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Moscas que causam Miíase

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MOSCAS QUE CAUSAM MIÍASE
ORDEM DIPTERA
• grego di = duas e pteron = asas;
• Antenas com 3 segmentos (escalpo, pedicelo e flagelo);
• Corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen;
• Aparelho bucal:
 - Adaptado à perfuração e sucção;
 - Probóscide para lamber ou sugar;
• Ciclo de vida holometabólico;
 Subordem Cyclorrapha:
• Adultos emergem do pupário por uma fenda circular;
• Possui moscas adultas de vida livre;
• Fase parasitária em estado larval (miíases);
• Possuem sinatropismo;
• Importunação de homens e animais;
• Sutura frontal em forma de “U”.
FAMÍLIA CALLIPHORIDAE
• Peças bucais funcionais do tipo lambedor;
• Coloração metálica (moscas varejeiras);
• A arista pilosa;
• Cerdas abdominais geralmente pouco desenvolvidas.
• Gêneros: Cochliomya, Chrysomya e Lucilia (Phaenicia)
• Chamadas vulgarmente de moscas varejeiras;
• Algumas espécies possuem coloração metálica;
• Suas asas possuem nervuras;
Miíases: A miíase é uma infecção causada por larvas de dípteros de hábitos negrófagos;
• Cutânea, cavitária ou orgânica;
• Obrigatória (miíase primária) ou Facultativa (secundária).
Gênero Cochliomyia
• Coloração azul esverdeada metalizada
• Apresentam ocelos
• Palpos curtos
• Flagelos claros;
• Diferenciação sexual pelos olhos
• Macho é holoptico e fêmea é dicoptica
• Três linhas longitudinais no toráx;
Gênero Cochliomyia
Larvas:
· Estigmas respiratórios posteriores
· Espinhos quitinizados por todo corpo
· Esqueleto cefalofaríngeo
· Segmentadas e vermiformes
· Um par de ganchos bucais
· Hábito necrofago
· Importância veterinária:
· Agente nas miíases umbilicais dos bezerros recém-nascidos, 
Cochliomyia hominivorax
· Ordem: Diptera
· Subordem: Cyclorrapha
· Família: Calliphoridae
· Espécie: Cochliomyia hominivorax
MORFOLOGIA:
• Basicosta da cor preta
• Larva com troncos traqueais pigmentados e alongados.
• Parte inferior da parafrontaria com pelos pretos.
• Face amarelada, alaranjada ou avermelhada
• Parasita obrigatório de tecidos vivos.
• Fase larval ocorre principalmente na pele e mucosas de mamíferos e aves.
• Moscas adultas se alimentam de néctar, sucos de frutas, secreções de feridas.
Cochliomyia macellaria
• Ordem: Diptera
• Subordem: Cyclorrapha
• Família: Calliphoridae
• Espécie: Cochliomyia macellaria
MORFOLOGIA:
• Basicosta de cor branca ou amarelada;
• Parte inferior da parafrontaria com pelos claros;
• Larva com troncos traqueais mais claros e mais curtos;
• No quinto tergito abdominal, nas laterais, há uma pilosidade prateada.
• Causadora de miíases secundárias.
Moscas adultas: Realizam postura principalmente em carcaças.
CICLO BIOLÓGICO:
· Fêmeas gravídicas fazem suas posturas ao redor de feridas 
· Após eclosão, as larvas de primeiro estádio adentram o interior destas feridas
· Após completarem seu desenvolvimento, larvas maduras abandonam o hospedeiro e caem no solo para pupar.
· Aproximadamente após oito dias há a emergência dos adultos. Sob
· condições ideais de temperatura e umidade
· PREVENÇÃO
• Manter higiene corporal, alimentar e do ambiente;
• Esterilização de machos com raios gama;
Chryssomya
• Ordem: Diptera
• Subordem: Cyclorrapha
• Família: Calliphoridae
• Gênero: Chrysomya
• Espécies: Chrysomya megacephala, C. albiceps, C. putoria, C. rufifacies
Chrysomya
MORFOLOGIA:
· Tórax de cor metálica, variando de verde a azul, com brilho acobreado 
· Dimorfismo sexual pelos olhos;
· Palpos achatados lateralmente e parte distal mais larga
· As larvas de C. albiceps e C. rufifacies apresentam várias projeções no corpo, larva "cabeluda"
· Estigmas da larva em forma de dedos, direcionados para o
Chrysomya megacephala
• Ordem: Diptera
• Família: Calliphoridae
• Gênero: Chrysomya
• Espécie: Chysomya megacephala
Chrysomya megacephala
OBS :Preferência pelas bordas de ferimentos pelo fato de estas já estarem necrosadas
• A face tem coloração pálida.
• O espiráculo anterior do tórax dos adultos tem coloração escura.
Chrysomya albiceps
• Família: Calliphoridae
• Gênero: Chrysomya
• Espécie: Chysomya albiceps
OBS : Essas moscas de coloração verde azulada apresentam listras longitudinais no tórax e olhos castanho-alaranjados.
Os espiráculos posteriores apresentam peritrema incompleto, grosso e fortemente pigmentado com aberturas espiraculares bem compridas e paralelas.
Chrysomia putoria
• Ordem: Diptera
• Família: Calliphoridae
• Gênero: Chrysomya
• Espécie: Chrysomia putoria
Morfologia
• As larvas apresentam cutícula sem tubérculos e cobertas de finas cerdas, principalmente no dorso posterior, com protuberância anal em forma de sino.
Chrysomya rufifacies
• Ordem: Diptera
• Família: Calliphoridae
• Gênero: Chrysomya
• Espécie: Chysomya rufifacies
MORFOLOGIA
As larvas de C. rufifacies são facilmente identificadas devido à presença de tubérculos, que lhe dão um aspecto de larva "cabeluda".
O peritreme do espiráculo pos terior é muito largo com uma abertura estreita que contém bordas bifurcadas; as fendas são curtas e largas.
MORFOLOGIA
OBS :A diferenciação entre C. megacephala e C. rufifacies é realizada pela observação da cor anterior do espiráculo torácico. A C. rufifacies tem um espiráculo torácico anterior pálido ou branco, enquanto a C. megacephala tem um espiráculo torácico anterior marrom escuro oularanja escuro. Além disso, C. rufifacies contém três tênues faixas torácicas pronotais (pronotum) que não são facilmente visíveis.
Importância na Medicina Veterinária
• Provocam miíases secundárias
• Costumam preferir para fazer postura, fezes de aves, lixo
• Como são lambedoras podem regurgitar nos alimentos, assim tornando-os possíveis fontes de infecção
Calliphoridae
• Ordem: Diptera
• Família: Calliphoridae
• Gênero: Lucilia
• Espécies: L. cuprina, L. eximia e L. sericata.
CARACTERÍSTICAS GERAIS (ADULTO)
• Corpo metálico, nas cores cobre, verde ou azul
• Possuem ocelos
• Aparelho bucal lambedor
• Base da nervura radial das asas sem pelos ou cílios
• Larvas possuem estigmas para um botão espiracular, sendo o peritrema fechado.
Lucilia cuprina
• As fêmeas possuem predileção por carne bovina. (Maturação dos ovos)
• Possuem afinidade por regiões temperadas mais quentes em todo mundo.
• Coloração verde-acobreada, comuns em terrenos baldios das cidades.
• Geralmente possuem abdômen com coloração fortemente cúprica macho usualmente com dois pares de cerdas ocelares;
Lucilia eximia
• Possui coloração verde metálica e habita preferencialmente ambientes rurais.
• Tórax verde ou azul metálico brilhante; calíptra inferior e superior esbranquiçadas macho com cercos, 
• Geralmente causam miíase secundaria, podendo causar miíase primaria em Cães, gatos e raramente em coelhos.
• As larvas são saprófagas, os machos adultos são frequentemente encontrados em flores onde se alimentam de néctar.
OBS: A L.cuprina pode crescer em lã úmida e suja. Nesses casos as larvas se desenvolvem embaixo da lã, causando miíase de odor fétido.
• São utilizados como indicadores do intervalo pós-morte (IPM) em cadáveres humanos, em investigações médico-criminais
Lucilia sericata
• São sinantrópicas;
• Digestão fora do aparelho bucal
• Atividade diurna
• Longevidade de aproximadamente 2 meses;
• São coprófagas e necrófagas;
• macho com um par de cerdas ocelares
1º instar:
· - Apresentaram um tamanho médio de 4-6 mm;
· - A “região cefálica” tinham tamanho reduzido;
· - Esqueleto cefalo-faríngeo pouco desenvolvido;
OVO
· Comprimento médio de 1,4 mm;
· Apresentaram cor branca e forma cilíndrica alongada;
· Corion coberto por uma fina camada com padrões geométricos em
· forma de hexágonos;
Larva
· 2º instar:
· Comprimento médio total 6-9mm;
· Região cefálica com dois lobos cefálicos pouco desenvolvidos;
· O esqueleto cefalo-faríngeo semelhante ao de primeiro instar mas com os ganchos orais mais desenvolvidos;
· Espiráculos anteriores encontram-se visíveis nesta fase;
· Os espiráculos posteriores com peritrema incompleto, cada um com
· duas aberturas estigmáticas, ovais alongadas;
3º instar:
· - Tamanho médio de 15,1mm.
· - Região cefálica apresentou esqueleto cefalofaríngeo fortemente esclerotinizado;
· -Espiraculosanteriores com mesma posição e forma;
· -Espiraculos posteriores circundam totalmente as fendas espiculares;
· - Bandas de espinhos compostas por espinhos simples;
CICLO DE VIDA
• A mosca adulta põe seus ovos na carcaça;
• Os ovos encontrados demoraram entre 16 a 24 horas para eclodir;
• As larvas levaram 4 dias a atingir o terceiro estádio, e mais 2 dias até
abandonar a carne e puparem.
Gasterophilidae
• Ordem: Diptera
• Subordem: Cyclorrapha
• Família: Gasterophilidae
• Gênero: Gasterophilus
• Especies: G. nasalis, G. intestinalis e G. haemorrhoidalis.
Características gerais
• Adultos parecem abelhas;
• Asas claras;
• Larvas grandes, com ganchos orais;
• Corpo segmentado com espinhos;
• Fixação das larvas pode causar ulceras e Inflamações;
• Geralmente causam cólicas;
• Podem ser encontradas centenas de larvas em um animal;
Gastreophius nasalis
• “Abelha melífera”;
• Moscas robustas 
• Coloração castanho escuro com reflexos;
• Asas pequenas, claras e transparentes;
• Patas com fêmures;
CICLO BIOLOGICO
• Fêmeas fecundadas, com o ovopositor distendido, fazem a Ovipostura na região intermandibular de equinos;
• As larvas L1 se arrastam para boca ou são transferidas para a língua durante as lambeduras.
• A forma L2 das larvas migram para faringe e são deglutidas até chegarem no estômago. No estômago, as larvas se fixam ao redor do piloro e, às vezes, do duodeno.
• Nesse local sofrem ecdise para L3 e vivem por períodos que variam de 10 a 12 meses, quando estão prontas para abandonam espontaneamente o hospedeiro, sendo eliminadas junto com as fezes do hospedeiro
• No solo mudam para pupa e dois meses depois tornam-se moscas adultas.
• As formas adultas não se alimentam e são abundantes durante o verão ao redor dos equinos.
• O parasitismo do estômago e duodeno de cavalos naturalmente infestados produz severas patologias associadas à síndrome cólica
Gasterophilus intestinalis
Larva
· Os ganchos orais não são uniformemente curvados dorsalmente
· Os espinhos do corpo apresentam pontas rombas.
Adulto:
· Aparelho bucal atrofiado (não se alimentam);
· Corpo arredondado e volumoso altamente recoberto por pelo de padrão amarelado
· Fêmeas possuem o aparelho ovopositor bem desenvolvido e com maior cobertura de
· preto;
· Machos possuem a extremidade anterior em forma de ponta romba;
· Maior entre todos os gasterophilus;
Ciclo Biológico:
• Ovos colocados na região das paletas do animal(zootecnico) em vôos curtos;
• As larvas penetram na língua e mucosa oral (L1);
• Escavação de galerias na camada subepitelial da membrana mucosa ou no tecido e depois de alguns dias migram (L1);
• Passam alguns dias na lateral da faringe (L2);
• Migração para a margem pregueada (estômago);
• Serão eliminados nas fezes (L3);
Gasterophilus haemorrhoidalis
Ovos: Coloração enegrecida;
Larvas:
· Segmentos com espinhos ventrais em duas fileiras;
· Segmento da cabeça apresenta apenas grupos laterais de dentículos;
· Fileira dorsal de espinhos no oitavo segmento não é, em geral, interrompida
· medialmente
· Espinhos corporais afiados;
Adulto: Muito semelhante aos outros dois mas menor e com menor e com maior cobertura
escurecida (menos pelos);
SINTOMAS
• Dificuldade de deglutição ulcerações gástricas e intestinais; obstruções gástricas; volvulo; anemia
• Inicio da miíase: não há sinais clínicos evidentes
• Na cavidade bucal: pode causar estomatite com ulcerações da língua, (raro)
FAMÍLIA CUTEREBRIDAE
• Ordem: Diptera
• Subordem: Brachycera
• Família: Cuterebridae
• Gêneros: Dermatobia
• Espécie: Dermatobia hominis
Características Morfológicas:
• Cabeça e tórax castanhos e abdome azul metálico;
• Aparelho bucal atrofiado;
• Arista das antenas apresenta cerdas apenas na margem externa;
• Pernas amarelas;
• Larva (berne): tem espinhos e ganchos na parte mais larga do corpo e estigmas respiratórios na parte mais estreita;
•Pupa com espiráculos
CICLO BIOLÓGICO:
• HOSPEDEIROS: mamíferos, dentre os quais os mais importantes são os bovinos e os cães;
• Os adultos depositam uma massa de ovos no abdome de vetores foréticos;
• Esses vetores levam os ovos operculados até os animais;
• Quando o ovo entra em contato com a pele do hospedeiro, o opérculo se abre e a
larva projeta uma parte de seu corpo de dentro do ovo;
• Em torno de 7 dias, as larvas eclodem e penetram na pele íntegra;
• Após 40 dias, as larvas (L3) caem no chão e transformam-se em pupas;
• Os adultos alcançam maturidade sexual em cerca de 1,5 a 4 horas.
PATOGENIA:
• Miíases cutâneas furunculosas;
• Formação de nódulos avermelhados com orifício central;
• Calor e o ato de coçar geram prurido;
CONTROLE E TRATAMENTO:
• Feito principalmente nos insetos vetores e pode ser:
❖Químico: uso de inseticidas;
❖Biológico: uso de parasitoides, predadores, fungos e bactérias;
❖Manejo integrado: uso de inseticida e criação de raças resistentes (zebu).
• A melhor maneira de se retirar o berne é matando-o por asfixia:
❖Raspar os pelos da região;
❖Colar firmemente um pedaço de esparadrapo;
❖Deixar por uma hora;
❖Retirar o esparadrapo (o berne deve estar aderido ao mesmo)
❖Tratar ferida com bacteriostático.
FAMÍLIA OESTRIDAE
• Reino: Animalia
• Filo: Arthropoda
• Classe: Insecta
• Ordem: Diptera
• Família: Oestridae
• Gênero: Oestrus
• Espécie: Oestrus ovis
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
• Coloração castanho-acinzentada;
• Pequenos pontos pretos no abdome e corpo coberto por pelos castanhos curtos;
• Aparelho bucal atrofiado;
• Olhos pequenos e separados; fronte com crateras;
• Antena curta com arista nua;
• Larvas grandes com uma placa peritremática em forma de D;
• Estigmas porosos;
• L1: segmentada e apresenta filas transversais de espinhos e dois ganchos bucais quitinosos, fortes e curvos;
• L2: apresenta poucos espinhos no segundo segmento;
• L3: cor branca (jovem); amarelo-parda (próximo a pupação);

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