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UFJF – Departamento de Anatomia – Anatomia Aplicada à Medicina III Nome: Diego Martins Sanson Exercício Formativo 2 → Face e Couro Cabeludo Apresentação do paciente: Um pós-graduando de 24 anos de idade percebeu, ao se barbear pela manhã, que era incapaz de mover o lado esquerdo da face. Preocupou-se porque achou que estava tendo um AVC, assim, buscou assistência médica imediatamente no serviço de emergência de um hospital local. Achados clínicos relevantes: O paciente declara que geralmente tem boa saúde, mas apresentou sintomas semelhantes aos de gripe na semana anterior ao início da paralisia facial. O paciente não se queixou de fraqueza muscular generalizada nos membros. Exame físico: Os seguintes achados foram observados no exame neurológico: O paciente está orientado quanto ao tempo, data e local, e capaz de seguir instruções verbais simples; Não era capaz de franzir o lado esquerdo da fronte ; Não conseguia apertar o olho esquerdo; Não era capaz de mostrar os dentes nem enrugar os lábios no lado esquerdo; Disgeusia ; Hiperacusia ; A úvula estava na linha mediana no toro palatino ; Língua protraída na linha mediana; Visão estava normal; sem dor ocular ou orbital ; Sensação da face, escalpo e pescoço estava intacta. Estudos diagnósticos por imagem: Exames por tomografia computadorizada (TC) com contraste não revelaram anormalidades características, nenhuma área focal de hipersensibilidade ou lesões expansivas na cavidade do encéfalo ou do crânio. Ressonância Magnética intensificada por gadolínio demonstrou intensificação linear difusa do nervo facial esquerdo. Problemas clínicos a considerar: Paralisia do nervo facial (paralisia de Bell) Tumor parotídeo AVC (incluindo o córtex motor facial) – Bases anatômicas do Diagnóstico diferencial As questões que seguem estão baseadas no texto fornecido acima (UTILIZE o número de linhas, no máximo, solicitados para cada pergunta, em média, na sua resposta): 1) Diferenciar o tipo de paralisia facial que acometeu o paciente, se devido a um AVE (AVC) ou paralisia de Bell. Com bases anatômicas, EXPLICAR o diagnóstico, baseado nos fatos expostos acima. (Resposta em 15 linhas). A chamada lesão central (ou supranuclear) do nervo facial baseia-se em uma lesão do primeiro neurônio motor, habitualmente as causas são hemorragias ou infartos na região do trato cortinuclear, na cápsula interna contralateral. Nessa paralisia facial central a incapacidade de movimentar a fase se dará apenas na metade inferior do lado contralateral à lesão, que não é o caso do nosso paciente, que se encontra um uma hemiparesia facial, tanto superior quanto inferior. Por outro lado, na lesão completa ou parcial periférica do nervo facial o segundo neurônio motor dessa via nervosa é afetado, o local de lesão pode estar localizado, de modo geral, entre o núcleo do nervo facial e seus ramos periféricos, sendo as causas principais inflamações virais ou lesões dos nervos durante cirurgias da glândula salivar parótida. Assim, tem-se uma repercussão ipsilateral nos movimentos tanto da metade superior quanto da metade inferior da face, sendo o caso do nosso paciente. A incapacidade de franzir o lado E da fronte se dará pela falta de inervação do m. frontal, não conseguir apertar o olho esquerdo pelo m. orbicular do olho e a incapacidade de mostrar os dentes e enrugar os lábios no lado E pelos mm. Risório e orbicular da boca. 2) Especificar o antímero do nervo paralisado. Associar sua resposta aos sintomas apresentados pelo pós-graduando do caso clínico, especificando as ações musculares (movimento e expressão) comprometidas. (5 linhas). A paralisia facial periférica é ipsilateral, ou seja, pelo fato de os sintomas serem à esquerda, a lesão também é à esquerda. A incapacidade de franzir o lado E da fronte se dará pela falta de inervação do m. frontal; não conseguir apertar o olho esquerdo pelo m. orbicular do olho e a incapacidade de mostrar os dentes e enrugar os lábios no lado E pelos mm. risório e orbicular da boca. Frontal: expressão de atenção, de espanto Risório: sorriso amarelo Orbicular da boca e do olho: funcionam como esfíncteres. A parte orbital do orbicular do olho impede a entrada de luminosidade excessiva, causando algum problema na retina. O da boca é importante para beijar, falar e assoviar. 3) Explicar o motivo dos sintomas “hiperacusia” e “disgeusia” relatados pelo paciente. Na hiperacusia qualquer onda sonora vibra demais na membrana timpânica, pois o musculo estapédio não está recebendo inervação (do nervo facial) para controlar essa membrana, dessa forma, a onda na orelha interna é bem mais intensa. Por outro lado, na disgeusia a perda do paladar se dá pelo fato do nervo facial ser responsável pela aferência visceral especial (gustação) do 2/3 anteriores da língua. Logo, com a sua lesão tem-se esses dois tipos de sintomatologia, também. Hiperacusia → musculo estapédio Fechar os olhos → pálpebra superior tem um musculo liso inervado pelo oculomotor Orbicular dos olhos → fechamento dos olhos em oposição a esse tarsal e liso oculomotor e simpático Não foi contrabalanceado Musculo frontal → testa Orbicular da boca → projeção do lábio Zigomático maior, menor e risório → sorriso, levantador do ângulo da mandíbula Músculo principal mais músculos secundários/ coadjuvantes Gustação: Inervação gustatória da língua 2/3 anteriores, ipsilateral Nervo corda do tímpano → ramo do facial Hiperacusia e músculo estapédio Perde estabilização dos ossículos
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