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BARATEIRO, C.E.R.B., EVANGELISTA, M.; Engenharia de Comissionamento: Uso em Sistemas de Medição Fiscal de Óleo e Gás Natural. INTECH n. 99 p.40-44. ISSN: 1518.6024. Sâo Paulo: 2008 . ENGENHARIA DE COMISSIONAMENTO: USO EM SISTEMAS DE MEDIÇÃO FISCAL DE ÓLEO E GÁS NATURAL Carlos Eduardo Ribeiro de Barros Barateiro carlos.barateiro@emersonprocess.com Emerson Process Management Ltda Moises Evangelista moises.evangelista@emersonprocess.com Emerson Process Management Ltda Abstract In the last years, we have being involved in projects, construction and delivering of many O&G systems, where we were able to take part of the commissioning and start- up phase. We have noted, the lack of previous involvement of the commissioning team with other project phases has provoked a lot of mistakes, systems with measurement errors, lost of time, delays, excess of people working offshore, with big impacts in the overall project cost. This paper shows some commissioning aspects, mainly the necessity of early involvement with documentation generation, allowing the conditioning work, which having been well done, will allow a smooth transition from the construction phase to operation. Resumo Acompanhamos nos últimos anos o projeto, construção e entrega de diversos sistemas de medição de óleo e gás natural, tendo sido possível acompanhar a realização dos seus comissionamentos e partidas. Observamos que a falta de entrosamento das equipes de comissionamento com as fases preliminares dos projetos provocam erros no desempenho dos sistemas e grande perda de tempo, com prejuízo de vagas e custo de produção, em instalações offshore. Este artigo aborda os aspectos do comissionamento e a necessidade de envolvimento dessas equipes desde a geração dos primeiros documentos do sistema até a partida, minimizando assim as dificuldades, evitando que o projeto seja uma fonte ininterrupta de não conformidades. Palavras chaves: Medição fiscal de óleo e gás natural, comissionamento, sistemas de medição. mailto:carlos.barateiro@emersonprocess.com mailto:moises.evangelista@emersonprocess.com 1 INTRODUÇÃO A tradicional frase “o que não se mede, não se controla”, sempre foi uma realidade em todas indústrias de processo, e não deixaria de ser também na indústria de petróleo e derivados. Para tanto muito já foi empregado e se emprega em recursos humanos e tecnológicos, em busca da medição confiável. Nos últimos anos, em função da regulamentação específica definida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em conjunto com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), denominada portaria conjunta n° 001, tivemos um crescente interesse nos projetos de medição de óleo e gás natural. Em que pese, ser essa legislação, com efeitos limitados à Exploração & Produção de Óleo e Gás, o que observamos é a extensão dos seus requisitos aos órgãos de transporte e distribuição de derivados de petróleo em todo o país. Os primeiros sistemas de medição, adequados a essa nova portaria, foram concluídos nos últimos dois ou três anos e a experiência adquirida nos mesmos deve ser considerada para os novos projetos, notadamente para as próximas plataformas de produção que estão em fase de construção ou projeto. Uma das grandes lições aprendidas está relacionada ao comissionamento desses sistemas. Na realidade, o que foi observado pode ser estendido a todos os projetos sejam eles de medição ou de processo, mas este trabalho irá focar especificamente sobre as particularidades encontradas nas malhas de medição de óleo e gás natural. A primeira grande questão que se apresenta é a definição do momento do envolvimento das equipes responsáveis pelo comissionamento nas demais atividades do projeto. Tipicamente o comissionamento sempre foi tratado como um conjunto de ações secundárias onde o projeto básico, projeto detalhado e a obra em si eram considerados os pontos mais importantes do empreendimento. Mas será que o comissionamento do sistema pode ser deixado para um segundo plano? Pode ser executado numa segunda etapa? Quais as conseqüências desse distanciamento no resultado final do projeto? É muito comum que a execução do comissionamento seja deixada para uma equipe que não esteve envolvida com o projeto básico do sistema de medição. Tantas pequenas empresas sobrevivem no mercado fornecendo mão-de-obra para a realização desses serviços. E o que temos encontrado na maioria dos projetos? Equipes muitas vezes com pessoal bem qualificado, mas que não consegue partir um sistema de medição porque não há informações suficientes ou ainda porque os equipamentos fornecidos não são totalmente compatíveis com as realidades das condições de operação. Vale ressaltar que o sistema de medição deve ser encarado como uma caixa registradora e se aplicado de forma correta e consciente gera uma série de informações importantíssimas, sendo a principal delas a determinação do grau de exposição ao risco do negócio. Convivermos, por exemplo, com um erro de medição de 1,5% em gás, pode ser bastante desconfortável se considerarmos alguns resultados financeiros. Verificando a produção de gás natural na Bacia de Campos no estado do Rio de Janeiro, tivemos o valor médio mensal de 19,94350 Mm3/d1. Considerando o custo de US 3,91 MMBTU de gás2, e uma taxa de conversão do poder calorífico de 1000 BTU/ft3, teremos uma exposição ao risco da ordem de US$ 15.077.055 por ano. Pior do que se operar com tamanho risco é não termos absoluta certeza de que a faixa de 1,5% está sendo realmente obtida. Nesse caso, o risco pode sair do controle e as perdas podem se tornar muito significativas, seja para o próprio explorador da concessão em seus controles operacionais ou na conta do governo, com o recebimento de royalties não condizentes com a realidade da produção. Podemos garantir que, somente efetuando adequadamente o projeto básico, o projeto detalhado e a própria obra, teremos controle sobre essa incerteza final? Qual a contribuição de um adequado comissionamento ao resultado? 2 ENGENHARIA DE COMISSIONAMENTO Comissionamento é definido como o conjunto de técnicas e procedimentos de engenharia, aplicados de forma integrada a uma unidade ou planta industrial, visando torná-la operacional, dentro dos requisitos de desempenho especificados em projeto. Seu objetivo central é assegurar a transferência da unidade industrial do construtor para o operador de forma ordenada e segura, certificando a sua operabilidade em termos de segurança, desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações. Essa definição clássica compreendia as atividades de partida, testes, operação assistida, saneamento e controle de pendências, e fornecimento de manuais de operação e manutenção. Entendendo as dificuldades que são encontradas na conclusão dos projetos a própria Petrobrás tem buscado inovações nesse processo. Uma nova estrutura foi criada desdobrando o tradicional comissionamento em duas fases distintas denominadas como “condicionamento” e o “comissionamento”. Entende-se que o “condicionamento” é exatamente o acompanhamento das fases iniciais do projeto, pela equipe de comissionamento. A figura n° 1, abaixo, mostra as principais fases de um empreendimento e suas as inter-relações com as fases de “condicionamento” e “comissionamento” 1 Fonte: Site Petrobras (www.petrobras.com.br) , Relações com Investidores, disponível em www2.petrobras.com.br/ri/port/DestaquesOperacionais/ExploracaoProducao/pdf/ProducaoOleoGas_E& P_2007_Port.pdf 2 Fonte: Site Petrobras (www.petrobras.com.br) , Relações com Investidores , disponível em http://www2.petrobras.com.br/ri/port/DestaquesOperacionais/GasEnergia/Precos.asp http://www.petrobras.com.br/ http://www.petrobras.com.br/ Figura n° 1: Modelo para engenharia de comissionamento desenvolvido pela Petrobras As próprias EAP’s(Estrutura Analítica do Projeto), dos novos empreendimentos, já procuram mudar a forma de remuneração das atividades de comissionamento, considerando essa interação com a fase de projetos. Um exemplo típico de EAP encontrada é: a) 25% no planejamento do comissionamento; b) 40% no condicionamento; c) 30% no comissionamento propriamente dito; d) 5% na entrega final. Atualmente devemos considerar o uso de todas as ferramentas possíveis para a redução dos prazos e melhoria da confiabilidade dos sistemas, esse elenco de ferramentas tem crescido vertiginosamente nos últimos anos. O mercado conta com diversos softwares de gerenciamento de ativos (“asset optimization softwares”). Sabemos que muitos usuários crêem que tais softwares são úteis apenas para auxiliar as tarefas manutenção dos equipamentos, esquecendo-se que há muitos cuja utilização reduz substancialmente os tempos de partida. A aplicação correta dessas ferramentas requer o uso de profissionais qualificados e sua eficácia está diretamente ligada à integração com as disciplinas de detalhamento de instrumentação, automação, elétrica e de gerenciamento dos sistemas de medição. Não é nem um pouco surpreendente, que essa nova disciplina já possa ser denominada: “Engenharia de Comissionamento”, tal a complexidade da sua perfeita implementação. 3 CONDICIONAMENTO EM SISTEMAS DE MEDIÇÃO O que faz dos sistemas de medição de óleo e gás natural um forte candidato ao uso das modernas ferramentas de comissionamento? Por que é necessário o envolvimento antecipado das equipes de comissionamento dentro do projeto? Podemos enumerar diversos bons exemplos dessas necessidades e nenhum deles é melhor que a parametrização e partida de um computador de vazão de gás. Esse equipamento é responsável pela realização dos cálculos de compensação, devido a variação de pressão e temperatura do gás, para valores normalizados. No Brasil tais valores correspondem à pressão de uma atmosfera (101,325 kPa) e temperatura de 20°C. O diagrama abaixo mostra a complexidade da realização do cálculo de compensação de gás natural, conforme a norma ISO 5167, realizado pelo computador de vazão. Figura n° 2: Cálculo de compensação de pressão e temperatura de gás natural conforme a norma ISO 5167 O que pode ser constado é a grande quantidade de informações que são necessárias para a correta parametrização do equipamento. E o grande complicador: - A maioria dessas informações não consta das folhas de dados desse equipamento, mas sim foram geradas no processo de aquisição de outros instrumentos e componentes do sistema. Tipicamente um computador de vazão precisa de mais de 50 diferentes parâmetros para sua completa configuração, a falta ou substituição de alguns desses parâmetros por valores considerados padrão, se errôneos, ou mal analisados, podem resultar em resultados catastróficos para o sistema de medição. A tabela abaixo mostra uma boa relação dos parâmetros principais a serem especificados num computador de vazão de gás e a origem desses dados para a equipe de comissionamento: Item Parâmetro Origem Típica 01 Diâmetro interno da placa de orifício Certificado de aferição da placa de orifício 02 Temperatura de referência da placa de orifício Certificado de aferição da placa de orifício 03 Material da placa de orifício Folha de dados da placa de orifício 04 Diâmetro interno da tubulação Certificado de aferição do trecho reto 05 Temperatura de referência da tubulação Certificado de aferição do trecho reto 06 Material do trecho reto Folha de dados do trecho reto 07 Pressão da linha Transmissor de pressão 08 Temperatura da linha Transmissor de temperatura 09 Pressão diferencial da placa de orifício Transmissor de pressão diferencial acoplado à placa de orifício 10 Pressão base de referência Projeto básico do sistema 11 Temperatura base de referência Projeto básico do sistema 12 Coeficiente isentrópico do gás Análise cromatográfica do gás 13 Viscosidade do gás Análise cromatográfica do gás 14 Teor de nitrogênio Análise cromatográfica do gás 15 Teor de CO2 Análise cromatográfica do gás 16 Teor de Metano Análise cromatográfica do gás 17 Teor de Etano Análise cromatográfica do gás 18 Teor de Propano Análise cromatográfica do gás 19 Teor de n-Butano Análise cromatográfica do gás 20 Teor de i-Butano Análise cromatográfica do gás 21 Teor de n-Pentano Análise cromatográfica do gás 22 Teor de i-Pentano Análise cromatográfica do gás 23 Teor de Hexano Análise cromatográfica do gás 24 Teor de Heptano Análise cromatográfica do gás 25 Teor de Octano Análise cromatográfica do gás 26 Teor de Nonano Análise cromatográfica do gás 27 Teor de Decano Análise cromatográfica do gás 28 Teor de H2S Análise cromatográfica do gás 29 Teor de Água Análise cromatográfica do gás 30 Teor de Hélio Análise cromatográfica do gás 31 Teor de Oxigênio Análise cromatográfica do gás 32 Teor de CO Análise cromatográfica do gás 33 Teor de Hidrogênio Análise cromatográfica do gás 34 Pressão atmosférica da estação Projeto básico do sistema 35 Aceleração da gravidade local da estação Projeto básico do sistema 36 Uso de transmissor manométrico ou absoluto Folha de dados do transmissor de pressão estática 37 Método de cálculo do fator de supercompressibilidade Projeto básico do sistema 38 Algoritmo de cálculo Projeto básico do sistema 39 Versão do algoritmo de cálculo Projeto básico do sistema 40 Tag do computador de vazão Folha de dados do computador de vazão 41 Tag do transmissor de pressão Folha de dados do transmissor de pressão 42 Tag do transmissor de pressão diferencial Folha de dados do transmissor de pressão diferencial 43 Tag do transmissor de temperatura Folha de dados do transmissor de temperatura 44 Valor de cutoff da pressão diferencial Projeto básico do sistema 45 Endereço do computador de vazão Projeto detalhado de automação 46 Hora de fechamento dos totalizadores Projeto básico do sistema 47 Senha de acesso dos operadores Projeto detalhado de automação 48 Alarme de vazão alta Projeto básico do sistema de medição 49 Alarme de vazão baixa Projeto básico do sistema de medição 50 Alarme de pressão alta Projeto básico do sistema de medição 51 Alarme de pressão baixa Projeto básico do sistema de medição 52 Alarme de pressão diferencial alta Projeto básico do sistema de medição 53 Alarme de pressão diferencial baixa Projeto básico do sistema de medição 54 Alarme de temperatura alta Projeto básico do sistema de medição 55 Alarme de temperatura baixa Projeto básico do sistema de medição 56 Alarme de pressão extra-alta Projeto básico do sistema de medição 57 Alarme de pressão extra-baixa Projeto básico do sistema de medição 58 Alarme de pressão diferencial extra- alta Projeto básico do sistema de medição 59 Alarme de pressão diferencial extra- baixa Projeto básico do sistema de medição 60 Alarme de temperatura extra-alta Projeto básico do sistema de medição 61 Alarme de temperatura extra-baixa Projeto básico do sistema de medição 62 Diferencial do alarme de pressão Projeto básico do sistema de medição 63 Diferencial do alarme de pressão diferencial Projeto básico do sistema de medição 64 Diferencial do alarme de temperatura Projeto básico do sistema de medição 65 Valor da calibração de alcance da pressão diferencial Folha de dados do transmissor de pressão diferencial 66 Valor da calibração de zero da Folha de dados do transmissor de pressão pressão diferencial diferencial 67 Valor da calibração de alcance da pressão estática Folha de dados do transmissor de pressão estática 68 Valor da calibração de zero da pressão estática Folha de dados do transmissor de pressão estática 69 Valor da calibração de alcance da temperatura Folha de dados do transmissor de temperatura 70 Valor da calibração de zero da temperaturaFolha de dados do transmissor de temperatura 71 Habilitação da extensão de faixa Projeto básico do sistema de medição 72 Valor da calibração de alcance da pressão diferencial de extensão de faixa Folha de dados do transmissor de pressão diferencial 73 Valor da calibração de zero da pressão diferencial de extensão de faixa Folha de dados do transmissor de pressão diferencial 74 Método de cálculo das médias dos históricos Projeto básico do sistema de medição 75 Tomada de pressão estática Projeto básico do sistema de medição 76 Configuração banco de históricos Projeto básico do sistema de medição 77 Configuração da porta de comunicação serial Projeto básico do sistema de medição Tabela n° 1: Exemplo de parâmetros de configuração para um computador de vazão de gás com método de cálculo ISO 5167 / AGA 8 detalhado Essa lista de parâmetros, desconhecida da maioria dos projetistas, é uma das principais dificuldades encontradas nos comissionamentos de sistemas de medição. Em cada aplicação há listas semelhantes, com menor ou maior complexidade, que justificam o trabalho de condicionamento desses sistemas. Para efeito de ilustração podemos verificar o impacto de um erro de parametrização no resultado final do projeto, impacto esse que muitas vezes não é percebido pelo grupo que efetua a aprovação do empreendimento. Vamos tomar como exemplo uma medição de gás realizada numa aplicação com baixa pressão. Caso encontrado na maioria das distribuidoras de gás natural encanado, que opera com valores abaixo de 2 kgf/cm2. Lembramos que todos os algoritmos de compensação são especificados considerando valores absolutos, ou seja, utilizam-se as escalas em “Psia” e “graus Rankine” respectivamente para pressão e temperatura. A origem da utilização das escalas inglesas está no desenvolvimento desses algoritmos. Como é muito rara a utilização de transmissores de pressão absoluta, dada a dificuldade de calibração em campo, os computadores de vazão efetuam a leitura dos valores da pressão estática manométrica e somam ao valor da pressão atmosférica local da estação de medição. Tudo estaria bem se a pressão atmosférica fosse constante, mas isso não acontece. Evidentemente que para valores de pressão de operação acima de 20 kgf/cm2, essa variação da pressão atmosférica é desprezível, mas num sistema que opere com pressões menores, isso pode representar um erro adicional de até um por cento. Onde estaria a diferença de uma equipe de comissionamento nesse exemplo? Se a mesma estivesse participando desde o início do projeto, o valor mais adequado para esse parâmetro seria apurado junto ao órgão metereológico da região para levantamento do valor médio anual com seu desvio padrão, então decidir-se-ia que valor usar, ou mesmo quem sabe, em função desta observação, seria recomendada a utilização de um transmissor de pressão absoluta nessa aplicação específica, a fim de evitar um erro adicional significativo. Lembrar também, que é necessária a análise do gás para efeito da parametrização do computador de vazão. Muitos somente lembram disso na partida e esquecem que a cromatografia deveria ser realizada antes do comissionamento. Sem contar que muitas vezes verifica-se que o processo é tão instável que obrigaria o uso de um cromatógrafo em linha e que uma análise pontual não é representativa do escoamento. Quantas vezes nos deparamos no campo com faixas calibradas incompatíveis com os dados de processo atualizados? Quantas vezes encontramos termoelementos especificados de forma não adequada e produzindo leituras irreais? Em poucas linhas exemplificamos fontes que adicionam erros a um sistema de medição, pressão estática, temperatura e composição química do fluido. Tais erros podem facilmente ser minimizados com um comissionamento adequado,. Poderíamos listar inúmeros outros casos, sejam nas diferenças sutis entre o que está especificado nas folhas de dados dos instrumentos e o que realmente é fornecido ao campo, ou mesmo, diferenças marginais entre um parâmetro apurado de forma inconsistente. Mas em todos esses os casos, sem nenhuma exclusão, há um forte impacto no desempenho do sistema. 4 CONCLUSÃO Muitos dos tópicos abordados nesse artigo poderiam ser considerados como presentes, ou mesmo numa zona de interface, nas etapas dos projetos detalhado e de medição. Mesmo outras áreas podem ter suas zonas de interferência com o comissionamento. Mas é exatamente essas zonas de interferências, que justificam a inclusão das equipes de comissionamento desde o início do projeto básico até a partida de um sistema de medição. A falta de informações detalhadas e antecipadas ao comissionamento não apenas se refletem no resultado de desempenho dos sistemas de medição, se analisarmos também o tempo que o técnico a bordo perde na busca dos dados para a parametrização, prováveis readequações e recalibrações em campo, com certeza iremos concluir que é realmente necessário o imediato engajamento das equipes de comissionamento desde a geração dos primeiros documentos, do projeto. O comissionamento não pode ser mais encarado simplesmente como “um serviço”, mas deve ser considerado “uma disciplina” dentro do projeto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fluid Flow Measurement, E. L. Upp, Gulf Publishing Company, Houston, USA ANP/ INMETRO- Portaria conjunta n° 1 de 19/06/2000 - Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural; DADOS DOS AUTORES Carlos Eduardo Ribeiro de Barros Barateiro Emerson Process Management Ltda Rua R1, n° 277 Novo Cavaleiro 27933-375 – Macaé (RJ) Telefone: (22) 2796-8710 Email: carlos.barateiro@emersonprocess.com Moises Evangelista Emerson Process Management Ltda Rua R1, n° 277 Novo Cavaleiro 27933-375 – Macaé (RJ) Telefone: (22) 2796-8744 Email: moises.evangelista@emersonprocess.com mailto:carlos.barateiro@emersonprocess.com mailto:moises.evangelista@emersonprocess.com
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