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Unidade II POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO ADULTO Profa. Dra. Maria Inês Programas públicos de controle das doenças crônicas não transmissíveis Transição demográfica: redução das taxas de fecundidade e o envelhecimento da população associado ao aumento da expectativa de vida. Transição epidemiológica: impacto das doenças crônicas de caráter não transmissível, incluindo neste grupo as doenças transmissíveis de curso longo, como o HIV/AIDS, hepatites, hanseníase, tuberculose; as condições maternas e infantis; os acompanhamentos por ciclos de vida e seguimento das pessoas idosas; as deficiências físicas e estruturais contínuas (amputações, cegueiras e deficiências motoras persistentes) e os distúrbios mentais de longo prazo (MENDES, 2010). Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) As doenças crônicas: condições crônicas relacionadas a causas múltiplas, de início gradual, de longa ou indefinida duração e curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de agudização, que podem gerar incapacidades (BRASIL, 2013a). DCNT: doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, diabetes, câncer; estão associadas a 70% das mortes no Brasil. Influenciadas pelo estilo de vida: urbanização, condições de trabalho, industrialização, crescimento da renda, globalização, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, tabagismo e etilismo. Epidemiologia das doenças crônicas As principais causas de morte no Brasil são atribuídas às doenças cardiovasculares (BRASIL, 2014). Cerca de 100 mil óbitos anuais por acidente vascular cerebral (AVC) e 85 mil óbitos por infarto agudo do miocárdio (IAM). O diabetes mellitus ocupa o 4º lugar no ranking das principais causas de mortalidade – cerca de 60 mil mortes anuais. Os fatores de risco em comum: o tabagismo, o sedentarismo, a alimentação inadequada e o consumo excessivo de álcool. Portanto, exigem estratégias de promoção da saúde e prevenção. Modelo de Atenção às Doenças Crônicas (MENDES, 2012) Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/abc/v100n3/a01fig01.jpg 70 a 80 % 20 a 30 % 1 a 5 % Atenção às pessoas com doenças crônicas Adoção de hábitos saudáveis de vida e as mudanças no estilo de vida por meio de abordagem diferenciada por parte das equipes de saúde, de acordo com o contexto de vida e a subjetividade dos indivíduos. É necessário promover educação em saúde buscando a sensibilização sobre possíveis riscos, condição de saúde, pactuando metas e planos de como seguir o cuidado. As ações educativas visam reduzir internações hospitalares, promover aderência dos usuários aos programas de acompanhamento, melhorando a qualidade de vida e reduzindo o risco de complicações agudas e crônicas. (BRASIL, 2013a) Modificações de estilo de vida, segundo impacto de cada mudança na redução da Pressão Arterial (PA) Fonte: BRASIL, 2013b. Modificação Recomendação Redução da PA (mmHg) Redução de peso Manter IMC entre 18,5 e 24,9 Kg/m2. 5 a 20 Alimentação saudável Reduzir sal e a gordura total e saturada. 8 a 14 Atividade física Atividade aeróbica regular 4 a 9 Moderação no consumo de álcool Não ultrapassar 30ml de etanol/dia para homens e 15ml de etanol/dia para mulheres e indivíduos de baixo peso 2 a 4 Interatividade Assinale a alternativa correta referente às metas nacionais propostas pelo Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS: a) Aumentar o consumo de frutas e hortaliças e reduzir o consumo médio de sal. b) Reduzir prevalência de obesidade e aumentar a prevalência de atividade física no lazer. c) Reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool e tabaco em adultos. d) Aumentar a cobertura de mamografia e colpocitologia oncótica em mulheres. e) Todas as afirmativas anteriores estão corretas. Resposta Assinale a alternativa correta referente às metas nacionais propostas pelo Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022, do MS: a) Aumentar o consumo de frutas e hortaliças e reduzir o consumo médio de sal. b) Reduzir prevalência de obesidade e aumentar a prevalência de atividade física no lazer. c) Reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool e tabaco em adultos. d) Aumentar a cobertura de mamografia e colpocitologia oncótica em mulheres. e) Todas as afirmativas anteriores estão corretas. Sistematização da assistência de enfermagem na atenção às DCNT Coleta de dados: histórico de antecedentes familiares e pessoais; avaliação de fatores de risco e exame físico geral, observando-se com atenção: níveis de pressão arterial; avaliação antropométrica – cálculo do IMC: peso (kg)/altura2(m); identificação de hiperglicemia ou hipoglicemia; resultados dos exames laboratoriais (alterados, atrasados ou extraviados); estratificação de risco cardiovascular segundo escore de Framingham e risco para DM. Classificação da pressão arterial para indivíduos acima de 18 anos Classificação Pressão Sistólica (mmHg) Pressão Diastólica (mmHg) Ótima <120 <80 Normal <130 <85 Limítrofe 130-139 85-89 Hipertensão estágio 1 140-159 90-99 Hipertensão estágio 2 160-179 100-109 Hipertensão estágio 3 ≥180 ≥110 Hipertensão sistólica isolada ≥140 <90 Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2010. Avaliação antropométrica Classificação IMC (kg/m2) /Idade 18-60anos ≥ 60anos Baixo peso <18,5 ≤ 22 e <27 Eutrofia 18,5 – 24,99 ≥27 Excesso de peso/sobrepeso 25 – 29,99 - Obesidade grau I 30 – 34,99 - Obesidade grau II 35 – 39,99 - Obesidade grau III >40 - Fonte: WHO (2000) citado por BRASIL, 2014. Circunferência abdominal (cm) indicarão risco cardiovascular quando ≤ 94 cm para os homens e ≤ 80 cm para as mulheres. Valores preconizados para o diagnóstico de Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 e seus estágios pré-clínicos Categoria Glicemia de jejum* TTG: 2h após 75g de glicose Glicemia casual ** Hemoglobina glicada (HbA1c) Glicemia normal <110 <140 <200 Glicemia alterada >110 e <126 Tolerância diminuída à glicose ≥140 e <200 Diabetes mellitus ≥126 ≥200 200 (com sintomas clássicos***) >6,5% Fonte: BRASIL, 2013c. *Ausência de ingestão calórica por, no mínimo, oito horas. **Realizada a qualquer hora do dia, sem considerar intervalo desde a última refeição. ***Poliúria, polidipsia e polifagia. Assistência de enfermagem às pessoas com diabetes mellitus Proporcionar compreensão sobre a história natural da doença. Promover o autocuidado na perspectiva da mudança comportamental. Prevenção de fatores de risco: tabagismo, etilismo, alimentação desequilibrada, sedentarismo, excesso de peso e presença de comorbidades e/ou complicações. Monitorar e assistir pessoa com DM no controle da glicemia. Promover o autocuidado na administração de insulina e antidiabéticos orais. Proporcionar cuidados de enfermagem na prevenção das complicações nos pés da pessoa com diabetes mellitus. Sistematização da assistência de enfermagem na atenção às DCNT Diagnósticos de enfermagem concisos e priorizados segundo as necessidades do indivíduo e estratificação de riscos. Implementação de cuidados e a avaliação de acordo com o plano assistencial, retornos, consultas médicas, atividades educativas, visitas domiciliares, agendamento para exames. Registros em prontuário e nos sistemas de informação – Hiperdia, Siab, Sia, entre outros (DATASUS, 2017). Interatividade A prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) na população urbana adulta brasileira varia de 22,3% a 43,9%, dependendo da cidade onde o estudo foi conduzido. A principal relevância da identificação e controle da HAS reside na redução das suas complicações, tais como: a) Doença cerebrovascular, doença arterial coronariana. b) Insuficiênciacardíaca, doença renal crônica, doença arterial periférica. c) Insuficiência pancreática, insuficiência renal aguda e infarto agudo do miocárdio. d) Afecções de pele, coração e sistêmica. e) Somente as alternativas A e B são corretas. Resposta A prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) na população urbana adulta brasileira varia de 22,3% a 43,9%, dependendo da cidade onde o estudo foi conduzido. A principal relevância da identificação e controle da HAS reside na redução das suas complicações, tais como: a) Doença cerebrovascular, doença arterial coronariana. b) Insuficiência cardíaca, doença renal crônica, doença arterial periférica. c) Insuficiência pancreática, insuficiência renal aguda e infarto agudo do miocárdio. d) Afecções de pele, coração e sistêmica. e) Somente as alternativas A e B são corretas. Política Nacional de Saúde Mental Doença mental: quando as pessoas não conseguem desenvolver ou manter-se em funcionamento harmônico para viver com seu grupo cultural ou em sociedade (WHO,2002). Apoiada na lei 10.216/01 e na III Conferência Nacional de Saúde Mental, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária, com o objetivo de reverter o modelo de atenção hospitalar através da ampliação significativa da rede extra hospitalar – Rede de Atenção Psicossocial. 3% de transtornos mentais severos e persistentes na população geral e 12% de atendimento contínuo ou eventual em saúde mental (BRASIL, 2004). Rede de Atenção Psicossocial Organizada de acordo com a definição do território e população adscrita. Os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS ocupam papel central de ordenador do cuidado aos casos de sofrimento mental graves e persistentes. Demais serviços da RAP: Residências Terapêuticas; Unidades Psiquiátricas em Hospitais Gerais; serviços de atenção básica; Núcleos de Apoio à Saúde da Família; Consultórios na Rua; Centros de Convivência; Centros de Atenção Psicossocial nas suas diferentes modalidades (Infantil, Álcool e Drogas); Atenção de Urgência e Emergência; Unidades de Acolhimento; Leitos de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (BRASIL, 2013d). Rede de Atenção Psicossocial – RAP Os serviços da RAP desenvolvem atendimento individual, consultas, psicoterapia e orientações e fornecimento de medicamentos; atendimento em grupo/oficinas; atividades comunitárias; assembleias e atendimento para a família, considerando-se a complexidade da dinâmica existente em cada núcleo familiar. Fonte: BRASIL, 2004, p.11. Interatividade Considerando a expansão da Rede de atenção psicossocial com serviços substitutivos no Brasil, assinale a alternativa correta: a) A expansão do número de CAPS foi importante para a reforma psiquiátrica, mas ainda há dificuldade nos fluxos de encaminhamentos de usuários entre a Atenção Básica e a Atenção Especializada. b) b) O aumento do número de CAPS é importante para que as famílias sem condições de cuidar dos usuários com transtornos mentais possam ter uma instituição responsável por eles. Interatividade c) Os CAPs, como porta de entrada dos usuários com transtornos mentais para o sistema de saúde, devem atuar na lógica de reinserção social e cuidado interdisciplinar hospitalar. d) O aumento do número de CAPS no país é incoerente com os princípios da Reforma Psiquiátrica, que busca diminuir o número de instituições que cuidam das pessoas com transtornos mentais. e) A inserção social dos usuários dos CAPS se dá no interior do próprio sistema de saúde, por meio de atividades educativas e lúdicas. Resposta Considerando a expansão da Rede de atenção psicossocial com serviços substitutivos no Brasil, assinale a alternativa correta: a) A expansão do número de CAPS foi importante para a reforma psiquiátrica, mas ainda há dificuldade nos fluxos de encaminhamentos de usuários entre a Atenção Básica e a Atenção Especializada. Processo de trabalho em saúde mental Acolhimento e vínculo com o terapeuta ou técnico de referência. Técnico de referência: profissional de saúde (psicólogo, enfermeiro, médico, assistente social, terapeuta ocupacional, entre outros) que atuará como pessoa de referência para o usuário/família, no estabelecimento, para implementação e avaliação do projeto terapêutico singular (PTS). PTS: consiste em uma estratégia de cuidado definido e pactuado pela equipe de saúde mental em conjunto com o usuário e família, levando em conta as necessidades, as expectativas, as crenças e o contexto social da pessoa. Processo de cuidar em enfermagem psiquiátrica e saúde mental O cuidar em enfermagem em saúde mental é parte integrante e fundamental na atenção em saúde mental e psiquiátrica. O enfermeiro atua não somente na assistência efetiva às pessoas portadoras de transtornos mentais, como também na proteção dos seus direitos aos tratamentos nas instituições e, até mesmo, no contexto social em que vivem. Enfermeiro é um importante agente da humanização do cuidado em saúde mental e psiquiátrico. Processo de cuidar em enfermagem psiquiátrica e saúde mental Enfermeiro deve promover a educação em saúde junto ao usuário e sua família, buscando a promoção, manutenção e recuperação de comportamentos que contribuam para o seu funcionamento integrado. Contribuir para melhorar as habilidades de enfrentamento da doença mental, sem desconsiderar as outras dimensões da pessoa. O cliente deve sempre ser visto como uma pessoa, família ou comunidade, com seus direitos e deveres em relação à sua saúde. Interatividade Baseado na lei federal n° 10.216, de 6 de abril de 2001, são direitos da pessoa portadora de transtorno mental: a)Assegurar o internamento igualitário e a construção de mais hospitais psiquiátricos. b)Centralizar a assistência em saúde mental, para que as ações de reabilitação sejam mais controladas. c)Acesso indiferenciado aos pacientes que são retirados dos hospitais e assistidos em ambulatórios, considerando-os portadores de transtorno mental grave, acolhendo-os e incluindo- os no convívio social. d)Ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade. e)Todas as alternativas estão corretas. Resposta Baseado na lei federal n° 10.216, de 6 de abril de 2001, são direitos da pessoa portadora de transtorno mental: d) Ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Programas públicos de controle das doenças crônicas não transmissíveis Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) Epidemiologia das doenças crônicas Modelo de Atenção às Doenças Crônicas �(MENDES, 2012) Atenção às pessoas com doenças crônicas Modificações de estilo de vida, segundo impacto de cada mudança na redução da Pressão Arterial (PA) Interatividade Resposta Sistematização da assistência de enfermagem na atenção às DCNT Classificação da pressão arterial para indivíduos acima de 18 anos Avaliação antropométrica Valores preconizados para o diagnóstico de Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 e seus estágios pré-clínicos Assistência de enfermagem às pessoas com diabetes mellitus Sistematização da assistência de enfermagem na atenção às DCNT Interatividade Resposta Política Nacional de Saúde Mental Rede de Atenção Psicossocial Rede de Atenção Psicossocial – RAP Interatividade Interatividade Resposta Processo de trabalho em saúde mental Processo de cuidar em enfermagem psiquiátrica �e saúde mental Processo de cuidar em enfermagem psiquiátrica e saúde mental Interatividade Resposta Slide Number 29
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