Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• Momento Psi Explanação do modelo terapêutico (Abordagem centrada na pessoa) © Histórico O pensamento de Carl Rogers sofreu uma evolução ao longo de sua carreira profissional, de tal maneira que a própria denominação de sua proposta teórica também foi se modificando. Em 1940, quando, segundo ele mesmo, nasce sua nova proposta teórica de psicoterapia, Rogers a nomeia de Psicoterapia Não-Diretiva ou Aconselhamento Não- Diretivo, tal como publicado em 1942 em seu livro Psicoterapia e consulta psicológica. Posteriormente passa a denominá-la Terapia Centrada na Cliente, Ensino Centrado no Aluno, Liderança Centrada no Grupo e, por último, Abordagem Centrada na Pessoa, que, segundo ele, é a denominação mais adequada a sua teoria (C. Rogers, 1983). Essas mudanças na denominação de sua teoria devem-se aos diferentes interesses que Rogers foi assumindo como foco de seu trabalho ao longo da vida. © Abordagem A Abordagem centrada na pessoa não é diretiva pois os terapeutas permitem que os clientes liderem a discussão e não tentam dirigir o cliente em uma direção específica. A proposta da ACP considera que uma pessoa deve buscar um terapeuta que tenha congruência, aceitação incondicional e empatia, só assim o cliente encontrará o clima necessário para crescer psicologicamente. Congruência: Existe quando o terapeuta é um indivíduo autêntico, quando está em contato com o seu “eu real” e tem a disposição de expressar abertamente seus sentimentos e pensamento sem utilizar máscaras diante do cliente dessa forma demonstrando transparência. Rogers afirma que o terapeuta será mais eficiente se ele comunicar sentimentos genuínos, mesmo que eles sejam negativos ou ameaçadores, ser congruente significa ser verdadeiro, genuíno, inteiro; ser o que realmente é. Aceitação incondicional: Prezar e aceitar incondicionalmente o cliente, sem julgamentos e permitindo que ele apresente sua própria visão de mundo, livre de restrições e avaliações externas. A aceitação incondicional também indica que o terapeuta não julga seus clientes, nem aceita uma ação e rejeita outra. Empatia: A terceira condição necessária para que o terapeuta promova o clima psicológico e a mudança terapêutica é a escuta empática, o ato de se colocar no lugar do outro sem fazer julgamentos, permitindo dessa forma que o terapeuta possa ver o mundo do ponto de vista do cliente. Na visão de Rogers, quando uma pessoa se sente compreendida adequadamente, ela se sente em maior contato com suas próprias experiências. Isso lhe dá uma referência ampliada à qual recorrer em busca de • Momento Psi autocompreensão e auto-orientação. Se a empatia do terapeuta for precisa e profunda, o cliente pode se tornar capaz de desbloquear o fluxo de certas experiências e permitir que elas sigam seu curso sem inibições. © Estágios da mudança terapêutica Estágio 1: Nesse estágio o indivíduo encontra-se em estado de rigidez e de resistência a mudança. Se recusa a comunicar qualquer sentimento ou emoção. Estágio 2: O cliente se torna menos rígido, mas ainda tem dificuldades em reconhecer seus próprios sentimentos, contudo, pode falar sobre sentimentos pessoais como se fossem fenômenos objetivos. Estágio 3: Nesse estágio o cliente fala mais livremente sobre si, mas ainda de uma forma objetiva e sem nuances. Estágio 4: O cliente começa a falar sobre sentimentos mais profundos, Já é capaz de aceitar mais liberdade e responsabilidade do que no estágio anterior, e começa a se permitir um maior envolvimento com o terapeuta. Estágio 5: Ao chegar nesse estágio, o cliente começou a experimentar mudanças significativas e crescimento. Ele consegue expressar sentimentos e começa a confiar em seu processo de avaliação, começa a tomar suas próprias decisões e a aceitar responsabilidades por suas escolhas. Estágio 6: O cliente chega a esse estágio experimentando um crescimento profundo e um movimento irreversível no sentido de se tornar um pessoa completamente funcional, ele aceita em sua consciência experiências que anteriormente negava ou distorcia, torna-se mais congruente e é capaz de reconhecer adequadamente suas experiências presentes e expressá-las abertamente. Estágio 7: O indivíduo chega ao estágio 7 como uma pessoa completamente funcional, tornando-se capaz de generalizar os benefícios obtidos com a terapia para toda a sua vida fora da terapia. Assim, ele passa a ter confiança para ser ele mesmo todo o tempo, de apropriar-se e sentir em profundidade todas as suas experiências, vivenciando-as no presente, por se tornar mais realista, o indivíduo passa a ter uma visão mais adequada das suas potencialidades. O relacionamento com os outros também se modifica. O indivíduo passa a aceitar mais as outras pessoas, fazendo menos exigências e permitindo que elas sejam simplesmente quem são. Como existe menor necessidade de distorção da realidade, o indivíduo tem menos desejo de forçar os outros a atenderem suas expectativas. • Momento Psi © Referências HUMANAMENTE, 2021. Disponível em: http://didatics.com.br/index.php/parte-4-terapia- centrada-no-cliente >. Acesso em 20 de maio de 2021 MOREIRA, Virginia. Revisitando as fases da abordagem centrada na pessoa. Estud. psicol. (Campinas) , Campinas, v. 27, n. 4, pág. 537-544, dezembro de 2010. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 166X2010000400011&lng=en&nrm=iso>. acesso em 20 de maio de 2021. https://doi.org/10.1590/S0103- 166X2010000400011 .
Compartilhar