serviços e ações para grupos de risco).
4. Limitações
• Imprecisões da base de dados utilizada para o cálculo do indicador, relacionadas à coleta de
dados demográficos ou à metodologia empregada para elaborar estimativas e projeções
populacionais.
• Em função da subenumeração de dados em muitas áreas do país, o número de nascidos vivos
obtido de sistemas de registro contínuo está sujeito a correções para o cálculo da taxa, sendo
requeridos métodos indiretos para estimar o número de nascimentos. Essa correção dificilmente
está disponível para áreas geográficas pequenas.
• O cálculo do indicador para anos intercensitários depende da disponibilidade de estimativas
confiáveis do número de mulheres por faixas etárias do período reprodutivo.
A taxa específica de fecundidade por idade é obtida por metodologia demográfica aplicada a
dados censitários e a pesquisas especiais.
TAXA DE GRAVIDEZ
Centro de Genética da Reprodução Profº Alberto Barros – 2014
as taxas de gravidez por ciclo, ou seja, o número de gestações obtidas dividido pelo número de ciclos
de fertilização realizados, apontam para um percentual de sucesso de cerca de 50% para mulheres com
menos de 35 anos. As mulheres entre 35 e 40 anos têm uma taxa de gravidez menor, em torno de 35%,
enquanto aquelas que estão acima dos 40 anos possuem taxa inferior a 25%. Os números deixam claro
que o sucesso da FIV, medido pela taxa de gravidez por ciclo, diminui com o aumento da idade da
mulher!
● A taxa de gravidez a cada mês/ciclo é de 25%, se houverem relações frequentes (3x por semana)
● A taxa de fecundabilidade na raça humana é de 25% ao mês, o que quer dizer que de 100 casais que interrompem
métodos contraceptivos, apenas 25 estão grávidos ao fim de um mês.
● Possibilidade de ocorrer gestação em um ciclo menstrual em casais normais sem uso de contracepção
● Probabilidade mensal
MEDIDORES DE SUCESSO DA FERTILIZAÇÃO
taxas de gravidez é a cumulativa, ou seja, a soma de todas as chances que se terá com todas
as transferências de embriões conseguidos em um ciclo.
Após a correcta avaliação clínica e laboratorial de um casal – e considerando também aspectos
tão importantes como a idade da mulher, o tempo de infertilidade e os antecedentes pessoais e
familiares -, havendo uma perspectiva minimamente consistente de sucesso através de uma
metodologia mais simples,mais fisiológica e menos intervencionista, deverá ser esta a eleita para
uma primeira abordagem terapêutica.
Como se calcula a taxa cumulativa de gravidez por ciclo?
É calculada pela divisão entre o número de gravidez que foi alcançada do primeiro ciclo pela o
número inicial de pacientes, assumindo que nenhum paciente desistiu.
● Cerca de 80% dos casais engravidam após seis meses e 93% após 12 ciclos
● O ser humano tem uma fertilidade baixa em relação a outras espécies
● A possibilidade está em 20% por ciclo
● 2 anos → 97%
● A taxa cumulativa de gravidez não obedece este padrão pré-definido. Casais de maior fertilidade
engravidar nos primeiros meses de tentativa além de que alguns dos casais que falharam em
engravidar após alguns meses, podem desistir temporariamente por razões pessoais, financeiras ou
profissionais de forma que, ao passar do tempo, as chances de um casal conseguir alcançar seu
objetivo é progressivamente menor.
● Em resumo, a taxa cumulativa de gravidez não é constante, nem previsível, e, se ela obedece algum
padrão, este é decrescente.
●
Procedimentos de fertilização in vitro: experiência de mulheres e homens - María Yolanda
Makuch
SOBRE A FIV
A fertilização in vitro (FIV) com transferência de embriões – na espécie humana – surgiu em
1978, na Inglaterra. Deste enorme avanço, nasceu a primeira criança que foi fertilizada in vitro,
http://www.clinicafgo.com.br/noticias/medidas-para-analisar-o-sucesso-de-um-tratamento-de-fertilizacao-in-vitro/
cujo nome é Louise Brown. Este revolucionário tratamento rendeu a seu descobridor, Dr. Robert
Edwards, Prêmio Nobel de Medicina de 2010. No Brasil, a primeira criança nascida de FIV foi
Ana Paula Caldeira, em 07 de Outubro de 1984.
A FIV consiste em propiciar, em condições específicas determinadas para tal fim, em
laboratório, a fecundação do óvulo pelo espermatozoide fora do corpo da mulher. Uma vez
cumprida esta etapa o embrião é transferido ao útero da mãe, onde a expectativa é que ele
se implante e continue se desenvolvendo
A mulher deve apresentar boa reserva ovariana, fato este que acompanha a sua idade;
quanto mais jovem maior a reserva ovariana. Por outro lado, a reserva ovariana é um
reflexo biológico da idade do complexo folículo-oócito. Um valor elevado de FSH (> 20
mUI/mL) ou muito baixo do Hormônio Anti-Mülleriano (< 0,16) representa uma capacidade
ovariana diminuída. De modo geral, a reserva ovariana é relativamente boa até 37 anos, a
partir deste ponto apresenta uma queda no seu potencial de fertilidade.
4. Discorrer sobre a gravidez na adolescência e os impactos biopsicossociais.
A gravidez na adolescência é considerada a que ocorre entre os 10 e 20 anos, de acordo com
a Organização Mundial de Saúde (OMS). Apontada como uma gestação de alto risco
decorrente das preocupações que traz à mãe e ao recém nascido, a gravidez nesta faixa
etária pode acarretar problemas sociais e biológicos.
Há diversos fatores de natureza objetiva e subjetiva que levam à gravidez no início da
vida reprodutiva, tais como:
- Falta de conhecimento adequado dos métodos contraceptivos e como usá-los;
- Dificuldade de acesso a esses métodos por parte do adolescente;
- Dificuldade e vergonha das meninas em solicitar o uso do preservativo pelo parceiro;
- Ingenuidade e submissão;
- Violência;
- Abandono;
- Desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro;
- Forte desejo pela maternidade, com expectativa de mudança social e de obtenção de
autonomia através da maternidade;
- Meninas com início da vida sexual cada vez mais precoce.
- O ambiente familiar também tem relação direta com o início da atividade sexual.
- Experiências sexuais precoces são observadas em adolescentes em famílias onde os
irmãos mais velhos já apresentam vida sexual ativa.
- É comum encontrar adolescentes grávidas cujas mães também iniciaram a vida sexual
precocemente ou engravidaram durante a sua adolescência.
- Por outro lado, famílias onde existe o hábito da conversa e há orientação sobre a vida
sexual, a situação pode ser diferente e a sexualidade melhor aproveitada pelos
adolescentes no momento certo.
TUTORIA 04: DESEJO DE TER FILHOS
1.EXPLANAR ACERCA DA IDADE REPRODUTIVA IDEAL MASCULINA E FEMININA
1.1. CITAR DIFICULDADES PARA A GERAÇÃO DE FILHOS
Caderneta Mulheres e Saúde - evidências de hoje agenda de amanhã ( OMS )
- idade ideal é entre 17 e 35 anos, quando o aparelho genital feminino já está desenvolvido e os
óvulos estão com menor probabilidade de apresentarem degenerações quando fecundados.
- A idade mais propícia em termos biológicos é dos 18 e 20 anos. No entanto, a mulher tem até
os 28 anos para engravidar com tranqüilidade. Aos 25 anos a taxa começa a cair cerca de 20%
ao mês.
Após os 35 anos, a probabilidade de uma mulher engravidar naturalmente reduz em 50%
comparado aos 24 anos. E após os 40, a redução é de 50% em relação aos 35 anos.
“A INFLUÊNCIA DA IDADE MATERNA SOBRE AS CONDIÇÕES PERINATAIS, Fernanda e
Mylza, 2002”
Probabilidade de gravidez
→ Acima de 35 anos: 15%
→ Acima de 40 anos: de 3% a 5%
O que impede a mulher mais velha de ter filhos é a qualidade e a quantidade de seus óvulos. Ao
contrário do homem, que produz espermatozóides durante quase toda a vida, a mulher nasce
com uma quantidade limitada de folículos, que podem transformar-se em óvulos. A partir
dos 35 anos, a curva é descendente. Por volta dos 50, ela pára de vez de ovular. Não é só a
quantidade que diminui. A qualidade dos óvulos também é prejudicada pela idade. A idade
também acirra as probabilidades de os órgãos desenvolverem obstáculos à reprodução, como
obstrução de trompas, cistos no ovário e endometriose.
Em relação à qualidade dos oócitos, as anomalias dependentes da idade incluem:
a)competência meiótica ou incapacidade de completar a maturação meiótica, resultando em
oócitos não passíveis de fertilização; b) erros durante a meiose, que podem ser compatíveis com
a fertilização, mas levar a anomalias genéticas que comprometam a viabilidade do embrião; c)
deficiências citoplasmáticas que podem se expressar nos diversos estágios do desenvolvimento,
antes ou após a fertilização.
SAUDE SEXAL E SAUDE REPRODUTIVA - HOMENS COMO SUJEITOS DE CUIDADO - MIN.
DA SAÚDE 2018
No caso dos homens, a idade ideal para engravidar é até os 35 anos. A taxa de fertilidade
masculina começa a cair a partir dos 50 anos de idade e, aos 65 anos, ela cai cerca de 35%.
A partir dos 40 anos de idade os níveis de testosterona do homem começam a cair
aproximadamente 1% ao ano. E a motilidade dos espermatozóides diminui por volta de 7%.
Apesar da produção diária de espermatozóides manter uma relativa normalidade, o volume da
ejaculação também cai conforme o passar dos anos.
A idade reduz o volume seminal, o percentual de espermatozóides móveis e o percentual
de espermatozóides com morfologia normal, não interferindo na concentração seminal.
A idade do homem também interfere nos resultados gestacionais de casais com dificuldade em
engravidar. Estudo recente, que avaliou os resultados de mais de 17.000 inseminações artificiais,
observou redução nas taxas de gravidez de 12,3% entre homens com menos de 30 anos e de
9,3% entre homens com mais de 45 anos. Também foi descrita uma relação diretamente
proporcional na ocorrência de aborto espontâneo e idade paterna.
1.2. DISCUTIR SOBRE RISCOS E CONSEQUÊNCIAS DA GRAVIDEZ TARDIA.
REVISTA MINEIRA DE ENFERMAGEM
Com base na literatura, Schupp afirma, ainda, que há variações quanto à definição de idade
materna avançada para a gravidez, sendo que alguns autores consideram o limite de 35 anos,
outros a partir dos 40 e há aqueles que vão mais além, considerando as gestantes com idade de
45 anos ou mais.
A gravidez tardia é considerada um fenômeno mundial. Somente nos Estados Unidos,
estima-se que uma em cada cinco mulheres tem o seu primeiro filho após os 35 anos. Mais
especificamente, na última década, a gravidez tardia cresceu, no país, 84%, resultado da
mudança de comportamento que está redesenhando a família no mundo.3 Estudos apontam,ainda, que a proporção de parturição das mulheres acima de 40 anos varia de 2%-5%
Na faixa de idade mais avançada, pode-se observar, com certa frequência, o aparecimento de
doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus e outras, associadas
diretamente ao processo da gestação, como abortamentos, anomalias cromossômicas,
mortalidade materna, gestação múltipla, pré-eclâmpsia e suas complicações.Assim, a idade
materna elevada é, hoje, um motivo de preocupação, principalmente se está relacionada à
gestação e sua evolução.
Um estudo realizado em uma capital brasileira sobre a distribuição do parto vaginal e da
cesariana evidenciou alta concentração de cesáreas entre mulheres com mais de 35 anos,
o que foi relacionado ao fato de essas mulheres apresentarem maior risco para algumas
patologias graves associadas à gravidez, como diabetes e doença hipertensiva específica da
gestação, que podem exigir a interrupção da gestação antes da maturação fetal . Um estudo
realizado no sul do País, com população de baixa renda, revelou que a idade materna maior que
35 anos, entre outras variáveis, estava significativamente relacionada à prematuridade.
1.3. CITAR AS PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES QUE LEVAM UM CASAL A GERAR FILHOS TARDIAMENTE
Gravidez tardia: relações entre características sociodemográficas, gestacionais e apoio social - Welinton
PAraíba eat. al - 2016
Das 150 gestantes tardias que responderam ao questionário, 52,67% eram católicas e 40%
evangélicas. Esta prevalência está de acordo com os dados da população brasileira, relativos ao
último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, no qual a taxa de
católicos foi de 64,6% e a de evangélicos 22,2%. Este resultado ainda sinaliza que o exercício da
espiritualidade é de suma importância em relação a muitos desfechos relacionados à saúde dos
indivíduos - pensamento de que relações sexuais devem ser realizadas apos o casamento.
Um estudo acerca dos aspectos biopsicossociais do adiamento da maternidade, Cristina,
2009
● Maturidade atingida pelo casal
● Mudança de prioridade do casal (estabilidade depois família) → Planejamento familiar
● Vontade de ter mais filhos
● Mulher não mais objeto reprodutivo, emprego, prioridades e vontades → Mudança no
papel social da mulher
● Casamentos tardios → Adiamento de relacionamentos amorosos
● Necessidade de ter filhos após estabilidade
2. DISCORRER ACERCA DA GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
2.1. CONSEQUÊNCIAS PARA A MÃE.
2.2. CONSEQUÊNCIAS PARA O FETO E RECÉM-NASCIDO.
Gravidez de alto risco: Gravidez de alto risco pode ser entendida, então, como aquela que
apresenta maior probabilidade de ter evolução desfavorável, seja para o feto, seja para a mãe.
Os fatores de risco presentes já antes da gestação → Os primeiros incluem idade da mãe,
doença materna, antecedentes obstétricos, origem étnica, história familiar de doenças
hereditárias e problemas de consanguinidade.
Os que surgem durante este período → Os fatores que surgem durante a gravidez
correspondem, entre outros, à alfafetoproteína materna demasiadamente elevada ou baixa, à
infecção materna, à hipertensão, diabetes gestacional, à exposição da mãe a agentes
teratogênicos e/ou a radiação, e a alterações ecográficas.
Sabe-se que após essa idade aumenta a incidência de abortos, anormalidades fetais, diabetes,
hipertensão, hemorragias, partos prematuros, trabalho de parto disfuncional, partos por
cesariana.
MANUAL TÉCNICO DA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO - MIN. DA SAÚDE (5 EDIÇAO)
- Pré eclâmpsia/eclâmpsia: hipertensão (maior ou igual que 140/90mmHg) acompanhado
por proteinúria (0,3g de ptn/urina/dia), pode ser classificada como leve ou grave
dependendo do grau de comprometimento; eclâmpsia se caracteriza pela presença de
convulsões ou coma em mulheres com quadro de hipertensão gravídica, pode ocorrer na
gravidez, parto ou pós parto. Nos casos de eclâmpsia, deve ser administrada a terapia
anticonvulsivante, em geral com sulfato de magnésio.
A única maneira de controlar a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para eclâmpsia é o
acompanhamento pré-natal criterioso e sistemático da gestação. Pacientes com
pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar
uma dieta com pouco sal.
- Hipertensão na gravidez: sem proteinúria, o diagnóstico se afasta de pré-eclâmpsia, e
pode ser dividido entre hipertensão transitória (que retorna ao normal após o parto), e
crônica (elevação persiste após 12 semanas do pós parto)
- Síndromes hemorrágicas:A função miometrial sofre declínio com a idade, o que pode
contribuir para uma maior incidência de apresentações pélvicas (“bebê sentado”) e
hemorragias pós-parto.
- Diabetes Gestacional : a de mellitus pode ser responsável por índices elevados de
morbimortalidade perinatal, especialmente macrossomia fetal e malformações fetais. A
gestacional é aquela diagnosticada durante a gravidez como qualquer intolerância à
carboidratos. A gestante portadora de DMG não tratada têm maior risco de rotura
prematura de membranas, parto pré-termo, feto com apresentação pélvica e feto
macrossômico. Há também risco elevado de pré-eclâmpsia nessas pacientes.
- A ruptura prematura das membranas﹕é o vazamento do líquido amniótico que envolve o
feto em qualquer momento antes de o trabalho de parto ter começado.
Depois da ruptura das membranas, o trabalho de parto costuma ocorrer em seguida.
Se o trabalho de parto não tiver início entre seis e doze horas, aumenta o risco de infecção na
mulher e no feto.
CRIANÇA
DGM → além da macrossomia ( PESO ENTRE 4 E4500 AO NASCER ) , o risco para o
desenvolvimento de síndrome de angústia respiratória, cardiomiopatia, icterícia, hipoglicemia,
hipocalcemia, hipomagnesemia e policitemia com hiperviscosidad sanguínea, encontrarse
fuertemente aumentado
A criança corre um grande risco de ter aberrações cromossômicas e obstáculos mentais e físicos
relacionados a um número aumentado de neonatos prematuros e tratamentos de fertilidade.
Todos esses problemas começam a aumentar depois dos 30 anos de idade, mas especialmente
após os 35 anos.
Baixo peso do bebê ao nascimento (poderia ser explicada por uma perfusão placentária mais
precária, com prejuízo da passagem de nutrientes para o feto em crescimento), maiores índices
de sofrimento fetal, e menores índices de Apgar (trata-se de um método simples e eficiente de
medir a saúde de seu recém-nascido e de determinar se ele precisa ou não de alguma
assistência médica imediata) do bebê no quinto minuto.
Risco de aborto
→ Acima de 35 anos: 18%
→ Acima de 40 anos: 36% a 40%
Risco de síndrome de Down
→ Acima de 35 anos : um caso para cada 250 nascimentos
→ Acima de 40 anos : um caso para cada 100 nascimentos
LIVRO GRAVIDEZ E PUERPÉRIO DE ALTO RISCO - CARLOS HENRIQUE EAT. AL
PREMATURIDADE ﹕ principal causa de morbidade e mortalidade neonatal na atualidade. 15
milhões de recém nascidos foram prematuros em 2010, 10% do total de nascimento. Risco maior
de desenvolver complicaÇões relacionadas com a imaturidade de vários órgãos.
FETO DE MÃE DIABÉTICA ﹕
Biblioteca virtual em saúde - min. da saúde - importância do pré natal
A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de
patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e
reduzindo os riscos da gestante. Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas
entre as mulheres e os profissionais de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências
e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de
gestação.
Vantagens do pré-natal:
- permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma
silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, anemias, sífilis, etc. Seu
diagnóstico permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a
gestação, mas por toda sua vida;
- detecta problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases iniciais, permitem o
tratamento

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