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Sistema Reprodutor Masculino e Divisão Celular

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Tutoria 1
1) Puberdade, as fases de desenvolvimento masculino, idade fértil.
· Puberdade: Período no qual os seres humanos se tornam capazes de se reproduzir.
· Fases de desenvolvimento: Lactancia (até 1 ano )/ Infância (2 a 9 anos)/ Pré- adolescência (10 a 15 anos)/ adolescência (15 a 18 anos )/ idade adulta (18 a 21 anos)/ Ossificação completa (21 a 25 anos );
· Idade fértil: Período fetal : espermatogônias (túbulo seminíferos- espermatogênese) – Puberdade (maturação dos espermatozoides) – Andropausa: 60 anos com queda na produção de espermatozoides, porém fértil até o final da vida.
2) Estrutura anatômica do sistema reprodutor masculino e suas funções.
· Bolsa escrotal: bolsa de pele abaixo do pênis, no seu interior encontram-se os testículos, localizada abaixo do pênis e tem como função proteger os testículos e manter a temperatura dos mesmos em torno de um a dois graus abaixo da temperatura corporal (condição fundamental para a espermatogênese);
· Testículo: é um órgão par (direito e esquerdo), situado na bolsa escrotal, milhares de túbulos enovelados (túbulos seminíferos) e é onde se forma o esperma e onde a testosterona (o hormônio sexual masculino) é secretada.
· Vias espermáticas: epidídimo- ducto microscópico, armazena os espermatozoides junto com o ducto deferente, importante em sua calda e também na porção inicial do canal deferente. No momento da ejaculação, através da ação violenta da contração das paredes musculares dos canais deferentes e do próprio epidídimo, os gametas são levados para as porções superiores das vias espermáticas, os espermatozoides adquirem motilidade, amadurecem e desenvolvem sua capacidade fertilizante; 
 Ducto deferente (02 tubos) - local onde o esperma é armazenado, além de conduzi-lo do epidídimo a uretra. Sua parte superior tem uma dilatação que forma a ampola do canal deferente. Uma parte do esperma fica armazenado nesse local antes que a ejaculação ocorra.
 Uretra- canal membranoso, expele a urina e a ejaculação.
· Glândulas sexuais acessórias: glândulas seminais- produção do líquido alcalino; 
 Glândulas bulboretrais- durante a excitação sexual produz esse líquido translúcido alcalino que é lançado na uretra com a função de limpá-la;
· Próstata: formato de noz, localizada ao redor da uretra, abaixo da bexiga, é uma grande massa glandular que libera o líquido prostático para a uretra, durante o ato sexual. Esse líquido é leitoso e alcalino e contribui na composição do sêmen.
· Pênis: órgão copulador masculino, com tecido esponjoso rico em vaso sanguíneo, os corpos cavernosos do pênis são formados por tecido erétil que ficam túrgidos e se enchem de sangue durante a excitação sexual. 
· O tecido erétil é constituído por dois corpos cavernosos e por um corpo esponjoso, que são formados por muitos espaços que lembram cavernas (por isso o nome) e que contêm sangue em seu interior.
· Ainda, na extremidade do pênis, temos a glande, que é formada em sua maior parte por uma extremidade dilatada do corpo esponjoso, por isso, também participa do processo de ereção. A glande é uma parte muito sensível, devido a isso, a origem da maior parte das sensações sexuais, durante o ato sexual, é proveniente dela.
3) Processo ejaculatório.
· Excitação sexual através de estímulos (durante o ato sexual ou masturbação) – controle do sistema nervoso simpático – sêmen ejetado através da uretra por contrações musculares rítmicas gerada pelo músculo bulboesponjoso, sob o controle dos nervos espinhais ao nível da S2, S3 eS4- com essas contrações violentas (10-15) – espermas fluem da uretra até alcançar um pico, a partir do qual começa a diminuir.
· Anejeculação: homem incapaz de ejacular;
· Disejaculação: ejaculação dolorosa ou desconfortável;
· Excitação- ereção do pênis – contrações peristálticas na ampola do ducto deferente, glândula seminais, ductos ejaculatórios e próstata impulsionam o sêmen para a parte esponjosa da uretra; há o fechamento do músculo liso na base da bexiga ( refluxo impedido).
4) Divisão celular (mitose, meiose)
· Intérfase: período de crescimento para se dividir em duas células idênticas
Fase G1:
- maior crescimento - produção de proteína
-diferenciação - produção de RNA
Fase S:
- síntese (duplicação) de DNA 
- síntese de histonas (proteínas que ajudam a enrolar o DNA
Fase G2: 
-síntese de RNA
-síntese de proteínas
-início da condensação da cromatina (vai começar a se enrolas para começar a mitose)
· Mitose: Divisão celular (eucariontes), garante o crescimento e regeneração dos tecidos; ocorre em células somáticas; a mitose em si produz duas células idênticas.
Fases da mitose: 
1ª PRÓFASE: nesta fase, a carioteca desaparece (o cromossomo está dentro do núcleo e tem que tirar ele de lá, então a carioteca tem que desaparecer), o nucléolo desaparece (a célula durante a divisão celular tem que parar com a síntese de proteína, então o nucléolo tem que desaparecer), ocorre condensação da cromatina (começa a se enrolar), e os centríolos migram para o lado oposto das células;
2ª METÁFASE: placa equatorial, nesta fase os cromossomos vão estar no meio da célula, máximo de condensação, fase excelente para visualizar os cromossomos, cariótipo organiza os cromossomos;
3ª ANÁFASE: fase de separação dos cromossomos (as fibras do fuso vão puxar muito e vai ter a separação);
4ª TELÓFASE: é a fase final, é o contrário da prófase, então reaparece a carioteca e o nucléolo e acontece a descondensação;
CITOCINESE: divisão da célula (em duas células idênticas) ao final das 4 fases, o anél contrátil que faz a célula se dividir
· Meiose: acontece nos gametas (linhagem gamética), quebra a quantidade no meio, existe meiose 1 e meiose 2
MEIOSE 1 (meiose reducional): há a separação dos cromossomos homólogos (cromossomos um do lado do outro), é a única meiose que quebra a quantidade de cromossomos ao meio e o 2n produz n.
MEIOSE 2 (meiose equacional): há separação das cromátides (nome de cada pedaço do cromossomo) e n produz n.
PRÓFASE 1:
É a fase mais demorada, dividida em 5 fases:
· LEPTÓTENO=fino (é a fase em que os cromossomos ainda estão se olhando antes de se encostas)
· ZIGÓTENO=sinapse (fase em que os cromossomos se encostam)
· PAQUÍTENO=crossing-over (fase em que as cromátides homólogas trocam pedaços)
· DIPLÓTENO= visualização (fase onde consegue visualizar o crossing-over)
· DIACINESE= terminação (momento de separação do quiasma)
CROSSING-OVER:
· Ocorre na prófase 1 da meiose 1, na subdivisão paquíteno
· É uma troca de segmentos entre cromátides homólogas (lembrando que não é troca entre cromátides irmãs, porque, imagina que eu sou um cromossomo, para eu ter variabilidade genética, ou seja, trocar material, eu não vou trocar comigo mesmo, e sim com outra pessoa, por isso não é troca entre cromátides irmãs, e sim entre cromátides homólogas)
· Aumenta a variabilidade genética, importância para o planeta: evolução
5) Gametogênese masculina (espermatogênese)
A espermatogênese corresponde ao processo de formação dos espermatozoides, que são as estruturas masculinas responsáveis pela fertilização de óvulo. A formação do espermatozoide normalmente tem início aos 13 anos (puberdade), sendo contínuo durante toda a vida e diminuindo na velhice, é um processo altamente regulado por hormônios, como testosterona, hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH), esse processo acontece diariamente, sendo produzidos milhares de espermatozoides por dia, que ficam armazenados no epidídimo após produção. A espermatogênese acontece dentro dos túbulos seminíferos, que são estruturas presentes nos testículos responsáveis pela diferenciação das células germinativas em espermatozoides que, dentre outras células, são constituídos pelas células de Sertoli, que são importantes para a nutrição e amadurecimento das células germinativas, favorecendo o processo de espermatogênese, é um processo complexo que dura entre 60 e 80 dias e que pode ser dividido didaticamente em algumas etapas:
PERÍODO GERMINATIVO:A fase germinativa é a primeira fase da espermatogênese e acontece quando as células germinativas do período embrionário se dirigem para os testículos, onde permanecem inativas e imaturas, e são denominadas espermatogônia, antes da puberdade há formação de espermatogônias, porém em menor intensidade, até porque o sistema endócrino e sistema reprodutor ainda estão em desenvolvimento. Quando o menino atinge a puberdade, as espermatogônias, sob influencia hormonal e das células de Sertoli, proliferam-se de forma mais intensa por meio e dão origem aos espermatócitos primários.
PERÍODO DE CRESCIMENTO: Os espermatócitos primários formados aumentam de tamanho e sofrem processo de meiose (meiose 1), para que o seu material genético seja duplicado, passando a ser denominado espermatócito secundário.
PERÍODO DE MATURAÇÃO: Após formação do espermatócito secundário, acontece o processo de maturação para dar origem à espermátide através da divisão meiótica (meiose 2).
PERÍODO DE DIFERENCIAÇÃO:Corresponde ao período de transformação da espermátide em espermatozoide, que dura aproximadamente 21 dias. 
6) Espermiogênese 
Espermiogênese é o nome da fase final de produção de espermatozoides. Durante esse processo as espermátides se transformam em espermatozoides, células altamente especializadas para transferir o DNA masculino ao ovócito. Nenhuma divisão celular ocorre durante esta transformação. A espermiogênese é um processo complexo, que inclui: formação de uma estrutura chamada acrossomo, condensação e alongamento do núcleo, desenvolvimento do flagelo e perda da maior parte do citoplasma. O resultado final é o espermatozoide maduro, que é liberado no lúmen do túbulo seminífero, pode ser dividida em três etapas:
Etapa do complexo de Golgi: O citoplasma das espermátides contém um complexo de Golgi bastante desenvolvido. Pequenos grânulos PAS-positivos chamados grânulos pró-acrossômicos acumulam-se no complexo de Golgi. Depois, fundem-se para formar um único grânulo acrossômico no interior de uma vesícula limitada por membrana, chamada vesícula acrossômica. Os centríolos migram para perto da superfície da célula, em posição oposta à vesícula acrossômica, e iniciam a formação do axonema (o conjunto de microtúbulos que formam o eixo central de um flagelo).
Etapa do Acrossomo: A vesícula e o grânulo acrossômico se estendem sobre a metade anterior do núcleo como um capuz e passam a ser chamados inicialmente de capuz acrossômico e finalmente de acrossomo , o acrossomo contém várias enzimas hidrolíticas, como hialuronidase, neuraminidase, fosfatase ácida e uma protease que tem atividade semelhante à da tripsina, as enzimas são capazes de dissociar as células da carona radiata e de digerir a zona pelúcida, estruturas que envolvem os ovócitos. Quando os espermatozoides encontram um ovócito, vários pontos da membrana externa do acrossomo se fundem com a membrana citoplasmática do espermatozoide, liberando as enzimas acrossômicas no espaço extracelular. Esse processo, chamado reação acrossômica, é um dos primeiros passos da fertilização. O flagelo cresce a partir de um dos centríolos enquanto mitocôndrias se acumulam ao redor da porção proximal do flagelo, chamada de peça intermediária . A disposição das mitocôndrias é outro exemplo da concentração dessas organelas em locais relacionados com movimento celular e alto consumo de energia.
 O movimento flagelar é resultado da interação entre microtúbulos, ATP e dineína, uma proteína com atividade de ATPase. Durante essa etapa final da espermiogênese, o núcleo das espermátides se toma mais alongado e condensado. O núcleo volta-se para a base do túbulo seminífero e o flagelo se projeta em seu lúmen. Como os grupos de espermátides ficam alojados em reentrâncias da célula de Sertoli (ver mais adiante), frequentemente se observam tufos de espermátides com seus flagelos voltados para o lúmen do túbulo.
Etapa de maturação: Uma grande parte do citoplasma das espermátides é desprendida, formando os chamados corpos residuais, que são fagocitados pelas células de Sertoli, e os espermatozoides são liberados no lúmen do túbulo. Os espermatowides liberados no lúmen dos túbulos são transportados ao epidfdimo em um meio apropriado, o fluido testicular, produzido pelas células de Sertoli e pelas células da rede testicular. Esse fluido contém esteroides, proteínas, íons e uma proteína ligante de andrógeno que transporta testosterona.
7) Processo de formação do sêmen ( o que tem e para onde vai );
O sêmen é composto por diversas substâncias, não somente os espermatozoides, mas o seu processo de produção se inicia no saco escrotal. Nele, há a formação dos espermatozóides que por precisarem de uma temperatura mais baixa do que a temperatura normal justifica a distância entre o saco e a pélvis; depois de formados, os espermatozóides ficam armazenados no epidímio, nesse lugar, eles ficam em processo de maturação por cerca de três semanas. Logo após esse processo eles se dirigem ao ducto deferente, mas ao passar por cima da bexiga, esses dois canais se encontram com a glândula seminal (que nutre os espermatozóides e intensifica a sua mobilidade) e se tornam um único canal: o ducto ejaculatório. Por fim, o ducto ejaculatório, passa pela próstata (que libera um líquido de caráter básico para neutralizar a acidez natural da vagina e do próprio interior do pênis) e chega a uretra. Na uretra, os líquidos formados ainda recebem um terceiro e último composto: um líquido lubrificante pelas glândulas bulbouretrais. 
O conjunto de espermatozóide + líquido lubrificante + os líquidos da glândula seminal e da próstata = sêmen.
	Componentes
	Função
	Origem
	Espermatozóide
	Gameta
	Túbulos seminíferos
	Muco
	lubrificante
	Glândulas bulbouretrais
	Água
	Fornece o meio líquido
	Todas as glândulas acessórias
	Tampões
	Neutralizam o meio ácido da vagina
	Próstata, glândulas bulbouretrais
	Nutrientes
	Nutrição dos espermatozóides
	
	Frutose
	
	Vesículas seminais
	Ácido Cítrico
	
	Próstata
	Vitamina C
	
	Vesículas seminais
	Camitina
	
	Epididimo
	Enzimas
	Coagulam o sêmen na vagina, depois liquefazem o coágulo
	Vesículas seminais e Próstata
	Zinco
	Desconhecida; possível associação com a fertilidade
	Desconhecida
	Prostaglandinas
	Contração do músculo liso; podem ajudar no transporte dos espermatozóides
	Vesículas seminais
7 ) Estruturas do espermatozóide e suas funções
· O espermatozoide é uma única célula, constituída por uma cabeça e uma cauda;
· Na cabeça, encontramos o núcleo com uma camada bem fina de citoplasma, envolta pela membrana celular;
· A parte anterior da cabeça, contém um revestimento espesso, o acrossoma, que possui muitas enzimas como a hialuronidase, essa enzima pode digerir os filamentos de proteoglicanos dos tecidos, também há uma enzima proteolítica, parecida com a tripsina, que digere as proteínas;
· Podemos citar três componentes principais, presentes na cauda do espermatozoide: o esqueleto central que forma o axonema, através do conjunto de microtúbulos; a membrana celular, recobrindo o axonema; e as mitocôndrias, ao redor do axonema no corpo da cauda.
· O movimento flagelar (movimento da cauda de um lado para o outro) é o que proporciona o deslocamento do espermatozoide, resultado do deslizamento longitudinal entre os túbulos que compõem o axonema, a energia para esse movimento fica disponível sob a forma de ATP;
· Cabeça
Núcleo: cromatina densa e compacta ( DNA); 
Acrossomos: Vesículas hidrolíticas (acrosinas, hialuronidase e neuroaridase); importante para a fertilização, dissolve a zona pelúcida do ovócito.
· Cauda
Colo: peças intermediárias;
Mitocôndrias: produzem ATP para movimentos do flagelo; 
Flagelo: impulsiona o espermatozoide pelo aparelho reprodutor feminino.
9) Amadurecimento do eixo HHG
Durante a infância, o hipotálamo não secreta quantidades significativas do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), uma razão para isso é que durante a infância, pequena secreção de qualquer hormônio esteroide exerce efeito inibitório intenso sobre a secreção hipotalâmica deGnRH. Na puberdade a secreção de GnRH supera a inibição infantil, o que inicia as funções reprodutivas do indivíduo.
10) Eixo Hipotalâmico-Hipofisário-Gonadal
O hipotálamo controla a função testicular por meio da secreção intermitente (em "pulsos") de hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), que por sua vez estimula a hipófise a liberar, no mesmo ritmo, os hormônios gonadotróficos: o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulante (FSH). O LH estimula as células de Leydig/ Interticiais ( células do testículo, localizadas no tecido interticial) a produzir testosterona. O FSH estimulas as células de sertoli ( células do túbulo seminífero) a produzir o hormônio Inibina e promover a espermatogênese junto com a testosterona produzida pelas células de leydig.
11) Feedback
A testosterona secretada pelos testículos em resposta ao LH tem efeito recíproco de inibir a secreção de LH pela hipófise anterior, a maior parte dessa inibição provavelmente resulta de efeito direto da testosterona sobre o hipotálamo, reduzindo a secreção de GnRH, este, por sua vez, produz redução no LH e FSH pela hipófise anterior, e a redução no LH diminui a secreção de testosterona pelos testículos. Assim, sempre que a secreção de testosterona fica muito elevada, esse efeito automático de feedback negativo reduz a secreção de testosterona para os níveis de funcionamento desejados. 
12) Hormônios do sistema reprodutor masculino ( produção, transporte e função)
· Os hormônios gonadotrópicos da hipófise, têm importante papel na regulação das funções sexuais masculinas, a partir da idade de 10 a 14 anos (período de puberdade), o hipotálamo começa a secretar o fator de liberação do hormônio luteinizante, que resulta na secreção de dois hormônios pela hipófise anterior, o hormônio folículo estimulante (FSH) e o luteinizante (LH).;
São esses hormônios que vão promover o desenvolvimento e função dos testículos:
· O hormônio folículo estimulante (FSH) induz a proliferação das espermatogônias, porém, sua ação individual não é capaz de finalizar a espermatogênese, sendo necessária a ação da testosterona;
· O hormônio luteinizante (LH) fará os testículos secretarem testosterona, além de quantidades menores de outros hormônios semelhantes;
· A produção da testosterona ocorre nas células intersticiais de Leydig, e sua secreção é aumentada durante a puberdade; a testosterona promove o crescimento dos testículos e contribui para que a espermatogênese ocorra;
· O hormônio gonadotropina coriônica (HCG) é que estimula a secreção de testosterona;
· Além desses hormônios, os hormônios como o somatrotopina (GH), que promove a divisão inicial das espermatogônias, e estrogênios, que são formados a partir da testosterona, também são importantes para o sistema reprodutor masculino;
· A testosterona também promove alguns efeitos nas características sexuais secundárias, por exemplo o crescimento de pelos faciais, pubianos, etc. Promove também o crescimento da laringe, proporcionando um timbre mais grave na voz, e a maior deposição de proteínas nos músculos, ossos e pele;
· Alguns tecidos periféricos alvos realizam a conversão da testosterona em diidroxitestosterona (DHT), que tem efeitos fisiológicos mais potentes.
13) Síntese de testosterona
A síntese androgênica inicia-se a partir do precursor colesterol. Dois androgênios, dihidrotestosterona e a androstenediona, são produzidos principalmente no tecido adrenal. A androstenediona é convertida à testosterona ou estradiol, principalmente nos testículos e tecidos periféricos. A testosterona é ainda modificada a um metabólito mais potente, a 5 alfa – dihidrotestosterona, pela 5 alfa – redutase, ou convertida ao estradiol por uma aromatase. 
14) Identificar o feromônio
· Feromônio: substâncias químicas voláteis presentes em secreções glandulares envolvidos na comunicação de membros da espécie humana;
· Os feromônios agem no controle da secreção neuroendócrina de roedores e primatas, e alguns estudo resultados semelhantes em humanos, principalmente relacionados aos mecanismos de reprodução;
· São ferramentas versáteis na comunicação humana;
15) Explicar a vasectomia
· Um dos poucos contraceptivos masculinos, esterilização;
· O espermatozoide produzido no testículo é conduzido até a uretra (ducto deferente), faz a incisão, faz a secção completa do ducto e amarra os cotos, impedindo a passagem de espermatozoide; ficam retidos no ducto e epidídimo (absorção completa 90 dias).
Tutoria 2
1) Órgãos dos aparelhos genital feminino e suas funções
PUDENDO (VULVA)
· O pudendo feminino constitui a parte externa dos órgãos genitais femininos, localizado entre as coxas e tem função de proteção da vagina e o óstio externo da uretra e na cópula. É formada pelos grandes lábios, pequenos lábios, clitóris, vestíbulo vaginal, uretra e o hímen;
· Envolvidos pelos grandes lábios, no ponto superior desses, localiza-se um pequeno tubérculo arredondado e erétil, o clitóris (um órgão com cerca de 2cm, constituído por tecido erétil - capacidade de encher e esvaziar de sangue conforme a excitação sexual), a glande do clitóris apresenta normalmente o dobro do número de fibras nervosas encontradas na glande do pênis;
· A uretra, no sistema feminino, abre-se entre o clitóris e a abertura da vagina, é o canal por onde sai a urina;
· O hímen é um anel membranoso presente na entrada da vagina, por ele é são eliminadas secreções e menstruação, em mulheres que nunca tiveram relações sexuais, o orifício da vagina é recoberto por esse anel membranoso;
OVÁRIOS 
• Os ovários são duas pequenas glândulas endócrinas, localizados na cavidade abdominal, têm função de produção dos hormônios estrógeno e progesterona, que atuam no desenvolvimento e o funcionamento dos demais órgãos e produção de oócitos. São constituídos por córtex (onde se encontram os folículos em diferentes estágios de desenvolvimento, circundados por tecido conjuntivo do estroma e células hilares, semelhante às células de Leydig do testículo), medula (onde estão presentes células estronais, células hilares, fibras musculares lisas e elementos vasculares e nervosos, ocupa a região central e fornece células intersticiais que formam a teca dos folículos) e hilo (onde predominam as células hilares e trafegam a inervação e os vasos sanguíneos e linfáticos)
TUBAS UTERINAS
• As tubas uterinas são os canais que ligam cada ovário ao útero e através dos quais o oócito se desloca. Toda a tuba é revestida pelo peritônio. Exerce movimentos peristálticos semelhantes aos do intestino, são esses movimentos que empurram o oócito, através da tuba uterina, do ovário até o útero. Têm função na captação e no transporte de óvulo, e, possuem 4 partes:
 o infundíbulo que se ajusta sobre o ovário, possui inúmeras fímbrias (apêndices filamentosos com função de aderência de transporte de material genético);
a ampola que é a parte mais larga e mais longa da tuba (7cm), que começa na extremidade medial do infundíbulo, é geralmente onde ocorre a fecundação dos gametas;
o istmo que é a parte da tuba que tem parede espessa, menos calibrosa e é a que entra no corpo uterino;
e a parte uterina que é o segmento intramural da tuba.
ÚTERO
• O útero é o órgão da gestação e do parto, é o local onde o embrião e o feto se desenvolvem, sua função principal é receber e promover a nidação dos embriões, assim como a de expulsar o feto no momento do parto, por meio de contrações, útero destaca-se por ser um órgão relativamente móvel e fixado por ligamentos que garantem a fixação do útero são eles: ligamento largo, redondo, cardinal e uterossacro.
É dividido em 3 partes:
Fundo do útero: é a porção mais superior do útero, que apresenta o formato de uma cúpula;
Corpo do útero: é a região caracterizada por ser a parte mais dilatada do útero;
Colo do útero: é a extremidade estreita e inferior do útero que se comunica com a vagina, mede cerca de 2cm a 4cm.
E é dividido em 3 camadas:
Paramétrio: consiste em peritônio (membrana que reveste a parte interna da cavidade abdominal e recobre órgãos comoútero, bexiga, reto, etc) sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo, separa o colo do útero da bexiga;
Miométrio: é a camada média do músculo liso, distendido durante a gravidez, localização dos principais ramos dos vasos sanguíneos e nervos do útero; durante o parto, o miométrio ajuda na contração (que é estimulada hormonalmente pela ocitocina) para expelir o feto e a placenta, durante a menstruação, na cólica, e a contração do miométrio durante o orgasmo facilita o movimento dos espermatozoides até a tuba uterina para a fecundação;
Endométrio: é a parede do útero, a membrana mais interna, participa ativamente do ciclo menstrual, sofrendo modificações de sua estrutura a cada estágio do ciclo;
quando há concepção (fecundação), o óvulo fecundado implanta-se nessa camada e ela confere nutrição para o embrião e formará placenta, quando não há concepção, a face interna dessa camada é eliminada durante a menstruação;
o endométrio pode ser dividido em 2 camadas: a camada basal (mais profunda e mais próxima do miométrio) e a camada funcional (a que sofre mudanças durante os ciclos menstruais, é essa camada que é perdida durante a menstruação) vale lembrar que após a menstruação, o endométrio começa a reconstruir-se por meio de divisão de novas células.
VAGINA 
• A vagina é um tubo músculo membranáceo mediano, é o órgão interno copulador feminino, insere-se no contorno da parte média do colo do útero e para baixo atravessa o diafragma para se abrir no pudendo, possibilita a eliminação das secreções do período menstrual para o exterior e forma também parte do canal do parto.
2) Maturação eixo hipotálamo-hipofisário gonadal feminino 
O período da infância até o período da puberdade é de quiescência do eixo HHG, o qual sofre uma reativação com início da puberdade. O mecanismo que conduz o início da puberdade contínua desconhecido. Mas há hipóteses:
 - Na infância o eixo HHG seria mais sensível a retroalimentação negativa pelos esteroides ovarianos ,assim a quantidades pequenas desses esteroides que inibiriam o eixo na infância tornariam insuficientes com a idade e então o eixo iria ser mais ativado, o que aumentaria a estimulação ovariana.
 - Durante a infância existiria o mecanismo neural de inibição do eixo Hipotálamo-Hipófise e que a supressão desse mecanismo estaria relacionada com o início da puberdade.
 - O início da puberdade seria desencadeado pela ativação das vias estimuladoras de neurônios GnRH, ou pelo aumento de atividade de uma dessas vias ou de algumas delas.
 - O processo de crescimento do organismo ou de alguma de suas partes emitiria uma sinalização, provavelmente um hormônio para a ativação dos neurônios GnRH.
E importante evidenciar que a LEPTINA é um hormônio produzidos pelas células de gordura do organismo e tem a função de regular o peso corporal através do apetite (saciedade), possui relação coma obesidade e o sistema reprodutor, estudos indicam que a há relação no aumento da concentração de leptina no processo pubertário feminino, já que nessa fase as meninas ganham massa gorda, assim o aumento de leptina no organismo é inversamente proporcional a idade da menarca e com o exercício físico, ou seja o exercício físico pode ser um fator que causa o retardo da menarca. Além disso, diz-se que a leptina possui receptores no eixo HHG . No hipotálamo ela acelera a liberação de GnRH, age também na Hipófise anterior estimulando o LH e o FSH e nos ovários, regula a produção de hormônios esteroides.
3) Eixo Hipotalâmico-hipofisário gonadal feminino
Depois do amadurecimento do eixo HHG, na fase folicular inicial o hipotálamo secreta o GnRH que estimula a adeno-hipófise a secretar FSH e LH. O LH estimula as células da teca a produzir androgênicos. O FSH estimula as células da granulosa a secretar aromatase que vai converter os androgênios produzidos nas células da teca em estrogênios. O próprio estrogênio faz um feedback positivo nas células da granulosa para aumentar sua produção, quando ela está alta ocorre o feedback negativo tanto no hipotálamo quanto na adeno- hipófise para reduzir a produção.
Na fase folicular tardia e ovulação as células da teca passam a produzir pequenas quantidades de progesterona, que também passa a ser produzida pela célula da granulosa, já que no final da fase folicular elas passam a expressar receptores para LH. A baixa produção de estrogênios e progesterona estimula o hipotálamo ( feedback positivo) a aumentar suas quantidades, o que aumenta seu pico. Nessa fase as células da granulosa produz o hormônio inibina que faz um feedbak negativo na adeno- hipófise, isso explica a diferença nos picos de FSH e LH na ovulação.
Na fase lútea inicial a alta produção dos hormônios ovarianos provoca um no hipotálamo feedback negativo, o que reduz os hormônios gonadotróficos. Nessa fase é o corpo lúteo que passa a produzir os hormônios ovarianos.
Na fase lútea tardia, o hipotálamo secreta o GnRH que estimula a adeno-hipófise a secretar FSH e LH para iniciar o desenvolvimento dos novos folículos em um novo ciclo. Se não houver fecundação o corpo lúteo se torna em corpo albicans e degenera, reduzindo assim a produção do estrogênio e progesterona. Porém, se houver fecundação o corpo lúteo continua produzindo os hormônios ovarianos até o surgimento da placenta.
A fase Folicular é o período pré-ovulatório dura de 9 a 23 dias, nesta fase, ocorre o desenvolvimento final do folículo ovariano e predominam as ações dos estrogênios, no preparo do trato genital feminino para o transporte de gametas e a fertilização.
A fase ovulatória dura de 1 a 3 dias, trata-se da fase em que ocorre o pico pré-ovulatório de gonadotrofinas e que culmina com a ovulação.
 O período pós-ovulatório é denominado fase lútea, que se inicia após a ovulação, dura em média 14 dias e termina com o início da menstruação, nesta fase, predominam as ações da progesterona na preparação do trato genital feminino para implantação e manutenção do embrião. E a fase fixa de todos os ciclos menstruais seja ele de 28, 24 ou 32 dias, pois ela ocorre logo após a ovulação, é uma fase extremamente importante, visto que com ela é possível determinar o dia da ovulação do ciclo da mulher, é a fase de preparação do corpo da mulher para uma possível gravidez.
4) Síntese de progesterona e estrógeno
Estrogênio
X
17α-OH progesterona
Progesterona
Pregnenolonaa
Colesterol
A célula da granulosa converte o colesterol com o auxílio de uma enzima e energia em pregnenolona, que vai ser convertida em progesterona, que vai ser convertida em 17 alfa OH progesterona, só que esse não consegue produzir androstenediona porque não tem enzima, se não tem enzima, a célula da granulosa depende da teca interna para transformar a androstenediona em testosterona e estrogênio. A teca interna vai ter enzimas que também vai conseguir transformar colesterol em pregnenolona e vai conseguir ter a produção de progesterona e ter enzima para transformar em androstenediona. A androstenediona vai ser absorvida pela célula da granulosa porque a ela secreta aromatase que vai converter os androgênios produzidos nas células de teca, para conseguir produzir os estrogênios, e também vai produzir testosterona (também é convertido em estrogênio). 
5) Gametogênese feminina (ovogênese)
O processo de gametogênese feminino é chamado ovogênese e é responsável pela diferenciação da ovogônia em ovócitos maduros, este processo de maturação inicia-se antes do nascimento e é completado a cada ciclo após a puberdade. A ovogênese continua até a menopausa;
Logo que as células germinativas primordiais chegam ao ovário em formação, elas se diferenciam em ovogônias, por volta da 12ª semana de desenvolvimento, quando termina o período de proliferação, o gameta feminino entra em meiose I e estaciona no estágio de prófase (diplóteno); as células passam a ser ovócito primário que permanece neste estágio até que a menina atinja a maturidade sexual. Uma camada de células epiteliais pavimentosas envolve cada ovócito primário, essa camada associada ao ovócito primário constituio folículo primordial, o número de folículos primordiais chega a 7 milhões no 5° mês de desenvolvimento pré-natal, na puberdade este número é reduzido a cerca de 400.000 e destes aproximadamente 500 serão ovulados; os folículos primordiais são os únicos presentes no nascimento;
Após a puberdade, ciclos mensais de secreção de hormônios controlam um ciclo de maturação mensal de um único ovócito e seu folículo, a cada ciclo, de forma independente da secreção de gonadotrofinas, um grupo de folículos primordiais começam a crescer e as células foliculares tornam-se cuboides ( folículos primários), sob estímulo hormonal, cerca de 15 a 20 folículos primários são estimulados a continuar a maturação;
O epitélio destes folículos prolifera para formar um epitélio estratificado de células foliculares, formando os folículos em crescimento, as células deste epitélio estratificado e o ovócito secretam uma camada de glicoproteínas na superfície do ovócito, formando a zona pelúcida, alguns destes folículos em crescimento degeneram (sofrem atresia), enquanto alguns continuam a crescer e formam-se pequenas cavidades cheias de líquido entre as células foliculares, formando o folículo pré-antral, somente um folículo se torna dominante e os restantes degeneram por atresia; a coalescência das cavidades, formam o antro;
Portanto, este folículo dominante, que atingiu a maturidade completa, é o folículo antral ou folículo maduro de Graaf, em torno desse folículo, o tecido conjuntivo se organizou e se diferenciou nas tecas foliculares: teca interna e teca externa; a teca interna é composta por células que secretam esteroides e é rica em vasos sanguíneos, em cooperação, as células da teca interna e as células foliculares da camada granulosa produzem estrógenos;
Vários folículos começaram a se desenvolver, mas somente um chega à maturidade completa, quando este folículo está maduro, um pulso de hormônio luteinizante induz estimula o ovócito primário do folículo maduro de Graaf a terminar a meiose I, resultando na formação de um ovócito secundário (que recebe a maior parte do citoplasma) e o primeiro corpúsculo polar;
O ovócito secundário logo inicia a meiose II, mas fica parado no estágio de metáfase aproximadamente três horas antes da ovulação (ovocitação), a meiose II só irá se completar caso aconteça a fertilização e, então, será formado o óvulo e o segundo corpúsculo polar e caso isso não aconteça, o ovócito secundário se degenera em aproximadamente 24 horas após a ovulação.
6) Alterações corporais femininas
Aumenta a deposição de gorduras, principalmente, na região do quadril e das mamas, pele mais delicada, crescimento dos pelos, desenvolvimento dos órgãos sexuais ( aumento de tamanho dos ovários, das tubas uterinas, do útero, da vagina e da vulva), regula o ciclo menstrual, alteração na voz, e no humor (TPM), crescimento dos músculos. Tais mudanças se deve ao estímulo dos estrogênios; alterações secretórias no útero, desenvolvimento das mamas. Ocorrem devido o auxílio de progesterona.
7) Ciclo menstrual
As mulheres produzem gametas em ciclos mensais (em média de 28 dias, com variação normal de 24-35 dias). Esses ciclos são comumente denominados ciclos menstruais, uma vez que apresentam um período de 3 a 7 dias de sangramento uterino, conhecido como menstruação. O ciclo menstrual pode ser descrito de acordo com as mudanças que ocorrem nos folículos ovarianos, o ciclo ovariano, ou pelas mudanças que ocorrem no revestimento endometrial do útero, o ciclo uterino. O ciclo ovariano é dividido em três fases: 
1. Fase folicular: A primeira parte do ciclo ovariano, conhecida como fase folicular, é um período de crescimento folicular no ovário. Essa fase é a que tem duração mais variável, de 10 a 21 dias. 
2. Ovulação: Quando um ou mais folículos amadurecem, o ovário libera o(s) ovócito(s) durante a ovulação.
 3. Fase lútea: A fase do ciclo ovariano que segue a ovulação é conhecida como pós-ovulatória ou fase lútea. O segundo nome tem origem na transformação do folículo rompido em um corpo lúteo, assim denominado devido ao pigmento amarelo e aos depósitos de lipídeos. O corpo lúteo secreta hormônios que continuam a preparação para a gestação. Se a gestação não ocorre, o corpo lúteo para de funcionar após cerca de duas semanas, e o ciclo ovariano é reiniciado.
 O revestimento endometrial do útero também segue um ciclo – o ciclo uterino – regulado por hormônios ovarianos: 
1. Menstruação: O começo da fase folicular no ovário corresponde ao sangramento menstrual do útero.
 2. Fase proliferativa: A parte final da fase folicular do ovário corresponde à fase proliferativa no útero, durante a qual o endométrio produz uma nova camada de células em antecipação à gestação. 
3. Fase secretora: Após a ovulação, os hormônios liberados pelo corpo lúteo convertem o endométrio espessado em uma estrutura secretora. Assim, a fase lútea do ciclo ovariano corresponde à fase secretora do ciclo uterino. Se não ocorrer gravidez, as camadas superficiais do endométrio secretor são perdidas durante a menstruação, quando o ciclo uterino inicia novamente.
Durante a fase folicular do ciclo, o estrogênio é o hormônio esteroide dominante. A ovulação é desencadeada pelo pico de LH e de FSH. Na fase lútea, a progesterona é dominante, embora o estrogênio ainda esteja presente. O hormônio anti-mülleriano (AMH) foi inicialmente conhecido pelo seu papel no desenvolvimento masculino, porém os cientistas descobriram que o AMH também é produzido pelos folículos ovarianos na primeira parte do ciclo ovariano. O AMH aparentemente atua como um regulador para evitar que muitos folículos ovarianos se desenvolvam ao mesmo tempo.
FASE FOLICULAR INICIAL: O primeiro dia da menstruação é o dia 1 do ciclo, este ponto foi escolhido como o início do ciclo porque o sangramento menstrual é um sinal físico facilmente observável. Pouco antes do início de cada ciclo, a secreção de gonadotrofinas pela adeno-hipófise aumenta. Sob a influência do FSH, um grupo de folículos ovarianos terciários começa a crescer, e conforme os folículos crescem, as suas células da granulosa (sob a influência do FSH) e suas células da teca (sob a influência do LH) começam a produzir hormônios esteroides. As células da granulosa também começam a secretar AMH. Esse AMH diminui a sensibilidade do folículo ao FSH, o que aparentemente impede o recrutamento de folículos primários adicionais após um grupo ter iniciado o desenvolvimento. As células da teca sintetizam androgênios que se difundem para as células vizinhas da granulosa, onde a aromatase os converte em estrogênios. Gradualmente, os níveis crescentes de estrogênio na circulação têm diversos efeitos, os estrogênios exercem retroalimentação negativa na secreção de FSH e de LH pela adeno-hipófise, o que impede o desenvolvimento adicional de folículos no mesmo ciclo, ao mesmo tempo, o estrogênio estimula a produção de mais estrogênio pelas células da granulosa. Esta alça de retroalimentação positiva permite que os folículos continuem sua produção de estrogênio mesmo que os níveis de FSH e de LH diminuam. No útero, a menstruação termina durante a fase folicular inicial. Sob a influência do estrogênio proveniente dos folículos que estão se desenvolvendo, o endométrio começa a crescer, ou proliferar. Este período é caracterizado por aumento no número de células e aumento do suprimento sanguíneo para levar nutrientes e oxigênio para o endométrio espessado. O estrogênio também estimula as glândulas mucosas do colo do útero a produzirem um muco claro e aquoso.
FASE FOLICULAR TARDIA: Conforme a fase folicular se aproxima do final, a secreção de estrogênio ovariano atinge o seu ponto, neste ponto do ciclo, somente um folículo ainda está se desenvolvendo. Assim que a fase folicular está completa, as células da granulosa do folículo dominante começam a secretar inibina e progesterona, além do estrogênio. O estrogênio, que até então tinha exercido um efeito de retroalimentação negativa sobre a secreção de GnRH na fase folicular inicial, muda para uma retroalimentaçãopositiva, levando ao pico pré-ovulatório de GnRH. Imediatamente antes da ovulação, os níveis persistentemente altos de estrogênio, auxiliados pelos níveis crescentes de progesterona, aumentam a responsividade da adeno-hipófise ao GnRH. Como resultado, a secreção de LH aumenta significativamente, um fenômeno conhecido como pico de LH, o FSH também aumenta, mas em menor grau, presumivelmente por estar sendo suprimido pela inibina e pelo estrogênio. O pico de LH é parte essencial da ovulação, pois ele desencadeia a secreção de inúmeros sinais químicos necessários para os passos finais da maturação do ovócito. A meiose é retomada no folículo em desenvolvimento com a primeira divisão meiótica. Esta etapa divide o ovócito primário em ovócito secundário (2n DNA) e em um primeiro corpúsculo polar (2n), que se degenera. Enquanto essa divisão ocorre, o líquido antral acumula-se, e o folículo cresce, atingindo seu maior tamanho, preparando-se para liberar o ovócito. Os altos níveis de estrogênio na fase folicular tardia preparam o útero para uma possível gestação. O endométrio cresce até uma espessura de 3 a 4 mm. Imediatamente antes da ovulação, as glândulas cervicais produzem grandes quantidades de muco fino e filante (elástico) para facilitar a entrada do espermatozoide. A cena está preparada para a ovulação.
OVULAÇÃO: Cerca de 16 a 24 horas após o pico de LH, a ovulação ocorre, o folículo maduro secreta prostaglandinas e enzimas proteolíticas, como metaloproteinases de matriz (MMPs) que dissolvem o colágeno e outros componentes do tecido conectivo que mantêm as células foliculares unidas. As prostaglandinas podem contribuir para a ruptura da parede folicular em seu ponto mais fraco. O líquido antral jorra do ovário junto com o ovócito, o qual é circundado por duas ou três camadas de células da granulosa. O óvocito é arrastado para dentro da tuba uterina para ser fertilizado ou para morrer.
FASE LÚTEA INICIAL: Após a ovulação, as células foliculares da teca migram para o espaço antral, misturando-se com as células da granulosa e preenchendo a cavidade, ambos os tipos celulares, então, transformam-se em células lúteas do corpo lúteo, esse processo, conhecido como luteinização, envolve mudanças bioquímicas e morfológicas. As células lúteas recém-formadas acumulam gotículas de lipídeos e grânulos de glicogênio em seu citoplasma e começam a secretar hormônios. Conforme a fase lútea progride, o corpo lúteo produz continuamente quantidades crescentes de progesterona, estrogênio e inibina. A progesterona é o hormônio dominante na fase lútea. A combinação de estrogênio e progesterona exerce retroalimentação negativa sobre o hipotálamo e a adeno-hipófise. A secreção de gonadotrofinas, adicionalmente inibidas pela produção de inibina lútea, permanece baixa ao longo da maior parte da fase lútea. Sob influência da progesterona, o endométrio continua sua preparação para a gestação e se torna uma estrutura secretora. As glândulas endometriais enrolam-se e crescem vasos sanguíneos adicionais na camada de tecido conectivo. As células endometriais depositam lipídeos e glicogênio no seu citoplasma. Esses depósitos fornecerão a nutrição para o embrião em desenvolvimento enquanto a placenta, a conexão materno-fetal, está se desenvolvendo. A progesterona também causa o espessamento do muco cervical. O muco mais espesso cria um tampão que bloqueia a abertura do colo uterino, impedindo que bactérias e espermatozoides entrem no útero. Um efeito interessante da progesterona é a sua capacidade termogênica. Durante a fase lútea de um ciclo ovulatório, a temperatura corporal basal da mulher, medida logo que ela acordar pela manhã e antes de sair da cama, aumenta cerca de 0,3 a 0,5°C e permanece elevada até
a menstruação. Como essa mudança no ponto de ajuste da temperatura ocorre após a ovulação, ela não pode ser usada para prever efetivamente a ovulação. Todavia, é uma maneira simples de verificar se a mulher está tendo ciclos ovulatórios ou ciclos anovulatórios (sem ovulação).
FASE LÚTEA TARDIA E MENSTRUAÇÃO: O corpo lúteo tem uma duração intrínseca de aproximadamente 12 dias. Se a gestação não ocorrer, o corpo lúteo sofre apoptose espontânea. Conforme as células lúteas degeneram, a produção de progesterona e de estrogênio diminui. Essa queda retira o sinal de retroalimentação negativa sobre a hipófise e o hipotálamo, e, assim, a secreção de FSH e de LH aumenta. Os remanescentes do corpo lúteo formam uma estrutura inativa, chamada de corpo albicante. A manutenção de um endométrio secretor depende da presença de progesterona. Quando o corpo lúteo degenera e a produção hormonal diminui, os vasos sanguíneos da camada superficial do endométrio contraem. Sem oxigênio e nutrientes, as células superficiais morrem. Cerca de dois dias após o corpo lúteo parar de funcionar, ou 14 dias após a ovulação, o endométrio começa a descamar a sua camada superficial, e a menstruação inicia. A quantidade total de menstruação liberada do útero é de aproximadamente 40 mL de sangue e 35 mL de líquido seroso e restos celulares. Em geral, existem poucos coágulos no fluxo menstrual devido à presença de plasmina, que degrada os coágulos. A menstruação continua por 3 a 7 dias, já na fase folicular do próximo ciclo ovulatório.
 
Fatores Hormonais e a interferência no comportamento da mulher (ciclo estral)
 Estrógeno = maior excitação, simpatia, alegria ( período pré –ovulatório ) – atração
 Progesterona= mais acatada, quieta, sem atração sexual (preparação para a gravidez) duração 5 dias – pós período ovulatório, fase lútea.
8) Eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal feminino com adrenal e tecido adiposo
Eixo Hipotálamo- Hipófise- Gonodal feminino com adrenal e tecido adiposo
· O colesterol (LDL e HDL) são produzido no córtex da glândula adrenal (andrógenos e os corticoides) do lado esquerdo, esses produzem o free colection (FC) ou colesterol livre, ao final , quando sair da mitocôndria, poderá seguir algumas possibilidades, podendo resultar em aldosterona, cortisol ou andosteridiona; tanto o LH quanto o FSH estimulam eventos esterdoigenicos, culminando a produção ovariana de estradiol e progesterona, os dois principais hormônios envolvidos na regulação ovariana e do ciclo reprodutivo;
· Biossíntese dos esteroides dos esteroides sexuais: são produzidos a partir de colesterol, um precursor comum, que pode ser originado da dieta e captado do sangue circulante ou formado no fígado a partir de acetilcoenzima; As células ovarianas também podem sintetizar colesterol de novo. A síntese desse hormônios pode se dar em diferentes tipos de células ovarianas em função da presença das enzimas necessárias e suas respectivas quantidades; assim, o principal hormônio produzido varia de acordo com o tipo de célula onde aconteceu sua síntese (duas vias de síntese, delta 4 e delta 5); A síntese dos esteroides ovarianos ocorre de maneira coordenada e envolve obrigatoriamente os dois tipos de células foliculares, granulares e tecais (modelo duas células- dois hormônios), a progesterona, produzida no ovário e na zona reticulada da glândula adrenal;
· A situação crônica de estresse pode envolver alterações nos eixos HHA e HHG, resultando num quadro de se síndrome metabólica, no qual se observa obesidade visceral ou central, caracterizada pela deposição de gordura na cintura e redução da massa magra ( massa muscular). Mulheres com obesidade visceral apresentam alterações nas secreções de vários esteroides gonadais associados a deficiência ovulatória e oligomenorréica ( redução da frequência de episódios menstruais).
O ACTH estimula a adrenal, hormônio que produz androgênicos para auxiliar na produção de androstenediona, quebra moléculas de lípidio e regula a quantidade de colesterol para a produção de hormônios.
· A função dos andrógenos-adrenais nas mulheres é importante para o crescimento dos pelos e ativação da libido.
9) Métodos contraceptivos 
As práticas contraceptivas podem ser incluídas em diversos grupos. A abstinência, a abstenção total de relações sexuais, é o métodomais seguro de evitar a gestação (e as doenças sexualmente transmissíveis), alguns casais praticam a abstinência somente durante os períodos em que a fertilidade está aumentada, calculados pela utilização de métodos de controle de natalidade baseados na conscientização da fertilidade. A esterilização é o método contraceptivo mais eficaz para pessoas sexualmente ativas, porém é um procedimento cirúrgico e não é facilmente revertido, a esterilização feminina é chamada de ligação tubária Ela consiste na ligação e secção das tubas uterinas, uma mulher com uma ligação tubária ainda ovula, mas os ovócitos permanecem no abdome.
Os métodos de intervenção da contracepção incluem: (1) métodos de barreira, que impedem a união do espermatozoide com o ovócito; (2) métodos que impedem a implantação do ovócito fertilizado; e (3) tratamentos hormonais que diminuem ou interrompem a produção de gametas. A eficácia da intervenção contraceptiva depende em parte de quão constante e corretamente ela é usada.
· Os contraceptivos hormonais, em sua maioria compostos por estrogênio e progesterona sintéticos, agem sobrepujando os hormônios que desencadeiam a ovulação, estes anticoncepcionais têm a função de manter níveis constantes de progesterona e estrogênio, que inibem a secreção hipofisária de LH e FSH através de um mecanismo chamado de “feedback” (ou retroalimentação), mantendo os óvulos "adormecidos" e impedindo a ovulação;
· Quando se inicia o uso de anticoncepcional, a concentração destes hormônios muda: deixam de existir os picos e o nível de estrogênio e progesterona associados passa a ser constante.
Métodos de barreira: os métodos contraceptivos com base em barreiras químicas ou físicas estão entre os métodos de controle de natalidade mais facilmente lembrados:
Diafragma - membrana de borracha em forma de cúpula e uma versão menor, denominada capuz cervical, são geralmente preenchidos com creme espermicida e depois inseridos no topo da vagina para cobrir o colo do útero. Uma vantagem do diafragma é que ele não é hormonal. Quando usado de forma apropriada e regularmente, o diafragma é bastante eficaz (97-99%).
Esponja contraceptiva - que contém um espermicida (mata os espermatozoides) químico. É feita de poliutetano em formato de um disco pequeno, contendo uma cavidade ao meio e uma alça (para facilitar na remoção), ao ser inserida, a esponja vai bloquear a entrada do colo uterino ao mesmo tempo que libera o espermicida presente nela, as duas juntas vão impedir a entrada dos espermatozoides.
A barreira contraceptiva do homem é o preservativo, uma versão feminina do preservativo também está disponível comercialmente, ela recobre o colo do útero e reveste completamente a vagina, fornecendo mais proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Prevenção da implantação: Alguns métodos contraceptivos não impedem a fertilização, mas impedem que o ovócito fertilizado se implante no endométrio, eles incluem tanto os dispositivos intrauterinos (DIUs) quanto o uso de compostos químicos que mudam as propriedades do endométrio. Os DIUs são dispositivos de plástico envolto em cobre que são inseridos dentro da cavidade uterina, onde matam os espermatozoides e criam uma leve reação inflamatória que impede a implantação, eles têm baixas taxas de falha (0,5% ao ano), mas os efeitos colaterais variam desde dor e sangramento até infertilidade causada por doença inflamatória pélvica e bloqueio das tubas uterinas. Alguns DIUs contêm hormônios semelhantes à progesterona.
Tratamentos hormonais: Técnicas que diminuem a produção de gametas dependem da alteração do ambiente hormonal do corpo. Nos séculos passados, as mulheres ingeriam ou bebiam misturas de várias plantas para obter contracepção. Algumas dessas substâncias realmente funcionavam porque as plantas continham compostos semelhantes ao estrogênio. A farmacologia moderna tem aprimorado este método, e hoje as mulheres podem escolher entre pílulas contraceptivas orais, injeções que duram meses ou anel vaginal contraceptivo. 
As pílulas contraceptivas orais baseiam-se em várias combinações de estrogênio e progesterona, que inibem a secreção de gonadotrofinas pela hipófise, sem níveis adequados de FSH e de LH, a ovulação é suprimida. Além disso, a progesterona presente nas pílulas contraceptivas torna o muco cervical espesso e ajuda a impedir a penetração dos espermatozoides. Estes métodos hormonais de contracepção são muito eficazes quando usados corretamente, mas também trazem alguns riscos, como o aumento na incidência de formação de coágulos sanguíneos (trombos) e de acidente vascular encefálico (principalmente em mulheres fumantes). 
A injeção injetável é um método que traz a progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração, possui o mesmo mecanismo de ação das tradicionais pílulas anticoncepcionais, pois suspende a ovulação, reduz a espessura endometrial e espessa o muco cervical. 
O anel vaginal é um tipo de método que é feito de silicone e que é inserido na vagina, libera na circulação sanguínea os hormônios etonogestrel e etinilestradiol, que impedem a liberação do óvulo pelos ovários. Esse método deve ser utilizado durante 3 semanas seguidas e depois deve ser retirado e fazer uma pausa de 1 semana.
Tutoria 3
1) Fertiliação de fecundação
Fertilização é uma complexa sequência de eventos moleculares coordenados que se iniciam com o contato entre o espermatozoide e o ovócito e termina com a fusão dos prónúcleos feminino e masculino, formando o zigoto de 46 cromossomos. Começa com a liberação do óvulo e da entrada de espermatozoides na vagina, devido ao ato sexual. A fertilização é quando o óvulo se torna capaz de gerar uma vida, ou seja, após a fecundação, ocorrerá as divisões celulares, terminará com a mistura de cromossomos na formação do zigoto.
Fecundação é momento em que há encontro do espermatozóide com o ovócito 2º. É uma parte da fertilização, em que o espermatozoide entra no óvulo. É um processo que leva 24h, normalmente, ocorre na ampola da tuba uterina. 
2) Caminho da fertilização
Durante a fertilização, o material genético de um espermatozóide haplóide e um oócito haplóide se fundem em um núcleo diplóide único, normalmente ocorre na tuba uterina 12 a 24 horas após a ovulação (o espermatozóide pode permanecer viável durante aproximadamente 48 horas após a deposição na vagina). Os espermatozóides se deslocam da vagina em direção ao canal do colo do útero por movimentos semelhantes a chicotadas dos flagelos. A passagem dos espermatozóides pelo restante do útero e, então para as tubas uterinas resulta principalmente de contrações das paredes desses órgãos (acredita-se que as prostaglandinas do sêmem-sinais químicos similares a hormônios- estimulem a motilidade uterina no momento da reação sexual e auxiliam na circulação dos espermatozóides ao longo do útero e para dentro da tuba). Os espermatozóides que alcançam a vizinhança do oócito, minutos após a ejaculação, não conseguem fertilizá-lo até aproximadamente 7 horas depois. Durante esse tempo, no sistema feminino, na tuba uterina, os espermatozóides passam pela capitação, que é necessário para a fertilização do óvulo, embora os espermatozóides sejam considerados “maduros” quando deixam o epidídimo, sua atividade é mantida sob controle por fatores inibitórios secretados pelo epitélio do ducto genital, por isso, quando são lançados inicialmente no sêmem, são incapazes de fertilizar o óvulo, no entanto, ao entrar em contato com os líquidos do trato genital feminino, ocorrem mudanças, alterações funcionais que ativam o espermatozóide para os processos finais da fertilização, essas alterações são chamadas de capitação do espermatozóide, normalmente requerem de 1 a 10 horas e fazem com que a cauda do espermatozóide se mova ainda mais vigorosamente e prepare a sua membrana plasmática para se fundir com a membrana plasmática do oócito. Durante a capacitação, os espermatozóides são influenciados por secreções do sistema genital feminino que resultam na remoção do colesterol,das glicoproteínas e das proteínas da membrana plasmática em torno do acrossomo, o possibilitando a chegar na região da coroa radiata. Para que uma fertilização ocorra, um espermatozóide precisa primeiro penetrar duas camadas: a coroa radiata (células granulosas que circundam o oócito secundário), bem como a zona pelúcida (camada de glicoproteína clara entre a coroa e a membrana plasmática do oócito). O acrossomo contém várias enzimas acrossomais, e essas e os fortes movimentos da cauda do espermatozóide, ajuda eles a penetrar nas células da coroa radiata e entrar em contato com a zona pelúcida. Uma das glicoproteínas da zona pelúcida, chamada ZP3, atua como um receptor de espermatozóides. Sua ligação às proteínas da membrana do acrossomo, desencadeia a reação acrossomal, que é a liberação do conteúdo do acrossomo, após o encontro na zona, todo o acrossomo se dissolve e todas as enzimas são liberadas em alguns minutos, essas enzimas abrem uma via de penetração para a passagem do acrossomo através da zona para dentro do óvulo, em 30 minutos, as membranas celulares do acrossomo e do oócito se fundem formando uma só célula, ao mesmo tempo os materiais genéticos do espermatozóide e do oócito se combinam para formar um genoma celular completamente novo, contendo as mesmas quantidades de cromossomos e genes do pai e da mãe.
3) Fertilização in vitro (FIV)
· É a fertilização fora do útero
· “bebê de proveta” – antigamente
PROCESSO:
1º A primeira coisa a se fazer é causar um estímulo hormonal na mulher, para que ela possa produzir o oócito;
2º Pegar o oócito (tirar da onde ele foi produzido) e colocar na Placa de Patrick, ai começa o processo de fertilização fora do corpo;
3º Pega o espermatozóide capacitado e coloca dentro do oócito;
4º Depois que foi feito uma fecundação in vitro, quando estiver num estágio de 4 a 8 células, vai colocar um catéter e colocar dentro do útero da paciente (vai injetar os óvulos fertilizados, “pré embrião”), para ter a implantação e o início da gestação.
· Dependendo do país, pode colocar mais de um oócito, por isso pode acontecer gestações múltiplas (gêmeos, trigêmeos...)
· É um procedimento caro e trabalhoso
4) Processo de fecundação
Primeiro , a fecundação estimula o oócito a completar a 2ª divisão meiótica, restaura o número diplóide normal de cromossomos (46) no zigoto, resulta na variação da espécie humana por meio da mistura de cromossomos paternos e maternos, determina o sexo cromossômico do embrião, causa a ativação metabólica da da oótide (oócito quase maduro) e inicia a clivagem do zigoto, e é uma sequência de eventos cordenados , que são as fases da fecundação: 
· Passagem de um esperma através da coroa radiata, eles chegam até aqui porque existe uma série de quimiotaxias, algumas reações entre carboidratos e proteínas da superfície dos gametas fazem com que os espermatozóides caminhem em direção do oócito. Para penetrar na coroa, o espermatozóide vai liberar hialuronidade, é o tipo de enzima que vai fazer com que o espermatozóide possa destruir uma parte da coroa radiata e penetrar, mas de acordo com o Moore, algumas enzimas da mucosa da tuba também parecem auxiliar a dispersão;
· Conexão, penetração da zona pelúcida, vai ter a reaçao acrossomal e o acrossomo vai liberar acrosinas, que vão digerir a zona pelúcida, para o espermatozóide poder se conectar ao citoplasma , a superfície do oócito;
· Fusão da membrana plasmática do espermatozóide e do oócito, o espermatozóide penetra na zona pelúcida, tanto a cabeça quando a cauda vão entrar, o resto não entra, nem a membrana e nem as mitocôndrias (por isso que os filhos não têm as mitocôndrias do pai, só as da mãe, é até uma forma de identificar, em última análise, se a pessoa é filha da mãe), e quando entra, tem alguns conteúdos dos grânulos corticais, eles vão ser liberados em todo o espaço perivitalino, e vai ter uma reação da zona pelúcida, chamada reação zonal, que vai impedir a entrada de qualquer outro espermatozóide (por isso somente 1 espermatozóide se fertiliza);
· Término da 2ª divisão meiótica do oócito e formação do pronúcleo feminino, quando o espermatozóide penetra o oócito, este é ativado e termina a 2ª divisão meiótica formando um oócito maduro e um segundo corpo polar, em seguida os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do oócito maduro se torna o pronúcleo feminino;
· Formação do pronúcleo masculino, dentro do citoplasmado oócito, o núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino, e a cauda degenera. Durante o crescimento dos pronúcleos, eles replicam o seu DNA, ou seja, vão ficar com 46 cromossomos cada um, o oócito contendo os dois pronúcleos haplóides é denominado oótide, e logo que os pronúcleos se fundem em um único agregado diplóide de cromossomos, a oótide se torna um zigoto.
5) Principais ventos que ocorrem desde a formação do zigoto até o final do desenvolvimento embrionário 
· Clivagem do zigoto: ocorre quando o zigoto passa pela tuba em direção ao útero com início 30 horas após a fecundação, consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em rápido aummento do número de células, essas células embrionárias (blastômeros) tornam-se menores a cada divisão por clivagem. O zigoto situa-se dentro da espessa zona pelúcida, as divisões subsequentes seguem-se uma após a outra, formando blastômeros menores, após o estágio de 9 células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam com os outros para formar uma bola compacta de células, esse fenômeno é a compactação (a compactação ocorre no 3º dia, as células se comunicam, tem uma junção estreita) mediado por glicoproteínas de adesão da superfície celular, possibilita uma maior interação célula-célula e é um pré-requisito para a separação das células internas que formam o embrioblasto (massa celular interna) do blastocisto. Quando existem 12 a 32 blastômeros, essa estrutura compacta vai se organizar, o ser humano em desenvolvimento, chamado mórula, ela se organiza em células internas e externas, as internas se organizam em embrioblasto (da origem ao tecido do embrião) e as externas em trofoblasto (da origem a placenta).
· Formação do blastocisto - blastogênese: logo após a mórula ter alcançado o úteo (cerca de 4 dias após a fecundação), ela vai começar a ter certas reações e aaquele líquido de dentro do útero vai começas a penetrar na mórula através da zona pelúcida, entre o embrioblasto e trofoblasto, vai ter a formação de uma cavidade cheia de líquido dentro, a cavidade blastocística, então vai se formar o blastocisto. Esse blastocisto vai ficar no útero durante 2 dias livremente, durante esses dias a zona pelúcida vai se degenerando e esse blastocisto vai aumentando e ele se nutre pelas secreções liberadas pelas glândulas uterinas. A partir do 6ª dia, vai ocorrer a nidação, pós fecundação, o blastocisto vai se aderir ao endométrio e começar a se proliferar muito rápido, e vai ter a formação de 2 tecidos: o trofoblasto vai se diferenciar em sinciciotrofoblasto (parte em conexão com o endométrio) e a parte mais externa, o citotrofoblasto (o sinciciotrofoblasto vai penetrar e invadir o tecido epitelial do endométrio, e vai fazer com que a implantação seja mais efetiva, vai conseguir invadir e grudar o blastocisto ao endométrio). Finalizando a 1ª semana, vai ter um blastocisto implantado, se nutrindo dos nutrientes que vem do tecido materno, e surge também uma camada nova, cubóide que são os hipoblasto, e o blastocisto passa a ter 2 polos, um que está conectado do endométrio, o polo embrionário, e outro, não embrionário. 
SEGUNDA SEMANA
A segunda semana começa lá pelo 8º dia, a massa celular interna vai se dividir em hipoblasto e epiblasto e essas duas dão origem ao disco embrionário bilaminar (porque é um tecido em cima do outro) ou disco embrionário.
HIPOBLASTO EPIBLASTO
-células cúbicas -célula cilíndrica
-camada fina -camada espessa-contato direto com a cavidade exocelômica -contato com cavidade amniótica
· O epiblasto começa a se diferenciar (está em contato com o citotrofoblasto, inclusive, é ele o responsável por essa diferenciação), então as células que estão em contato com o citotrofoblasto vão virar os amnioblastos (células formadoras de amnio), essas células vão criar uma cavidade com um líquido (que é o âmnio) que é a cavidade amniótica. O hipoblasto começa a se diferenciar em uma membrana chamada membrana exocelômica, e ela vai formar uma cavidade, a cavidade exocelômica (ou vesícula primitiva ou primária). 
· Quando vai chegando no 10º dia, todo blastocisto já está está quase dentro da parede do útero, e tem um fechamento por onde o blastocisto entrou por um coágulo de fibrina, começa a ter dentro do sinciciotrofoblasto a formação de lacunas que vão se conectando uma com as outras, nessa fase lacunar, ele vai penetrando no endométrio até que vai erodir os vasos que faz com que o sangue materno penetre no espaço lacunar, com esse espaço cheio de sangue, vai ter o início da circulação útero-placentária, o sangue da mãe entrando para o sinciciotrofoblasto, conexão entre sangue materno e embrião. Entre o citotrofoblasto e a membrana exocelômica começa a formar um tecido meio frouxo, o mesoderma extraembrionário (envolve toda a massa), num dado momento do 10º dia ele vai ocupar toda a circunferência e dá uma crescida, e vai se diferenciar em 2 partes (interna- mesoderma extraembrionário esplâncnico, e a externa- mesoderma extraembrionário somático) e passa a ter uma cavidade, a cavidade coriônica, e a antiga cavidade exocelômica passa se chamar vesícula primiriva secundária (criação de um novo espaço).
· O mesoderma extraembrionário não envolve a totalidade, tem um pedículo embrionário que vai permitir a conexão da rede vascular para ela penetrar por dentro desse pedículo, e lá que vai ser o “fututo cordão umbilical”.
· Existe um tipo de reação que começa a acontecer dentro do endométrio, a reação decidual (o endométrio se preparando para poder nutrir o embrião), as células vão ficando mais poliédricas, e começas a pegar do sangue materno, glicogênio e lipídeo e vai acumulando dentro dela, para virar uma reserva energética para o embrião.
· O citotrofoblasto começa a ter vilosidades que vão começas a aparecer por causa do mesoderma, são as vilosidades coriônicas primárias (então há uma sinalização pelo mesoderma que vai formando essas digitações para dentro do sinciciotrofoblasto, e o sincicio vai ocupar todo o envoltório).
· No momento da 2ª semana, o sinciciotrofoblasto começa a produzir HCG (gonadotrofina coriônica humana- hormônio da gravidez) para crescimento do próprio sinciciotrofoblasto e para formar artérias espiraladas (que são artérias que vão nutrir o embrião. É importante, porque com esse hormônio que da para descobrir uma gestação (teste positivo) já na 2ª semana (mas não o teste do xixi, e sim o teste radioimunoensaio).
TERCEIRA SEMANA
· Glastulação: começa no epiblasto, vai ter uma migração de células e vai começar a formar uma linha primitiva (mais evidente lá para o 15º dia), com essa migração de células, vai ter um movimento celular em que existe uma liberação de um fator de crescimento (FGF8-fator de crescimento de fibroblasto) que vai promover essa migração, então as células saem de alguma região do epiblasto e vão migrar para a linha primitiva e para o nó primitivo ou nó de Hensen (parte superior da linha) e vão fazer um movimento, a invaginação, que é o processo em que as células que migraram descem e se posicionam entre o epiblasto e o hipoblasto, vão formar uma camada nova, a mesoderma, ai vai ter a diferenciação de três tecidos: o que antes era epiblasto, agora é ectoderma, as células que invaginaram é o mesoderma, e lá embaico, o que era o hipoblasto virou endoderma, mas dependendo de cada região que as células migraram e em que ponto que elas chegaram e invaginaram, eles vão formar um mesoderma diferente (notocorda, paraxial, intermediário, placa lateral e extraembrionário) que vai dar origem a um tecido diferente mais para frente.
 
· Notocorda: as células que migram, descem pelo nó e depois migram para o mesoderma e se posicionam entre o nó e a membrana orofaríngea, essa região é chamada placa pré-cordal, quando tem o processo de migração, ela vai se formar do nó para a região cefálica, e existe um cordão celular que vai se posicionar nessa região, chamado processo notocordal (ou seja, um mesoderma que fica na regial da placa pré-cordal), quando se forma esse processo, tem também um canal que se forma dentro dele, então tem um canal que vai se desenvolver dentro do processo, passando a ter um teto e um assoalho (porque vai ter processo em cima e embaixo, o canal fica no meio)
A região do assoalho começa a sofrer fusão com o hipoblasto e forma a placa notocordal, essa placa se dobra e forma a notocorda, ela se forma da região cefálica e vai se estendendo para a caudal, quando chega nessa região, ainda tem a formação de um canal que conecta a região da cavidade amniótica com a vesícula vitelínica, o canal reuroentérico (depois ele se fecha).
Na parte caudal, tem a membrana cloacal, nessa região só tem ectoderma junto com endoderma, quando se forma a membrana cloacal, o endoderma sofre uma digitação, um divertículo de endoderma, esse divertículo é o alantóide ( evaginação), surge por volta do 16º dia, tem importância na formação de algumas doenças congênitas da bexiga (más formações).
· Neurulação: é a formação do tubo neural a partir do ectoderma do embrião, refere-se ao processo de dobramento em embriões de vertebrados, que inclui a transformação da placa neural no tubo neural, o embrião nesta fase é denominado nêurula. A neurulação inicia-se com o dobramento inicial da placa neural ao longo de sua linha média, gerando o sulco neural. Este funcionará como uma dobradiça, ao redor da qual duas pregas neurais se curvarão, ao encontrarem-se dorsalmente, estas se fundem, formando um tubo cuja a luz é o canal neural, com a fusão das pregas neurais, estas perdem contato com o ectoderma adjacente que se fundem na periferia do disco embrionário enquanto o tubo neural afunda, localizando-se logo abaixo.
O fechamento do tubo neural ocorre bidirecionalmente, iniciando-se na futura região occipto-cervical . O canal neural assim recém formado se comunica diretamente com a cavidade amniótica nas suas duas extremidades através de duas aberturas denominadas de neuroporos (cranial e caudal). O neuroporo cranial finalmente se fecha por volta do vigésimo quarto dia de desenvolvimento embrionário humano, e o neuróporo caudal cerca de dois dias depois.
A medida que a neurulação ocorre, uma população especial de células na borda entre a placa neural e o ectoderma, as células da crista neural se delaminam e migram, dispersando-se pelo disco embrionário e originando uma enorme variedade de estruturas e tipos celulares, tanto neuronais como não neuronais. Com algumas poucoas exceções, todos os ganglios do sitema nervoso periferico derivam de populações da crista neural, como tambem dela derivam os melanócitos da epiderme, alguns componentes do coração, os odontoblastos e as cartilagens dos arcos branquiais.
QUARTA SEMANA
Durante a 4ª semana, o embrião passa por mudanças em sua forma e tamanho, ele é convertido de um disco embrionário bidimensional em um cilíndro trilaminar tridimensional, em um processo de dobramento do embrião.
O cilindro é composto por endoderme no centro (intestino), ectoderme do lado de fora (epiderme) e mesoderme no meio. A principal força responsável pelo dobramento são as diferentes taxas de crescimento de várias partes, especialmente o crescimento longitudinal rápido do sistema nervoso (tubo neural).
O dobramento ocorre nos planos mediano e horizontal, o mediano produz uma prega cefálica e uma prega caudal, o horizontal resulta em duas pregas laterais. Em geral, em decorrência dos dobramentos, o embrião se curva em forma de C. A cefálica leva o coração e a boca em desenvolvimentoàs suas posições no adulto, a caudal traz o ânus para a sua posição adulto. As laterais se formam conforme as margens laterais do disco trilaminar se curvam, conforme se movem em direção à linha média, as laterias incorporam a parte dorsal do saco vitelino do embrião com o intestino primitivo (o percursor do sistema digestório), ele se diferencia em intestino anterior, intestino médio e intestino posterior; o intestino anterior localiza-se entre o prosencéfalo e o coração primitivo, e a membrana bucofaríngea separa o intestino anterior do estomodeu (futura cavidade oral). Por causa da cefálica, a membrana bucofaríngea se move para baixo e o intestino anterior e o estomodeu se aproximam de suas posições finais. 
Quando a membrana se rompe durante a 4ª semana, a região faríngea é posta em contato com o estomodeu. Em um embrião em desenvolvimento, a última parte do intestino posterior se expande em uma cavidade chamada cloaca (bexiga urinária e o reto). Na parte externa do embriao será uma pequena cavidade na região caudal chamada de proctodeu, e, separando a cloaca do proctodeu está a membrana cloacal (futuro ânus). Durante o desenvolvimento embrionário, a cloaca se divide em um seio urogenital ventral e um canal anorretal dorsal.
Como resultado do dobramento da cauda, a membrana cloacal se move para baixo e o seio urogenital, o canal anorretal e o proctodeu se aproximam de suas posições finais. Quando as membranas cloacais se rompem durante a 7ª semana, criam-se aberturas urogenital e anal. 
Além do dobramento embrionário, desenvolvimento e etc, cinco arcos faríngeos começam a se desenvolver em cada um dos lados das futuras regiões da cabeça e pescoço, esses pares começam o seu desenvolvimento no 22º dia e formam intumescências (inchaço) na superfície do embrião. Cada arco consiste em um revestimento externo de ectoderme e uma cobertura interna de endoderme, com mesoderme entre elas. Na superfície ectodermica da região faríngea, cada arco é separado por uma rachadura chamada de fenda faríngea (encontra elevações em forma de balão correspondentes ao revestimento endodérmico faríngeo chamadas bolsas faríngeas).
No embrião humano existem 4 arcos faríngeos distintos e 2 menos óbvios. Também no 22º dia, o primeiro sinal de uma orelha em desenvolvimento é uma área espessa da ectoderme, o placóide ótico (futura orelha), pode ser distinguida e a espessa da ectoderme chamada placóide da lente se tornará o olho. Por volta da metade da 4ª semana, os membros superiores começam a se desenvolver como elevações de mesoderme recobertas por ectoderme chamadas brotos dos membros superiores. No final, desenvolvem-se os brotos dos membros inferiores.
O coração também forma uma projeção na superfície chamada proeminência do coração, e, o embrião tem uma cauda distinta.
QUINTA SEMANA
Na 5ª semana, o crescimento da cabeça excede o de outras regiões, o alargamento da cabeça resulta do rápido desenvolvimento do encéfalo e das proeminências faciais. A face logo faz contato com a proeminência cardíaca, o rápido crescimento do 2º arco faríngeo sobrepõe aos terceiros e quartos, formando uma depressão lateral de cada lado, o seio cervical. 
As cristas mesonéfricas indicam o local do desenvolvimento dos rins mesonéfricos.
SEXTA SEMANA
Embriões na 6ª semana mostram movimentos espontâneos como contrações no tronco e nos membros em desenvolvimento, tem sido relatado que embriões nesse estágio apresentam respostas reflexas ao toque.
Os membros superiores começam a mostrar uma diferenciação regional, como o desenvolvimento do cotovelo e das grandes placas nas mãos, os primórdios dos dígitos (dedos) ou raios digitais, iniciam seu desenvolvimento nas placas das mãos. 
O desenvolvimento dos membros inferiores ocorre durante a 6ª semana, 4 a 5 dias após o desenvolvimento dos superiores, várias pequenas elevações, as saliências auriculares, que se desenvolvem ao redor do sulco ou fenda faríngea entre os 1ºs e 2ºs arcos. Esse sulco torna-se o meato acústico externo (canal da orelha externa) e as saliências contribuem para a formação da aurícula (pavilhão- a parte em forma de concha da orelha).
Os olhos são notáveis pela formação do pigmento de retina. A cabeça é muito maior do que o tronco e está dobrada sobre a proeminência cardíaca. O tronco e o pescoço começam a endiretar-se e o intestino penetra no celoma extraembrionário, essa herniação umbilical é um evento normal.
SÉTIMA SEMANA
Chanfraduras aparecem entre os raios digitais (para separar as áreas das placas das mãos e dos pés). 
A comunicação entre o intestino primitivo e a vesícula umbilical está reduzida. O pedículo vitelino torna-se ducto onfoloentérico e a ossificação dos ossos dos membros superiores se inicia.
OITAVA SEMANA
Última semana do período embrionário. Os dedos das mãos estão separados porém unidos por uma membrana visível.
As chanfraduras estão nitidamente visíveis entre os raios digitais dos pés.
A eminência caudal ainda está presente, mas é curta.
O plexo vascular do couro cabeludo aparece e forma uma faixa característica ao redor da cabeça, e, no final, todas as regiões dos membros estão aparentes e os dedos são compridos e completamente separados.
A ossificação primária inicia-se no fêmur, a eminência caudal desaparece e tanto as mãos como os pés se aproximam uns dos outros ventralmente.
No final, o embrião possui características humanas distintas, entretanto, a cabeça é ainda desproporcionalmente grande, constituindo quase a metade do embrião.
O pescoço está definido e as pálpebras evidentes, elas estão se fechando e ao final da 8ª semana começam a se unir por fusão epitelial. 
Apesar de existirem diferenças sutis entre os sexos, elas não são distintas o suficiente para permitir uma identificação precisa.
6) Tipos de células tronco e suas potencialidades
As células-tronco são células não especializadas que têm a capacidade de se dividir por períodos indefinidos e dar origem a células especializadas. 
· Célula tronco embrionária/ célula pluripotentes: capaz de se transformar em qualquer tipo de célula adulta. Encontrada no embrião ( blastocisto – 4 a 5 dias, através da massa celular interna); 
· Célula-tronco adulta: encontram-se principalmente na medula óssea e no sangue do cordão umbilical. Podem ser chamadas de multipotentes por serem menos versáteis que as embrionárias;
· Célula- tronco pluripotente induzida: células extraídas para reprogramação. O processo se dá através da inserção de um vírus contendo 4 genes, este se insere no DNA da célula adulta, reprogramando o código genético. Com isso, as células voltam ao estágio de uma célula tronco embrionária, possuindo característica de auto renovação e capacidade de se diferenciar em qualquer tecido; 
Obs: Retirado de fetos inviáveis ou congelados. Utilização recente (2007)- necessário comitê de ética e aprovação dos genitores;
7) Ácido fólico no desenvolvimento embrionário
· O ácido fólico é um dos elementos nutritivos mais importantes para o bebê, é também conhecido como vitamina B9 e é encarregado de reduzir o risco de deficiência no cérebro e na coluna vertebral do bebê. 
· É uma vitamina presente nos alimentos, pode ser encontrados em frutas como melão, melancia, morango e laranja e também em todos os vegetais de folhas verdes escuras e grãos como lentilha e feijão.
· O ácido fólico não é benéfico só na gravidez, pois é um elemento importante na produção de glóbulos vermelhos, que previne doenças do coração.
· Antes da gravidez o ácido fólico age diretamente na qualidade do óvulo, aumentando seus sinais químicos, por exemplo, quando tomado é um dos responsáveis por estimular os hormônios sexuais femininos ajudando na ovulação.
· Durante a gravidez também atua na formação do tubo neural do feto (estimulando a formação das pregas neurais e preenchimento do tubo neural), contribuindo para a formação correta do cérebro e da coluna, o que evita má formação, além de auxiliar na hematopoese fetal, que é a formação de leucócitos e da placenta.
· Uso de 0,8 mg reduz a incidência de malformação do tubo neural,

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