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AVA 1 - Teoria da Contabilidade 2021

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Pode-se dizer que a contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) das pessoas físicas e jurídicas. Seu principal objetivo é fornecer informações relevantes para seus usuários (investidores e credores principalmente), através das demonstrações contábeis, para auxilia-los em suas tomadas de decisão. Entretanto, vale lembrar que nem sempre esses conceitos contábeis foram assim definidos e pode-se dizer que, desde o século XV, principalmente na Europa, foram criadas diversas doutrinas e pensamentos à respeito da contabilidade. A Escola Contista (1494), por exemplo, desenvolveu a teoria das contas como técnica de escrituração e foi a grande responsável pelo início da corrente doutrinaria contábil, possibilitando a criação de uma atividade que se tornaria independente no futuro; a Escola Administrativa ou Lombarda (1840) uniu as técnicas e pensamentos da Contabilidade com os elementos econômicos e administrativos; a Escola Personalista (1876) personificou as contas considerando as diferenças dos direitos e obrigações; e a Escola Veneziana ou Controlista (1880) defendia que o objetivo da contabilidade seria controlar as empresas. Apesar de todas essas escolas serem provenientes da Europa, foram formuladas em épocas diferentes, por diversos pensadores, apresentando particularidades e características únicas, porém igualmente contribuindo para o estudo e a formação do conhecimento contábil que temos hoje. Atualmente, o Brasil apoia seu ensino da contabilidade na Escola Neopatrimonialista (1990), que defende o patrimônio como seu principal objeto de estudo e foi desenvolvida pelo teórico Antonio Lopes de Sá, com base no pensamento patrimonialista desenvolvido na Itália (1926) pelo professor de contabilidade Vincenzo Masi. Porém sabe-se que a história da contabilidade teve início muito antes, ainda na Pré-história, quando no Período Neolítico, por volta de 8.000 anos a.C., os povos primitivos já tinham o instinto de controle e proteção de seus alimentos e materiais de caça, além dos registros de suas descobertas do cotidiano através das pinturas rupestres. O desenvolvimento das primeiras civilizações em 4.000 a.C. na Mesopotâmia, os povos sumérios, desenvolveram a agricultura e a pecuária, deixando de ser nômades para se tornarem sedentários, residindo próximo às margens dos rios para facilitar o cultivo de alimentos e a criação de rebanhos. Comunidades cada vez maiores e mais complexas se formaram e a produção de alimentos passa a exceder às necessidades de cada grupo favorecendo a troca destes localmente, o que recebeu o nome escambo e ficou conhecida como a primeira prática de comércio da humanidade. Com essa nova relação entre os povos a vida comunitária se desfaz e as terras começam a ser separadas dando origem ao conceito de patrimônio e surge então a necessidade de registrar essas movimentações. As primeiras ferramentas utilizadas para este fim eram rudimentares e os homens anotavam as informações através da escrita cuneiforme em fichas de barros e argila. Com o passar do tempo o comércio foi se desenvolvendo e por volta de 650 a.C. (século XVII) as primeiras moedas de ouro e prata foram criadas na Grécia. Estas serviriam como ferramenta de troca nos anos seguintes, sendo atribuídas valores maiores ou menores de acordo com a mercadoria a ser trocada. As atividades econômicas foram então se desenvolvendo, e o homem foi sentindo a necessidade de aperfeiçoar cada vez mais seu instrumento de avaliação patrimonial, dando origem ao estudo da contabilidade como ciência. 
Após um período muito conturbado de guerras e invasões, em 1494 Luca Paciolli, monge franciscano e professor de matemática na Itália, pública um livro “Summa de Arithmetica, Geometria, Porportioni et Proportionalità” reservando um capítulo para explicar o método das partidas dobradas, que apesar de já ter sido desenvolvido anteriormente, não havia sido propriamente divulgada e, portanto, era pouco conhecida. O livro de Paciolli não só foi a base para o desenvolvimento da técnica de escrituração, mas também o concedeu o título de pai da contabilidade, se tornando então a figura responsável pela divulgação do método ao redor do mundo, abrindo precedentes para outros estudos que viriam nos próximos séculos. No Brasil, a contabilidade pode ser dívida em dois momentos: antes e depois da Revolução de 1964. O grande desenvolvimento da contabilidade ocorreu a partir de 1808 com a vinda da família real para o Brasil e a instituição do Erário Régio pelo rei regente Dom João VI, no Rio de Janeiro. Este órgão foi responsável pela arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal do país. Em 1850 foi criado o Código Comercial que determinou a obrigatoriedade da escrituração contábil e da elaboração do Balanço Geral anual. Os primeiros profissionais contábeis desta época foram chamados de “os guarda-livros da corte” e em 1869, criaram sua primeira associação, sendo reconhecidos oficialmente como a primeira profissão liberal do Brasil, no ano seguinte. Em 1902 a contabilidade deixou de ser somente uma disciplina ensinada dentro da faculdade de direto passando a ter uma própria escola que veio a se chamar, após algumas mudanças no nome, Escola de Comércio Álvares Penteado. Em 1946, com o decreto lei n. 9.295, foram criados o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), que são os órgãos responsáveis principalmente pela fiscalização do exercício da profissão. Após a revolução de 1964 e com a entrada de indústrias estrangeiras o Brasil sofrer maior influência do pensamento norte-americano e não mais do europeu visto que a primeira focava mais no lado prático e menos na metodologia teórica da disciplina, enfatizando o usuário da informação; a contabilidade aplicada e gerencial; o ensino da auditoria devido a necessidade de transparência para os investidores e a busca do progresso do ensino através de pesquisas de campo. Já em 1976, é editada a principal lei da contabilidade, a Lei das Sociedades Anônimas 6.404/76, que posteriormente, decorrente da necessidade do processo de convergência com as normas contábeis internacionais, sofreu mais duas alterações (leis 11.638/07 e 11.941/09). Nos dias de hoje, se é esperado do profissional da contabilidade conhecimento vasto e qualificado, o domínio de línguas estrangeiras e boa utilização das tecnologias disponíveis. 
Referências Bibliográficas 
3. Referências Bibliográficas 
BUESA, Natasha Young. A Evolução Histórica da Contabilidade como Ramo de Conhecimento. Revista Eletrônica Gestão e Negócios. V. 1, n. 1, 2010. Acesso em: 23 fev. 2021
História da Contabilidade. Criador da Contabilidade: Frei Luca Paciolli. CRCSC Disponível em: < http://www.crcsc.org.br/pagina/view/6>. Acesso em 24 fev. 2021
História da Contabilidade. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?
v=qw5wbbPwXTg&feature=emb_imp_woyt>. Acesso em 22 fev. 2021
MORAES JÚNIOR, Valdério Freire de; NASCIMENTO, Ivan Alves do. Evolução e Desenvolvimento da Teoria da Contabilidade: Contexto Histórico. Revista Ambiente Contábil. V. 1, n. 3, 2009. P. 37. - Acesso em: 23 fev. 2021
TEORIA DA CONTABILIDADE, unidade I e II. Material da Disciplina fornecido na plataforma virtual UVA.

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