Buscar

Curso de Celulite: Prevenção e Tratamentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AN02FREV001/ REV 3.0 
1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
 
CELULITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
CELULITE 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
3 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1.0 Introdução; 
2.0 Celulite 
2.1 Histopatologia; 
2.2 Estágios; 
2.3 Prevenção; 
2.4 Tratamentos; 
Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
4 
 
 
Módulo Único 
 
 
1.0 Introdução 
 
 
É importante sabermos que “Não há milagres”. Não se trata de novos 
conceitos e tratamentos para combater a obesidade, e sim, direcionar o tratamento 
para o que realmente funciona, ou seja, reeducação alimentar, prática de atividades 
físicas prazerosas, mudança de pensamento em relação à obesidade e em alguns 
casos, a adoção de remédios mais recentes, que em vez de diminuir a fome, 
aumentam a saciedade e diminuem a absorção da gordura (SATO, 2001). 
Infelizmente, a população em geral sabe como agir, o difícil é seguir. E 
busca pela fórmula milagrosa e eterna. 
A atividade física vem no topo da lista, sendo o principal recurso para 
combater e controlar a obesidade. Mas, o estilo de vida moderno, que tem como 
característica básica à falta de atividade física, não favorece em nada para que o 
índice de obesidade no mundo possa diminuir (DÂMASO, 2001). 
Muitas pessoas fazem dezenas e centenas de abdominais para eliminar a 
gordura localizada. O abdominal é um exercício que ajuda a definir e fortalecer o 
abdômen, deixando mais forte esta região. Para eliminar a gordura localizada na 
região do abdômen o exercício ideal para queimar gordura é o aeróbico: é um 
exercício de grande duração e intensidade (caminhada, corrida, natação, bicicleta, 
transport, ginástica aeróbica, dança, etc.). 
A atividade física estimula o desenvolvimento das fibras musculares que 
compõem os diversos músculos do corpo. Conforme pesquisas realizadas por 
GUEDES (l997), pessoas envolvidas regularmente em programas de atividades 
físicas apresentam menor quantidade de gordura corporal e maior proporção de 
massa magra, com flutuações diretamente relacionadas com o estímulo do esforço a 
que são submetidos. 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
5 
A reeducação alimentar vem em seguida, pois o controle da ingestão de 
calorias diárias se faz extremamente necessário para quem deseja reduzir medidas. 
Relembrando o que foi no Módulo I quando falamos a respeito do tecido adiposo, 
todas as calorias que forem ingeridas acima do que exige o nosso metabolismo 
basal (cerca de 2000 calorias/dia) são armazenadas na forma de gordura dentro dos 
adipócitos. Isso nos faz engordar. 
E, como diz o velho ditado, “tudo o que é bom engorda”, a maioria das 
pessoas não apresenta disciplina e força de vontade suficiente para seguir à risca 
uma dieta de restrições alimentares. 
A conscientização de que a obesidade é uma doença e que pode trazer 
sérias consequências à saúde é necessária, na maioria das vezes não é uma 
realidade. A mudança de pensamento e hábitos deve estar presente, além da 
consciência de que medicações para combater o problema não são simples balas 
inofensivas e que só podem ser tomados mediante acompanhamento médico. O uso 
indiscriminado deste tipo de medicação, além da automedicação e sua livre venda 
em países vizinhos e mercado negro, também vem se tornando um problema de 
saúde pública. 
Outra grande vedete do momento são as cirurgias de redução de estômago, 
que vêm sendo a esperança para muitos obesos, sobretudo os mórbidos. Mas, 
poucos sabem que se trata de um procedimento complicado e que também vai exigir 
disciplina do paciente, além de acompanhamento nutricional e psicológico. 
Mas, e quando a atividade física é uma rotina e a alimentação é adequada e, 
mesmo assim, aqueles pneuzinhos e gordurinhas indesejadas insistem em persistir 
e não vão embora por nada. O que fazer? A genética é o principal responsável por 
isto, aliado a velocidade de metabolismo de cada um, pois em algumas pessoas é 
muito lento. 
 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
6 
 
FONTE: A gordura localizada atinge até as pessoas que não têm problemas com obesidade. 
Própria, 2008 (edição). 
 
Outro grande vilão é o mau funcionamento intestinal. O intestino é uma 
válvula de escape para produtos do metabolismo final dos alimentos que ingerimos, 
ou seja, tudo o que não foi aproveitado e é considerado pelo nosso organismo como 
“lixo”. Se esse bolo fecal não é eliminado logo e permanece muito tempo dentro do 
intestino, algumas impurezas são reabsorvidas, atrapalhando o metabolismo. Por 
esta razão, é de suma importância que o intestino seja um “relógio”. 
Entretanto, há várias técnicas que auxiliam na redução de medidas e 
“queima de gordura”. Ultrassom, mantas quentes, talassoterapia, correntes elétricas, 
o auxílio da massoterapia até as técnicas médicas mais revolucionárias, ou seja, 
tudo o que auxilia na aceleração metabólica. Mas, deve-se observar o grau de 
obesidade, pois nos estágios mais mórbidos, não haverá como apresentar 
resultados significativos. 
Nenhuma técnica é milagrosa em casos mais graves e os bons resultados 
dependem de um conjunto com a atividade física, principalmente exercícios 
aeróbicos, e dieta balanceada. Cabe ao terapeuta orientar, quanto essa prática e ser 
claro em relação aos resultados. Ainda é importante frisar que nada disso pode 
trazer bons resultados se não ingerirmos bastante líquido e o intestino não funcionar. 
Antes de falarmos sobre celulite, vamos somente salientar uma diferença 
entre a gordura localizada e a celulite. Na gordura localizada, só há acúmulo de 
adipócitos, o paniculoadiposo está normal. Já na celulite, o panículo adiposo 
apresenta edema e esclerose. No entanto, as técnicas utilizadas para o combate de 
ambas são praticamente as mesmas, pois há uma necessidade de retirar os lipídeos 
(triglicerídeos) de dentro dos adipócitos. 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
7 
Outro ponto importante quando falamos de gordura localizada é a sua 
formação (lipogênese) e sua queima (lipólise). Na lipogênese, há um balanço 
energético positivo dos triglicerídeos formados a partir dos ácidos graxos livres e 
glicerol. Estes últimos depositam-se no adipócito. Na lipólise, o balanço energético 
é negativo, os triglicerídeos são fracionados em ácidos graxos e glicerol, indo para a 
corrente sanguínea e sendo queimados. 
É impressionante como o que incomoda uma pessoa pode não incomodar 
tanto a outra. Porém, com certeza, há algumas unanimidades e entre elas, além da 
indesejada “barriguinha”, está à celulite. Por mais que os homens insistam em não 
notar, esse flagelo chega a alterar a autoestima de muitas mulheres, inibindo 
recreações, em que tenham que colocar um biquíni e certos vestuários. Realmente, 
não há nada que incomode tanto quanto colocar uma calça de cor clara e ver todas 
as ondulações através dela. 
 
2.0 Celulite 
 
A celulite é conhecida por vários nomes, todos científicos, mas nada 
populares. Lipoesclerose, Fibroedema Genoide (o mais usado cientificamente), 
fibroedemageloide, distrofia celular, dermohipodermosis celulítica, paniculopatia 
edemato-fibrato-esclerótica, hidrolipodistrofia ginoide e ainda fibroedemaesclerose. 
A celulite trata-se de uma alteração histológica que ocorre no tecido 
subcutâneo (tecido epitelial), podendo afetar homense mulheres, sendo as 
mulheres as mais acometidas. A partir da adolescência ela pode se tornar mais 
evidente, todavia, atualmente, constamos que as crianças já são vítimas desta 
doença. 
 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
8 
FONTE: Celulite (Própria, 2001). 
 
 
É importante ressaltar que a celulite é uma doença, podendo chegar ao 
estágio de fibrose, tornando-se até irreversível. Nove entre dez mulheres possuem o 
problema, seja na forma mais branda ou no estágio avançado, em que as 
depressões e saliências estão acentuadas. Pode aparecer na puberdade, tanto na 
jovem magra, gorda, alta ou baixa. Ninguém está livre dela! 
Para combatê-la, o melhor é entrarmos em todas as frentes: estética, 
nutricional e física. A colaboração faz-se necessária: praticar atividade física, manter 
uma alimentação saudável e beber bastante água. Os tratamentos podem recuperar 
a região afetada, mas precisam começar logo que surgir o problema. 
 
 
2.1 Histopatologia 
 
 
A terminologia lipodistrofia ginoide foi criada há cerca de 150 anos para se 
referir às depressões e irregularidades na superfície da pele. Seu uso popular surgiu 
depois da década 1960, período em que as pessoas começaram a exacerbar o culto 
ao corpo. 
O termo celulite foi utilizado por médicos franceses para o que acreditavam 
ser uma forma de gordura que se acumula principalmente no corpo das mulheres, 
localizada nas coxas, nas nádegas, nos braços e no abdômen, adquirindo uma 
aparência ondulada (Dicionário de Medicina Natural, editado pelo Reader´s Digest). 
Profissionais de saúde e de beleza acreditam que a causa seja uma concentração 
de toxinas nos tecidos do corpo, que cria bolsas de água, gordura e impurezas, 
causando distúrbios na circulação. Esta teoria é controversa e, muitos médicos não 
acreditam que a celulite seja uma forma especial de gordura, não a reconhecendo, 
em alguns casos, como uma situação de âmbito médico, considera a publicação. 
Para compreender a fisiologia desses processos inflamatórios que ocorrem 
na camada inferior da pele, conhecida como derme, deve-se inicialmente relembrar 
a sua estrutura. A derme é composta principalmente por tecido conjuntivo, formado 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
9 
por diversos tipos celulares imersos em uma matriz amorfa hidratada. Nessa matriz 
há também terminações nervosas, vasos sanguíneos, linfáticos e fibras proteicas 
que dão à derme resistência à tração (fibras colágenas) e à elasticidade (fibras 
elásticas). Na hipoderme há um tecido adiposo que tem como funções básicas a 
modelagem corporal, o amortecimento de impactos e o isolamento térmico, 
impedindo a perda excessiva de calor. Além disso, as células desse tecido 
gorduroso, denominadas adipócitos, estão envolvidas no armazenamento de lipídios 
(que podem ser convertidos em energia metabólica) e hormônios. 
Celulite, como o próprio nome sugere, é uma inflamação da célula. Não traz 
calor nem rubor como um processo inflamatório, mas leva a um grande edema, com 
exsudato e consequente formação de fibroses. A celulite ocorre no nível das células 
do tecido subcutâneo, onde a microcirculação dos capilares no tecido adiposo 
encontra-se deficiente. 
Evidencia-se por uma aparência de aspecto ondulado da pele, que pode 
apresentar depressões dependendo do grau, apresenta-se por uma inflamação do 
espaço em volta das células adiposas, mas não quer dizer que há um aumento de 
gordura, pois está quase sempre muito relacionada à obesidade, entretanto, também 
aparecem em pessoas que não apresentam problemas com peso e até mesmo as 
que estão abaixo do peso. 
A celulite aparece na camada mais superficial das três de gordura existentes 
na hipoderme. As células de gordura na hipoderme estão organizadas em câmaras 
de fios de tecido conjuntivo. A armazenagem de gordura e o metabolismo das 
células adiposas reagem apenas aos hormônios, e não às dietas ou exercício. Estas 
células adiposas, presentes nas duas camadas de reserva de gordura, se encontram 
por baixo da hipoderme e estão dispersas numa rede solta. Dependendo da dieta e 
do exercício, é variável o grau de armazenagem de gordura e de metabolismo 
nestas camadas. 
A celulite ocorre no tecido conjuntivo em razão à somatória de diversas 
alterações que são desencadeadas por fatores como herança genética, 
sedentarismo, problemas circulatórios, alimentação inadequada, cigarro, álcool, 
estresse e desequilíbrio hormonal. Estes determinam modificações, como a 
compressão dos vasos locais e a projeção do tecido gorduroso, o que ocasiona as 
conhecidas ondulações. 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
10 
Quanto às suas causas, podemos dizer a seguinte frase: “A Celulite é uma 
alteração multifatorial e originária da própria condição hormonal feminina.” Suas 
causas são várias e associadas, mas a principal é uma alteração com características 
hereditárias, ou seja, existe uma predisposição genética associada ao próprio 
hormônio feminino, que somada a um problema de alteração circulatória local, 
também se relaciona a uma diminuição da drenagem linfática fisiológica. Todos 
estes fatores resultam no aparecimento da aparência na pele. As partes mais 
vulneráveis para o surgimento da celulite são os glúteos, a lateral, face interna e 
posterior da coxa, o abdômen, a parte posterior e lateral dos braços e a face interna 
dos joelhos, locais onde geralmente é associado à flacidez muscular e tissular, o que 
piora o seu aspecto. 
 
 
 
FONTE: Locais preferenciais onde a celulite se instala. Coincide com os locais onde há o maior 
acúmulo de gordura localizada nas mulheres. Internet – Wikipédia. 
 
A aparição da celulite é muito mais comum em mulheres do que em homens, 
onde são raras. Isto ocorre devido à maneira como músculos, gordura e tecido 
conjuntivo estão distribuídos na pele feminina. Chega a atingir entre 85 e 98% das 
mulheres, principalmente acima dos 35 anos, mas geralmente apresentam alguma 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
11 
manifestação de celulite após a adolescência. Afeta igualmente mulheres de todas 
as faixas etárias, tipos corporais e etnias, ocorrendo de forma indistinta entre 
mulheres comuns, atletas, artistas e até em modelos. 
Os “buraquinhos” característicos da celulite se dão pelas saliências que a 
gordura hipodérmica impressiona na derme. Nas mulheres, o tecido adiposo da 
hipoderme deposita-se em grandes feixes verticais que são separados por septos 
fibrosos perpendiculares à superfície da pele, formando assim câmaras verticais. 
Esses septos separam as células gordurosas em grupos e são formados por fibras 
que ligam a pele à musculatura localizada abaixo da hipoderme. Nos homens, os 
feixes se organizam diagonalmente, e em pequenas unidades que, além de 
acumularem menos gordura, não resultam em celulite. Além disso, diferentemente 
dos homens, as mulheres apresentam uma reserva maior de gordura em alguns 
locais do corpo e uma derme menos espessa e menos resistente ao acúmulo de 
lipídios e à deformação dos adipócitos. 
Nas mulheres as células adiposas se alargam em função do acúmulo de 
gordura. As paredes capilares tornam-se muito permeáveis, causando este acúmulo 
localizado de fluidos, que não conseguem ser eliminados em função de uma 
drenagem linfática fisiológica prejudicada. Com isso, as células adiposas agrupam-
se e ficam ligadas por fibras de colágeno, impedindo a corrente sanguínea, 
provocando o endurecimento e contração dos fios do tecido conjuntivo, que puxam a 
pele para baixo, resultando no aspecto irregular que vemos nos locais mais 
característicos da celulite. 
Em especial, relaciona-se a celulite aos hormônios femininos, pois se 
observa que ela se desenvolve durante os períodos de mudança hormonal, tais 
como a puberdade, a menopausa, a síndrome pré-menstrual, a gravidez e durante o 
início do uso da pílula contraceptiva. Os hormônios comandam mudanças na 
circulação sanguínea, na drenagem linfática, na gordura e no tecido conjuntivo,o 
que provoca a formação da celulite. 
Assim, constata-se que a fisiopatologia do edema intersticial é um ciclo 
vicioso. Com o aumento da pressão capilar, há uma diminuição da pressão oncótica 
do plasma, que por sua vez ocasiona aumento da pressão oncótica do líquido 
intersticial e consequente diminuição do fluxo linfático. Com o problema circulatório, 
ocorre um aumento de triglicerídeos dentro dos adipócitos, causando a sua 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
12 
hipertrofia e aumentando mais a pressão dos capilares. Dessa forma, temos no 
tecido celulítico: hiperviscosidade da substância fundamental amorfa com retenção 
hídrica e aumento da gordura nos adipócitos. 
A fibrose formada pela contração das fibras do tecido conjuntivo bloqueia a 
passagem de sangue e de oxigênio, o que leva à morte e à esclerose das células. 
Também ocorre uma polimerização dos mucopolissacarídeos juntamente com o 
exsudato do edema intersticial. Estes processos caracterizam os estágios da 
celulite. 
 
 
 
FONTE: Esquema da fibrose. GUIRRO & GUIRRO, 2002 (editada). 
 
 
Outros fatores que também contribuem para o aparecimento e 
agravamentos da celulite são: o aumento de peso, a má nutrição, pouca ingestão 
diária de água e o sedentarismo. Além de a causarem, provocam a sua piora com o 
passar dos anos. A idade é acompanhada de perda de consistência, tonalidade e 
tonicidade do tecido conjuntivo, o que torna a celulite mais visível e flácida. 
Com todos esses fatores vemos que a celulite é progressiva (piora com a 
idade) e incurável, mas pode ser tratada porque esses tratamentos evoluem 
rapidamente. 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
13 
Entre os vários fatores que causam a celulite, além dos já citados, podemos 
dividi-los em gerais ou locais. 
 
Gerais 
 Hereditários: na maioria absoluta, em mulheres. Pode sofrer influência 
ambiental; 
 Alimentar: ingestão de açúcar e gorduras. A ingestão exagerada de sal 
leva à retenção de líquidos, ajudando no edema intersticial; 
 Metabólicos: associada ao aumento de peso e gestação; 
 Vasculares: alterações microcirculatórias, retenções hídricas devido a 
essas alterações; 
 Patologias agregadas: obesidade, glandulares, neurológicas e 
ortopédicas, mas essas causas são mais raras; 
 Musculares: 80% dos casos vêm acompanhados por flacidez muscular, 
mas também tem a tissular, o que aumenta o aspecto celulítico; 
 Sedentarismo; 
 Iatrogênicos: medicamentoso, geralmente hormonioterapia. Vinculado 
à menarca, uso de anticoncepcionais e gestação. Ocorre um hiperestrogenismo 
(hormônio feminino LDG), agindo na multiplicação dos adipócitos, formando 
megadipócitos que comprimem a microcirculação, piorando o ciclo vicioso visto 
anteriormente; 
 
 Psicológicos; 
 Hiperlordose exagerada; 
 Disfunção hepática; 
 Disfunção gastrointestinal; 
 Bebidas alcoólicas; 
 Cigarro; 
 Estresse. 
 
 
Locais: 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
14 
 Compressivos internos: tumores, gravidez, constipação, alterações 
ginecológicas, etc.; 
 Compressivos externos: vestuários e cintas; 
 Tratamentos inadequados: massagem violenta. 
 
Além disso, temos a celulite psicológica, pois algumas mulheres enxergam 
celulite ou gordura localizada onde não existe, isto devido, sem dúvidas, a 
problemas com sua própria autoestima. Se o fator psicológico não for trabalhado, 
nenhum tratamento estético mostrará resultados visíveis a este tipo de paciente, 
complicando o trabalho do profissional. 
A pesquisa científica sobre celulite é difícil, em virtude ao fato dos 
profissionais das comunidades científicas não a encararem como uma doença. A 
comunidade médica ainda não encara o tratamento destas alterações estéticas 
como uma necessidade para a melhora de qualidade de vida, visando apenas o seu 
lado comercial. 
 
 
2.2 Estágios 
 
 
A celulite passa por vários estágios, desde o seu início até as suas formas 
mais graves. E, de acordo com estágio em que ela se encontra, as manifestações 
cutâneas mostram-se mais evidentes. A seguir, veremos os quatro estágios em que 
a celulite pode se apresentar: 
 Estágio I ou Edematoso: ocorre uma pequena modificação das 
células do tecido adiposo, no entanto a região afetada não apresenta alteração 
circulatória e nem nos tecidos de sustentação, apenas uma dilatação venosa. Não 
há sinais visíveis na pele nem dor neste estágio da celulite; ela só aparece quando 
fazemos compressão da região. Falando de uma maneira mais simplificada, a 
celulite nesse estágio é interna, não sendo vista ou sentida. Os vasos estão mais 
permeáveis e as toxinas começam a se instalar. Se a pele for apertada com força, 
vão aparecer furos minúsculos. Se tratada neste estágio, a possibilidade de melhora 
é de 100%. 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
15 
 
 
 
FONTE: A compressão faz com que a celulite apareça. (Própria, 2009). 
 
 
 Estágio II ou Exsudativa: a celulite aqui se caracteriza por uma 
alteração circulatória por compressão das microveias e vasos linfáticos. O sangue e 
a linfa ficam represados e, em consequência, ocorre um edema intercelular. 
Também ocorre um endurecimento do tecido de sustentação e as irregularidades na 
pele ficam aparentes, mas ainda não há dor. Vamos simplificar esse estágio: a pele 
tem um aspecto acolchoado; o sistema linfático está comprometido; se a pele for 
apertada, ficará amarelada pelo acúmulo de líquidos. É o começo da formação dos 
edemas. Surgem vasinhos arroxeados na região ocasionados pela vazão de 
líquidos. Os “furinhos” já aparecem sem compressão da pele. Nesta fase, a chance 
de melhora é de até 80%, principalmente com correção alimentar e drenagem 
linfática. Pode-se também lançar mão do ultrassom; 
 
 
FONTE: Estágio II, ondulações visíveis. (Própria, 2008). 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
16 
 
 
 Estágio III ou de Fibrose: neste estágio, já aparece o aspecto “casca 
de laranja” e inicia a dor. A fibrose se instala e a circulação acaba comprometida. 
Podem aparecer vasinhos e microvarizes e uma sensação de peso e cansaço nas 
pernas. Simplificando: a superfície da pele tem aspecto de gomos visíveis e os 
nódulos podem ser sentidos ao toque; a pele está mal nutrida podendo ocorrer 
desidratação dos tecidos. A textura torna-se áspera e os poros ficam dilatados, 
surgindo microvarizes. Sinais de dor e o inchaço são bem evidentes. A circulação 
comprometida torna a pele mais fria. Neste estágio, é possível melhorar o estado da 
celulite em cerca de 60%, mas há necessidade de intervenção com equipamentos 
de efeitos mais profundos; 
 
 
 
Aspecto de “Casca de Laranja” – estágio III. Disponível em: <www.senado.gov.br.>. Acesso em: 
25/07/2009 
 Estágio IV ou de Esclerose: é a fase mais grave, com as fibras mais 
duras, formando nódulos, e a circulação prejudicada. A pele apresenta depressões. 
Ocorrem aderências à aponeurose muscular. As pernas ficam pesadas, inchadas e 
doloridas e a sensação de cansaço é frequente, mesmo sem esforço. Simplificando: 
a celulite fica evidente até mesmo sob as roupas; as fibras formam nós e as células 
de gordura se agrupam de tal forma que criam nódulos, prejudicando a circulação; 
os nervos podem ser comprimidos, o que faz a região ficar endurecida e dolorida; 
com a circulação comprometida, fica difícil eliminar as toxinas e isso agrava ainda 
mais a celulite. Nesta fase, a expectativa de melhora é de 30%. O problema exige 
rigorosa avaliação médica e até intervenção cirúrgica com subincision e 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
17 
lipoescultura, principalmente se houver gordura localizada e depressões no tecido 
adiposo. 
Independente do estágio em que se encontra a celulite, ela pode se 
apresentar de duas formas clínicas. Mediante essas formas, o tratamento será 
traçado. Ela pode ser celulite flácida, em que ela vem acompanhada de flacidez 
muscular ou tissular (o que piora em muito o seu aspecto), típica da paciente magra 
e com pele mais branca, pois são pessoasmenos providas de melanina e esta, por 
sua vez, também ajuda na tonicidade da pele. A outra forma de celulite é a 
compacta, que está associada a depósitos de gordura localizada. 
 
 
 
FONTE: Ilustração de celulite associada à flacidez. (Própria, 2008). 
 
 
2.3 Prevenção 
 
Antes que a celulite se instale, você pode combatê-la e quando instalada, 
existem alguns hábitos incorporados ao dia a dia, bastante válidos: 
 Após o banho, massageie as pernas e coxas com creme anticelulite. Os 
movimentos devem ser leves, circulares e ascendentes, desde o tornozelo até o 
quadril. O processo serve para mobilizar os líquidos acumulados. Realizar 
esfoliações corporais semanais também ajuda, pois os cremes serão mais bem 
absorvidos; 
 Dê preferência aos saltos baixos, pois os altos dificultam a circulação; 
 Respirar corretamente ajuda a liberar toxinas, relaxa tensões e auxiliar 
o sangue na sua função oxigenadora; 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
18 
 A prática de exercícios é essencial, principalmente natação e 
hidroginástica. Caso prefira algum outro exercício, escolha um de menor impacto, 
mais moderado e sem movimentos bruscos, para não agredir os tecidos; 
 Ao final do dia, coloque as pernas para o alto, flexione e estenda os 
dedos dos pés, faça rotação externa, interna, flexão e extensão dos tornozelos, para 
facilitar o retorno venoso e linfático; 
 Quando ficar muito tempo em pé, descanse um pouco com as pernas 
para cima; 
 Prefira as peças folgadas e confortáveis. As roupas justas também 
prejudicam a circulação; 
 Priorize a ingestão de frutas, vegetais crus e cozidos; 
 Troque frituras por grelhados ou cozidos; 
 Evite o açúcar refinado; 
 Evite sal em excesso, pois este favorece inchaços, fator importante no 
processo da celulite; 
 Coma alimentos ricos em fibras (cereais integrais, frutas, verduras), a 
fim de melhorar o trânsito intestinal. 
 Evite refrigerantes e bebidas alcoólicas em geral; 
 Não fume, pois a nicotina e o alcatrão aumentam a espessura dos 
vasos sanguíneos, dificultando a circulação; 
 Beba bastante água, para ajudar a eliminar as toxinas; 
 
 
2.4 Tratamentos 
 
O papel do terapeuta é atuar sobre os fatores predisponentes e na 
orientação da paciente. Todavia, os três objetivos principais são: melhorar a 
microcirculação, degradar triglicerídeos e despolimerizar os mucopolissacarídeos. 
A seguir serão expostas algumas modalidades de tratamento que auxiliam 
no combate à celulite. Vale lembrar que esses tratamentos se misturam com os de 
gordura localizada, pois os dois estão muito próximos no objetivo de degradar os 
triglicerídeos e despolimerizar os mucopolissacarídeos. Assim também acontece 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
19 
com alguns tratamentos de celulite e flacidez, pois como vimos, ela também pode se 
apresentar também desta forma. 
Massagens modeladoras, drenagens linfáticas, correntes russas, 
eletrolipoforese, infravermelho, ultrassom, mesoterapia, lipoaspiração, lipoescultura, 
cremes, pílulas, cirurgias... A evolução das armas contra a celulite e gordura 
localizada é enorme e produz muito dinheiro para a indústria da beleza e que 
explora a vaidade feminina e o desespero, diante dos quase inevitáveis furinhos no 
bumbum. Todas as técnicas são para melhorar o aspecto da pele e de agir nas 
várias etapas da celulite. 
 
 Drenagem linfática: sua indicação acontece devido ao componente de 
retenção de líquidos na celulite. No entanto, não temos resultados substanciais nos 
graus III e IV. Trata-se de uma massagem suave, com movimentos lentos e rítmicos 
que ajuda a eliminar líquidos retidos e toxinas, facilita o escoamento da linfa, 
melhorando a circulação sanguínea e eliminando as toxinas. Pode ser feita com as 
mãos ou com a ajuda de aparelhos, mas sempre por um profissional treinado e que 
conheça a anatomia linfática; 
 
 Vacuoterapia: é um tipo de massagem mecânica realizada por meio 
de um aparelho que produz um vácuo suave, puxando e soltando a pele, 
acompanhado de movimentos que seguem a circulação linfática. Estimula a 
dissolução dos nódulos e a eliminação da gordura, melhorando muito o processo de 
celulite; 
 
 Endermologia: é uma técnica de drenagem linfática com sucção, feita 
por intermédio de ventosas e roletes que exercem compressão sobre os tecidos 
celulíticos, para que seu aspecto característico seja atenuado. Na verdade, é uma 
vacuoterapia com roletes. Diminui a extensão da região afetada e melhora a pele 
como um todo; 
 
 
 Eletrolipoforese: agulhas finas, semelhantes às usadas na 
acupuntura, ligadas a um aparelho especial que funciona com correntes polarizadas 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
20 
que são introduzidas na pele. Elas transmitem impulsos elétricos que melhoram a 
microcirculação, também melhorando o fluxo linfático e sanguíneo, que produziria a 
dissolução dos nódulos de celulite. É eficiente, pois o estímulo, por meio das 
agulhas, vai direto ao local onde deve agir. Esta técnica também pode ser realizada 
com grandes placas finas de silicone condutivo, sendo uma maneira mais segura de 
ser realizada e ideal para quem tem aversão à agulha; 
 
 Iontoforese: esta técnica consiste na introdução de medicamentos na 
pele, por meio de corrente galvânica. Placas específicas são aplicadas na área 
afetada, ajustadas com faixas elásticas. Sua intensidade varia de 5 a 15 MA, num 
tempo máximo de 30 minutos. Na metade da seção, inverte-se a polaridade do 
aparelho. As substâncias utilizadas durante o procedimento são soluções que 
estimulam a despolimerização dos mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo e a 
degradação dos triglicerídeos; 
 
 
 Ultrassom: aparelho que emite ondas numa frequência acima de 
20.000 Hz, não sendo audíveis pelo ouvido humano, com profundidade de 3 a 4 cm, 
agitando as moléculas de água da região, que se colidem com as células adiposas, 
promovendo a eliminação de gordura e toxinas. Também aumenta a permeabilidade 
das membranas das células e ajuda a romper fibroses e drenar edemas. Esta 
técnica não é eficiente para casos críticos de celulite e nem apresenta bons 
resultados se usada isoladamente. Alguns pregam a utilização para fazer 
penetração de substâncias (fonoforese), mas não é tão eficaz neste sentido quanto 
à iontoforese; 
 
 Manthus: é um equipamento computadorizado, constituído por 
geradores de Ultrassom e Correntes para tratamento de celulite e gordura 
localizada. Também utiliza as terapias combinadas, constituídas por um potente 
transdutor de ultrassom 3 MHz (45W), associado a um transdutor de estímulos 
elétricos tripolares, produzindo correntes de média frequência, bem como correntes 
polarizadas de grande penetração; 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
21 
 Carboxiterapia: no tratamento da celulite e gordura localizada, a 
infusão de gás no local tem como efeito provocar uma distensão que permite 
promover a ruptura de algumas células de gordura, desencadeando reações 
químicas de lipólise – processo que “rompe” as células gordurosas – além de 
promover aumento da circulação de sangue na região, oferecendo mais nutrientes 
aos tecidos tratados; isto significa a eliminação mais rápida da gordura que foi 
mobilizada de dentro das células gordurosas; 
 
 Bandagem Crioterápica ou Fria: a popular “Três em Um” dos 
tratamentos estéticos, pois combate a celulite, a gordura localizada e a flacidez. É 
definida pela aplicação de uma solução a base de cânfora e mentol nas áreas 
atingidas, provocando uma queda de temperatura local. Com isso, o organismo 
utiliza os lipídios de reserva, para recuperar seu equilíbrio térmico, e desta forma há 
redução de volume onde as bandagens foram aplicadas. O choque térmico sobre a 
pele provoca a retração das fibras dos tecidos da derme reduzindo a flacidez. O 
aumento da circulação sanguínea favorece a drenagem linfática auxiliando na 
melhora do aspecto da celulite; 
 
 
 Corrente ou Estimulação Russa:corrente da família das 
excitomotora de média frequência, que tem por objetivo melhorar o tônus da 
musculatura, combatendo a flacidez, sendo eficaz nos casos de celulite flácida; 
 
 Criotermólise: é a atuação em conjunto da crioterapia, termoterapia, 
dermotonificação e ionoforese, unidas em um único equipamento para atuar nos 
tratamentos de flacidez dérmica, pré e pós-cirúrgico, bem como na mobilização da 
gordura localizada e celulite; 
 
 
 Termoterapia: a termoterapia de aplicação localizada e controlada 
permite que ocorra uma vasodilatação, aumentando o fluxo sanguíneo e nutrindo os 
tecidos, bem como o aumento da permeabilidade celular, facilitando a penetração de 
ativos. O disparo da termogênese local é um dos principais efeitos, pois é capaz de 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
22 
mobilizar os tecidos adiposos e celulíticos a fim de diminuir a resistência dos 
mesmos e suprimi-los; 
 
 Radiofrequência: É uma técnica bem atual, não invasiva, que consiste 
na emissão de uma onda de rádio que atua em profundidade, fazendo aquecer os 
tecidos de sustentação da pele – a hipoderme e a gordura subcutânea. Promove a 
síntese do colágeno, levando à criação de neocolágeno modificando as células de 
gordura, contraindo- as. 
 
 
 
FONTE: Radiofrequência; exemplo de tratamento anticelulite. (Própria, 2009). 
 
 
São considerados métodos médicos: 
 
 Subincision: pequena intervenção cirúrgica, indicada para as 
depressões provocadas pela celulite nos graus mais avançados. Pode ser realizada 
isoladamente para as depressões mais recentes e rasas ou associada a uma 
lipoescultura, quando o caso for mais antigo. No entanto, a lipoaspiração não 
garante grandes resultados em casos de celulite. A subincision consiste em 
seccionar as fibroses no tecido subcutâneo para reduzir as depressões causadas 
pela celulite. É indicada para celulite de grau três e quatro. A subincision simples 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
23 
pode ser realizada no consultório, com anestesia local, e a paciente volta para casa 
logo depois do procedimento. O médico usa uma agulha fina e cortante para romper 
as fibras enrijecidas que repuxam a pele em algumas áreas e formam os furinhos. 
Não há necessidade de dar pontos nem deixar cicatriz. O processo é rápido, levando 
em média dois minutos para corrigir cada depressão. 
 
 Intradermoterapia: é a administração de medicação lipolítica, via oral 
ou injetável (mais comum), na região afetada. Para auxiliar os resultados da técnica, 
a gordura excedente tem que ser eliminada por meio de exercícios e com a ajuda de 
uma reeducação alimentar. Caso contrário, a gordura volta para o local de onde saiu 
e pode até aumentar. A intradermoterapia, que só pode ser realizada por médicos 
capacitados, deve ser combinada com outras técnicas, como a drenagem linfática 
manual ou sucção, para um melhor resultado, pois o método isolado não é capaz de 
resolver o problema da celulite, onde entra o nosso trabalho; 
 
 Carboxiterapia: já citada anteriormente. 
Além dos tratamentos, outras dicas são importantes de serem levadas em 
conta quando falamos de celulite. A temperatura corporal é mais fria nas regiões de 
tecido celulítico. Com a gravidez, há uma piora considerável da celulite, pois há um 
aumento da retenção de líquidos. A celulite piora seu aspecto antes da menstruação 
em seus graus III e IV são doloridos. 
Tomar líquidos (água e sucos) ajuda no tratamento da celulite. Cremes para 
celulite melhoram em até 10%, mas devem ser aplicados diariamente. A celulite não 
melhora em camas ginásticas passivas e refrigerantes diet não causam celulite. A 
lipoaspiração não elimina a celulite. E, o mais importante, a dieta balanceada é 
fundamental para se obter um bom resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
24 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
CAMARGO, Ângela Colliri: Marx. Ângela Gonçalves. Fisioterapia no edema 
linfático. 2.ed. São Paulo : Ed. Paramedi Editorial. 1980. 
 
CASSAR, M.P. Manual de massagem terapêutica. SP: Manole, 2001. 
 
CK INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE APARELHOS ELETROMEDICINAIS.
Técnicas de drenagem linfática na estética – II. Obtido via internet. 
Disponível em (http://www.ck.com.br/materias/2001_06_arquivos/0601.htm). 
Acesso em jun. 2009. 
 
MARX, Ângela G. CAMARGO, Márcia C. Reabilitação Física no Câncer de 
Mama, São Paulo, Roca, 2000. 
 
CORDEIRO, A; K., BACARAT; F.F. Linfologia. São Paulo, Fundação Byk-
Procienx, 1990. 
 
GUIRRO, Elaine,GUIRRO, Rinaldo, Fisioterapia Dermato Funcional, 3ª ed 
São Paulo, Ed. Manole, 2002. 
 
GRAY. Anatomia Humana. RJ: Guanabara Koogan, 1997. 29ed. 
 
GUYTON, A.C. Tratado de Fisiologia Médica. 9 ed., Rio de Janeiro, 
Guanabara Koogan, 2003. 
 
JUNQUEIRA, L.C; CARNEIRO, J. Histologia básica. RJ: Guanabara Koogan, 
1999. 9ed. 
 
 AN02FREV001/ REV 3.0 
25 
LEDUC, Albert: Leduc, Oliver. Drenagem Linfática Terapia e Prática. 2.ed. 
São Paulo: Ed Manole, 2000. 
 
McGILVERY, Carole; REED, Jimi e MEHTA, Mira. Enciclopédia de 
Aromatoterapia, Massagem e Ioga. Brasil: Ed. Edelbra, 1995. 
 
McGILVERY, Carole. Manual de Massoterapia. Brasil: Ed. Edelbra, 2000. 
 
RODRIGUES, C.F.S. Anatomia aplicada do sistema linfático. In: PITTA, G.B.B.; 
CASTRO, A. A.; BURTHAN, E. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. 
Maceió: Uncisal, 2003. 
 
UNIFESP – Universidade Federal do Estado de São Paulo – Departamento de 
informática em saúde. Células e órgãos do sistema imune. Obtido via 
internet. Disponível em (http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-
bio/trab2004/). Acesso em: jun. 2009. 
 
UFBA – Universidade Federal da Bahia. Histologia. Obtido via internet. 
Disponível em: (http://www.histologia2.ufba.br/tec_conj_pd_adiposo.html). 
Acesso em jun. 2009. 
 
 
 
 
 
-------------FIM DO CURSO--------------

Outros materiais