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REVALIDA 2010 – 2017 – OBJETIVA, DISCURSIVA E GABARITO. FORMATO INEP 
 
douglas_nascimento@hotmail.com WhatsApp +55 21 982391982 
 
 
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
Instituto Nacional de Estudos e
Pesquesas Educacionais Anísio Teixeira
Processo de Revalidação de Diplomas de Médico Obtidos no Exterior – 1 –
PROVA ESCRITA DISCURSIVA
• Nesta prova — que vale cinquenta pontos, sendo atribuídos dez pontos para cada uma das questões —, faça o que se pede, usando
os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva os textos para o CADERNO DE RESPOSTAS
(TEXTOS DEFINITIVOS) DA PROVA ESCRITA DISCURSIVA, nos locais apropriados, pois não serão avaliados fragmentos de
texto escritos em locais indevidos.
• Qualquer fragmento de texto além da extensão máxima de linhas estipuladas será desconsiderado.
• No caderno de respostas (textos definitivos), identifique-se apenas no cabeçalho da primeira página, pois não será avaliada
resposta que tenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado.
• Na avaliação de cada uma das questões, é de 1,0 ponto o valor do quesito correspondente à capacidade de interpretação e
exposição e à correção gramatical.
QUESTÃO 1
Considere a seguinte situação e faça o que se pede nos itens de a a f apresentados nas partes I, II e III.
Uma mulher de 45 anos de idade, previamente sadia, procurou atendimento médico na emergência hospitalar,
queixando-se de febre alta e tosse com expectoração amarelada, que persistiam havia seis dias e tinham-se agravado nos
dois últimos dias, com manifestação de dor torácica na região posterior direita do tórax, mialgias e prostração. A paciente
relatou que, desde o dia anterior, sentia cansaço aos mínimos esforços. No exame, apresentava pulso com 90 bpm,
frequência respiratória com 35 irm, pressão arterial de 90 mmHg × 60 mmHg, temperatura axilar de 39 0C e saturação de
O
2
 de 94% na oximetria de pulso (sem oxigênio suplementar). A ausculta pulmonar revelou crepitações, broncofonia e
aumento do frêmito toracovocal na base do pulmão direito.
O hemograma realizado na emergência hospitalar apresentou os seguintes resultados: hematócrito = 39,5%;
leucócitos totais = 17.490 mm3 (bastões = 4%, segmentados = 63%, eosinófilos = 1% e basófilos = 0,4%); linfócitos = 29%;
monócitos = 3%; ureia = 38 mg/dL; creatinina = 0,9 mg/dL; glicemia = 98 mg/dL.
Parte I — Com base no quadro clínico acima apresentado,
a) indique a principal suspeita diagnóstica.
(valor do item: 1,0 ponto)
1
2
b) apresente três dados que justifiquem corretamente a principal suspeita diagnóstica para esse quadro clínico.
(valor do item: 3,5 pontos)
1
2
3
4
5
R
AS
CU
NH
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Instituto Nacional de Estudos e
Pesquesas Educacionais Anísio Teixeira
Processo de Revalidação de Diplomas de Médico Obtidos no Exterior – 2 –
Parte II
Considerando que, na emergência hospitalar, a referida paciente tenha sido submetida a exame radiográfico de tórax nas projeções
posteroanterior e de perfil, cujo resultado está mostrado nas imagens acima,
c) descreva, com base nessas imagens, os achados radiológicos relacionados ao diagnóstico do quadro clínico apresentado.
(valor do item: 2,0 pontos)
1
2
3
4
5
Parte III — Considerando que o tratamento da paciente depende da condição clínica apresentada,
d) responda, de forma justificada, se há necessidade de internação da paciente e indique o local apropriado para iniciar o tratamento.
(valor do item: 0,5 ponto)
1
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R
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5
Instituto Nacional de Estudos e
Pesquesas Educacionais Anísio Teixeira
Processo de Revalidação de Diplomas de Médico Obtidos no Exterior – 3 –
e) cite o(s) fármaco(s) de primeira escolha direcionado(s) ao agente etiológico da doença da paciente.
(valor do item: 1,5 ponto)
1
2
3
4
5
f) indique a via de administração adequada para o tratamento inicial da paciente.
(valor do item: 0,5 ponto)
1
2 R
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O
R
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Instituto Nacional de Estudos e
Pesquesas Educacionais Anísio Teixeira
Processo de Revalidação de Diplomas de Médico Obtidos no Exterior – 4 –
QUESTÃO 2
Considere a seguinte situação e faça o que se pede nos itens de g a i apresentados nas partes I e II.
João Carlos, carteiro de 24 anos de idade, vítima de atropelamento, chegou ao hospital, conduzido por
transeuntes, inconsciente, com resposta ocular e motora apenas a estímulos dolorosos.
Parte I — Em face dessa situação e de acordo com as normas de Assistência do Suporte Avançado à Vida,
g) cite a sequência de atendimento a ser realizada e os procedimentos necessários à conduta inicial e à estabilização do paciente.
(valor do item: 5,0 pontos)
1
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5
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10
Parte II — Considerando que, após a conduta inicial e estabilização do paciente, João Carlos tenha permanecido inconsciente, com
resposta apenas a estímulos dolorosos,
h) apresente a principal suspeita diagnóstica.
(valor do item: 2,0 pontos)
1
2
i) indique o exame a ser solicitado para elucidar a suspeita diagnóstica.
(valor do item: 2,0 pontos)
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2
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Instituto Nacional de Estudos e
Pesquesas Educacionais Anísio Teixeira
Processo de Revalidação de Diplomas de Médico Obtidos no Exterior – 5 –
QUESTÃO 3
Considere a seguinte situação e faça o que se pede nos itens de j a l apresentados, em seguida.
Clara, lactente com três meses de vida, foi levada pelos pais ao pediatra para consulta de puericultura. Ela nasceu
de parto normal, a termo, sem intercorrências. Em sua caderneta de saúde, constam os seguintes dados: Apgar 9 no
primeiro minuto, e 10 no quinto; peso ao nascer = 3.500 g; estatura = 51 cm; perímetro cefálico = 34 cm. Os pais negaram
antecedentes patológicos e afirmaram que Clara estava sendo amamentada exclusivamente ao seio.
j) Considerando essa consulta de puericultura, cite três dos marcos mais importantes do desenvolvimento neuropsicomotor que, se não
forem apresentados por Clara até os quatro meses de vida, representarão sinais de alerta para distúrbio do desenvolvimento
neuropsicomotor.
(valor do item: 3,0 pontos)
1
2
3
4
5
k) Indique a idade até a qual Clara deve ser amamentada exclusivamente ao seio e a idade mínima até a qual Clara deve, ainda, ser
amamentada com leite materno, de acordo com o que preconizam o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde.
(valor do item: 3,0 pontos)
1
2
3
l) Considerando que o médico precisa orientar os pais de Clara acerca do modo de evitar lesões não intencionais preveníveis —
antigamente denominadas acidentes — no segundo trimestre de vida da lactente, cite as cinco principais causas dessas lesões.
(valor do item: 3,0 pontos)
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Instituto Nacional de Estudos e
Pesquesas Educacionais Anísio Teixeira
Processo de Revalidação de Diplomas de Médico Obtidos no Exterior – 6 –
QUESTÃO 4
Considere a seguinte situação e faça o que se pede nos itens de m a o apresentados, em seguida.
Paciente de 26 anos de idade, desempregada, solteira — Gesta2 Para0 Aborto1 —, foi atendida na unidade básica
de saúde de seu bairro. Referindo dois meses de atraso menstrual (última menstruação em 28/8/2010), a paciente mostrou-
se preocupada com seu acompanhamento pré-natal, sob o argumento de que sua última gestação acabara em abortamento
espontâneo, após um susto, havia cerca de um ano.
m) Considerando essa situação hipotética, cite os objetivos da primeira consulta pré-natal.
(valor do item: 1,5 ponto)
1
2
3
4
5
n) Cite cinco exames laboratoriais indicados na assistência pré-natal à referida paciente, como forma de rastreamento de principais
problemas prevalentes.
(valor do item: 5,0 pontos)
1
2
3
4
5
o) Cite, nos espaços apropriados, os períodos indicados durante a gestação para a realização do exame de ultrassonografia e apresente
um motivo que justifique tal exame nesses períodos.
(valordo item: 2,5 pontos)
período do exame motivo
R
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Instituto Nacional de Estudos e
Pesquesas Educacionais Anísio Teixeira
Processo de Revalidação de Diplomas de Médico Obtidos no Exterior – 7 –
QUESTÃO 5
Considere as seguintes informações e responda às perguntas apresentadas nos itens de p a r.
A tabela a seguir apresenta alguns indicadores relativos à taxa de mortalidade em dois municípios fictícios — A
e B — no ano de 2009.
indicador município A município B
taxa de mortalidade geral 10/1.000 habitantes 5/1.000 habitantes
mortalidade proporcional por doenças do aparelho circulatório 10% 20%
p) Com base nos indicadores apresentados na tabela acima, é correto concluir que o risco de mortalidade por doenças do aparelho
circulatório no município B é duas vezes maior que o no município A? Justifique sua resposta.
(valor do item: 3,0 pontos)
1
2
3
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5
q) Considerando a taxa de mortalidade geral nos municípios A e B, expressa na tabela apresentada, é correto concluir que o fato de a
taxa de mortalidade geral no município A ser o dobro da no município B garante que as condições de vida em A são piores que as em
B? Justifique sua resposta.
(valor do item: 3,0 pontos)
1
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r) Dadas as informações relativas à mortalidade proporcional por doenças cardiovasculares em A e em B, qual deve ser a contribuição
do número de óbitos por doenças cardiovasculares para a determinação da mortalidade nesses dois municípios?
(valor do item: 3,0 pontos)
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Instituto Nacional de Estudos e
Pesquesas Educacionais Anísio Teixeira
Processo de Revalidação de Diplomas de Médico Obtidos no Exterior – 8 –
QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO SOBRE A PROVA
As perguntas abaixo visam levantar sua opinião sobre a qualidade da prova que você acabou de realizar. Para cada uma delas, assinale
a opção correspondente à sua opinião, nos espaços próprios do Caderno de Respostas. Agradecemos sua colaboração.
Pergunta I
Qual o grau de dificuldade da prova?
A Muito fácil.
B Fácil.
C Médio.
D Difícil.
E Muito difícil.
Pergunta II
Considerando a extensão da prova, em relação ao tempo total, você considera que a prova foi
A muito longa.
B longa.
C adequada.
D curta.
E muito curta.
Pergunta III
Os enunciados das questões da prova estavam claros?
A Sim, todos.
B Sim, a maioria.
C Apenas cerca da metade.
D Poucos.
E Não, nenhum.
Pergunta IV
As informações/instruções fornecidas para a resolução das questões foram suficientes para resolvê-las?
A Sim, até excessivas.
B Sim, em todas elas.
C Sim, na maioria delas.
D Sim, somente em algumas.
E Não, em nenhuma delas.
Pergunta V
Você se deparou com alguma dificuldade ao responder à prova? Qual?
A Desconhecimento do conteúdo.
B Forma diferente de abordagem do conteúdo.
C Espaço insuficiente para responder às questões.
D Falta de motivação para fazer a prova.
E Não tive qualquer tipo de dificuldade para responder à prova.
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CESPE / UnB 
INEP 
PROCESSO DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS 
DE MÉDICO OBTIDOS NO EXTERIOR 
 
PROVA ESCRITA DISCURSIVA 
Aplicação: 
 
24/10/2010 
 
PADRÃO DE RESPOSTA 
Questão 1 
 
 
Parte I 
 
 
a) O diagnóstico correto para o quadro clínico apresentado é o de pneumonia – bacteriana, lobar, adquirida 
na comunidade (PAC moderada). 
 
 
b) O diagnóstico clínico é feito com base em: 
• sintomas de doença aguda do trato respiratório inferior (tosse e um ou mais dos seguintes sintomas: 
expectoração, falta de ar e dor torácica); 
• achados focais no exame físico do tórax; 
• manifestações sistêmicas (prostração, mialgias e temperatura superior a 37,8 °C), além de leucocitose. 
 
Parte II 
 
 
c) Os achados radiológicos relacionados ao diagnóstico são: imagem de hipotransparência ou de 
consolidação ou de padrão acinar ou de opacidade homogênea, imagem de distribuição lobar ou 
segmentar ou localizada na projeção do lobo inferior direito. Deverão ser citados corretamente o aspecto e 
a localização. Poderá ser citada, ou não, a presença do broncograma aéreo. 
 
 
Parte III 
 
 
d) A paciente deve ser internada em enfermaria, na UTI ou no semi-intensivo, dada a identificação de dois 
marcadores de gravidade — frequência respiratória com 35 incursões por minuto e pressão arterial de 90 
mmHg × 60 mmHg —, que sinalizam manifestação de PAC moderada. 
 
 
e) Quinolona respiratória EV (levofloxacino, moxifloxacino) ou associação de betalactâmico e um macrolídeo 
(azitromicina, claritromicina) ou, ainda, cefalosporina (ceftriaxona, ceftazidima). 
 
 
f) Via parenteral. 
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CESPE / UnB 
INEP 
PROCESSO DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS 
DE MÉDICO OBTIDOS NO EXTERIOR 
 
 
PROVA ESCRITA DISCURSIVA 
Aplicação: 
 
24/10/2010 
 
PADRÃO DE RESPOSTA 
Questão 2 
 
 
Parte I 
 
g) A conduta inicial deve consistir na realização do exame primário, para que sejam identificadas as lesões que 
implicam risco de vida, na sequência a seguir: 
• (airway) – avaliar vias aéreas e estabilizar a coluna; o quadro neurológico corresponde à escala de 
Glasgow = 7, que indica a necessidade de intubação orotraqueal; 
• (breathing) – garantir a ventilação e respiração; 
• (circulation) – garantir a circulação sanguínea; 
• (disability) – avaliar o estado neurológico; 
• (exposition) – despir o paciente e examiná-lo da cabeça aos pés. 
 
 
Parte II 
 
h) A principal suspeita é traumatismo cranioencefálico (outras denominações aceitas: TCE, traumatismo craniano, 
edema cerebral, lesão axonal difusa, lesão cerebral difusa, hematoma craniano). 
 
 
i) O exame a ser solicitado para elucidar a suspeita diagnóstica é o de tomografia axial computadorizada de crânio 
(outras denominações aceitas: tomografia de crânio, TAC de crânio). 
 
 
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CESPE / UnB 
INEP 
PROCESSO DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS 
DE MÉDICO OBTIDOS NO EXTERIOR 
 
 
PROVA ESCRITA DISCURSIVA 
Aplicação: 
 
24/10/2010 
 
PADRÃO DE RESPOSTA 
Questão 3 
 
 
 
j) Os marcos do desenvolvimento neuropsicomotor são: sorriso social; seguimento ocular de 180o; reconhecimento 
das mãos; sustentação cefálica. 
 
 
k) Até os seis meses de vida, a criança deve ser exclusivamente amamentada com leite materno. O aleitamento 
materno deve durar por, pelo menos, dois anos. 
 
 
l) As causas de lesões não intencionais no segundo trimestre de vida são: sufocação (por aspiração ou 
estrangulamento); quedas; acidente de trânsito (lactente na condição de passageiro); queimadura; afogamento. 
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CESPE / UnB 
INEP 
PROCESSO DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS 
DE MÉDICO OBTIDOS NO EXTERIOR 
 
 
PROVA ESCRITA DISCURSIVA 
Aplicação: 
 
24/10/2010 
 
PADRÃO DE RESPOSTA 
Questão 4 
 
 
 
m) Os objetivos da primeira consulta pré-natal são: definir condições de saúde da mãe e do feto, estimar a idade 
gestacional, iniciar o planejamento do pré-natal. 
 
 
n) Os exames laboratoriais indicados no caso, como forma de rastreamento de principais problemas prevalentes, 
são: 
 
1. tipagem sanguínea e fator Rh (prevenção da isoimunização); 
2. hemograma (anemias, sangramentos, estado nutricional); 
3. sorologia para rubéola IgG e IgM (avaliação e seguimento de malformações); 
4. sorologia para toxoplasmose (medidas higienicodietéticas preventivas); 
5. sorologia para hepatite B e C (imunidades, infecções); 
6. sorologia para HIV (tratamento da mãe, cuidados com o recém-nascido); 
7. sorologia para sífilis (VDRL) (tratamento, prevenção de sífilis congênita); 
8. glicemia de jejum (diabetes gestacional); 
9. urina tipo I (infecções urinárias, proteinúria); 
10. colpocitologia oncótica (prevenção do câncer do colo). 
 
o) A tabela a seguir apresenta a indicação dos exames ultrassonográficos. 
 
período do exame ultrassonográfico justificativa 
inicial: até 14 semanas datar idade gestacional 
morfológico: 20 a 23 semanas detectar malformações 
vitalidade fetal: 3.º trimestre avaliar se o grau de maturidade do feto requercuidados especiais durante o parto 
 
17
CESPE / UnB 
INEP 
PROCESSO DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS 
DE MÉDICO OBTIDOS NO EXTERIOR 
 
 
 
PROVA ESCRITA DISCURSIVA 
Aplicação: 
 
24/10/2010 
 
PADRÃO DE RESPOSTA 
Questão 5 
 
 
 
 
p) Não. Os riscos são idênticos, visto que as taxas de mortalidade por doença cardiovascular, que representam o 
indicador de risco, são iguais. 
 
 
 
q) Não. Não é possível comparar as condições de vida dos dois municípios com base apenas na mortalidade 
geral, sem padronizar as taxas de mortalidade por idade. A população do município A pode ser mais velha que a 
do município B, o que pode elevar a taxa de mortalidade nesse município. 
 
 
 
r) No município A, 10% do total de óbitos ocorridos devem-se a doenças cardiovasculares. Em B, esse índice 
corresponde a 20%. 
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A X D E C D D B D C D D A C A X B E E D
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E C B A E D A C A C C E A E D B C E C A
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
A C A D B C X B C A B A C A E D E D A B
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
E D B E A A C B X D C A A A E A D E A C
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
D C D B A X A E A E A E C D A D D X A D
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
C C E A C E B B D A 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
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Gabarito
Questão
Gabarito
Aplicação: 24/10/2010
GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS
0
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Questão
Gabarito
Questão
Gabarito
Questão
Gabarito
Questão
MINISTÉRIO DA SAÚDE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
EDITAL Nº 8, DE 7/10/2010
PROCESSO DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS DE MÉDICO OBTIDOS NO EXTERIOR
Gabarito
Obs.: ( X ) questão anulada.
Questão
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E X P E D I D O S P O R I N S T I T U I Ç Õ E S D E 
EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Prova Discursiva
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
Verifi que se, além deste caderno, você recebeu o Caderno de Respostas, destinado 
à transcrição das respostas das questões discursivas.
Confi ra se este caderno contém 05 questões discursivas.
Verifi que se a prova está completa e se o seu nome está correto no Caderno 
de Respostas. Caso contrário, avise imediatamente um dos responsáveis pela 
aplicação da prova. Você deve escrever as respostas discursivas do Caderno de 
Respostas no espaço próprio, com caneta esferográfi ca de tinta preta.
Não se comunique com os demais estudantes nem troque de material com eles; 
não consulte material bibliográfi co, cadernos ou anotações de qualquer espécie.
Você terá três horas para responder às questões discursivas.
Quando terminar, entregue ao Aplicador ou Fiscal o seu Caderno de Respostas.
Atenção! Você só poderá levar este Caderno de Prova quando restarem 30 minutos 
para o término do exame.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
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REVALIDA 2011
EXAM E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 47
1 
REVALIDA 2011
EXAM E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 1
Um jovem, com 24 anos de idade, caixa de supermercado, previamente hígido, procurou a Unidade Básica de Saúde 
queixando-se de pouco apetite, febre baixa diária, emagrecimento, tosse frequente, expectoração e sudorese ao fi m 
do dia, durante quase 3 meses. Portava uma radiografi a de tórax em incidência posteroanterior feita na Unidade de 
Emergência há três dias, o que motivou seu encaminhamento, após avaliação, à Unidade Básica de Saúde. O exame 
físico realizado constatou regular estado geral, peso = 54 Kg e ausculta pulmonar com alguns roncos e crepitações na 
região superior do hemitórax esquerdo.
Exame radiográfi co do tórax em incidência posteroanterior.
Parte I - Com base nos dados acima apresentados, descreva:
a) os achados radiológicos relacionados ao diagnóstico.
b) a principal suspeita diagnóstica.
c) o procedimento adequado para a confi rmação da suspeita diagnóstica.
d) o tratamento inicial, citando a(s) droga(s) e dose(s) preconizadas.
e) 3(três) dos principais efeitos adversos das drogas citadas. 
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REVALIDA 2011
EXAM E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 2
Gestante, com 18 anos de idade, negra, G1P0A0, com 36 semanas e um dia de gestação, de acordo com exame 
ecográfi co de primeiro trimestre e tempo de amenorreia, procura o Pronto-Atendimento Obstétrico queixando-se de 
cefaleia intensa, de início súbito há mais ou menos duas horas. Relata epigastralgia com início aproximado de meia 
hora e informa estar em seguimento no Ambulatório de Gestação de Alto Risco. Sua última consulta ocorreu há uma 
semana. Informa fazer uso de Alfa-Metil-Dopa 250mg, de 6/6h associada a Nifedipina 10 mg, ambos por via oral, de 
12/12h. Os exames realizados após a última consulta mostram:
Hemograma (Hb = 12,2 g/dL; Ht = 32 %; leucócitos = 12.200 /mm³; plaquetas = 98.000 /mm³); proteinúria de 24h =1,2 g; 
creatinina sérica = 1,5 mg/dL, ácido úrico sérico= 7,0 mg/dl, AST = 200 U/L, ALT = 350 U/L, Exame ultrassonográfi co 
com biometria fetal compatível para 33 semanas, oligoâmnio acentuado, exame dopplervelocimétrico sem alterações 
na artéria umbilical e cerebral média do feto.
Ao exame: Pressão arterial = 160 x 120 mmHg, pulso=85 bpm; altura uterina = 30 cm; Batimentos cardíacos fetais= 
170 bpm; dinâmica uterina = ausente; Toque vaginal = colo fechado, grosso, posterior; edema em MMII ++++/4+; 
ausculta cardíaca e ausculta pulmonar sem alterações.
Parte I - Com base no quadro clínico-obstétrico, exame físico da mãe e exames complementares apresentados, 
descreva
a) duas suspeitas diagnósticas:
1 -
2 - 
b) três informações que justifi quem corretamente a principal suspeita diagnóstica para esse quadro clínico:
1 -
2 -
3 -
c) duas medidas imediatas a serem tomadas pelo médico em relação à paciente ainda na sala de Pronto-Atendimento 
Obstétrico:
1 -
2 -
Parte II - Após as medidas iniciais de assistência à paciente, realizou-se exame de Cardiotocografi a, reproduzida 
à seguir:
d) descreva o observado no traçado cardiotocográfi co representado.
Parte III - Com base nos dados apresentados, estabeleça a conduta defi nitiva para o caso:
e) de forma justifi cada, se há necessidade de internação da gestante.
f) qual é a conduta a ser tomada.
49
3 
REVALIDA 2011
EXAM E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 3
Mulher, com 17 anos de idade, procura atendimento médico de urgência porque está com “dor de barriga forte” e 
atribui o episódio ao fato de ter comido, há cerca de 12 horas, manga com leite. Comenta que a dor teve início há 
aproximadamente nove horas, com localização epigástrica, acompanhada de náuseas e um episódio de vômito, 
contendo os restos alimentares dessa refeição. Informa ainda que agora a dor está mais do lado direito, perto da “virilha”. 
Informa vida sexual ativa, sem uso de contraceptivos e não sabe informar quando foi a última menstruação. Nega outros 
sintomas e doenças prévias. Ao exame físico apresenta: Frequência cardíaca = 96 bpm, Pressão arterial = 110x70 
mmHg, Frequência respiratória = 20 ipm. Está corada e hidratada. Temperatura axilar = 37,6°C. Não há alterações ao 
exame cardiovascular e respiratório. Exame abdominal: abdome plano com dor àpercussão e à palpação do abdome 
inferior, principalmente na fossa ilíaca direita e região hipogástrica.
Com base nesse quadro clínico e na principal hipótese diagnóstica, descreva:
a) a complementação do exame físico do paciente que contribua para a confi rmação da hipótese principal.
b) cite a principal hipótese diagnóstica e justifi que.
c) cite dois diagnósticos diferenciais que devem ser considerados para o caso e justifi que-os.
d) cite os exames de imagem a serem solicitados e os achados esperados para a principal hipótese diagnóstica e para 
os diagnósticos diferenciais.
Exame(s) solicitado(s) Achado(s)
Hipótese diagnóstica principal
Diagnóstico diferencial 1
Diagnóstico diferencial 2
50
4 
REVALIDA 2011
EXAM E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 4 
Uma Equipe de Saúde da Família, que atua na Unidade Básica de Saúde há dois anos, identifi cou a oportunidade 
de apresentar novas ações no campo da atenção básica, tendo como foco a atividade física e o desenvolvimento do 
potencial de adesão da comunidade, pois almejava a redução de taxas de sedentarismo, que atinge quase 70% da 
população adulta.
Considerando essas informações, faça o que se pede a seguir:
a) apresente três ações de trabalho, em saúde da família, que facilitem a adesão da comunidade a uma proposta de 
promoção da saúde. Justifi que cada uma das ações propostas. 
b) descreva quatro etapas do planejamento que a equipe precisa realizar para que a implementação da proposta de promoção 
da saúde, a partir do diagnóstico comunitário de alto índice de sedentarismo, tenha adesão satisfatória da comunidade.
QUESTÃO 5
Mãe leva seu terceiro fi lho à consulta médica, relatando que a criança, do sexo masculino, com 30 dias de vida, tem 
choro fraco e rouco, movimenta-se pouco e de forma lenta, e apresenta pele amarelada. Informa que a gestação 
evoluiu sem intercorrências, mas que só foram observados movimentos fetais a partir do sexto mês, quando a mãe 
passou a ter acompanhamento pré-natal regular. A criança ao nascer apresentou peso de 3000g, comprimento de 
50 cm e Apgar fi nal = 8, tendo eliminado mecônio após 48 horas de vida. Ao exame físico da criança observa-se 
respiração nasal ruidosa, hérnia umbilical e icterícia discreta (+/6); não apresenta más formações externas. A criança 
é alimentada exclusivamente com o leite materno. Não há consanguinidade entre os pais, e os dois irmãos da criança 
são saudáveis. O resultado do “teste do pezinho” ainda não está disponível.
Com base nos dados clínicos observados:
a) descreva a principal suspeita diagnóstica.
b) apresente cinco informações que fundamentam o diagnóstico estabelecido. 
c) justifi que como o “teste do pezinho” contribuirá para o prognóstico. 
51
 
REVALIDA 2011
EXAM E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 52
E X P E D I D O S P O R I N S T I T U I Ç Õ E S D E 
EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
53
 
PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 
QUESTÃO 1 
 
a) Os achados radiológicos podem ser descritos como: 
- cavitação, caverna ou cavidade no ápice pulmonar/ápice do pulmão esquerdo ou lobo 
superior esquerdo/ápice do pulmão esquerdo ou região infraclavicular esquerda; 
- infiltrado não homogêneo/opacidade não homogênea com cavitação, caverna, cavidade, no 
lobo superior esquerdo/ápice do pulmão esquerdo. 
 
b) O candidato poderá citar como principal suspeita: tuberculose pulmonar ativa; ou 
tuberculose pulmonar; ou tuberculose; ou TB pulmonar. 
 
c) O procedimento adequado é baciloscopia direta do escarro; ou coleta do escarro para 
baciloscopia; ou pesquisa de BAAR no escarro; ou pesquisa de bacilo alcool-ácido resistente 
no escarro; ou bacterioscopia/baciloscopia por Ziehl Neelsen de escarro. 
 
d) O esquema básico composto por rifampicina 600 mg /isoniazida 300mg /pirazinamida 
1.600mg ou 1,6g e etambutol 1.100mg ou 1,1g; esquema básico com 4 comprimidos 
(rifampicina /isoniazida /pirazinamida e etambutol ). 
 
e) Os principais efeitos incluem manifestações gastrointestinais: vômitos, náuseas, 
alterações gastrintestinais, dor abdominal, epigastralgia, icterícia, hepatite, hepatotoxicidade, 
alteração de função hepática, alteração de enzimas hepáticas; manifestações 
dermatológicas, de pele ou alérgicas: prurido, exantema, acne, erupção acneiforme, 
dermatite exfoliativa; manifestações articulares: dor articular, artrite, artralgia, síndrome 
lúpus-like, hiperuricemia; manifestações oculares: neurite óptica, alteração da visão das 
cores, perda da visão lateral, cegueira/amaurose; manifestações renais: nefrite intersticial, 
mioglobinúria com insuficiência renal; manifestações hematológicas: anemia, anemia 
hemolítica, agranulocitose, trombocitopenia, púrpura; outras: rabdomiólise; outras 
manifestações: suor/urina de cor avermelhada. 
(Obs.: qualquer associação de três dessas manifestações, independentemente de sistema, será 
considerada correta). 
 
Referência bibliográfica 
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. III Diretrizes em Tuberculose. J Bras 
Pneumol. 2009; 35(Supl 10): 1018-48 
Menna Barreto SS. Prática pneumológica. Cap 20- Tuberculose. Rio de Janeiro: 
GuanabaraKoogan, 2010 
 
 
 
 
 
54
 
PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 
QUESTÃO 2 
 
a) As duas principais suspeitas diagnósticas são pré-eclâmpsia grave com iminência de 
eclâmpsia e pré-eclâmpsia grave com HELLP síndrome. Além disso, foi considerado o 
diagnóstico de restrição de crescimento intrauterino. 
 
b) Os dados que justificam corretamente as principais suspeitas diagnósticas para esse 
quadro clínico incluem: Gestante primigesta; negra; hipertensão arterial ou PA > 160 x 
110 mmhg; edema; proteinúria ou proteinúria acima de 1g/dia; creatinina de 1,5mg%; 
trombopenia ou plaquetas <100.000/mm ou plaquetas= 98.000/mm; enzimas hepáticas 
elevadas ou lesão hepatocelular ou AST = 200 U/L e ALT = 350 U/L; cefaléia, epigastralgia 
OBSERVAÇÃO: Considerar um ponto para qualquer um dos itens mencionados e não 
repetidos – máximo de três. 
 
c) O médico que atendeu a paciente no Pronto-Atendimento Obstétrico deverá tomar as 
seguintes medidas imediatas: administrar Hidralazina endovenosa; ou Sulfato de 
magnésio endovenoso e avaliar a vitalidade fetal ou cardiotocografia ou cardiotoco. 
 
d) A descrição do laudo cardiotocográfico deverá ser semelhante à seguinte: Feto Inativo 
ou Inativo Hiporreativo ou Padrão tipo "line pencil" ou Cardiotocografia tipo 2 ou 
Traçado cardiotocográfico não tranquilizador (sofrimento fetal agudo). 
 
e) Sim, há necessidade de internação devido aos riscos materno-fetais (HELLP síndrome 
na mãe e oligoâmnio e restrição de crescimento intrauterino com cardiotocografia não 
satisfatória no feto) ou devido ao risco de vida materno e fetal ou devido ao risco de 
convulsão na mãe e óbito fetal ou devido ao risco de falência hepática da mãe e óbito 
fetal. 
 
f) A melhor conduta a ser tomada é a resolução da gestação por cesárea ou a interrupção 
imediata da gestação por cesárea, ou a indicação de cesárea ou a cesárea. 
 
Referência bibliográfica 
 
Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à 
Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.p.27-44 – 5. ed. – Brasília : 
Editora do Ministério da Saúde, 2010. 302 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). 
 
 
 
 
 
55
 
PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 
QUESTÃO 3 
 
a) O exame físico deverá ser complementado por meio de: 1) exame pélvico (toque 
vaginal e/ou toque retal e/ou toque bigital); 2) descompressão brusca em FID 
(considerar também o teste em todos os quadrantes do abdômen); 3) outras manobras 
semiotécnicas empregadas na investigação de abdômen agudo (Rovsing, teste de 
Lennander, manobra do obturador interno, Giordano,manobra do iliopsoas, Murphy). 
Estes fazem parte da propedêutica diagnóstica de abdômen agudo a esclarecer, 
principalmente em mulheres jovens, em idade fértil e com vida sexual ativa. 
 
b) A principal hipótese é a apendicite aguda, justificada pela característica da dor, 
inicialmente localizada no epigástrio e com localização na fossa ilíaca direita e no 
hipogástrio. O tempo de evolução justifica o sinal de presença de irritação peritoneal, 
caracterizada pela percussão dolorosa nesse local, o que é comum na apendicite aguda. 
(Townsend: Sabiston Textbook of surgery. 18th. ed. Maa J, Kirkwood KS., cap. 49). 
 
c) Os diagnósticos que devem ser considerados são: 1) Gravidez tópica ou ectópica visto 
que não é possível definir um atraso menstrual ou não em uma paciente com vida sexual 
ativa e sem anticoncepção; 2) Doenças tubo ovarianas que podem se apresentar com 
abdômen agudo (cisto de ovário com sangramento ou torção e doença inflamatória 
pélvica); 3) Litíase renal/ureteral visto que pode ter náuseas, vômitos, dorepigástrica, dor 
forte em fossa ilíaca direita às vezes com alguma defesa abdominal. 
OBSERVAÇÃO: Para infecção urinária, faltam vários aspectos característicos desta, como 
algúria, disúria, urgência urinária. Para linfadenite mesentérica, também faltam vários 
aspectos, principalmente relacionados com a história pregressa como ter estado gripada, 
ter tido outro quadro infeccioso prévio. (Townsend:Sabiston Textbook of surgery. 18th. 
ed. Maa J, Kirkwood KS., cap. 49). 
 
d) Para a hipótese diagnóstica principal: Apendicite aguda o exame de escolha é a 
ultrassonografia de abdômen e pelve, pois não há emissão de raios X e permite 
estabelecer com sensibilidade e especificidade relevantes o diagnóstico diferencial das 
condições envolvidas. Achados possíveis: abscesso periapendicular ou aumento do 
apêndice ou bloqueio em fossa ilíaca direita. 
O exame de RX simples (achados possíveis: fecalito ou apagamento do psoas ou escoliose 
antálgica ou alça sentinela) ou a TC de abdômen (achados possíveis: fecalito em FID, 
liquido periapaendicular,espessamento do apêndice) só poderão ser realizados após 
afastar a hipótese de gravidez tópica. 
Para o diagnóstico diferencial de prenhez tópica ou ectópica inicial: Ultrasson 
transvaginal ou de pelvetransabdominal. Achados possíveis: sangue na cavidade ou 
implante do embrião na tuba, ou prenhez tópica 
Para o diagnóstico diferencial de doença tubo ovariana: ultrassonografia pélvica 
transvaginal ou transabdominal Achados possíveis: liquido livre na pelve, abscesso 
pélvico, edema tubário ou abscesso tubo-ovariano. 
Para o diagnóstico diferencial de litíase renal/ureteral: ultrassonografia.de abdômen. 
Achados possíveis hidronefrose à direita, imagem de calculo ureteral. Raios X de 
abdômen simples: Após excluir prenhez, imagem de calculo na topografia de FID. 
56
 
PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 
QUESTÃO 4 
 
a) Valor: 1,0 para cada ação citada e 1,0 para cada justificativa, considerando as 
possibilidades abaixo: 
 As unidades são georeferenciadas, o que facilita o diagnóstico comunitário, o 
reconhecimento do potencial da comunidade (aparelhos sociais já existentes) e a 
implementação das ações. 
 Acesso universal da população, que permite que os usuários busquem as 
unidades independentemente de situações específicas de adoecimento. 
 Contato longitudinal com os usuários, o que amplia a adesão individual e coletiva 
às propostas de cuidado integral. 
 Integralidade do cuidado como norteador da atenção à saúde, valorizando, em 
todas as oportunidades de contato com os profissionais de saúde, a promoção da 
saúde. 
 Participação de equipe multiprofissional, que permite a construção de propostas 
que identificam necessidades diversas e oferecem alternativas diversas aos 
usuários. 
 
Referência bibliográfica 
PINTO, Maria Eugênia Bresolin; DEMARZO, Marcelo Marcos Piva. Atividade Física na 
APS 
- Promef - ciclo 2, módulo 2. Porto Alegre: Artmed/Panamericana Editora, 2007, pp. 9-13. 
 
b) Valor: 1,0 para cada etapa citada: 
 Divulgar, na comunidade, informações sobre os riscos do sedentarismo e 
benefícios de um estilo de vida ativo. 
 Identificar fatores de motivação e aderência individuais e co letivas para prática 
de atividades físicas. 
 Avaliar clinicamente os indivíduos motivados, antes de iniciar sua participação 
nas práticas de atividades físicas. 
 Definir as prescrições adequadas de atividades físicas, individuais e/ou de grupos 
homogêneos (crianças/adolescentes, gestantes, idosos, hipertensos etc.). 
 Identificar os locais mais adequados da comunidade para que práticas coletivas de 
atividades físicas sejam implementadas. 
 Buscar parceria dos aparelhos sociais (associação de moradores, escolas etc.) para 
apoio e divulgação do plano de ação. 
 
Referência bibliográfica 
PINTO, Maria Eugênia Bresolin; DEMARZO, Marcelo Marcos Piva. Atividade Física na 
APS -Promef - ciclo 2, módulo 2. Porto Alegre: Artmed/Panamericana Editora, 2007, pp. 
11-23. 
57
 
PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 
QUESTÃO 5 
 
a) A principal suspeita é hipotireoidismo congênito. 
 
b) Informações que fundamentam o diagnóstico: 
- atraso no desenvolvimento neuropsicomotor 
- choro fraco e rouco 
- hérnia umbilical 
- icterícia prolongada 
- atraso na eliminação de mecônio 
- congestão nasal 
- movimentos fetais tardios 
 
c) O teste do pezinho favorecerá porque o diagnóstico até a quarta semana de vida 
garante o desenvolvimento neuropsicomotor adequado ou garantirá o desenvolvimento 
neuropsicomotor, ou preservará o desenvolvimento neuropsicomotor. 
 
Referência bibliográfica 
 
Fonte: Setian, N. Hipotireoidismo na criança:diagnóstico e tratamento (revisão). j pediatr 
(Rio J), 2007;83(5supl):S209-16. 
 
 
 
 
 
58
E X P E D I D O S P O R I N S T I T U I Ç Õ E S D E 
EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Prova Objetiva
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
Verifi que se, além deste caderno, você recebeu o Caderno de Respostas, destinado 
à transcrição das respostas das questões de múltipla escolha (objetivas).
Confi ra se este caderno contém 110 questões de múltipla escolha (objetivas).
Verifi que se a prova está completa e se o seu nome está correto no Caderno 
de Respostas. Caso contrário, avise imediatamente um dos responsáveis pela 
aplicação da prova. Você deve assinar o Caderno de Respostas no espaço próprio, 
com caneta esferográfi ca de tinta preta.
Observe as instruções expressas no Caderno de Respostas sobre a marcação das 
respostas às questões de múltipla escolha (apenas uma por questão).
Não se comunique com os demais estudantes nem troque de material com eles; 
não consulte material bibliográfi co, cadernos ou anotações de qualquer espécie.
Você terá cinco horas para responder às questões de múltipla escolha.
Quando terminar, entregue ao Aplicador ou Fiscal o seu Caderno de Respostas.
Atenção! Você só poderá levar este Caderno de Prova quando restarem 30 minutos 
para o término do exame.
1.
2.
3.
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5.
6.
7.
8.
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REVALIDA 2011
EXAM E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 60
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REVALIDA 2011
EXAM E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 1
Mulher com 54 anos de idade, Índice de Massa Corpórea 
(IMC) = 32,6, portadora de diabetes tipo 2, controlado 
com medidas dietéticas e uso de glibenclamida, 
comparece à Unidade Básica de Saúde com queixa de 
dor, do tipo cólica, em hipocôndrio direito, que se irradia 
para o ombro direito e piora após ingestão de alimentos, 
especialmente gordurosos. Relata episódios de vômitos 
durante algumas crises. Disse, ainda, que o quadro 
iniciou-se há mais ou menos seis meses, agravando-
se no último mês. Após a realização do exame físico, 
o médicosolicitou ultrassonografi a de abdome que 
evidenciou “colecistopatia calculosa crônica”. Ao explicar 
o diagnóstico para a paciente, ela informou que gostaria 
de passar seis meses visitando a fi lha que mora em 
Portugal. Baseado nessa situação, você diria à paciente 
que seu quadro clínico
A é crônico e o tratamento cirúrgico pode ser adiado.
B requer tratamento cirúrgico antes da viagem.
C requer tratamento cirúrgico imediato.
D requer acompanhamento imediato quando 
aparecerem indícios de complicações.
E requer antibioticoterapia imediata e uso de 
antiespasmódicos.
QUESTÃO 2
Menina com cinco anos de idade, acometida de 
leucemia linfóide aguda (LLA), internada em enfermaria 
pediátrica, está sendo submetida à quimioterapia para 
tratamento da leucemia. Em outra ala da enfermaria, 
uma criança apresentou febre e desenvolveu lesões 
eritematobolhosas sugestivas de varicela. Nesse 
contexto, a conduta ideal a ser tomada em relação a 
criança com leucemia é
A administrar vacina contra varicela.
B aplicar imunoglobulina específi ca anti-varicela.
C administrar aciclovir por 10 dias.
D administrar a vacina contra varicela e o aciclovir por 
10 dias.
E administrar a vacina contra varicela e imunoglobulina 
específi ca.
QUESTÃO 3
Ao atender uma mulher, com 24 anos de idade, você 
observa grande resistência dela para continuar o 
aleitamento materno de seu fi lho de dois meses. Além 
dos inquestionáveis benefícios para a criança, você 
orienta a paciente sobre os benefícios que o aleitamento 
materno traz para a mulher que amamenta, entre os quais 
fi guram, a proteção contra o câncer de mama e contra
A o câncer de colo uterino.
B o câncer de endométrio.
C os tumores da vulva .
D o desenvolvimento de miomas.
E o câncer de ovário.
QUESTÃO 4
Mulher com 45 anos de idade, cor branca, multípara, 
proveniente de zona rural, procura consulta ginecológica 
com queixa de peso na região pélvica há cerca de 60 
dias, perda de peso corporal e distensão abdominal. A 
paciente não faz uso de método contraceptivo oral e não 
apresenta dismenorreia. A paciente tem antecedente de 
neoplasia maligna de mama e a mãe, história de câncer 
de ovário. Ao exame, observou-se massa palpável em 
anexo esquerdo.
De acordo com o exame clínico e com os antecedentes 
pessoais e familiares informados pela paciente, qual a 
principal hipótese diagnóstica?
A Cisto benigno de ovário.
B Neoplasia maligna de ovário.
C Endometrioma.
D Tuberculose genital (ovário e trompa).
E Abscesso ovariano.
QUESTÃO 5
Criança com um ano de idade foi amamentada com leite 
materno exclusivamente até os seis meses, quando 
passou a receber alimentação complementar com 
frutas, papa salgada composta de vegetais, cereais e, 
às vezes, carne. Na ocasião da consulta de puericultura, 
por apresentar palidez, o médico solicitou eritrograma 
que apresentou os seguintes resultados : 
Hemoglobina = 10,2 mg/dL (valor normal = 11 - 13 mg/dL); 
Hematócrito = 30,8 % (valor normal = 36-44 %); Volume 
Corpuscular Médio = 75 fL (valor normal = 77- 101 fL); 
Hemoglobina Corpuscular Média = 21 pg (valor normal 
= 23-31 pg); Concentração de Hemoglobina Corpuscular 
Média = 26 g/dL (valor normal = 28-33 g/dL) e RDW = 
15,5 % (valor normal <14 %).
A hipótese diagnóstica elaborada pelo médico e o exame 
complementar que melhor confi rma esse diagnóstico 
são, respectivamente, 
A anemia falciforme e contagem de reticulócitos.
B anemia por defi ciência de ácido fólico e dosagem 
de folatos.
C anemia megaloblástica e eletroforese de hemoglobina.
D anemia carencial ferropriva e dosagem da ferritina 
sérica.
E talassemia e dosagem de ferro sérico.
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REVALIDA 2011
EXAM E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 6
Quanto ao desenvolvimento de diabetes gestacional 
em paciente primigesta, com 29 anos de idade, estatura 
de 1,50 m , peso pré-gravídico de 70Kg, peso atual de 
75Kg na 24ª semana de gestação e glicemia em jejum 
de 90mg/dl, pode-se afi rmar
A a ausência de risco pela idade inferior a 30 anos 
da gestante.
B a existência de risco pelo ganho excessivo de peso 
na gestação.
C a ausência de risco pela normalidade da glicemia de 
jejum da gestante.
D a existência de risco pelo IMC pré-gravídico superior 
a 27Kg/m2.
E a ausência de risco pela inexistência de antecedentes 
familiares da gestante.
QUESTÃO 7
Mulher com 34 anos de idade, gestante de 28 semanas, 
iniciou quadro febril há cinco dias associado a dor no 
hemitórax esquerdo à respiração profunda. Há dois dias 
passou a apresentar tosse produtiva com expectoração 
amarelada. Procurou Unidade de Pronto Atendimento.
Ao exame: bom estado geral; sinais vitais: Pulso = 100 
bpm; Pressão arterial = 120 x 80 mmHg; Frequência 
respiratória = 23 irpm. Temperatura axilar = 39 °C; 
Ausculta pulmonar: crepitações, broncofonia e aumento 
do frêmito tóraco-vocal na base do pulmão esquerdo. 
O leucograma apresenta 15.800 leucócitos/mm3, 
com predomínio de polimorfonucleares neutrófi los.
Qual a conduta a ser tomada, com relação a exames de 
imagem e tratamento antimicrobiano?
A Solicitar radiografi a de tórax com proteção abdominal 
e iniciar tratamento com amoxicilina oral.
B Solicitar ultrassonografi a de tórax e iniciar tratamento 
com quinolona respiratória oral.
C Solicitar tomografi a computadorizada do tórax e 
iniciar tratamento com aminoglicosídeo injetável.
D Solicitar radiografi a de tórax com proteção abdominal 
e iniciar claritromicina oral.
E Solicitar tomografi a computadorizada do tórax e 
iniciar vancomicina injetável.
QUESTÃO 8
Mulher com 48 anos de idade, parda, comerciante, 
procura o posto de saúde por apresentar astenia, palidez 
e fadiga fácil ao realizar suas tarefas diárias. Na história 
da doença atual relata que esteve bem de saúde até 
há 15 dias, quando iniciaram estes sinais e sintomas. 
Nega doenças como diabetes, hipertensão, doenças 
da tireóide. Nega também o uso de medicamentos. 
Ao exame físico apresenta palidez, icterícia (2+/4+), 
esplenomegalia de 4 cm do rebordo costal esquerdo e 
hepatomegalia de 2 cm do rebordo costal direito. Exames 
laboratoriais realizados mostram hemoglobina = 4,2 g/
dL; hematócrito = 13 %; VCM = 110 fL (VR = 80 – 100 fL); 
HCM = 32 pg (VR = 26 – 34 pg); leucograma = 10.500 
/ mm3 com diferencial normal; plaquetas = 240.000 /
mm3; reticulócitos aumentados; bilirrubina total = 4,0 
mg/dL (VR=0,3 -1,2 mg/dL) com fração direta de 0,8 
mg/dl (VR = 0 - 0,2 mg/dL). 
Qual o diagnóstico mais provável para a anemia da paciente?
A Anemia por défi cit de produção ocasionada por 
defi ciência de vitamina B12.
B Anemia do tipo regenerativa provocada por doença 
hemolítica adquirida.
C Anemia arregenerativa por defi ciência quantitativa 
de células progenitoras associada à hepatite viral.
D Anemia por defi ciência na síntese do heme durante 
a diferenciação das células eritroides.
E Anemia por defi ciência na síntese da globina durante 
a diferenciação das células eritroides.
QUESTÃO 9
Um menino com cinco anos e oito meses foi levado pela 
mãe à Unidade Básica de Saúde. Há três semanas vem 
apresentando dor abdominal inespecífi ca, tosse, febre e 
hábito de comer terra. Ao exame físico, o médico encontrou 
palidez cutânea moderada e hepatomegalia. Foram 
solicitados alguns exames: 1) hemograma: hemoglobina 10 
g/dL, hematócrito 30 %. leucocitose (16.000 /mm3), eosinofi lia 
(12 %), plaquetas normais; 2) exame parasitológico das fezes 
(em andamento) e 3) exame ultrassonográfi co do abdome 
que revelou imagens hipoecogênicas micronodulares 
no fígado. Com base na história clínica e nos exames 
complementares, o diagnóstico principal e o tratamento são
A ancilostomíase; utilizar mebendazol, 100 mg, duas 
vezes ao dia, durante três dias.
B giardíase; utilizar secnidazol, 30 mg/Kg, dose única.
C toxocaríase; utilizar albendazol, 10 mg/Kg, uma vez 
ao dia, durante cinco dias.
D estrongiloidíase;utilizar secnidazol, 25 mg/Kg, uma 
vez ao dia, de cinco a sete dias.
E amebíase; utilizar secnidazol, 30 mg/Kg, dose única.
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QUESTÃO 10
Mulher multípara, com gestação de 34 semanas e um 
dia, chega à maternidade com queixa de dor em cólica 
e endurecimento do abdome. Ao exame: presença 
de contrações uterinas frequentes (uma a cada cinco 
minutos), colo uterino com 50% de esvaecimento e 
1cm de dilatação, vitalidade fetal preservada. A conduta 
correta a ser adotada para a paciente é
A administrar terbutalina associada à corticoesteróide.
B iniciar partograma e acompanhar evolução do 
trabalho de parto.
C administrar indometacina e iniciar antibioticoterapia 
por via endovenosa.
D guardar repouso em observação e reavaliar o quadro 
após duas horas.
E administrar nifedipina sem associação de 
corticoesteróide.
QUESTÃO 11
Uma senhora comparece à Unidade Básica de Saúde 
com seu fi lho de seis meses de idade, dizendo-se 
preocupada com o desenvolvimento da criança, e 
sem qualquer outra queixa. O peso da criança ao 
nascer foi de 3.400g. Em sua alimentação atual estão 
sendo introduzidos alimentos sólidos e o calendário 
de vacinação vem sendo cumprido. O exame físico da 
criança é inteiramente normal.
Como indicador do desenvolvimento neuropsicomotor 
normal para criança nessa faixa etária (6 meses), o 
médico deverá observar se a criança
A apresenta choro excessivo e faz o acompanhamento 
com o olhar.
B faz a preensão de objetos com a mão e apresenta 
sorriso social.
C senta-se sem apoio e fala sílabas.
D rola sem auxílio e reconhece pessoas.
E fi rma a cabeça e apanha objetos.
QUESTÃO 12
Você é chamado para prestar assistência neonatal 
durante um parto no qual foi constatado sofrimento 
fetal com líquido amniótico meconial. O Recém Nascido 
nasceu com Apgar 2 ( Frequência cardíaca = 1 e 
Frequência Respiratória = 1). A conduta inicial, conforme 
as normas vigentes de Reanimação Neonatal, é 
A iniciar ventilação com ambu e máscara, aspirando o 
Recém Nascido após a recuperação da frequência 
cardíaca.
B iniciar ventilação com tubo oro-traqueal e aspirar o 
Recém Nascido após recuperação da frequência 
cardíaca.
C iniciar ventilação com pressão positiva e administrar 
adrenalina e massagem cardíaca.
D aspirar laringe e traquéia do Recém Nascido e 
ventilar com pressão positiva e ar ambiente.
E aspirar laringe e traquéia do Recém Nascido e 
oferecer oxigênio inalatório a 100%.
QUESTÃO 13
Paciente do sexo masculino, com 45 anos de idade, 
é dependente químico de cocaína, com uso por via 
inalatória e procurou o serviço especializado do CAPS 
(Centro de Apoio Psicossocial) para tratamento. A 
oferta desse atendimento no Sistema Único de Saúde 
caracteriza ações de que tipo?
A Prevenção primordial.
B Prevenção quaternária.
C Prevenção terciária.
D Prevenção secundária.
E Prevenção primária.
QUESTÃO 14
Homem, com 58 anos de idade, é atendido em serviço de 
urgência e relata a ocorrência, há cerca de seis meses, 
de modifi cação de seu hábito intestinal - períodos de 
constipação intercalados por evacuações de fezes 
pastosas, às vezes acompanhadas da eliminação de 
muco e sangue. Nesse período foi visto em consultas, 
nas quais foi prescrito tratamento antiparasitário, não 
havendo melhora da sintomatologia. O paciente informa 
ainda que há cerca de um mês, vem apresentando 
intensifi cação do esforço evacuatório. Nesse período 
as fezes têm se tornado cada vez mais afi ladas e há 
dois dias vem observando a diminuição quase completa 
da eliminação de fl atos e fezes, relatando também a 
ocorrência de náuseas e um episódio de vômitos de 
conteúdo biliar.
Com base nessa história, qual a conduta imediata a ser 
seguida ?
A Instalar sonda nasogástrica, prescrever hidratação 
parenteral, lactulona e antieméticos e manter 
paciente em observação.
B Instalar sonda nasogástrica, prescrever hidratação 
parenteral, clister com solução glicerinada e manter 
paciente em observação.
C Instalar sonda nasogástrica, prescrever hidratação 
parenteral e clister com solução glicerinada. A 
posteriori instalar sonda retal e manter paciente em 
observação.
D Prescrever antiespasmódicos, dimeticona e solicitar 
colonoscopia com biópsia e dosagem de antígeno 
carcino-embrionário.
E Encaminhar imediatamente o paciente para 
avaliação cirúrgica.
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QUESTÃO 15
Uma criança que nasceu prematura, com 32 semanas 
de idade gestacional e peso de 1850g, foi encaminhada 
à Unidade de Saúde para iniciar as imunizações. 
Atualmente, com um mês de vida, pesa 1900g e recebe 
aleitamento materno exclusivo. 
Para essa situação, qual a alternativa que indica o 
esquema inicial de vacinação recomendado?
A Iniciar o esquema vacinal aplicando a vacina BCG e 
a primeira dose da vacina contra a Hepatite B.
B Aplicar a primeira dose da vacina contra a Hepatite 
B e aguardar a criança atingir 2000g para programar 
a vacina BCG.
C Aguardar a criança atingir 2500g para aplicar a 
vacina BCG e contra a Hepatite B (primeira dose ).
D Aguardar a criança atingir 2000g para aplicar a 
vacina contra a Hepatite B (primeira dose) e 2500g 
para aplicar a vacina BCG.
E Aplicar as vacinas BCG e contra a Hepatite B 
(primeira dose) e programar a segunda dose desta 
última para 15 dias depois.
QUESTÃO 16
Homem, com 43 anos de idade, é atendido na Unidade 
Básica de Saúde com queixa de dispneia aos grandes 
esforços, há seis meses. Não relata dor precordial, 
síncope ou palpitações. No exame, encontra-se em 
bom estado geral, eupnéico, hidratado, corado. Pressão 
arterial = 100x70 mmHg, Frequência cardíaca = 
112bpm, Frequência respiratória = 18irpm; temperatura 
axilar = 36,5°C. Murmúrio vesicular presente e simétrico 
bilateralmente. Ritmo cardíaco regular, em dois tempos, 
bulhas hipofonéticas, com sopro sistólico de regurgitação 
mitral discreto. Abdome fl ácido, sem visceromegalias, 
ruídos hidroaéreos presentes e regularmente distribuídos. 
Sem edema de membros inferiores. Radiografi a de tórax 
atual mostra aumento global da área cardíaca, sem 
congestão pulmonar. Ecocardiograma transtorácico 
mostra a fração de ejeção do ventrículo esquerdo igual 
a 35%.
Com base nas evidências científi cas indique a opção 
terapêutica para o caso.
A Hidroclorotiazida e carvedilol.
B Carvedilol e digoxina.
C Enalapril e metoprolol.
D Espironolactona e enalapril.
E Digoxina e hidroclorotiazida.
QUESTÃO 17
O Agente Comunitário de Saúde lhe solicita explicações 
sobre um recém-nascido que apresenta coloração 
amarelada da pele. Você colhe, junto ao Agente 
Comunitário de Saúde, informações sobre a duração 
da gestação, as condições do parto e da criança ao 
nascer, o tempo de aparecimento do sintoma específi co 
e verifi ca também resultados de exames do recém-
nascido , realizados na maternidade: hemograma, 
dosagem de bilirrubinas e teste de Coombs. Diante dos 
dados clínicos e do resultado de exames, você conclui 
que trata-se de Icterícia Fisiológica do Recém-Nascido. 
O que seria correto você informar ao Agente 
Comunitário de Saúde sobre a Icterícia Fisiológica do 
Recém-Nascido?
A Desaparece após três semanas do início da 
manifestação em neonatos nascidos a termo.
B Desaparece após a primeira semana de vida em 
neonatos nascidos a termo.
C Atinge níveis de bilirrubinemia bastante elevados, 
superiores a 14 mg% .
D Deve-se a anemia hemolítica por incompatibilidade 
RH.
E Está presente desde o nascimento na 
hipermaturidade fetal.
QUESTÃO 18
Homem, com 26 anos de idade, foi internado há dois 
dias com o diagnóstico de doença infl amatória intestinal 
na forma fulminante com megacólon tóxico. Há cerca 
de uma horaapresentou piora súbita da dor abdominal, 
vômitos e desconforto respiratório. O exame físico revela 
paciente taquicárdico, taquidispneico e com abdome 
muito doloroso difusamente. A complicação é frequente 
e o principal recurso diagnóstico para demonstrá-la são
A perfuração intestinal; radiografi a de tórax e de 
abdome em ortostatismo e decúbito dorsal.
B pneumatose intestinal; enema opaco com contraste 
iodado.
C abscesso perirretal; tomografi a computadorizada de 
abdome.
D vôlvulo de sigmóide; colonoscopia. 
E hematoma intraluminal; colonoscopia.
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QUESTÃO 19
Criança do sexo feminino, com sete anos de idade, é 
trazida pela mãe à Unidade Básica de Saúde, porque 
há três dias apresenta-se com adinamia, urina escura 
(cor de “coca-cola”) e inchaço nos olhos pela manhã. 
A mãe informa que há 15 dias a criança apresentou 
febre elevada e “dor de garganta” que regrediram com 
o uso de antitérmico e de anti-infl amatório não hormonal 
(ibuprofeno). Na consulta o médico observa que a criança 
encontra-se em regular estado geral, afebril, eupneica, 
hipocorada (+/4), com frequência cardíaca de 116 bpm, 
Pressão arterial=118x82 mmHg, edema de face (+/4) e 
de membros inferiores (++/4).
Os demais aspectos do exame físico são normais.
Na síndrome que a criança apresenta, a resposta 
infl amatória responsável pela instalação da lesão nefrítica
A é consequência da ativação do complemento, da 
liberação de fatores quimiotáticos e do recrutamento 
de neutrófi los.
B decorre da fi xação de estreptococos beta-hemolíticos 
nas alças capilares glomerulares e da consequente 
infi ltração celular.
C deve-se a modifi cações de uma IgM que, no 
contexto de uma infecção, torna-se imunogênica e 
desenvolve afi nidade pelo glomérulo renal.
D depende da deposição mesangial de C3, fi brina e 
IgA, e da proliferação de células mesangiais com 
expansão da matriz.
E manifesta-se por hipercelularidade glomerular, 
expansão da matriz mesangial e duplicação da 
membrana basal glomerular.
QUESTÃO 20
Uma médica, durante plantão em serviço de 
emergência, atendeu um paciente com múltiplas lesões 
no antebraço direito, vítima de mordedura de cão 
que ocorrera há 3 horas. O acidente ocorreu na rua, 
mas o dono do animal foi identifi cado. O caso deverá 
ser conduzido por ela de acordo com o protocolo do 
Ministério da Saúde, que recomenda
A iniciar o esquema de vacinação e observar o animal 
por 10 dias.
B aplicar o soro antirábico e a vacina por 10 dias.
C observar o cão durante 10 dias após a exposição, 
para iniciar a vacinação antirábica.
D aplicar soro antirábico (dose única) no 10º dia de 
observação do animal.
E sacrifi car o animal imediatamente para evitar 
contaminação.
QUESTÃO 21
Adolescente, após tentativa de suicídio com 
ingestão de antidepressivo tricíclico, manifestou 
parada cardiorrespiratória. Durante a reanimação 
cardiopulmonar, observou-se o seguinte ritmo no 
monitor cardíaco.
A análise do monitor cardíaco permite afi rmar que o 
traçado eletrocardiográfi co demonstra ritmo de
A taquicardia ventricular, que pode ser responsiva a 
choque e a uso de atropina.
B fi brilação ventricular, que pode ser responsiva a 
cardioversão (choque no modo sincronizado).
C fi brilação ventricular, que pode ser responsiva a 
desfi brilação (choque no modo sincronizado).
D taquicardia ventricular, que pode ser responsiva a 
cardioversão (choque no modo sincronizado).
E taquicardia ventricular, que pode ser responsiva a 
desfi brilação (choque no modo não sincronizado).
QUESTÃO 22
Um paciente, com 69 anos de idade, é atendido em 
visita domiciliar. Ele informa que nos últimos cinco 
anos teve episódios de crises de dor abdominal na 
fossa ilíaca esquerda, associadas a febre baixa e 
hiporexia. Geralmente, quando ele “percebe que vai 
ter uma crise”, já usa os mesmos antibióticos que 
utilizou na crise anterior, por uns três a cinco dias, e 
a situação é resolvida. Apesar de estar assintomático, 
no passado já teve duas internações para uso de 
antibióticos parenterais, sendo que, em uma delas, há 
cerca de dois meses, fi cou internado por três semanas, 
em decorrência de uma diverticulite complicada, com 
pequeno abscesso pericólico.
Em relação às alternativas a seguir, assinale aquela que 
corresponde à conduta apropriada para o caso.
A Indicar dieta rica em fi bras e a manutenção dos 
antibióticos usados no início das crises.
B Orientar o paciente para que não use medicações 
sem prescrição médica.
C Sugerir ao paciente que procure um serviço de 
emergência sempre que tiver episódios semelhantes 
de dor.
D Aconselhar o paciente a buscar uma unidade de 
atendimento ambulatorial secundário, em cirurgia 
geral ou coloproctologia.
E Encaminhar o paciente à unidade básica de saúde 
para solicitar colonoscopia diagnóstica.
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QUESTÃO 23
Um município de pequeno porte tem apresentado 
difi culdades na execução de suas atividades de saúde 
de nível secundário de atenção. Com o objetivo de 
aumentar a resolubilidade do mesmo, qual ação pode 
ser tomada?
A Restringir o atendimento mediante comprovante de 
residência.
B Formar consórcios intermunicipais de saúde.
C Defi nir a área de abrangência dos serviços com o 
gestor local.
D Repassar à gestão estadual o serviço de auditoria 
dos prestadores locais.
E Incorporar recursos fi nanceiros do fundo estadual 
de saúde.
QUESTÃO 24
Paciente, com 45 anos de idade, sexo masculino, 
comerciante, vem a consulta na Unidade Básica de 
Saúde e informa que vem apresentando dispneia 
progressiva a médios esforços, “inchaço” nas pernas 
e diminuição da diurese. Relata que, em consultas 
anteriores, foi orientado a realizar periodicamente 
medidas de sua pressão arterial, que se encontrava, 
na época, no limite da normalidade. Não realizou o 
procedimento solicitado, retornando, hoje, para consulta. 
História pessoal: tabagista desde os 14 anos, um maço 
de cigarro por dia. Dieta rica em gorduras e pobre em 
frutas e vegetais. Informa que não é etilista e não usa 
drogas. História familiar: mãe hipertensa e pai falecido 
de infarto agudo do miocárdio.
Ao exame: Pressão arterial 165 x 110 mmHg, Frequência 
cardíaca: 55 bpm, Frequência respiratória 14 irpm, rítmo 
cardíaco regular em dois tempos, bradicárdico, sem 
sopros ou extrassístoles, murmúrio vesicular fi siológico, 
com discretas crepitações bibasais, abdome com ruídos 
hidroaéreos positivos, com hepatomegalia dolorosa a 
2 cm do rebordo costal direito, membros inferiores com 
edema (++/++++).
Os exames complementares demonstram que há uma 
sobrecarga de ventrículo esquerdo ao ECG; bloqueio 
atrioventricular de primeiro grau; clearance de creatinina 
45 ml/min (normal 90 -139 ml/min); urina de 24 horas 
com microalbuminúria de 250 mg/24h.
Qual o tratamento farmacológico a ser prescrito, no que 
se refere à pressão arterial desse paciente?
A Captopril + losartana.
B Propranolol + enalapril.
C Lisinopril + espironolactona.
D Losartana + hidroclorotiazida.
E Alisquireno + furosemida.
QUESTÃO 25
Um homem, com 68 anos de idade, tabagista de 40 
cigarros/dia, com história de dispneia, tosse produtiva e 
expectoração catarral abundante, chega à Unidade de 
Pronto Atendimento, com piora súbita da dispneia e da 
frequência da tosse . 
Na avaliação clínica você deve investigar as causas 
de piora, entre elas, devemos considerar como a mais 
frequente
A a infecção respiratória viral.
B a tromboembolia pulmonar. 
C a pneumonia por germes oportunistas.
D o cor pulmonale.
E o pneumotórax espontâneo seguido de infecção.
QUESTÃO 26
Homem, com 23 anos de idade, mototaxista, sofre 
acidente motociclísticopor colisão com carro em alta 
velocidade. Seu corpo foi lançado aproximadamente a 
20m e o capacete, ejetado. Foi socorrido pelo Corpo 
de Bombeiros com colocação de colar cervical, uso 
de prancha longa, imobilização e oxigenioterapia. Ao 
dar entrada na unidade de emergência na qual você é 
plantonista, 11 minutos após o acidente, apresentava-se 
agitado, agressivo, com saturação de oxigênio, aferida 
em oximetria de pulso, de 88%. O exame físico identifi cou 
murmúrio vesicular presente e roncos discretos na 
base de pulmão direito; pulso radial=105 bpm; abdome 
sem escoriações e indolor à palpação; deformidade 
em coxa direita e à palpação do crânio, apresentava 
afundamento de aproximadamente 0,5cm, associado a 
ferimento corto-contuso de 5cm de extensão, em região 
têmporo-parietal direita. Avaliação pela escala de coma 
de Glasgow=8. Pupilas fotorreagentes, sem anisocoria.
Qual a conduta imediata a ser adotada para este 
paciente?
A Entubação orotraqueal com objetivo de proteger a via 
aérea e aumentar a perfusão tecidual de oxigênio.
B Realização de traqueostomia de urgência com o 
objetivo de hiperventilar o paciente e favorecer a 
expansão pulmonar.
C Sedação com meperidina, com o objetivo de reduzir 
a agitação e consequentemente, o consumo de 
oxigênio e a congestão pulmonar.
D Ventilação sob máscara e pressão positiva, proteção 
do ferimento e contenção física, prevenindo o agravo 
das lesões.
E Ventilação sob máscara e pressão positiva, 
drenagem do hemitórax direito, melhorando assim a 
perfusão tecidual.
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QUESTÃO 27
Garota, com 13 anos de idade, moradora de rua, procura 
atendimento na rede básica de saúde, relatando falta 
de apetite, perversão do hábito alimentar, com relato 
de ingestão frequente de terra, epigastralgia, além de 
prurido anal e vaginal. Ao exame físico apresenta-se 
emagrecida e hipocorada. O exame parasitológico de 
fezes para pesquisa de ovos e larvas de helmintos e 
cistos de protozoários pelos métodos de Faust, Lutz 
e Baerman Moraes, revela: “presença de ovos de 
Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e Ancylostoma 
duodenale. Presença de cistos de Entamoeba coli. 
Presença de larvas de Strongyloides stercoralis”.
Assinale a alternativa que contem a prescrição que visa 
o tratamento das enteroparasitoses apresentadas pela 
paciente.
A albendazol em dose única e praziquantel em dose 
única.
B levamizol em dose única e ivermectina em dose 
única.
C metronidazol por sete dias e tiabendazol por dois 
dias.
D albendazol por quatro dias e tinidazol em dose única.
E albendazol em dose única e tiabendazol por dois 
dias.
QUESTÃO 28
Mãe leva sua fi lha, com um mês de vida, para consulta 
na Unidade Básica de Saúde. Relata que a fi lha foi 
submetida aos exames de triagem neonatal e está em 
aleitamento materno exclusivo, com calendário vacinal 
em dia. A criança nasceu de parto vaginal, a termo, com 
3000g, Apgar 7 e 9. A mãe queixa-se que a fi lha, há três 
semanas, está chorando muito, quase todos os dias, no 
início da noite. Informa também que a criança apresenta 
muitas evacuações ao dia, com fezes semi-pastosas, 
de coloração amarelada. Na consulta realizada com 10 
dias de vida o peso da criança foi de 2990g. Hoje, na 
consulta, pesou 3550g. 
Diante desse quadro clínico, assinale a alternativa que 
contém o diagnóstico e a conduta para essa criança.
A A criança apresenta quadro de diarreia aguda, o 
que ocasionou a perda de peso. Necessita receber 
imediatamente soro para hidratação oral e que seja 
suspenso o aleitamento materno.
B A criança apresenta quadro de cólica do lactente, 
o seu ganho ponderal é adequado. A mãe deve ser 
orientada a manter o aleitamento materno.
C A criança apresenta refl uxo gastroesofágico, o que 
determina o baixo ganho ponderal. Necessita de 
tratamento e cuidados para controle do refl uxo 
gastroesofágico.
D A criança apresenta quadro de intolerância ao leite 
materno. O que impõe a suspensão do aleitamento 
materno e introdução de leite de fórmula.
E A criança apresenta baixo ganho ponderal por 
ingestão alimentar reduzida devido à baixa produção 
de leite materno. A mãe deverá ser orientada a 
realizar complementação com leite de fórmula.
QUESTÃO 29
Você atende um menino com um ano de idade, história 
de febre alta, falta de apetite e irritabilidade há dois 
dias. A mãe informa que a vacinação está completa. 
Hoje pela manhã surgiram petéquias no corpo do 
paciente. Ao exame físico apresentava rigidez de nuca. 
A bacterioscopia do líquor mostrou a presença de 
meningococos.
Considerando o período de transmissão da infecção e o 
fato do paciente ter um irmão de quatro anos de idade, 
qual a alternativa que indica a conduta para a proteção 
dos contactantes em casa?
A Vacinação de todos os contactantes (vacina: 
meningocócica do grupo C).
B Quimioprofi laxia com rifampicina por dois dias para 
todos os contactantes.
C Vacinação apenas do irmão de quatro anos de idade 
(vacina: meningocócica do grupo C).
D Observação rigorosa de todos os contactantes, sem 
quimioprofi laxia.
E Quimioprofi laxia com rifampicina apenas para o 
irmão de 4 anos de idade.
QUESTÃO 30
Primigesta, tabagista, na 36a semana de gestação, 
procura a emergência da maternidade com sangramento 
vaginal de moderada quantidade, há 20 minutos, 
associado a dor abdominal, de forte intensidade. Ao 
exame: Pressão arterial = 80 x 50 mmHg, pulso = 120 
bpm e mucosas descoradas. Frequência Cardíaca 
Fetal = 180 bpm. Útero hipertônico, colo com dilatação 
cervical de 4,0 cm. A conduta médica deve incluir
A reposição de volemia e resolução por cesárea.
B indução do parto com ocitocina.
C reposição da volemia e aguardar a evolução do 
trabalho de parto.
D exame ultrassonográfi co para confi rmação 
diagnóstica.
E realização de amniotomia e aguardar o parto vaginal.
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QUESTÃO 31
Homem, com 26 anos de idade, apresentou, durante 
a prática de basquetebol, dor torácica súbita, de leve 
intensidade, no hemitórax esquerdo, associada a leve 
desconforto respiratório. Mesmo tendo interrompido a 
prática de esporte, o desconforto respiratório agravou-
se e ele foi levado pelos amigos a uma unidade de 
pronto atendimento. No exame inicial apresentava 
facies de sofrimento agudo e cianose leve, frequência 
respiratória de 38 incursões respiratórias por minuto, 
frequência cardíaca de 138 bpm, pressão arterial 
de 80x50 mmHg e saturação de oxigênio de 83%. 
A ausculta pulmonar revelava murmúrio vesicular 
praticamente abolido à esquerda.
Mediante esse quadro, qual deve ser a conduta imediata?
A Administração de O2 úmido - 6l/min e solicitaçao de 
Raio X de tórax em Pressão arterial e em ortostatismo.
B Administração de O2 úmido - 6l/min e solicitação de 
Raio X de tórax em Pressão arterial e em decúbito 
lateral esquerdo.
C Administração de O2 úmido sob pressão; solicitação 
de radiografi as sequenciais de tórax em postero 
anterior, antes e após O2 sob pressão.
D Solicitação de radiografi a de tórax em postero 
anterior, perfi l e decúbito lateral esquerdos e 
avaliação cirúrgica.
E Realizar drenagem por punção torácica com agulha 
calibrosa, no segundo espaço intercostal esquerdo.
QUESTÃO 32
Trinta e cinco indivíduos, adolescentes e adultos, 
alimentam-se em um restaurante com buffet de 
comida “por quilo”. Cerca de quatro horas depois, sete 
integrantes do grupo apresentam diarreia com várias 
evacuações aquosas, sem febre, acompanhadas de 
cólicas abdominais e vômitos. Ao serem avaliados 
apresentam-se apiréticos, desidratados, alguns deles 
necessitando de hidratação venosa. Dois dias depois, 
três outros membros do grupo, que tambémhaviam 
comido no mesmo buffet, apresentam quadro de 
diarreia, eliminação de fezes com muco, pus e sangue, 
acompanhado de febre e mal estar. Na avaliação clínica 
apresentam-se desidratados, febris e toxemiados.
Quais são os agentes etiológicos que melhor explicam a 
epidemiologia e as características clínicas dos quadros 
diarreicos descritos?
A Staphylococcus aureus e Salmonella enteritidis.
B Staphylococcus aureus e Escherichia coli 
enterotoxigênica.
C Staphylococcus aureus e Bacillus cereus.
D Salmonella enteritidis e Yersinia enterocolitica.
E Shigella fl exneri e Escherichia coli enteropatogênica.
QUESTÃO 33
Um médico decidiu realizar uma pesquisa científi ca 
com seus pacientes na unidade de saúde. Ele iria 
fazer entrevistas com adolescentes sobre sexualidade, 
investigando o grau de conhecimento deles quanto aos 
métodos contraceptivos, quer seja natural, de barreira, 
hormonal ou dispositivo intrauterino.
Qual o procedimento adequado para que a pesquisa 
seja realizada de acordo com o Código de Ética Médica?
A Incluir nas referências bibliográfi cas a citação dos 
trabalhos publicados em revistas com comitê de 
revisores.
B O Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos 
(CEP) não necessita emitir parecer sobre o protocolo, 
pois a pesquisa tem apenas objetivos educacionais.
C Obter o Termo de Consentimento Livre Esclarecido 
(TCLE) assinado pelos adolescentes.
D Obter TCLE assinado pelos adolescentes e seus 
representantes legais e comunicar à comunidade 
sobre a natureza da investigação.
E Caso tenha uma indústria de medicamentos 
fi nanciando a pesquisa, o pesquisador não 
necessitará informar sua relação com esta empresa.
QUESTÃO 34
Um estudante, com 15 anos de idade, chega à 
Emergência informando ser portador de asma desde 
a infância. Relata que manteve controle da asma nos 
últimos meses e que apresenta piora há dois dias, 
quando passou a apresentar dispneia associada à tosse, 
expectoração mucosa e chiado no peito. Ao exame físico 
observa-se tórax tipo pectus carinatum, com discreta 
tiragem intercostal; frequência respiratória = 32 irpm; 
Frequência cardíaca=100 bpm; ausculta pulmonar com 
sibilos difusos. 
Na sala de Emergência, diante do paciente com crise 
asmática, além do quadro clínico, consideram-se como 
procedimentos objetivos importantes para avaliação da 
gravidade, a realização, quando possível, de
A radiografi a de tórax e medida do pico de fl uxo 
expiratório (PFE).
B radiografi a de tórax e saturação de oxigênio no 
sangue arterial por gasometria ou oximetria de 
pulso (SatO2).
C hemograma e saturação de oxigênio no sangue 
arterial por gasometria ou oximetria de pulso (SatO2).
D medida do pico de fl uxo expiratório (PFE) e saturação 
de oxigênio no sangue arterial por gasometria ou 
oximetria de pulso (SatO2).
E eletrocardiograma e medida do pico de fl uxo 
expiratório (PFE).
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QUESTÃO 35
Uma mulher, com 36 anos de idade, casada, procura 
a Unidade de Pronto Atendimento com dor tipo cólica, 
intensa e constante há três dias, náuseas, vômitos, 
tendo feito várias aplicações de analgésicos parenterais. 
Há cerca de seis meses, vem apresentando crises de 
dor abdominal semelhantes, porém de intensidade 
menor em hipocôndrio direito com irradiação para o 
dorso, do tipo cólica, predominantemente noturnas e 
após a ingestão de alimentos gordurosos. No momento, 
ela está com temperatura de 38,1°C, com fácies de dor, 
taquicárdica, com dor intensa à palpação do hipocôndrio 
direito e com a presença de sinal de Murphy.
Com base nessas informações, a conduta mais 
adequada é
A administrar novamente analgésicos, com alta e 
orientação para procurar ambulatório de cirurgia 
para programar colecistectomia eletiva.
B administrar analgésicos e antibióticos, com alta e 
orientação para procurar ambulatório de cirurgia 
para programar colecistectomia eletiva.
C administrar analgésicos, com internação hospitalar 
até melhora da dor e alta para programar 
colecistectomia eletiva.
D administrar analgésicos e antibióticos, com 
internação hospitalar até “esfriar o processo” seguida 
de alta para programar colecistectomia.
E administrar analgésicos e antibióticos, com 
internação hospitalar e programar colecistectomia.
QUESTÃO 36
Paciente, com 32 anos de idade, hígida anteriormente, 
deu entrada em serviço de urgência municipal com 
quadro clínico de febre alta, mialgia, artralgia, 
cefaléia, prostração, dor retroorbitária e exantema. 
Apresentava-se lúcida e orientada. Ao exame 
fisico, constatou-se desidratação, temperatura = 
39,5°C, Frequência cardíaca = 102 bpm, Frequência 
respiratória = 20 irpm e Pressão arterial = 90 x 60 
mmHg. Ausculta cardiopulmonar normal.
A avaliação laboratorial mostrou: Hematócrito = 35 %; 
leucócitos totais = 1.900 /mm³; plaquetas = 102.000 /mm³.
Diante do quadro, neste momento, qual a prioridade no 
manuseio da paciente?
A Solicitar sorologia para dengue.
B Prescrever paracetamol para controle da temperatura 
e analgesia.
C Instalar hidratação venosa.
D Orientar hidratação vigorosa, em domicílio.
E Encaminhar para unidade hospitalar do nível 
secundário.
QUESTÃO 37
A enfermeira de uma equipe de Saúde da Família 
aborda o médico para saber o que deve ser feito com um 
paciente que atendeu hoje. Trata-se de homem recém-
chegado do interior, em tratamento para tuberculose e 
AIDS. O relatório trazido por ele informa que há cinco 
anos iniciou terapia antiretroviral. Há seis meses iniciou 
tratamento para tuberculose, não tendo apresentado 
intolerância a nenhum medicamento.
A medida a ser adotada em relação ao paciente é
A dar continuidade ao dois tratamentos sob 
responsabilidade da equipe de Saúde da Família.
B dar continuidade apenas ao tratamento antiretroviral, 
pois a tuberculose já foi adequadamente tratada 
(seis meses).
C prolongar o esquema de tratamento para tuberculose 
para doze meses.
D investigar situação dos comunicantes quanto à 
tuberculose, como forma indireta de avaliar a adesão 
do paciente ao tratamento.
E encaminhar o paciente para tratamento conjunto 
com os serviços de referência local de DST/AIDS e 
de tuberculose.
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QUESTÃO 38
Paciente, com 49 anos de idade, sexo masculino, 
lavrador, vem à consulta com queixa de lesão em face que 
iniciou-se como uma pápula, posteriormente evoluindo 
com ulceração e indolor. A primeira lesão apareceu há 
3 meses, sendo seguida de mais duas com as mesmas 
características. Associado ao aparecimento das lesões 
evoluiu com emagrecimento, não sabendo quantifi car, 
porém notou que suas roupas estão mais largas que 
o habitual. Não apresentou quadro semelhante antes. 
Relata tabagismo e etilismo desde a infância. Não refere 
uso de medicamentos. Durante o exame físico, foram 
visualizadas lesões ulceradas, de bordas elevadas, com 
fundo granuloso em região labial inferior e mentoniana. 
Foi realizado raspado para exame direto e biópsia da 
lesão. Em ambos os exames foram encontradas formas 
leveduriformes com múltiplos brotamentos pequenos, 
em roda de leme. Reação de Montenegro negativa. Qual 
o diagnóstico e tratamento de escolha?
Figura I - Lesão cutânea. 
Figura II - Formas leveduriformes com múltiplos 
brotamentos.
Fonte: Shikanai-Yassuda MA cols, RevistaRevista da Sociedade Brasileira de Medicina 
Tropical 39(3):297-310, mai-jun, 2006.
A Paracoccidioidomicose e itraconazol.
B Esporotricose e solução saturada de Iodeto de 
potássio.
C Carcinoma de células escamosas e cirurgia.
D Tuberculose cutânea e R (Rifampicina) – H 
(Isoniazida) – Z (Pirazinamida) – E (Etambutol).
E Leishmaniose cutânea e glucantime.
QUESTÃO 39
Uma criança nascidade parto cesáreo, a termo, com Apgar 
8/9, pesando 3500g, apresenta, nas primeiras 24 horas 
de vida, cianose associada com desconforto respiratório.
Durante o exame fi sico, o recém-nascido encontra-se 
cianótico, taquidispneico (Frequência respiratória=65 
irpm), taquicárdico (Frequência cardíaca=160bpm), 
com retrações subdiafragmáticas e intercostais. 
A ausculta pulmonar é normal e não é observada 
a presença de sopro à ausculta cardíaca. 
A saturação de oxigênio inicial era de 70% antes, 
passando a 72% após iniciar a oxigenoterapia 
com FiO2 de 100%. Foi feita a hipótese 
diagnóstica de cardiopatia congênita, sendo 
solicitados radiografi a de tórax e ecocardiograma. 
A radiografi a de tórax mostrou área cardíaca 
aparentemente sem alterações e aumento da trama 
pulmonar. O ecocardiograma não pôde ser realizado.
A hipótese diagnóstica principal e a conduta terapêutica 
indicada são, respectivamente,
A atresia pulmonar; administração de indometacina 
para fechamento do canal arterial.
B tetralogia de Fallot; administração de indometacina 
para fechamento do canal arterial.
C atresia pulmonar; administração de prostaglandina E 
para manutenção do canal arterial.
D transposição de grandes vasos; administração de 
indometacina para fechamento do canal arterial 
patente.
E transposição de grandes vasos; administração de 
prostaglandina E para redução da trama pulmonar.
QUESTÃO 40
Criança, com oito meses de idade, dá entrada em pronto 
socorro acompanhada pela mãe que se encontra muito 
afl ita. Ela diz que o bebê havia caído do berço há poucas 
horas. Afi rma, ainda, que a criança não apresentou 
perda de consciência ou vômitos. Ao exame físico foi 
evidenciada fratura de fêmur e escoriações leves no 
tronco. Após o devido tratamento das lesões, que medida 
deve complementar o cuidado a essa criança?
A Formalizar denúncia contra a mãe junto à autoridade 
policial.
B Formalizar denúncia contra a mãe junto ao Juizado 
de Menores.
C Comunicar a suspeita de maus-tratos ao Conselho 
Tutelar.
D Alertar a mãe que aumente seus cuidados para 
evitar acidentes.
E Solicitar realização de perícia medico-legal.
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QUESTÃO 41
Paciente, com 57 anos de idade, sexo masculino, chega 
ao pronto atendimento queixando-se de palpitações 
que se iniciaram há três dias, associadas à tontura e 
à dispneia. Relata fazer uso de metimazol 10 mg/dia 
há um mês por diagnóstico de hipertireoidismo. Faz 
uso ainda de enalapril 20 mg para hipertensão arterial 
desde os 45 anos de idade. 
Ao exame: Pressão arterial = 110 x 70 mmHg; 
Frequência cardíaca = 160 BPM; Frequência 
respiratória = 26 irmp; rítmo cardíaco taquicárdico, 
irregular, em dois tempos, sem sopros; murmúrio 
vesicular fi siológico com crepitações bibasais; abdome 
livre, indolor, ruídos hidroaéreos positivos; aparelho 
locomotor sem alterações. Saturação periférica de 
oxigênio de 87%. Solicitado ECG:
Figura I - Traçado eletrocardiográfi co.
Instalada a suplementação de oxigênio e monitorização 
cardíaca. Assinale a alternativa que identifi ca a arritmia 
e a conduta a ser tomada ainda na sala de pronto 
atendimento.
A Flutter atrial e amiodarona.
B Taquicardia supra ventricular paroxistica e 
procainamida.
C Sindrome de Wolff-Parkinson-White e beta 
bloqueador.
D Taquicardia atrial multifocal e bloqueadores de 
canais de cálcio.
E Fibrilação atrial e digitálico.
QUESTÃO 42
Mulher, com 35 anos de idade, procura atendimento 
médico por apresentar quadro de dor de início súbito, 
com localização inicial na região epigástrica, inicialmente 
acompanhada de vômitos, com rápida expansão para 
o fl anco e a fossa ilíaca direita e, posteriormente, para 
todo o abdome. A paciente apresenta extremidades frias 
e respiração superfi cial; busca manter-se imóvel e adota 
posição antálgica, com pernas fl etidas sobre o tronco. 
O abdome é difusamente doloroso, sendo evidentes 
a contratura abdominal e a rigidez da musculatura 
abdominal à palpação e à respiração. A radiografi a 
de tórax e a radiografi a simples de abdome, ambas 
realizadas em ortostatismo, mostram pneumoperitôneo.
Com relação à complicação apresentada pela paciente, 
é correto afi rmar que
A fi gura entre as causas mais frequentes de abdome 
agudo não traumático e metade dos casos ocorre em 
pacientes com idade entre 20 e 40 anos.
B nas úlceras duodenais as perfurações ocorrem, de 
um modo geral, na parede posterior e na curvatura 
do duodeno.
C nas úlceras gástricas as perfurações ocorrem, 
usualmente, na parede posterior do antro e da região 
pré-pilórica.
D a área mais acometida por perfurações de úlceras 
pépticas é o estômago, na proporção de 14:1 em 
relação ao duodeno.
E a mortalidade é proporcionalmente maior nas 
perfurações duodenais, em torno de 20%, talvez 
porque acometam pacientes mais idosos.
QUESTÃO 43
Paciente, com 35 anos de idade, sexo masculino, etilista, 
é trazido por familiares ao hospital após ter apresentado 
crise convulsiva generalizada e perda de consciência. 
Esposa relata que o paciente não fazia uso de 
medicamentos, tendo realizado consulta médica recente. 
Nega que tenham ocorrido quedas ou traumatismos 
antecedendo o início do quadro. Ao exame: Pressão 
arterial = 190 x 100 mmHg, Frequência cardíaca = 50 
bpm ritmo cardíaco regular em dois tempos, sem sopros; 
murmúrio vesicular fi siológico sem ruídos adventícios. 
Escala de coma de Glasgow: 7, pupilas anisocóricas 
(maior à direita) e fotorreagentes; hemiplégico à 
esquerda. Saturação periférica de oxigênio de 98 %.
Qual a conduta a ser tomada para esse paciente no 
momento da admissão?
A Entubação orotraqueal + hiperventilação mecânica; 
manitol.
B Ventilação não invasiva; manitol e solução 
hipertônica.
C Suplementação de oxigênio por máscara; manitol.
D Entubação orotraqueal + ventilação mecânica.
E Entubação orotraqueal + ventilação mecânica + 
antihipertensivo.
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QUESTÃO 44
Homem, assintomático, com 45 anos de idade e 
que apresenta tumor renal, procura atendimento em 
consultório médico portando documento que o identifi ca 
como Testemunha de Jeová, informando que não deverá 
ser submetido a transfusão de sangue. O documento foi 
registrado em cartório e enumera todos os motivos pelos 
quais o mesmo tem o direito de não receber transfusão 
de sangue. É provável que este paciente seja submetido 
a tratamento cirúrgico, pois esta alternativa terapêutica 
aponta melhor sobrevida. Ele se nega veementemente 
a receber transfusão, caso seja necessário. Qual a 
conduta baseada nos princípios éticos positivados na 
última versão do Código de Ética Médica brasileiro?
A Não dar certeza ao paciente que não transfundirá o 
sangue e realizar o procedimento cirúrgico.
B Garantir ao paciente que tentará ao máximo não 
transfundir, mas transfundir se necessário.
C Tentar dissuadir o paciente da sua crença religiosa 
para o bem da sua saúde.
D Realizar o procedimento cirúrgico e, se necessário, 
transfundir, informando a família.
E Negar-se a realizar o procedimento e orientar o 
paciente a procurar outro médico.
QUESTÃO 45
Uma mulher, com 32 anos de idade - três gestações, 
dois partos e zero abortos -, tem idade gestacional 
de nove semanas, confi rmada por ultrassonografi a 
realizada há três dias. Deu entrada na emergência de 
um hospital, com dor abdominal em cólica, sangramento 
transvaginal moderado com odor fétido, relatando febre 
e calafrios. Informa ter sido manipulada, em tentativa 
de abortamento, há dois dias. O exame clínico revelou 
dor à manipulação do útero, colo uterino pérvio e 
confi rmou presença de sangramento com odor fétido. 
A paciente apresenta pulso fi liforme,com frequência 
cardíaca = 110 bpm, Pressão arterial = 85 x 40 mmHg 
e temperatura axilar = 39 ºC. Os exames laboratoriais 
realizados evidenciaram Leucócitos = 18.000 cel/mm³, 
com desvio à esquerda e Proteína C Reativa = 18 mg/
dL (Valor normal < 0,1 mg/dL). Diante do quadro da 
paciente, o diagnóstico e conduta são, respectivamente,
A abortamento incompleto por manipulação. O restante 
do conteúdo uterino deve ser esvaziado e, se a febre 
persistir por mais 48 horas, iniciar antibioticoterapia, 
de preferência com ampicilina por via endovenosa, 
1g de 6/6 horas. A paciente recebe alta, se afebril, 
sem medicação antimicrobiana.
B abortamento séptico por manipulação. O restante 
do conteúdo uterino deve ser esvaziado quando a 
paciente apresentar estabilidade hemodinâmica e 
somente após 12 horas de instituída antibioticoterapia, 
preferencialmente com esquema duplo: metronidazol 
e gentamicina. A paciente recebe alta com medicação 
antimicrobiana, após 48 horas da curetagem.
C abortamento infectado por manipulação. Curetagem 
uterina deve ser realizada quando a paciente 
apresentar estabilidade hemodinâmica. Inicia-se 
antibioticoterapia, preferencialmente com esquema 
duplo: metronidazol e gentamicina. A histerectomia 
deve ser efetuada se a infecção não responder ao 
tratamento. A paciente recebe alta com medicação 
antimicrobiana, após 48 horas do procedimento.
D abortamento séptico por manipulação. Instituir 
antibioticoterapia, preferencialmente com esquema 
duplo: metronidazol e gentamicina. O conteúdo 
uterino deve ser esvaziado quando a paciente 
apresentar estabilidade hemodinâmica. A paciente 
pode receber alta após 48 horas, se apirética e com 
bom estado geral, sem uso de antimicrobianos.
E abortamento infectado por manipulação. Deve ser 
realizada a curetagem uterina, quando a paciente 
apresentar estabilidade hemodinâmica. Em seguida, 
inicia-se a antibioticoterapia, preferencialmente com 
esquema duplo: metronidazol e gentamicina. Após 
48 horas da curetagem, recebe alta sem medicação 
antimicrobiana.
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QUESTÃO 46
Criança, com 15 meses de idade, foi à Unidade Básica 
de Saúde para receber as vacinas do Programa 
Nacional de Imunização. A mãe da criança perguntou se 
ele podia tomar todas as vacinas, porque seu fi lho mais 
velho, de 10 anos de idade, encontra-se em tratamento 
quimioterápico para leucose aguda. Qual a conduta 
recomendada?
A A criança pode receber todas as vacinas previstas.
B A criança pode receber todas as vacinas, com 
exceção da Sabin.
C A criança deve adiar a vacinação contra difteria, 
tétano e coqueluche.
D A criança pode receber somente a tríplice viral.
E A criança deve adiar a vacinação para o próximo 
mês.
QUESTÃO 47
Mulher, com 19 anos de idade, procura o pronto-socorro 
de um hospital secundário com queixa de dor abdominal e 
vômitos há dois dias. Há cerca de quinze dias, apresenta 
tosse e coriza amarelada e, há dez dias, poliúria e polidipsia. 
Comenta ter emagrecido 12 kg (18% do peso) nas últimas 
duas semanas. Informa não ter tido febre. Não relata 
antecedentes mórbidos pessoais ou familiares relevantes. 
Ao exame clínico, aparece vigil, consciente, orientada. 
Pontuação na escala de coma de Glasgow = 15. 
Corada, desidratada 2+/4+, taquipneica. Pressão 
arterial = 106 x 62 mmHg, pulso = 104 bpm, frequência 
respiratória = 28 irpm. Abdome doloroso à palpação 
profunda de epigástrio, sem dor à descompressão 
brusca. Semiologia cardíaca, pulmonar, e de membros, 
normais. Saturação de oxigênio em ar ambiente: 99 %. 
Glicemia capilar à entrada = 364 mg/dL. Foram solicitadas 
dosagens séricas de eletrólitos, exame sumário de urina 
e gasometria venosa.
Além de se considerar o início de antibioticoterapia para 
o quadro respiratório alto, a conduta terapêutica imediata 
adequada é
A aguardar os exames, antes de outras etapas do 
tratamento.
B iniciar insulinoterapia, em bolus endovenoso, a ser 
mantida por infusão contínua.
C aguardar resultado da dosagem de eletrólitos (K+) e 
iniciar expansão com soro fi siológico.
D preparar expansão com soro fi siológico e reposição 
de potássio.
E introduzir expansão com soro fi siológico, reposição 
de potássio e insulinoterapia.
QUESTÃO 48
Homem, com 45 anos de idade, é submetido à cirurgia 
pélvica com duração de uma hora. No segundo dia de 
pós-operatório desenvolve quadro de dor na panturrilha, 
aumento de temperatura e edemas locais. Clinicamente, 
apresenta Pressão arterial = 140 x 90 mmHg, com 
Frequência cardíaca = 120 bpm e Frequência 
respiratória = 30 irpm. Realizado eletrocardiograma, 
observa-se taquicardia com ritmo sinusal. O método de 
escolha para o diagnóstico primário da intercorrência 
apresentada no segundo dia de pós-operatório é
A a venografi a por ter maior acurácia no diagnóstico e 
localização do problema e ser pouco invasiva.
B a dosagem de D-dímero por ter alto valor preditivo 
positivo e ser bastante específi ca.
C a pletismografi a de bioimpedância por medir a 
capacitância venosa e ser pouco invasiva.
D a venografi a de ressonância magnética por ser ideal 
em casos agudos e ser bem tolerada pelos pacientes.
E a ultrassonografi a com Doppler por ter ótimo valor 
preditivo positivo e ser pouco invasiva.
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QUESTÃO 49
Um menino, com um ano de idade, está sendo atendido 
no Pronto-Socorro de Pediatria com histórico de febre 
alta, falta de apetite e irritabilidade há dois dias. A mãe 
informou que hoje a criança apresentou vômitos, tremores 
e recusou toda a alimentação. Ao exame físico, apresenta-
se hipoativo, com desidratação de primeiro grau e febre 
(39 ºC). Para a investigação desse quadro febril, sem foco 
aparente, foram realizados os seguintes exames:
Estudo do líquor: normal
Eritrograma: Hb: 11,5 g/dL Ht: 37,5 %.
Leucograma: 25.000 /mm3, com 10% de bastonetes.
Plaquetas: normais
Exame sumário de urina (colhido com saco coletor): nitrito 
positivo; leucócitos: 430.000 /ml; eritrócitos: 15.000 /ml
Urocultura: em execução
Com base na suspeita de infecção urinária, qual é a 
conduta a ser adotada?
A Colher novo exame de urina por meio de punção 
supra-púbica, internar o paciente e instituir a 
hidratação e a antibioticoterapia parenteral, 
prescrevendo cefalosporina.
B Internar o paciente, instituir hidratação parenteral e 
aguardar o resultado da urocultura colhida no pronto-
socorro, para iniciar a antibioticoterapia de acordo 
com antibiograma.
C Hidratar o paciente no pronto-socorro e, após melhora 
clínica, liberá-lo com prescrição de cefalosporina por 
via oral. Pedir à responsável pelo menino que leve o 
resultado da urocultura, assim que esteja pronto, ao 
médico assistente.
D Hidratar o paciente no pronto-socorro, colher novo 
exame de urina por sondagem vesical ou punção 
supra-púbica e, após melhora clínica, liberá-lo com 
prescrição de cefalosporina por via oral. Orientar a 
mãe que leve o resultado da urocultura, assim que 
esteja pronto, ao médico assistente.
E Hidratar o paciente no pronto-socorro, colher novo 
exame de urina por sondagem vesical ou punção 
supra-púbica e, após melhora clínica, liberá-lo; 
aguardar o resultado da urocultura, para defi nir sobre 
uso de antibioticoterapia.
QUESTÃO 50
Um médico da Unidade Básica de Saúde encontrava-se 
diante de uma difícil situação que envolvia o atendimento 
de uma criança de dois anos de idade, em que a 
melhor medicação disponível para o tratamento não 
estava disponível gratuitamente para pacientes nessa 
idade, apesar das evidências científi cas mostrarem 
que, para outras faixas etárias, há benefício com seu 
uso. O médico orientou a mãe sobre a necessidade 
da medicação,seus importantes efeitos benéfi cos e os 
possíveis efeitos adversos, esclarecendo que utilizá-la 
seria o ideal para a criança, permitindo que ela optasse 
pelo uso de medicação fornecida gratuitamente ou pela 
medicação que deveria ser adquirida. Por confi ar na 
opinião do profi ssional, com base na relação de parceria 
na atenção a seus doentes, a mãe decidiu comprar 
a medicação. A atitude do médico, nesta situação, 
considerou os princípios fundamentais da Ética Médica 
contemporânea e da Bioética.
Nesta situação, evidencia-se o princípio
A da benefi cência.
B da não-malefi cência.
C da justiça.
D do assentimento.
E da autonomia.
QUESTÃO 51
Mulher, com 44 anos de idade, apresenta quadro de dor 
epigástrica, com irradiação em faixa para hipocôndrio 
direito e esquerdo, com vômitos e distensão abdominal, 
de início súbito sem relação com esforço, ocorrendo 
há seis horas. Relata dois episódios semelhantes 
anteriores, de menor intensidade, nos últimos três 
anos, dos quais se recuperou apenas com restrição 
de dieta. Relata ainda trombose de retina à esquerda 
após um desses episódios. Durante o exame físico, 
foram visualizadas mucosas descoradas, anictérica, 
pele com turgor e elasticidade reduzidos. Pressão 
arterial = 40x90 mmHg. Pulso radial = 120 bpm, rítmico 
e fi no. Ausculta respiratória - expansibilidade reduzida 
em base de hemitórax esquerdo, com submacicez 
local. Ausculta cardíaca - bulhas taquicárdicas em 
dois tempos. Abdome distendido, com equimoses nos 
fl ancos. Ruídos hidroaéreos diminuídos e dor difusa à 
palpação. Extremidades: pulsos periféricos palpáveis e 
simétricos. Exame laboratoriais mostram Ht = 52%, Hb = 
14 g/L. Amilase = 104 U/L (Valor normal = 27 a 131U/L). 
Glicemia na admissão = 230 mg/dL. Creatinina = 1,5 mg/
dL (Valor normal = 0,7 a 1,3 mg/dL). Troponina Sérica = 0,5 
ng/mL (Valor normal < 0,1 ng/mL). ECG sem alterações. 
O laboratório informa que o soro apresenta aspecto 
francamente leitoso na centrifugação. Ultrassonografi a de 
abdome mostra vias biliares não dilatadas e vesícula biliar 
de paredes fi nas, sem cálculos. O retroperitôneo não foi 
visualizado.
Qual o diagnóstico compatível com o quadro descrito?
A Pancreatite aguda.
B Dissecção de aorta.
C Infarto do miocárdio.
D Colecistite aguda.
E Infarto mesentérico.
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QUESTÃO 52
Paciente do sexo masculino, com 22 anos de idade, 
submetido a tratamento cirúrgico de apendicite aguda 
há oito dias, procura a Unidade Básica de Saúde 
queixando-se de dor intensa e “infl amação” no local da 
incisão cirúrgica que ainda encontra-se com pontos. 
Relata que evoluiu bem após a cirurgia recebendo 
alta no segundo dia pós-operatório com prescrição 
de dipirona, se necessário. Desde então, retomava 
as atividades habituais até que há um dia começou a 
notar aumento de volume no local da ferida operatória. 
Não informa febre e apresenta boa aceitação alimentar. 
Durante o exame físico, nota-se ferida operatória de 
aproximadamente 7 cm, oblíqua em fossa ilíaca direita 
discretamente elevada, hiperemiada, com calor local e 
saída de pequena quantidade de secreção amarelada, 
sem brilho, viscosa e que suja a roupa. Abdome fl ácido 
e indolor fora da área de incisão. Temperatura axilar 
normal. Frequência cardíaca = 72 bpm, Frequência 
respiratória = 16 irpm.
Diante do quadro, qual o diagnóstico e a conduta 
para o caso nesse momento?
A Infecção de sítio cirúrgico e iniciar antibioticoterapia.
B Seroma e colocar dreno laminar pela incisão, após 
retirada de um dos pontos.
C Infecção de sítio cirúrgico e abrir a incisão, seguida 
de lavagem com soro fi siológico.
D Seroma e orientar o paciente que o conteúdo será 
absorvido pelo organismo.
E Hérnia incisional e orientar o paciente a procurar 
imediatamente o cirurgião que o operou.
QUESTÃO 53
Homem, com 55 anos de idade, alcoólatra, em 
acompanhamento ambulatorial devido a cirrose hepática, 
comparece ao Pronto-Socorro com hematêmese. 
Clinicamente se apresenta taquipneico, descorado, 
pulso fi no, pressão arterial de 90 x 60 mmHg. Foi 
submetido a endoscopia digestiva alta que mostrou 
varizes esofágicas, com sangramento ativo. A próxima 
conduta para esse paciente deve ser
A iniciar antibioticoterapia profi lática.
B iniciar somatostatina.
C iniciar reposição volêmica.
D passar balão de Sengsaken-Blakemore.
E realizar escleroterapia endoscópica.
QUESTÃO 54
Paciente do sexo feminino, assintomática, em avaliação 
de rotina, determinada pelo seu médico assistente, é 
submetida à coleta de duas amostras de urinocultura, que 
revelam crescimento de >100.000 Unidades Formadoras 
de Colônias/ml de Escherichia coli, nas duas amostras, 
com o mesmo perfi l de sensibilidade.
A solicitação das urinoculturas e o tratamento antibiótico 
da bactéria isolada são justifi cadas, se a paciente em 
questão for
A muito idosa, moradora de asilo.
B diabética, insulino-dependente.
C portadora de cateter vesical de demora.
D gestante, em qualquer idade gestacional.
E jovem, sexualmente ativa.
QUESTÃO 55
Paciente, com 23 anos de idade, encontra-se na nona 
semana de gestação e comparece à Unidade Básica de 
Saúde para sua primeira consulta de pré-natal. Dentre 
os exames de rotina para essa idade gestacional, o 
médico solicita
A sorologia para hepatite B e C.
B citologia oncótica e creatinina.
C sorologia para HIV e VDRL.
D glicemia de jejum e teste de tolerância oral a glicose.
E exame sumário de urina e ecografi a obstétrica.
QUESTÃO 56
Mulher, com 58 anos de idade, diabética, é admitida 
no Pronto-Socorro com dor precordial opressiva, 
intensa, irradiada para membro superior esquerdo há 
40 minutos, associada a sudorese fria e sensação de 
morte iminente. Durante o exame clínico, encontra-se 
em bom estado geral, eupneica, Pressão arterial = 100 
x 70 mmHg, Frequência cardíaca = 92 bpm, Frequência 
respiratória = 20 ipm. Pulmões limpos. Ritmo cardíaco 
regular, dois tempos, sem sopros. Abdome fl ácido, sem 
visceromegalias, ruídos hidroaéreos presentes. Sem 
edemas de membros inferiores, panturrilhas livres. 
Fez uso de dinitrato de isossorbida 5 mg sublingual, 
tendo cessado a dor. Eletrocardiograma realizado na 
admissão está normal. Qual a recomendação para o 
acompanhamento desta paciente?
A Acompanhamento ambulatorial, se Troponina e 
CKMB massa colhidas na admissão estiverem 
normais.
B Internação hospitalar, monitorização cardíaca 
contínua, mesmo com troponina normal à admissão.
C Acompanhamento ambulatorial especializado, com 
cardiologista, se Troponina colhida na admissão 
estiver normal.
D Internação hospitalar, monitorização cardíaca 
contínua, se Troponina colhida na admissão estiver 
elevada.
E Internação hospitalar, sem monitorização cardíaca 
contínua, se a Troponina e CKMB massa colhidas na 
admissão estiverem normais.
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QUESTÃO 57
Considere as três situações abaixo.
I. Médico recebe comunicado do diretor clínico da 
clínica onde trabalha de que passará a receber 
desconto no aluguel do consultório de acordo 
com o número de pacientes encaminhados para 
outros especialistas.
II. Mãe traz a fi lha de 16 anos de idade, aluna do 
segundo ano do ensino médio, para consulta 
ginecológica. A adolescente não apresenta 
alterações ao exame clínico. Após a consulta, a 
mãe procura o médico para obter informações 
sobre o que foi discutido pelo médico com a fi lha 
em relação à sexualidade. O médico se nega a 
fornecer as informações sem a autorização da 
fi lha menor.
III. Um médico especialista é chamado para falar 
sobre um tema de saúde em uma emissora 
de rádio. Durante o programa, atendendo a 
solicitação de ouvintesdo programa, realizado 
ao vivo, o médico informa o telefone do seu 
consultório.
Qual (is) desta(s) situação(ões) constitui(em) infrações 
do Código Brasileiro de Ética Médica ?
A I e II.
B I e III.
C II e III.
D III.
E I, II e III.
QUESTÃO 58
Em consulta médica no posto de saúde, paciente jovem 
relata “ferida” na genitália externa que surgiu há cerca 
de 30 dias. Ao exame, nota-se úlcera vulvar, única, 
de contornos imprecisos, fundo purulento e dolorosa 
ao toque, associada a linfadenopatia homolateral. O 
esfregaço do material da borda da úlcera, corado pelo 
método de GRAM, revelou bacilos Gram negativos 
intracelulares. A hipótese diagnóstica principal é
A sífi lis primária.
B úlcera luética secundária.
C cancro mole.
D donovanose.
E linfogranuloma venéreo.
QUESTÃO 59
Criança, com três anos de idade, é atendida no Pronto 
Atendimento, com história de diarreia nos últimos 
sete dias. A mãe relata aumento da frequência das 
evacuações, estando as fezes líquidas, sem sangue 
ou muco. A criança mantém-se afebril e nas últimas 24 
horas apresentou dois episódios de vômitos. O exame 
físico revela peso atual de 13.300g e anterior de 14.800g; 
criança irritada, chorando sem lágrimas, mucosas 
secas, olhos fundos e elasticidade cutânea diminuída. 
Com base na história e no exame físico, o diagnóstico e 
conduta imediatos são, respectivamente,
A diarreia aguda com sinais de desidratação grave; 
hidratação venosa e suspensão da alimentação até 
melhora dos vômitos.
B diarreia aguda com sinais de desidratação; solução 
de reidratação oral e drogas antimotilidade.
C diarreia aguda com sinais de desidratação; solução 
de reidratação oral e suspensão da alimentação (nas 
primeiras quatro horas), exceto se for leite materno.
D diarreia persistente com sinais de desidratação grave; 
hidratação venosa e suspensão da alimentação até 
melhora dos vômitos.
E diarreia persistente com sinais de desidratação; 
solução de reidratação oral e suspensão da 
alimentação (nas primeiras quatro horas), exceto se 
for leite materno.
QUESTÃO 60
Paciente, com 57 anos de idade, vai à Unidade Básica de 
Saúde com queixa de aparecimento, há um mês, de lesão 
avermelhada em braço direito. Procurou atendimento 
médico, quando foi prescrita nistastina creme durante 14 
dias e fl uconazol 150 mg em dose única, sem melhora 
do quadro. Relata que posteriormente apresentou dor no 
cotovelo direito, sendo feito diagnóstico de tendinite e 
prescrito anti-infl amatório. Informa não ter outra doença 
e não faz uso de medicamentos. O exame físico mostra 
mácula eritematosa com bordas eritematosas elevadas 
e centro atrófi co. Qual a hipótese diagnóstica e a 
propedêutica a ser realizada?
Figura I - Lesão cutânea.
A Psoríase e diagnóstico clínico.
B Paracoccidioidomicose e raspado da lesão.
C Cromomicose e biópsia.
D Hanseníase e Intradermorreação de Mitsuda.
E Liquen plano e biópsia.
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QUESTÃO 61
O plantonista da Unidade de Terapia Intensiva aciona 
a equipe de notifi cação e captação de órgãos do seu 
hospital relatando que foi realizado e confi rmado o 
diagnóstico de morte encefálica em um jovem de 20 
anos, vítima de traumatismo crânio-encefálico. Quanto 
ao prosseguimento do processo de doação de órgãos 
pode-se afi rmar que
A se houver manifestação favorável da família quanto 
à doação, o diagnóstico de morte encefálica deve 
ser comunicado à Central de Notifi cação, Captação 
e Distribuição de Órgãos.
B se o potencial doador apresentar estabilidade 
hemodinâmica e ausência de infecção sistêmica ou 
tumor maligno, o diagnóstico de morte encefálica 
deve ser comunicado à Central de Notifi cação, 
Captação e Distribuição de Órgãos.
C deve ser dada sequência aos procedimentos 
para a retirada de órgãos, tendo por base o 
consentimento presumido , uma vez que não há 
manifestação conhecida do potencial doador, de 
oposição à doação.
D a morte encefálica é de notifi cação compulsória e a 
continuidade dos procedimentos para a retirada de 
órgãos para transplante depende do consentimento 
da família do potencial doador.
E uma vez esclarecida a família sobre o diagnóstico 
de morte encefálica e com a certeza de sua 
compreensão deve ser dada sequência aos 
procedimentos para a retirada de órgãos, tendo por 
base o consentimento informado.
QUESTÃO 62
Mulher, com 57 anos de idade, sem acompanhamento 
médico regular, é atendida em ambulatório de clínica 
médica de hospital secundário por queixa de edema 
de membros inferiores e face e de urina espumosa há 
três meses. A paciente não refere doenças anteriores 
e desconhece seus antecedentes familiares. Ao exame 
clínico encontra-se orientada, normocorada, hidratada, 
afebril, com edema de face (++/4). Pressão arterial 
(posição deitada) = 176 x 102 mmHg com pulso = 76 
bpm; pressão arterial (posição supina) = 154 x 78 mmHg 
com pulso = 72 bpm. Frequência respiratória = 18 irpm. 
Exame cardíaco normal. Ausculta pulmonar: murmúrio 
vesicular diminuído nas bases pulmonares, sem ruídos 
adventícios. Abdome com sinais de ascite moderada, 
membros inferiores com edema compressível (++/4). 
Fundoscopia: prejudicada por opacifi cação do cristalino.
Exames complementares: 
Glicemia de jejum = 283 mg/dL, Creatinina = 1,8 mg/
dL, Ureia = 60 mg/dL. Colesterol total = 312 mg/dL, 
LDL = 230 mg/dL, HDL = 40 mg/dL, VLDL = 42 mg/dL, 
triglicérides = 210 mg/dL. Albumina sérica = 1,8 g/dL. 
Exame sumário de urina: proteinúria (++++/4), glicosúria 
(++/4), sem outras alterações. Proteína na urina de 24h= 
5,5g. Dosagem de eletrólitos e hemograma normais.
Qual a principal etiologia para o quadro apresentado por 
essa paciente?
A Hipertensão arterial sistêmica.
B Diabetes mellitus.
C Dislipidemia.
D Glomerulopatia por lesões mínimas.
E Lupus eritematoso sistêmico.
QUESTÃO 63
Paciente do sexo masculino, com 59 anos de idade, 
tabagista há mais de 10 anos, hipertenso e dislipidêmico, 
procura a Unidade Básica de Saúde relatando o 
aparecimento, há um mês, de lesão ulcerada em dorso 
de pé esquerdo, após pequeno trauma abrasivo com 
sandália mal-adaptada. A lesão é seca, dolorosa, com 
fundo sujo e pálido. Há um discreto halo de eritema ao 
seu redor. Evolui há uma semana com piora do aspecto 
e do tamanho da lesão, com dor de repouso, edema de 
pé e tornozelo. Os pulsos arteriais não são perceptíveis 
(palpáveis) abaixo dos joelhos, bilateralmente.
Qual a hipótese diagnóstica e conduta para esse paciente?
A Doença aterosclerótica obliterante periférica(DAOP) 
com isquemia crítica; referenciar para 
revascularização de urgência.
B Trombose venosa profunda; referenciar para consulta 
em ambulatório de especialidades e prescrição de 
anticoagulantes.
C Úlcera varicosa infectada; referenciar para internação 
hospitalar de urgência para antibioticoterapia e 
desbridamento.
D Trombose venosa profunda; referenciar para 
internamento hospitalar de urgência para trombólise.
E Microangiopatia diabética; referenciar para 
ambulatório especializado.
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QUESTÃO 64
Paciente do sexo feminino, com 34 anos de idade, sem 
antecedentes patológicos pregressos signifi cativos, 
procurou a Unidade Básica de Saúde com história de 
pirose e regurgitação há mais ou menos seis meses, 
e piora do quadro no último mês. Relata ganho 
ponderal de 10 kg nos últimos três meses (Índice de 
massa corpóreo atual = 36,8 kg/m2). Faz uso irregular 
de antiácido por conta própria. Trazia consigo um 
resultado de endoscopia digestiva alta com o seguinte 
laudo: “erosões lineares de até 5 mm, não confl uentes, 
localizadas em esôfago distal”. Baseado no diagnóstico 
acima, você prescreve um inibidor debomba de prótons 
durante oito semanas e orienta a paciente a
A perder peso e evitar deitar-se imediatamente após 
as refeições.
B evitar ingestão de café e praticar esportes.
C suspender carne vermelha da alimentação e ingestão 
de bebidas gaseifi cadas.
D dormir com cabeceira da cama elevada e abolir 
fi bras na dieta.
E aumentar a ingesta de proteínas e reduzir a ingesta 
de carboidratos.
QUESTÃO 65
Paciente do sexo masculino, com 58 anos de idade, casado, 
pedreiro, tabagista há 15 anos (13 cigarros/dia), procura a 
Unidade Básica de Saúde queixando-se de um “caroço 
na virilha esquerda” que surgiu há cinco meses. Informa 
que essa tumoração apresentou crescimento lentamente 
progressivo desde então e que procurou o serviço 
de saúde porque passou a apresentar dor na região 
inguinal esquerda durante suas atividades laborais. O 
exame do tórax não apresenta alterações. O abdome 
é indolor e sem visceromegalias palpáveis. O exame 
das extremidades superiores e inferiores, bem como o 
do períneo, não apresenta anormalidades. Ao exame 
da região inguinal esquerda verifi ca-se a presença de 
tumoração mole, bem delimitada, retrátil, dolorosa à 
palpação profunda e que aumenta de tamanho quando 
se realiza a manobra de Valsalva.
Diante dessa situação, a hipótese diagnóstica e conduta 
são, respectivamente,
A hérnia inguino-escrotal esquerda, encarcerada; 
solicitar ultrassom escrotal e encaminhar o paciente 
para o Pronto-Socorro para avaliação de urgência 
pelo cirurgião.
B linfoadenomegalia a esclarecer, suspeita de 
neoplasia; solicitar biópsia excisional e encaminhar o 
paciente para o ambulatório de especialidades para 
avaliação do cirurgião.
C hérnia inguinal direta esquerda, não complicada; 
encaminhar o paciente para o ambulatório de 
especialidades para avaliação do cirurgião geral.
D hérnia inguinal indireta esquerda; solicitar tomografi a 
de abdome e pelve e encaminhar o paciente para 
avaliação ambulatorial especializada com cirurgião.
E massa inguinal a esclarecer, provável neoplasia; 
solicitar biópsia por punção guiada por ultrassom e 
referenciar o paciente para avaliação ambulatorial 
com cirurgião.
QUESTÃO 66
Uma nova Unidade de Saúde da Família será implantada 
em um município. A territorialização deverá ser realizada 
visando obter como primeiro produto
A a determinação dos coefi cientes de morbi-
mortalidade.
B a obtenção de dados de vigilância comparativos com 
outras áreas do mesmo município.
C a identifi cação de reivindicações de movimentos 
sociais e grupos organizados.
D a defi nição de micro-áreas de risco e grupos 
prioritários.
E a determinação dos índices de mortalidade infantil 
e materna.
QUESTÃO 67
Paciente do sexo masculino, com 26 anos de idade, 
procura ambulatório de Clínica Médica com queixas, há 
uma semana, de mal estar, febre de baixa intensidade 
não aferida, inapetência, vômitos ocasionais e aversão 
à fumaça de cigarro, evoluindo com colúria e acolia 
fecal há três dias. Relata que costuma alimentar-
se em bares com baixo nível de higiene, próximos 
à universidade onde estuda; e viagem, há um mês, 
para acampamento. Informa manter relações sexuais 
sem uso de preservativos, com parceiros e parceiras 
desconhecidos. Ao exame físico apresenta-se em bom 
estado geral, corado, hidratado, ictérico ++/4+, lúcido, 
orientado, Pressão arterial =120 x 70 mmHg , Frequência 
cardíaca= 64bpm. Fígado palpável a três centímetros do 
rebordo costal direito; baço impalpável. O restante do 
exame físico não mostrou alterações signifi cativas.
Foram solicitadas dosagens de aminotransferases, que 
se mostraram muito elevadas (>1000 UI/ml) e marcadores 
sorológicos virais das hepatites determinaram que o 
paciente era carreador crônico do vírus da hepatite B 
e apresentava também hepatite viral aguda pelo vírus 
da hepatite A. A infecção pelo vírus da hepatite C foi 
excluída por sorologia e técnicas moleculares.
O perfi l sorológico compatível com o diagnóstico do 
paciente é
A anti-HAV IgG reativo e IgM não reativo; anti-HBc IgM 
e IgG reativos; HBsAg reativo.
B anti-HAV IgG e IgM reativos; anti-HBc IgG e IgM não 
reativos; HBsAg não reativo.
C anti-HAV IgG e IgM não reativos; anti-HBc IgG reativo 
e IgM não reativo; HBsAg não reativo.
D anti-HAV IgG não reativo e IgM reativo; anti-HBc IgM 
e IgG não reativos; HBsAg não reativo.
E anti-HAV IgG e IgM reativos; anti-HBc IgM não 
reativo e IgG reativo; HBsAg reativo.
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QUESTÃO 68
Uma criança de sexo feminino, com quatro anos de 
idade, é atendida no Pronto Atendimento com queixa 
de poliúria, polidipsia e emagrecimento nos últimos dois 
meses. Apesar de ter havido um atendimento anterior por 
esta queixa, não houve uma defi nição diagnóstica. A mãe 
decidiu retornar ao serviço porque nos últimos dois dias, a 
criança começou a apresentar sonolência, acompanhada 
de febre (dois picos de 38,6 °C), vômitos, fadiga, sinais de 
desidratação e taquipneia. Imediatamente, você decidiu 
encaminhar a paciente para um Serviço de Emergência, 
devido à hipótese diagnóstica de cetoacidose diabética. 
A decisão de encaminhamento imediato foi determinada
A pela preocupação com a hipotensão, achado 
bastante comum nas crianças que desenvolvem 
cetoacidose diabética.
B para reposição volêmica e controle da glicemia. A 
hipotensão, na criança em cetoacidose diabética, é 
evento raro e tardio.
C pela alta mortalidade, característica da doença, 
cuja principal causa de morte está relacionada à 
hipotensão.
D pela hipertermia da criança, que requer imediata 
investigação diagnóstica.
E porque, em crianças lactentes e pré-escolares, além 
de adolescentes grávidas, a cetoacidose ocorre com 
níveis de glicemia sempre muito elevados.
QUESTÃO 69
Uma criança, com dois anos de idade, sexo masculino, é 
atendida no serviço de Pronto Atendimento. A mãe relata 
que a criança vem apresentando sintomas de obstrução 
nasal e secreção hialina há seis dias, evoluindo com 
febre (dois picos diários de 38,8 ºC) nos últimos 
dois dias, irritabilidade, difi culdade de aceitação da 
alimentação, sobretudo da mamadeira que é oferecida 
à noite, após deitar. O exame físico mostra abaulamento 
da membrana timpânica esquerda. Qual a principal 
hipótese diagnóstica e a conduta terapêutica?
A Trata-se de otite média aguda. O uso de 
antibioticoterapia está indicado, pois o quadro clínico 
é compatível com otite média, cuja principal etiologia, 
nessa idade, é bacteriana. Além disso, a presença 
de abaulamento da membrana timpânica sugere a 
etiologia bacteriana.
B Trata-se de otite média aguda. O uso de 
antibioticoterapia está indicado, pois, apesar do 
abaulamento da membrana timpânica ser visto nas 
otites de etiologia viral e nas de etiologia bacteriana, 
a antibioticoterapia reduz o tempo de doença.
C Trata-se de otite média aguda. O uso de medicação 
sintomática está indicado, pois o quadro clínico é 
compatível com otite viral, sendo o abaulamento 
da membrana timpânica um forte elemento de 
diferenciação a favor da etiologia viral.
D Trata-se de otite serosa. É indicado, portanto, o uso 
de antibioticoterapia nessa faixa etária, já que a 
presença de abaulamento da membrana timpânica 
sugere o diagnóstico de otite serosa.
E Trata-se de otite serosa. É indicado, portanto, o uso 
de sintomáticos, pois o abaulamento da membrana 
timpânica, patognomônico da otite serrosa, deverá 
regridir com essa medida.
QUESTÃO 70
Homem, com 45 anos de idade, com dor epigástrica 
diária, ocorrendo no período pós-prandial e à noite, e 
perda ponderal de 4 kg, começou uso de inibidor de 
bomba de próton (IBP) com alguma melhora. Informa 
que não usa álcool ou antinfl amatórios não hormonais. 
Ainda na vigência da medicação realizou endoscopia 
digestiva alta que revelou gastrite nodosa de antro 
e corpo, e úlcera duodenal em fase de cicatrização.Biópsias de mucosa gástrica foram realizadas durante 
o procedimento, e submetidas ao teste rápido de urease 
em fase líquida, cujo resultado foi negativo.
Quanto ao tratamento para Helicobacter pylori nesse 
paciente, conclui-se que
A não há necessidade de tratamento, pois o agente 
etiológico não é o Helicobacter pylori.
B não há necessidade de tratamento, pois a cicatrização 
da úlcera ocorre após a erradicação da bactéria.
C o tratamento está indicado e o uso de IBP interfere 
no teste de urease.
D há necessidade de tratamento profi lático contra 
reinfecção, mesmo havendo cura.
E há necessidade de tratamento especial para 
Helicobacter pylori resistente aos antibióticos.
QUESTÃO 71
Criança em idade pré-escolar foi atendida na Unidade 
Básica de Saúde, por diversas vezes, com quadro 
diarreico semelhante: diarreia importante e evacuações 
explosivas logo após a ingestão de alimentos. No 
atendimento atual a criança encontra-se desidratada, 
apresenta assadura perianal e distensão abdominal. 
Os exames laboratoriais evidenciaram a presença de 
substâncias redutoras nas fezes e pH fecal menor do 
que 5,5.
Qual a suspeita diagnóstica principal?
A Diarreia infecciosa persistente.
B Diarreia aguda recorrente.
C Parasitose intestinal.
D Intolerância à lactose.
E Doença infl amatória pélvica.
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QUESTÃO 72
Criança, com seis anos de idade, é atendida em Serviço 
de Urgência. A mãe informa que a criança apresenta 
“chiado no peito, tosse e falta de ar”. Ao exame, você 
constata Frequência cardíaca = 125 bpm, Frequência 
respiratória = 50 irpm, síbilos expiratórios, tiragem 
intercostal e batimento de asas do nariz. Qual deve ser 
a conduta clínica para iniciar o tratamento da criança?
A Salbutamol 5 mg/ml, 1 gt/2kg e brometo de Ipratrópio 
0,25 mg/ml, 20 a 40 gotas; hidrocortisona 4 mg/2kg.
B Fenoterol 5 mg/ml, 1 gt/3kg; hidrocortisona 4 mg/2kg.
C Salbutamol 5mg/ml, 1gt/kg e brometo de Ipratrópio 
0,25 mg/ml, 10 gotas; metilprednisolona 1 mg/kg.
D Fenoterol 5 mg/ml, 1 gt/kg; hidrocortisona 4 mg/kg.
E Salbutamol 5 mg/ml, 1 gt/3kg e brometo de Ipratrópio 
0,25 mg/ml, 20 a 40 gotas; metilprednisolona 2 mg/kg.
QUESTÃO 73
Menina, com seis anos de idade, foi levada pela 
mãe à consulta em Unidade Básica de Sáude por 
apresentar, há uma semana, intensa adinamia, quadro 
febril intermitente (temperatura = 38oC) e dor articular, 
localizada inicialmente no joelho esquerdo, acompanhada 
de calor e rubor discreto e que, há dois dias, acomete o 
tornozelo direito. A mãe informa que, há cerca de seis 
semanas, a criança apresentou quadro de infecção de 
vias aéreas superiores (faringite), que regrediu com o 
uso de amoxicilina durante cinco dias. Ao exame físico 
a criança encontrava-se afebril, eupneica, hidratada, 
com intensa adinamia, hipocorada (+/4), Frequência 
cardíaca=125 bpm, Pressão arterial= 100 x 60 mmHg. A 
ausculta cardíaca e a ausculta pulmonar foram normais. 
Foi observada hiperemia, calor e dor no tornozelo direito, 
com limitação de movimentos e a presença de áreas 
eritematosas com centros esbranquiçados no tronco e 
na região proximal de membros superiores e inferiores.
Os exames laboratoriais revelaram: 
hemoglobina=10 g/dL, hematócrito=34%, 
leucócitos=14000/mm3, velocidade de 
hemossedimentação = 26mm/h, proteína C reativa= 2,0 
ng/ml (valor de referência= <0,1 ng/mL); glicose, ureia 
e creatinina normais. O eletrocardiograma mostra um 
prolongamento do intervalo P-R (0,20 s).
Com base no quadro clínico descrito e nos exames 
complementares realizados, qual o provável diagnóstico 
dessa criança?
A Artrite idopática juvenil.
B Lupus eritematoso sistêmico.
C Febre reumática.
D Síndrome de Reiter.
E Espondilartrose.
QUESTÃO 74
Paciente do sexo feminino, com 14 anos de idade, recebe 
atendimento médico por apresentar quadro de hematúria 
macroscópica acompanhada de mialgia discreta, adinamia, 
discreta hipertermia (temperatura axilar=37.8°C). A mãe 
informa que a paciente apresentou infecção de vias 
aéreas superiores há cerca de um mês, que regrediu 
após tratamento com amoxicilina durante sete dias. Por 
ocasião dessa primeira consulta a paciente apresenta 
hipertensão arterial (Pressão arterial = 150x110 mmHg), 
o fundo de olho é normal e não há outras alterações do 
exame físico. A paciente é hospitalizada pois os primeiros 
exames laboratoriais já mostram creatinina sérica elevada 
(8,4 mg/dL) e ela evolui rapidamente com oligoanúria, 
edema e agravamento da função renal. A hematúria 
macroscópica regride, mas persiste hematúria 
microscópica, com presença de cilindros hemáticos 
e a paciente passa a apresentar também proteinúria 
(3g/24 h). A investigação clínico-laboratorial não 
evidencia presença de vasculite ou doença sistêmica. 
A dosagem de complemento sérico (C3, CH50) é 
normal; anticorpos antinucleares ausentes, pesquisa 
de fator anti-nuclear negativa. A paciente foi submetida 
à biópsia renal - fragmento com 30 glomérulos, com 
proliferação das células epiteliais da cápsula de 
Bownan e infiltração por macrófagos e linfócitos, 
configurando a presença de crescentes epiteliais em 
70% dos glomérulos, alguns com aspecto fibrocelular. 
A imunofluorescência da biópsia renal, reproduzida 
abaixo, evidencia deposição linear de IgG - não há 
depósitos mesangiais; imunofluorescência negativa 
para IgM, IgA e C3.
Com base na história clínica, evolução e na biópsia renal 
e imunofl uorescência, pergunta-se qual o mecanismo 
responsável pelo dano glomerular?
A Reação antígeno-anticorpo in situ ao longo da 
membrana basal glomerular.
B Deposição de complexos imunes circulantes ao 
longo da membrana basal glomerular.
C Alterações da imunidade celular, notadamente de 
macrófagos e linfócitos T auxiliares.
D Deposição de anticorpo antiantígeno citoplasmático 
de neutrófi los.
E Deposição de anticorpos antiantígenos 
estreptocócicos ao longo da membrana basal 
glomerular.
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QUESTÃO 75
Paciente do sexo feminino, com 20 anos de idade, vai à 
Unidade Básica de Saúde queixando-se de corrimento 
genital presente há um mês, de coloração esbranquiçada, 
em quantidade abundante, com odor fétido, que piora 
após o coito. Não relata outros sintomas associados. A 
paciente iniciou a atividade sexual há um ano e, nesse 
período, teve três parceiros sexuais. Atualmente tem 
apenas um parceiro e, nas relações sexuais, faz uso 
ocasional de preservativo. Ao exame especular vaginal 
foi observado corrimento vaginal esbranquiçado e 
abundante, fétido, e ausência de anormalidades nas 
paredes vaginais e colo uterino. O teste de aminas foi 
positivo e o pH=5,5. Qual o diagnóstico principal e o 
tratamento adequado para esta paciente?
A Tricomoníase. Tratar com metronidazol, por via oral, 
durante sete dias, e o parceiro com metronidazol em 
dose única.
B Candidíase vulvovaginal. Tratar a paciente com 
fl uconazol, por via oral, em dose única.
C Vaginose bacteriana. Tratar a paciente com 
metronidazol, por via oral , durante sete dias.
D Gonorréia. Tratar a paciente e o parceiro com 
azitromicina em dose única.
E Infecção por clamídia. Tratar a paciente com 
doxiciclina por 14 dias e o parceiro, com azitromicina 
em dose única.
QUESTÃO 76
Homem, com 29 anos de idade, vítima de queda 
de moto com explosão do baço, apresenta lesão 
hepática sangrante e fratura fechada de ossos da 
perna esquerda. Encontra-se na sala de recuperação 
pós-anestésica de um hospital terciário, após ter sido 
submetido a laparotomia exploradora, esplenectomia 
e rafi a hepática, além de fi xação externa dos ossos da 
perna esquerda, há 5 horas. O procedimento transcorreu 
sem intercorrências.O paciente se queixa de dor em 
todo membro inferior operado, mais acentuadamente 
em terço distal de perna e pé. Apresenta parestesia no 
membro esquerdo, com importante e tenso edema na 
perna. O tempo de perfusão na perna operada é de mais 
de três segundos. O membro não se encontra rodado 
e os fi xadores não apresentam problemas aparentes. 
Os pulsos femorais e poplíteos são presentes e normais 
bilateralmente, bem como os tibiais à direita. À esquerda, 
nota-se uma diminuição acentuada dos pulsos tibial 
posterior e pedioso. Diante desta situação, o diagnóstico 
e a conduta apropriada são, respectivamente,
A trombose venosa profunda; heparinização.
B oclusão arterial aguda; tromboembolectomia de 
urgência.
C desalinhamento do sítio de fratura; reintervenção 
cirúrgica.
D síndrome compartimental; fasciotomia de urgência.
E trombose arterial aguda; trombólise.
QUESTÃO 77
Paciente, com 27 anos de idade, segunda gestação 
(um parto normal anterior), com idade gestacional de 
38 semanas, confi rmada por ultrassonografi a de 10 
semanas, apresenta dinâmica uterina positiva e forte 
cefaléia. Refere uso de metildopa - 750mg/dia em três 
tomadas. Foi admitida com esse quadro na emergência 
de um hospital, queixando-se também de visão turva 
e de grande mal estar. A anamnese e exame físico 
indicam paciente inquieta, poliqueixosa, referindo medo 
de morrer. Pressão arterial = 190x120mmhg, colo uterino 
fi no e dilatado para 8 cm, apresentação cefálica, dorso 
à esquerda, contrações uterinas presentes - três em 10 
minutos, de 45 segundos .
Com base no quadro acima, qual o diagnóstico correto e 
a conduta a ser adotada?
A Pré-eclâmpsia grave. Paciente com indicação de 
parto cesáreo após normalização pressórica com 
nifedipina ou hidralazina.
B Eclâmpsia eminente. Indicação de sulfato de 
magnésio e hidralazina para correção dos níveis 
pressóricos e resolução do parto por via alta.
C Pré-eclâmpsia grave. Indicação de sulfato de 
magnésio e nifedipina para correção dos níveis 
pressóricos e resolução por parto abdominal.
D Crise hipertensiva na gestação e pré eclâmpsia. 
Indicação de cesárea pela necessidade de remoção 
da placenta e introdução de nifedipina para correção 
dos níveis pressóricos.
E Eminência de eclâmpsia. Indicação de sulfato de 
magnésio e hidralazina para correção dos níveis 
pressóricos e resolução por parto vaginal.
QUESTÃO 78
Primigesta, com 16 anos de idade, procura a Unidade 
Básica de Saúde para sua primeira consulta pré-natal, 
na trigésima sexta semana de gestação. A paciente disse 
não ter iniciado o pré-natal antes, pois demorou a aceitar 
a gestação, e não quer ter um parto vaginal. Relata que 
brigou com os pais e está morando com o pai da criança, 
que tem 25 anos e é saudável. O exame físico não revela 
anormalidades e o exame obstétrico mostra altura uterina 
de 34 cm, batimentos cardiofetais com frequência de 140 
bpm e o toque vaginal evidenciou colo grosso, posterior e 
impérvio. Qual a conduta a seguir?
A Solicitar a presença dos pais para realizar a consulta, 
por se tratar de menor de idade.
B Pedir os exames de rotina pré-natal, encaminhar para 
acompanhamento psico-social, prescrever sulfato 
ferroso e solicitar a presença do pai da criança na 
próxima consulta.
C Encaminhar a paciente para avaliação diretamente 
na maternidade, devido ao início tardio do pré-natal.
D Encaminhar a paciente para a maternidade, pois as 
características da gestação na adolescência indicam 
que a via de parto deverá ser a cesárea.
E Solicitar os exames de rotina pré-natal, encaminhar 
para acompanhamento psico-social, prescrever sulfato 
ferroso e solicitar retorno antecipado ao pré-natal.
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QUESTÃO 79
Mulher, com 20 anos de idade, branca, é recebida no 
pronto-socorro com queixa de edema há uma semana. 
Inicialmente, o edema era nos membros inferiores, 
porém, agora, nota a face edemaciada. Relata, ainda, 
diminuição do volume urinário, astenia, hiporexia, 
mal-estar e febre baixa. Quanto aos antecedentes 
patológicos, artralgia de interfalangeanas proximais há 
cerca de oito meses. Na ocasião, fez uso de prednisona 
com desaparecimento do quadro. Não usa nenhuma 
medicação no momento. O exame clínico demonstra 
estado geral regular, hipocorada (++/4), edema de 
membros inferiores (++/4) e de face. Ausculta pulmonar 
com murmúrio vesicular presente e simétrico, sem ruídos 
adventícios. Ausculta cardíaca com ritmo cardíaco 
regular, em 2 tempos, sem sopros, Pressão arterial = 160 
x 110 mmHg, Frequência cardíaca = 120 bpm. Abdome 
fl ácido, sem visceromegalias.
Exames no pronto-socorro:
Hemoglobina = 8,0 g/L, Hematócrito 24,0 %, Leucócitos 
totais = 2.400 /mm3 (Segmentados= 84%, Bastões= 2%, 
Linfócitos = 8%, Eosinófi los = 2%, Monócitos = 2%), 
Plaquetas = 100.000 /mm3 (Valor de Referência = 
150.000 – 300.000 /mm3). Ureia = 140 mg/dL, (Valor de 
Referência: 15-40 mg/dL), Creatinina = 2,0 mg/dL (Valor 
de Referência: 0,6-1,2 mg/dL), Potássio = 5,5 mEq/L 
(Valor de Referência: 3,5-5,0 mEq/L).
Qual a hipótese diagnóstica para o caso?
A Endocardite infecciosa.
B Dengue.
C Pielonefrite.
D Insufi ciência renal crônica.
E Lupus Eritematoso Sistêmico.
QUESTÃO 80
Paciente, com 25 anos de idade, secundigesta, com 
parto cesáreo anterior (G2P1C1), pré-natal sem 
intercorrências, foi internada em trabalho de parto 
e apresenta evolução de acordo com partograma, 
apresentado abaixo. Na décima hora de evolução, 
apresenta atividade uterina regular de 5 contrações/45 
segundos/10 minutos/fortes e batimentos cardiofetais de 
150 bpm.
Analisando o partograma, qual é o diagnóstico e a 
conduta para o caso?
A Parada secundária da descida e fórceps.
B Parada secundária da dilatação e ocitocina.
C Parada secundária da dilatação e fórceps.
D Parada secundária da descida e cesárea.
E Período expulsivo prolongado e cesárea.
QUESTÃO 81
Homem, com 65 anos de idade, tabagista, internado 
com suspeita de trombose venosa profunda, realizou 
tomografi a de tórax e angiotomografi a de membro inferior 
com contraste. Dois dias após o procedimento, houve 
redução de volume urinário para 400mL, em 24 horas. 
Exames solicitados em caráter de urgência evidenciam 
creatinina = 2,5 mg/dL, K = 5,7 mEq/L e Ureia = 112 mg/dL. 
O eletrocardiograma realizado mostra hemibloqueio 
de ramo esquerdo e alterações inespecífi cas da 
repolarização ventricular.
Para o caso, considerando os níveis de potássio sérico, 
a intervenção apropriada, neste momento é
A furosemida EV.
B gluconato de cálcio EV.
C resina trocadora de potássio oral.
D betaadrenérgico inalatório.
E insulina com glicose EV.
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QUESTÃO 82
Um menino, com quatro anos de idade, chegou ao 
Setor de Emergência com grave alteração na perfusão 
sistêmica. Sua mãe relatou que o menor estava febril 
há 20 dias e que não havia feito o tratamento indicado 
pelo médico para infecção do trato urinário. Foi 
diagnosticado choque séptico e administrado oxigênio 
(concentração 100%), providenciado acesso venoso 
e iniciada a infusão de Soro Fisiológico, 30 ml/Kg em 
quinze minutos, sendo então realizada a sequência 
rápida de intubação orotraqueal e instalada ventilação 
pulmonar mecânica. Após essa conduta, enquanto 
esperava vaga na Unidade de Cuidados Intensivos, 
o paciente foi reavaliado e apresentou: Frequência 
respiratória = 40 irpm, Frequência cardíaca = 140 
bpm, tempo de enchimento capilar de cinco segundos, 
Pressão arterial = 75 x 50 mmHg. As extremidades 
estavam frias. Diante desse quadro, qual deve ser a 
conduta para essa criança?
A Manter infusão de volume e iniciar dopamina ou 
dobutamina.
B Manter infusão de volumee iniciar dopamina ou 
norepinefrina.
C Suspender infusão de volume e iniciar dopamina 
dose alfa adrenérgica ou epinefrina.
D Manter infusão de volume e iniciar dopamina dose 
alfa adrenérgica ou norepinefrina.
E Manter infusão de volume e iniciar dopamina dose 
alfa adrenérgica ou epinefrina.
QUESTÃO 83
Paciente, com 29 anos de idade, procura o pronto-socorro 
local em virtude de queimadura com água quente na coxa 
direita, ocorrida há 10 minutos enquanto preparava café. 
Queixa-se de dores no local da queimadura. Informa ter 
dado a luz há dois anos e o cartão de acompanhamento 
da gestante mostra que todo o esquema vacinal foi 
realizado adequadamente. A paciente está consciente, 
orientada, eupneica, hidratada, normocorada e afebril, 
Frequência cardíaca = 79bpm, Pressão arterial = 
120x80mmHg. Ao exame local apresenta fl ictenas, 
eritema e edema em face anterior de coxa direita. Qual a 
conduta para o caso descrito?
A Realizar lavagem da ferida com solução fi siológica 
a 0,9%. Analgesia endovenosa com dipirona. 
Recomendar não romper as fl ictenas e realizar 
curativo com solução fi siológica a 0,9%, associada 
a sulfadiazina de prata. Analgesia domiciliar com 
dipirona, se necessário.
B Realizar a limpeza da ferida com clorhexidina. 
Analgesia endovenosa com meperidina endovenosa 
e antibioticoterapia oral com cefalexina - 500mg por 
via oral, de 6/6h durante 7 dias. Recomendar não 
romper as fl ictenas e realizar curativo com solução 
fi siológica a 0,9% e neomicina. Analgesia domiciliar 
com cloridrato de tramadol.
C Realizar a limpeza da ferida com PVPI 
(polivinilpirrolidona-iodo, lauril éster sulfato de 
sódio) tópico seguida de termoterapia com 
gelo. Analgesia endovenosa com cloridrato de 
tramadol e antibioticoterapia parenteral com 
penincilina benzatina por via IM. Recomendar 
rotura e debridamento das fl ictenas e curativo com 
clorhexidina e sulfadiazina de prata tópico.
D Realizar lavagem da ferida com soro fi siológico a 
0,9%. Analgesia oral com paracetamol. Realizar 
curativo com clorhexidina e lidocaína tópica, romper 
as fl ictenas e realizar debridamento de tecidos 
desvitalizados. Antibioticoterapia parenteral com 
penincilina cristalina por via IM. Curativo oclusivo 
com clorhexidina.
E Realizar limpeza da ferida com soro fi siológico a 
0,9%. Analgesia oral com dipirona. Recomendar 
não romper as fl ictenas. Realizar curativo com 
PVPI (polivinilpirrolidona-iodo, lauril éster sulfato de 
sódio) e lidocaína tópica. Prescrever analgesia oral 
com tramadol e antibioticoterapia com amoxicilina 
+ ácido clavulânico - 500mg por via oral, de 8/8h 
durante 7 dias.
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QUESTÃO 84
Um lactente, com nove meses de idade, foi levado 
ao Pronto Atendimento porque, há 5 horas vem 
apresentando choro inconsolável, vômitos, fezes com 
sangue e distensão abdominal. A mãe refere que a 
criança fi cou gripada há uma semana. Durante o exame 
físico, o pediatra palpou massa abdominal e solicitou 
radiografi a simples de abdome que foi inespecífi ca e 
ultrassonografi a de abdome total que mostrou anéis 
concêntricos de camadas hipoecóicas e hiperecóicas 
alternantes, com porção central hiperecóica (sinal da 
“rosquinha/alvo/olho de boi”). Foi encaminhado ao 
centro cirúrgico para laparotomia.
Baseado nos sintomas apresentados, o quadro descrito 
é compatível com abdome agudo, tendo como causa
A volvo do intestino médio.
B hérnia inguinal estrangulada.
C divertículo de Meckel.
D intussuscepção intestinal.
E oclusão intestinal por Ascaris lumbricoides.
QUESTÃO 85
Primigesta, com 23 anos de idade, 27 semanas de 
gestação, procura serviço de urgência relatando que, 
há dois dias, apresenta dor na região lombar à direita. 
Relata, ainda, que há um dia vem se sentindo muito mal, 
com calafrios e náuseas. Hoje, pela manhã, apresentou 
febre de 38,5 ºC, tendo feito uso de antitérmico. Ao 
exame físico: estado geral regular; descorada +/4+; 
levemente desidratada; afebril, eupneica; frequência 
cardíaca de 104 bpm; Pressão arterial = 110 x 70 mmHg. 
Relatou dor intensa à punho percussão na região lombar 
direita. Ao exame obstétrico: altura uterina de 28 cm, 
156 batimentos cardíacos fetais por minuto, movimentos 
fetais presentes, ausência de contrações uterinas.
Qual a conduta a ser tomada?
A Solicitar exame sumário de urina e de urocultura e 
retorno em 24 horas para resultado de exames.
B Hemograma, urocultura, antibioticoterapia e retorno 
em 24 horas para resultado de urocultura.
C Internação hospitalar, hidratação e antibioticoterapia, 
após resultado da cultura de urina.
D Hemograma, ultrassonografi a de abdome e de vias 
urinárias e antibioticoterapia por via oral.
E Internação hospitalar, hemograma, eletrólitos, cultura 
de urina e antibioticoterapia endovenosa.
QUESTÃO 86
Criança do sexo masculino, com três anos de idade e 
que apresenta anemia falciforme, é levado pela mãe à 
consulta na Unidade Básica de Saúde porque está tendo 
febre há quatro dias, chegando a 39°C. Apresenta tosse 
produtiva que aumentou de intensidade. Encontra-se em 
estado geral de prostração e a mãe notou que a criança 
está mais pálida e ictérica nos últimos dias. O pediatra 
encaminhou a criança de imediato para o hospital de 
referência, considerando que
A as infecções são as complicações mais frequentes 
na anemia falciforme, acompanhadas de 
esplenomegalia que se acentua após os cinco anos 
de idade.
B a importância das infecções como complicações na 
anemia falciforme, deve-se à maior susceptibilidade 
à bactéria Salmonella na faixa etária abaixo dos 
cinco anos.
C a mortalidade entre crianças falcêmicas menores de 
cinco anos é elevada, sendo as complicações mais 
frequentes as infecções por Haemophilus infl uenzae 
tipo b (Hib) e por pneumococo.
D as infecções são as complicações mais frequentes, 
e o uso de profi laxia com penicilina é contra-indicado 
pelos riscos de aumento da taxa de colonização por 
cepas de pneumococos resistentes.
E as infecções são as complicações mais frequentes, o 
que leva à necessidade de profi laxia com penicilina, 
recomendada do momento do diagnóstico da anemia 
falciforme e mantida por toda a vida.
QUESTÃO 87
Gestante de 39 semanas, com quatro gestações e três 
partos, foi internada no pré-parto com dinâmica uterina 
de três contrações fortes em 10 minutos, cervicodilatação 
de 5 cm, bolsa íntegra e cardiotocografi a com padrão 
ativo. Em uma hora evoluiu para 7 cm de dilatação, 
apresentando quatro contrações fortes em 10 minutos.
Qual deve ser a indicação de analgesia obstétrica para 
essa paciente?
A Bloqueio de pudendo no segundo período do parto, 
visto que a paciente é multípara.
B Bloqueio peridural com anestésico local e cateter 
para complementação anestésica subsequente.
C Bloqueio raquidiano em sela com anestésico local.
D Analgesia endovenosa com meperidina.
E Não há necessidade de analgesia e o parto ocorrerá 
rapidamente se considerarmos a evolução do 
trabalho de parto na última hora.
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QUESTÃO 88
Homem, com 25 anos de idade, solteiro, procura 
atendimento na unidade básica de saúde, queixando-se 
de ferida genital. Ao exame clínico, foi observada lesão 
peniana ulcerada, eritematosa, com diâmetro de 1 cm, 
sem secreção, base endurada, limites nítidos, bordas a 
pique, não dolorosa, nem pruriginosa.
Qual o diagnóstico clínico principal?
A Sífi lis primária.
B Sífi lis secundária.
C Cancro mole.
D Cancro misto.
E Linfogranuloma venéreo.
QUESTÃO 89
Adolescente do sexo masculino, com 14 anos de idade, 
busca atendimento em Unidade Básica de Saúde por 
considerar sua estatura muito baixa. O seu peso ao 
nascerfoi de 3 Kg e o comprimento, de 50 cm. Manteve-
se com velocidade de crescimento adequada até os 
dois anos de vida. Depois desse período, o pediatra 
constatou desaceleração no padrão de crescimento. 
Atualmente, apresenta velocidade de crescimento e 
estatura compatíveis com a idade óssea. Estágio de 
Tanner = 1; idade óssea = 13,5 anos; radiografi a de 
crânio normal.
Qual a conduta adequada para essa situação?
A Encaminhar o paciente para endocrinologista para 
indução puberal imediata com testosterona.
B Referenciar o paciente para endocrinologista para 
indução imediata do crescimento com sulfato de 
zinco.
C Acompanhar a evolução e não referenciar o paciente 
nesse momento, pois trata-se de atraso puberal 
constitucional.
D Referenciar o paciente para endocrinologista 
para investigação imediata de hipogonadismo 
hipogonadotrófi co.
E Não referenciar o paciente e tranquilizá-lo, pois não 
há evidência de atraso puberal.
QUESTÃO 90
Mulher, com 21 anos de idade, estava próxima ao 
ponto de ônibus, quando foi abordada por um indivíduo 
estranho, que mediante ameaça com uma faca a 
obrigou entrar em uma casa abandonada, próxima 
àquele local, onde a agrediu fi sicamente e obrigou-a 
a manter relação sexual vaginal e anal. Em seguida o 
agressor evadiu-se. A mulher procurou, imediatamente 
um posto policial onde foi orientada a buscar auxílio 
médico e foi encaminhada à Unidade de Atendimento 
de Emergência.
Analise os itens abaixo:
I. Comunicar à unidade policial para a realização 
de boletim de ocorrência, após autorização da 
paciente.
II. Não realizar toque vaginal ao atender a paciente 
por ser vítima de violência sexual e estupro.
III. Promover o acolhimento da paciente e examinar 
para verifi car se existem lesões.
IV. Explicar que trata-se de atendimento exclusivo 
da alçada do Instituto Médico Legal.
V. Promover assistência médica visando a 
prevenção de doenças de transmissão sexual.
VI. Ofertar anticoncepção de emergência caso não 
possua um método anticonceptivo efetivo.
VII. Solicitar, antes de iniciar a avaliação da paciente, 
a presença do pai ou marido, se for o caso.
Assinale a alternativa que contém apenas itens corretos 
de medidas médico-legais a serem tomadas pelo médico 
de plantão.
A I, IV, VI e VII.
B I, II, IV e VII.
C I, III, V e VI.
D II, III, IV e VI.
E III, V, VI e VII.
QUESTÃO 91
Paciente, com 25 anos de idade, sem queixas, retorna 
para consulta de rotina na Unidade Básica de Saúde 
trazendo o resultado do exame citopatológico do colo 
uterino que apresentou amostra satisfatória, com atipia 
de células escamosas de signifi cado indeterminado 
(ASCUS). O exame especular vaginal feito na consulta 
em que o material colhido era normal. O citopatológico 
anterior da paciente havia sido colhido dois anos antes e 
não apresentava sinais de malignidade. Qual a conduta 
a ser adotada?
A Encaminhar a paciente para colposcopia com biópsia 
dirigida.
B Solicitar retorno da paciente em seis meses para 
repetir o exame citopatológico.
C Encaminhar a paciente para avaliação especializada 
em setor de patologia do trato genital inferior.
D Tratar a paciente com creme vaginal de metronidazol 
e repetir o citopatológico em seguida.
E Colher o exame novamente, pois trata-se de erro do 
laboratório.
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QUESTÃO 92
Paciente, com 60 anos de idade, do sexo masculino, 
residente da zona da mata de Pernambuco, procura 
serviço médico de urgência porque iniciou há 48 horas 
dor abdominal em cólica, agora difusa, vômitos de cor 
acastanhada escura e odor fétido. Relata ter “intestino 
preso”, há muitos anos, mas nunca se preocupou, pois 
sempre foi assim. Não faz uso de qualquer medicação 
e nunca foi submetido a procedimento cirúrgico. Não é 
tabagista e nem etilista. Ao exame, está desidratado, 
hipocorado 1+/++++, Frequência cardíaca = 110 
bpm, Pressão arterial = 90/40 mmHg, sem alteração 
do aparelho respiratório. Apresenta abdome muito 
distendido, com ruídos hidroaéreos presentes, com 
timbre metálico, timpânico e doloroso à percussão difusa 
e à palpação superfi cial em todo o abdome. Além da 
correção da desidratação, a conduta sequencial para 
esse paciente é
A iniciar sedação e encaminhá-lo para tratamento 
cirúrgico de urgência.
B passar cateter nasogástrico, prescrever jejum e 
iniciar antibioticoterapia.
C passar cateter nasogástrico e encaminhá-lo para 
tratamento cirúrgico de urgência.
D encaminhar para centro de especialidades médicas 
para realizar propedêutica complementar e 
diagnóstico.
E prescrever jejum, iniciar antibioticoterapia e 
encaminhá-lo para tratamento cirúrgico de urgência.
QUESTÃO 93
Mulher, com 35 anos de idade, obesa. Teve duas 
gestações, um parto e zero abortos. Atualmente, 
gestante de 14 semanas, vem à consulta de pré-natal 
trazendo seus exames, nos quais a glicemia de jejum 
tem valor de 90 mg/dL. Tem histórico obstétrico com fi lho 
anterior pesando 4.200 g, nascido com 37 semanas e 
cinco dias. Nesse caso, além da orientação dietética 
para prevenção de ganho de peso anormal, a conduta 
apropriada é
A internação para realizar perfi l glicêmico e realização 
de ecografi a pelo alto risco de más formações fetais, 
especialmente cardíacas e de tubo neural.
B realização de teste de sobrecarga da glicose e, se 
normal, reavaliação em idade gestacional posterior.
C realização de teste de sobrecarga da glicose e, se 
alterado, introdução de insulina.
D realização de teste oral de sobrecarga da glicose e, se 
normal, afastada a possibilidade de desenvolvimento 
de diabetes gestacional durante a gravidez atual.
E Internação para realizar perfi l glicêmico e introdução 
de insulina para prevenir macrossomia fetal.
QUESTÃO 94
Primigesta, com 30 anos de idade e idade gestacional 
de 18 semanas, retorna para sua segunda consulta de 
pré-natal. A gestação transcorre bem e a paciente não 
tem nenhuma queixa. Traz, dentre os exames solicitados 
na primeira consulta, a pesquisa para HIV com resultado 
indeterminado. A paciente nunca havia feito a sorologia 
anteriormente. Conta que o parceiro é saudável e não 
tem histórico de DST.
Que conduta deve ser tomada neste caso?
A Solicitar inicialmente a sorologia do parceiro e, caso 
negativa, encerrar a pesquisa.
B Solicitar a repetição do teste, uso de preservativo em 
todas as relações sexuais e prescrever antirretroviral, 
de maneira a evitar o risco de transmissão fetal.
C Solicitar imediatamente nova sorologia, orientando o 
uso de preservativo em todas as relações sexuais 
enquanto aguarda o resultado.
D Solicitar nova sorologia em 30 dias, orientando o uso 
de preservativo em todas as relações sexuais.
E Encaminhar a paciente para avaliação do 
infectologista.
QUESTÃO 95
Visando aferir, em nosso meio, os fatores que infl uenciam 
no crescimento de pré-escolares, com destaque para a 
suplementação nutricional, foi desenvolvido um estudo 
em uma população de bairro periférico de uma cidade do 
interior paulista. Durante um ano, em quatro observações 
trimestrais, acompanhou-se a evolução de indicadores 
de peso e altura de 444 crianças, identifi cadas em censo 
específi co. Entre essas, 164 eram assistidas por creche 
local, enquanto as outras 280 não recebiam esse tipo 
de tratamento. A admissão a essa creche dava-se por 
meio da comprovação de que a mãe trabalhava fora 
do lar. O plano analítico adotou a análise multivariada 
por regressão linear múltipla. Quanto ao delineamento, 
podemos afi rmar que esse estudo é
A randomizado.
B quasi-experimental.
C caso-controle.
D descritivo.
E transversal.
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QUESTÃO 96
A secretaria de saúde de um município está emprocesso 
de compra emergencial de kits para detecção sorológica 
de dengue. Conforme deliberação do Centro de 
Vigilância em Saúde do Estado, o município precisa de 
um exame que tenha elevada probabilidade de identifi car 
os pacientes “verdadeiros positivos” entre os indivíduos 
realmente portadores de dengue. Na tomada de decisão 
para a compra desses kits, essa probabilidade deverá 
ser procurada sob que termo?
A Razão de verossimilhança de um resultado de teste 
positivo.
B Valor preditivo positivo.
C Confi abilidade.
D Sensibilidade.
E Especifi cidade.
QUESTÃO 97
Um paciente, com 55 anos de idade, etilista crônico, 
procurou um pronto-atendimento com hematêmese 
e alteração do nível de consciência. Ao exame físico, 
observou-se indivíduo emagrecido, agitado, com 
pressão arterial de 80 x 50 mmHg, pálido, taquipneico, 
com moderada ascite. Após internação, os exames 
laboratoriais revelaram dosagem de albumina de 
2,6 g/dL, bilirrubina de 3,5 mg/dL, INR (International 
Normalized Ratio) = 2,0 e sorologia positiva para vírus 
da hepatite C. As enzimas hepáticas encontravam-se 
elevadas e a razão entre AST/ALT duas vezes maior que 
o normal. A dosagem de GGT estava elevada.
Qual a causa principal de descompensação clínica deste 
paciente?
A Baixo débito cardíaco.
B Ingestão elevada de álcool.
C Hipoalbuminemia.
D Intoxicação medicamentosa.
E Reativação da hepatite crônica.
QUESTÃO 98
Paciente, com 35 anos de idade, nuligesta, procura 
médico para realizar exames de mama. Relata ter muito 
medo, pois sua mãe teve câncer de mama bilateral, 
diagnosticado aos 49 anos. O exame clínico das mamas 
é normal, bem como o restante do exame físico da 
paciente. Qual a conduta a ser adotada pelo médico no 
rastreamento do câncer de mama para esta paciente?
A Autoexame de mamas mensal e exame clínico anual.
B Exame clínico e mamografi a anuais.
C Exame clínico, mamografi a e ultrassonografi a 
mamária anuais.
D Exame clínico e mamografi a a cada dois anos.
E Exame clínico anual e ressonância magnética de 
mamas a cada dois anos.
QUESTÃO 99
Paciente, internado há oito dias em hospital secundário, 
vítima de politraumatismo por queda de moto apresentava 
trauma torácico e abdominal contusos. Foi submetido 
a drenagem torácica direita devido a hemotórax, com 
sucesso, sendo o dreno retirado sem intercorrências, há 
dois dias. Foi submetido a laparotomia exploradora sendo 
realizada rafi a de lesão hepática e limpeza da cavidade. 
Paciente evoluía satisfatoriamente, alimentando-se, 
deambulando e evacuando normalmente, porém há 
24 horas queixa-se de dor torácica à inspiração, com 
irradiação para o dorso, tosse seca, fôlego curto e 
falta de ar. Apresentou dois picos febris nas últimas 24 
horas. O abdome é indolor, depressível, com ruídos 
hidroaéreos presentes e normais. A ausculta do tórax 
revela murmúrio vesicular discretamente diminuído em 
base pulmonar direita.
Diante desta situação, pergunta-se qual a hipótese 
diagnóstica e a conduta?
A Empiema pleural. Radiografi a simples de tórax. 
Drenagem torácica.
B Pneumonia hospitalar. Raio X simples de tórax. 
Iniciar ceftriaxona 2g/dia por via endovenosa.
C Encarceramento pulmonar. Tomografi a 
computadorizada de tórax. Decorticação pulmonar.
D Atelectasia pulmonar à direita. Raio X simples de 
tórax. Fisioterapia respiratória e deambulação.
E Abcesso pulmonar. Tomografi a de tórax. Lobectomia 
de urgência.
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QUESTÃO 100
Mulher, com 25 anos de idade, apresenta ciclos 
menstruais irregulares, com atrasos menstruais 
frequentes, oleosidade da pele, Acantose nigrans 
e hirsutismo leve em região mentoniana. Exame 
ecográfi co demonstra características compatíveis com 
ovários micropolicísticos bilateralmente.
Assinale a alternativa em que as observações, em 
relação ao seguimento e tratamento desta paciente, 
são corretas.
A A recomendação de perda de peso, atividade física e 
alimentação rica em fi bra, deve ser restrita aos casos 
de ganho de peso recente.
B Deve ser alertada para a possibilidade de maior risco 
cardiovascular por alterações no perfi l lipídico e maior 
risco oncogênico, principalmente para endométrio.
C A utilização de anticoncepcional hormonal oral não 
é indicada, pois não melhora o hirsutismo, a acne e 
não regulariza o intervalo menstrual.
D Caso a paciente tenha desejo de engravidar, a 
regularização do ciclo e o uso de citrato de clomifeno 
são as escolhas iniciais preferenciais.
E Em se tratando de paciente com infertilidade 
caracterizada, a ressecção em cunha dos ovários é 
o tratamento preferencial.
QUESTÃO 101
Criança do sexo masculino, com quatro anos de idade, 
é atendido na Unidade Básica de Saúde com história 
de febre há três dias, cansaço, tosse seca frequente, 
às vezes seguida de vômitos, astenia, anorexia e dor 
abdominal. Há dez dias apresentou “resfriado febril” com 
duração de cinco dias, tendo usado Ampicilina por dois 
dias. No momento o estado geral é regular, apresenta 
dispneia leve, palidez e hipoatividade. A ausculta 
pulmonar revela diminuição do murmúrio vesicular 
em terço inferior do hemitórax dorsal direito. Peso e 
estatura adequados para a idade. Não informa doenças 
anteriores.Tem mais dois irmãos saudáveis. Está em uso 
de salbutamol, de 6/6 horas, há três dias.
A conduta apropriada para a criança é
A apenas sintomático e manter o salbutamol.
B internação e uso de penicilina endovenosa.
C ampicilina via oral, em doses e intervalos adequados.
D amoxicilina, via oral, em doses e intervalos 
adequados.
E investigar imunodefi ciência.
QUESTÃO 102
Em relação à osteoporose, é correto afi rmar que
A são considerados fatores de risco de osteoporose 
não modifi cáveis: idade, pequena estrutura corporal, 
origem étnica, história familiar de osteoporose.
B são considerados fatores de risco de osteoporose 
modifi cáveis: tabagismo, consumo excessivo de 
alcóol, terapia de reposição hormonal estrogênica.
C nas mulheres com antecedentes familiares de 
osteoporose, a avaliação diagnóstica da densidade 
mineral óssea deve ser recomendada a partir de 
40 anos.
D o uso de reposição de cálcio e vitamina D aliada ao 
uso de bifosfonatos deve ser considerado apenas 
nos casos de ocorrência de fraturas prévias.
E os efeitos de depleção óssea, induzidos pelo uso 
prolongado de corticóides, no hipotireoidismo e 
na doença renal crônica podem ser evitados pela 
ingesta complementar de cálcio.
QUESTÃO 103
Paciente, com 55 anos de idade, procurou consultório 
médico referindo o aparecimento de nódulo na região 
cervical à direita. O exame físico constatou que o 
paciente apresentava nódulo tireoideano à direita, de 
aproximadamente 6 cm. A ultrassonografi a revelou 
nódulo isoecogênico, de 6 cm, no lobo inferior da tireóide. 
O estudo citológico, realizado em material colhido 
por punção aspirativa de agulha fi na, foi sugestivo de 
carcinoma papilífero. O paciente foi então submetido a 
tireoidectomia, sem registro de intercorrências no ato 
operatório. No pós-operatório imediato o paciente passou 
a apresentar rouquidão e a laringoscopia realizada 
revelou paralisia de prega vocal à direita.
Mediante o quadro clínico e considerando a anatomia 
cirúrgica, qual a causa prevalente de rouquidão 
nesses casos?
A Lesão do ramo tireoideano do gânglio simpático 
cervical durante o ato cirúrgico.
B Lesão da alça cervical do nervo parasimpático 
cervical durante o ato cirúrgico.
C Lesão do ramo inferior do nervo laríngeo superior 
durante o ato cirúrgico.
D Lesão do nervo laríngeo superior durante o ato 
cirúrgico.
E Lesão do nervo laríngeo recorrente durante o ato 
cirúrgico.
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EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRASQUESTÃO 104
Gestante, primigesta, 18 anos de idade, com dezessete 
semanas de gestação, traz cartão de vacinação para 
a consulta de pré-natal, mostrando esquema vacinal 
completo para tétano aos 10 anos de idade.
Em relação à recomendação do esquema vacinal da 
dupla adulto (difteria e tétano), durante a gravidez, qual 
a conduta correta para essa gestante?
A Repetir esquema vacinal completo, composto por 
três doses.
B Repetir esquema vacinal modifi cado, composto por 
duas doses.
C Aplicar dose de reforço, pois o esquema vacinal 
completo foi realizado há mais de cinco anos.
D Não aplicar dose de reforço, já que o esquema 
vacinal completo foi realizado há menos de dez anos.
E Não realizar vacinação, pois a vacina dupla adulto 
não faz parte dos cuidados da assistência pré-natal.
QUESTÃO 105
Para a resolução da questão a seguir, primeiro leia o 
caso clínico, depois analise as assertivas relacionadas a 
ele e, em seguida, marque a alternativa correta.
Caso:
Gestante, com 18 anos de idade, primigesta, gestação 
com 39 semanas e 6 dias, foi admitida no Setor de 
Emergência Obstétrica apresentando convulsões 
tônico-clônicas generalizadas. Ao exame físico: Pressão 
arterial=180 x 120mmHg, BCF=65 bpm; hipertonia 
uterina franca, toque vaginal: colo uterino fechado, 
grosso e posterior. Após administração endovenosa 
de sulfato de magnésio e controle da crise convulsiva, 
a paciente foi encaminhada ao Centro Obstétrico para 
resolução por via alta, com as hipóteses diagnósticas 
de eclâmpsia, descolamento prematuro de placenta e 
sofrimento fetal agudo. O parto cesáreo ocorreu de forma 
rápida, através de incisão mediana, após anestesia 
geral. Não havia acompanhantes da gestante na sala 
de parto. O recém-nascido nasceu com peso de 3.850g, 
medindo 50cm, pálido, hipotônico, não responsivo, sem 
choro. Foi imediatamente atendido pelo pediatra que 
identifi cou ausência de batimentos cardíacos e procedeu 
às manobras de ressuscitação neonatal, sem sucesso. 
Após o nascimento, confi rmou-se o descolamento 
extenso da placenta, com grande quantidade de 
sangue e coágulos retroplacentários. Na evolução do 
parto operatório, não houve contração do útero, e após 
exaustivas manobras e medicamentos uterotônicos, não 
houve controle da hemorragia uterina profusa, que levou 
a equipe médica a realizar histerectomia puerperal. 
A hemorragia foi então controlada e a intervenção 
concluída sem outras intercorrências. Todo o suporte 
de vida necessário durante o trans e o pós-operatório 
foi disponibilizado. A parturiente foi encaminhada à 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave, 
sob ventilação mecânica e apresentando quadro de 
coagulação intravascular disseminada. Após dez dias, 
obteve alta da UTI e foi encaminhada para a enfermaria 
obstétrica, ainda com estado geral comprometido e, 
pela primeira vez, consciente após o parto. Chegando à 
enfermaria, perguntou pelo recém-nascido.
Assertivas:
I. A melhor conduta neste caso, em relação ao 
óbito do recém-nascido, seria não informar a mãe 
neste momento, dizendo apenas que o recém-
nato estaria em estado grave na UTI-neonatal.
II. A responsabilidade de assinar o atestado de 
óbito do recém-nato é do obstetra.
III. A equipe médica deveria ter consultado a família 
da parturiente antes da decisão de realizar a 
histerectomia puerperal, tendo em vista a idade 
da paciente, o fato de ser primigesta, além da 
morte do recém-nato.
IV. A julgar pelo relato do caso, existem evidências de 
imperícia e imprudência, mas não de negligência 
por parte da equipe médica.
V. Não houve, a julgar pelo relato do caso, evidências 
de negligência, imperícia ou imprudência por 
parte da equipe médica.
Estão de acordo com os preceitos éticos da 
assistência médica APENAS as afi rmações:
A I e II.
B II e V.
C III e IV.
D I e V.
E III e V.
QUESTÃO 106
Considere que, em uma cidade de dois milhões de 
habitantes, houve 400 casos de gripe pelo vírus H1N1, 
no ano de 2009. Oito pessoas faleceram. O cálculo do 
coefi ciente de letalidade das infecções pelo vírus H1N1 
nessa cidade resulta em que valor?
A 0,000004
B 0,0002
C 0,02
D 0,04
E 0,2
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QUESTÃO 107
Considere uma comunidade rural, onde um 
número aparentemente elevado de neonatos com 
má formação congênita é atribuído pelas mães 
agricultoras aos agrotóxicos utilizados na lavoura. 
Ao realizar um estudo de coorte retrospectivo dos 
nascimentos ocorridos na cidade nos últimos três 
anos, foi encontrado um risco relativo igual a 1,5, com 
um intervalo de confiança de 95%, entre 1,02 e 2,57. 
Qual a interpretação desse estudo?
A Mães agricultoras têm risco 50% maior de conceber 
fi lhos com má formação congênita em relação a 
mães não-agricultoras.
B Mães agricultoras têm risco 95% maior de conceber 
fi lhos com má formação congênita em relação a 
mães não-agricultoras.
C Mães agricultoras têm risco 102% maior de conceber 
fi lhos com má formação congênita em relação a 
mães não-agricultoras.
D Mães agricultoras têm risco 150% maior de conceber 
fi lhos com má formação congênita em relação a 
mães não-agricultoras.
E Mães agricultoras têm risco 257% maior de conceber 
fi lhos com má formação congênita em relação a 
mães não-agricultoras.
QUESTÃO 108
Criança, com 5 anos de idade, mora com os pais em 
bairro de periferia. Seu pai é fumante, há três meses 
apresenta tosse crônica, produtiva, sudorese noturna e 
febre diária e não procura cuidados médicos. Sua mãe 
é aparentemente saudável. Há três semanas, a criança 
iniciou tosse produtiva com escarro purulento, febre ao 
fi nal da tarde e emagrecimento. O cartão de vacinas 
demonstra que ele foi vacinado com BCG ID no primeiro 
ano de vida. No atendimento é constatada temperatura 
oral de 37,5 °C, taquipneia e redução de murmúrio 
vesicular em terço médio do hemitórax direito. O exame 
radiológico do tórax mostra condensação homogênea 
em ápice de pulmão direito. O PPD é de 10 mm.
Qual a conduta terapêutica para essa criança?
A quimioprofi laxia primária.
B quimioprofi laxia secundária e controle com exames 
a cada 2 meses.
C revacinar com BCG e controle com exames a cada 
2 meses.
D esquema tríplice (2HRZ ) e duplo (4HR) e controle 
com exames a cada 2 meses.
E esquema quádruplo 2(HRZE) e duplo (5HR) e 
controle com exames a cada 2 meses.
QUESTÃO 109
No atendimento do Pronto-Socorro é admitido um 
jovem de 19 anos, de origem indígena, que narra ter 
sido vítima de uma picada de cobra na mão direita, há 
aproximadamente 30 minutos, relatando dor local. Você 
constata edema e equimose local. Outros habitantes da 
aldeia onde reside o rapaz trouxeram a cobra sem vida 
ao hospital na esperança de que isso pudesse ajudar na 
identifi cação da espécie da cobra que o havia picado. 
À observação, nota-se que a cobra tem fosseta loreal e 
cauda lisa.
Considerando o quadro clínico, as características da 
cobra e a epidemiologia brasileira dos envenenamentos 
por animais peçonhentos, que tipo de soro antiofídico 
deverá ser administrado?
A Soro antilonômico.
B Soro anticrotálico.
C Soro antibotrópico.
D Soro antilaquético.
E Soro antielapídico.
QUESTÃO 110
Foi realizado estudo epidemiológico, durante período de 
10 anos, entre indivíduos usuários de uma determinada 
droga, alguns a usavam por via inalatória, outros, por via 
intravenosa. O objetivo do estudo foi o de averiguar se a 
via de administração da droga poderia estar relacionada 
com maior mortalidade em um dos grupos.
Os dados disponíveis do estudo são:
Óbito Não-óbito 
Injetável 400 4600
Inalatória 80 1920
Qual o risco relativo de morte ao se usar a droga na 
forma injetável em relação à forma inalatória?
A 1.
B 2.
C 3.
D 4.
E 5.
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QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO 
SOBRE A PROVA
As perguntas abaixo visam levantar sua opinião sobre 
a qualidade da prova que você acabou de realizar. Para 
cada uma delas, assinale a opção correspondente a sua 
opinião, nos espaços próprios do Caderno de Respostas.
Agradecemos a sua colaboração.
PERGUNTA I
Qual o grau de difi culdade da prova?
A Muito fácil.
B Fácil.
C Médio.
D Difícil.
E Muito difícil.
PERGUNTA II
Considerando a extensão da prova, em relação ao tempo 
total, você considera que a prova foi
A muito longa.
B longa.
C adequada.
D curta.
E muito curta.
PERGUNTA III
Os enunciados das questões da prova estavam claros?
A Sim, todos.
B Sim, a maioria.
C Apenas cerca da metade.
D Poucos.
E Não, nenhum.
PERGUNTA IV
As informações/instruções fornecidas para a resolução 
das questões foram sufi cientes para resolvê-las?
A Sim, até excessivas.
B Sim, em todas elas.
C Sim, na maioria delas.
D Sim, somente em algumas.
E Não, em nenhuma delas.
PERGUNTA V
Você se deparou com alguma difi culdade ao responder 
a prova? Qual?
A Desconhecimento do conteúdo.
B Forma diferente de abordagem de conteúdo.
C Espaço insufi ciente para responder às questões.
D Falta de motivação para fazer a prova.
E Não tive qualquer tipo de difi culdade em responder 
a prova.
PERGUNTA VI
Você já participou, no Brasil, de outro(s) processo(s) de 
revalidação de diploma de médico obtido no exterior?
A Sim.
B Não.
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E X P E D I D O S P O R I N S T I T U I Ç Õ E S D E 
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94
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B B E B D D A B C D X D C E B C B A A A
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E D B D A A E B B A E A D D X C E A E C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E A A E X B C E A E A C X D C B B C C D
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
D B A A C D E B A C D E C A C D E E E D
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
C E A D E C B A C C B C B X B D B B A D
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
D A E C B C A D C B 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Obs.: ( X ) questão anulada.
Gabarito
Questão
Gabarito
Questão
Gabarito
Gabarito
Questão
Gabarito
Questão
Gabarito
Questão
GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS
GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS
Questão
Aplicação: 12/6/2011
PROVA CINZA
95
Aplicação: 12/6/2011
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B D B E B D B C A X D C D E A B C B A E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
D A D A A B A E B B D E D A E C X C E A
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E A A X E B C E A E A B X D C C D C C B
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
A B D D E A C C A B D E C A D C E E D C
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
E A E B E C D A C C B C X B B A D B B E
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
D A C C D B B C A D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Obs.: ( X ) questão anulada.
Questão
Gabarito
Questão
Gabarito
Questão
Gabarito
Questão
Gabarito
Questão
Gabarito
Questão
Gabarito
GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS
GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS
0
PROVA VERMELHA
0
96
E X P E D I D O S P O R I N S T I T U I Ç Õ E S D E 
EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Prova Discursiva
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
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REVALIDA 2012
BB AA II
G O V E R N O F E D E R A L 
PAÍS RICO É PAIS SEM POBREZA
Ministério da
Educação
Ministério da
Saúde
97
 
REVALIDA 2012
EXAM
D E D I P L O M A S M É D I C O S
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 98
 Criança de 8 anos é atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS) apresentando dor de garganta, hiporexia e mal-estar 
geral. Ao realizar o exame físico, a médica constata: peso = 29 kg, temperatura axilar = 39,5 °C, FC = 102 bpm, sem 
sopros cardíacos, ritmo cardíaco regular, frequência respiratória = 20 irpm, sem ruídos respiratórios adventícios; pele 
sem alterações; orofaringe com hiperemia, hipertrofia de amígdalas palatinas associada à presença de placas 
esbranquiçadas, bilateralmente, com petéquias no palato.
a) Qual é o provável diagnóstico? (valor : 2,5 pontos)
b)A médica fez a prescrição de um antibiótico em dose única para criança. Cite qual foi o medicamento, a dose 
recomendada e a via de administração. (valor : 2,5 pontos)
c) A mãe da criança relata que a filha tem esse quadro de repetição e está com medo que a mesma já esteja 
acometida por alguma doença grave associada a esse quadro. A médica, ao tranquilizar a mãe, explica sobre duas 
doenças de caráter imunológico que podem ocorrer nessas circunstâncias. Descreva quais são essas doenças e seus 
critérios diagnósticos clínicos e laboratoriais. (valor : 2,5 pontos)
 
d) Esta pa ciente tem indicação da realização de profilaxia antimicrobiana secundária ? Justifique. (valor : 2,5 pontos)
 
Mulher, com 24 anos de idade, procura a Unidade de Pronto Atendimento Municipal, queixando-se de sangramento 
vaginal tipo borra de café, em pequena quantidade, há 5 dias, associado a dor contínua em baixo ventre, tipo peso, de leve 
intensidade. Evoluiu com aumento da intensidade da dor nas últimas 12 horas, que passou a ser de moderada intensidade. 
Nega febre, corrimento vaginal, alterações urinárias e gastrointestinais. Refere mastalgia e náuseas esporádicas pela 
manhã, há 15 dias. Informa vida sexual ativa, com uso irregular de preservativo masculino e não sabe informar com certeza 
quando foi a última menstruação, mas que está atrasada " umas três semanas" (sic). Sua primeira relação sexual foi 
aos 14 anos e teve cinco parceiros sexuais até o momento. Foi submetida a apendicectomia há 4 anos, devido a apendicite 
supurada. Ao exame físico apresenta: pressão arterial = 110 x 70 mmHg, frequência cardíaca = 80 bpm, frequência 
respiratória = 18 irpm, temperatura axilar = 36,8 °C. Está consciente, orientada, corada, hidratada, com pulsos cheio s e 
simétricos. Exame cardiopulmonar normal e punho-percussão lombar negativa. Abdome plano,com ruídos
hidroaéreos preservados, dor à palpação profunda em fossa ilíaca direita, descompressão brusca negativa. Presença de
cicatriz operatória de apendicectomia. O exame ginecológico revela a presença de sangue no canal vaginal em pequena
quantidade, útero ligeiramente aumentado de volume, colo uterino fechado e dor à palpação em região anexial 
direita, onde se pode palpar uma massa com aproximadamente 2,0 cm de diâmetro. Ausência de abaulamentos em 
fundo de saco vaginal. Considerando os dados acima apresentados, descreva
a) a principal hipótese diagnóstica; (valor: 2,0 pontos)
b) cinco informações que justificam a principal hipótese diagnóstica; (valor: 2,0 pontos)
c) dois diagnósticos diferenciais a serem considera dos para o caso; (valor: 2,0 pontos)
d) dois exames complementar es a serem solicitados para confirmação da hipótese diagnóstica; (valor: 2,0 pontos)
e) duas complicações decorrentes da principal hipótese diagnóstica. (valor: 2,0 pontos)
QUESTÃO 1 
QUESTÃO 2 -
 
REVALIDA 2012
EXAM
D E D I P L O M A S M É D I C O S
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 1 99
Criança de 8 anos de idade, do sexo masculino, está em acompanhamento de rotina na Unidade Básica de Saúde (UBS).
Não tem passado mórbido significativo. O cartão vacinal está em dia. Atividades de lazer: video game, desenhos na
TV e visita a familiares. Padrão alimentar atual: “come de tudo", mas quando era menor, segundo a mãe "tinha que
forçar para comer”. Ao exame: peso = 36 Kg; estatura = 130 cm; PA = 100 x 60 mmHg; presença de máculas
hipercrômicas ao redor da região cervical compatível com Acantosis nigricans. Ausência de outros achados patológicos
no exame físico.
Com base no quadro clínico apresentado, responda as proposições abaixo.
a) Plote nas curvas anexas os dado s antropométricos. (valor: 2,0 pontos)
 
QUESTÃO 3 
Estatura por idade MENINOS
Dos 5 aos 19 anos (escores-z)
Fonte: WHO Growht reference data for 5-19 years, 2007 (http://www.who.int/growthref/en/)
GOVERNO FEDERAL
SBRA I
U M P A Í S D E T O D O S
Ministério
da Saúde
200
190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
200
190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
E
s
ta
tu
ra
 (
cm
)
3
-3
2
-2
1
-1
0
Meses
Anos
3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9
 6 8 5 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 18 
Idade (meses completos e anos)
 
REVALIDA 2012
EXAM
D E D I P L O M A S M É D I C O S
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS2 100
Peso por idade MENINOS
Dos 5 aos 10 anos (escores-z) GOVERNO FEDERAL
SBRA I
U M P A Í S D E T O D O S
Ministério
da Saúde
55
50
45
40
35
30
25
20
15
P
e
so
 (
K
g
)
3
-3
2
-2
1
-1
0
Meses
Anos 8 5 6 7 9 10
Idade (meses completos e anos)
Fonte: WHO Growht reference data for 5-19 years, 2007 (http://www.who.int/growthref/en/)
55
50
45
40
35
30
25
20
15
3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9
GOVERNO FEDERAL
SBRA I
U M P A Í S D E T O D O S
Ministério
da Saúde
IMC por idade MENINOS
Dos 5 aos 19anos (escores-z)
IM
C
 (
K
g
/m
²)
3
-3
2
-2
1
-1
0
Meses
Anos
Idade (meses completos e anos)
3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9 3 6 9
 6 8 10 12 13 14 15 165 7 9 11 17 18 19
3
-3
2
-2
1
-1
0
36
34
32
30
28
26
24
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18
16
14
12
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
Fonte: WHO Growht reference data for 5-19 years, 2007 (http://www.who.int/growthref/en/)
 
REVALIDA 2012
EXAM
D E D I P L O M A S M É D I C O S
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 3101
b) Descreva o estado nutricional da criança, considerando os índices avaliados. (valor: 2,0 pontos) 
P/I
E/I
IMC/I
c) Cite a(s) patologia(s) que deve(m) ser investigada(s) neste momento e os exames subsidiários relacionados.
(valor: 2,0 pontos)
d) Cite outras medidas antropométricas (pelo menos duas) que poderiam ter sido feitas e descreva a execução de
uma delas. (valor: 2,0 pontos)
e) Faça uma proposta de orientação alimentar (pelo menos três orientações) e comportamental (pelo menos 
duas proposições) a ser feita para o menor e sua família. (valor: 2,0 pontos)
QUESTÃO 4
Paciente do sexo feminino, 20 anos, procura Unidade Básica de Baúde (UBS) com relato de febre alta, de início súbito,
acompanhada de calafrios, dores “por todo corpo”, cefaleia e tosse há 3 dias. Fez uso de remédios caseiros achando
que era um quadro gripal, sem melhora. A tosse, inicialmente seca, tornou-se produtiva com expectoração amarelada.
Queixa-se ainda de dor torácica na base do hemitórax direito, que foi aumentando de intensidade, principalmente
durante os acessos de tosse e com a respiração mais profunda. Nega contato com casos de “gripe”ou tuberculose, no
trabalho ou em casa. Ao exame físico: regular estado geral, lúcida, orientada; um pouco desidratada; mucosas coradas, 
anictéricas; sinais vitais: T. Axilar = 39°C; FC = 104 bpm; FR: = 22 irpm: PA = 120 X 80 mmHg; Exame do tórax: diminuição da 
expansibilidade do hemitórax direito; crepitações, roncos e alguns sibilos no 1/3 inferior do pulmão direito; diminuição do 
murmúrio vesicular e aumento do frêmito tóraco-vocal na metade inferior do pulmão direito, onde se ausculta um sopro 
tubário. O restante do exame não mostra alterações relevantes para o caso. Radiografia de tórax, realizada pouco antes do 
atendimento, mostra opacidade no 1/3 inferior de hemitórax direito com presença de aerobroncograma e seios 
costofrênicos livres.
a) Com os dados disponíveis, defina a necessidade ou não de internação da paciente para terapêutica específica.
Justifique. ( valor: 2,5 pontos)
b) Que a chados radiológicos, se presentes, poderiam sugerir maior gravidade no quadro apresentado pela jovem?
( valor: 2,5 pontos)
c)Qual a conduta terapêutica específica mais adequada, levando em consideração a droga ou associação de drogas, a via
e o provável tempo de uso? Justifique a escolha com base no quadro clínico e na(s) etiologia(s) mais provável(eis) para 
o caso. ( valor: 5,0 pontos)
 
REVALIDA 2012
EXAM
D E D I P L O M A S M É D I C O S
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS4 102
O médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) atende uma mulher de 47 anos de idade, costureira,
queixando-se de dor lombar sem irradiação há 2 anos, intermitente, com intervalos de piora
espontânea e melhora com ibuprofeno, que utiliza frequentemente, e tramadol, esporadicamente.
No momento apresenta-se com dor moderada que interfere no sono e no trabalho. Nega
traumas prévios. Tem antecedente de doença dispéptica e é diabética do tipo II. Está tensa e chorosa. No exame físico 
apresenta sobrepeso, encurtamento dos ísquio-tibiais e tensão em pontos musculares no trapézio e elevador da 
escápula. Manobra de elevação de membro inferior em extensão normal. O exame neurológico é normal. O exame 
da coluna lombar apresenta pequeno desvio para a esquerda, mobilidade preservada, dor à palpação da musculatura
paravertebral bilateralmente. Exames complementares: radiografia da coluna lombo sacra: osteófitos
marginais e pinçamento do espaço L5-S1; radiografia da articulação sacroilíaca: normal Hemograma e dosagem da 
Proteína C Reativa normais, velocidade de hemossedimentação na primeira hora também normal. Pesquisa de HLA B 
27 negativa. 
Tomando por base o casoclínico acima, responda às questõe s a baixo.
a) Qual a hipótese diagnóstica correta para o caso? (valor: 2,5 pontos)
b) Cite 2 diagnósticos diferenciais, identificando as informações referidas no caso que você utilizou para afastá-los.
 (valor: 2,5 pontos)
c) Dentre os fármacos que a paciente está utilizando atualmente, identifique o que deve ser suspenso e justifique.
 (valor: 2,5 pontos)
d) Cite duas condutas não farmacológicas efetivamente úteis para o tratamento adequado desta paciente em longo 
prazo. (valor: 2,5 pontos) 
QUESTÃO 5 
 
REVALIDA 2012
EXAM
D E D I P L O M A S M É D I C O S
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 5103
E X P E D I D O S P O R I N S T I T U I Ç Õ E S D E 
EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
REVALIDA 2012
104
REVALIDA 2012 
PADRÕES DE RESPOSTAS DEFINITIVOS 
 
QUESTÃO 1 
 
a) 
 
Amigdalite estreptocócica, amigdalite aguda purulenta, amigdalite purulenta, amigdalite bacteriana, 
amigdalite aguda bacteriana, faringoamigdalite estreptocócica, faringoamigdalite aguda purulenta, 
faringoamigdalite purulenta, faringoamigdalite bacteriana ou faringoamigdalite aguda bacteriana. 
 
b) 
 
Penicilina G benzatina, Penicilina benzatina, Penicilina benzatínica, Benzilpenicilina ou Benzetacil (nome 
comercial). A dose recomendada para crianças acima de 25 kg é de 1.200.000 UI, por via intramuscular 
ou por via IM. 
 
c) 
 
As doenças de caráter imunológico são: febre reumática e glomerulonefrite pós-estreptocócica, ou 
glomerulonefrite difusa aguda (GNDA), ou glomerulonefrite aguda. Para o diagnóstico de febre 
reumática são utilizados os Critérios de Jones (1992) modificados sendo critérios maiores e menores. Os 
critérios maiores são: cardite, artrite, coréia de Sydenham, eritema marginado e nódulos subcutâneos. 
Os critérios menores são: febre, artralgia, elevação dos reagentes de fase aguda (velocidade de 
hemossedimentação - VHS, proteína C reativa - PCR) e intervalo PR prolongado no ECG 
(eletrocardiograma). 
Para o diagnóstico de GNDA (glomerulonefrite difusa aguda) ou glomerulonefrite pós-estreptocócica ou 
glomerulonefrite aguda, a tríade clássica edema, hematúria e hipertensão, com dosagem da fração C3 
do complemento diminuída, são suficientes. 
 
d) 
 
Não. A profilaxia secundária está indicada para pacientes com diagnóstico de febre reumática e para 
GNDA (glomerulonefrite difusa aguda), ou glomerulonefrite pós-estreptocócica, ou glomerulonefrite 
aguda não se indica a profilaxia secundária. 
 
105
 
QUESTÃO 2 
 
a) 
 Prenhez ectópica íntegra/ Gravidez ectópica íntegra. 
 Prenhez ectópica não rota/ Gravidez ectópica não rota. 
 Prenhez tubária íntegra/ Gravidez tubária íntegra. 
 Prenhez tubária não rota/Gravidez tubária não rota. 
 
Valor a ser atribuído segundo o padrão de resposta: 
 
 CORRETA: Prenhez ectópica íntegra/ Gravidez ectópica íntegra; Prenhez ectópica não rota/ 
Gravidez ectópica não rota; Prenhez tubária íntegra/ Gravidez tubária íntegra; Prenhez tubária 
não rota/ Gravidez tubária não rota. 
 PARCIAL: Prenhez ectópica/ Gravidez ectópica/ Prenhez tubária/ Gravidez tubária. 
 INCORRETA: Prenhez ectópica rota/ Gravidez ectópica rota; Prenhez tubária rota/ Gravidez 
tubária rota. Essa não é a principal hipótese diagnóstica, uma vez que nos casos onde ocorreu 
rotura costumam estar presentes sinais e sintomas de sinais, e sintomas de hemoperitônio e 
choque, com dor de forte intensidade, associada a abdome distendido e silencioso, dor no 
ombro e abaulamento de fundo de saco vaginal. 
 
Referências bibliográficas: 
 
1. CUNNINGHAM & COLS. Williams Obstetrics. 23rd ed. New York: McGraw Hill Medical, 2010. 
2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gestação de alto risco: manual técnico. 5ª ed. Brasília (DF), 2010. 
 
 b) 
 Uso irregular de preservativo ou método contraceptivo. 
 Vida sexual ativa. 
 Sangramento vaginal/ sangramento vaginal tipo borra de café. 
 Dor em baixo ventre/ dor tipo contínua em baixo ventre/ dor abdominal aguda. 
 Data da última menstruação desconhecida/ atraso menstrual 
 Início precoce da atividade sexual (antes dos 18 anos). 
 Múltiplos parceiros sexuais. 
 História anterior de cirurgia abdominal/ história anterior de apendicectomia. 
 Ausência de sinais de instabilidade hemodinâmica. 
 Presença de sangue em canal vaginal. 
 Útero ligeiramente aumentado de volume. 
 Dor à palpação em região anexial direita. 
 Massa palpável em região anexial direita. 
 
 Valor a ser atribuído segundo o padrão de resposta: 
 
 CORRETA para qualquer um dos itens mencionados e não repetidos. 
 
 Referências bibliográficas: 
 
1. CUNNINGHAM & COLS. Williams Obstetrics. 23rd ed. New York: McGraw Hill Medical, 2010. 
2. ECTOPIC PREGNANCY. EBSCO DynaMed website. Disponível em: 
http://www.ebscohost.com/dynamed/. Atualizado em 23 de abril de 2012. Acessado em 26 de 
agosto 2012. 
106
http://www.ebscohost.com/dynamed/
 c) 
 
 Gravidez intrauterina/ Gravidez intrauterina normal. 
 Ameaça de abortamento/ abortamento tópico/ ameaça de abortamento tópico. 
 Abscesso pélvico ou Tubo ovariano. 
 Torção de ovário. 
 Endometrioma. 
 Corpo lúteo hemorrágico. 
 Tumor ovariano/ neoplasia ovariana/ ou cisto ovariano. 
 Doença inflamatória Pélvica. 
 Doença trofoblástica gestacional/ Mola Hidatiforme/ Neoplasia trofoblástica gestacional. 
 
Valor a ser atribuído segundo o padrão de resposta: 
 
 CORRETA: para qualquer um dos itens mencionados e não repetidos. 
 
Referências bibliográficas: 
 
1. CUNNINGHAM & COLS. Williams Obstetrics. 23rd ed. New York: McGraw Hill Medical, 2010. 
2. ECTOPIC PREGNANCY. UpToDate website. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents. 
Atualizado em 17 de julho de 2012. Acessado em 16 de agosto de 2012. 
 
 d) 
 Imagem: Ultrassom (USG) transvaginal/ Ultrassom (USG) pélvico transvaginal/ Ultrassom (USG) 
pélvico/ (ultrassonografia) USG ginecológica/ videolaparoscopia/ curetagem uterina/ 
culdocenterese/ ressonância magnética e Tomografia. 
 Exame laboratorial: dosagem da fração beta do hormônio gonadotrófico coriônico (βHCG)/ βHCG 
sanguíneo/ beta HCG sanguíneo/ dosagem de gonadotrofina coriônica. 
 
 Valor a ser atribuído segundo o padrão de resposta: 
 
 CORRETA: para qualquer um dos itens mencionados e não repetido. 
 PARCIAL: relação ao exame de imagem se for citado nome do exame incompleto. 
 
Referências bibliográficas: 
 
1. CUNNINGHAM & COLS. Williams Obstetrics. 23rd ed. New York: McGraw Hill Medical, 2010. 
2. ECTOPIC PREGNANCY. UpToDate website. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents. 
Atualizado em 17 de julho de 2012. Acessado em 16 de agosto de 2012. 
3. ECTOPIC PREGNANCY. EBSCO DynaMed website. Disponível em: 
http://www.ebscohost.com/dynamed/. Atualizado em 23 de abril de 2012. Acessado em 26 de 
agosto 2012. 
4. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gestação de alto risco: manual técnico. 5ª ed. Brasília (DF), 2010. 
 
 e) 
 Prenhez ectópica rota/ Gravidez ectópica rota/ Prenhez tubária rota/ Gravidez tubária rota/ 
Rotura tubárea. 
 Recidiva Prenhez ectópica/ Gravidez ectópica/ Prenhez tubária /Gravidez tubária. 
 Infertilidade/ Subfertilidade/ Dificuldade para conceber/ Dificuldade para engravidar. 
 Choque hipovolêmico/ hipovolemia. 
 Peritonite hemorrágica- peritonite. 
107
http://www.uptodate.com/contents
http://www.uptodate.com/contents
http://www.ebscohost.com/dynamed/
 Morte materna. 
 
Valor a ser atribuído segundo o padrão de resposta: 
 
 CORRETA: para qualquer um dos itens mencionados e não repetidos. 
 
Referências bibliográficas: 
 
1. CUNNINGHAM & COLS. Williams Obstetrics. 23rd ed. New York: McGraw Hill Medical, 2010. 
2. ECTOPIC PREGNANCY. EBSCO DynaMed website. Disponível em: 
http://www.ebscohost.com/dynamed/. Atualizado em 23 de abril de 2012. Acessado em 26 de 
agosto 2012. 
 
108
http://www.ebscohost.com/dynamed/
QUESTÃO 3 
 
a)b) 
 
E/I Altura adequada para idade, ou estatura adequada para idade, ou altura/ 
estrutura normal para a idade. 
P/I Peso elevado para idade, ou peso alto para a idade, ou peso grande para 
idade (não foi aceito neste quesito obesidade/ sobrepeso/ obesidade grave). 
IMC/I Obesidade ou Obesidade leve/moderada (não foi aceito sobrepeso ou 
Obesidade grave). 
 
c) 
 
 Síndrome metabólica, ou dislipidemias, ou hipertrigliceridemia, ou hipercolesterolemia, ou 
Resistência Insulínica ou diabetes tipo 2. 
 Hipertensão arterial. 
 
Exames: 
 
 Glicemia de jejum. 
 Perfil lipídico (ou Triglicerídeos, Clesterol tota e freções - HDL, LDL e). 
 Função hepática (ou Alanina aminotransferase, ou TGP, ou TGO/TGP). 
 
 
 
 
 
109
d) 
 
 Circunferência Abdominal: deve-se marcar, inicialmente, o ponto médio entre a última costela 
fixa (décima) e a borda superior da crista ilíaca, local onde a fita inextensível será colocada. Essa 
medida serve para a avaliação indireta da gordura visceral. 
 Prega tricipital: mede-se a distância úmero-olécrano na parte lateral do braço com este fletido a 
90o. No ponto médio em região posterior, pinça-se a dobra de pele com profundidade de 2cm e 
mede-se esta prega com auxílio de um adipômetro. 
 Circunferência braquial: mede-se a distância úmero-olécrano na parte lateral do braço com este 
fletido a 90o. No ponto médio em região posterior, faz-se a medida com o braço agora 
estendido. 
 Prega subescapular: mede-se com auxílio do adipômetro (=plicômetro ou paquímetro) um prega 
de pele de 2cm de profundidade localizada a 2cm abaixo da escápula. 
 
 
e) 
 
Alimentar (qualquer três dos itens abaixo elencados): 
 Não proibir nenhum alimento, mas restringir/reduzir o consumo de alimentos muito calóricos 
(ricos em açúcar e gordura, como salgadinhos, biscoito recheado, fastfood, refrigerantes); 
 restringir o uso de embutidos e o excesso de sal; 
 associar, em média, seis porções de frutas e verduras, leite semidesnatado ou derivados 
lácteos não gordurosos, três porções por dia; 
 associar alimentos ricos em fibras, preferencialmente os cereais integrais; 
 não prescrever alimentos ligth; 
 organizar o horário das refeições junto com toda a família; 
 não comer assistindo a televisão; 
 evitar líquidos em excesso durante as refeições, evitar refrigerantes; 
 orientar estas medidas para o lanche da escola. 
 
Comportamental (qualquer dois dos itens abaixo relacionados): 
 Atividades regulares ao ar livre, como andar de bicicleta, passear no parque, jogar bola, etc.; 
 inscrever a criança em atividades regulares, como futebol, natação, capoeira etc.; 
 limitar o tempo de videogame, televisão e computador; 
organizar o horário das refeições junto com toda a família; 
 avaliar a presença de fatores de estresse e a necessidade de psicoterapia para o binônio/família; 
 orientar a mãe a não supervalorizar a alimentação nem forçar a criança a comer quando já 
estiver satisfeita ou comer mais quando doente. 
 
Referências bibliográficas: 
 
1. SISVAN - Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. 
http://nutricao.saude.gov.br/sisvan.php?conteudo=curvas_cresc_oms. Acessado em 14 de 
agosto de 2012. 
2. Sociedade Brasileira de Pediatria. Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação 
/ Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. 2ª ed. São Paulo: 
SBP, 2012. Disponível em http://www.sbp.com.br/pdfs/14297c1-
Man_Nutrologia_COMPLETO.pdf. 
 
 
110
http://nutricao.saude.gov.br/sisvan.php?conteudo=curvas_cresc_oms
http://www.sbp.com.br/pdfs/14297c1-Man_Nutrologia_COMPLETO.pdf
http://www.sbp.com.br/pdfs/14297c1-Man_Nutrologia_COMPLETO.pdf
Questão 4 
 
a) 
 
Não há necessidade de internação hospitalar, pois a paciente apresenta pneumonia aguda comunitária 
de baixa gravidade (ou seja, não apresenta critérios de maior gravidade). O candidato deve mencionar 
algum critério conhecido de avaliação de gravidade de pneumonia aguda comunitária (PSI, CURB-65, 
CRB-65). A paciente em tela não pontua (zero pontos) no CRB-65, justificando o tratamento fora do 
ambiente hospitalar. Serão consideradas descrições de pelo menos três dos seguintes parâmetros (que 
expressam gravidade) observados na paciente, sem mencionar o sistema de pontuação, como idade < 
65 anos, nível de consciência normal, ausência de co-morbidades (neoplasias, hepatopatias, 
insuficiência cardíaca, doença cérebro-vascular e doença renal), frequência respiratória < 30 irpm, PA 
sistólica > 90 mmHg, PA diastólica > 60 mmHg, temperatura > 35°C e < 40°C, frequência cardíaca < 125 
bpm, ausência de derrame pleural. 
 
Referências bibliográficas: 
 
1. Mandell L, Wunderink R. Chapter 257: Pneumonia. In: LONGO, DL , FAUCI, AS, KASPER, DL, 
HAUSER, SL, JAMESON, JL & LOSALSO J. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 18th Edition. 
Mc Graw-Hill Companies Inc, 2012. (Site of Care, páginas 2133 e 2134). 
2. Lim WS, Baudouin SV, George RC, et all. BTS guidelines for the management of community 
acquired pneumonia in adults: update 2009. Thorax 2009; 64 Suppl 3:iii1. (página iii27). 
3. Corrêa R, Lundgren F, Pereira-Silva J, et all. Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na 
comunidade em adultos imunocompetentes – 2009. J Bras Pneumol. 2009; 35(6):574-601. 
(página 582). 
 
b) 
 
Devem ser citadas pelo menos duas das seguintes condições: abscesso pulmonar (ou seus achados 
radiológicos, como cavitação, nível hidroaéreo), pneumatoceles, envolvimento multilobar, padrão 
broncopneumônico, derrame pleural (ou seus achados radiológicos, como ausência [velamento] dos 
seios costofrênicos, curva [parábola] de Damoiseau, desvio do mediastino para o lado oposto), 
empiema, pneumotórax (ou seus achados radiológicos) ou condições favorecedoras do processo 
pneumônico (como tumores pulmonares, alterações pulmonares estruturais, bronquiectasias). 
 
Referências bibliográficas: 
 
1. Mandell L, Wunderink R. Chapter 257: Pneumonia. In: LONGO, DL , FAUCI, AS, KASPER, DL, 
HAUSER, SL, JAMESON, JL & LOSALSO J. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 18th Edition. 
Mc Graw-Hill Companies Inc, 2012. (Clinica diagnosis, páginas 2132 e 2133). 
 
c) 
 
São drogas recomendadas no tratamento da paciente em tela, todas por via oral: azitromicina por 3 a 7 
dias ou claritromicina por 7 a 14 dias. Serão também aceitos os seguintes tratamentos, todos por via 
oral: a) moxifloxacina ou levofloxacina por 7 a 14 dias; ou b) amoxicilina ou amoxicilina com clavulonato 
ou ampicilina com sulbactam ou amoxicilina com sulbactam ou cefuroxima, com ou sem associação com 
azitromicina ou claritromicina, por 7 a 14 dias; ou c) doxiciclina por 7 a 14 dias. O uso desses esquemas 
antimicrobianos está justificado pelo quadro clínico da paciente. Indicar (1) como principal diagnóstico 
uma pneumonia aguda comunitária, (2) de baixa gravidade e (3) sem comorbidades associadas e (4) ter 
111
como principais etiologias (de maior prevalência) o Streptococcus pneumoniae (estreptococo ou 
pneumococo) ou as bactérias atípicas. 
 
Referências bibliográficas: 
 
1. Mandell L, Wunderink R. Chapter 257: Pneumonia. In: LONGO, DL , FAUCI, AS, KASPER, DL, 
HAUSER, SL, JAMESON, JL & LOSALSO J. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 18th Edition. 
Mc Graw-Hill Companies Inc, 2012. Site of Care, páginas 2134 e 2135 (tabela 4). 
2. Mandell L, Wunderink R, Anzueto A, et all. Infectious Diseases Society of America/American 
Thoracic Society Consensus Guidelines on the Management of Community-Acquired Pneumonia 
in Adults. Clinical Infectious Diseases 2007; 44 (Suppl 2):S27–72; página S45 (tabela 7). 
3. Lim WS, Baudouin SV, George RC, et all. BTS guidelines for the management of community 
acquired pneumonia in adults: update 2009. Thorax 2009; 64 Suppl 3:iii1. (página iii37 Tabela 5). 
4. Corrêa R, Lundgren F, Pereira-Silva J, et all. Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na 
comunidade em adultos imunocompetentes – 2009. J Bras Pneumol. 2009;35(6):574-601.(página 586). 
 
112
Questão 5 
a) 
 
Lombalgia crônica inespecífica (outras denominações possíveis e corretas: Lombalgia mecânica, 
Lombalgia Idiopática, Lombalgia, Dor lombar). 
 
b) 
 
 Lombociatalgia – exame neurológico normal. Manobra de elevação do MI em extensão negativa. 
 Espondilite anquilosante – HLA B27 negativo. Raios-X de sacroilíaca normal. 
 Hérnia de disco - ausência de sinais radiculares. 
 
c) 
 
O ibuprofeno deve ser suspenso, pois se trata de um anti-inflamatório não esteroidal inibidor não 
seletivo de Cox, cujo uso crônico está relacionado à toxicidade gástrica e renal. Deve ser evitado nos 
pacientes com doenças dispépticas e nos diabéticos pelo aumento do risco de insuficiência renal 
decorrente da redução do fluxo sanguíneo renal que é mediado pelas protaglandinas renais. 
 
O tramadol, apesar da utilização de opióide ser controversa para dor não neoplásica, está melhor 
indicado do que o AINE. Seu uso intermitente neste caso e seu mecanismo de ação não opióide 
relacionado à inibição de recaptação de serotonina contribuem para ação analgésica eficiente, com 
riscos de tolerância e adição menores do que os opióides comuns. 
 
d) 
 
 Incentivo à participação em um programa de atividades física visando melhorar a capacidade 
aeróbica, alongamento muscular e perda de peso. 
 Acompanhamento com nutricionista visando perda de peso. 
 Acompanhamento com psicoterapia, uma vez que existe um grande componente de insatisfação 
com a vida pessoal e profissional, além de frustração documentados na lombalgia crônica 
inespecífica. 
 
113
E X P E D I D O S P O R I N S T I T U I Ç Õ E S D E 
EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Prova Objetiva
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
REVALIDA 2012
BB AA II
G O V E R N O F E D E R A L 
PAÍS RICO É PAIS SEM POBREZA
Ministério da
Educação
Ministério da
Saúde
1. Verifique se, além deste caderno, você recebeu o Caderno de Respostas, destinado
à transcrição das respostas das questões de múltipla escolha (objetivas).
2. Confira se este caderno contém 110 questões de múltipla escolha (objetivas).
3. Verifique se a prova está completa e se o seu nome está correto no Caderno
de Respostas. Caso contrário, avise imediatamente um dos responsáveis pela
aplicação da prova. Você deve assinar o Caderno de Respostas no espaço próprio,
com caneta esferográfica de tinta preta.
4. Observe as instruções expressas no Caderno de Respostas sobre a marcação das
respostas às questões de múltipla escolha (apenas uma por questão).
5. Não se comunique com os demais estudantes nem troque de material com eles;
não consulte material bibliográfico, cadernos ou anotações de qualquer espécie.
6. Você terá cinco horas para responder às questões de múltipla escolha.
7. Quando terminar, entregue ao Aplicador ou Fiscal o seu Caderno de Respostas.
8. Atenção! Você só poderá levar este Caderno de Prova quando restarem 30 minutos
para o término do exame. 
114
 
REVALIDA 2012
EXAM
D E D I P L O M A S M É D I C O S
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 115
 
REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Uma paciente de 17 anos de idade, estudante, é atendida em 
Unidade Básica de Saúde (UBS) com queixa de disúria, 
polaciúria e urgência urinária há 48 horas. Nega febre ou 
corrimento vaginal. Informa que tem vida sexual ativa e que seu 
namorado faz uso sistemático de preservativo. Não apresenta, 
ao exame físico, qualquer alteração relevante.
A conduta médica mais adequada para essa jovem é
A solicitar urinocultura por micção espontânea e aguardar 
resultado para iniciar antibioticoterapia.
B não solicitar qualquer exame complementar no momento e 
prescrever nitrofurantoína empiricamente.
C solicitar sedimento urinário e, se piúria e bacteriúria 
presentes, prescrever sulfametoxazol e trimetoprima.
D prescrever ciprofloxacina e azitromicina em dose única e 
encaminhar a paciente para exame ginecológico.
E prescrever antiespasmódico via oral e solicitar ultrassonografia 
e radiografia simples de vias urinárias.
QUESTÃO 1
QUESTÃO 2
A prefeitura de um pequeno município do interior contratou 
profissionais de saúde para implantar três equipes da 
Estratégia da Saúde da Família que atuarão junto a uma 
Unidade Básica de Saúde (UBS). Para iniciar as suas atividades, 
essas equipes precisam definir os territórios de abrangência e a 
população de cada uma delas, conforme preconiza a Política 
Nacional da Atenção Básica. 
Que estratégias devem orientar a definição do território?
A As equipes terão número variável de famílias em territórios 
estabelecidos pela prefeitura e sem definição de números 
mínimos e máximos por equipe.
B O número de famílias de cada equipe dependerá do grau de 
vulnerabilidade em cada área, em territórios definidos pelos 
Agentes Comunitários de Saúde.
C Todas as equipes terão sob sua responsabilidade 3 500 
pessoas, definidas em territórios contínuos dentro da área de 
abrangência da UBS .
D Os territórios das equipes serão definidos pelas equipes e o 
número de pessoas adscritas a cada equipe vai depender da 
análise de vulnerabilidade das famílias de cada microárea.
E A definição acerca dos territórios e da população sob 
responsabilidade de cada equipe da Estratégia da Saúde da 
Família depende do diagnóstico de vulnerabilidade feito pelo 
médico.
Um lactente com 6 meses de idade, previamente hígido, em 
aleitamento materno, é atendido em um Pronto Socorro 
Infantil com história de febre persistente há dois dias 
(temperatura axilar de até 38,9°C), acompanhada de 
irritabilidade e 2 a 3 episódios de vômitos por dia. Foi levado 
previamente a um serviço de saúde e a mãe foi orientada a 
oferecer soro de reidratação oral (SRO) e a retornar, caso não 
houvesse melhora ou piorasse. A mãe informa que a 
irritabilidade da criança aumentou nas últimas 12 horas, 
prejudicando a amamentação e a ingestão de líquidos. Nega 
tosse e diarreia. As vacinas estavam atualizadas. Ao examinar o 
lactente, o médico observou: bom estado geral e nutricional e 
irritabilidade ao manuseio. Realizada punção lombar, o 
resultado do exame do líquor foi: líquido límpido, com 300 
3 células/mm com predomínio de linfomononucleares, 
glicorraquia normal, proteínas levemente aumentadas.
Com base no quadro clínico e nos resultados da análise do 
líquor, a associação diagnóstico-terapêutica correta é
A meningite bacteriana; tratamento hospitalar com 
antibioticoterapia, com necessidade de isolamento em UTI.
B meningite bacteriana; tratamento hospitalar com 
antibioticoterapia, sem necessidade de isolamento.
C mening i te v i ra l ; t ratamento hospita lar sem 
antibioticoterapia, sem necessidade de isolamento.
D meningite v i ra l ; t ratamento hospita lar sem 
antibioticoterapia, com necessidade de isolamento.
E meningite tuberculosa; tratamento hospitalar com 
antibioticoterapia e com necessidade de isolamento.
QUESTÃO 3
QUESTÃO 4
Uma gestante de 32 anos de idade, gesta = 2, para = 1, hoje com 
15 semanas de gestação, comparece a sua segunda consulta de 
pré-natal. Encontra-se assintomática. Tem histórico de parto pré-
termo há 4 anos devido a descolamento prematuro de placenta, 
com complicação de hemorragia pós-parto. Nega história de 
hipertensão, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional anterior. O 
filho anterior nasceu com 36 semanas, pesou 2 050 g e mediu 40 
cm. A gestante nega o uso, na gravidez anterior, de quaisquer 
medicações, exceto sulfato ferroso e ácido fólico. Ao exame 
clínico apresentou: PA = 110 x 60 mmHg; FC = 80 bpm; altura 
uterina = 15 cm; batimentos cardiofetais = 152 bpm; toque: colo 
fechado, grosso e posterior. A paciente traz os resultados dos 
seguintes exames laboratoriais: glicemia de jejum = 65 mg/dL 
(valorde referência < 99 mg/dL); sorologia para toxoplasma 
gondii = IgM não reagente/IgG reagente; sorologia rubéola = IgG 
reagente/IgM não reagente; VDRL não reagente; TSH = 15 UI/ml 
(valor de referência = 0,4 a 5,0 UI/ml), hemograma com Hb = 
12,0 g/dL (valor de referência = 11,3 a 16,3 g/dL), leucócitos e 
plaquetas normais.
Com base na história clínica e nos resultados dos exames acima 
apresentados é correto afirmar que
A a gestante deve iniciar reposição de hormônio tireoidiano.
B os níveis de T4 livre da gestante estão necessariamente 
elevados.
C o quadro clínico apresentado não sugere risco de parto 
prematuro.
D a mesma rotina laboratorial deve ser repetida após 30 dias 
para nova avaliação.
E a gestante está assintomática, fato que não indica reposição 
de hormônio tiroidiano.
1116
 
REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 5 QUESTÃO 7
Um homem de 21 anos de idade está internado no Pronto 
Socorro de um hospital terciário após adequada atenção pré-
hospitalar e remoção feita pelo SAMU local. Ele foi vítima de 
acidente de trânsito devido a queda de moto, ocorrido há 15 
horas, e apresenta traumatismo raquimedular cervical grave. 
Ao repetir o exame físico do paciente, o médico constata o 
retorno do reflexo bulbocavernoso ainda nas primeiras 24 
horas do evento traumático.
O que sugere este último achado clínico ?
A Recuperação do quadro neurológico.
B Término do choque medular.
C Lesão medular incompleta.
D Síndrome de Brown-Séquard.
E Hipertensão intracraniana associada.
QUESTÃO 6
Uma paciente de 25 anos de idade, gesta = 2, para = 1 (1 
cesariana há 3 anos), com 32 semanas de gestação, chega à 
emergência de um hospital referindo sangramento vaginal há 2 
horas. Ao exame, apresenta sinais vitais estáveis, pressão 
arterial = 130 x 80 mmHg, ausência de dinâmica uterina, 
batimentos cardiofetais de 150 bpm e útero indolor à palpação. 
Ao exame especular, foi observado sangramento de moderada 
quantidade fluindo pelo colo.
Nessa situação qual o diagnóstico mais provável e qual a 
conduta a seguir?
 
A Vasa prévia; realizar reposição volêmica e indicar cesariana 
de emergência.
B Descolamento prematuro de placenta; realizar reposição 
volêmica e indicar cesariana de emergência.
C Placenta prévia; realizar toque vaginal e, se houver dilatação, 
fazer a internação da paciente e solicitar ultrassonografia.
D Descolamento prematuro de placenta; solicitar ultrassonografia 
para confirmação diagnóstica e avaliação do bem-estar fetal.
E Placenta prévia; realizar internação para monitorização do 
sangramento e solicitar ultrassonografia para avaliação do 
bem-estar fetal.
Uma mulher de 40 anos de idade, branca, casada, procura o 
Serviço de Emergência queixando-se de dor abdominal 
epigástrica em todo o hemi-abdome superior, intensa, 
contínua, com irradiação para o dorso e acompanhada de 
náuseas e vômitos há 24 horas. Não refere história de doença 
pregressa, etilismo, tabagismo e uso de medicamentos. 
Informa ter 4 filhos. Ao exame físico apresenta-se 
desconfortável no leito. Encontra-se afebril, com FC = 110 bpm, 
PA = 100 x 60 mmHg, pele com discreta sudorese, mucosas 
coradas e escleróticas ictéricas 1+/4+. Ao exame do abdome 
observam-se ruídos hidroaéreos presentes; abdome flácido, 
com dor à palpação no hemi-abdome superior e ausência de 
visceromegalias. Os exames laboratoriais mostram: 
hemograma com 15 400 leucócitos/mm³ (valores de referência 
3= 3 800 a 10 600/mm ) com neutrofilia; glicose = 130 mg/dL 
(valor de referência = 99 mg/dL); amilase = 1 240 U/L (valor de 
referência = 30 a 225 U/L); lipase = 600 U/L (valor de referência 
= 3 a 43 U/L), bilirrubinas totais = 5,2 mg/dL (valor de 
referência < 1,3 mg/dL), com fração direta de 2,0 mg/dL (valor 
de referência < 0,4 mg/dL); alanino-amino-transferase = 162 
UI/L (valor de referência = < 35 UI/L); aspartato-amino-
transferase = 87 UI/L (valor de referência < 30 UI/L). A 
radiografia simples de abdome mostra padrão inespecífico de 
distribuição de gases, sem evidência de pneumoperitônio.
Diante do quadro apresentado, a principal hipótese 
diagnóstica é
A cólica biliar.
B pancreatite biliar.
C obstrução intestinal.
D isquemia mesentérica.
E úlcera gástrica perfurada.
QUESTÃO 8
Suponha que uma fábrica de cimento foi instalada na periferia 
de determinado município. A população festejou o 
empreendimento, pois significou desenvolvimento e novos 
empregos para a população da área. Após o início do 
funcionamento da fábrica, observou-se aumento da incidência 
de doenças respiratórias e de queixas de náuseas e vômitos. 
Sabendo que há emissão de determinadas substâncias pelas 
chaminés dessa fábrica, a equipe de Saúde da Família 
encaminha o problema ao Setor de Vigilância. 
Quais são as etapas a serem seguidas para a avaliação de risco 
de substâncias específicas?
A Identificação da periculosidade; avaliação da dose-resposta; 
avaliação da exposição; caracterização do risco.
B Estabelecimento das frações de exposição; avaliação da 
dose-resposta; determinação da prevalência dos fatores de 
risco.
C Criação de sistemas de ouvidoria; determinação dos riscos 
relativos; estabelecimento de padrões de resposta na 
população.
D Determinação da fração de risco populacional; mensuração 
das taxas de exposição; classificação das incidências de 
problemas. 
E Identificação da situação comunitária; determinação da 
fração total de exposição; determinação das taxas de risco 
populacionais.
2 117
 
REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 9 QUESTÃO 11
Uma criança com 6 anos de idade, moradora em zona rural, é 
trazida por sua mãe à Unidade Básica de Saúde (UBS) por 
apresentar palidez, falta de apetite, perda de peso e 
rendimento escolar insatisfatório observados há dois meses.
Além da dosagem de hemoglobina e hematimetria, que outros 
exames, com seus respectivos resultados, servirão para o 
diagnóstico de uma anemia carencial?
A Morfologia das hemácias: normocítica e normocrômica; 
ferritina baixa; ferro sérico normal; capacidade de ligação do 
ferro baixa; saturação de transferrina normal.
B Morfologia das hemácias: microcítica e hipocrômica; 
ferritina baixa; ferro sérico baixo; capacidade de ligação do 
ferro elevada; saturação de transferrina baixa.
C Morfologia das hemácias: normocítica e normocrômica; 
ferritina normal; ferro sérico baixo; capacidade de ligação do 
ferro baixa; saturação de transferrina normal.
D Morfologia das hemácias: microcítica e normocrômica; 
ferritina baixa; ferro sérico baixo; capacidade de ligação do 
ferro elevada; saturação de transferrina baixa.
E Morfologia das hemácias: normocítica e hipocrômica; 
ferritina normal; ferro sérico normal; capacidade de ligação do 
ferro baixa; saturação de transferrina normal.
QUESTÃO 10
Um homem de 25 anos de idade, vítima de atropelamento, foi 
admitido na Emergência com quadro de insuficiência 
respiratória aguda, agitação psicomotora e cianose central e 
periférica. Apresenta várias lesões de face, com afundamento 
maxilar, perda dos dentes e sangramento local importante.
Qual o procedimento imediato para estabelecer uma via aérea 
para esse paciente?
A Intubação orotraqueal.
B Intubação nasotraqueal.
C Traqueostomia.
D Cricotireoidotomia.
E Ventilação não invasiva com CPAP e máscara.
Um menino de dois anos de idade é levado à Unidade Básica de 
Saúde (UBS) próxima ao assentamento onde sua família reside, 
com queixa de diarreia intermitente, com restos alimentares 
em alguns episódios, sem sangue ou muco, associada a dor 
epigástrica e hiporexia, iniciadahá 15 dias. No último ano, a 
criança foi levada à UBS duas vezes pelo mesmo motivo. A 
genitora relata que, há dois meses, a criança também 
apresentou lesões de pele muito pruriginososas, seguidas de 
tosse, com resolução espontânea em 3 dias. O padrão alimentar 
inclui alimentos da família e leite de vaca engrossado com 
farináceos desde que foi suspenso o aleitamento materno aos 3 
meses de vida. A situação vacinal está adequada à idade. O 
médico observou: peso = 11 kg (percentil 15); turgor e 
elasticidade da pele um pouco diminuídos, mucosas 
hipocoradas, distensão abdominal moderada, com 
dolorimento discreto e difuso e ausência de edema, de lesões 
de pele significativas ou de sinais de instabilidade respiratória 
ou hemodinâmica. Para esse paciente, foram prescritas 
reidratação oral e orientação higiênico-sanitária.
Qual a hipótese diagnóstica que melhor explica o quadro 
descrito acima e qual a conduta que deve ser aplicada?
A Enteropatia ambiental; solicitar parasitológico de fezes e 
tratar com antiparasitário adequado ao agente identificado.
B Enteropatia dependente do glúten; solicitar anticorpo 
antigliadina e antiendomísio e excluir da dieta glúten e farináceos 
em geral.
C Enteropatia por alergia ao leite de vaca; solicitar dosagem de IgA 
secretora, excluir leite de vaca da dieta e prescrever fórmula isenta de 
proteínas do leite.
D Enteropatia infecciosa aguda; solicitar coprocultura, iniciar 
sulfametexazol-trimetoprim ou cefalosporina de primeira 
geração durante 7 a 10 dias.
E Enteropatia dependente da lactose; excluir fontes de 
lactose da dieta, prescrever probióticos, prebióticos e usar 
leite de soja ou fórmula láctea isenta de lactose.
QUESTÃO 12
Um homem de 40 anos de idade é atendido na Unidade Básica 
de Saúde (UBS) com quadro de anorexia, perda de peso e 
adinamia, associados a tosse e discreta falta de ar, iniciado há 
30 dias. Ao exame físico foi constatado: paciente emagrecido, 
2IMC 16 kg/m , PA = 110 x 70 mmHg, FC = 88 bpm, FR = 20 irpm, 
sopro cavitário no ápice pulmonar esquerdo.
Que exames são indicados para a elucidação diagnóstica nesse 
caso?
A Hemograma completo, anti-HIV 1 e 2 e radiografia de tórax.
B Pesquisa de BAAR no escarro e radiografia de tórax.
C Pesquisa de BAAR no escarro, cultura do escarro pelo 
método Ogawa-Kudoh e radiografia de tórax.
D Baciloscopia do escarro, radiografia de tórax e técnica 
molecular de reação em cadeia mediada pela polimerase.
E Cultura do escarro pelo método Löwestein-Jensen e técnica 
molecular e reação em cadeia mediada pela polimerase.
3118
QUESTÃO 13 QUESTÃO 14
 
REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Uma mulher de 23 anos de idade, casada, do lar e nuligesta, 
iniciou atividade sexual há 3 anos, após casamento. No 
momento, essa mulher está em tratamento para 
condilomatose vulvar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e 
apresenta boa evolução. Ela não mantém relações 
extraconjuguais, seu marido é saudável e não tem histórico de 
doença sexualmente transmissível (DST) e (ou) uso de drogas 
injetáveis. Após aconselhamento, realizou sorologia para HIV e 
o resultado foi positivo. Diante disso, foi solicitada pesquisa 
sorológica para HIV em nova amostra sanguínea. A paciente 
retorna hoje à UBS para conhecer o resultado. Ambas as 
amostras foram processadas no mesmo laboratório e seus 
resultados são apresentados nas figuras a seguir.
Uma mulher de 25 anos de idade procurou o ambulatório com 
queixa de febre e diarreia há mais de um mês, com cerca de 
seis evacuações por dia, seguidas por sangramento, dor 
abdominal e perda de peso de aproximadamente 10 quilos. 
Ao exame físico, apresentava-se emagrecida, com pele e 
mucosas descoradas ++/4+ e temperatura = 38,5°C. Foi 
observada a presença de fissuras perianais. Exames 
laboratoriais mostraram Hb = 8,2 g/dL (valor de referência = 
11,3 a 16,3 g/dL), volume corpuscular médio = 70 fL (valor de 
referência = 79 a 93,3 fL), leucócitos = 15 000/mm³ (valor de 
3 3referência = 3 800 a 10 600/mm ), plaquetas = 520 000/mm 
3(valor de referência = 165 000 a 415 000/mm ), velocidade de 
hemossedimentação = 70 mm/h (valor de referência: < 20 
mm/h). Imediatamente, o médico decidiu encaminhar a 
paciente para um serviço especializado devido à suspeita 
diagnóstica de doença inflamatória intestinal grave.
Os critérios de inclusão nessa categoria de gravidade devem 
considerar
A a leucocitose, o número de plaquetas, a perda de peso, a 
febre e a anemia.
B o número de evacuações com sangue por dia, a febre, a 
anemia e a VHS elevada.
C o número de plaquetas, a febre, a perda de peso, as fissuras 
perianais e a anemia.
D a idade, o número de evacuações com sangue por dia, a 
leucocitose e a VHS elevada.
E a idade, a dor abdominal, o número de evacuações com 
sangue por dia e a VHS elevada.
AMOSTRA 1
ANTICORPOS ANTI HIV1/HIV2 
Material: soro
Método: Elisa
Leitura da amostra: 2,47
Valor de referência: < 1,00
CONCLUSÃO: AMOSTRA POSITIVA PARA HIV
AMOSTRA 2
ANTICORPOS ANTI HIV1/HIV2 (2 DOSAGENS)
TESTE 1................................................................ 
POSITIVO
Material: soro
Método: Elisa
Leitura da amostra: 2,27
Valor de Referência: < 1,00
TESTE 2................................................................ 
POSITIVO
Material: soro
Método: Western Blot
Presença de anticorpos virais para: P18, P24, P34, Gp41, 
P52, P55, P68; GP 120, GP 160
Sorologia positiva para HIV-1
CONCLUSÃO: AMOSTRA POSITIVA PARA HIV
Nessa situação, que conduta deve ser adotada para a paciente?
A Solicitar contagem de linfócitos T-CD4+.
B Solicitar contagem de linfócitos T-CD4+ e a quantificação
da Carga Viral do HIV.
C Encaminhar a paciente para o Serviço de Assistência 
Especializada em DST/AIDS.
D Solicitar análise sorológica para HIV, em uma nova amostra 
sanguínea, pela técnica de Western Blot.
E Solicitar análise sorológica para HIV, em uma nova amostra 
sanguínea, pela técnica de Imunofluorescência indireta.
4 119
 
REVALIDA 2012
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DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
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EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 15 QUESTÃO 17
Uma mulher de 60 anos de idade é admitida na Emergência de 
um Pronto-Socorro de referência com quadro de dor em fossa 
ilíaca esquerda há trinta horas, associada a febre, três episódios 
de evacuação diarreica, náuseas e dois episódios de vômitos 
ocorridos há seis horas. Ao exame físico, foi palpada massa de 
limites imprecisos em fossa ilíaca esquerda. O diagnóstico 
sugerido pela tomografia abdominal e pélvica foi diverticulite 
aguda.
Qual a conduta inicial para essa paciente?
A Antibióticos endovenosos, suspensão da dieta oral e 
analgesia com dipirona.
B Dieta constipante, administração de antieméticos endovenosos 
e analgesia com morfina.
C Hidratação endovenosa, analgesia e encaminhamento para 
cirurgia de urgência.
D Antibióticos por via oral, dieta rica em fibras e analgesia com 
morfina.
E Drenagem percutânea de emergência.
QUESTÃO 16
Uma adolescente com idade de 14 anos procura uma Unidade 
Básica de Saúde (UBS) para a sua primeira consulta 
ginecológica, pois deseja usar anticoncepcional oral. Ela iniciou 
atividade sexual há 6 meses e refere menarca aos 11 anos de 
idade e ciclos regulares. A adolescente nega comorbidades e 
diz, ainda, que os pais não sabem do início da atividade sexual.
Qual a conduta mais adequada frente ao caso relatado acima?
A Não prescrever anticoncepcional oral, pois a paciente é 
menor de idade.
B Não prescrever anticoncepcional oral, pois a paciente teve 
menarca há apenas 3 anos.
C Solicitar que a paciente compareça acompanhada de um 
responsável à consulta médica.D Prescrever anticoncepcional oral, orientar uso de 
preservativo e garantir a confidencialidade da consulta.
E Prescrever anticoncepcional oral e solicitar a presença de 
um responsável pela menor para comunicar o fato.
Uma mulher de 22 anos de idade procurou atendimento de 
urgência, apresentando falta de ar, chegando a ter dificuldade 
para completar frases. Informou a ocorrência de episódios 
prévios semelhantes. Ao exame: acianótica, padrão 
respiratório com uso da musculatura acessória, tiragem 
intercostal e supraesternal. Pressão arterial = 110 x 80 mmHg, 
frequência cardíaca = 115 bpm e frequência respiratória = 28 
irpm; ausculta pulmonar com sibilos expiratórios difusos. A 
oximetria digital em ar ambiente evidenciou saturação de 
oxigênio (SaO ) = 91%. Foi administrado beta-agonista ²
inalatório e oxigênio por cateter nasal. Reavaliada após 30 
minutos, a paciente apresentou melhora parcial do quadro: 
frequência respiratória = 24 irpm, SaO = 94%, frequência ² 
cardíaca = 110 bpm, ausculta pulmonar com sibilos 
expiratórios.
Qual a conduta terapêutica mais adequada a ser tomada após 
essa reavaliação?
A Nebulização com beta-agonista – até 3 doses em uma hora, 
prednisolona oral e suspensão do oxigênio.
B Nebulização com beta-agonista e ipratrópio – 3 doses 
sequenciais, aminofilina venosa e manutenção do oxigênio.
C Beta-agonista em spray, com espaçador, até 3 doses em 
uma hora; hidrocortisona venosa e suspensão do oxigênio.
D Nebulização com beta-agonista e ipratrópio a cada 30 
minutos, aminofilina venosa e manutenção do oxigênio.
E Associação de beta-agonista e ipratrópio em spray, com 
espaçador, a cada 30 minutos; prednisolona oral e manutenção 
do oxigênio.
QUESTÃO 18
Um pediatra de plantão em uma maternidade de nível 
secundário é chamado para assistir o nascimento de um recém-
nascido a termo, com 39 semanas de idade gestacional. O 
obstetra da equipe comunica que a gestante está na admissão 
em início de trabalho de parto (com 3 cm de dilatação) e com 
uma avaliação ultrassonográfica gestacional que evidencia 
hérnia diafragmática. A bolsa amniótica ainda está íntegra.
Qual a conduta recomendada no caso?
A Contatar imediatamente a equipe de cirurgia pediátrica para 
que o recém-nascido seja encaminhado ao bloco cirúrgico de outro 
hospital tão logo ocorra o nascimento.
B Transferir a gestante para um centro terciário por se tratar 
de uma unidade secundária sem UTI neonatal, pois pressupõe-
se a necessidade de ventilação mecânica.
C Preparar o material de intubação na sala de parto, por se 
tratar de uma patologia cirúrgica grave, gerando prejuízo da 
ventilação, não sendo indicada a ventilação com máscara após o 
nascimento.
D Preparar o material para a cirurgia imediata do recém-
nascido na maternidade secundária, pois não haverá tempo 
hábil para transferência para um hospital de nível terciário.
E Conversar com o obstetra e avisar que não poderá atender 
o bebê em maternidade de nível secundário e que, por esse 
motivo, não irá comparecer à sala de parto.
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QUESTÃO 19 QUESTÃO 21
 
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DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
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Uma paciente de 25 anos de idade, com história obstétrica 
gesta = 1, para = 0, aborto = 0, com 28 semanas de idade 
gestacional, foi atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS) 
referindo que há 2 dias está gripada e fez uso de medicação 
sintomática. Resolveu vir ao posto de saúde porque está 
tossindo muito. Ao ser realizado o exame físico, constatou-se: 
temperatura axilar = 38,1ºC, frequência respiratória = 30 irpm, 
pressão arterial = 80 x 60 mmHg, normohidratada.
Qual é a abordagem adequada para o caso?
A Encaminhar a paciente para internação hospitalar.
B Solicitar hemograma completo e radiografia de tórax com 
urgência.
C Orientar hidratação, prescrever paracetamol e solicitar 
retorno se piorar.
D Solicitar hemograma completo, prescrever vitamina C, 
dipirona e nebulização.
E Prescrever dipirona, nebulização sem uso de 
broncodilatador e reavaliar a paciente em 48 horas.
QUESTÃO 20
Um homem de 27 anos de idade, pedreiro, sofreu queda de um 
andaime e deu entrada na Emergência de um hospital terciário 
em franca insuficiência respiratória. As vias aéreas 
encontravam-se pérvias e, à ausculta, foi constatada a abolição 
do murmúrio vesicular à direita e macicez à percussão. Foi 
realizada drenagem do hemitórax direito com saída de 1500 mL 
de sangue. No decurso do atendimento, observou-se que o 
débito do dreno era de 300 mL/h.
Além da reposição volêmica, a conduta mais adequada para 
esse paciente, nesse momento, é
A intubação orotraqueal e ventilação com pressão positiva.
B radiografia de tórax em PA e Perfil.
C drenagem torácica com aspiração contínua.
D toracostomia secundária.
E toracostomia de urgência.
Um homem de 55 anos de idade, portador de infecção pelo HIV, 
diabético do tipo II, hipertenso, em terapia antiretroviral, 
estável há 6 anos, com contagem de linfócitos CD4 de 980 
3 3células/mm (valor de referência < 1 000 células/mm ) e carga 
viral indetectável (< 25 cópias/mL), apresentou quadro de 
perda súbita e transitória da consciência, com queda da própria 
altura e recuperação espontânea. Na semana seguinte ao 
episódio, procurou o médico clínico que o acompanha; a 
hipertensão arterial e o diabetes mellitus mantinham-se 
controlados. O paciente relatou que, desde o episódio 
mencionado, sente “palpitações” e “pulso acelerado”. O 
médico observou no exame cardiovascular: frequência 
cardíaca = 105 bpm; pressão arterial = 140 x 90 mmHg, ritmo 
cardíaco irregular, achados que não haviam sido até então 
documentados em 10 anos de seguimento ambulatorial do 
paciente. O eletrocardiograma realizado naquela ocasião 
mostra ausência de ondas P e intervalos RR muito irregulares.
A conduta imediata mais adequada é
A monitorizar o paciente por 48 horas, para observar a 
possibilidade de reversão espontânea da arritmia.
B encaminhar o paciente para a emergência cardiológica, 
para ser submetido à cardioversão elétrica.
C solicitar ecocardiograma transesofágico, para avaliar a 
presença de trombos em átrio esquerdo.
D iniciar heparinização plena e warfarina, para minimizar o 
risco existente de doença tromboembólica.
E administrar antiarrítmicos intravenosos, para induzir 
reversão farmacológica da arritmia.
QUESTÃO 22
Uma criança de 3 anos de idade foi atendida em Unidade de 
Pronto Atendimento com febre de 39°C, irritabilidade, vômitos, 
sonolência e extremidades frias. Mesmo sem sinais de irritação 
meníngea ou sepse, existe a suspeita de meningite. Para 
confirmá-la, o médico realizou punção lombar e solicitou a 
análise do líquido céfalo-raquidiano (LCR).
Que achado do LCR é indicativo de meningite viral?
A Aspecto turvo.
B Glicose baixa.
C Proteína alta.
D Número baixo de células.
E Número elevado de linfócitos.
QUESTÃO 23
O médico de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) recebe várias 
crianças de uma mesma escola da região, todas com idade entre 9 
e 10 anos. A queixa é semelhante: houve surgimento, há cerca de 
10 dias, de lesões vesico-papulosas associadas a prurido intenso, 
principalmente no horário noturno, em região interdigital, 
punhos, nádegas, axila e periumbilical. Observa-se, também, a 
presença de pústulas friáveis e crostas facilmente removíveis 
sobre algumas das áreas pruriginosas.
Além das medidas gerais de controle, qual o tratamento indicado?
A Nistatina e amoxicilina.
B Permetrina e cefalexina.
C Ivermectina e cloranfenicol.
D Aciclovir e penicilina benzatina.
E Hexaclorobenzeno e ácido nalidíxico.
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QUESTÃO 24 QUESTÃO 27
Uma paciente de 17 anos de idade, que teve menarca aos 11 
anos, vem à Unidade Básica de Saúde (UBS), acompanhada da 
mãe, referindo amenorréia há 1 ano. A adolescente relata ainda 
perda de peso de 15 kg no último ano devido a dietas feitas por 
conta própria, pois deseja ser modelo. Nega comorbidades, uso 
de medicações e início de atividade sexual. Ao exame, 
apresenta altura de 1,75 m e peso de 50 kg.
Nesse caso, qual o diagnóstico mais provável?
A Amenorréia hipotalâmica.
B Falência ovariana prematura.
C Amenorréia de causa hipofisária.
D Síndrome dos ovários policísticos.
E Sinéquias uterinas decorrentes de endometrite.
QUESTÃO 25
Um mulher de 55 anos de idade procura o médico da Unidade 
Básica de Saúde (UBS) para realizar uma consulta. A paciente 
está assintomática. Durante o exame físico, o médico identificou 
nódulo palpável no lobo esquerdo da tireóide. Solicitou 
ultrassonografia, que mostrou nódulo bem circunscrito de 1,8 
cm em seu maior diâmetro, localizado no pólo superior 
esquerdo da tireóide e ausência de linfonodomegalia. Indicou, 
então, punção aspirativa com agulha fina. O exame 
histopatológico revelou alterações celulares sugestivas de 
carcinoma papilífero de tireoide. A paciente foi submetida a 
tireoidectomia e o exame anátomo-patológico confirmou o 
diagnóstico de carcinoma papilífero de tireoide, de 1,8 cm, sem 
invasão capsular, bem diferenciado, sem extensão local ou 
intratireoideana.
Além da reposição hormonal, a conduta nessa paciente implica a
A aplicação de radioterapia.
B aplicação de quimioterapia.
C aplicação de Iodo 131.
D associação de radioterapia e quimioterapia.
E associação de Iodo 131 e quimioterapia.
QUESTÃO 26
Na Unidade Básica de Saúde (UBS), após o diagnóstico de 
tuberculose (BAAR+++), a mãe de uma criança com sete anos de 
idade, iniciou o tratamento. A criança não apresenta 
sintomatologia e foi vacinada com BCG ao nascer.
Qual a conduta mais adequada a ser seguida em relação à 
criança?
A Solicitar baciloscopia de escarro e, se o exame for negativo, 
recomendar reavaliação em seis meses.
B Solicitar baciloscopia de escarro, exame radiológico do tórax 
e prova tuberculínica e, se todos forem negativos ou normais, dar 
alta para a criança.
C Solicitar prova tuberculínica e, se superior a 10 mm, iniciar o 
tratamento completo com os medicamentos da primeira e 
segunda fases, conforme norma vigente no país.
D Solicitar prova tuberculínica e, se superior a 5 mm, sem 
achados radiológicos, indicar tratamento da infecção latente.
E Iniciar tratamento profilático com hidrazida até 3 meses após 
a negativação do escarro da mãe.
Uma adolescente de 12 anos de idade é levada pela mãe ao 
Ambulatório de Pediatria, apresentando quadro de dor nas 
articulações há cerca de 1 semana. Inicialmente, as dores se 
concentravam no joelho esquerdo, passando, em seguida, para 
o direito, cotovelos e punhos. Relata ter apresentado quadro de 
amigdalite bacteriana há cerca de três semanas, porém sem 
uso de antibióticos para tratamento. Ao exame, apresentava-se 
em regular estado geral, com facies de dor, hipocorada 1+/4+, 
hidratada, anictérica e acianótica. O exame do aparelho 
cardiovascular evidenciou sopro sistólico 4+/6+ em bordo 
esternal esquerdo, com irradiação para todo o precórdio. 
Ausculta pulmonar sem anormalidades. Abdome indolor à 
palpação e sem visceromegalias. O exame articular evidencia 
dor, calor, rubor e limitação do arco de movimento em punhos e 
joelhos, principalmente à direita.
Considerando o diagnóstico mais provável, a patologia cardíaca 
mais frequentemente associada e a medicação de escolha para 
o tratamento do processo inflamatório cardíaco são, 
respectivamente,
A atresia aórtica e AAS.
B estenose pulmonar e nimesulida.
C regurgitação mitral e prednisona.
D forame oval patente e ibuprofeno.
E insuficiência tricúspide e naproxeno.
QUESTÃO 28
Um homem de 65 anos de idade, com diabetes e hipertensão 
arterial não controladas, é trazido à Emergência de um hospital 
terciário com hemiplegia direita e afasia iniciadas há 2 horas. Ao 
exame, encontra-se sonolento, acorda ao estímulo verbal, 
obedece aos comandos. Apresenta afasia de expressão, pupilas 
isocóricas e fotorreagentes, hemiplegia do dimídio direito. 
Pressão arterial = 190 x 120 mmHg, frequência cardíaca = 100 
bpm, saturação de oxigênio de 96% em ar ambiente, auscultas 
cardíaca e pulmonar normais. A tomografia computadorizada 
de crânio sem contraste, realizada na Emergência, foi normal.
Qual a melhor conduta a ser realizada na sequência do 
atendimento?
A Indicação de trombólise intravenosa, por estar na janela 
terapêutica.
B Prescrição de ácido acetilssalicílico, por via oral, como 
antiagregante plaquetário.
C Prescrição de heparina de baixo peso molecular para 
anticoagulação.
D Prescrição de dexametasona para prevenir edema 
cerebral.
E Administração de nitroprussiato de sódio, por via 
endovenosa.
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QUESTÃO 29 QUESTÃO 31
Um homem de 78 anos de idade procurou a Unidade Básica de 
Saúde (UBS) por ter acordado com febre e mal-estar. A médica 
que o atendeu indagou se ele estava gripado e ele informou que 
não. O paciente ressaltou ainda que tinha recebido a vacina 
contra a gripe no dia anterior. Ao exame físico foi observado que 
o paciente estava com bom estado geral, eupneico, acianótico, 
anictérico, hidratado, com FR = 18 irpm, FC = 98 bpm, PA = 130 x 
090 mmHg, temperatura axilar = 39 C, sem ruídos respiratórios 
adventícios e sem linfonodos palpáveis.
Qual é a conduta mais adequada nesse momento?
A Prescrever dipirona injetável e orientar repouso e 
hidratação em domicílio.
B Solicitar hemograma completo e Raio-X de tórax, por se 
tratar de idoso.
C Internar em unidade hospitalar para elucidação diagnóstica 
e tratamento.
D Prescrever paracetamol, orientar repouso e hidratação 
em domicílio e fazer a notificação compulsória.
E Encaminhar o paciente para o ambulatório de Geriatria e 
fazer a notificação compulsória.
QUESTÃO 30
Um médico encontra-se de plantão no Pronto-Socorro de um 
hospital terciário, quando é trazido, para sua avaliação, um 
homem de 27 anos de idade, casado, que sofreu queda de moto 
há 20 minutos. Foi admitido em franca insuficiência 
respiratória, apresentando-se, ao exame físico, consciente, 
lúcido, sudoreico, dispneico 4+/4+, cianose perioral e 
periférica, pupilas isocóricas, PA = 90 x 50 mmHg, FC = 122 bpm. 
As vias aéreas se encontravam pérvias, as veias cervicais eram 
túrgidas e, à ausculta, o médico constatou que o murmúrio 
vesicular estava abolido à direita, com movimento paradoxal, 
dor e hipertimpanismo à percussão no mesmo hemitórax. As 
bulhas cardíacas eram normofonéticas.
A conduta mais adequada para esse paciente é
A drenagem pericárdica por punção.
B drenagem torácica em selo d'água.
C drenagem pericárdica por janela pericárdica.
D drenagem torácica com válvula de Heimlich.
E toracocentese de alívio.
Um pré-escolar de 3 anos de idade foi levado ao pediatra de um 
pequeno Centro de Saúde regional para avaliação de palidez 
cutâneo-mucosa. A mãe relatou que a criança sempre gozou de 
boa saúde. Entretanto, há cerca de 2 meses, tem se 
apresentado prostrada. Além disso, tem se mostrado cada vez 
mais pálida e, no último mês, surgiram pequenas manchas 
vermelhas na pele. Ao exame: a criança se apresentava 
hipoativa, hipocorada 2+/4+, hidratada, anictérica e acianótica. 
Foi detectada poliadenomegalia cervical e inguinal. As 
auscultas respiratória e cardíaca estavam normais. O abdome 
estava distendido,flácido, indolor, com fígado palpável a 5 cm 
do rebordo costal direito e o baço palpável a 3 cm do rebordo 
costal esquerdo. Foi detectado rash petequial disseminado. O 
hemograma evidencia hematócrito de 22% (valor de referência 
= 36 ± 4%), hemoglobina de 7 g/dL (valor de referência = 11,8 ± 
1,2 g/dL), volume corpuscular médio de 85 fL (valor de 
referência = 80 fL), concentração de hemoglobina corpuscular 
média de 32 g/dL (valor de referência = 32 g/dL), 75 000 
3leucócitos/mm (valor de referência = 4 000 a 14 000 
3leucócitos/mm ) com atipia linfocitária acima de 30%, e 
3plaquetometria de 15 000 plaquetas/mm (valor de referência 
3= 140 000 a 400 000 plaquetas/mm ).
Tendo em vista o provável diagnóstico, qual dos fatores 
descritos neste caso está associado a um bom prognóstico para 
este paciente?
3A Leucometria > 50 000 leucócitos/mm .
3B Plaquetometria < 150 000/mm .
C Evolução de doença < 6 meses.
D Atipia linfocitária > 30%.
E Idade do paciente > 1 ano.
QUESTÃO 32
Um homem de 22 anos de idade desenvolveu escoriações de 
pele que se infectaram, melhorando com o uso de pomada de 
antibiótico (sic). Cerca de uma semana após o aparecimento 
das lesões de pele, passou a apresentar cefaleia, edema 
periorbitário matinal e urina escura, "cor de coca-cola" (sic). O 
volume urinário diminuiu para menos de 1 000 mL/dia. Em 
consulta médica, foi verificada pressão arterial = 150 x 110 
mmHg, bem como edema de membros inferiores (++/4).
O achado no exame do sedimento urinário característico do 
processo que acomete o paciente é a presença de
A pigmentos hemáticos.
B cilindros hemáticos.
C proteinúria (++++/4+).
D células epiteliais com lesões de bordos.
E hemácias bem conservadas em número superior a 
10/campo.
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QUESTÃO 33 QUESTÃO 35
 
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Uma mulher no 10.° dia pós-parto vaginal sem episiotomia, 
comparece à Unidade de Emergência referindo febre de até 
38,5°C, dor abdominal e sangramento vaginal aumentado, de 
odor fétido. Ao exame, apresentou pressão arterial = 100 x 60 
mmHg, temperatura axilar = 38°C, frequência cardíaca = 105 
bpm, dor à palpação do abdome em hipogástrio, sem sinais de 
irritação peritoneal, e útero palpável ao nível da cicatriz 
umbilical. Ao exame especular, foram observados sangue 
coletado em fundo vaginal e pequena quantidade de 
membranas em orifício cervical externo. Ao toque vaginal, a 
paciente apresentou colo pérvio e dor à mobilização do colo 
uterino.
Qual a conduta mais adequada para o caso?
A Antibioticoterapia por via oral (ampicilina e sulbactam) e 
uterotônico.
B Antibioticoterapia endovenosa (gentamicina e clindamicina) 
e laparotomia.
C Antibioticoterapia endovenosa (gentamicina e clindamicina) 
e histerectomia.
D Antibioticoterapia por via oral (ampicilina e sulbactam), em 
regime ambulatorial.
E Antibioticoterapia endovenosa (gentamicina e clindamicina) 
e curetagem uterina.
QUESTÃO 34
Uma mulher de 35 anos de idade, multípara, com 60 dias pós-
parto normal sem epsiotomia, foi admitida numa Emergência 
Obstétrica com queixa de sangramento vaginal persistente e 
intermitente desde o parto, com episódios de hemorragia 
intensa acompanhados de falta de ar. A paciente informa que 
seu bebê nasceu muito malformado e morreu após 48h de 
nascido. Ao exame físico, apresenta PA = 110 x 70 mmHg, 
descorada ++/4+ e abdome com tumoração pélvica em andar 
inferior. O exame especular demonstrou vagina com trofismo 
diminuído, colo aparentemente entreaberto, com 
sangramento moderado pelo orifício externo. Revelou ainda, 
presença de tumoração vinhosa de 3 cm de diâmetro em fundo 
de saco lateral esquerdo. Ao toque vaginal, a paciente 
apresentou colo entreaberto e útero aumentado de volume. A 
ausculta pulmonar mostrou redução do murmúrio em base 
esquerda, e uma radiografia do tórax indicou a presença de 
múltiplas imagens nodulares em pulmão direito. 
A hipótese diagnóstica mais provável para esse caso é
A mioma parido.
B inversão uterina.
C coriocarcinoma.
D laceração de canal de parto.
E carcinoma de células claras de vagina.
Um homem de 46 anos de idade comparece à Unidade Básica 
de Saúde (UBS) queixando-se de episódio de vômito em grande 
quantidade, com sangue vivo, há um dia, após libação alcoólica. 
Nega episódio similar anterior, mas já foi internado para "tratar 
doença no fígado" (sic). Hoje apresentou fezes diarreicas em 
grande volume, fétidas e enegrecidas. Sente-se fraco e a "vista 
escurece" sempre que se levanta. Ainda não urinou hoje. Ao 
exame físico: regular estado geral, emagrecido, palidez 
cutâneo-mucosa (++/4+), desidratado (+++/4+), anictérico, 
descamação superficial da pele em extremidades, PA = 90 x 60 
mmHg, pulso = 110 bpm, abdome globoso, presença de ascite, 
aranhas vasculares e circulação colateral periumbilical. O 
paciente foi transferido para uma Unidade de Emergência, 
onde se firmou o seu diagnóstico e foram tomadas as medidas 
emergenciais adequadas ao caso.
Qual o diagnóstico mais provável e que medidas emergenciais 
devem ter sido adotadas?
A Trata-se da síndrome de Mallory Weiss. As medidas 
emergenciais incluem lavagem gástrica com solução salina 
gelada, reposição volêmica e inibidores de bomba de prótons.
B Trata-se da síndrome de Mallory Weiss. As medidas 
emergenciais incluem reposição volêmica e endoscopia para 
cauterização dos pontos de sangramento.
C Trata-se da síndrome de Mallory Weiss. As medidas 
emergenciais incluem lavagem gástrica com solução salina 
gelada, cauterização dos pontos de sangramento e inibidores 
de bomba de prótons.
D Trata-se de rotura de varizes esofágicas. As medidas 
emergenciais incluem reposição volêmica e endoscopia para 
ligadura endoscópica das varizes esofágicas.
E Trata-se de rotura de varizes esofágicas. As medidas 
emergenciais incluem reposição volêmica e passagem de balão 
de Sengstaken-Blakemore.
QUESTÃO 36
A dengue é considerada a mais importante arbovirose que 
acomete o homem e, desde 1986, vem se destacando como 
agravo à saúde prevalente no país, com registro considerável da 
forma hemorrágica e de óbitos. 
Na vigência de episódios epidêmicos de dengue, qual a medida 
adequada de vigilância epidemiológica?
A Aplicar inseticida como aerodispersoide.
B Divulgar precocemente o índice de infestação dos 
domicílios pelo Aedes aegypti.
C Observar rigorosamente a responsabilidade médica 
envolvida no tratamento diferenciado imediato.
D Adotar protocolos para tratamento da doença, construídos 
cuidadosamente ao longo do episodio epidêmico.
E Capacitar seletivamente os profissionais de saúde a serem 
mobilizados na atenção aos suspeitos de dengue.
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QUESTÃO 37 QUESTÃO 39
Um adolescente com 12 anos de idade é admitido na 
Emergência com quadro de asma brônquica. A mãe refere que 
seu filho apresenta quadro de asma desde os 4 anos de idade e 
que, diariamente, costuma ter sintomas respiratórios e, 
semanalmente, despertar noturno. Refere necessidade de 
ministrar beta -2- agonista quase diariamente e que a criança 
tem limitações das atividades físicas por haver exacerbação do 
quadro asmático. Ao exame físico, a criança está consciente, 
orientada, com desconforto respiratório moderado, saturação 
de oxigênio (94%), perfusão capilar periférica de 2 segundos. A 
frequência cardíaca é de 110 bpm. Pressão arterial = 100 x 70 
mmHg, pulsos periféricos e centrais simetricamente palpáveis.
De acordo com o IV Consenso Brasileiro parao Manejo da 
Asma, o quadro relatado classifica-se como
A asma brônquica intermitente.
B asma brônquica persistente leve.
C asma brônquica persistente grave.
D asma brônquica intermitente moderada.
E asma brônquica persistente moderada.
QUESTÃO 38
Acerca de distúrbios hipertensivos na gestação, é correto 
afirmar que uma paciente gestante com
A hipertensão acima de 140 x 90 mmHg, sem edema e sem 
proteinúria, apresenta característica de pré-eclâmpsia grave.
B hipertesão leve ou moderada, sem edema e sem 
proteinúria, apresenta característica de hipertensão 
transitória.
C hipertensão, edema e proteinúria antes das 20 semanas 
de gestação, apresenta características de doença 
hipertensiva específica da gestação.
D hipertensão antes das 20 semanas de gestação com 
proteinúria de 24 horas com mais de 300 mg/L, apresenta 
característica de hipertensão crônica.
E acréscimo na pressão diastólica de 15 mmHg e na sistólica 
de 30 mmHg, com edema, apresenta características de doença 
hipertensiva específica da gestação.
Mulher de 48 anos de idade, obesa, procura ambulatório de 
Clínica Médica, acompanhada da irmã, com queixas de sentir-
se cansada, sem ânimo e interesse para suas atividades 
corriqueiras e sociais, apresentando constante vontade de 
dormir, sem conseguir concentrar-se nas suas atividades. Seu 
peso aumentou de 75 para 82 kg em um mês. A irmã relata que 
a paciente "está fazendo as coisas de maneira lenta", passa os 
dias em um quarto escuro e verbalizou vontade de morrer. 
2 2Exame físico: IMC = 31 kg/m (valor de referência < 25 Kg/m ), 
sem outras alterações. A paciente tem histórico de arritmia 
cardíaca. Avaliação recente de função tiroideana revelou 
resultados normais para TSH, T3 e T4.
No caso descrito acima, qual a conduta terapêutica mais 
adequada?
A Indicação de psicoterapia de apoio e de antidepressivo 
tricíclico.
B Indicação de psicoterapia cognitivo-comportamental e 
inibidor da mono-amino-oxidase.
C Prescrição de antidepressivo inibidor seletivo da 
recaptação de dopamina.
D Indicação de psicoterapia e antidepressivo inibidor 
seletivo da recaptação de serotonina.
E Prescrição de associação de antidepressivo inibidor de 
serotonina e antipsicótico.
QUESTÃO 40
Uma mulher com 31 anos de idade procurou atendimento de 
urgência relatando um quadro de dor abdominal de início 
abrupto, difusa, contínua, intensa, com duração de cerca de 
seis horas, acompanhada de vômitos. Referiu também que tem 
utilizado diclofenaco de sódio, 50 mg de 8/8 horas, há 
aproximadamente um mês, para tratamento de lombalgia. Ao 
exame físico: frequência cardíaca = 120 bpm, pressão arterial = 
90 x 60 mmHg, temperatura axilar = 38,2°C. Ao exame do 
abdome, verifica-se a presença de aumento da tensão da 
parede abdominal, com dor intensa e difusa à percussão e à 
palpação superficial, dificultando a palpação profunda. Ruídos 
hidroaéreos diminuídos.
O exame complementar mais indicado para a investigação 
diagnóstica inicial da paciente é a
A tomografia computadorizada do abdome.
B radiografia de tórax e de abdome em ortostase.
C ultrassonografia abdominal total.
D endoscopia digestiva alta.
E ressonância magnética do abdome.
10 125
QUESTÃO 41 QUESTÃO 43
 
REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Na pesquisa realizada para avaliação da implantação da 
Estratégia da Saúde da Família no Brasil, publicada pelo 
Ministério da Saúde em 2006, a tendência geral observada foi a 
melhoria dos indicadores de saúde nos municípios de IDH baixo 
(< 0,7).
Esses dados mostram o cumprimento de qual dos princípios do 
SUS listados abaixo? 
A Equidade.
B Integralidade.
C Hierarquização.
D Resolubilidade.
E Descentralização.
QUESTÃO 42
Uma mãe comparece à primeira consulta de Pediatria após 15 
dias do nascimento de seu primeiro filho. A gestação correu 
sem intercorrências e o parto foi vaginal, a termo. O bebê 
nasceu com 3 500 g, Apgar de 9 e 10, tendo recebido alta com a 
mãe em 2 dias. No momento, a mãe mostra-se muito ansiosa e 
insegura quanto à amamentação e tem apresentado 
dificuldades para amamentar seu filho. Relata que as mamas 
estão repletas de leite, dolorosas e têm fissuras e sangramento 
frequentes. Além disso, o bebê chora muito e fica irritado pela 
dificuldade em mamar. O pediatra observa que a criança está 
em excelente estado geral e já superou o peso de nascimento.
Tendo em vista as vantagens do aleitamento materno, a mãe 
deve ser estimulada a mantê-lo, a despeito dessas dificuldades 
iniciais, com a recomendação de
A lavar as mamas a cada mamada, para evitar infecções, e 
fazer aplicação tópica de creme de corticosteroide.
B limitar o tempo de mamada a 20 minutos e, caso a criança 
chore, oferecer complemento com fórmula infantil.
C oferecer complemento com fórmula infantil a cada 3 horas, 
para compensar a dificuldade nas mamadas, e usar protetor de 
seio materno.
D expor a mama ao sol de 10 a 15 minutos, duas vezes ao dia, 
visando evitar as rachaduras e, consequente, sangramento no 
bico do seio.
E estabelecer horários fixos de mamadas a cada 3 horas, de 
modo a disciplinar a criança, evitando que ela mesma tenha 
horários aleatórios para alimentação.
Uma mulher de 72 anos de idade foi encaminhada para o 
ambulatório com queixa de astenia e perda ponderal de quatro 
quilos em dois meses. Não refere febre ou tosse. Informa 
alimentação regular e caloricamente adequada, porém pobre 
em frutas e legumes. Nega dores. Tem vida sedentária. Relata 
ritmo intestinal de, em média, 1 dejeção a cada 3 a 4 dias, 
necessitando eventualmente de uso de laxantes. Nega 
tabagismo ou etilismo. Nega hipertensão ou diabetes; não tem 
antecedentes cirúrgicos. Ao exame físico, apresenta índice de 
2 2massa corpórea = 18 kg/m (valor de referência < 25 kg/m ); 
pressão arterial = 140 x 86 mmHg; mucosas hipocoradas; 
ausência de linfadenomegalias; tireoide de tamanho e 
consistência normais. Aparelho respiratório e cardiovascular 
sem alterações. Abdome flácido, sem visceromegalias, ruídos 
hidroaéreos presentes. Hemograma realizado no mês atual 
revela Hb = 10g/dL (valor de referência: 13,8 ± 2,5 g/dL), Ht = 
30% (valor de referência: 42 ± 6%), volume corpuscular médio = 
71fL (valor de referência: 80 a 96fL).
Na investigação diagnóstica complementar do caso, o exame 
mais indicado, considerando a relação custo-benefício, é
A colonoscopia.
B enema com bário.
C retossigmoidoscopia.
D pesquisa de sangue oculto nas fezes.
E tomografia computadorizada de abdome.
QUESTÃO 44
Uma mulher de 21 anos, nuligesta, casada, em uso de método 
contraceptivo oral, procurou atendimento ginecológico com 
queixa de corrimento vaginal branco-acinzentado, de pequena 
intensidade e odor fétido, que se iniciou há 5 dias. A paciente 
relata ter feito uso de fluconazol oral sem melhora.
Nesse caso, qual o principal agente etiológico e a conduta 
terapêutica a ser adotada?
A Chlamydia; tratamento com tinidazol.
B Candidíase; tratamento com cetoconazol.
C Gonococo; tratamento com metronidazol.
D Trichomoníase; tratamento com ampicilina.
E Gardenerella; tratamento com secnidazol.
QUESTÃO 45
Uma mulher de 57 anos de idade, portadora de litíase biliar 
diagnosticada há 12 anos por ultrassonografia abdominal, tem 
antecedentes de três episódios sugestivos de colecistite aguda 
tratados clinicamente. Não tem outras comorbidades. 
Submetida à ultrassonografia abdominal há cerca de duas 
semanas, em decorrência de novo quadro de dor abdominal 
em cólica, o exame mostrou, além de vários cálculos pequenos 
no interior da vesícula, placas opacificando os contornos da 
parede, sugerindo "vesícula em porcelana".Qual a conduta mais indicada nesse caso?
A Litotripsia extracorpórea.
B Tratamento cirúrgico.
C Emprego do ácido ursodesoxicólico.
D Colangioressonância.
E Mudanças de dieta e analgésicos sob demanda.
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REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 46 QUESTÃO 49
Homem de 48 anos de idade, agricultor, procedente de zona 
rural, vem à consulta no ambulatório com queixa de ferida na 
perna surgida há cinco semanas. Nega traumatismo no local e 
relata já ter feito curativos com pomadas de vários tipos nesse 
período, sem sucesso. Ao exame físico, encontra-se em bom 
estado geral, corado e hidratado. Presença de lesão ulcerada e 
única em membro inferior direito, medindo aproximadamente 
dois centímetros no maior diâmetro, com bordas elevadas e 
hiperemiadas, fundo granuloso, úmido e com fibrina, 
levemente dolorosa ao toque.
Com base no quadro acima, qual a principal suspeita 
diagnóstica e a conduta para o caso?
A Úlcera cutânea traumática; prescrever curativo diário em 
Unidade Básica de Saúde.
B Úlcera varicosa; encaminhar a um especialista cirurgião 
vascular para tratamento médico.
C Infecção por bactéria resistente; colher cultura e 
antibiograma para antibioticoterapia dirigida.
D Leishmaniose cutânea; realizar pesquisa de parasita 
através de raspado/curetagem ou de biópsia da lesão.
E Hanseníase em sua forma virchowiana; investigar 
presença de bacilos álcool-ácido-resistentes por pesquisa 
direta ou biópsia da lesão.
QUESTÃO 47
Na diferenciação entre as hepatites virais deve-se considerar 
que
A todas as hepatites virais podem evoluir para a cronicidade.
B a persistência do vírus da hepatite C por mais de seis meses 
define a cronicidade.
C a frequência de sintomatologia na hepatite pelo vírus A é 
semelhante entre os grupos etários.
D os índices de endemicidade da hepatite pelo vírus B, no 
Brasil, são mais elevados nos grandes centros urbanos.
E os vírus A, D e E, do tipo RNA, têm transmissão entérica e as 
infecções ocorrem nas formas esporádica e epidêmica.
QUESTÃO 48
Um médico é contratado para trabalhar em uma unidade de 
saúde pertencente à Estratégia de Saúde da Família. Uma vez por 
semana, a equipe se reúne para planejamento e avaliação das 
ações. O coordenador explica ao médico o funcionamento da 
unidade de saúde e apresenta os demais membros da equipe. A 
equipe é composta pelo médico, o enfermeiro, o técnico de 
enfermagem, o odontólogo, o técnico de higiene dental e seis 
agentes comunitários de saúde. 
Na equipe de saúde, caberá ao médico
A participar do gerenciamento dos insumos necessários para 
o adequado funcionamento da unidade.
B mapear a situação vacinal das crianças menores de 5 anos 
de idade.
C realizar a prescrição hospitalar dos pacientes de sua área de 
abrangência.
D dispensar medicação controlada para os pacientes de sua 
área de abrangência.
E realizar o acolhimento das gestantes encaminhadas ao 
ambulatório de pré-natal.
O pediatra da Emergência de um Hospital Infantil recebeu uma 
criança com 2 anos de idade que tinha sido atropelada havia 60 
minutos. Ao exame físico, a criança encontrava-se sonolenta e 
respondendo mal às solicitações. Apresentava-se pálida, 
desidratada e com sudorese fria. Pupilas isocóricas e 
fotorreativas. Mímica facial preservada. Fundo de olho sem 
sinais de hemorragia ou edema de papila. Pressão arterial = 40 
x 20 mmHg; frequência cardíaca = 160 bpm. Ausculta cardíaca 
sem sopros e ausculta pulmonar normal. Ao exame do abdome, 
observa-se distensão importante e diminuição dos ruídos 
hidroaéreos. A criança reage à palpação superficial difusa do 
abdome e não se palpam visceromegalias. A criança mobiliza os 
quatro membros e apresenta reflexos profundos 2+/4+, 
globalmente. Apresenta também reflexo cutâneo-plantar em 
flexão bilateralmente. Após a infusão de cristaloides e de 
concentrado de hemácias, já com três horas de evolução, a 
criança apresentava frequência cardíaca = 120 bpm, frequência 
respiratória = 40 irpm e pressão arterial = 80 X 40 mmHg. O 
abdome continuava distendido e difusamente doloroso à 
palpação, com hiperemia periumbilical e irritação peritoneal. 
Os exames laboratoriais colhidos na terceira hora de evolução 
mostravam: hemoglobina = 9 g/dL (valor de referência: 10,6 a 
13,0 g/dL); hematócrito = 27% (valor de referência: 32 a 40%); 
3leucócitos = 20 000/mm (valor de referência: 5 000 a 15 
3 3000/mm ); plaquetas = 150 000/mm (valor de referência: 140 
3000 a 400 000/mm ); nível de bilirrubinas e transaminases 
hepáticas normais; hiperamilasemia e hiperlipasemia.
Com base no quadro clínico e no resultado dos exames 
laboratoriais, a suspeita diagnóstica é de lesão
A hepática e de lojas renais.
B de bexiga e retroperitôneo.
C hepática e de vias biliares.
D de ureteres e vias biliares.
E pancreática e pneumoperitôneo.
QUESTÃO 50
Um homem de 70 anos de idade, tabagista há mais de trinta 
anos, com doença pulmonar obstrutiva crônica, chega ao 
Pronto Atendimento com queixa de "dor na virilha" e "caroço 
duro" no local, que surgiram após acesso de tosse importante, 
há cerca de 10 horas. O paciente informa que a intensidade da 
dor está aumentando. Ao exame físico: paciente hidratado, 
normocorado, frequência cardíaca = 92 bpm, pressão arterial = 
140 x 80 mmHg. O paciente apresenta tumoração endurecida 
na fossa ilíaca direita, dolorosa e irredutível; ruídos hidroaéreos 
presentes na ausculta abdominal.
Qual a conduta mais indicada para o caso?
A Solicitar ultrassonografia para esclarecimento diagnóstico.
B Encaminhar para tratamento cirúrgico de urgência.
C Manter paciente em observação, com prescrição de 
hidratação e analgesia parenterais.
D Prover analgesia com opioides por via endovenosa e, em 
seguida, realizar nova tentativa de redução da massa.
E Solicitar tomografia abdominal de urgência para 
esclarecimento diagnóstico.
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QUESTÃO 51 QUESTÃO 54
 
REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Uma equipe de Saúde da Família está em visita domiciliar e 
avalia uma criança de oito meses. O menino está corado, com 
peso e estatura adequados para a idade, fixa e acompanha 
objetos em seu campo visual, balbucia e, colocado de bruços, 
levanta a cabeça momentaneamente. Ainda não passa da 
posição lateral para a linha média, nem rola da posição supina 
para a prona. Levantado pelos braços, permanece passivo e não 
ajuda com o corpo. A mãe expressa preocupação porque o 
irmão mais velho, com a mesma idade, já sentava sem apoio. 
A conduta correta no caso é
A antecipar a consulta seguinte.
B referir a criança para serviço de maior complexidade.
C agendar visitas mais frequentes pelo Agente Comunitário 
de Saúde.
D orientar a família a estimular a criança e a não deixá-la 
sempre em posição supina quando desperta.
E tranquilizar a família e orientar para as diferenças normais 
de crescimento e desenvolvimento entre crianças, dentro da 
faixa de normalidade.
Um lactente de um ano de idade apresenta inapetência, apatia, 
palidez cutâneo-mucosa acentuada, lesões cutâneas 
hipocrômicas e hipercrômicas com descamação em membros, 
facies de lua cheia, hepatomegalia, edema em membros e 
despigmentação de cabelos. A temperatura axilar é de 35,7°C. 
Foi identificado pelo agente comunitário de saúde em seu 
domicílio, onde mora com a mãe e mais cinco irmãos, e 
encaminhado para avaliação na Unidade Básica de Saúde 
(UBS). Peso = 7 kg e comprimento = 65 cm.
Com essas informações, o diagnóstico nutricional e a conduta 
médica mais adequados são, respectivamente,
A desnutrição proteica grave e encaminhamento para 
internaçãohospitalar.
B desnutrição proteico-calórica grave e encaminhamento 
para internação hospitalar.
C desnutrição proteica grave e monitoramento de peso na 
Unidade Básica de Saúde.
D desnutrição proteico-calórica moderada e encaminhamento 
para internação hospitalar.
E desnutrição calórica moderada e monitoramento do peso 
na Unidade Básica de Saúde.
QUESTÃO 52
Uma mulher de 47 anos de idade encontra-se em tratamento 
de longa data para transtorno do humor. Comparece ao 
ambulatório com queixa de astenia, sonolência, alteração na 
fala, intolerância ao frio, constipação intestinal e déficit de 
memória. Ao exame, nota-se frequência cardíaca = 55 bpm, 
pele seca e descamativa, reflexos tendinosos diminuídos 
bilateralmente.
O quadro clínico apresentado está relacionado a efeito adverso 
do tratamento com
A lítio.
B fluoxetina.
C paroxetina.
D amitriptilina.
E inibidores da mono-amino-oxidase.
QUESTÃO 53
Uma mulher de 40 anos, multípara, com menstruações 
regulares, comparece a uma consulta para realizar exame de 
prevenção do câncer de colo uterino. No exame especular, o 
médico observou um colo cilíndrico, sem corrimento vaginal. 
Ele colheu material para a colpocitologia oncótica, e o resultado 
do exame mostrou lesão intraepitelial de alto grau. 
Qual a conduta mais adequada nesse caso?
A Solicitar à paciente que faça nova colpocitologia e 
ultrassonografia pélvica.
B Encaminhar a paciente para colposcopia e solicitar 
realização de biópsia.
C Realizar o teste do iodo no colo uterino para confirmar o 
diagnóstico da paciente.
D Solicitar à paciente que faça nova colpocitologia e 
ressonância nuclear magnética.
E Repetir imediatamente a colpocitologia e encaminhar a 
paciente para colposcopia se o exame continuar alterado.
QUESTÃO 55
Paciente do sexo feminino, 23 anos de idade, em tratamento 
clínico para transtorno depressivo, deu entrada na Emergência 
devido à tentativa de suicídio com fogo, após banhar-se com 
álcool. Queixa-se de "sensação de sufocamento" e dor nas 
áreas queimadas. Ao exame, apresenta-se extremamente 
ansiosa, pouco cooperativa, gemente, com queimaduras de 
segundo e terceiro graus na face, tronco (anterior e posterior) e 
membro superior esquerdo, incluindo palma da mão. 
Taquipneica – 36 irpm, taquicárdica – 130 bpm, PA = 100 x 60 
mmHg. Observa-se também queimaduras de cílios e vibrissas 
nasais. Na ausculta pulmonar, ouve-se discreta sibilância. 
Demais aspectos do exame físico não acrescentam outros 
agravantes ao caso.
A medida mais urgente a ser adotada com essa paciente é 
A a hidratação associada à prescrição de antibioticoterapia 
profilática.
B a instalação de acesso venoso central.
C o resfriamento da paciente com água corrente e lençóis 
molhados.
D a intubação orotraqueal para garantir permeabilidade das 
vias aéreas.
E a monitorização de pressão arterial pulmonar para orientar 
reposição volêmica.
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REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 56 QUESTÃO 58
Uma mulher de 29 anos iniciou tratamento para tuberculose 
pulmonar cavitária há duas semanas, com o esquema 
Rifampicina + Hidrazida + Pirazinamida + Etambutol. Durante a 
consulta para avaliação dos exames solicitados, o médico 
observa que o teste confirmatório para detecção do HIV é 
positivo.
Nesse contexto, além do aconselhamento da paciente e 
testagem de parceiros, a conduta mais adequada para a 
paciente é
A manutenção do tratamento para tuberculose e 
encaminhamento para serviço de referência, mantendo o 
acompanhamento à paciente.
B suspensão do tratamento para tuberculose e 
encaminhamento para serviço de referência, mantendo o 
acompanhamento à paciente.
C suspensão temporária do esquema terapêutico para a 
tuberculose, início da terapia antirretroviral; retomada do 
tratamento para tuberculose após 30 dias.
D alteração do tratamento, com prolongamento da duração 
para 9 meses: Rifampicina + Hidrazida + Pirazinamida + 
Etambutol por 2 meses e Rifampicina + Hidrazida por 7 meses.
E substituição do esquema terapêutico da tuberculose para 
Estreptomicina + Etambutol + Linesolida + Pirazinamida + 
Terizidona por 2 meses e Etambutol + Linesolida + Terizidona 
por 4 meses.
QUESTÃO 57
Um lactente de 4 meses de idade é levado à Unidade Básica de 
Saúde apresentando tumoração em axila direita. A criança está 
em aleitamento materno exclusivo e sua situação vacinal é 
adequada. Ao exame: peso = 5,5 kg, temperatura axilar = 
o37,1 C, chorosa, lesão tumoral de aproximadamente 3 cm, com 
ponto de flutuação central em axila direita.
A conduta mais adequada no momento para esse lactente é
A prescrever estreptomicina durante dois meses e notificar 
o caso.
B prescrever pirazinamida durante dois meses; drenar, se 
persistir a flutuação; notificar o caso.
C prescrever etambutol durante dois meses; não há 
necessidade de drenagem; notificar o caso.
D prescrever isoniazida; puncionar, se necessário, sem realizar 
drenagem cirúrgica; notificar o caso.
E prescrever rifampicina; fazer compressas mornas e incisão 
para facilitar a drenagem; notificar o caso.
Uma estudante de 14 anos, sem vida sexual ativa, veio à 
consulta ginecológica na Unidade de Saúde pois não estava 
conseguindo realizar as suas tarefas escolares devido à intensa 
irritabilidade, insônia, mastalgia e ansiedade antes do período 
menstrual, sintomas que melhoraram com o início da perda 
sanguínea.
Qual a indicação mais adequada para melhora dos sintomas 
dessa paciente?
A Diurético e antidepressivo.
B Benzodiazepínico e gestrinona.
C Psicoterapia e bromoergocripitina.
D Dieta balanceada e estrogenioterapia.
E Atividade física e inibidores das prostaglandinas.
QUESTÃO 59
Um paciente de 51 anos de idade, do sexo masculino, procura 
ambulatório de atenção secundária com queixa de pirose 
intermitente, frequentemente deflagrada por ingestão de 
alimentos gordurosos e álcool, por prática de exercícios físicos e 
por deitar-se após alimentação. Relata ainda eventuais 
episódios de regurgitação. Nega vômitos, náuseas, disfagia ou 
odinofagia. Não faz uso de medicamentos em sua rotina diária. 
Além de sobrepeso, nada foi encontrado de anormal no exame 
físico.
A abordagem mais custo-efetiva e benéfica para esse paciente é
A proceder estudo manométrico de esôfago.
B solicitar endoscopia digestiva alta com biópsia.
C prescrever inibidores de bomba de prótons por via oral.
D administrar antiácidos por via oral nos intervalos das 
refeições.
E realizar teste não invasivo para detecção de Helicobacter 
Pylori.
QUESTÃO 60
Uma mãe de lactente do sexo masculino, de cor parda, com 45 
dias de vida, em aleitamento materno exclusivo, relata que o 
filho começou a ficar "amarelo" (sic) com cerca de três semanas 
de vida e que, agora, ela está muito assustada, pois a criança 
"está mais amarela, a urina está escura e as fezes estão 
esbranquiçadas" (sic). Ao exame físico, o fígado é palpável a 3 
cm do rebordo costal direito. Exame solicitado por outro 
médico mostra bilirrubina direta muito aumentada: 21 mg/dL 
(valor de referência: inferior a 12 mg/dL) .
O quadro clínico descrito é fortemente sugestivo de
A doença de Gilbert.
B anemia hemolítica.
C atresia de vias biliares.
D cisto congênito de colédoco.
E hepatite neonatal provavelmente por citomegalovírus.
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QUESTÃO 61 QUESTÃO 63
 
REVALIDA 2012
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E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Um homem de 75 anos de idade é trazido pela filha com 
história de comportamento anormal há sete dias. Havia 
chegado da fazenda, onde administra suaspropriedades; 
dormiu e acordou desorientado. Passou a perambular pela casa 
sem reconhecer pessoas, dirigindo-se à porta da rua para sair. 
Apresentou evacuações e diurese sem ir ao banheiro e 
dificuldade para despir-se, necessitando ser higienizado pela 
filha. Morando no andar superior da casa, passou a apresentar 
algum grau de dificuldade ao descer as escadas, tendo de ser 
ajudado. Come com lentidão, necessitando que o alimento lhe 
seja dado. É hipertenso e toma medicações há 13 anos. Teve 
retenção urinária há 10 dias, por hipertrofia prostática, 
necessitando de sondagem de alívio. Não refere febre. Ao 
exame físico: paciente vígil, porém desatento, sem alterações 
aparentes de humor, responde com lentidão às perguntas, 
ohesita ao deambular e sentar. Temperatura = 37,5 C, pulso 
radial = 110 bpm, pressão arterial = 140 x 80 mmHg. Exame 
neurológico: hesitação aos movimentos e tremores finos, 
ausentes em repouso e desencadeados pelo movimento. Sem 
rigidez. Marcha hesitante. Reflexos osteotendíneos sem 
alterações. Demais aspectos do exame físico inalterados.
O diagnóstico mais compatível com o quadro é
A demência vascular.
B doença de Alzheimer.
C doença de Parkinson.
D estado confusional agudo.
E demência por déficit de Vit B12.
QUESTÃO 62
Um pai vai à consulta na Unidade Básica Saúde (UBS) 
queixando-se de que, há uma semana, seu filho de 4 anos de 
idade iniciou quadro súbito de edema periorbitário bilateral e 
matutino. Refere ter procurado outra unidade de saúde duas 
semanas antes, quando foi feito o diagnóstico de 
faringoamigdalite e prescrito penicilina G benzatina. O pai 
relata que, nos últimos três dias, houve aumento do edema 
periorbitário e início de quadro de distensão abdominal, 
associado a dois episódios de vômitos, além de oligúria com 
escurecimento da urina. O pediatra aferiu e encontrou PA = 110 
x 80 mmHg.
No caso clínico descrito, o dado laboratorial que, isoladamente, 
é considerado o mais fidedigno para confirmar o diagnóstico é
A elevação de ureia e creatinina séricas.
B titulação da anti-estreptolisina O elevada.
C dosagem do complemento sérico C3 baixo.
D proteinúria de 24 horas acima de 50 mg/kg/dia.
E urinálise evidenciando hematúria, leucocitúria e proteinúria.
Uma mulher de 27 anos de idade é atendida em Unidade de 
Pronto Atendimento e relata ter sido estuprada por homem 
desconhecido 1 hora antes.
Qual a conduta mais adequada nessa situação?
A Acolher a paciente, prestar atendimento médico e 
psicológico e, em seguida, encaminhá-la à Delegacia de Polícia 
para registro obrigatório do boletim de ocorrência.
B Encaminhar a paciente à Delegacia de Polícia para registro 
de boletim de ocorrência e, após retornar à Unidade se houver 
lesões físicas a serem reparadas.
C Prestar atendimento com apoio de equipe multidisciplinar, 
com reparação das lesões, medidas de profilaxia de doenças 
sexualmente transmissíveis e gestação, acompanhamento 
psicológico e comunicação do fato, pelo médico, à autoridade 
policial.
D Encaminhar a paciente à Delegacia de Polícia mais próxima 
para registro de boletim de ocorrência e solicitar que, após ter 
feito isso, volte à Unidade para atendimento médico com 
exame ginecológico e medidas de profilaxia e reabilitação física 
e emocional.
E Acolher a paciente e prestar atendimento com apoio de 
equipe multidisciplinar, com reparação das lesões, medidas de 
profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis e gestação, 
acompanhamento psicológico e orientação quanto ao registro 
de boletim de ocorrência.
QUESTÃO 64
Uma mulher de 37 anos de idade vem à consulta com queixa de 
febre (temperatura axilar = 38°C), náuseas, vômitos, mialgia, 
dor nos braços, pernas e nas articulações dos pés e mãos há 
cerca de dez dias. Refere já ter tido esse quadro há cerca de um 
mês, tendo obtido melhora com o uso de analgésicos e anti-
inflamatórios. Atualmente, refere piora do quadro clínico. Ao 
exame físico, evidencia-se que a paciente se encontra em 
regular estado geral, descorada, anictérica, com dificuldade à 
deambulação – tem sinais clínicos de polineurite, artralgia e 
artrite de pequenas e médias articulações. Apresenta nódulos 
cutâneos de vários tamanhos e estádios evolutivos diferentes, 
róseo-eritemato-edematosos, violáceos, acastanhados, 
isolados e confluentes, manchas acastanhadas, pústulas, 
vesículas hemorrágicas e nódulos necrótico-ulcerativos, em 
especial nas coxas e pernas. Apresenta, ainda, cicatrizes de 
lesões anteriores e hepato-esplenomegalia dolorosa. 
Qual o diagnóstico mais provável nesse caso?
A Farmacodermia.
B Lúpus eritematoso sistêmico.
C Leishmaniose tegumentar americana.
D Eritema nodoso por doença reumática.
E Reação por imunocomplexos da hanseníase.
15130
 
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DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 65 QUESTÃO 67
Uma paciente, 45 anos de idade, quatro partos normais, 
apresenta constipação intestinal crônica, com grande esforço 
evacuatório, às vezes com discreto sangramento, visível após a 
higienização com papel. Há três dias apresenta aumento de 
nodulações perianais, sangramento em maior quantidade do 
que o habitual (suja o vaso com sangue), acompanhado de dor 
anal às evacuações. Ao exame, apresenta exteriorização de 
mamilos hemorroidários, com edema importante em todos, 
além de extrusão de coágulo e pequena ulceração em um deles.
Ao ser preenchida a ficha de referência para um serviço de 
Proctologia para essa paciente, qual dos seguintes CID devem 
ser registrados?
A I84.1 - Hemorroidas internas com outras complicações.
B I84.2 - Hemorroidas internas sem complicações.
C I84.6 - Plicomas hemorroidários residuais.
D I84.7 - Hemorroidas trombosadas não especificadas.
E I84.8-Hemorroidas não especificadas com outras 
complicações.
QUESTÃO 66
Uma mulher branca de 22 anos vem à consulta ambulatorial com 
queixa de inchaço há uma semana, inicialmente nos pés, com 
piora progressiva. Atualmente, percebe até o rosto inchado. Há 
cerca de um mês refere astenia, náuseas, falta de apetite e mal-
estar, bem como dores nos punhos e articulações 
interfalangeanas proximais. Ao exame, encontra-se em regular 
estado geral, hipocorada (++/4+), hidratada, temperatura axilar = 
37,7ºC. Murmúrio vesicular presente e simétrico, sem ruídos 
adventícios; ritmo cardíaco regular em 2 tempos, sem sopros, PA 
= 160 x 110 mmHg, FC = 120 bpm. Abdome flácido, sem 
visceromegalias. Edema de MMII ++/4+. Trouxe exame de sangue 
realizado no pronto socorro há três dias, de acordo com o quadro 
a seguir.
HEMOGRAMA
Resultado
Hemoglobina =
Hematócrito =
HCM =
CHCM =
8,0 g/dL
24,0%
29,9 pg/célula
33%
Homem: 13-18 g/dL; Mulher: 12-16 g/dL
Homem: 45-52%; Mulher: 37-48%
Hemoglobina corpuscular média (HCM) – 27-32
pg/célula
Concentração de hemoglobina corpuscular média
(CHCM) – 32 -36% Hb/célula
88 mcg/m²
2 400 leuc./mL
84%
2%
8%
2%
2%
100 000/mL
Volume corpuscular médio (VCM) – 76-100 mcg/m²
4 000 a 10 000 leucócitos/mL
45 - 65%
0 - 5%
20 - 35%
0 - 5%
2 - 10%
130 000 a 370 000/mL
Considerando a principal hipótese diagnóstica, a conduta no caso 
será solicitar
A sumário de urina, avaliação de função renal e pesquisa de auto-
anticorpos específicos (anti-Sm e anti-DNA nativo). Iniciar enalapril 
10 mg/dia para controle da pressão arterial.
B avaliação do oftalmologista para investigação de uveíte, sumário 
de urina, proteína C reativa e VHS. Iniciar dieta hipossódica, com 
acompanhamento semanal da artrite.
C ecocardiograma bidimensional, radiografia de tórax e avaliação 
de função renal. Iniciar dieta e exercício físico, com retorno em um 
mês para reavaliar a pressão arterial.
D radiografia das mãos e punhos e auto-anticorpos como 
antipeptídeoscitrulinados (anti-CCP) e fator reumatóide. Iniciar 
anti-inflamatórios não hormonais.
E radiografia de tórax, cultura de orofaringe e anticorpo 
antiestreptolisina O. Iniciar anti-inflamatório não esteroide para 
controle da febre e artrite.
Um lactente do sexo masculino, com 3 meses de vida, 
amamentado exclusivamente ao seio, é atendido no Setor de 
Pediatria de uma Unidade de Emergência com história de 
diarreia há três dias, caracterizada por cerca de dez dejeções 
por dia, perda de peso (400 g) e dois episódios de vômito. 
Exame físico: criança irritada, com olhos encovados, lágrimas 
ausentes, boca e língua secas; sinal da prega cutânea 
desaparece lentamente. Bebe com avidez os líquidos 
oferecidos. Temperatura = 37,5°C. Peso = 5 600 g.
Qual a conduta mais adequada conforme o Programa de 
Controle de Doenças Diarreicas da OPAS/OMS?
A Manter o estado de hidratação com uso frequente, no 
domicílio, de soro de reidratação oral; manter o aleitamento 
materno.
B Após 2 horas de instituída a terapia com soro de reidratação 
oral, percebendo-se boa hidratação e recuperação do peso, manter 
a criança internada e em jejum até completar as 4 horas 
preconizadas para observação.
C Manter a criança em observação, prescrever soro de 
reidratação oral, 50 a 100 mL/kg, fracionado durante 4 horas; 
suspender a alimentação durante o período de observação.
D Iniciar o tratamento com infusão lenta de soro de reidratação oral 
por sonda nasogástrica, 30 mL/kg/hora; suspender a alimentação.
E Após 2 horas de instituída a terapia com soro de reidratação 
oral, se o peso da criança for estável e o sinal da prega desaparecer 
muito lentamente, iniciar hidratação venosa; manter o 
aleitamento materno.
QUESTÃO 68
Um homem de 39 anos de idade é trazido à Unidade de Pronto 
Atendimento por familiares, com história de febre há quatro 
dias, que cedeu nas últimas doze horas, bem como cefaleia, 
astenia e vômitos. Refere sangramento gengival ao escovar os 
dentes. Entre os exames solicitados, o resultado do 
hematócrito é 47% (valor de referência: 47 ± 7%) e a prova do 
laço é positiva. 
Frente a esse quadro, a conduta mais adequada é 
A proceder à hidratação oral vigorosa, pois há fortes indícios 
de dengue com complicação.
B pesquisar sinais de alerta como dor abdominal intensa e 
contínua, hipotensão postural, hipotensão arterial, pressão 
diferencial < 20 mmHg (PA convergente), hepatomegalia 
dolorosa, extremidades frias, cianose, pulso rápido e fino e, se 
presente algum, instalar hidratação com solução de reidratação 
oral copiosa supervisionada.
C indicar tratamento ambulatorial com hidratação oral, 
antitérmicos e analgésicos, se necessários, orientar sobre sinais 
de alerta para o retorno, a fim de repetir exames laboratoriais.
D manter o paciente em leito de observação, iniciar hidratação 
oral supervisionada e repetir exames laboratoriais após quatro 
horas de hidratação.
E notificar a Vigilância Epidemiológica e indicar tratamento 
ambulatorial com hidratação oral, antitérmicos e analgésicos, 
pois se trata de caso grave de febre hemorrágica da dengue.
16 131
QUESTÃO 69 QUESTÃO 71
 
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EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Uma mulher solteira, de 20 anos de idade, procurou 
atendimento médico em um Centro de Atenção Especializada 
por apresentar, há três semanas, o que chamou de “ferida” na 
região genital externa. Ao exame, observa-se lesão ulcerada, 
não dolorosa, com bordos endurecidos, fundo liso e brilhante, 
medindo 0,8 cm de diâmetro, localizada em pequeno lábio 
direito. Foram solicitados exames que evidenciaram VDRL = 
1:32, FTA - Abs (+), Elisa - HIV = (-), HBsAg = (-).
Diante desse quadro, qual o medicamento mais adequado?
A Ceftriaxona.
B Norfloxacina.
C Ciprofloxaxina.
D Penicilina benzatina.
E Sulfametoxazol/Trimpetropim.
QUESTÃO 70
Um homem de 39 anos de idade vem, há três anos, em 
tratamento ambulatorial para doença do refluxo 
gastroesofágico (DRGE), em uso contínuo de inibidores de 
bomba de prótons (IBP). Sempre que tenta fazer desmame dos 
IBP, volta a apresentar graves sintomas da DRGE. 
Esofagogastroduodenoscopia com biópsia realizada há dois 
anos evidenciou esofagite, pequena hérnia de hiato (< 3 cm) e 
estômago normal. O paciente interrompeu o uso de IBP há 
quatro meses e, devido ao quadro de pirose e dor retroesternal, 
foi submetido a nova endoscopia digestiva, que revelou 
processo inflamatório grave e úlceras no terço distal do 
esôfago. O estômago apresenta-se normal e o teste da urease é 
positivo. Não foi visualizada hérnia hiatal. Devido ao intenso 
processo inflamatório, não foi realizada biópsia. O paciente, 
que não apresenta outras queixas ou co-morbidades, é etilista 
social, tabagista (média de 1,5 maços/dia há 22 anos) e 
apresenta obesidade leve. Não há outras alterações ao exame 
físico. 
O que deve ser feito para encaminhar corretamente o caso 
acima descrito?
A Reiniciar o tratamento com IBP, utilizando o dobro da dose. 
Após seis semanas de tratamento, repetir endoscopia com 
biópsia.
B Manter o tratamento com IBP na dose habitual e 
encaminhar, de imediato, o paciente para ambulatório 
especializado de Cirurgia Laparoscópica. 
C Solicitar imediatamente nova endoscopia, já que a biópsia é 
indispensável, e encaminhar o paciente para ambulatório 
especializado de Cirurgia Laparoscópica.
D Reiniciar o tratamento com IBP, utilizando o dobro da dose, 
associado ao tratamento do H.Pylori. Em seguida, tratamento de 
manutenção com IBP por tempo indefinido.
E Reiniciar tratamento com IBP, utilizando o dobro da dose 
por seis semanas. Após esse período, tratamento de 
manutenção com IBP por tempo indefinido.
Uma mulher puérpera de 29 anos, gesta = 5, para = 5, último 
parto há 2 meses, procura o Posto de Saúde para fazer 
planejamento familiar. A paciente é casada e informa ter 
apenas um parceiro sexual. Além disso, nega história de 
hipertensão, diabetes ou doenças sexualmente transmissíveis. 
A paciente está assintomática por ocasião dessa consulta. Após 
as reuniões de orientação reprodutiva, a paciente optou pela 
inserção do dispositivo intrauterino.
Nesse caso, que procedimento deve ser realizado antes do 
início do uso desse método?
A Colposcopia.
B Ultrassonografia transvaginal.
C Exame pélvico especular e toque bimanual.
D Coleta de citologia cérvico-vaginal preventiva.
E Triagem para doenças sexualmente transmissíveis: anti HIV e 
VDRL.
QUESTÃO 72
Uma criança de 8 anos de idade é trazida por sua mãe ao 
Ambulatório de Pediatria com queixa de cefaleia periódica há 3 
anos, com duração de até 24 horas/episódio e com média de 15 
episódios ao ano. Até hoje, faz o tratamento em casa com 
analgésicos e nunca procurou atendimento médico. Como as 
crises continuam, acarretando alterações no comportamento e 
ausências escolares, a mãe resolveu trazer seu filho ao médico. 
A dor apresenta as seguintes características semiológicas: é 
localizada, às vezes unilateral, pulsátil, algumas vezes intensa e 
se agrava com atividade física rotineira. Normalmente, as crises 
vêm acompanhadas de fono e fotofobia. A mãe refere que o 
humor de seu filho muda completamente durante os períodos 
álgicos. Durante a crise, não há sintomas sensoriais, visuais e 
nem disfasia. Há antecedentes familiares de cefaleia.
Diante do relato clínico, conclui-se que o escolar apresenta
A cefaleia crônica tipo migrânea sem aura.
B cefaleia crônica progressiva por provável Tumor do SNC.
C cefaleia crônica por provável trombose vascular cerebral.
D cefaleia crônica em surtos por provável hipertensão arterial.
E cefaleia crônica recorrente por provável distúrbio psiquiátrico.
17132
 
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QUESTÃO 73 QUESTÃO 75
Uma mulher de 24 anos de idade vem apresentando dispneia 
progressiva aos esforços, tosse seca, expectoração com 
eventuais raios de sangue. Nega episódio febril. Ao exame físico, 
apresentou pressão arterial = 110 x 70 mmHg; pulso radial = 110 
bpm; estase de jugulares. Na ausculta pulmonar, evidenciaram-
se crepitações finas em bases pulmonares; ausculta cardíaca 
com hipofonese de B1, desdobramento e hiperfonese de B2, 
sopro diastólico suave em rebordo esternal esquerdo e sopro em 
ruflar diastólico em foco mitral. Ao exame do abdome, o fígado 
era palpável a 4 cm do rebordo costal direito e o baço impalpável. 
Nas extremidades foi detectado edema perimaleolar. A paciente 
realizou radiografia de tórax em incidência póstero-anterior que 
está ilustrada abaixo.
O achado assinalado pela seta na radiografia de tórax é 
indicativo de
A dilatação aórtica.
B tromboembolismo pulmonar.
C linfadenomegalia hilar esquerda.
D hipertrofia de átrio esquerdo.
E hipertrofia de ventrículo esquerdo.
QUESTÃO 74
Os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) 
determinam que o planejamento e o orçamento em saúde
A são prerrogativas da direção nacional do SUS, consultadas as 
Comissões Intergestores Tripartite (CIT) e Bipartite (CIB) e os 
Conselhos de Saúde.
B dependem da aprovação dos Conselhos Nacional e Estaduais 
de Saúde, nos anos em que não acontecem as Conferências de 
Saúde.
C ficam vinculados ao Plano de Saúde, de forma que apenas 
situações de emergência ou calamidade pública podem justificar 
a destinação de recursos não constante do Plano.
D iniciam-se no nível local mediante negociação e consenso 
nos níveis estadual e federal, podendo os Secretários Municipais, 
Estaduais e o Ministro da Saúde se reunirem nas Comissões 
Intergestores, se avaliarem necessário.
E passam pela atuação das Comissões Intergestores Tripartite 
e Bipartite, instâncias de pactuação consensual entre os entes 
federativos para definição das regras da gestão compartilhada do 
SUS, que serão ouvidas nos anos de elaboração do Plano de 
Saúde e nos anos de realização das Conferências de Saúde.
Um homem de 47 anos de idade é internado para investigação 
de icterícia e prurido que se iniciou há 3 semanas. Nega doenças 
anteriores, perda de peso ou qualquer outra queixa. É etilista 
crônico (3 a 5 doses de bebida alcoólica destilada/dia há 30 
anos). Ao exame físico, encontra-se em bom estado geral. 
Apresenta icterícia de escleras; o restante do exame físico é 
normal. A ultrassonografia do abdome revelou dilatação de vias 
biliares intra e extra-hepáticas. A vesícula está dilatada e não 
foram identificados cálculos em seu interior.
Considerando a relação custo-efetividade, qual o exame 
complementar que deve ser solicitado na sequência da 
ultrassonografia com vista ao diagnóstico do caso?
A Dosagem de CA19 - 9 sérico.
B Tomografia computadorizada contrastada do abdome.
C Ressonância magnética do abdome.
D Laparoscopia diagnóstica do abdome.
E Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.
QUESTÃO 76
Um lactente com 12 meses de idade é levado ao Pronto-Socorro 
por sua genitora com relato de choro intenso, edema na perna e 
queda do berço há 8 horas aproximadamente. Tem 
antecedente de TCE há dois meses, também por queda do 
berço, segundo a mãe. Foi realizada uma radiografia, cuja 
imagem está reproduzida abaixo. 
A indicação de internação para essa criança será feita 
considerando como diagnóstico mais provável a
A síndrome de Munchausen.
B doença de Legg-Perthes.
C osteogênese imperfeita.
D hiperostose cortical.
E injúria intencional.
18 133
QUESTÃO 77 QUESTÃO 79
 
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Uma mulher de 64 anos de idade, obesa, diabética do tipo II há 
10 anos, faz uso de metformina em dose alta (2 g/dia), sem 
obter controle glicêmico adequado. Em consulta ambulatorial 
de controle, realizada há dez dias, apresentava: peso = 70 kg; 
glicemia de jejum = 197 mg/dL (valor de referência: 99 mg/dL); 
hemoglobina glicada = 7,9% (valor de referência: 4 a 6,4% Hb); 
microalbuminúria. Naquela ocasião, foi negociada com a 
paciente a suspensão da metformina e o início de insulina NPH -
14 UI antes do café da manhã e 7 UI antes do jantar. Retornando 
à consulta hoje, a paciente traz controles de glicemias capilares 
> 200 mg/dL em cada três de quatro dosagens diárias, 
realizadas durante uma semana.
Qual a conduta mais adequada em relação às doses de insulina?
A Trocar a insulina NPH por insulina lispro antes do café da 
manhã.
B Trocar a insulina NPH por insulina glargina antes do café da 
manhã.
C Acrescentar insulina regular antes das refeições e meia 
dose às 22h.
D Aumentar a dose da insulina NPH da manhã e acrescentar 
dose extra às 22h.
E Aumentar as doses da insulina NPH antes do café da manhã 
e antes do jantar.
QUESTÃO 78
Uma mulher de 30 anos de idade, secundípara, procura 
atendimento médico na Unidade de Saúde da Família, 
referindo que, há mais ou menos três meses, notou a presença 
de um nódulo na mama direita. Nega aumento do volume do 
nódulo, alterações na cor e textura da pele das mamas ou 
descarga mamilar. Está em uso de anticoncepcional hormonal 
oral combinado há 6 anos. A avó materna teve câncer de mama 
aos 60 anos de idade. Ao exame, observa-se nódulo indolor, 
com 2,0 cm de diâmetro, bem delimitado, consistência 
fibroelástica, móvel, no quadrante superior externo da mama 
direita. Nota-se a ausência de linfonodos palpáveis em axilas e 
expressão mamária negativa bilateralmente.
Diante desse quadro, qual a conduta mais adequada a ser 
adotada pelo médico?
A Solicitar mamografia.
B Solicitar mamografia e ultrassonografia de mamas.
C Referenciar a paciente ao serviço de saúde especializado.
D Orientar a paciente a retornar em 6 meses para repetir o 
exame clínico das mamas.
E Orientar a paciente a retornar em 12 meses para repetir o 
exame clínico das mamas.
Uma mulher com 32 anos de idade, gesta = 2, para = 1(parto 
vaginal), com 35 semanas de gestação, é admitida na 
Emergência Obstétrica referindo contrações e perda vaginal 
de líquido há 2 horas. Refere ter tido um filho há 5 anos com 
sepse neonatal por Streptococcus do grupo B. Ao exame, 
apresenta duas contrações moderadas em 10 minutos, BCF de 
140 bpm, altura uterina: 32 cm, exame especular com líquido 
claro fluindo pelo orifício cervical e toque vaginal com colo 
médio, centrado, 3 cm de dilatação, bolsa rota, apresentação 
cefálica.
Qual a melhor conduta obstétrica no caso a fim de se evitar a 
infecção vertical por Streptococcus do grupo B?
A Iniciar clindamicina e indicar cesariana.
B Iniciar penicilina cristalina e indicar cesariana.
C Realizar cesariana de emergência e iniciar antibioticoterapia 
em caso de febre materna.
D Dar assistência ao trabalho de parto e administrar 
clindamicina de 6/6 horas até o nascimento.
E Dar assistência ao trabalho de parto e administrar penicilina 
cristalina de 4/4 horas até o nascimento.
QUESTÃO 80
Um homem de 61 anos de idade foi admitido hoje no Pronto-
Socorro com queixas de constipação, inapetência progressiva, 
aceitando somente dieta líquida desde ontem. O familiar 
relata parada de eliminação de gases, dor abdominal, vômitos 
fecaloides e aumento do volume abdominal nas últimas 24 
horas. O paciente tem diagnóstico de retardo mental desde 
criança e faz uso de haloperidol (5 mg/dia). Nega cirurgia e 
internação prévias. Ao exame físico, apresenta-se 
desidratado, com faciesde sofr imento, abdome 
intensamente distendido, timpânico, ruídos hidroaéreos 
ausentes, dor à palpação superficial e profunda, ausência de 
sinais de irritação peritoneal. Toque retal sem fezes na ampola 
retal, ausência de massas ou alterações palpáveis. A 
radiografia simples de abdome demonstra ausência de gás no 
reto e imagem de distensão de alças com padrão de "U" 
invertido.
Qual deve ser a conduta imediata no tratamento desse 
paciente?
A Laparotomia exploradora.
B Vídeocolonoscopia descompressiva.
C Hidratação vigorosa e instalação de sonda nasogástrica.
D Instalação de sonda retal e aplicação de clister glicerinado.
E Hidratação vigorosa e antibioticoterapia para esterilização 
do trato intestinal.
19134
 
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QUESTÃO 81 QUESTÃO 83
aPrimigesta, 14 anos de idade, na 12. semana de gestação, 
comparece à Unidade de Saúde da Família acompanhada por 
seu namorado. Queixa-se de cólicas intensas em baixo ventre 
e sangramento vaginal, em grande quantidade, há 2 horas. 
Após exame clínico, o médico constata que a paciente 
apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica em virtude 
de um abortamento incompleto e indica sua transferência 
imediata para o serviço hospitalar especializado, para 
realização de curetagem uterina. A paciente concorda com a 
indicação do médico, pede para que a situação seja mantida 
em sigilo, pois seus pais não sabem que ela está grávida. Teme 
que possam expulsá-la de casa ao saber do ocorrido. Explica 
que seu namorado é maior de idade e irá acompanhá-la ao 
hospital.
Diante dessa situação, o médico deve
A manter o sigilo profissional, pois o mesmo somente pode 
ser quebrado com a autorização da paciente.
B manter o sigilo profissional, pois a paciente apresentou 
um responsável maior de idade para acompanhá-la ao hospital.
C manter o sigilo profissional, pois a paciente demonstra 
capacidade para avaliar seu problema e de conduzir-se por seus 
próprios meios para solucioná-lo.
D comunicar o Conselho Tutelar, que será responsável por 
revelar a situação de saúde da paciente aos seus pais e 
intermediar os conflitos que possam surgir.
E comunicar os pais da paciente, após explicar a ela os 
motivos que fundamentam a quebra do sigilo profissional.
QUESTÃO 82
Um paciente com 50 anos de idade, morador de zona rural, em 
condições precárias, sem banheiro na residência e sem rede 
de água e esgoto na localidade, procura a Unidade Básica de 
Saúde (UBS) por apresentar dor abdominal de leve 
intensidade em epigástrio, que piora com a alimentação, 
associada a náuseas. Refere também urticária. Realizou 
exame parasitológico de fezes, que foi negativo.
Qual o diagnóstico mais provável nesse caso?
A Ancilostomíase.
B Ascaridíase.
C Giardíase.
D Estrongiloidíase.
E Esquistossomose.
Um médico de família atende uma população de 3 850 
pessoas na unidade de saúde em Caruaru, Pernambuco. 
Atualmente, tem cerca de 305 pessoas com hipertensão 
cadastradas. Reconhece, porém, que esse número não 
representa a totalidade das pessoas com pressão arterial 
alterada. Organiza, em conjunto com a equipe, atividades de 
grupo por microárea de cada agente comunitário para 
identificar novos casos e avaliar adesão ao tratamento e 
controle pressórico. Durante as atividades coletivas, agenda 
os pacientes recém-diagnosticados para confirmação em 
consulta, assim como os pacientes descontrolados. Para os 
sem adesão ao tratamento, reforça as orientações para 
administração dos medicamentos e mudanças de hábitos. 
Durante a atividade, toda a equipe participa compartilhando 
tarefas e resultados.
As pessoas que participam do grupo, mas não aderem ao 
tratamento farmacológico ou não farmacológico, estão em 
qual estágio de mudança de comportamento, segundo o 
Modelo Transteórico?
A Pré-contemplação.
B Contemplação.
C Desmotivação.
D Preparação.
E Manutenção.
QUESTÃO 84
Uma criança de 8 anos de idade é admitida na Emergência 
com quadro de edema generalizado e diminuição do volume 
urinário com 4 dias de evolução. Ao exame físico: PA = 100 X 
60 mmHg; edema bipalpebral, abdominal e de membros 
inferiores. Presença de ascite discreta. Ausculta cardíaca e 
pulmonar sem anormalidades. O exame de urina mostrou: 
leucócitos: 10 000/mL, hemácias 8 000/mL, proteinúria 
3+/4; relação proteína/creatinina urinária = 3,5; perfil 
lipídico: colesterol total = 450 mg/dL (valor de referência < 
200 mg/dL) e triglicérides = 700 mg/dL (valor de referência < 
150 mg/dL), albuminemia = 2,4 g/dL (valor de referência > 4 
g/dL).
Considerando a principal hipótese diagnóstica, a conduta inicial 
indicada é
A furosemida IV e internação hospitalar.
B ciclosporina VO e coleta de proteinúria de 24 horas.
C albumina IV e retorno em 24 horas para reavaliação clínica.
D indometacina VO e observação rigorosa no Pronto-Socorro.
E Prednisona VO e encaminhamento ao ambulatório de 
Nefrologia Pediátrica.
20 135
QUESTÃO 85 QUESTÃO 87
 
REVALIDA 2012
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E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
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Uma mulher de 45 anos de idade foi admitida na Unidade de 
Emergência com febre, dor no hipocôndrio D e vômitos há 48 
horas. Apresenta piora progressiva do quadro e, no 
momento, encontra-se sonolenta, confusa, com facies de 
sofrimento, desidratada (+++/4+) e ictérica (++/4+), com 
extremidades frias, pulsos finos, sem cianose. 
Sinais vitais: T = 39°C, FC = 130 bpm, FR = 35 irpm, PA = 110 x 60 
mmHg. Ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações. 
Abdome com distensão abdominal moderada, dor à 
palpação superficial do epigástrio e hipocôndrio D, sem 
sinais de irritação peritoneal, com ruídos hidroaéreos 
reduzidos.
Exames complementares: hematócrito = 36% (valor de 
referência: 42± 6%), hemoglobina = 12,3 g/dL (valor de 
3referência: 13,82 ± 2,5 g/dL), leucócitos = 18 200 /mm (valor 
3de referência: 3 800 a 10 600/mm ) com 17% de bastões, 
Proteína C Reativa = 8,3 mg/dL (valor de referência = 0,3 a 0,5 
mg/dL), bilirrubina total = 5,2 mg/dL (valor de referência = 
até 1,2 mg/dL), bilirrubina direta = 4,1 mg/dL (valor de 
referência = até 0,4 mg/dL), glicemia = 300 mg/dL (valor de 
referência < 99 mg/dL). Ultrassonografia abdominal: 
ausência de líquido livre em cavidade peritoneal, distensão 
de alças que prejudica a técnica do exame, vias biliares 
dilatadas. 
Além da reposição volêmica, qual a conduta inicial requerida 
para o caso? 
A Laparotomia exploradora. 
B Colecistectomia videolaparoscópica.
C Antibioticoterapia de amplo espectro. 
D Drenagem percutânea de vias biliopancreáticas.
E Colangiografia endoscópica retrógrada com papilotomia.
QUESTÃO 86
A declaração de óbito é um documento do Sistema de 
Informações sobre Mortalidade e tem por objetivo cumprir 
as exigências legais de registro de óbitos, cumprir os 
princípios de cidadania e servir como fonte de informações 
estatísticas de saúde. A declaração de óbito compõe os 
serviços de Vigilância em Saúde. 
Em qual das seguintes situações será necessária investigação 
compulsória pela equipe de vigilância de óbitos, por meio de 
comitê específico para esse fim, em conjunto com a equipe da 
atenção primária?
A Adolescente com óbito por uso de drogas.
B Idoso vítima de violência domiciliar.
C Criança que morreu no domicílio.
D Adulto no ambiente de trabalho.
E Mulher em idade fértil.
Uma mulher de 45 anos, com queixas de dores articulares há 
5 meses, comparece ao ambulatório para mostrar resultado 
de exames. Seu quadro começoucom dores em mãos e pés, 
pela manhã, com melhora durante o dia. Evoluiu há um mês 
com um surto de dor em articulações interfalangeanas 
proximais, punhos, cotovelos e joelhos, com sinais de 
flogose, que melhorou com o uso de indometacina por 10 
dias. Ao exame, apresenta hipocromia de mucosas, edema e 
sinais de flogose discretos em mãos, com presença de 
nódulos justa-articulares e ausência de deformidades. Traz 
exames complementares solicitados na consulta anterior: 
hemograma com Hb = 11,0 g/dL (valor de referência: 13,8 ± 
2,5 g/dL), VHS = 56 mm na primeira hora (valor de referência: 
≤ 20 mm/h), prova do látex para fator reumatoide positiva, e 
radiografia das mãos que mostram redução da densidade 
óssea periarticular em articulações interfalangeanas 
proximais e punhos. A paciente, costureira, teme não poder 
trabalhar mais.
Qual a medicação que poderia impedir a progressão da 
doença?
A Aspirina.
B Colchicina.
C Metotrexate.
D Indometacina.
E Metilprednisona.
QUESTÃO 88
Uma criança de 9 anos de idade é levada ao serviço médico de 
urgência com quadro de confusão mental e desidratação. Os 
pais relatam perda de 2 kg nos últimos 15 dias, apesar do 
aumento da ingestão alimentar e sede constante. Ao exame 
físico: paciente desidratado +++/4, com hálito cetônico. 
Exames laboratoriais: glicemia = 560 mg/dL (valor de 
referência < 100 mg/dL), gasometria: pH = 7,2 e bicarbonato 
= 12 mEq/L, sódio = 140 mEq/L, potássio = 5,7 mEq/L; exame 
de urina: glicose = ++, proteínas = ausentes, corpos cetônicos 
= ++, leucócitos = 2 000/mL e eritrócitos = 3 000/mL.
Qual a conduta mais adequada no caso?
A Sistema de infusão contínua de insulina e hidratação 
parenteral com potássio e bicarbonato.
B Insulina de ação prolongada (glargina) e hidratação por 
via oral com soro e bicarbonato de sódio.
C Insulina de ação rápida (regular) por via intravenosa e 
hidratação parenteral com soro fisiológico, sem bicarbonato.
D Insulina de ação intermediária (NPH) por via subcutânea 
e hidratação parenteral com soro fisiológico, sem potássio.
E Insulina de ação prolongada (NPH) e insulina de ação 
rápida (basal-bolo) e hidratação por via oral com soro 
glicosado, sem potássio.
21136
 
REVALIDA 2012
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DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 89 QUESTÃO 91
Um paciente do sexo masculino, 30 anos de idade, 
procedente do Rio de Janeiro, foi admitido na Emergência 
hospitalar referindo febre, dor de cabeça, diarreia e dor 
articular, iniciados há 6 dias. Informa que a febre cessou há 
dois dias e, há um dia, passou a apresentar dor abdominal 
contínua de forte intensidade, sem melhora com o uso de 
paracetamol. O paciente nega doenças prévias. Ao exame 
físico, apresenta estado geral regular, eupneico, hidratado, 
corado, consciente e orientado; ausculta respiratória e 
cardíaca normais; pressão arterial = 120 x 80 mmHg; prova do 
laço negativa; abdome depressível, doloroso à palpação em 
hipocôndrio direito, sem visceromegalias. 
Nesse caso, a melhor conduta a ser tomada é
A dar alta após solicitação de hemograma e sorologia viral e 
orientar o paciente a retornar após seis horas para avaliar o 
resultado do hemograma.
B colocar o paciente em observação por 12 horas na unidade 
de emergência e administrar medicamentos sintomáticos e 
hidratação oral.
C transferir o paciente para unidade de cuidados semi-
intensivos para monitorização contínua e realização de exames.
D dar alta com orientações para acompanhamento 
ambulatorial na unidade de atenção primária.
E internar o paciente por 48 horas para observação e 
realização de exames complementares.
QUESTÃO 90
Um homem de 47 anos de idade, portador de diabetes do 
tipo 1, foi submetido a vasectomia há 5 dias. Hoje comparece 
à Unidade de Emergência queixando-se de febre alta, grande 
aumento de volume escrotal, edema, dor acentuada e 
coloração avermelhada no escroto. Ao exame de palpação do 
escroto, verifica-se a presença de enfisema subcutâneo. 
Qual o diagnóstico mais provável e a conduta adequada para o 
caso?
A Fasceíte necrotizante; debridamento cirúrgico e 
antibioticoterapia de amplo espectro.
B Abscesso escrotal; drenagem e antibioticoterapia de 
amplo espectro.
C Abscesso escrotal; drenagem, anti-inflamatório inibidor 
da ciclo-oxigenase 2.
D Coleção serosa; drenagem por punção, anti-inflamatório 
inibidor da ciclo-oxigenase 2.
E Torção testicular iatrogênica; intervenção cirúrgica de 
liberação do testículo. 
Uma mulher de 57 anos de idade, em acompanhamento na 
Unidade Básica de Saúde, apresenta-se com PA = 150 x 100 
mmHg, circunferência abdominal de 100 cm, glicemia = 115 
mg/dL (valor de referência < 99 mg/dL), triglicérides = 200 
mg/dL (valor de referência < 150 mg/dL), HDL = 35 mg/dL 
(valor desejável > 60 mg/dL). 
Na terapia medicamentosa hipotensora, a droga que 
potencialmente apresenta efeitos metabólicos antagônicos às 
medidas para redução de peso e de controle da glicemia é 
A captopril.
B clonidina.
C losartana.
D amlodipina.
E propranolol.
QUESTÃO 92
Um recém-nascido do sexo feminino, com 2 dias de vida, 
nascido a termo, com 2 300 g, apresenta sopro sistólico e 
cianose de extremidades ao choro.
Qual a medida propedêutica que afasta a maior parte das 
doenças cardíacas cianóticas?
A Teste de hiperventilação.
B Teste de hipoventilação.
C Gasometria venosa.
D Oximetria de pulso.
E Teste da hiperoxia.
QUESTÃO 93
Uma criança de 4 anos de idade é trazida à Unidade de Saúde 
da Família (USF) pela mãe que refere que, há cerca de 12 
horas, seu filho subitamente passou a apresentar febre e 
“fraqueza nas pernas”. Ao exame físico, a médica percebe 
diminuição importante da força e tônus muscular nos 
membros inferiores da criança, conclui que se trata de um 
quadro de paralisia flácida aguda, suspeita de poliomielite e 
preenche a ficha de notificação compulsória. 
Que outra característica clínica além das mencionadas é típica 
da poliomielite?
A Paralisia do terceiro par de nervos cranianos.
B Fotossensibilidade, cefaleia e convulsões.
C Acometimento simétrico dos membros inferiores.
D Perda da sensibilidade tátil nos membros inferiores.
E Flacidez e ausência de reflexos profundos nos membros 
inferiores.
22 137
QUESTÃO 94 QUESTÃO 96
 
REVALIDA 2012
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DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Uma paciente de 38 anos de idade, obesa, multípara, 
descobriu-se grávida aos 4 meses. Como era uma gravidez 
não desejada, demorou para iniciar seu pré-natal. Em sua 
primeira consulta pré-natal, apresentava idade gestacional 
pela última menstruação de 26 semanas, com fundo do útero 
medindo 27 centímetros. O médico, além dos exames da 
rotina pré-natal normal, solicitou o teste oral de tolerância à 
glicose, com sobrecarga de 75 mg de dextrosol. Os seguintes 
resultados foram encontrados: glicemia de jejum: 100 
mg/dL; 1 hora pós-sobrecarga: 190 mg/dL; 2 horas pós-
sobrecarga: 143 mg/dL. Durante o resto do pré-natal, e a 
despeito das orientações médicas, a paciente não aderiu a 
uma dieta equilibrada, ainda que o doppler da artéria 
umbilical não tenha apresentado alterações significativas.
Considerando esses resultados, a que risco o feto dessa 
paciente está sujeito?
A Macrossomia.
B Espinha bífida.
C Agenesia sacral.
D Malformação do tubo neural.
E Restrição de crescimento intrauterino.
QUESTÃO 95
Um homem de 35 anos de idade, tabagista (60 maços/ano) 
encontra-se hospitalizado, no sétimo dia pós-operatório de 
rafia de úlcera gástrica.Há dois dias apresenta febre 
vespertina e dor em hipocôndrio D, referida na região 
subescapular. Ao exame, apresenta-se com estado geral 
regular, temperatura axilar = 38,6°C, pulso = 116 bpm, 
frequência respiratória = 28 irpm, PA = 112 x 67 mmHg. O 
abdome é discretamente distendido, doloroso à palpação, 
notadamente no hipocôndrio D, onde observa-se defesa 
voluntária e percussão também dolorosa; ruídos 
hidroaéreos presentes. A punho a percussão lombar é 
dolorosa à direita. A expansibilidade pulmonar está 
diminuída no hemitórax direito e o murmúrio vesicular um 
pouco diminuído na base do pulmão D. O leucograma mostra 
3 16 200 leucócitos/mm (valor de referência: 3 800 a 10 
3600/mm ) com 17% de bastões. A Proteína C Reativa é de 4,5 
mg/dL (valor de referência = 0,3 a 0,5 mg/dL). 
A principal hipótese diagnóstica é
A pielonefrite aguda.
B abscesso subfrênico.
C pneumotórax espontâneo.
D pneumonia de base pulmonar D.
E deiscência de rafia gástrica com pneumoperitôneo.
Uma paciente de 27 anos de idade é encaminhada ao 
Ambulatório de Ginecologia com história de parto vaginal há sete 
meses, complicado com hemorragia intensa devido a 
descolamento prematuro de placenta. Após o parto, suspeitou-se 
de restos placentários e realizou-se curetagem uterina. A paciente 
recebeu três unidades de concentrado de hemácias devido ao 
sangramento intenso. A paciente refere que não menstrua desde 
o parto e que não amamentou seu filho, referindo não ter 
produzido leite materno. Não refere uso de medicamentos, 
cefaleia e anormalidades visuais. Traz teste de fração beta do 
hormônio gonadotrófico coriônico (Beta - HCG) não reagente.
Diante desse quadro clínico, qual a melhor hipótese diagnóstica 
e as complicações prováveis secundárias ao diagnóstico?
A Síndrome de Sheehan; hipotireoidismo e insuficiência 
adrenal.
B Necrose hipofisária posterior; hipertireoidismo e 
insuficiência adrenal.
C Síndrome de Asherman; hipertiroidismo e elevação de 
gonadotrofinas.
D Aderências intrauterinas; hipotireoidismo e redução de 
gonadotrofinas.
E Necrose hipofisária anterior; hipotireoidismo e elevação 
de gonadotrofinas.
QUESTÃO 97
Uma equipe da Unidade de Saúde da Família (USF) identificou 
como problema o grande número de gestações em 
adolescentes na sua comunidade. Foi decidido, então, elaborar 
um Plano de Ações para o enfrentamento do problema, 
centrado na busca ativa de pessoas em situação de risco. 
Buscou-se parceria com as escolas da área, com as 
denominações religiosas locais e com a organização não 
governamental que ali atua, fomentando atividades esportivas 
e educação musical entre adolescentes e adultos jovens. 
Também foi proposta a solicitação de aumento da variedade de 
métodos contraceptivos ofertados na farmácia da USF. 
Nessa situação, para elaboração do Plano de Ações, deve-se 
observar que
A a definição da situação-objetivo não é indicada, pois a 
equipe compreenderia, mas frustraria os usuários em caso de 
não atingimento de metas.
B as parcerias precisam ser previstas naqueles casos em 
que o custeio e (ou) financiamento das ações depende das 
entidades e dos indivíduos parceiros.
C indicar responsáveis por cada atividade não é adequado, 
pela natureza transprofissional da Estratégia de Saúde da 
Família, já que toda a equipe deve ser solidariamente 
responsável.
D o período de execução previsto é um cronograma tentativo, 
que pode ser atualizado e adaptado durante a execução de cada 
ação, conforme o cumprimento de cada atividade e (ou) atrasos.
E o princípio da boa-fé dispensa a previsão de meios de 
verificação para checagem do cumprimento ou não de ações e 
atividades, pois parte-se de presunção de que toda a equipe 
está genuinamente comprometida com as ações programadas.
23138
 
REVALIDA 2012
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DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
QUESTÃO 98 QUESTÃO 100
Um lactente de 1 ano de idade é levado ao ambulatório com 
história de ausência de um dos testículos. A mãe refere 
ausência de vômitos, dor abdominal ou febre. Ao exame 
físico: criança em bom estado geral, risonha, ativa. O exame 
da região inguinoescrotal revela ausência de hiperemia e dor 
locais, com testículo esquerdo tópico e sem alterações, e 
hemiescroto direito vazio. Não foi possível palpar o testículo 
direito.
Diante desse quadro, a conduta mais adequada é
A indicar correção cirúrgica ou terapia com gonadotrofina 
coriônica humana (HCG) antes do segundo ano de vida.
B observar até completar 4 anos de idade. Se persistir o 
quadro, indicar cirurgia.
C iniciar terapia com HCG após 5 anos, se persistir o quadro.
D indicar cirurgia se, no início da puberdade, ainda não tenha 
ocorrido sua descida espontânea.
E aguardar até a puberdade, quando ocorrerá sua descida 
espontânea para a bolsa escrotal, pela ação dos hormônios 
masculinos.
QUESTÃO 99
Uma paciente de 23 anos de idade é internada na 
amaternidade com rotura prematura de membranas na 29. 
semana de gestação. Encontra-se assintomática, afebril, 
normotensa, frequência cardíaca = 76 bpm, ainda referindo 
perda de líquido amniótico claro, sem grumos e sem odor 
3desagradável. Leucograma com 9 500 leucócitos/mm (valor 
3de referência: 3 800 a 10 600/mm ), 2 bastões; Proteína C 
Reativa = 0,5 mg/dL (valor de referência = 0,3 a 0,5 mg/dL). A 
ultrassonografia obstétrica mostrou feto com 29 semanas de 
gestação, com frequência cardíaca fetal de 140 bpm, maior 
bolsão de líquido amniótico de 6 centímetros.
Qual das condutas abaixo é adequada para essa paciente?
aA Tocólise com nifedipina com duração até a 34. semana de 
gestação.
B Corticoterapia com betametasona repetida semanalmente 
aaté a 34. semana de gestação.
C Sulfato de magnésio para a neuroproteção fetal, administrado 
ano momento da internação da paciente e repetido na 34. semana de 
gestação.
D Antibioticoterapia profilática para postergação da gestação 
a com duração até a 34. semana de gestação.
E Rastreio para estreptococo beta-hemolítica, feito no 
amomento da internação e repetido na 34. semana de gestação.
Um paciente do sexo masculino, 55 anos de idade, tabagista 
60 maços/ano, com tosse crônica há mais de 10 anos, relata 
que há cerca de três meses observou a presença de sangue na 
secreção eliminada com a tosse. Refere ainda perda de cerca 
de 15% do peso habitual nesse mesmo período, anorexia, 
adinamia e sudorese noturna. A radiografia de tórax realizada 
por ocasião da consulta é mostrada abaixo.
Qual a hipótese diagnóstica mais provável nesse caso?
A Aspergilose pulmonar.
B Carcinoma pulmonar.
C Tuberculose cavitária.
D Bronquiectasia com infecção.
E Doença pulmonar obstrutiva crônica.
QUESTÃO 101
Um lactente de 2 meses de idade é levado ao Pronto-Socorro 
com história de febre, recusa alimentar e hipoatividade. 
Exame físico: hipotônico-hiporresponsivo. A mãe refere que a 
criança recebeu, na véspera, as vacinas DPT (difteria, pertussis 
e tétano), OPV (pólio oral) e rotavírus.
Nessa situação, que conduta deve ser adotada em relação ao 
esquema vacinal?
A Suspender a vacina contra rotavírus.
B Substituir OPV pela IPV (pólio injetável).
C Substituir a vacina DPT pela DPT acelular.
D Manter o esquema vacinal normal, sem alterações.
E Substituir a vacina DPT pela DPT acelular e a OPV pela IPV 
(pólio injetável).
24 139
QUESTÃO 102 QUESTÃO 103
 
REVALIDA 2012
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E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Um homem de 48 anos, hipertenso, obeso, chega à Emergência 
com queixa de episódios de dor torácica precordial, sem 
irradiação, iniciada nos últimos dois dias, compiora há 24 horas. 
A dor dura de 5 a 15 minutos, sendo precipitada por esforços 
intensos, como subir escadas, e é aliviada pelo repouso. O 
paciente informa não sentir a dor no momento da anamnese. 
Usa captopril e hipoglicemiante oral de forma regular. Nega 
antecedentes de doença coronariana e um eletrocardiograma 
foi considerado normal pelo seu cardiologista na última 
consulta, há 6 meses. Ao exame, mostra-se ansioso, mas em 
bom estado geral, pulso = 85 bpm, regular, cheio, PA = 140 x 80 
mmHg, pulsos periféricos palpáveis e simétricos, extremidades 
bem perfundidas. As auscultas pulmonar e cardíaca estão 
dentro da normalidade. O seu eletrocardiograma à admissão 
mostra os seguintes achados.
V1 V2 V3 V4 V5 V6
Qual a abordagem mais adequada ao paciente?
A Realizar tratamentos anti-isquêmico e antitrombótico 
administrados de modo imediato e simultâneo.
B Observar em Unidade Coronariana e administrar 
medicamentos sintomáticos até realização de cateterismo 
cardíaco.
C Observar na Emergência por 12 horas e encaminhar ao 
cardiologista para teste ergométrico se persistir assintomático.
D Realizar tratamento anti-isquêmico imediato, seguido de 
terapia antitrombótica em caso de alterações do segmento ST 
no ECG nas próximas 12 horas.
E Realizar tratamento antitrombótico imediato, seguido de 
terapia anti-isquêmica em caso de elevação de troponina sérica 
e/ou CK-MB nas próximas 12 horas.
A Unidade de Saúde da Família (USF) funciona como campo de 
prática de estudantes de graduação, pois para lá são 
encaminhados alunos de Medicina e de Enfermagem. Uma 
estudante ficou surpresa com a quantidade de formulários a 
serem preenchidos pela equipe e afirmou duvidar que "tanto 
papel" servisse para tomar decisões na prática. Ela ainda 
defendeu que deveria ser investido menos tempo com 
formulários, liberando os profissionais para o efetivo 
atendimento aos usuários. 
Uma atitude adequada da equipe nesse caso é
A explicar que, caso a Ficha A para Cadastramento das Famílias 
não fosse preenchida, não se teria ideia da evolução do quadro de 
hipertensos e diabéticos, mas apenas de portadores de 
tuberculose e hanseníase, que têm Fichas B de Acompanhamento 
específicas.
B ponderar que a Ficha C para Acompanhamento de Crianças 
torna obrigatório o preenchimento do Cartão-Sombra para 
melhor monitorar o crescimento e desenvolvimento infantil e o 
cumprimento do calendário vacinal, quando ocorre extravio do 
Cartão da Criança.
C demonstrar que a Ficha D para Registro de Atividades, 
Procedimentos e Notificações informa à Secretaria de Saúde 
detalhes sobre a população da área de abrangência da USF, mas 
que eventuais usuários atendidos que residam em outras áreas 
não são tabulados.
D argumentar que procedimentos coletivos como reuniões, 
atividades educativas, bochechos fluorados e visitas 
domiciliares só precisam ser registrados, por seus totais 
mensais, na Ficha D para Registro de Atividades, Procedimentos 
e Notificações, e não individualmente.
E considerar que as notificações a serem registradas na Ficha 
D para Registro de Atividades, Procedimentos e Notificações 
são apenas aquelas referentes a agravos de notificação 
compulsória, que são menos prevalentes.
25140
 
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DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
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QUESTÃO 104 QUESTÃO 106
Um paciente de 24 anos, primigesta, vai à consulta médica pré-
natal no posto de saúde. Nessa consulta pré-natal, o médico 
calculou a idade gestacional considerando sua primeira 
ultrassonografia de 12 semanas, concluindo que está com 41 
semanas e 6 dias de gestação. Ao exame pélvico, observou colo 
uterino de consistência amolecida, posterior, apagado 30%, 
orifício externo fechado, apresentação alta e móvel. Na 
manobra de palpação fetal (de Leopold-Zweifel), percebeu-se 
que havia boa mobilidade fetal, sinalizando quantidade normal 
de líquido amniótico. Temendo o pós-datismo, o médico 
encaminhou a paciente para a internação na Maternidade. Lá 
chegando, foi submetida à cardiotocografia, cuja imagem é 
reproduzida abaixo.
Qual a conduta que deve ser proposta para essa paciente?
A Cesariana devido ao padrão não tranquilizador da 
cardiotocografia.
B Amadurecimento cervical com misoprostol.
C Indução eletiva do parto com ocitocina.
D Descolamento da bolsa amniótica.
E Dilatação cervical e amniotomia.
QUESTÃO 105
Um homem de 45 anos de idade, previamente hígido, 
comparece à Unidade Básica de Saúde queixando-se de dor, 
edema e vermelhidão (eritema) surgidos há dois dias, 
inicialmente no pé e estendendo-se rapidamente para toda a 
extensão da perna, com aumento de intensidade da dor. Relata 
também febre alta e calafrios associados à adinamia e anorexia. 
Ao exame físico: paciente obeso, frequência cardíaca = 110 
obpm, PA = 120 x 70 mmHg, temperatura axilar = 39,8 C. 
Membro inferior direito apresentando edema desde o pé até 
próximo ao joelho, hiperemia brilhante, pele com aspecto de 
casca de laranja, calor intenso, hiperalgesia, ausência de 
bolhas. Presença de linfadenomegalia dolorosa inguinal 
ipsilateral ao membro acometido. Foi transferido para 
avaliação de um cirurgião, que internou o paciente para iniciar 
antibioticoterapia parenteral.
Qual o antimicrobiano de escolha para ser prescrito para esse 
paciente?
A Gentamicina.
B Amoxicilina.
C Oxacilina.
D Vancomicina.
E Ticarcilina.
Um homem de 40 anos de idade apresentou úlcera duodenal 
com biópsia positiva para Helicobacter Pylori. Fez tratamento 
durante 7 dias com omeprazol, amoxicilina e claritromicina, em 
doses padrão. Endoscopia de controle repetida após oito 
semanas de tratamento revela persistência de H. Pylori na 
biópsia.
Qual a conduta mais adequada para o tratamento desse 
paciente?
A Omeprazol, amoxicilina e furazolidona por 10 dias.
B Omeprazol, levofloxacina e amoxicilina por 10 dias.
C Pantoprazol, amoxicilina e claritromicina por 14 dias.
D Pantoprazol, sais de bismuto, furazolidona e claritromicina 
por 10 dias.
E Pantoprazol, sais de bismuto, levofloxacina e claritromicina 
por 10 dias.
QUESTÃO 107
Um recém-nascido de 20 dias de vida é encaminhado para 
consulta em ambulatório de especialidade com história de 
icterícia e baixo peso. A genitora não fez exames de pré-natal e 
informa que seu filho nasceu "de sete meses” e “pequeno para a 
idade”, ficando internado na UTI após o nascimento. Ao exame 
físico, o recém-nascido encontrava-se ictérico, com peso abaixo 
d o p e r c e n t i l 3 , a p r e s e n t a n d o m i c r o c e f a l i a e 
hepatoesplenomegal ia. Exames: hemograma com 
plaquetopenia; transaminases elevadas; bilirrubina total de 15 
mg/dL (valor de referência < 1,3 mg/dL) e bilirrubina direta de 8 
mg/dL (valor de referência < 0,4 mg/dL), sorologia para CMV 
(citomegalovírus): IgM e IgG positivas.
Qual das assertivas abaixo mais contribui com a elucidação 
diagnóstica da infecção congênita pelo CMV?
A A pesquisa do CMV na urina e/ou saliva será útil para o 
diagnóstico de infecção congênita após 2 meses. 
B Caso a confirmação diagnóstica não ocorra até a terceira 
semana de vida, não será possível ser estabelecida. 
C A sorologia IgM e IgG para CVM tem papel limitado no 
diagnóstico da infecção congênita, devido à baixa 
especificidade.
D A microcefalia, o crescimento intrauterino restrito e a 
prematuridade são altamente específicos para o diagnóstico de 
infecção por CMV.
E Uma tomografia computadorizada revelando calcificações 
difusas pelo córtex sugeriria fortemente o diagnóstico de 
infecção por CMV em detrimento das outras infecções 
congênitas.
26 141
QUESTÃO 108 QUESTÃO 109
 
REVALIDA 2012
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DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMASMÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
A Lei n.º 8 080, de 18 de setembro de 1990 dispõe sobre as 
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde e 
a organização e o func ionamento dos serv iços 
correspondentes. Trata-se do instrumento que, no artigo 4º, 
cria o Sistema Único de Saúde. No Capítulo III, prevê as 
Comissões Intersetoriais, criadas com a finalidade de
A articulação de políticas e programas de saúde, cuja 
execução envolva áreas não compreendidas no Sistema Único 
de Saúde (SUS).
B negociação e pactuação entre gestores quanto a aspectos 
operacionais, financeiros e administrativos da gestão 
compartilhada do SUS.
C representação dos entes estaduais e municipais incumbidos 
para tratar de matérias referentes à saúde.
D desenvolvimento permanente de ações conjuntas entre 
municípios e os serviços que lhes correspondam.
E integração de recursos técnicos e práticas voltadas para a 
cobertura total das ações de saúde.
QUESTÃO 110
Primigesta de 25 anos de idade procura a Maternidade pelo início do trabalho de parto às 13 horas e sua evolução está registrada 
no partograma abaixo.
Tempo-horas 13:00
FC-BASAL
AC/DESAC
VARIAB
ESTIM SON
TONUS
INTENS
FREQ.
14:00 15:00
COURO CABELUDO
HORA:
DILATAÇÃO:DESCIDA:
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
AMNIOTOMIA / LÍQUIDO
OCITOCINA / PROSTAGLANDINA I.C.
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
H
O
R
A
D
IL
A
T
A
Ç
Ã
O
D
E
S
C
ID
A
16:00 17:00 18:00 19:001 2 3 4 5 6 7 8 9
BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BI BR BR BR BR BR BR BR
120 120 120 128 128 130 120 120 130 130 130 130 130 130 140 140 130 130 130 130 130 130 130 130 130
+/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/-
nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl
nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl nl
Fr Fr Fr Fr Fr Fr M M M M M M M M M M M M M M M M M M M
1 1 1 2 2 3 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Um homem de 50 anos de idade é hospitalizado por apresentar 
quadro de dor em hipocôndrio direito, de moderada 
intensidade, com períodos de acalmia. A dor é acompanhada 
de febre, náuseas e vômitos, iniciados 24 horas antes da 
internação. Ao exame físico, apresenta dor à palpação do 
hipocôndrio direito, com sinal de Murphy positivo. Os exames 
3laboratoriais revelaram 13 000 leucócitos/mm (valor de 
3referência = 3 800 a 10 600/mm ), discreta elevação das 
transaminases e da amilase sérica. O paciente foi submetido a 
colecistectomia laparoscópica, sem colangiografia.
No segundo dia de pós-operatório, o achado de icterícia com 
elevação de bilirrubina, sem sinais de peritonismo e sem febre 
tem como diagnóstico mais provável
A colangite bacteriana aguda.
B coledocolitíase.
C fístula de coto de ducto cístico.
D ligadura inadvertida do ducto hepático direito.
E lesão iatrogênica do ducto comum.
A paciente completa o primeiro período do parto às 18h30min. O segundo período já durava 45 minutos, quando o feto começou a 
apresentar desacelerações tipo II.
Qual o diagnóstico desse caso e a conduta obstétrica mais apropriada?
A Período pélvico prolongado; fórcipe para distocia de rotação.
B Parto taquitócico; tocólise aguda com terbutalina subcutânea.
C Parada secundária da descida; operação cesariana por desproporção cefalopélvica.
D Fase ativa prolongada; administração de ocitocina para aumentar as metrossístoles.
E Parada secundária da dilatação; orientação para a paciente ficar em decúbito lateral esquerdo para coordenar as metrossístoles.
27142
QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO 
SOBRE A PROVA
As perguntas abaixo visam levantar sua opinião sobre 
a qualidade da prova que você acabou de realizar. Para 
cada uma delas, assinale a opção correspondente a sua 
opinião, nos espaços próprios do Caderno de Respostas.
Agradecemos a sua colaboração.
PERGUNTA I
Qual o grau de difi culdade da prova?
A Muito fácil.
B Fácil.
C Médio.
D Difícil.
E Muito difícil.
PERGUNTA II
Considerando a extensão da prova, em relação ao tempo 
total, você considera que a prova foi
A muito longa.
B longa.
C adequada.
D curta.
E muito curta.
PERGUNTA III
Os enunciados das questões da prova estavam claros?
A Sim, todos.
B Sim, a maioria.
C Apenas cerca da metade.
D Poucos.
E Não, nenhum.
PERGUNTA IV
As informações/instruções fornecidas para a resolução 
das questões foram suf cientes para resolvê-las?
A Sim, até excessivas.
B Sim, em todas elas.
C Sim, na maioria delas.
D Sim, somente em algumas.
E Não, em nenhuma delas.
Você se deparou com alguma dificuldade ao responder 
a prova? Qual?
A Desconhecimento do conteúdo.
B Forma diferente de abordagem de conteúdo.
C Espaço insufi para responder às questões.ciente
D Falta de motivação para fazer a prova.
E Não tive qualquer tipo de dificuldade em responder 
a prova.
PERGUNTA VI
Você já participou, no Brasil, de outro(s) processo(s) de 
revalidação de diploma de médico obtido no exterior?
A Sim.
B Não.
 
REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
PERGUNTA V
28 143
 
REVALIDA 2012
EXAM
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
E NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 144
E X P E D I D O S P O R I N S T I T U I Ç Õ E S D E 
EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
REVALIDA 2012
145
 
BANCO NACIONAL DE ITENS - BNI 
GABARITO DA AVALIAÇÃO REVALIDA 2012 
Ano: 2012 Prova: Prova Cinza - Objetiva 
 
 
 
1 B 
2 D 
3 C 
4 A 
5 B 
6 E 
7 B 
8 A 
9 B 
10 D 
11 A 
12 B 
13 B 
14 C 
15 A 
16 D 
17 E 
18 B 
19 A 
20 E 
21 D 
22 D 
23 B 
24 A 
25 C 
26 D 
27 C 
28 B 
29 D 
30 E 
31 E 
32 B 
33 E 
34 C 
35 D 
36 B 
37 E 
38 B 
39 D 
40 B 
41 A 
42 D 
43 A 
44 E 
45 B 
46 D 
47 B 
48 A 
49 E 
50 B 
51 B 
52 A 
53 B 
54 A 
55 D 
56 A 
57 D 
58 E 
59 C 
60 C 
61 D 
62 C 
63 E 
64 E 
65 D 
66 A 
67 E 
68 C 
69 D 
70 A 
71 C 
72 A 
73 D 
74 C 
75 B 
76 E 
77 E 
78 C 
79 E 
80 B 
81 E 
82 D 
83 D 
84 A 
85 C 
86 C 
87 C 
88 C 
89 E 
90 A 
91 E 
92 E 
93 E 
94 A 
95 B 
96 A 
97 D 
98 A 
99 E 
100 B 
101 C 
102 A 
103 D 
104 B 
105 C 
106 B 
107 C 
108 A 
109 B 
110 A 
 
146
1. Verifique se, além deste caderno, você recebeu o Caderno de Respostas, 
destinado à transcrição das respostas das questões discursivas.
2. Confira se este caderno contém 05 questões discursivas.
3. Verifique se a prova está completa e se o seu nome está correto no Caderno de 
Respostas. Caso contrário, avise imediatamente um dos responsáveis pela 
aplicação da prova. Você deve escrever as respostas discursivas do Caderno de 
Respostas no espaço próprio, com caneta esferográfica de tinta preta.
4. Não se comunique com os demais estudantes nem troque de material com 
eles; não consulte material bibliográfico, cadernos ou anotações de qualquer 
espécie.
5. Você terá três horas para responder às questões discursivas.
6. Quando terminar, entregue ao Aplicador ou Fiscal o seu Caderno de 
Respostas.
7. Atenção! Você só poderá levar este Caderno de Prova quando restarem 30 
minutos para o término do exame.
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE
EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
Ministério da
Educação
Ministério da
Saúde
Prova Discursiva
147
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 1 
REVALIDA 2013EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 1 
 
 Paciente com 20 anos de idade, antecedentes de diabetes mellitus tipo 1 desde os 8 anos de idade, foi trazido ao 
Serviço de Emergência pela ocorrência de náuseas e vômitos há cerca de 24 horas, e dor abdominal nas últimas 12h, 
além de rebaixamento progressivo do nível de consciência nas últimas horas. Ao exame se encontrava com estado geral 
comprometido, descorado (+/4+), desidratado (3+/4+), taquipneico em repouso (respiração de grande amplitude), 
acianótico e afebril. Ao exame neurológico estava torporoso, escala de coma de Glasgow = 9 (abertura ocular = 2, 
resposta motora = 5, resposta verbal = 2), com pupilas simétricas e fotorreagentes, sem rigidez nucal, temperatura 
axilar = 36,4 ºC, pressão arterial = 90 x 50 mmHg, frequência cardíaca = 116 bpm, frequência respiratória = 24 irpm e 
glicemia capilar = HI (High, elevada). Aparelhos cardiovascular e respiratório sem anormalidades ao exame físico. Havia 
dor à palpação difusa do abdome, sem massas, visceromegalias ou sinais de irritação peritoneal. Ruídos hidroaéreos 
presentes. Foi prescrita solução salina a 0,9% - 1.000 ml e, após 1 hora de atendimento, verificou-se: 
glicemia capilar = 584 mg/dL 
pressão arterial = 110 x 65 mmHg 
glicemia = 566 mg/dL (VR = 70 - 99) 
gasometria venosa: pH = 6,9 
HCO3
- 
= 8 mEq/L (Vr = 22-25) 
K
+
 = 2,9 mEq/L (VR = 3,5-5,0) 
Cl
- 
= 115 mEq/L 
ânion gap = 27 
Na
+
 = 150 mEq/L (VR = 135-145mEq/L ) 
ureia = 35 mg/dL (Vr < 35) 
creatinina = 1,3 mg/dL (VR = 0,7-1,3) 
Urina I (EAS): glicosúria 3+ e cetonúria 2+. 
Eletrocardiograma = normal. 
 
Diante desse quadro, responda: 
 
a) Como deve ser feita a hidratação venosa do paciente? Justifique a resposta. (valor: 2,0 pontos) 
b) Como deve ser feita a administração de insulina? Justifique a resposta. (valor: 2,5 pontos) 
c) Como deve ser tratado o distúrbio metabólico apresentado pelo paciente? Justifique a resposta. (valor: 2,0 pontos) 
d) Cite três critérios a serem utilizados para indicar o retorno da insulinoterapia por via subcutânea. (valor: 1,5 pontos). 
e) Descreva um regime de insulinoterapia subcutânea, incluindo nome(s) da(s) insulina(s) e número de aplicação(ões) 
ao dia, para ser utilizada pelo paciente após a alta hospitalar com o objetivo de manter o controle glicêmico 
adequado. (valor: 2,0 pontos) 
 
 
 
148
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 2 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
RASCUNHO – QUESTÃO 1 
 
a) 
 
 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
c) 
 
 
 
 
 
d) 
 
 
 
 
 
e) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
149
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 3 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 2 
 
 Primigesta com 19 anos de idade e 30 semanas de idade gestacional, procura Pronto Atendimento queixando-se 
de cefaleia, dor em abdome superior em faixa, edema generalizado e ganho de 2 Kg na última semana. Ao exame físico: 
estado geral regular, sonolenta, hipocorada 1+/4, ictérica 1+/4, edema de face e de mãos, pressão arterial = 140 x 90 mmHg, 
pulso = 82 bpm, sangramento gengival, petéquias isoladas nos membros superiores. Exame obstétrico: fundo do 
útero = 29 cm, frequência cardíaca fetal = 150 bpm, rítmicos, dinâmica uterina ausente, exame especular sem 
anormalidades, exame de toque vaginal = colo amolecido, grosso, posterior, impérvio, apresentação cefálica alta e 
móvel. 
Proteinúria de fita ++. 
Trouxe resultado de hemograma realizado no dia anterior: Hemoglobina = 11,2g/dL, Hematócrito = 35%, 
plaquetas = 80.000/mm
3
. 
 
Com base no quadro clínico e laboratorial apresentado, responda: 
 
a) Qual(is) a(s) hipótese(s) diagnóstica(s)? (valor: 1,0 ponto) 
b) Que exames laboratoriais devem ser solicitados nesse momento com base na sua hipótese diagnóstica? 
(valor: 2,0 pontos) 
c) Cite três diagnósticos diferenciais e justifique, baseando-se em exames laboratoriais ou condições clínicas. 
(valor: 3,0 pontos) 
d) Cite que medidas de cuidado e/ou terapêuticas devem ser tomadas de imediato. (valor: 3,0 pontos) 
e) Qual a conduta obstétrica recomendada? (valor: 1,0 ponto) 
 
 
 
150
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 4 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
RASCUNHO – QUESTÃO 2 
 
a) 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
 
c) 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) 
 
 
 
151
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 5 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 3 
 
 Primigesta com 27 anos de idade, teve parto vaginal, a termo, com recém-nascido de peso adequado para a idade 
gestacional, sem intercorrências. Está com o filho em alojamento conjunto. Vinte horas após o parto, ao examinar o 
recém-nascido (RN), o médico observou que ele está sugando bem, já eliminou mecônio e está apresentando icterícia 
até a cicatriz umbilical. Exames realizados indicam tipagem sanguínea da mãe (O positivo) e RN (A positivo), bilirrubinas 
total e frações para o RN: bilirrubina total = 12,4 mg/dL (valores de referência para RN com menos de 24 horas: 
até 6,0 mg/dL); bilirrubina indireta = 11,4mg/dL e bilirrubina direta = 1,0 mg/dL. 
 
Com base no relato acima, responda: 
 
a) Qual a hipótese diagnóstica? (valor: 2,0 pontos) 
b) Qual o mecanismo fisiopatológico da icterícia deste recém-nascido (valor: 4,0 pontos) 
c) Qual a conduta inicial para o recém-nascido? (valor: 2,0 pontos) 
d) Cite duas complicações possíveis de ocorrer.(valor: 2,0 pontos) 
 
 
 
152
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 6 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
RASCUNHO – QUESTÃO 3 
 
a) 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) 
 
 
 
d) 
 
 
 
 
153
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 7 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 4 
 
 O médico da Unidade de Saúde da Família (USF), em região de periferia de uma cidade de médio porte, é 
convidado a participar de reunião da associação de moradores, na comunidade em que atua, para explicar o porquê da 
ocorrência de tantos casos de dengue. Os dados epidemiológicos mostram que, nos últimos três anos, não houve 
notificação de dengue na região de abrangência da unidade. Todavia, nos últimos meses, após longo período de chuvas, 
a USF notificou cerca de 125 casos. Os moradores querem entender uma notícia no jornal local que chamou a dengue 
de doença negligenciada. 
 
Sobre este tema, responda as seguintes questões, que servirão de base para a orientação dos moradores. 
 
a) O que são doenças negligenciadas? (valor: 4,0 pontos) 
b) Que outras três doenças, além da dengue, são hoje reconhecidas no mundo como negligenciadas? 
(valor: 2,0 pontos) 
c) Quais são as características das populações e dos países mais atingidos por estas doenças? (valor: 1,0 ponto) 
d) Por que o controle destas doenças é limitado? (valor: 1,0 ponto) 
e) No caso da dengue, cite os fatores que favorecem a sua ocorrência e limitam o seu controle. (valor: 2,0 pontos) 
 
 
 
154
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 8 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
RASCUNHO – QUESTÃO 4 
 
a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
c) 
 
 
 
 
d) 
 
 
 
 
e) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
155
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOSPOR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 9 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 5 
 
 Adolescente com 15 anos de idade, do sexo masculino, estudante, sofreu ataque por mordedura de cão há duas 
horas. O cão é da raça Rottweiler, faz parte do meio familiar (pertencente ao pai do garoto) e não apresenta sinais de 
alteração no comportamento. 
 O paciente apresentava, à admissão, múltiplas e extensas lacerações em face (região frontal, glabelar, nasal e 
periorbitária esquerda) com descolamento parcial da orelha esquerda, acompanhadas de lesões menos perfurantes em 
membros superiores. Os demais aspectos do exame físico eram normais. 
 O paciente não tem antecedentes patológicos e desconhece a sua situação vacinal. 
 
Sobre o caso, responda as seguintes questões: 
 
a) Qual deve ser a abordagem inicial da ferida? (valor: 3,0 pontos) 
b) O paciente necessita de profilaxia para o tétano? Em caso afirmativo, o que deve ser prescrito? (valor: 2,0 pontos) 
c) O paciente necessita de antibióticoterapia? Em caso afirmativo, como deve ser a prescrição? (valor: 2,0 pontos) 
d) O paciente necessita de profilaxia para raiva? Em caso afirmativo, como deve ser a prescrição? (valor: 3,0 pontos) 
 
 
156
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 10 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
RASCUNHO – QUESTÃO 5 
 
a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
c) 
 
 
 
 
 
 
 
d) 
 
 
 
 
 
 
 
157
 
 
158
 
 
BANCO NACIONAL DE ITENS - BNI 
PADRÃO DE RESPOSTA DA AVALIAÇÃO REVALIDA 2013 
Ano: 2013 Prova Discursiva 
 
ITEM 1 
a) 
- Modificar para Solução salina a 0,45% devido à hipernatremia. (valor: 2,0 pontos) 
b) 
QUESITO ANULADO 
c) 
- Está indicada a reposição de bicarbonato. Na maioria dos casos de cetoacidose 
diabética não é necessária a reposição de bicarbonato, mas como se trata de um caso de 
cetoacidose grave, com níveis de bicarbonato < 7,0, é recomendada a administração de 
NaHCO3. (valor: 2,0 pontos) 
d) 
Os critérios para se suspender o tratamento venoso, liberar o paciente da unidade de 
tratamento intensivo e iniciar tratamento com insulina subcutânea são os mesmos 
critérios de resolução da cetoacidose. (valor: 1,5 pontos, 0,5 ponto para cada um) 
Glicemia < 250 mg/dL E 
pH sérico > 7,3 E 
Bicarbonato > 18 mEq/l E/OU 
CORREÇÃO DA ACIDOSE (0,5 PONTO) 
e) 
Existem várias possibilidades de respostas para essa questão, embora todas preenchem 
as seguintes características: (valor: 2,0 pontos) 
Dois tipos de insulina: uma basal (isto é, Insulina NPH OU Glargina ou Detemir), 
associada a uma insulina rápida (Insulina Regular) ou ultrarrápida (Lispro, Aspart ou 
Glulisina). Exemplos de respostas aceitáveis (uma combinação da coluna "Insulina 
basal" + "Insulina Rápida ou Ultrarrápida"): 
159
Insulina Basal Insulina Rápida ou Ultrarrápida 
Insuina NPH 2 vezes ao dia Insulina Regular 2 vezes ao dia 
Insulina NPH 3 vezes ao dia Insulina Regular 3 vezes ao dia 
Insulina Glargina 1 vez ao dia Insulina Lispro 2 vezes ao dia 
Insulina Detemir 1 vez ao dia Insulina Lispro 3 vezes ao dia 
Insulina Detemir 2 vezes ao dia Insuina Aspart 2 vezes ao dia 
 Insulina Aspart 3 vezes ao dia 
 Insulina Glulisina 2 vezes ao dia 
 Insulina Glulisina 3 vezes ao dia 
 
160
 
 
BANCO NACIONAL DE ITENS - BNI 
PADRÃO DE RESPOSTA DA AVALIAÇÃO REVALIDA 2013 
Ano: 2013 Prova Discursiva 
ITEM 2 
a) 
Pré-eclâmpsia grave (0,5 ponto) com síndrome HELLP (0,5 ponto). (valor: 1,0 ponto) 
Síndrome HELLP (1,0 ponto) 
Eclâmpsia iminente (0,5 ponto) com síndrome HELLP (0,5 ponto) 
Iminência de eclampsia (0,5 ponto) com síndrome HELLP (0,5 ponto) 
 
Referência:Brasil. Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico 5ª ed. – 
Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010. p. 38. 
 b) 
Exames laboratoriais para as gestantes com suspeita de síndrome HELLP (valor: 2,0 
pontos) 
0,2 pontos: Hemograma completo OU HB/Ht e contagem de plaquetas. 
0,2 pontos: Urinálise ou urina I. 
0,2 pontos: Creatinina sérica. 
0,2 pontos: DHL (desidrogenase láctica). 
0,2 pontos: Ácido úrico. 
0,2 pontos: Bilirrubinas OU Bilirrubinas totais e frações OU Bilirrubina total e 
Bilirrubina indireta e Bilirrubina direta. 
0,2 pontos:Transaminases OU aminotransferases OU TGO ( Transaminase Glutâmico 
Oxalacética) e TGP (Transaminase glutâmico pirúvica) OU ALT (aspartato 
aminotransferase) e AST (alanina aminotransferase). 
0,2 pontos: Coagulograma OU tempo de protrombina OU tempo de tromboplastina 
parcial. 
161
0,2 pontos: Fibrinogênio. 
0,2: Proteinúria de 24hs. 
0,2 : Hepatograma 
Referência:Brasil. Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico 5ª ed. – 
Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010. p. 38. 
 
 c) 
Diagnóstico diferencial da Síndrome HELLP (valor: 3 pontos, 0,5 ponto para cada 
diagnóstico diferencial correto com 0,5 ponto com a justificativa correspondente) 
Síndrome hemolítico-urêmica (0,5 ponto): hemólise e insuficiência renal (0,5 ponto). 
Púrpura trombocitopênica trombótica (0,5 ponto): plaquetopenia que cursa com 
alterações neurológicas (0,5 ponto). 
Esteatose hepática aguda da gravidez ou hepatopatia aguda da gravidez (0,5 ponto): 
cursa com hipoglicemia (0,5 ponto). 
Púrpura trombocitopênica autoimune (0,5 ponto): plaquetopenia imune, anterior ou não 
à gestação, em geral não cursa com hemólise (0,5 ponto). 
Hepatite virótica (0,5 ponto): aumento excessivo de transaminases (0,5 ponto). 
Cólica biliar ou colecistite calculosa (0,5 ponto): aumento de bilirrubina direta (0,5 
ponto). 
Pancreatite Aguda (0,5 ponto): febre e leucocitose (0,5 ponto) 
 
Dengue hemorrágica (0,5 ponto) : hipotensão, febre e exames específicos para o 
diagnóstico como ELISA (0,5 ponto) 
Referência:Brasil. Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico 5ª ed. – 
Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010. p. 38. 
d) 
(valor: 3,0 pontos) 
Assegurar permeabilidade de vias aéreas ou administrar Oxigênio inalatório (0,25 
ponto). 
Manter posição semi-sentada (0,25 ponto). 
162
Transferir para unidade de cuidados intensivos ou unidade de cuidados intermediários 
no pós-parto (0,25 ponto). 
Administrar sulfato de magnésio (0,5 ponto). 
Controle de diurese/hora com sondagem vesical de demora (0,25). 
Manter gluconato de cálcio aspirado na beira do leito (0,25). 
Controlar reflexo patelar (0,25). 
Administrar antihipertensivo (Hidralazina), se necessário (0,25 ponto). 
Administrar corticoterapia ou Dexametasona (0,25). 
Avaliar a vitalidade fetal (Perfil biofísico fetal ou cardiotografia e Dopplervelocimetria) 
(0,25 ponto). 
Proceder avaliação laboratorial seriada da contagem de plaquetas, DHL e enzimas 
hepáticas a cada 12-24 h (0,25 ponto). 
e) 
Conduta Obstétrica: Resolução da gestação pela operação cesariana. (valor: 1,0 ponto) 
Referência:Brasil. Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico 5ª ed. – 
Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010. p. 38. 
 
163
 
 
BANCO NACIONAL DE ITENS - BNI 
PADRÃO DE RESPOSTA DA AVALIAÇÃO REVALIDA 2013 
Ano: 2013 Prova Discursiva 
ITEM 3 
a) Doença Hemolítica pelo sistema ABO ou Icterícia por incompatibilidade ABO 
ou Hiperbilirrubinemia Indireta por incompatibilidade ABO. (valor: 2,0 pontos) 
Icterícia Neonatal Precoce ou Icterícia Precoce do RN ou Icterícia Patológica do recém-
nascido (ou do RN) (valor: 0,5 ponto). 
OBS.: Isoimunização ABO (refere-se à fisiopatologia e não a diagnóstico); Icterícia 
neonatal (está relatada no enunciado); Doença hemolítica perinatal (“perinatal” 
envolve etapa intrauterina, de modo que é alusiva à incompatibilidade Rh e não ABO) 
NÃO PONTUAM! 
 
b) RESPOSTA PADRÃO: Para que ocorra a doença hemolítica pelo sistema ABO 
deve haver prévia sensibilização materna; o que, nessa situação, ocorre exclusivamente 
atravésda presença de antígenos (Ag) diversos contidos em alimentos, vacinas, 
bactérias, protozoários e vírus. A sensibilização por antígenos não específicos explica o 
fato de que a doença pode ocorrer já na primeira gestação. Além da sensibilização, é 
necessário que o tipo de sangue da mãe seja O e o tipo de sangue do RN seja A ou B. A 
imunoglobulina envolvida é da classe IgG. A passagem transplacentária dos anticorpos 
(AC) (do tipo IgG) e a consequente reação Ag/AC com antígenos de superfície dos 
eritrócitos fetais representa o processo imunológico responsável pela destruição dessas 
células; o que acarretará em sobrecarga de bilirrubina indireta (aquela que ainda não foi 
metabolizada no hepatócito). 
Para obter os 4,0 pontos, o candidato deverá referir todos os itens abaixo, já que é 
solicitado que explique o mecanismo fisiopatológico: 
• A sensibilização materna prévia, através do contato anterior com 
antígenos diversos: alimentos, vacinas, bactérias, protozoários e vírus, 
produz anticorpos do tipo IgG. (valor: 1,0 ponto) 
• A necessidade de que o tipo de sangue da mãe seja O e o tipo de 
sangue do RN seja A ou B. (valor: 1,0 ponto) 
• A passagem transplacentária dos anticorpos; ou seja: Os anticorpos 
maternos passam através da placenta e reagem com antígenos de 
superfície dos eritrócitos fetais, causando hemólise (ou destruição, ou 
a quebra ou a lise dessas células). (valor: 1,0 ponto) 
• A hemólise causa hiperbilirrubinemia indireta (ou não conjugada); ou 
a destruição dos eritrócitos libera bilirrubina indireta (ou não conjugada) 
na corrente sanguínea. 
164
Atribuir 3,0 pontos se responder à questão, referindo: 
• A sensibilização materna prévia, através do contato anterior com 
antígenos diversos: alimentos, vacinas, bactérias, protozoários e vírus, 
produz anticorpos do tipo IgG. (valor: 1,0 ponto) 
• A necessidade de que o tipo de sangue da mãe seja O e o tipo de sangue 
do RN seja A ou B. (valor: 1,0 ponto) 
• A passagem transplacentária dos anticorpos; ou seja: Os anticorpos 
maternos passam através da placenta e reagem com antígenos de 
superfície dos eritrócitos fetais, causando hemólise (ou destruição, ou a 
quebra ou a lise dessas células). (valor: 1,0 ponto) 
Atribuir 2,0 pontos se responder à questão, referindo apenas: 
• A necessidade de que o tipo de sangue da mãe seja O e o tipo de sangue 
do RN seja A ou B. 
• A passagem transplacentária dos anticorpos; ou seja: Os anticorpos 
maternos passam através da placenta e reagem com antígenos de 
superfície dos eritrócitos fetais, causando hemólise (ou destruição, ou a 
quebra ou a lise dessas células). 
OBS: Se responder apenas: doença hemolítica pelo sistema ABO, sendo a mãe com 
sangue tipo O e o RN com sangue do tipo A ou B. (valor: 1,0 ponto); 
Referência apenas a “reação antígeno-anticorpo” ou “reação imunológica” NÃO 
PONTUA! 
 
c) Colocar o RN em fototerapia. (valor: 2,0 pontos) 
OBS.: Referir apenas observação NÃO PONTUA! 
 
d) As complicações possíveis são: 
- Anemia (valor: 1,0 ponto) e 
- kernicterus ou encefalopatia hiperbilirrubinêmica ou encefalopatia por 
hiperbilirrubinemia. (valor: 1,0 ponto) 
 
Referências: 
LOPEZ, F.A.; JÚNIOR, D.C. Tratado de Pediatria.1ª.edição. Barueri, SP: Manole, 
2007. 1371-1385p. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Programa de Atualização em 
Neonatologia (PRORN). Porto Alegre; Atmed/Panamericana Editora, 2004. 
165
MUSSI-PINHATA,M.M.; MARTINEZ,F.E. Incompatibilidade Sanguínea Materno-
Fetal. In: Departamento de Pediatria FMUSP- Ribeirão preto. Disponível em: HTTP: 
//http://rpp.fmrp.usp.br/downloads/rotinas/incompatibilidade_sanguinea_materno.pdf. 
Acesso em 02.09.2013. 
 
166
 
 
BANCO NACIONAL DE ITENS - BNI 
PADRÃO DE RESPOSTA DA AVALIAÇÃO REVALIDA 2013 
Ano: 2013 Prova Discursiva 
ITEM 4 
a) 
A despeito do enorme avanço da Medicina nas últimas cinco décadas, ainda não há 
tratamento adequado e vacinas para um conjunto de doenças infecciosas e 
parasitárias que afetam populações mais pobres, de regiões menos desenvolvidas e 
com maior desigualdade social, com menor acesso a serviços de saúde e 
saneamento básico, em diferentes regiões do mundo que, justamente por isso, não 
despertam o interesse da indústria farmacêutic em desenvolver novos medicamentos 
para tanto. estas doenças são reconhecidas como doenças negligenciadas. Embora para 
algumas doenças um controle pode ser alcançado mediante intervenções de Saúde 
Pública, estas não são priorizadas pelos gestores públicos. A ocorrência destas 
doenças se dá em diferentes regiões de países da América Latina, África e Ásia. 
(valor: 4,0 pontos; 0,8 por citação de fator grifado e em negrito.) 
b) 
Quaisquer três entre: malária, leishmaniose, doença de Chagas, esquistossomose, 
tuberculose, hanseníase, raiva humana, filariose, oncocercose, parasitoses intestinais, 
tracoma, Clamidioses e Riquetioses, leptospirose, Febre Amarela e Outras Arboviroses, 
Hantavírus, Hepatites virais, Paracocidiodimicose e outras micoses profundas, 
Envenenamentos por Animais Peçonhentos. (valor total do item: 2,00 pontos; 0,67 por 
doença citada) 
 
c) 
Populações em situação de pobreza e países com grandes desigualdades sociais, baixa 
renda, dificuldade de acesso a serviços essenciais - saneamento, controle de vetores, 
nutrição, serviços de saúde. 
(valor: 1,00 ponto; 0,25 por fator grifado citado) 
d) 
QUESITO ANULADO 
e) 
167
No Brasil, a dengue é a doença infecciosa com maior número (absolutos) de casos e sua 
forma hemorrágica é a mais grave, dada a alta letalidade. Por ser transmitida pela picada 
do Aedes aegypti infectado sua ocorrência está ligada ao ciclo deste e as condições 
que favorecem sua multiplicação, como o período de chuvas. A redução da 
densidade do A. aegypti, elo principal da cadeia de transmissão, ainda permanece como 
um desafio dado o caráter socioambiental do controle do dengue. Ou seja, seu controle 
depende de condições adequadas de saneamento básico, habitação, acesso à água, 
limpeza pública, coleta do lixo e cuidados domésticos que dependem de uma 
adequada educação sanitária. No Brasil, mesmo com todo o investimento anualmente 
realizado em seu controle, não se tem alcançado redução da densidade vetorial capaz de 
limitar ou reduzir a expansão da dengue de forma sustentada. (valor: 2,00 pontos; 0,4 
por citação de fator grifado e em negrito citado) 
Referência: BARRETO, M.L.; TEIXEIRA, M.G. Dengue no Brasil: situação 
epidemiológica e contribuições para uma agenda de pesquisa. Estudos Avançados, v.22, 
n. 64, p.53-72, 2008. 
BARRETO, M.L. et. all. Successes and failures in the control of infectious diseases in 
Brazil: social and environmental context, policies, interventions, and research needs. 
Lancet (British edition), p. 1877-1889, 2011. 
SABOYA, Y. Entrevista com José Augusto de Brito. Rede Dengue, Fiocruz, 2012. 
Disponível em: 
 http://www.fiocruz.br/rededengue/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=134&sid=3. 
Acesso em: 07 jun. 2013. 
 
168
http://www.fiocruz.br/rededengue/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=134&sid=3
 
 
BANCO NACIONAL DE ITENS - BNI 
PADRÃO DE RESPOSTA DA AVALIAÇÃO REVALIDA 2013 
Ano: 2013 Prova Discursiva 
ITEM 5 
a) 
(valor: 3,0 pontos) 
A limpeza deve ser feita com cuidado para eliminar as sujidades sem agravar ferimento. 
(valor: 0,5 ponto) 
Depois utilizar antissépticos que inativem o vírus da raiva, como povidine, digluconato 
de clorexidina ou álcool-iodado. Esses produtos devem ser aplicados uma única vez. 
(valor: 0,5 ponto) 
Não se recomenda a sutura do(s) ferimento(s). Quando for absolutamente necessário, 
aproximar as bordas com pontos isolados. (valor: 1,0 ponto) 
Havendo necessidade de aproximar as bordas, o soro antirrábico, se indicado, deverá ser 
infiltrado uma hora antes da sutura. (valor: 1,0 ponto) 
b) 
 (valor: 2,0 pontos) 
Sim, pois o paciente não tem história clara de imunização completa. (valor: 1,0 ponto) 
Portanto, deve receber Imunoglobulina - 250 unidades, IM e Vacina dT0,5 mL, IM. 
(valor: 0,5 ponto) 
Encaminhar para posto de saúde para outras doses de reforço. (valor: 0,5 ponto) 
c) 
(valor: 2,0 pontos) 
As mordeduras de cães e gatos nas mãos, na face, no pescoço ou nas lesões extensas e 
profundas, ou ainda com comprometimento ósseo e/ou articular, devem receber 
antimicrobianos profiláticos pelo risco de infecção secundária. (valor: 1,0 ponto) 
 
Os fármacos sugeridos são amoxicilina/clavulanato, ou ampicilina/sulbactam por cinco 
dias visando os germes mais comumente isolados, como Staphylococcus aureus, 
Pasteurella multocida (principalmente em gatos), anaeróbios e Capnocytophaga 
canimorsus. (valor: 1,0 ponto) 
169
d) 
(valor: 3,0 pontos) 
Observar o animal durante 10 dias após exposição. Iniciar esquema com duas doses, 
uma no dia 0 e outra no dia 3 se o animal permanecer sadio no período de observação, 
encerrar o caso. (valor: 1,0 ponto) 
Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao esquema, 
administrando o soro e completando o esquema até cinco doses. Aplicar uma dose entre 
o 7º e o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28. (valor: 2,0 pontos) 
Referência: Elkhoury, A.N.S.M.; Wada, M.Y. & COLS. Normas técnicas de 
profilaxia da raiva humana / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, 
Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 
 
 
 
 
170
Prova Objetiva
1. Verifique se, além deste caderno, você recebeu o Caderno de Respostas, destinado 
à transcrição das respostas das questões de múltipla escolha (objetivas).
2. Confira se este caderno contém 110 questões de múltipla escolha (objetivas).
3. Quando autorizado pelo aplicador, no momento da identificação, escreva, no espaço 
apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual a seguinte frase:
Cresce depressa a erva que não consegue dar fruto.
4. Verifique se a prova está completa e se o seu nome está correto no Caderno de 
Respostas. Caso contrário, avise imediatamente um dos responsáveis pela aplicação 
da prova. Você deve assinar o Caderno de Respostas no espaço próprio, com caneta 
esferográfica de tinta preta.
5. Observe as instruções expressas no Caderno de Respostas sobre a marcação das 
respostas às questões de múltipla escolha (apenas uma por questão).
6. Não se comunique com os demais estudantes nem troque de material com eles; não 
consulte material bibliográfico, cadernos ou anotações de qualquer espécie.
7. Você terá cinco horas para responder às questões de múltipla escolha.
8. Quando terminar, entregue ao Aplicador ou Fiscal o seu Caderno de Respostas.
9. Atenção! Você só poderá levar este Caderno de Prova quando restarem 30 minutos 
para o término do exame.
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
Ministério da
Educação
Ministério da
Saúde
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
D E D I P L O M A S M É D I C O S
EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE
EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS
Prova
CINZACINZA
171
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 1 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 1 
 
 Homem com 49 anos de idade apresenta, há um 
ano e meio, quadro recorrente de monoartrite aguda, 
durando cada episódio cerca de três a cinco dias. 
Inicialmente foi acometido o joelho esquerdo, 
posteriormente o direito, em seguida o tornozelo direito e, 
há três semanas, houve recorrência do quadro no joelho 
esquerdo. Refere alívio dos sintomas com o uso de 
diclofenaco, que toma por conta própria. Notou que o 
intervalo entre os episódios, que inicialmente era de até 
seis meses, é agora mais reduzido, sendo o intervalo entre 
os dois últimos episódios, de apenas um mês. Apresenta-
se na consulta após dois dias do início da última crise. O 
joelho esquerdo tem sinais flogísticos (calor, rubor, 
aumento de volume), limitação para flexão, o que causa 
dificuldade na deambulação. Relatou um episódio febril 
ontem (37,6 ºC). O paciente é hipertenso e diabético há 
dez anos, em uso de hidroclorotiazida 25 mg/dia e 
glibenclamida 10 mg/dia. Refere tabagismo (5 cigarros/dia) 
e etilismo (cerveja, especialmente nos finais de semana). 
 
O diagnóstico do paciente e a conduta inicial a ser adotada 
são, respectivamente: 
 
A gota não tofácea; realizar artrocentese e iniciar o uso 
de alopurinol imediatamente. 
B artrite séptica; realizar artrocentese e aguardar a 
análise laboratorial do líquido sinovial. 
C gota não tofácea; não realizar artrocentese e manter o 
uso de anti-inflamatório não hormonal. 
D osteoartrite; solicitar radiografia dos joelhos e iniciar o 
uso de anti-inflamatório não hormonal. 
E artrite séptica; não há necessidade de exames 
complementares e deve-se iniciar antibioticoterapia 
imediatamente. 
Questão 2 
 
 Mulher com 72 anos de idade vem fazendo 
tratamento e acompanhamento por anemia ferropriva no 
Posto de Saúde há cerca de um ano e meio. Relata que, 
nos últimos quatro meses, perdeu 5 kg, está se sentindo 
mais fraca e apresentou vários episódios de diarreia, que 
cessaram espontaneamente, seguidos de vários dias sem 
evacuar, quadro que vem se alternando desde então. 
 
O diagnóstico mais provável e a investigação adequada 
são, respectivamente: 
 
A câncer de cólon; colonoscopia. 
B colite ulcerativa; colonoscopia. 
C câncer de reto; retossigmoidoscopia. 
D diverticulose colônica; enema opaco. 
E angiodisplasia de cólon; cintilografia. 
Questão 3 
 Homem com 26 anos de idade procura 
atendimento na Unidade Básica de Saúde por 
apresentar, há três dias, febre alta, mialgia, astenia 
e náuseas. O paciente não relata comorbidades e 
nega uso de qualquer medicação. O paciente nega 
viagens recentes, contato com vetores ou com água 
potencialmente contaminada. O calendário vacinal está 
em dia. Exame físico: temperatura axilar = 38 ºC, estado 
geral bom, acianótico, anictérico, normocorado, pressão 
arterial sentado e deitado = 120x80 mmHg, frequência 
cardíaca = 106 bpm e peso = 70 kg. Apresenta exantema 
com padrão maculopapular, associado a prurido cutâneo 
generalizado, sem comprometimento da região palmar. 
Prova do laço apresenta resultado negativo. A região em 
que reside o paciente teve epidemia de dengue no ano 
anterior. 
 
A conduta mais adequada para esse paciente é: 
 
A solicitar coleta de sangue para realização de 
hemograma e para sorologia, com isolamento viral no 
momento do atendimento. 
B mantê-lo em observação na Unidade de Saúde para 
repetir a prova do laço após seis horas, a fim de 
afastar dengue hemorrágica, e realizar hidratação oral 
de 2,5 litros de líquidos por dia. 
C encaminhá-lo para internação por um período mínimo 
de 48h. Colher hemograma completo, realizar 
dosagem de albumina sérica e transaminases. Fazer 
reposição volêmica endovenosa. Notificar 
imediatamente o caso e orientar retorno após a alta. 
D orientá-lo a realizar tratamento em regime 
ambulatorial, com reavaliação clínica diária na Unidade 
de Saúde e hidratação oral de 2 litros de líquidos por 
dia. Preencher cartão de acompanhamento de dengue; 
prescrever sintomáticos e repouso; notificar o caso e 
orientar retorno. 
E liberá-lo para o domicílio, com orientação de ingerir 5 a 
6 litros de líquidos/dia, sendo 1/3 com solução salina e 
os 2/3 restantes de líquidos caseiros (água, suco de 
frutas, soro caseiro, chás, água de coco etc.). 
Prescrever sintomáticos e repouso; notificar o caso e 
orientar retorno. 
172
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 2 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 4 
 
 
 Menina com 12 anos de idade tem diagnóstico de 
asma desde os três anos de idade, sem acompanhamento 
adequado há seis meses. Comparece à Unidade Básica de 
Saúde por apresentar, nas últimas quatro semanas, 
dificuldade para realizar atividades físicas,com 
necessidade de uso de medicação três ou mais vezes por 
semana, e vários despertares noturnos devido à tosse. 
Ao exame físico, apresenta sibilos inspiratórios ao esforço. 
 
A classificação e o tratamento para o controle clínico desse 
quadro são, respectivamente: 
 
A asma moderada; deve ser iniciado corticoide inalatório 
associado ao montelucaste. 
B asma persistente leve; deve ser iniciado um 
broncodilatador de ação longa por três meses. 
C asma parcialmente controlada; deve ser iniciado 
corticoide inalatório e broncodilatador de ação longa. 
D asma induzida por exercício; deve ser prescrito 
broncodilatador de ação curta e montelucaste. 
E asma não controlada; deve ser iniciado 
broncodilatador de ação curta e corticoide inalatório. 
Questão 5 
 
 Mulher com 19 anos de idade, primigesta, com 
gestação de 22 semanas, procura serviço de Pronto 
Atendimento obstétrico por apresentar lesões ulceradas, 
rasas e dolorosas em vulva, iniciadas há um dia, 
acompanhada de febre não aferida e mal-estar geral. 
Relata que o quadro se iniciou há três dias, precedido por 
sensação de queimação no local. Nega qualquer lesão 
semelhante anterior. Não se observam alterações em 
gânglios inguinais. 
 
A hipótese diagnóstica e a conduta corretas para a 
paciente são, respectivamente: 
 
A cancro mole; iniciar doxiciclina. 
B herpes genital; iniciar aciclovir oral. 
C donovanose; iniciar penicilina benzatina. 
D sífilis primária; iniciar penicilina benzatina. 
E condiloma plano; cauterizar com ácido tricloroacético 90%. 
Questão 6 
 Mulher com 28 anos de idade foi internada por 
apresentar quadro de confusão mental progressiva e 
rebaixamento do nível de consciência. Os familiares 
informam que ela apresenta perda progressiva de peso (de 
aproximadamente 10 kg), além de episódios febris (até 
38,5 ºC) nos últimos três meses. Negam a ocorrência de 
tosse ou diarreia; relatam o uso de drogas endovenosas há 
pelo menos cinco anos, além do consumo excessivo de 
álcool e cigarros. Há uma semana iniciou quadro de 
confusão mental e há dois dias evolui com rebaixamento 
do nível de consciência, apresentando-se torporosa no 
momento da internação. Foi iniciada, empiricamente, 
ceftriaxona. Os exames iniciais demonstraram leucócitos = 
3.600/mm3, com 70% de neutrófilos, 20% de linfócitos e 
10% de eosinófilos; anemia hipocrômica, microcítica, com 
anisocitose; plaquetas normais; VHS = 102 mm na 
primeira hora; ureia, creatinina, TGO/AST, TGP/ALT e 
eletrólitos normais; a tomografia computadorizada de 
crânio foi normal. Após a realização dos exames e 48h de 
antibioticoterapia, a paciente apresentava-se sem melhora 
do quadro clínico. Foi então realizada uma punção lombar 
diagnóstica evidenciando: 220 leucócitos/mm3, com 70% 
de linfócitos, níveis elevados de proteína e baixos níveis de 
glicose. 
 
O diagnóstico da paciente é: 
 
A meningite viral. 
B encefalite viral. 
C meningite tuberculosa. 
D meningite estafilocócica. 
E meningite por bacilo gram-negativo. 
Questão 7 
 Homem com 35 anos de idade, obeso, com hérnia 
de hiato, é acompanhado clinicamente há cerca de dez 
anos. Sua última endoscopia de controle mostrou 
esofagite com esôfago de Barret em uma extensão de 
cerca de 5 cm. Foram colhidas biópsias cujo resultado foi 
metaplasia de Barret. 
 
A conduta inicial para o seguimento deste paciente é: 
 
A indicação imediata de cirurgia antirrefluxo. 
B indicação imediata de esofagectomia parcial. 
C orientações higienodietéticas e o uso de antiácidos 
orais. 
D uso de inibidores de bomba de prótons - 60 a 80 
mg/dia - por três meses. 
E erradicação de H. pylori com amoxicilina - 2,0 g/dia e 
claritromicina - 1,0 g/dia. 
173
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 3 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 8 
 
 Mulher com 81 anos de idade, fumante há 60 anos, deu entrada em hospital geral com quadro de dispneia 
intensa, que evoluiu para óbito dois dias após a internação. Na admissão fez-se o diagnóstico de embolia pulmonar e 
trombose venosa profunda em membro inferior direito. 
 
O preenchimento adequado da declaração de óbito é: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Parte I: a. embolia pulmonar; b. trombose venosa profunda; c. tabagismo. 
Parte II: (sem preenchimento). 
B Parte I: a. dispneia intensa; b. trombose venosa profunda; c. tabagismo. 
Parte II: embolia pulmonar. 
C Parte I: a. embolia pulmonar; b. trombose venosa profunda. 
Parte II: tabagismo. 
D Parte I: a. dispneia intensa; b. trombose venosa profunda. 
Parte II: tabagismo. 
E Parte I: a. trombose venosa profunda. 
Parte II: embolia pulmonar. 
Questão 9 
 
 
 Criança com três anos de idade, nascida a termo, não acompanhada regularmente na Puericultura, foi levada pela 
mãe para uma consulta na Unidade Básica de Saúde após sofrer fratura no antebraço direito há dois meses. Após 
avaliação médica foi observado: baixa estatura para a idade, escoliose, desproporção da relação segmento superior e 
inferior, hipotonia muscular e hérnia umbilical pequena. 
 
 O médico solicitou radiografia de mão e punho e de membros inferiores, mostradas abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico e a alteração radiológica que o confirma são, respectivamente: 
 
A osteopenia e perda da densidade óssea. 
B hipotireoidismo e atraso da idade óssea. 
C deficiência de fósforo e osteomalácia. 
D displasia óssea e displasia metafisária. 
E raquitismo e alargamento das epífises. 
174
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 4 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 10 
 
 Mulher com 23 anos de idade, primigesta, idade 
gestacional de 30 semanas, vem à quarta consulta de pré-
natal. Não relata nenhuma queixa. Ao exame clínico, 
apresenta pressão arterial = 140x90 mmHg (em decúbito 
lateral esquerdo), pulso = 80 bpm, altura uterina = 31 cm e 
frequência cardíaca fetal = 140 bpm. Traz exame de 
proteinúria de 24 horas com valor de 412 mg/24h. 
Hemograma apresentando contagem de plaquetas de 
220.000/mm³. No cartão da gestante, estão anotadas as 
seguintes medidas da pressão arterial registradas nas 
consultas anteriores: 110x70 mmHg, 120x70 mmHg e 
140x100 mmHg. 
 
O diagnóstico correto é: 
 
A pré-eclâmpsia leve. 
B pré-eclâmpsia grave. 
C iminência de eclâmpsia. 
D hipertensão gestacional. 
E hipertensão arterial crônica. 
Questão 11 
 
 
 Uma criança com 10 anos de idade é trazida ao 
hospital de referência, em cidade de grande porte, com 
quadro que já se arrasta há seis meses. Apresenta febre 
irregular intercalada com períodos de apirexia, anorexia e 
perda ponderal de 6 Kg. A mãe relata, ainda, diarreia 
ocasional, sangramento gengival frequente, epistaxe e 
episódios de pneumonia e otite, tratados com antibióticos 
nos dois últimos meses, pouco antes da mudança 
realizada pela família, que saiu de uma cidade da zona 
rural para uma cidade da zona urbana. Ao exame, a 
criança apresenta-se emagrecida, hipodesenvolvida para a 
idade, cabelos finos e quebradiços, hipocorada 2+/4, 
anictérica, com micropoliadenopatia cervical e axilar 
bilateral, sopro sistólico 2+/6+, pancardíaco, abdome 
distendido, com fígado palpável a 5 cm do rebordo 
costal direito, baço palpável a 8 cm do rebordo costal 
esquerdo, edema de membros inferiores 1+/4, frio e com 
cacifo. Temperatura axilar = 37,8 oC; PA = 100x70 mmHg; 
FC = 104 bpm; FR = 18 irpm. 
 
A melhor correlação entre a manifestação clínica 
apresentada pela criança e seu mecanismo fisiopatológico, 
nessa endemia brasileira, é: 
 
A a esplenomegalia como efeito da hipertrofia 
progressiva, por aumento da pressão sanguínea no 
sistema portal intra-hepático e da veia esplênica. 
B as infecções bacterianas como seguimento ao 
aumento da resposta imunológica TH1 e da produção 
exagerada de interferongama e interleucina 2. 
C o edema de membros inferiores, frio e com cacifo, 
como consequência da insuficiência cardíaca 
congestiva secundária a miocardiopatia dilatada. 
D a anemia como resultado da combinação de hemólise, 
ocupação de medula óssea por macrófagos 
infectados, hemorragias e sequestro esplênico. 
E os sangramentos gengivais e epistaxe como efeito da 
diminuição da produção de fatores de coagulação pela 
lesão direta e insuficiência hepatocelular. 
Questão 12
 Mulher com 57 anos de idade deu entrada na 
Emergência apresentando, há um dia, cinco episódios de 
evacuações com sangue vermelho vivo e em grande 
quantidade. Na admissão apresenta pressão arterial = 
70x50 mmHg, frequência cardíaca = 164 bpm, sudorese 
profusa e intensa palidez cutâneo-mucosa. O exame do 
abdome é normal e no exame proctológico são vistas 
hemorróidas Grau II. Foi administrado O2 nasal, hidratação 
com 2 litros de Ringer Lactato em acesso venoso periférico 
e a paciente encontra-se estável hemodinamicamente 
após seis horas da admissão. 
 
Com base no quadro clínico descrito, entre as opções 
abaixo, a próxima conduta diagnóstica e/ou terapêutica é: 
 
A angiografia e possível embolização para diagnóstico e 
terapêutica. 
B vasopressina EV para diminuir o sangramento e sua 
recorrência. 
C enema opaco para diagnóstico e hemostasia. 
D tomografia com contraste para diagnóstico. 
E colonoscopia após preparo intestinal. 
Questão 13
 Durante uma reunião de capacitação em Saúde 
Escolar para os Agentes Comunitários de Saúde das 
equipes de Saúde da Família de um município de médio 
porte, foi fornecida uma série de informações e de 
procedimentos relativos à avaliação de acuidade visual de 
crianças e adolescentes. 
 
Os Agentes Comunitários de Saúde devem saber que: 
 
A existem sinais e sintomas de alerta que podem 
caracterizar distúrbios de acuidade visual em crianças 
e adolescentes, como crianças com comportamento 
agitado, dificuldade de socialização e déficit de 
aprendizagem. 
B caso o rastreamento pela tabela de Snellen seja 
positivo, a criança deverá ser encaminhada para a 
equipe de Saúde da Família, que a avaliará 
clinicamente, antes de encaminhá-la ao especialista. 
C existem fatores de risco para problemas de saúde 
ocular em crianças, como baixo peso ou tamanho para 
a idade, tabagismo durante a gestação e falta de 
suplementação de ferro no primeiro ano de vida. 
D o teste para triagem de acuidade visual utiliza a Tabela 
de Snellen e pode ser realizado em crianças a partir de 
sete anos de idade, por qualquer profissional treinado. 
E crianças com sinais e/ou sintomas de desconforto, 
como esfregar os olhos, piscar muito e/ou apresentar 
conjuntivas vermelhas, não devem ser submetidas ao 
teste de acuidade visual. 
175
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 5 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 14 
 
 Lactente com um ano de idade passou a frequentar 
creche há dois meses e, nesse período, já apresentou dois 
episódios de infecção de vias aéreas superiores (IVAS). 
Há três dias passou a apresentar quadro de febre, coriza 
hialina e tosse, inicialmente seca, que evoluiu para tosse 
produtiva. Há 24h foi levado pela mãe ao Pronto 
Atendimento e foi medicado com paracetamol e solução 
fisiológica nasal. Como não houve melhora do quadro, a 
mãe retornou ao Pronto Atendimento para nova consulta. 
Ao exame físico, a criança encontra-se afebril, gemente, 
FR = 50 irpm, ausculta pulmonar com roncos difusos e 
tiragem subcostal. À otoscopia observa-se hiperemia de 
membrana timpânica bilateral e oroscopia com leve 
hiperemia de pilares amigdalianos. 
 
Com base no quadro clínico e exame físico, o diagnóstico 
e a conduta imediata são, respectivamente: 
 
A bronquiolite; indicar oxigenoterapia. 
B pneumonia; encaminhar para internação. 
C amigdalite viral; prescrever sintomáticos. 
D otite média aguda; prescrever antibiótico. 
E asma; prescrever broncodilatador inalatório. 
Questão 15 
 
 Casal procura atendimento médico em Unidade 
Básica de Saúde com história de tentativas frustradas de 
engravidar há dois anos, a despeito de manter relações 
sexuais frequentes e sem uso de métodos contraceptivos. 
Ela tem 25 anos de idade, apresenta ciclos menstruais 
regulares e nega dismenorreia, dispareunia, comorbidades 
ou antecedente de doenças sexualmente transmissíveis. 
Ele tem 30 anos de idade, sem antecedentes relevantes, 
com filho de cinco anos de idade de outro relacionamento. 
 
Considerando a propedêutica indicada na abordagem 
inicial do casal infértil, devem ser solicitados: 
 
A espermograma e histerossalpingografia. 
B ultrassonografia transvaginal e teste pós-coital. 
C teste pós-coital e ultrassonografia escrotal com 
Doppler. 
D dosagem de LH no 14.º dia do ciclo e 
histerossalpingografia. 
E espermograma e dosagem de FSH no terceiro dia do 
ciclo para avaliar reserva ovariana. 
Questão 16
 Mulher com 22 anos de idade vem à consulta 
ambulatorial com diarreia há seis meses. Apresenta cerca 
de seis evacuações ao dia, com fezes pastosas 
volumosas, de odor fétido, amareladas e espumosas, sem 
muco ou sangue. Nega tenesmo ou febre. Piora com a 
ingestão de leite. Tem cólicas eventuais e distensão 
abdominal gasosa. Teve perda ponderal de 5 kg desde 
o início do quadro. É solteira, sem atividade sexual. 
Nega uso de drogas ou álcool. Nega cirurgias prévias. 
Ao exame físico apresenta-se com índice de massa 
corpórea de 22 kg/m2. Mucosas hipocrômicas. Evidente 
perda de massa muscular. Abdome discretamente 
distendido por gases, sem ascite, visceromegalias ou 
tumorações. Presença de lesões de pele, de aspecto 
herpetiforme, em tronco. 
 
No relatório, para justificar o encaminhamento da paciente 
para o especialista, deverá ser especificada a necessidade 
de que a paciente seja submetida a: 
 
A tomografia computadorizada de abdome total. 
B retossigmoidoscopia com biópsia de mucosa retal. 
C colonoscopia com biópsia de mucosa de sigmóide. 
D estudo radiológico de trânsito do intestino delgado. 
E endoscopia digestiva alta com biópsia de duodeno. 
Questão 17
 Mulher com 41 anos de idade procurou a Unidade 
de Pronto Atendimento com relato de dor anal há três dias 
e, há cerca de seis horas, notou sangramento anal 
vermelho vivo entremeado com coágulos. Nega alteração 
de hábito intestinal e história familiar de neoplasia 
colorretal. Ao exame observa-se uma nodulação perianal 
com cerca de 1 cm de diâmetro, arroxeada e com 
laceração central por onde se extrui um coágulo 
sanguíneo. O toque retal foi muito doloroso e não 
evidenciou tumores ou presença de sangue nas fezes. 
 
Com base nessas informações, a conduta correta é: 
 
A fazer a esclerose do vaso sangrante. 
B encaminhar para cirurgia de urgência. 
C realizar a trombectomia no momento do exame. 
D fazer ligadura elástica para hemostasia do vaso 
sangrante. 
E prescrever anti-inflamatório não esteroidal e observar o 
sangramento. 
176
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 6 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 18 
 
 Em uma pequena cidade, de oito mil habitantes, foi 
iniciada uma nova gestão municipal, que buscou 
implementar o modelo de Estratégia de Saúde da Família. 
A população, entendendo que o atendimento poderia 
piorar, reagiu negativamente. A fim de sensibilizar a 
população em prol da consolidação do modelo, uma 
equipe da Secretaria Estadual de Saúde foi mobilizada. 
Para alcançar este objetivo, durante uma reunião com a 
comunidade, a equipe explicitou os princípios do novo 
modelo. 
 
Entre os argumentos apresentados abaixo, qual seria o 
correto para a equipe utilizar? 
 
A A realização da territorialização possibilitará a 
identificação das fortalezase fragilidades dos 
equipamentos da comunidade. 
B No processo de adscrição da clientela, as famílias que 
não forem previamente cadastradas não serão 
atendidas pela equipe de saúde. 
C A mudança de um modelo assistencial preventivo para 
um curativo será positiva, pois beneficiará as pessoas 
com doenças crônicas. 
D Com a implementação desta estratégia, o atendimento 
será hierarquizado, isto é, antes da consulta médica 
haverá a consulta de enfermagem. 
E O novo modelo terá como objetivo realizar promoção e 
prevenção à saúde, o que praticamente elimina a 
necessidade de atendimentos individuais. 
Questão 19 
 
 Criança com 9 anos de idade, previamente hígida, 
desenvolveu quadro de astenia há dois dias. Há seis horas 
passou a apresentar alguns episódios de vômito, dor 
abdominal, poliúria e polidipsia. Foi levada pela mãe ao 
Pronto-Socorro, onde chegou com quadro de desidratação 
e confusão mental. O plantonista solicitou gasometria 
arterial, que apresentou o seguinte resultado: pH = 7,2; 
pO2 = 75 mmHg; pCO2 = 30 mmHg; HCO3- = 12 mEq/L e 
Excesso de base (BE) = -18 mEq/L. 
 
Com base no quadro clínico e exames laboratoriais, o 
diagnóstico e a conduta imediata são, respectivamente: 
 
A cetoacidose diabética; corrigir desidratação pelo 
cálculo da depleção do espaço extracelular. 
B intoxicação exógena aguda; administrar carvão ativado 
e tomar medidas para estabilização do paciente. 
C obstrução intestinal; corrigir a desidratação, além de 
solicitar US abdominal para confirmar o diagnóstico. 
D pancreatite aguda; encaminhar para Unidade de 
Terapia Intensiva para monitorização e suporte. 
E gastroenterocolite aguda; corrigir desidratação de 
acordo com o seu grau. 
Questão 20
 Mulher com 25 anos de idade, nuligesta, procura o 
Ambulatório de Mastologia relatando ter notado a presença 
de nódulo na mama esquerda há dois meses. Faz uso de 
anticoncepcional combinado oral. Nega história familiar de 
câncer de mama. Ao exame, palpa-se nódulo de 
consistência fibroelástica, de contornos regulares, móvel, 
indolor, medindo cerca de 3,0 cm, em quadrante 
superoexterno da mama esquerda. 
 
A conduta imediata indicada é: 
A solicitar mamografia. 
B realizar exérese do nódulo. 
C realizar controle clínico a cada seis meses. 
D solicitar mamografia e ultrassonografia mamária. 
E realizar punção aspirativa com agulha fina (PAAF). 
Questão 21
 Mulher com 48 anos de idade, durante investigação 
laboratorial de rotina em Ambulatório de Clínica Médica, 
é surpreendida com achado de aminotransferases cerca 
de duas vezes o limite superior da normalidade. Na 
investigação de órgãos e sistemas, a paciente relata 
apenas “cansaço frequente”. Foram solicitados 
marcadores virais de hepatites, os quais revelaram: 
Anti-HAV IgG não reativo; HBsAg não reativo, Anti-HBc 
IgG não reativo, Anti-HCV reativo. Diante dos resultados, 
foram adicionados à investigação a solicitação de PCR 
quantitativo para HCV, genotipagem do HCV, 
ultrassonografia abdominal e indicada vacinação para 
hepatite A e B. 
 
No encaminhamento para hepatologista, o conjunto de 
resultados que indicaria a maior probabilidade de resposta 
virológica sustentada para tratamento antiviral com 
ribavirina e peg-interferon é: 
 
A RNA do HCV indetectável e fígado com evidências de 
cirrose. 
B RNA do HCV indetectável e fígado sem evidências de 
fibrose. 
C RNA do HCV detectável com < 2.000.000 cópias/ml, 
genótipo 4 e fígado com esteatose. 
D RNA do HCV detectável com > 2.000.000 cópias/ml, 
genótipo 1 e fígado com fibrose avançada. 
E RNA do HCV detectável com < 2.000.000 cópias/ml, 
genótipo 2 e fígado com evidência de fibrose. 
177
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 7 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 22 
 
 Criança do sexo masculino, com 7 meses de idade, 
começou a apresentar crises de choro injustificado 
intercaladas com períodos de acalmia. Tem leve distensão 
abdominal, principalmente em quadrante superior direito, e 
vômitos de conteúdo alimentar há cerca de dois dias. Hoje 
pela manhã, a mãe notou fezes contendo substância 
gelatinosa e de cor róseo-avermelhada, o que a motivou a 
procurar serviço de Pronto Atendimento. Ao exame, a 
criança se apresenta inquieta e chorosa, os ruídos 
abdominais estão presentes, levemente aumentados e 
com timbre metálico. Na palpação abdominal evidencia-se 
uma tumoração fusiforme em hipocôndrio direito, sem 
sinais de irritação peritonial. 
 
Com base nessas informações, pode-se afirmar que, na 
investigação por imagem: 
 
A a presença de sangue nas fezes contraindica o enema 
baritado. 
B a radiografia simples de abdome deve mostrar uma 
imagem de dupla bolha. 
C a tomografia computadorizada é superior ao enema 
baritado no acompanhamento da redução hidrostática. 
D a ultrassonografia de abdome deve mostrar imagens 
em "alvo" e "pseudo rim" no quadrante superior direito. 
E a ultrassonografia de abdome deve mostrar imagem 
de espessamento (hipertrofia) da camada muscular do 
piloro em epigástrio. 
Questão 23
 Primípara, no 5.º dia pós-parto, procura a Unidade 
Básica de Saúde queixando-se de dor e inchaço nas 
mamas, com dificuldade para amamentar. Relata que seu 
filho chora constantemente e que ele é preguiçoso para 
sugar o leite. Ao exame físico apresenta mamas 
volumosas, brilhantes, endurecidas, doloridas, com calor 
local. As aréolas apresentam-se tensas e os mamilos 
planos. 
 
Com base nos dados clínicos apresentados, a conduta 
correta a ser orientada é: 
 
A manter o aleitamento exclusivo sob livre demanda; 
corrigir a pega; aumentar a frequência das mamadas; 
realizar ordenha manual antes da mamada para 
diminuir a tensão da auréola; e recomendar uso de 
sutiã com alças que suspendam as mamas. 
B introduzir antibioticoterapia associada com analgésicos 
e anti-inflamatórios não hormonais; administrar 
compressas frias nas mamas; e suspender a 
amamentação até que se garanta uma boa pega e 
ocorra melhora dos sinais flogísticos nas mamas. 
C suspender a amamentação até que se garanta uma 
boa pega e para que ocorra melhora dos sinais 
flogísticos nas mamas; administrar compressas 
mornas para reduzir os aglomerados de leite nos 
ductos; e realizar a ordenha manual. 
D suspender o aleitamento exclusivo até haver a melhora 
do processo inflamatório; administrar analgésicos e 
anti-inflamatórios; iniciar exercícios para correção dos 
mamilos planos; e realizar a ordenha manual. 
E introduzir antibioticoterapia; realizar compressas 
mornas para reduzir os aglomerados de leite nos 
ductos; e manter o aleitamento exclusivo sob livre 
demanda, após correção da pega. 
178
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 8 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 24 
 
 Homem com 54 anos de idade, com antecedentes de dislipidemia, hipertensão arterial e histórico de doença 
familiar cardiovascular precoce (pai teve infarto do miocárdio aos 50 anos), deu entrada na Emergência de um hospital 
com história de dor em região epigástrica há cerca de cinco horas, em aperto, de forte intensidade, sem relação com a 
alimentação e sem fatores de melhora, acompanhada de náuseas e vômitos. Havia recebido 200 mg de AAS no hospital 
de origem. Ao exame, encontrava-se pálido, sudoreico e sonolento. Temperatura axilar = 35,8 ºC, pressão arterial = 
80x50 mmHg, frequência cardíaca = 118 bpm, frequência respiratória = 16 irpm. Perfusão periférica diminuída. A 
ausculta cardíaca revelava bulhas normofonéticas, sem sopros. Havia turgência jugular a 45.º. A ausculta pulmonar não 
revelava estertores. O eletrocardiograma da admissão é apresentado abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diante do quadro clínico do paciente, a hipótesediagnóstica, a provável causa do choque e o tratamento inicial 
recomendado são, respectivamente: 
 
A infarto do miocárdio com supra de ST de parede inferior; tamponamento cardíaco; pericardiocentese. 
B infarto do miocárdio com supra de ST de parede anterior; resposta inflamatória sistêmica; noradrenalina. 
C infarto do miocárdio com supra de ST de parede inferior; infarto de ventrículo direito; hidratação com solução salina. 
D infarto do miocárdio com supra de ST de parede anterior; ruptura de músculo papilar; colocação de balão intra-
aórtico. 
E infarto do miocárdio com supra de ST de parede ântero-septal; ruptura do septo interventricular; cirurgia cardíaca de 
emergência. 
Questão 25 
 
 Homem com 60 anos de idade, obeso, procurou Setor de Emergência de um hospital público com queixas de dor 
na panturrilha esquerda e edema de membros inferiores, após uma viagem de ônibus de doze horas de duração. Evoluiu 
com dispneia súbita, sem melhora com a mudança postural, além de hemoptise e taquicardia. A ausculta pulmonar 
revelou presença de crepitações no terço médio de ambos os pulmões. 
 
A hipótese diagnóstica principal e a opção terapêutica recomendada são, respectivamente: 
 
A tromboembolismo pulmonar agudo; heparina de baixo peso molecular associada a trombolítico. 
B pneumotórax hipertensivo; drenagem torácica fechada associada a pressão negativa. 
C infarto agudo do miocárdio; trombolítico associado a angioplastia percutânea de resgate. 
D pneumonia bacteriana; oxigenoterapia associada a antibioticoterapia de amplo espectro. 
E derrame pleural; drenagem torácica fechada associada a exame de cultura do líquido pleural. 
179
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 9 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
Questão 26 
 
 Mulher com 30 anos de idade é atendida por um 
médico numa Unidade de Saúde da Família na 
comunidade em que reside. Há três meses vem se 
sentindo muito cansada, com desânimo e desinteresse 
para fazer todas as suas tarefas diárias, inclusive sem 
vontade de comer (emagreceu 3 kg nesse período) ou de 
sair de casa. Não está dormindo direito e sente "que não 
serve para mais nada" (sic). 
 
Além do acolhimento de forma contextualizada, por meio 
de um relacionamento médico-paciente humanizado, quais 
devem ser, respectivamente, o diagnóstico e a conduta? 
 
A A paciente não preenche critérios para episódio 
depressivo e deve-se investigar anorexia nervosa. 
B A paciente preenche critérios para diagnóstico de 
episódio depressivo e deve ser encaminhada para um 
psiquiatra. 
C A hipótese diagnóstica é de anemia e deve-se solicitar 
dosagem de hemoglobina e iniciar reposição 
medicamentosa. 
D A paciente preenche critérios para diagnóstico de 
episódio depressivo e deve-se iniciar tratamento. 
E Deve-se realizar investigação das funções tireoidianas, 
pois a história clínica é característica de distúrbios 
deste órgão. 
Questão 27 
 
 A mãe de um lactente, com 3 meses de idade, 
procura atendimento médico na Unidade Básica de Saúde 
porque ele não apresenta evacuações há dois dias. Não 
há outras queixas. Refere que o lactente está em 
aleitamento materno exclusivo e as evacuações têm 
ocorrido com intervalos de até três dias. Trata-se do seu 
primeiro filho e a mãe está muito preocupada. Ao exame 
físico, a criança encontra-se ativa, reativa, normocorada e 
hidratada. Apresenta frequência respiratória e cardíaca 
normais, ausculta pulmonar e cardíaca normais e palpação 
abdominal normal. 
 
Tendo em vista a queixa materna e o exame físico, a 
orientação adequada é: 
 
A oferecer água e líquidos em abundância à criança. 
B oferecer chás caseiros nos intervalos das mamadas. 
C observar e retornar caso ocorra incômodo ao evacuar. 
D aumentar líquidos e alimentos laxantes na dieta 
materna. 
E administrar supositório de glicerina após 24h sem 
evacuações. 
Questão 28
 Mulher com 32 anos de idade procura ginecologista, 
queixando-se de irregularidade menstrual e dificuldade 
para engravidar. As menstruações frequentemente 
atrasam, chegando a ficar 120 dias sem menstruar. 
Gesta 1, Para 1, com antecedente de diabetes gestacional 
na primeira gestação, há oito anos. É sedentária, nega 
tabagismo e etilismo. Refere ter aumentado cerca de 
15 Kg desde o parto. Exame físico: presença de acne 
facial e hirsutismo, além de Acantose nigricans nas axilas 
e região nucal. Trouxe resultado de ultrassonografia 
transvaginal mostrando ovários com volume aumentado e 
presença de mais de doze folículos, medindo 9 mm em 
ambos os ovários. 
 
Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que 
a paciente apresenta risco aumentado para: 
 
A adenomiose. 
B endometriose pélvica. 
C teratoma maduro de ovário. 
D hiperplasia endometrial. 
E adenocarcinoma do colo uterino. 
Questão 29
 Homem com 48 anos de idade procura o 
ambulatório de Clínica Médica para avaliação. Não 
apresenta história de comorbidades conhecidas prévias, 
mas é tabagista (20 maços-ano) e tem histórico familiar de 
hipertensão arterial sistêmica (HAS) importante. Nega 
diabetes, dislipidemia, etilismo, drogadição, acidente 
vascular cerebral, doença renal prévia, doenças da 
tireoide, doença arterial coronariana e uso crônico de 
medicações. No momento, encontra-se assintomático, com 
pressão arterial (PA) = 145x95 mmHg (medida duas vezes 
na consulta) e índice de massa corporal de 26,8 Kg/m2. 
A fundoscopia revelou arteríolas estreitadas, tortuosas e 
brilhantes (em fio de prata), além de cruzamento arterial 
patológico. A ausculta cardíaca revelou bulhas 
normofonéticas, ritmo cardíaco regular em três tempos, 
com presença de B4 e frequência cardíaca = 88 bpm. Não 
havia turgência jugular. A ausculta pulmonar era normal. 
Não havia edema de membros inferiores. O 
eletrocardiograma revelou sinais de hipertrofia ventricular 
esquerda. A dosagem de creatinina e o sumário de urina 
(Urina I) eram normais. 
 
Diante do quadro deste paciente, a meta de PA e a 
recomendação do tratamento neste momento são, 
respectivamente: 
 
A PA < 140x90; modificação do estilo de vida isolado. 
B PA < 130X80; modificação do estilo de vida isolado. 
C PA < 140x90; modificação do estilo de vida e 
tratamento medicamentoso. 
D PA < 120x80; modificação do estilo de vida e 
tratamento medicamentoso. 
E PA < 130x80; modificação do estilo de vida e 
tratamento medicamentoso. 
180
EXAME 
Prova C
Ques
NACIONAL DE R
Cinza 
stão 30 
 
REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉÉDICOS EXPEDIDDOS POR INSTIT
 
UIÇÕES DE EDUUCAÇÃO SUPERIIOR ESTRANGEI
REVA
EXAME NAC
DE D
 
 
RAS
ALIDA
IONAL DE REVA
IPLOMAS 
 
 
10 
2013
ALIDAÇÃO
MÉDICOS
181
 
 
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS MÉDICOS EXPEDIDOS POR INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ESTRANGEIRAS 11 
Prova Cinza 
REVALIDA 2013
EXAME NACIONAL DE REVALIDAÇÃO
DE DIPLOMAS MÉDICOS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Menina com 7 anos de idade foi levada para consulta em Unidade Básica de Saúde pela mãe. Apresenta queixa 
de ganho de peso excessivo nos últimos meses. Após a realização do exame físico, foram registrados os seguintes 
dados: Peso = 35 kg; Altura = 1,25 m; Pressão Arterial (membro superior direito) = 118x80 mmHg. 
 
Após a análise das curvas de crescimento (peso, altura e índice de massa corporal – IMC) e da tabela de pressão 
arterial, é correto afirmar que os diagnósticos e a conduta inicial recomendada nessa situação são, respectivamente: 
 
A obesidade grave e hipertensão; recomenda-se incentivar hábitos de vida saudáveis (atividade física regular e 
alimentação balanceada) e realizar tratamento farmacológico. 
B sobrepeso e pressão arterial limítrofe; recomenda-se incentivar hábitos de vida saudáveis (atividade física regular e 
alimentação balanceada) e rastrear outras comorbidades. 
C obesidade e hipertensão; recomenda-se seguir plano alimentar com dieta balanceada,

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