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Estudar os antiácidos, anti-secretores e reguladores da motilidade gástrica. ➢ ANTIÁCIDOS Usados por muito tempo, até o aparecimento dos antagonistas H2 e IBP. Tratam-se de bases fracas que reagem com o ácido, formando sal e água. 1. Bicarbonato de sódio: Libera CO2 e NaCl; pode causar alcalose (altas doses ou disfunção renal). Hipertensos requerem cautela. 2. Hidróxido de Magnésio e Alumínio: Não forma gás. Ação laxante X constipação. ➢ ANTAGONISTAS DE RECEPTOR H2 E REGULAÇÃO DA SECREÇÃO GÁSTRICA A secreção gástrica é estimulada por acetilcolina (ACh), histamina e gastrina. As ligações com seus receptores resultam na ativação de proteinocinases, que, por sua vez, estimulam a bomba de prótons H+ /K+ -adenosina trifosfatase (ATPase) a secretar íons hidrogênio em troca de K+ para o lúmen do estômago. Os quatro fármacos – cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina – inibem de modo potente (mais de 90%) a secreção gástrica ácida noturna, a estimulada por alimento e a basal. ❖ Ações Os antagonistas de receptor H2 da histamina atuam seletivamente nos receptores H2 do estômago, mas não têm efeito nos receptores H1. Eles são antagonistas competitivos da histamina e totalmente reversíveis. ❖ Farmacocinética Após administração oral, os antagonistas H2 se distribuem amplamente pelo organismo (incluindo o leite materno e por meio da placenta) e são excretados principalmente na urina. Cimetidina, ranitidina e famotidina também estão disponíveis em formulações IV. Biodisponibilidade de 50% e meia vida curta. A meia-vida de todos esses fármacos pode aumentar em pacientes com disfunção renal, e é preciso ajustar a dosagem. ❖ Efeitos Adversos Em geral, os antagonistas H2 são bem tolerados. A CIMETIDINA tem efeitos endócrinos porque atua como um antiandrogênico não esteroidal. Os efeitos incluem ginecomastia e galactorreia (liberação ou ejeção contínua de leite). Os demais não produzem os efeitos antiandrogênicos nem estimulantes de prolactina da cimetidina. Outros efeitos no sistema nervoso central (SNC), como confusão e alterações mentais, ocorrem primariamente em pacientes idosos ou após administração IV. A cimetidina inibe várias isoenzimas CYP450 e pode interferir na biotransformação de vários outros fármacos, como varfarina, fenitoína e clopidogrel. Todos os antagonistas H2 podem reduzir a eficácia de fármacos que exigem um ambiente ácido para absorção, como o cetoconazol. Contra indicado em gestantes e lactentes. ➢ IBPS: INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS H+ /K+ -ADENOSINA TRIFOSFATASE Os IBPs se ligam à enzima H+ /K+ -ATPase (bomba de prótons) e suprimem a secreção de íons hidrogênio para o lúmen gástrico. A bomba de prótons ligada à membrana é a etapa final da secreção de ácido gástrico. Os IBPs disponíveis incluem dexlansoprazol, esomeprazol, lansoprazol, omeprazol, pantoprazol e rabeprazol. Omeprazol, esomeprazol e lansoprazol estão disponíveis em formulações de venda livre para tratamento de curto prazo da DRGE. ❖ Ações Esses fármacos são pró-fármacos com um revestimento entérico ácido-resistente para protegê-los da degradação prematura pelo ácido gástrico. Devem ser administrados em jejum, já que sua biodisponibilidade reduz cerca de 50% com alimentos. O revestimento é removido no meio alcalino do duodeno, e o pró-fármaco, uma base fraca lipofílica, é absorvido e transportado à célula parietal. Ali, ele é convertido no fármaco ativo e forma uma ligação estável covalente (irreversível) com a enzima H+ /K+ -ATPase. São necessárias cerca de 18 horas para ressintetizar a enzima, e a secreção ácida é interrompida durante esse período. Em dosagem padrão, os IBPs inibem a secreção gástrica basal e a estimulada em mais de 90%. Existem produtos disponíveis de uso oral, de venda livre e sujeitos à prescrição, contendo omeprazol associado com bicarbonato de sódio para absorção mais rápida. ❖ Efeitos adversos Os IBPs geralmente são bem tolerados. Omeprazol e esomeprazol podem diminuir a eficácia do clopidogrel porque inibem a CYP2C19 e impedem a sua conversão no metabólito ativo. Embora o efeito nos resultados clínicos seja questionável, o uso concomitante desses IBPs com clopidogrel não é recomendado devido aos possíveis riscos de eventos cardiovasculares. Omeprazol pode inibir o metabolismo da vafarina, diazepan e fenitoína; esomeprazol pode diminuir o metabolismo do diazepan e lansoprazol pode aumentar a depuração da teofilina. Os IBPs podem aumentar o risco de fraturas, particularmente se a duração do uso for de 1 ano ou mais. A supressão prolongada do ácido gástrico com os IBPs (e os antagonistas H2) pode resultar em carência de vitamina B12, porque o ácido é necessário para a sua absorção em complexo com o fator intrínseco. O pH gástrico elevado também pode prejudicar a absorção de carbonato de cálcio. O citrato de cálcio é uma opção eficaz para suplementar cálcio em pacientes sob tratamento de supressão de ácido, pois sua absorção não é afetada pelo pH gástrico. Pode ocorrer diarreia e colite por Clostridium difficile em pacientes que recebem IBP. Os pacientes devem ser aconselhados a interromper o tratamento com IBP e contatar seu médico se tiverem diarreia por vários dias. Efeitos adversos adicionais podem incluir hipomagnesemia e maior incidência de pneumonia. ➢ PROSTAGLANDINAS A prostaglandina E2, produzida pela mucosa gástrica, inibe a secreção de ácido e estimula a secreção de muco e bicarbonato (efeito citoprotetor). A deficiência de prostaglandinas pode estar envolvida na patogênese das úlceras pépticas. Misoprostol, um análogo da prostaglandina E1, está aprovada para a prevenção de úlceras gástricas causadas por AINEs. O uso profilático do misoprostol deve ser considerado em pacientes que estão recebendo AINEs e se encontram sob risco moderado ou alto de úlceras induzidas por esses fármacos, como pacientes idosos ou com úlceras prévias. O misoprostol é contraindicado na gravidez, pois pode estimular as contrações do útero e causar aborto. Diarreia e náuseas dose-dependentes são os efeitos adversos mais comuns e limitam o seu uso. Assim, os IBPs são os fármacos preferidos para a prevenção de úlceras causadas por AINEs. ➢ FÁRMACOS PROTETORES DA MUCOSA Esses fármacos, também conhecidos como citoprotetores, apresentam várias ações que aumentam os mecanismos de proteção da mucosa, prevenindo lesões, reduzindo inflamação e cicatrizando úlceras existentes. 1. Sucralfato: Esse complexo de hidróxido de alumínio e sacarose sulfatada se liga a grupos carregados positivamente em proteínas da mucosa normal e necrótica. Formando géis complexos com as células epiteliais, o sucralfato cria uma barreira física que protege a úlcera da pepsina e do ácido, permitindo a cicatrização da úlcera. 97% são excretados pelas fezes sem sequer serem absorvidos. Embora o sucralfato seja eficaz no tratamento das úlceras duodenais e na prevenção das úlceras por estresse, seu uso é limitado devido à necessidade de dosificações diárias múltiplas e interações medicamentosas. Como requer um pH ácido para sua ativação, o sucralfato não deve ser administrado com IBPs, antagonistas H2 ou antiácidos. O sucralfato é muito bem tolerado, mas pode interferir na absorção de outros fármacos, fixando-os. Esse fármaco não previne as úlceras induzidas pelos AINEs e nem cicatriza úlceras gástricas. 2. Subsalicilato de bismuto: Este fármaco é usado como componente de tratamento quádruplo para cicatrizar úlceras pépticas. Além da sua ação antimicrobiana, ele inibe a atividade da pepsina, aumenta a secreção de muco e interage com glicoproteínas na mucosa necrótica, revestindo e protegendo a úlcera. ➢ FÁRMACOS QUE ESTIMULAM A MOTILIDADE GI ❖ FÁRMACOS COLINOMIMÉTICOS Estimulam os receptores muscarínicos do TGI (M3) aumentando o trânsito intestinal. Betanecol e Inibidores da acetilcolinesterase (Neostigmina). Muitos efeitos colinérgicos: Salivação excessiva,Náuseas e vômitos, Diarreia e Bradicardia. Estão em desuso! ❖ ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES D2 Metoclopramida e Domperidona. A D opamina inibe o estímulo colinérgico, portanto, os antagonistas dopaminérgicos aumentam o estímulo colinérgico. Aumentam a amplitude peristáltica do esôfago, aceleram o esvaziamento gástrico e nenhum efeito sobre intestino delgado ou cólon. Esses dois fármacos bloqueiam os receptores D2 na zona de gatilho quimiorreceptora do bulbo: Efeito antináusea e antiemética. Efeitos colaterais: Efeitos extrapiramidais, discinesia tardia, evitar uso prolongado em idosos, galactorréia, ginecomastia, impotência e distúrbios menstruais. Domperidona não atravessa a BHE! ❖ MACROLÍDEOS Eritromicina e azitromicina estimulam diretamente os receptores de motilina no músculo liso GI. Usados em http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db 3 Bruna Lago Santos gastroparesia, rápido desenvolvimento de tolerância, usados em pacientes com hemorragia gastrointestinal alta aguda e usado para esvaziamento gástrico de sangue antes da endoscopia.
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