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FACULDADE FUTURA NOVAS TECNOLOGIAS E TECNOLOGIA ASSISTIVA VOTUPORANGA – SP http://faculdadefutura.com.br/ 1 O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO EDUCATIVO Fonte: www.rioeduca.net As políticas sociais vêm transformando as relações de trabalho, através da inserção das tecnologias digitais, de forma significativa no cotidiano dos profissionais de todas as áreas. Impulsionado pelos avanços tecnológicos, o professor modifica sua prática pedagógica, utilizando-se de ferramentas que não tem conhecimento, em nome do valor dado ao acesso rápido e estratégico de informações. Com relação à prática pedagógica, por mais que a educação se transforme com um emprego de novas metodologias e tecnologias, o professor, através da sua postura e do seu conhecimento, é quem efetiva a utilização desse aparato tecnológico e científico. Dessa forma, redimensiona o seu papel, deixando de ser o transmissor de conhecimento para ser o estimulador. “O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante” (MORAN, 1995). Ao estruturar sua proposta pedagógica, utilizando tecnologia digital, o professor precisa estabelecer vínculos com os alunos, conhecer seus interesses, saber o que o aluno já sabe, o que o aluno não sabe e o que ele gostaria de saber. Motivar o aluno a fazer parte da proposta pedagógica, colocando-o a par sobre o que http://faculdadefutura.com.br/ será abordado e convidando-o a contribuir. "Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender” (MORAN, 2000). O professor detém um lugar de destaque na aprendizagem porque possui uma formação específica, sendo legitimado por sua formação acadêmica para trabalhar nessa área. Para que a atuação do professor seja satisfatória, ele necessita estar constantemente se atualizando e estudando sempre. A formação continuada do profissional é processo constante, permitindo a análise da teoria na prática, além de desenvolver o senso reflexivo sobre a sua atuação. Porém, a realidade, nem sempre, proporciona isso devido à pequena disponibilidade de tempo ou à distância, o que vem sendo resolvido com os cursos a distância. Segundo Pedro Demo, 1998, o professor moderno apresenta, ou deveria apresentar, algumas características a comentar. O professor deve ser um pesquisador, assumindo um compromisso com o questionamento reconstrutivo a fim de ultrapassar a simples socialização do conhecimento. Para tanto, é fundamental a consciência crítica, o questionamento para a construção ou para a realização de intervenção alternativa. O professor ao estruturar o planejamento da sua aula e ao utilizar novas técnicas estará experimentando outras propostas pedagógicas, qualificando o processo de ensino aprendizagem. A realidade mostra um quadro um pouco diferente. Para pesquisar é necessário tempo, e o professor, que se encontra em sala de aula, por vezes com uma sobrecarga de trabalho, não encontra este tempo para a pesquisa, para criar novas propostas de aula. Outro fator importante da prática pedagógica é a faculdade do professor elaborar por si próprio seu material como marca de teor emancipatório e de autonomia, fundamentado teoricamente. A experiência pela experiência leva a um caminho perigoso, o do “achismo”. O professor acha que o seu aluno está aprendendo sem fazer uma avaliação teórica da situação. O acesso à Internet é uma ferramenta que pode facilitar na inovação de propostas pedagógicas alternativas, bem como no contato com o conhecimento de ponta para poder comparar e avaliar as propostas. Isso se faz possível, uma vez que as escolas se encontram equipadas tecnologicamente. http://faculdadefutura.com.br/ A teorização da prática faz parte da atuação pedagógica. Com o confronto entre teoria e prática, surge uma relação dialética que garante um processo construtivo da aprendizagem. “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo” (FREIRE, P., 1998, P.24). O professor também necessita de atualização permanente, buscar sempre informações, saber o que está acontecendo, estar consciente da relação entre os diferentes saberes. Saber somente sobre a sua área de atuação não é mais suficiente para atender as necessidades dos alunos. Isto não quer dizer que o professor precise saber tudo, mas sim, saber o que o aluno quer conhecer. O processo educativo precisa estar vinculado ao contexto social, em que o sujeito - aluno - está inserido. Isso irá implicar em conhecer e usar instrumentação eletrônica, bem como outros recursos pedagógicos. Uma questão que envolve a prática educativa relaciona-se com a avaliação, sendo necessário que o professor reveja sua teoria e prática dessa etapa. A avaliação permite acompanhar o aluno e verificar o seu processo de aprendizagem, para dar continuidade na construção do conhecimento através de propostas específicas. Portanto, ela exige do professor dedicação e sensibilidade. Antes de falar sobre o professor frente ao uso da tecnologia digital na educação, faz-se necessário uma pequena explanação sobre estas tecnologias, como propostas metodológicas e como ferramentas de aprendizagem. http://faculdadefutura.com.br/ 11 O USO DA TECNOLOGIA DIGITAL Fonte: www.google.com.br Dentro desse novo panorama, importante, sem sombra de dúvidas, é a questão da possibilidade de uso do computador, da informática, pelo professor na educação, sendo o computador uma forma de mídia educacional em que a abordagem pedagógica é auxiliada por esta ferramenta. Através do computador, é possível repassar a informação para ser processada em conhecimento com a criação de ambientes de aprendizagem e a facilitação do processo do desenvolvimento intelectual do aluno. O professor tem a sua disposição uma série de ferramentas, que podem ser utilizadas através do computador, como as listadas abaixo, que possibilitam a incrementação de sua prática pedagógica: Teleconferência: a teleconferência permite que um especialista esteja em contato com telespectadores das mais diversas e distantes regiões do mundo, esta atividade permite que informações e experiências sejam transmitidas, reforçando-se o aspecto do ensino. Para que haja um processo de aprendizagem, essa técnica deve ser precedida de estudos sobre o tema, com um preparo prévio da conferência para a realização de um debate e não um monólogo. Outro ponto é a necessidade da continuidade da atividade que se integra a uma teleconferência, esta não pode ser um acontecimento isolado. http://faculdadefutura.com.br/ Videoconferência: a videoconferência possibilita o encontro de várias pessoas, localizadas em espaços diferentes. Através da videoconferência as pessoas podem trocar áudio, vídeo, trabalhar juntas através dos recursos de compartilhamento e construir esquemas ou gráficos no quadro de comunicação. Chat ou bate-papo: funciona como uma técnica de brainstorm, momento em que todos os participantes interagem sincronicamente, expressando suas ideias de forma livre. Permite conhecer as manifestações espontâneas dos participantes sobre determinado tema, possibilita uma discussão mais profunda e motiva o grupo para um assunto. Esta técnica acontece numa velocidade surpreendente, podendo haver a manifestação simultânea de todos, o que requer um acompanhamento do professor orientando a atividade e também tomando cuidado para não entrar a todo o momento nas manifestações. Listas de discussão: cria online grupos de pessoas que debatem sobre um assunto que tenham interesse. O objetivo da lista é avançar os conhecimentos, as informaçõese experiências, para trabalhar as ideias iniciais. As listas de discussão exigem um tempo maior para o preparo dos textos a serem colocados na lista. Trata- se de uma reflexão contínua, de um debate fundamentado de ideias. Não se fecha o assunto, e como funciona não necessariamente online simultaneamente, exige tempo para ser realizada. As listas são criadas utilizando-se o correio eletrônico. Correio eletrônico – e-mail: este recurso permite a interação aluno/professor - aluno/aluno, sustentando a continuidade do processo de aprendizagem através do atendimento a um pedido de orientação, ou o professor pode se comunicar com todos os seus alunos (ou com algum em particular) durante o espaço entre uma aula e outra. Coloca os alunos em contato direto, favorecendo a troca de materiais, a produção de textos em conjunto, agilizando a comunicação. http://faculdadefutura.com.br/ Fonte: agenciast.com.br/ Internet: é um recurso dinâmico, atraente, atualizado, de fácil acesso, que permite a transmissão de som e imagem em tempo real. Além das facilidades interativas, através da Internet, tem-se acesso ao conhecimento de ponta, bem como o acesso a bibliotecas do mundo todo. Com a Internet, aprende-se a ler, buscar informações, pesquisar, comparar dados... Softwares educacionais: estes recursos disponibilizam informações e orientações de trabalho para os usuários mais facilmente, pois se apresentam de forma integrada. Devem funcionar como incentivadores e interativos das atividades de aprendizagem. A utilização da ferramenta e da metodologia, sem uma proposta coerente, não garante a eficácia na construção do conhecimento. O professor estará apenas reproduzindo os modelos tradicionais. O avanço tecnológico consiste na relação estabelecida entre o professor e o uso da ferramenta. Para a construção do conhecimento do aluno atual, o professor assume o papel do mediador e orientador, que pode ser designado não somente ao professor, como também a outro sujeito com maior conhecimento sobre o assunto desenvolvido. O professor, com o uso das novas tecnologias em sala de aula, pode se tornar um orientador do processo de aprendizagem, trabalhando de maneira equilibrada a orientação intelectual, a emocional e a gerencial. (Moran, J., 2000). Os professores, muitas vezes, procuram acompanhar as mudanças pedagógicas que vêm ocorrendo. Porém, não conseguem exercer o seu papel no http://faculdadefutura.com.br/ processo educativo. É imprescindível a reconstrução desse papel de reprodutor para transformador. O professor tem a finalidade de equilibrar a participação dos alunos nos aspectos qualitativos (nível de colocações e concepções trazidas à cerca do tema proposto) e quantitativo (não controlador, mas de observador sobre as causas da não participação). O professor então assume um papel de mediador da interação entre os sujeitos, tencionando o processo de construção do conhecimento desses sujeitos. Neste processo os alunos se conscientizam dos diferentes tempos e espaços da construção do seu conhecimento, através da autonomia. Mesmo que o processo educativo esteja atrelado ao professor, este precisa ter claro que a sua proposta deve estar voltada à aprendizagem do aluno e ao seu desenvolvimento. Através de ações conjuntas direcionadas para a aprendizagem levando em conta incertezas, dúvidas, erros, numa relação de respeito e confiança. As intervenções do mediador precisam estar coerentes com as necessidades e /ou dificuldades dos alunos. O professor que trabalha na educação com a informática há que desenvolver na relação aluno-computador uma mediação pedagógica que se explicite em atitudes que intervenham para promover o pensamento do aluno, implementar seus projetos, compartilhar problemas sem apresentar soluções, ajudando assim o aprendiz a entender, analisar, testar e corrigir erros”. (MASETTO, M., P. 171, 2000). Os alunos provenientes de uma Prática Pedagógica Tradicional não vivenciaram situações de autonomia na construção do seu conhecimento, importante na proposta de ensino. Desta forma há o fortalecimento do papel do mediador no sentido de estar atento e envolvido com a construção. O professor é a autoridade do espaço designado para a construção do conhecimento, é a pessoa que possui maior conhecimento, estruturou os objetivos e estabeleceu uma metodologia para atingi-los. Porém, não é apropriado ao professor exercer sua autoridade com autoritarismo. http://faculdadefutura.com.br/ 12 CAMINHOS QUE FACILITAM A APRENDIZAGEM Fonte: www.douradosnews.com.br Podemos extrair alguma informação ou experiência de tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa, que nos possa ajudar a ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o que já sabemos ou rejeitar determinadas opiniões. Um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação significativa, escolher as verdadeiramente importantes, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda. Aprendemos melhor, quando vivenciamos, experimentamos, sentimos, descobrindo novos significados, antes despercebidos. Aprendemos mais, quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a experiência e a conceituação, entre a teoria e a prática: quando uma completa a outra. Aprendemos quando equilibramos e integramos o sensorial, o racional, o emocional, o ético, o pessoal e o social. Aprendemos quando interagimos com os outros e o mundo. Aprendemos pelo interesse, pela necessidade. Aprendemos quando percebemos o objetivo, a utilidade de algo, que nos traz vantagens perceptíveis. Aprendemos pela criação de hábitos, pela automatização de processos, pela repetição. Aprendemos mais, quando conseguimos juntar todos os fatores: temos http://faculdadefutura.com.br/ http://www.douradosnews.com.br/ interesse, motivação clara, desenvolvemos hábitos que facilitam o processo de aprendizagem e sentimos prazer no que estudamos. Aprendemos realmente quando conseguimos transformar nossa vida em um processo constante, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. 13 CONHECIMENTO PELA COMUNICAÇÃO E PELA INTERIORIZAÇÃO Fonte: ska0tdcdzvep6gy0-zippykid.netdna-ssl.com A informação é o primeiro passo para conhecer. Conhecer é relacionar, integrar, contextualizar, fazer nosso o que vem de fora. Conhecer a aprofundar os níveis de descoberta, é conseguir chegar ao nível de sabedoria, da integração total. O conhecimento se dá no processo rico de interação externo e interno. Conseguimos compreender melhor o mundo e os outros, equilibrando os processos de interação e de interiorização. Pela interação, entramos em contato com tudo o que nos rodeia, captamos as mensagens, mas a compreensão só se completa com a interiorização, com o processo de síntese pessoal de reelaboração de tudo que captamos pela interação. Os meios de comunicação puxam-nos em direção ao externo. Hoje há mais pessoas voltadas para fora do que para dentro de si, mais repetidoras do que criadoras; se equilibrarmos o interagir e o interiorizar conseguiremos avançar mais e compreender melhor o que nos rodeia, o que somos. http://faculdadefutura.com.br/ Os processos de conhecimento dependem do social, do ambiente onde vivemos. O conhecimento depende significativamente de como cada um processa as suas experiências, quando crianças, principalmente no campo emocional. As interferências emocionais, os roteiros aprendidos na infância, levam as formas de aprender automatizadas. Um deles é o da passagem da experiência particular para a geral, chamado generalização. Com a repetição de situações semelhante a tendência do cérebro é a de acreditar que elas acontecerão sempre do mesmo modo, e isso torna-se algo geral, padrão. Com a generalização, facilitamos a compreensão rápida, mas podemos deturpar ou simplificar a nossa percepção do objetivo focalizado.Esses processos de generalização levam a mudanças, distorções, a alterações na percepção da realidade. Se nossos processos de percepção estão distorcidos, podem nos levar desde pequenos a enxergar-nos de forma negativa. Um dos eixos de mudança na educação seria um processo de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos, comunidade, incluindo os funcionários e os pais. Só aprendemos dentro de um contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Autoritarismo não vale a pena, pois os alunos não aprendem a ser cidadãos. As organizações que quiserem evoluir terão que aprender a reeducar-se em ambientes de mais confiabilidade, de cooperação, de autenticidade. 14 PODEMOS MODIFICAR A FORMA DE ENSINAR Cada organização através de seus administradores precisa encontrar sua forma de ensinar, criando um projeto inovador. Para encaminhar nossas dificuldades em ensinar poderiam ser estas algumas pistas: Equilibrar o planejamento institucional e o pessoal nas organizações educacionais; Integrar em planejamento flexível com criatividade sinérgica; Realizar um equilíbrio entre flexibilidade, que está ligada ao conceito de liberdade, criatividade e a organização; Avançar os programas previstos às necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado; http://faculdadefutura.com.br/ Equilibrar: planejamento e criatividade; Aceitar os imprevistos, gerenciar o que podemos prever e a incorporar o novo; Criatividade que envolve sinergia, valorizando as contribuições de cada um. Ensinar e aprender exigem hoje muito mais flexibilidade, espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos, mais pesquisas. Uma das dificuldades da aprendizagem é conciliar a extensão das informações, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão. O papel principal do professor é ensinar o aluno a interpretar os dados, a relacioná-los, a contextualizá-los. Aprender depende também do aluno de que ele esteja maduro para entender a informação. É importante não começar pelos problemas, erros, pelo negativo, pelos limites, mas sim pela educação positiva, pelo incentivo, pela esperança. 15 O DOCENTE COMO ORIENTADOR/ MEDIADOR DA APRENDIZAGEM O professor é um pesquisador em serviço. Aprende com a pesquisa com a prática e ensina a partir do que aprende. O seu papel é fundamentalmente o de um orientador/ mediador: Orientador/mediador/intelectual: informa, ajuda a escolher as informações mais importantes, fazendo os alunos compreendê-las e adaptá-las aos seus conceitos pessoais. Ajuda a ampliar a compreensão de tudo. Orientador/ mediador/ emocional: motiva, incentiva, estimula. Orientador/ mediador gerencial e comunicacional: organizam grupos, atividades de pesquisas, ritmos, interações. Organiza o processo de avaliação, é a ponte principal entre as instituições, os alunos e os demais grupos envolvidos da comunidade. Ajuda a desenvolver todas as formas de expressão, de interação de sinergia, de troca de linguagem, conteúdos e tecnologias. Orientador ético: ensina a assumir, vivenciar valores construtivos, individuais e socialmente vai organizando continuamente seu quadro referencial de valores, ideias, atitudes, tendo alguns eixos fundamentais http://faculdadefutura.com.br/ comuns como a liberdade, a cooperação, a integração pessoal. Alguns princípios metodológicos norteadores: Integrar tecnologia, metodologias e atividades. Integrar textos escritos, comunicação oral, hipertextual, multimídia. Aproximação da mídia e das atividades para que haja um fácil trânsito de um meio ao outro. Trazer o universo do audiovisual para dentro da escola. Variação no modo de dar aulas e no processo de avaliação. Planejar e improvisar, ajustar-se às circunstâncias, ao novo. Valorizar a presença e a comunicação virtual, Equilibrar a presença e a distância. 16 INTEGRAR AS TECNOLOGIAS DE FORMA INOVADORA Fonte: tecnologia.culturamix.com É importante na aprendizagem integrar todas as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, lúdicas, as textuais, musicais. Passamos muito rapidamente do livro, para a televisão e o vídeo e destes para a Internet sem saber explorar todas as possibilidades de cada meio. O docente deve http://faculdadefutura.com.br/ encontrar a forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e os procedimentos metodológicos. 17 INTEGRAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA ESCOLA Antes de chegar à escola a criança passa por processos de educação importantes como o familiar e o da mídia eletrônica e neste ambiente vai desenvolvendo suas conexões cerebrais, roteiros mentais, emocionais e linguagem. A criança aprende a informar-se, a conhecer os outros, o mundo e a si mesma. A relação com a mídia eletrônica é prazerosa e sedutora, mesmo durante o período escolar, a mídia mostra o mundo de outra forma, mais fácil, agradável. A mídia continua educando como contraposto à educação convencional, educa enquanto entretém. Fonte: arquiedtecnologica.blogspot.com.br Os meios de comunicação desenvolvem formas sofisticadas de comunicação e opera imediatamente com a sensível, o concreto, a imagem em movimento. O olho nunca consegue captar toda a informação, então o essencial, o suficiente é escolhido para dar sentido ao caos e organizar a multiplicidade de sensações e dados. A organização da narrativa televisiva baseia-se numa lógica mais intuitiva, mais conectiva, portanto não é uma lógica convencional, de causa-efeito. http://faculdadefutura.com.br/ A televisão estabelece uma conexão aparentemente lógica entre mostrar e demonstrar: “se uma imagem impressiona então é verdadeira”. Também é muito comum a lógica de generalizar a partir de uma situação concreta, do individual, tendemos ao geral. Ex: dois escândalos na família real inglesa e se tirar conclusões sobre a ética da realeza como um todo. Uma situação isolada converte-se em uma situação padrão. 18 INTEGRAR A TELEVISÃO E O VÍDEO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR Fonte: www.comshalom.org Vídeo para o aluno significa descanso e não aula. Essa expectativa deve ser aproveitada para atrair o aluno. A televisão e o vídeo partem do concreto, do visível, daquilo que toca todos os sentidos. Televisão e vídeo exploram também o ver, o visualizar, ter diante de nós as pessoas, os cenários, cores, relações espaciais, imagens estáticas e dinâmicas, câmaras fixas ou em movimento, personagens quietos ou não. A fala aproxima o vídeo do cotidiano, de como as pessoas se comunicam, enquanto o narrador costura as cenas, dentro da norma culta, orientando a significação do conjunto. A música e os efeitos sonoros servem como evocação de situações passadas próximas às personagens do presente e cria expectativas. A televisão e o vídeo são sensoriais, visuais as linguagens se interagem não são separadas. As linguagens da T.V. e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e de adultos. Dirigem-se mais à afetividade do que a razão. O jovem vê para compreender a linguagem audiovisual, desenvolve atitudes perceptivas como a http://faculdadefutura.com.br/ imaginação enquanto a linguagem escrita desenvolve mais a organização, a abstração e a análise lógica. 18.1 Propostas de utilização da televisão e do vídeo na educação escolar Começar com os vídeos mais simples, próximos a sensibilidade dos alunos e depois partir para exibição de vídeos mais elaborados. Vídeo como sensibilização: Um bom vídeo é interessante para introduzir um novo assunto, despertando e motivando novos temas. Para a sala de aula realidades distantes do aluno. Vídeo como simulação: É uma ilustração mais sofisticada, pois pode simular experiências de química que seriam perigosas em laboratórios. Pode mostrar o crescimento de uma planta,da semente até a maturidade. Vídeo como conteúdo de ensino: Mostra o assunto de forma direta orientando e interpretando um tema de foram indiretas, permitindo abordagens diversas deste tema. Vídeo como produção: Registro de eventos, estudo do meio, experiências, entrevistas, depoimentos. Vídeo como intervenção: Interferir, modificar um determinado programa, acrescentar uma nova trilha sonora ou introduzir novas cenas com novos significados. Vídeos como expressão: Como nova forma de comunicação adaptada à sensibilidade das crianças e dos jovens. Produzem programas informativos feitos pelos próprios alunos. Vídeo integrando o processo de avaliação: dos alunos e do professor. Televisão/vídeo – espelho: Os alunos veem-se nas telas, discutindo seus gestos, cacoetes, para análise do grupo e dos papéis de cada um. Incentiva os mais retraídos e corrige os que falam muito. Algumas dinâmicas de análise da televisão e do vídeo Análise em conjunto: O professor exibe as cenas principais e as comenta junto com os alunos. O professor não deve ser o primeiro a opinar e sim posicionar-se depois dos alunos. http://faculdadefutura.com.br/ Análise globalizante: Depois da exibição do vídeo abordar os alunos a respeito das seguintes questões: 1- aspectos positivos do vídeo. 2-aspectos negativos. 3- ideias principais que foram abordadas. 4- o que eles mudariam no vídeo. Discutir essas questões em grupos, que são depois relatadas por escrito, o professor faz a síntese final. Leitura concentrada: Escolher depois uma ou duas cenas marcantes e revê-las mais vezes. Observar o que chamou a atenção. Análise funcional: Antes da exibição do vídeo escolar, alguns alunos para desenvolverem algumas funções, anotar palavras chaves, imagens mais significativas, mudanças acontecidas no vídeo, tudo será anotado no quadro e posteriormente comentado pelo professor. Análise da linguagem: Reconstrução da história, como é contada a história, que ideias foram passadas, quais as mensagens não questionadas, aceitas sem discussão, como foram apresentados a justiça, o trabalho, o amor, o mundo e como cada participante reagiu. Completar o vídeo: Pedir aos alunos apara modificarem alguma parte do vídeo, criar um novo material, adaptado à sua realidade. Vídeo produção: Fazer uma narrativa sobre um determinado assunto. Pesquisa em jornais, revistas, entrevistar pessoas e exibir em classe. Vídeo espelho: A câmara registra pessoas ou grupos e depois se observa e comenta-se o resultado. Vídeo dramatização: Usar a representação teatral, pelos alunos, expressar o que o vídeo mostrou. Comparar versões: Observar os pontos de convergência e divergências do vídeo. Ótimo para aulas de literatura. Comparar o vídeo e a obra literária original. http://faculdadefutura.com.br/
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