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NI 2.8 - Policiamento embarcado

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Continuação da NI 2.8 ........................................................................................................... fl. 7/7
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PORTO ALEGRE, RS.
SECRETARIA DA SEGURANÇA PUBLICA
BRIGADA MILITAR Em 01 Ago 18. 
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.8/EMBM/2018
1. FINALIDADE 
Regular o uso de embarcações na atividade de policiamento ambiental da Brigada Militar dentro do Estado do Rio Grande do Sul.
2. BASE LEGAL
a) Constituição Federal de 1988. 
b) Constituição Estado do RS de 1989. 
c) Lei estadual nº 10.991, de 18 Ago 97. 
d) Normas da Marinha do Brasil nº 02, 03, 07 e 13 e o RIPEAM.
e) Lei Federal nº 9.357/97 – Segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional 
f) Convenção sobre o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar (RIPEAM)
3. EXECUÇÃO 
a. Emprego 
1) Ordinário
A execução do patrulhamento no processo embarcado será em todas as vias navegáveis do Estado do Rio Grande do Sul, objetivando a fiscalização e repressão dos crimes ambientais em geral, em como outros delitos gerais que ocorrem em áreas limítrofes aos cursos d’água.
2) Extraordinário
	As embarcações poderão, extraordinariamente, serem utilizadas: 
a) Em apoio às atividades de Defesa Civil, em casos de calamidade pública ou emergência.
b) Para a execução de salvamento de pessoas. 
c) Em apoio a outros órgãos públicos ou conveniados com a BM, para coleta de amostras, filmagens, condução de autoridades, escoltas, etc. 
d) Em apoio a outros órgãos públicos mediante solicitação ao Comando da Corporação ou Comando Ambiental da Brigada Militar.
3) Poderá ainda ser utilizado o patrulhamento embarcado nas atividades de polícia ostensiva dos balneários em apoio a outros OPM locais para: 
a) Patrulhar as áreas demarcadas para o local de banho.
b) Encaminhar à autoridade competente os banhistas que tenham ultrapassado a área demarcada, pondo em risco a própria vida, bem como os que apresentarem sintomas de embriaguez alcoólica ou uso de substâncias de efeitos análogos.
c) Prestar socorro imediato em caso de afogamento, em apoio aos salva-vidas, ou, por si só, quando da ausência dos mesmos, removendo a vítima para local adequado.
d) Efetuar a prisão de infratores em casos de condução perigosa de embarcações ou que ponha em risco a segurança de banhistas, encaminhando-os à autoridade competente.
e) Realizar o transporte de feridos e doentes, de médicos, parturientes e outros considerados de urgência. 
b. Métodos
1) Deverá haver, no emprego da atividade de patrulhamento embarcado, o apoio do processo motorizado, através do emprego de uma viatura terrestre para que seja dado o devido suporte logístico à guarnição que se encontrada embarcada, seja para a condução de presos, seja para o recolhimento de material apreendido pela embarcação, ou ainda reabastecimento de combustível etc., podendo haver ainda a combinação com outros processos, obedecendo, para tanto, planejamentos específicos. 
2) As equipes das embarcações obedecerão a um roteiro estabelecido em uma planilha contendo o início do patrulhamento e a meta a atingir, bem como o estabelecimento dos pontos de contatos entre a embarcação e as viaturas de apoio, através de locais de permitam o acesso desse veículo às margens dos cursos d’água.
3) Os deslocamentos em embarcações deverão ter a duração média de uma hora de deslocamento por quinze minutos descanso (devendo este espaço de tempo ser aproveitado como PB). Tais procedimentos se fazem necessários em razão de se evitar um desgaste prematuro do motor. 
4) No caso de emprego de embarcações maiores que 23 pés (superior a sete metros), estas poderão ser apoiadas por embarcações miúdas (botes ou barcos de alumínio), que serão conduzidas pelo reboque da embarcação principal. Serão utilizadas para inspeções e abordagem que requeiram maior rapidez de manobra, não devendo, entretanto, ser empregada a um distanciamento muito grande da embarcação principal.
5) Todas as manobras e abordagens de outras embarcações realizadas pela guarnição embarcada deverão obedecer às normas de segurança e navegação da Marinha do Brasil. 
6) As equipes embarcadas poderão efetuar contatos com os proprietários de terras banhadas pelas vias aquáticas durante o percurso, fazendo o registro em documento próprio, procedendo a orientações e colhendo informes que interessem a futuras ações a serem empreendidas pelo OPM com responsabilidade territorial sobre o local. 
7) Na observação continuada, as guarnições registrarão os fatos possíveis de averiguação que fujam da alçada de atuação da mesma, providenciando as comunicações correspondentes ao escalão superior, como por exemplo as ações de polícia naval, cuja competência originária é da Marinha do Brasil.
8) As guarnições embarcadas buscarão anotar dados relativos à constatação de animais mortos (espécie e quantidade), verificando preliminarmente as possíveis causas, recolhendo amostras para análise pelo órgão competente. 
9) Os locais habitualmente frequentados por caçadores e pescadores devem ser constantemente inspecionados, identificando-se seus usuários e examinando equipamentos e peças abatidas e/ou capturadas, tomando as providências cabíveis ao constatar que a legislação federal ou estadual foi infringida.
10) As guarnições deverão evitar e coibir as derrubadas, queimadas e outros danos causados pela ação humana e contrários a legislação vigente ao meio ambiente. 
11) As guarnições observarão também indícios de poluição em mananciais hídricos, tais como manchas, cheiro e coloração da água, peixes mortos, entre outras anormalidades. 
12) Quando desembarcada, a equipe atuará como o faz o patrulhamento a pé. Junto à embarcação fundeada ou atracada, deverá permanecer sempre um patrulheiro em condições de manter a escuta permanente do rádio e a guarda do material e equipamento. 
c. Forma de Ação 
As Frações do CABM que possuem embarcações em sua carga, considerando as características hidrográficas de sua área de ação, elaborarão o respectivo planejamento de emprego, no qual, no mínimo, deverão constar: 
a) Tipos de vias navegáveis. 
b) Tipos de embarcações apropriadas. 
c) Previsão mínima de uma guarnição com 03 (três) ME’s, considerando a capacidade da embarcação e o tipo de situação de emprego operacional.
d) Equipamento indispensável à execução do serviço. 
e) Elaboração dos itinerários de deslocamento.
f) Treinamento específico dos integrantes da guarnição, tanto em nível de manutenção da embarcação, como de orientação quanto ao serviço a ser executado. 
d. Tipos de embarcação 
A partir da avaliação das características hidrográficas da área de ação e o tipo de serviço a ser executado, será previsto o emprego da embarcação mais adequada, segundo os critérios a seguir:
1) Embarcação pequena: com as seguintes características - barco inflável, semi-rígido, com casco de fibra de vidro e flutuadores em neoprene, poliéster ou hypalon. Comprimento total entre 04 (quatro) e 05 (cinco) metros, com capacidade de até 08 (oito) pessoas. Motor de popa com potência entre 25 a 115 Hp. Ideal para rios, lagos, canais e lagoas de pouca profundidade. Permitem apenas a execução do patrulhamento ordinário.
2) Embarcação média: com as seguintes características - barco em fibra de vidro, preferencialmente com cabine, comprimento entre 07 (sete) a 10 (dez) metros, com capacidade para até 15 (quinze) pessoas, motor com potência variando entre 90 (noventa) a 600 (seiscentos) Hp. Adequado para hidrovias sem limite de calado. Permite o transporte de carga e materiais de acampamento. 
3) Embarcação grande: são os navios em geral, com AB superior a 20 toneladas. 
e. Fardamento 
O fardamento adequado para a execução do patrulhamento embarcado variará, de acordo com a região, clima e missão, podendo ser empregados:
1) Traje de neoprene longo tipo macacão com o logotipo da BM e botas de neoprene com solado antiderrapante. 
2) Bermuda de neoprene 1,5 mm, camisetade lycra verde oliva com o logotipo da BM, e bota de neoprene com solado anti derrapante. 
f. Equipamento 
1) Obrigatório
EPI de segurança naval (colete salva-vidas mínimo classe II para mar aberto e classe III para águas interiores).
2) Outros
O equipamento adequado para a execução da atividade de patrulhamento embarcado variará de acordo com a missão a ser empreendida e o local de trabalho, podendo, entre outros, ser previsto: 
a) Rádio VHF fixo. 
b) Rádio HT. 
c) Holofote. 
d) Sirenes e giro-flash. 
e) Caixa de Primeiro Socorros. 
f) Bússola.
g) Binóculo, com visão noturna. 
h) Âncoras.
i) Ecobatímetro. 
j) GPS. 
k) Carta náutica. 
l) Remos sobressalentes. 
m) Máquina fotográfica digital. 
n) Maleta de equipamento tipo estanque. 
o) Boia rígida. 
p) Cabo náutico 8 mm, 20 metros.
q) Sinalizador de emergência náutico
r) Extintor de incêndio, 2 kg PQS.
s) Bandeira do Brasil, para mastro de popa.
g. Armamento 
O armamento adequado para a execução da atividade de patrulhamento embarcado variará de acordo com a missão a ser empreendida e local de trabalho, podendo, entre outros, ser previsto:
1) Pistola Cal .40 S&W 
2) Carabina Cal 40 S&W
3) Carabina Pump Cal 12. 
4) Fuzil Cal 5.56.
h. Pessoal 
1) O efetivo empregado no processo embarcado será composto por equipes especializadas na atividade de Policiamento Embarcado, comandada por ME com habilitação mínima no Curso Básico de Operação de Embarcações do Estado da Marinha do Brasil. 
2) O número de policiais militares variará conforme a missão e a capacidade total de tripulantes da embarcação, a fim de permitir a condução de partes, se houver. 
3) É imprescindível aos integrantes da equipe saber nadar.
i. Jornada de trabalho 
A jornada de trabalho a ser estabelecida deverá levar em consideração os aspectos relativos à missão, o local, número de ME’s disponíveis para a atividade, devendo o comandante da fração, que estiver idealizando o planejamento, considerar também a necessidade da correspondente folga, visando ao descanso adequado dos ME’s.
j. Manutenção 
Os serviços de manutenção e reparos das embarcações serão efetivados através de previsão de recursos levados a efeito, via canal logístico próprio, de acordo com a legislação que regula a matéria. 
k. Navegação
1) As embarcações miúdas que não possuem as luzes de navegação, previstas no RIPEAM, somente poderão operar à luz do dia, isto é, entre o nascer e o pôr do sol.
2) A navegação noturna ficará a critério do condutor, considerando suas habilidades e experiência, o ambiente aquático, condições de navegabilidade e condições climáticas, iluminação, segurança do efetivo e características da missão.
3) Antes de sair para a missão, o condutor deverá tomar conhecimento das previsões meteorológicas disponíveis e estar atento, durante o transcorrer da missão, a eventuais sinais de mau tempo, como aumento da intensidade do vento e do estado de agitação das águas.
4) Para evitar que a embarcação fique à deriva por falta de combustível, deverá ser utilizada a regra de “um terço” quando for planejado o combustível para a atividade, devendo ocorrer o “apoio” logístico por terra:
- 1/3 para a ida;
- 1/3 para a volta e
- 1/3 para reserva.
5) Para navegação em águas marítimas, a embarcação deverá dispor de motor de propulsão extra para possíveis emergências.
6) Aplica-se às águas costeiras, lagos, rios e canais, o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar (RIPEAM), principalmente no que diz respeito à precedência, situações de ultrapassagem, roda a roda e rumos cruzados.
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS 
a. As patrulhas empregadas na atividade deverão se manter em condições de realizar ações de emergência, bem como ter treinamento adequado para busca e salvamento de náufragos ou afogados, bem como prestação de primeiros socorros. 
b. A utilização de embarcação, considerando suas características, está condicionada às condições climáticas favoráveis, sendo que a mesma não deixará o cais antes de atender a todos os requisitos de ordem técnica e de segurança. 
c. Todas as embarcações deverão ter a sua inscrição e registro na Capitania, Delegacia ou Agência da Marinha do Brasil. 
d. O fluxo administrativo deverá ser ágil no atendimento das exigências oriundas das equipes empregadas na atividade. 
e. O apoio em profundidade (apoio administrativo) deverá ser integral e permanente, posto que, uma vez deixado o cais, a embarcação deverá ter autonomia para enfrentar as condições impostas pelas adversidades climáticas durante o período de navegação. A embarcação deverá ser provida de ferramental de bordo para a manutenção de 1º e 2º escalão, caso seja necessária a realização de eventuais consertos em situações de panes. 
f. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a Nota de Instrução Operacional nº 010, de 12 de junho de 2006.
JÚLIO CÉSAR ROCHA LOPES - Cel QOEM
Chefe do Estado Maior da Brigada Militar
(Publicada no BG nº 224, de 27 de novembro de 2018)

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