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Tópico 10 - Cidadania

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Objetivo:
Conhecer os fundamentos de 
Cidadania
Nesta aula:
• Para começo de conversa
• As transformações históricas da 
Cidadania
• A Inter-relação entre Cidadania e 
Direitos Humanos
• Desafios da Cidadania no Séc. 
XXI
• Cidadania digital
Tópico X – Cidadania
O conceito de cidadão é ambíguo e é
utilizado com diferentes sentidos. Alguns o utilizam
com a intenção de eliminar diferenças entre os seres
humanos, ou seja, como expressão de igualdade.
Todos são cidadãos, portanto, todos são iguais.
Outros, porém, lhe dão significação mais restrita.
Consideram cidadãos aqueles que têm
responsabilidades públicas, inclusive o direito de
participar das decisões políticas. Durante a Revolução
Francesa passou-se a usar a palavra cidadão como
demonstração da igualdade de todos: não havia mais
nobres e plebeus, livres e escravos; havia apenas
cidadãos.
Mas a cidadania implicava a vinculação
jurídica com um Estado determinado. Podemos
afirmar que o conceito moderno de Cidadania nasce
Para começo de conversa na França revolucionária, e em linhas gerais,
cidadania implica em: Ser cidadão é ter direito à
vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade
perante a lei: ter direitos civis. É também participar
no destino da sociedade, votar, ser votado, ter
direitos políticos. Os direitos civis e políticos não
asseguram a democracia sem os direitos sociais,
aqueles que garantem a participação do indivíduo
na riqueza coletiva: o direito à educação, ao
trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranquila.
Tópico X – Cidadania
O conceito de cidadania se renova
constantemente diante das transformações sociais, do
contexto histórico vivenciado e principalmente diante
da mudança de paradigmas ideológicos. Por tal razão
é possível afirmar que cidadania não é uma ideia
estática, mas dinâmica. Neste sentido, destaca-se:
O conceito contemporâneo de cidadania se
estendeu em direção a uma perspectiva na qual
cidadão não é apenas aquele que vota, mas aquela
pessoa que tem meios para exercer o voto de forma
consciente e participativa. Portanto, cidadania é a
condição de acesso aos direitos sociais (educação,
saúde, segurança, previdência) e econômicos (salário
justo, emprego) que permite que o cidadão possa
desenvolver todas as suas potencialidades, incluindo a
de participar de forma ativa, organizada e consciente,
da construção da vida coletiva no Estado democrático.
A cidadania conhecida na antiguidade
clássica não é a mesma cidadania por qual lutamos
hoje e a que almejamos concretizada nas gerações
futuras. Há muito cidadania deixou de ser
simplesmente o direito de votar e ser votado.
Cidadania é muito mais que isto. É ter educação de
qualidade, saúde, informação, poder de
participação na condução das políticas públicas e
igualdade de oportunidades.
Tópico X – Cidadania
As transformações históricas da Cidadania
A palavra “cidadania” provém do
latim civitatem que significa cidade. Isto nos remete
a expressão grega polis, cidades-estados antigas;
tipo de organização a que é atribuído, pela maioria
dos historiadores, o conceito tradicional de
cidadania. Nesta fase cidadania se restringia à
participação política de determinadas classes
sociais.
Cidadão era o que morava na cidade e participava de
seus negócios.
Não é incorreto afirmar que na Grécia
antiga, cidadania era confundida com o próprio
conceito de naturalidade, visto que cidadãos eram
somente os nascidos em solo Grego e só esses
podiam exercer e usufruir dos direitos políticos. E
assim era devido ao regime aristocrático dominante.
O mesmo ocorria em Roma, onde se via
claramente a exclusão dos romanos não nobres e de
estrangeiros, que não detinham nenhuma espécie de
direitos.
Na Idade Média, com o advento das
mudanças trazidas pelo feudalismo logo no primeiro
período, isto é, o que sucedeu à queda do Império
Romano, a preocupação política cedeu espaço à
questão religiosa e a ideia de cidadania foi relegada
a segundo plano. A sociedade de estamentos
apresentava uma organização que incluía a
nobreza, o clero e os camponeses, tendo referidas
classes direitos e privilégios distintos.
Tal situação só se modificou com o
surgimento dos estados nacionais. Neste período
denominado historicamente como Baixa Idade
Média, reaparece a noção de estado centralizado e
com ele a clássica visão da cidadania, ligada aos
direitos políticos.
Tópico X – Cidadania
Contudo, as mudanças sociais advindas das
novas necessidades materiais aliada ao fenômeno da
cristianização passou a exigir uma reformulação do
conceito de cidadania que já não atendida às
demandas, surgindo daí a semente do ideal de
igualdade. Com o iluminismo vivenciamos um período
de transição e de transformações políticas,
econômicas, artísticas, contribuindo também para o
despertar do ideal de liberdade.
Movidos por esta chama filósofos como
Locke e Rousseau defenderam a democracia liberal,
distante do direito divino e que tinha por base a razão.
Merece destaque as ideias de Rousseau que
preconizava ainda um caráter universal para os
direitos. Muito influenciaram essas ideias nas lutas
políticas da época, sendo alicerce para os movimentos
de independência de colônias americanas e de
revoluções tais como a Francesa e a Inglesa.
Entretanto, neste período, diante do fato de que a
sociedade ideal apontava desigualdades sociais, a
cidadania também foi tolhida, de certa forma, de
seu sentido mais amplo. Os séculos XIX e XX
foram responsáveis por progressos significativos
que repercutiram no conceito de cidadania.
A Revolução Francesa e a Revolução
Americana inseriram no contexto mundial um novo
tipo de Estado, carregando consigo os ideais de
liberdade e igualdade e embora tivessem uma
origem burguesa auxiliaram na busca pela inclusão
social. Aliado a tudo isto despontavam as lutas
sociais. A cidadania passa, por fim, a manter íntima
vinculação com o relacionamento entre a sociedade
política e seus membros.
Tópico X – Cidadania
As duas guerras mundiais foram decisivas
para a mudança de ideologia sobre a cidadania e o
medo advindo das atrocidades praticadas e
alicerçadas pela legalidade fez com que órgãos
internacionais e a própria sociedade civil passassem a
entender cidadania como algo indissociável dos
direitos humanos.
O conceito de cidadania passou a ser
vinculado não apenas à participação política,
representando um direito do indivíduo, mas
também o dever do Estado em ofertar condições
mínimas para o exercício desse direito, incluindo,
portanto, a proteção ao direito à vida, à educação,
à informação, à participação nas decisões públicas.
Tópico X – Cidadania
Mesmo diante de todos estes avanços ainda
hoje se percebe as inúmeras violações aos direitos
humanos e a ausência de cidadania plena a
considerável parcela da população que se diz
excluída, em especial, nos países subdesenvolvidos e
emergentes.
Podemos assim, baseado na lição de
Norberto Bobbio, assegurar que a cidadania é uma
luta diária, e que hoje não basta apenas elencar e
fundamentar direitos é preciso efetivá-los. Este é o
desafio de nosso tempo. Para tanto, a informação é
instrumento indispensável nesta empreitada, porque
somente conhecendo seus direitos é que o cidadão
terá condições para reivindicá-los. Daí o papel
fundamental da educação, a mais fecunda de todas as
todas as medidas financeiras, nas palavras de Rui
Barbosa.
Vimos ao longo da história que cidadania
e direitos humanos se interligaram de tal maneira
que hoje é incabível dissociá-los. A noção de
cidadania sempre esteve voltada para um agir, para
uma conduta positiva de participação. Já os direitos
humanos, considerados como direitos básicos,
direitos fundamentais internacionalizados, foram
vistos em determinadas épocas apenas como
direitos negativos (função de defesa), outras como
direitos positivos (função de prestação) e
atualmente como direitos que exigem do Estado
condutas positivas e negativas (direito de
participação).A partir do momento que a cidadania
deixou de ser vista restritivamente passando a
garantir ao cidadão o direito de exigir do Estado...
Tópico X – Cidadania
A Inter-relação entre Cidadania e Direitos 
Humanos
...condutas negativas e positivas, isto é, a
implementação dos direitos fundamentais, individuais
e sociais, tornou-se intimamente ligada aos direitos
humanos. É cediço que ambos são direitos a serem
conquistados, são frutos de um processo histórico, de
conquistas, avanços e mudança de comportamento,
não podendo ser entendidos como direitos subjetivos
inerentes aos indivíduos.
Os direitos humanos nada mais são que os
direitos fundamentais da pessoa humana. São
necessários como forma de garantir a participação
plena na vida social. Aí se encontra o elo que liga os
conceitos de cidadania aos direitos humanos. Se
considerarmos que cidadania é o direito de
participação na sociedade e que para seu efetivo
exercício deve o cidadão ser resguardado de direitos
básicos, tais como a vida, a moradia, a educação, a
informação, dentre outros e considerando que estes
direitos são direitos básicos de qualquer ser
humano, logo podemos concluir que a violação de
direitos humanos redunda em prejuízo ao pleno
exercício da cidadania.
Assim como a cidadania, os direitos
humanos também foram se consolidando no
decorrer da história, envolto nas concepções
ideológicas do Estado Liberal, do Estado Social ou
da providência e mais recentemente no Estado
Democrático de Direito.
Após a 2ª Guerra Mundial, e diante dos
horrores provocados pelo holocausto, grande
marco de desrespeito ao valor dignidade da pessoa
humana, os direitos humanos ganharam força. Isto
culminou na criação da Organização das Nações
Unidas e em sequentes tratados de Direitos
Humanos a destacar a Declaração Universal dos
Direitos do Homem.
Tópico X – Cidadania
Embora não seja um documento que apresente força obrigatória serviu de base a outros tratados
que também foram responsáveis por avanços significativos: o Tratado Internacional dos Direitos Civis e
Políticos e o Tratado Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Seu preâmbulo nos
demonstra de forma clara o sentimento que predominava no contexto histórico da época, reconhecendo
dignidade a todas as pessoas. Assim, verifica-se o resgate do valor dignidade humana, sendo este o sentido
maior da referida Declaração.
Tópico X – Cidadania
Tópico X – Cidadania
“Cidadania é a consciência de direitos democráticos, é a prática de quem está ajudando a construir os valores e as
práticas democráticas. No Brasil, cidadania é fundamentalmente a luta contra a exclusão social e a miséria e mobilização
concreta pela mudança do cotidiano e das estruturas que beneficiam uns e ignoram milhões de outros. E querer mudar a
realidade a partir da ação com os outros, da elaboração de propostas, da crítica, da solidariedade e da indignação com o que
ocorre entre nós. Um cidadão não pode dormir com um sol deste: milhares de crianças trabalhando em condições de
escravidão, trabalhadores sobrevivendo com suas famílias num quadro de miséria e de fome, a exploração da mulher, a
discriminação do negro, uma elite rica esbanjando indiferença num mundo de festas e desperdícios escandalosos, de
banqueiros metendo a mão no dinheiro do depositante, da polícia batendo em preto e pobre. A fome é a realidade, o efeito e o
sintoma da ausência de cidadania. O ponto de partida e de chegada das ações cidadãs. A negação radical da miséria é um
postulado de mudança radical de todas as relações e processos que geram a miséria. É passar a limpo a história, a
sociedade, o Estado e a economia. Não estamos falando de coisas abstratas, de boas intenções ou desejos humanitários de
alguns. Cidadania é, portanto, a condição da democracia. O poder democrático é aquele que tem gestão, controle, mas não
tem domínio nem subordinação, não tem superioridade nem inferioridade. Uma sociedade democrática é uma relação entre
cidadãos e cidadãs. É aquela que se constrói da sociedade para o Estado, de baixo para cima, que estimula e se fundamenta
na autonomia, independência, diversidade de pontos de vista e, sobretudo, na ética – conjunto de valores ligados à defesa da
vida e ao modo como as pessoas se relacionam, respeitando as diferenças, mas defendendo a igualdade de acesso aos bens
coletivos. O cidadão é o indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões
da sociedade. Um cidadão com sentido ético forte e consciência de cidadania não abre mão desse poder de participação.”
Herbet de Souza (Betinho) (disponível em https://cafecomsociologia.com/poder-do-cidadao-texto-de-herbet-de/) Acesso em 27 de julho de 2020.
https://cafecomsociologia.com/poder-do-cidadao-texto-de-herbet-de/
Com todos novos desafios surgindo pelo
mundo, não é de se espantar que tenham surgido
novidades na própria forma de participação política.
Tradicionalmente, participar da vida política
significava entrar em algum grupo com alguma
ideologia definida, filiar-se a um partido político e
disputar de todas formas possíveis o controle do
Estado. Nas últimas décadas, porém, o controle do
Estado deixou de ser o objetivo final de todos os
agentes políticos. Agora, muita gente prefere ficar
longe dos cargos em partidos ou no governo para
poder concentrar-se melhor em ações políticas diretas.
Por tudo que está presente na vida das
pessoas – o avanço e a rapidez das comunicações, a
velocidade com que tomamos conhecimento dos fatos,
de lugares os mais remotos, pela TV, pelo rádio, pela
Internet –, abrem-se muitas e diversificadas formas de
participar, além das maneiras tradicionais, como o
voto nas eleições formais.
Não há fórmulas prontas e acabadas. Há
movimentos e organizações de todos os tipos
acontecendo em toda parte. Desde organizações
filantrópicas, projetos que privilegiam a
responsabilidade social, por meio da ação de
empresas, iniciativas que promovem a inclusão
social através da educação, até grupos que atuam
na ação em prol da preservação ambiental,
movimentos que reúnem interessados em arte,
música, literatura etc.
Participar significa engajar-se em
processos que se apresentam como desafios.
Espaços de todos os tipos, escolhas das mais
diversas. Não é nada fácil, na celeridade deste
início de milênio, apontar caminhos ou desenhar o
cenário do futuro, mas uma coisa parece...
Tópico X – Cidadania
Desafios da Cidadania no Séc. XXI
...surgir com clareza: o conhecimento está deixando
de ser monopólio das instituições que tradicionalmente
têm sido suas zelosas depositárias, como a escola.
Ter acesso e adquirir conhecimento pode
ser um ato solitário. Mas construir significados e
sentidos implica diálogo, debate, discussão, sempre
segundo os valores éticos do reconhecimento do outro
e do respeito aos fatos.
Tópico X – Cidadania
Cidadania Digital
Você já ouviu falar no termo cidadania
digital? Esse conceito define o uso da tecnologia
para disseminar ideias e projetos através de uma
integração consciente entre as pessoas ao redor do
mundo usando a internet. Através de aplicativos e
outros dispositivos digitais a cidadania digital busca
unir pessoas através de uma causa. Conheça
alguns aplicativos que ajudam na construção da
cidadania:
https://vocemudaobrasil.com.br/2018/08/13/10-
aplicativos-e-sites-que-podem-ser-seus-aliados-na-
construcao-de-um-pais-melhor/
https://vocemudaobrasil.com.br/2018/08/13/10-aplicativos-e-sites-que-podem-ser-seus-aliados-na-construcao-de-um-pais-melhor/

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