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Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA Aula elaborada pelas Prof. Ms. Silvana Feliciano e Prof. Ms. Alexandra Fernandes e gentilmente cedida para a Profa. Dra. Júlia Teixeira Nicolosi http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Bioética Emerge como uma reflexão sobre tudo o que interfira no respeito à qualidade e dignidade da vida. Representa, assim: o resgate da ética, da condição plena de cidadania e do respeito às diferenças. http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Beneficência Não - Maleficência Autonomia Justiça São princípios que evidenciam o resgate da subjetividade, da alteridade, da solidariedade e do conhecimento interdisciplinar http://www.ufpel.edu.br/ O Princípio da Autonomia Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde O conceito de Autonomia • A palavra autonomia, derivada do grego autos (“próprios”) e nomos (“regra”, “governo” ou “lei”), foi primeiramente empregada com referência à autogestão ou ao autogoverno das cidades-estados independentes gregas. • A partir de então, o termo autonomia estendeu-se aos indivíduos e adquiriu sentidos muito diversos, tais como os de autogoverno, direitos de liberdade, privacidade, escolha individual, liberdade da vontade, ser o motor do próprio comportamento e pertencer a si mesmo. http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde O princípio do respeito à autonomia • Respeitar um agente autônomo é, no mínimo, reconhecer o direito dessa pessoa de ter suas opiniões, fazer suas escolhas e agir com base em valores e crenças pessoais. • O princípio exige uma obrigação ampla e abstrata que é livre de cláusulas restritas tais como “Devemos respeitar as opiniões e os direitos dos indivíduos desde que seus pensamentos e ações não prejudiquem outras pessoas seriamente.” http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Autonomia Exemplos típicos: • “Dizer a verdade.” • “Respeitar a privacidade dos outros.” • “Proteger informações confidenciais.” • “Obter consentimento para intervenções nos pacientes.” • “Quando solicitado, ajudar os outros a tomar decisões importantes.” http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Autonomia • O respeito pela autonomia do paciente, conforme Beauchamp e Childress (19940, requer, no mínimo, reconhecer que os direitos pessoais baseados em valores e crenças pessoais. • Tal respeito envolve ações respeitosas, não meramente uma atitude respeitosa. • Também requer mais do que obrigação em não interferir nas decisões do paciente. Porque esse respeito pela autonomia é acompanhado pelas condições de exercer a autonomia. • Respeito, nessa linha reflexiva, envolve tratar pessoas para capacitá-las a agir autonomamente. http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Autonomia • Pessini e Barchifontaine (1996,p.65), ao refletirem sobre a questão da autonomia, enfatizam que “o exercício da autonomia requer bom trato e cuidado, coisas que a comunicação e o diálogo podem fornecer, pelo fato de trazerem à tona todos os tipos de influências desconhecidas e desconsideradas sobre as escolhas a serem feitas”. • Nessa linha de análise, o diálogo entre o profissional da saúde e o paciente favorece o entendimento das razões e objeções do mesmo à maximização da autonomia. Entendemos que essa recomendação do diálogo favorece a interação com o paciente. http://www.ufpel.edu.br/ O Princípio da Não-maleficência Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Não-maleficência • O princípio de não-maleficência determina a obrigação de não infligir dano intencionalmente. Na ética médica, ele esteve intimamente associado com a máxima Primum non nocere. “Acima de tudo (ou antes de tudo), não causar dano.” • No juramento de Hipócrates estão expressas uma obrigação de não-maleficência e uma obrigação de beneficência: • “Usarei o tratamento para ajudar o doente de acordo com minha habilidade e com meu julgamento, mas jamais o usarei para lesá-lo ou prejudicá-lo”. http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Não-maleficência • Não devemos infligir males ou danos (o que é nocivo). • Devemos impedir que ocorram males ou danos. • Devemos eliminar males ou danos. • Devemos fazer ou promover o bem. http://www.ufpel.edu.br/ Princípio da Beneficência Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde O conceito de Beneficência • Na linguagem comum, a palavra “beneficência” significa atos de compaixão, bondade e caridade. • A beneficência refere-se a uma ação realizada em benefícios de outros. Exemplos: • Proteger e defender os direitos dos outros. • Evitar que outros sofram danos. • Eliminar as condições que causarão danos a outros. • Ajudar pessoas inaptas. • Socorrer pessoas que estão em perigo. http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Beneficência • O respeito à vida, incluindo a promoção da qualidade de vida, suscita a questão da beneficência. • A beneficência, como a etimologia indica (bene-facere), refere-se à ação a ser feita. Ela comporta dois fatores: • Não fazer o mal ao próximo ou, melhor, positivamente, fazer-lhe o bem. • No campo da saúde, esses dois aspectos podem ser traduzidos do seguinte modo: • Não usar a arte médica para causar males, injustiças ou para prejudicar: aplicar os tratamentos exigidos para aliviar o doente, melhorar seu bem-estar e, se possível, fazê-lo recobrar a saúde. http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Beneficência, o respeito a vida • Não matar (proibição do homicídio, da ajuda ao suicídio). • Não ferir, não administrar tratamento cruel. • Evitar a negligência criminosa. • Prestar socorro à pessoa em perigo. • Aplicar os tratamentos exigidos. • Agir segundo o melhor interesse do paciente. • Não submeter uma pessoa a uma experimentação a menos que o risco corrido não seja proporcional ao bem que pode ser esperado. http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Resumindo...... Não-maleficência • 1- Não devemos infligir mal ou dano. Beneficência • 2- Devemos impedir que ocorram males ou danos. • 3- Devemos sanar males ou danos. • 4- Devemos fazer ou promover o bem. http://www.ufpel.edu.br/ Princípio da Justiça Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde O conceito de Justiça • Os termos equidade, merecimento (o que é merecido) e o prerrogativa (aquilo a que alguém tem direito) foram empregados por vários filósofos na tentativa de explicar o que é justiça. • Todas essas concepções interpretam a justiça como um tratamento justo, equitativo e apropriado, levando em consideração aquilo que é devido às pessoas. http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde O Princípio da Justiça • Segundo o preceito constitucional, Art. 6º da Constituição Federal de 1988: “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”. E no que se refere especificamente à saúde, o Art. 196 estabelece que: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. https://youtu.be/PKkuccOWh28 http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde http://www.ufpel.edu.br/ Grupo de Estudos da Ética na Educação em Saúde Princípios da Bioética • Paciente do sexo masculino, 45 anos,deu entrada no hospital particular relatando inapetência, emagrecimento e cefaleia intensa. • Após vários exames foi detectado que o paciente estava com AIDS. O paciente ficou muito chocado com a notícia e pediu para não comentar nada com sua esposa. • No dia seguinte a esposa estava no quarto quando ouviu dois técnicos de enfermagem comentando para tomar cuidado, pois o paciente tinha AIDS. http://www.ufpel.edu.br/
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