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AULA 11 HUMANIZAÇÃONA SAÚDE DA MULHER Profª

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AULA 11 HUMANIZAÇÃONA SAÚDE DA MULHER Prof.ª. Jaqueline PASM
Até meados do século XIX
· Experiência reprodutiva feminina
◦Contracepção			◦Concepção			◦Parto 
· Domínio da MULHERES
· Pertencia a esfera FAMILIAR OU PRIVADA.
· Conhecimento sobre a reprodução era das MULHERES
Durante o século XX
Início da inserção da MEDICINA no cenário do nascimento 
(Atraso em função de obstáculos MORAIS –parto como processo natural e de competência feminina)
Rápida expansão de tecnologias para desencadear, aumentar, acelerar, regular ou monitorar o processo do parto
Tornando-o “mais normal”
Melhorar a saúde de mães e crianças. 
Obstetrícia 
Ramo Legítimo da Medicina
· Parto PATOLÓGICO
· REQUER INTERVENÇÃO OBSTÉTRICA
· BOM DESFECHO
PARTO
· Hospitalocêntrico
· Medicalocêntrico
· Uso exagerado de tecnologias
· Impessoal
· Intervencionista
Década de 1990
Questionamento da obstetrícia e suas condutas/intervenções
Desnecessárias		Inapropriadas		Dolorosas 	 Arriscadas 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
· Comprovaram que o intervencionismo 
· Risco materno e fetal 
· Contribui para a morbimortalidade materna e perinatal
Proposta: HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AO PARTO
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS, 1996)
HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AO PARTO
“O objetivo da assistência é obter uma mãe e uma criança saudáveis com o mínimo possível de intervenção que seja compatível com a segurança. Esta abordagem implica que no parto normal deve haver uma razão válida para interferir ir sobre o processo natural”.
- Com base nas EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS, na segurança e efetividade.
- Inclui DIREITOS DAS MULHERES (informação e decisão informada nas ações de saúde)
RECONHECE DIREITOS FUNDAMENTAIS DE MÃES E CRIANÇAS:
· Uso de tecnologias apropriadas com base nas evidências científicas.
· Direito a: escolha do local, pessoas e formas de assistência ao parto.
· A preservação da integridade corporal de mães e crianças.
· Respeito ao parto como experiência altamente pessoal, sexual e familiar. 
· Assistência à saúde.
· Apoio emocional, social e material no ciclo gravídico-puerperal.
· Proteção contra abuso e negligência.
OMS, 1996 -Classifica as rotinas obstétricas em 4 categorias
CATEGORIAS 
A. Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas
B. Condutas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas
C. Condutas sem evidência científica suficiente para apoiar uma recomendação e que deveriam ser usadas com precaução, até que novas pesquisas comprovem o assunto
D. Condutas frequentemente utilizadas de forma inapropriada, provocando mais dano que benefício.
MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL2001
Implementou a Humanização da Assistência ao Parto
Referência para a promoção do parto e da maternidade segura
2017 
OBJETIVO:
Sintetizar e avaliar sistematicamente a informação científica disponível em relação às práticas mais comuns na assistência ao parto e ao nascimento fornecendo subsídios e orientação a todos os envolvidos no cuidado, no intuito de promover, proteger e incentivar o parto normal.
Objetivos Específicos
· Promover mudanças na prática clínica, uniformizar e padronizar as práticas mais comuns utilizadas na assistência ao parto.
· Diminuir a variabilidade de condutas entre os profissionais no processo de assistência ao parto.
· Reduzir intervenções desnecessárias no processo de assistência ao parto normal e consequentemente os seus agravos.
· Difundir práticas baseadas em evidências na assistência ao parto normal.
· Recomendar determinadas práticas sem, no entanto, substituir o julgamento individual do profissional, da parturiente e dos pais em relação à criança, no processo de decisão no momento de cuidados individuais.
Recomendações
1. Local de assistência ao parto
2. Cuidados gerais durante o trabalho de parto
3. Alívio da dor no trabalho de parto
4. Assistência no primeiro período do parto
5. Assistência no segundo período do parto
6. Assistência no terceiro período do parto
7. Cuidados maternos imediatamente após o parto
8. Assistência ao recém-nascido
ENFERMEIRO (A) 
· Reconhecido com um profissional de saúde preparado para atuar de forma HOLÍSTICA
· Cuida da mulher seguindo as premissas da humanização do parto e nascimento
· Competência técnica e legal
Lei do Exercício Profissional de Enfermagem no Brasil (Decreto nº. 94.406 de 1987) respalda legalmente o enfermeiro para:
•Prestação de assistência de enfermagem à parturiente.
•Acompanhamento da evolução do trabalho de parto.
•Execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distócia
Enfermeiro (a) Obstétrico (a)
Art.9º do Decreto nº.94.406 de 1987, menciona às profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, além das atividades de que trata o artigo precedente, incumbe: 
I –Prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
II –Identificação das distócias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;
III –realização de episiotomia e episiorrafia com aplicação de anestesia local, quando necessária.
ATENÇÃO HUMANIZADA AO ABORTAMENTO
Definição
PERDA DO CONCEPTO DE 20 -22 SEMANAS DE IDADE GESTACIONAL OUCOM ATÉ 500 GRAMAS.
ABORTO: PRODUTO ELIMINADO ABORTAMENTO: PROCESSO
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM (2017)
PROIBIDO
Art.73 Provocar ABORTO ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação, exceto nos casos permitidos pela legislação vigente.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o profissional deverá decidir de acordo com a sua consciência sobre sua participação, desde que seja garantida a continuidade da assistência.
Código Penal, Doutrina e Jurisprudência
Não é crime e não se pune 
O abortamento praticado pelo médico quando:
a) Não há outro meio de salvar a vida da mulher (Art. 128, I)
b) Gravidez resultante de estupro (ou outra forma de violência sexual) (Art. 128, II)
	a) Com o consentimento da mulher ou
	b) Se mulher incapaz, com o consentimento do seu representante legal
ATENÇÃO - SIGILO PROFISSIONAL
ATENÇÃO HUMANIZADA ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE ABORTAMENTO
Direito de toda a mulher, dever de todo profissional
Pressupõe respeito aos princípios fundamentais da Bioética
◦Autonomia
◦Beneficência
◦Não maleficência 
◦Justiça
“Não fazer juízo de valor e não julgar”
ABORTAMENTO INSEGURO 
· Acolher condignamente
· Não causar transtorno ou constrangimento
· Envidar esforços para garantir a sobrevivência da mulher
HUMANIZAR
ACOLHER: “dar acolhida a, atender a, dar crédito a, dar ouvidos a, aceitar, tomar em consideração”. (Aurélio)
ROTEIRO DE CONVERSA 				
MUDANÇA DE POSTURA				ATENÇÃO HUMANIZADA
◦Discussões coletivas					◦Promover
◦Supervisões clínicas					◦Acolhimento
◦Troca de preocupações				◦Informação
◦Reuniões para sensibilização da equipe		◦Orientação
◦Capacitação dos profissionais				◦Suporte emocional
ESCUTA QUALIFICADA
· Respeitar a fala da mulher e seus sentimentos.
· Organizar o acesso da mulher, priorizando o atendimento.
· Identificar e avaliar as necessidades e riscos dos agravos à saúde em cada caso.
· Dar encaminhamentos conforme os problemas apresentados.
· Garantir a privacidade no atendimento e a confidencialidade das informações.
· Realizar os procedimentos técnicos de forma humanizada e informar sobre as intervenções necessárias.
Informar e Orientar
· Estar atento às preocupações das mulheres, aceitando as suas percepções e saberes.
· Estabelecer uma comunicação efetiva.
· Atentar a comunicação não verbal.
· Utilizar linguagem simples, aproximativa, inteligível e apropriada.
· Informar os procedimentos e como serão realizados.
· Orientar quanto a escolha contraceptiva no pós-abortamento 
Referências
◦BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida. [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
◦BRASIL. Ministérioda Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
◦BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica da Saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada. 158p (série A Normas e Manuais Técnicos. Série Direitos Sexuais e Reprodutivos -Caderno nº5). Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
◦BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao abortamento: norma técnica. 2º ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
◦ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Assistência ao parto normal: um guia prático. Saúde Materna e Neonatal/Unidade de Maternidade Segura Saúde Reprodutiva e da Família. Genebra; 1996.

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