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APOSTILA DE HISTÓRIA OITAVO ANO

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APOSTILA DE SETEMBRO DE SETEMBRO DE 2020
 PROFESSOR: 
ALUNO:_______________________________________________________________________________
PERÍODO: MATUTINO TURMA: 8º ANO “A”
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E AS MUDANÇAS NA SOCIEDADE
Automóvel, lâmpada, plástico, computador, televisão, geladeira. Você sabe dizer o que todos esses produtos têm em comum? Há, pelo menos, duas características: todos são produzidos por processos industriais e todos são mercadorias, ou seja, foram produzidos para ser comercializados.
O surgimento das indústrias ocasionou uma das maiores transformações socioeconômicas da história, modificando profundamente, e em escala mundial, o ambiente e as relações de produção, os hábitos de consumo e a organização do trabalho. Esse processo iniciou-se com a Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra em meados do século XVIII, e tem reflexos até os dias de hoje, na sociedade globalizada.
Nesta apostila, investigaremos as condições históricas que propiciaram o início da industrialização, bem como suas consequências tanto para os detentores dos meios de produção como para os trabalhadores.
DO ARTESANATO À MAQUINOFATURA
Antes do surgimento das fábricas, o artesanato era o principal modo de organização do processo produtivo. As mercadorias eram confeccionadas por artesãos, que dominavam todas as fases de produção: compravam a matéria-prima, fabricavam o produto e o vendiam. Além disso, tinham autonomia para determinar o tempo e o ritmo de seu trabalho.
Durante os séculos XV e XVI, com o objetivo de acelerar a produção, homens de negócio se associaram aos artesãos, desenvolvendo o sistema doméstico. Nele, o artesão recebia a matéria-prima e se comprometia a produzir e a entregar a mercadoria em um determinado prazo para o empresário, que ficava encarregado de vendê-la.
Nesse sistema, o artesão ainda tinha o controle sobre todo o processo de produção, mas deixava de ser responsável pela aquisição da matéria-prima e perdia o contato direto com o consumidor.
Na segunda metade do século XVII, as manufaturas se expandiram. Nesse tipo de organização do trabalho, dezenas ou centenas de pessoas ficavam concentradas em um só espaço e trabalhavam, todos os dias, durante um número determinado de horas. Nesse momento, entrou em cena um novo personagem: o patrão, que mantinha funcionários encarregados de vigiar os trabalhadores.
Na manufatura, os trabalhadores não eram donos dos instrumentos de trabalho nem tinham controle sobre o ritmo da produção. Gradualmente, os trabalhadores foram perdendo o conhecimento sobre a totalidade do processo produtivo. Isso quer dizer que eles deixaram de conhecer todas as etapas de produção de determinada mercadoria, já que as tarefas foram divididas em etapas e cada pessoa executava apenas uma parte do processo de fabricação em troca de um salário fixo.
A mecanização da indústria. Na segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, a manufatura foi substituída pela maquinofatura.
Os motores a vapor, aperfeiçoados por James Watt em 1769, começaram a mover as máquinas, aumentando a velocidade da produção e a qualidade dos produtos. As principais tarefas do trabalhador passaram a ser alimentar a máquina, controlar sua velocidade e zelar por sua manutenção.
A busca do lucro tornou-se mais intensa com o surgimento das fábricas. A concorrência levou os industriais a investir na melhoria técnica da produção e no uso de novas fontes de energia. O tear mecânico (1785) deu início à mecanização da tecelagem e à aplicação do motor a vapor na indústria têxtil. A invenção do barco a vapor (1787) e a inauguração da primeira ferrovia (1825) possibilitaram o transporte de um volume maior de mercadorias.
O avanço tecnológico acelerou o ritmo da vida e do trabalho, que deixou de ser determinado pelo tempo da natureza e do corpo e passou a acompanhar o tempo da máquina. O trabalho do ser humano tornou-se dependente da tecnologia industrial, e a eficiência passou a ser medida pelo menor tempo gasto na produção. Em outras palavras, o tempo passou a valer dinheiro.
UMA NOVA SOCIEDADE
Além das mudanças no ritmo do trabalho e do cotidiano, na mentalidade e nos valores, uma das transformações mais importantes produzidas pela indústria foi a configuração de uma nova sociedade, com a consolidação de duas classes sociais antagônicas: burguesia: classe social formada pelos proprietários das fábricas, das máquinas, dos bancos, do comércio, das redes de transporte e das empresas agrícolas.
O termo “burguesia” tem origem em “burgo”, aglomerado urbano da Idade Média, cujos habitantes se dedicavam ao comércio e ao artesanato. A partir do século XVIII, a burguesia impôs cada vez mais seu domínio sobre a sociedade; proletariado: classe social composta do operariado, que vive do salário que recebe.
Como não tem meios para sobreviver por conta própria, o proletariado vende sua força de trabalho para o patrão em troca de um salário. O salário, porém, paga apenas uma parte do tempo de trabalho do operário nas fábricas. O restante do tempo é apropriado pelo patrão.
As diferenças entre burgueses e proletários podiam ser percebidas na vida cotidiana das cidades. As áreas ricas ficavam, em geral, mais próximas do centro e recebiam mais atenção dos governantes. Já a população operária comprimia-se em bairros de ruas estreitas, mal iluminadas e sujas, com muitos mendigos e desempregados, como relatou o filósofo alemão Friedrich Engels:
Mas no que diz respeito à massa dos operários, o estado de miséria e insegurança é hoje tão grave quanto antes, senão mais grave. O East End de Londres é um pântano cada vez maior de miséria e desespero, de fome nos períodos de desemprego e de degradação física e moral quando há trabalho
O TRABALHADOR NO SISTEMA INDUSTRIAL
A expansão das indústrias modificou muito o cotidiano dos trabalhadores. A questão do tempo, que, para eles, passou a ser regulado pelos horários de funcionamento das fábricas, é um exemplo disso. Nas áreas rurais, a medição do tempo estava relacionada aos ciclos da natureza e às tarefas diárias no campo. Já nas cidades, a disciplina passou a ser estabelecida pelo relógio.
Os relógios já existiam antes da Revolução Industrial, mas foi a necessidade de sincronizar o trabalho nas fábricas que ampliou seu uso e sua produção. Com eles, foi possível disciplinar os horários de entrada e saída dos trabalhadores, o intervalo de almoço e o tempo gasto para realizar as tarefas da produção. Fiscais e supervisores garantiam que os trabalhadores respeitassem os horários. Havia prêmios para os operários mais disciplinados e multas para os que descumprissem as normas.
A valorização do tempo, por meio do surgimento da ideia de um “tempo útil”, dedicado ao trabalho e ao ganho de dinheiro, colaborou para a configuração de uma nova moral, que justificava, inclusive, a perseguição policial aos desocupados.
E quanto à moradia dos trabalhadores? A maior parte das casas operárias se localizava próximo às fábricas e era construída pelos próprios empregadores e alugadas aos trabalhadores. Em geral, essas moradias abrigavam um grande número de pessoas, que, muitas vezes, se amontoavam para dormir. Não existia rede de esgoto. Os banheiros eram fossas, ficavam fora das casas e exalavam um cheiro
horrível. Em alguns bairros, havia um serviço de limpeza de fossas, cujos resíduos eram vendidos como esterco aos agricultores. Em outros bairros, os detritos eram jogados nas vias públicas e nos cursos de água.
OS IMPACTOS AMBIENTAIS DA INDUSTRIALIZAÇÃO
No início da Revolução Industrial, havia a crença de que os recursos naturais eram infinitos e estavam a serviço do ser humano. Nesse momento, ainda não havia o conhecimento de que o consumo desenfreado de matérias-primas e o uso de combustíveis fósseis pudessem causar danos ambientais, em muitos casos irreversíveis, e alterações climáticas que afetariam a vida humana.
A atividade industrial de larga escala acarretou grandes impactos ambientais à Inglaterra. A instalaçãode fábricas levou à poluição das águas e do ar e à alteração do hábitat de muitas espécies.
Um exemplo disso é o caso das borboletas Biston betularia, na cidade de Manchester.
A maioria dessas borboletas tinha coloração branca, o que possibilitava sua camuflagem nos troncos das árvores, que eram claras devido à presença de liquens.
Com o surgimento e a expansão das fábricas e o aumento da poluição do ar, os liquens desapareceram e os troncos das árvores tornaram-se escuros. As borboletas brancas praticamente deixaram de existir, pois, como não podiam mais se camuflar nas árvores, eram facilmente identificadas pelos predadores.
A ORGANIZAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA
No início do século XVIII, os tecelões ingleses organizaram as primeiras associações trabalhistas. Os antigos artesãos, convertidos em trabalhadores assalariados das manufaturas, fundaram pequenos clubes com a intenção de obter aumento de salário. No entanto, as primeiras associações de trabalhadores organizadas e fortes surgiram apenas com o advento da grande indústria fabril. Por meio dessas organizações, os trabalhadores passaram a exigir melhores condições de trabalho.
Uma das primeiras formas de organização e resistência dos trabalhadores nas fábricas foi a ação dos chamados quebradores de máquinas. Alguns desses grupos se tornaram bastante conhecidos, como os da região de Lancashire, que atuaram entre 1778 e 1780, e os ludistas, que surgiram no princípio da década de 1810. Eles lutavam contra as longas jornadas e as péssimas condições de trabalho e defendiam a criação de leis trabalhistas e o fim das dispensas arbitrárias.
Os quebradores de máquinas invadiam as fábricas, em geral à noite, e destruíam os equipamentos e as máquinas.
O TRABALHO DAS CRIANÇAS
Nas primeiras fábricas de tecido inglesas, era muito comum que crianças trabalhassem por longas horas. Sarah Carpenter foi uma delas. Sarah passou a viver e a trabalhar em uma tecelagem em Derbyshire quando tinha dez anos de idade. Muito tempo depois, deu este depoimento sobre sua experiência.
Nossa refeição mais comum era bolo de aveia. Era pesado e grosseiro. Esse bolo era colocado em latas. Leite fervente e água eram misturados a ele. Esse era nosso café da manhã e nossa ceia. Nosso jantar era torta de batata com bacon cozido, um pouco aqui e um pouco lá, tão grosso de gordura que mal dava para comer, embora tivéssemos fome o suficiente para comer qualquer coisa. Chá, nunca vimos, nem manteiga. Comíamos queijo e pão preto uma vez ao ano. Só nos permitiam três refeições por dia, apesar de nos levantarmos às cinco da manhã e trabalharmos até as nove da noite.
[...] Existia um contramestre chamado William Hughes [...]. Ele veio até mim e me perguntou o que meu maquinário fazia parado. Eu disse que não sabia porque não tinha sido eu quem o havia parado [...]. Hughes começou me batendo com uma vara, e [...] eu disse para ele que minha mãe ficaria sabendo disso. Então, ele saiu
para buscar o mestre, que passou a lidar comigo. O mestre começou a me bater com um pau na cabeça até que ela ficasse repleta de caroços e de sangue. Minha cabeça ficou tão ruim que eu não consegui dormir por um longo tempo [...].
ENTREVISTA a Sarah Carpenter. The Ashton Chronicle, 23 jun. 1849.
Citado em: Spartacus Educational. Disponível em: <http://spartacus-educational.com/ IRcarpenter.htm>. Acesso em: 28 agosto 2020. 
1 Quando Sarah Carpenter deu esse depoimento e para quem o fez?
2 Quantas horas as crianças trabalhavam na fábrica por dia, segundo o depoimento?
3 Você considera que a alimentação e as horas de descanso que as crianças tinham eram adequadas? Por quê?
4 Uma situação como essa seria possível nos dias de hoje? Explique.
OS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Há alguns anos, o diretor de marketing da sede brasileira de uma empresa de telefonia, ao falar sobre um modelo de celular prestes a ser lançado, afirmou que, antes de tudo, era preciso criar nas pessoas o desejo de possuir esse produto.
Essa história ajuda a entender as transformações trazidas pela Revolução Industrial. 
Antes dela, um produto era lançado no mercado para responder a uma demanda. Depois da mecanização da produção, foi possível fabricar em quantidades tão grandes, com custos tão baixos, que as indústrias passaram a investir na criação de demandas.
Ou seja, já que não havia necessidade de tantos e tão diversos produtos, os fabricantes começaram a provocar nas pessoas o desejo pelas mercadorias.
CIRCULAÇÃO DE POVOS, MERCADORIAS E CULTURAS
A mecanização da produção permitiu uma multiplicação rápida e constante de mercadorias e serviços. Graças a invenções como os trens, os navios a vapor e o telégrafo, as distâncias do planeta foram encurtadas, o que possibilitou a integração da economia capitalista em todos os continentes. Com os novos meios de transporte e de comunicação, a circulação de mercadorias se expandiu vertiginosamente. Os fluxos de capital e de pessoas se aceleraram na mesma velocidade.
Se, por um lado, a industrialização impulsionou a economia da Inglaterra e, posteriormente, dos outros países que passaram por esse processo, por outro ela causou a desorganização do processo produtivo em diversos locais. Antes da Revolução Industrial, a Índia era tradicionalmente a exportadora de tecidos para a Inglaterra. Com a industrialização, passou a fornecer apenas o algodão,
que era a matéria-prima utilizada pelas tecelagens inglesas, e a importar o tecido industrializado, entre outros produtos. Como resultado, a maioria das tecelagens indianas faliu. A produção, em sua maioria artesanal e doméstica, foi incapaz de concorrer com os produtos industrializados ingleses.
AS FERROVIAS
As necessidades da indústria de carvão foram responsáveis, em grande parte, pelo desenvolvimento dos trens e das estradas de ferro. Era preciso encontrar meios eficientes para trazer grandes quantidades de carvão do fundo das minas até a superfície e também para levar o carvão até os pontos de embarque para comercialização.
NAVIOS A VAPOR
O primeiro barco equipado com um motor a vapor foi criado pelo estadunidense Robert Fulton em 1807, nos Estados Unidos. Essa invenção mostrou-se rentável e logo passou a ser empregada nas navegações fluvial e costeira.
TELÉGRAFO
A comunicação de longa distância sofreu uma grande reviravolta com a invenção do telégrafo. Ele foi criado no século XVIII e usava códigos para transmitir informações de um lugar para outro. O principal código utilizado pelos telégrafos foi o código Morse, que surgiu com a criação do telégrafo elétrico na década de 1830. A comunicação via telégrafo desenvolveu-se com a construção de cabos submarinos, que encurtaram as distâncias e, assim, integraram o mundo.
Assim, as pessoas passaram a ter acesso a um número maior e mais variado de informações.
CIRCULAÇÃO DE PESSOAS
Outro efeito da integração do mercado mundial foi o aumento da movimentação de pessoas e do contato entre culturas.
Durante o século XIX, por diferentes motivos, milhões de europeus e asiáticos saíram de seus países fugindo de guerras ou buscando uma vida melhor. Mudaram-se tanto para países da Europa como para países de outros continentes, principalmente a América. Essa movimentação foi possível, em grande parte, em função do desenvolvimento dos meios de transporte. Por outro lado, as notícias sobre os lugares mais distantes circulavam e despertavam interesse e esperança nas pessoas.
Muitas situações podem ilustrar essa situação. Entre elas, é possível mencionar, por exemplo, a descoberta de ouro no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, que ocorreu em 1849. O aumento populacional na região provocado por essa descoberta fez surgir uma extensa rede de comércio que ligava regiões costeiras do oceano Pacífico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CANÊDO, Letícia Bicalho. A Revolução Industrial. São Paulo: Atual, 2007. 
HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.
MARX, Karl. O capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. v. 1.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnicae tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2008.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
ATIVIDADES – OBS., responder no caderno e postar a foto no grupo de História
1. Complete o quadro abaixo. Com base em seus conhecimentos e nas informações vistas nesta apostila, preencha-o com as características de cada forma de trabalho listada.
	FORMAS DE TRABALHO
	CARACTERÍSTICAS
	Artesanato
	Os artesãos conheciam as etapas de fabricação do produto, possuíam as ferramentas e matérias - prima, eram responsáveis por sua venda e controlavam o ritmo e o tempo de trabalho.
	Sistema doméstico
	O artesão passou a ser contratado por um empresário que lhe fornecia a matéria – prima e se responsabilizava por vende-la. Nesse sistema, o artesão conhecia as etapas de produção, mas perdia o contato com o consumidor.
	Manufatura
	Nesse sistema diversos trabalhadores concentravam-se no mesmo. O trabalhador não detina mais o controle do tempo e do ritmo de trabalho e deixou de ser proprietário dos meios de produção. Surge a figura do patrão, responsável por vigiar os demais trabalhadores.
	Maquinofatura
	Com a introdução de maquinas no sistema produtivo o trabalhador foi convertido em operador, obrigado a adequar seu ritmo de trabalho ao da máquina, e perdeu o conhecimento do processo de produção.
2 Em sua opinião, ainda hoje existem pessoas que vivem nas mesmas condições que os operários ingleses do final do século XVIII e do início do século XIX? Cite exemplos para justificar sua resposta. R: Atualmente, existem leis que protegem os trabalhadores, mas nem sempre elas são cupridas, contribuindo para que existam pessoas que enfrentam péssimas condições de trabalho, baixos salários, moradias insalubres etc.,
3 Nesta apostila, conhecemos um pouco do cotidiano dos operários nas chamadas cidades industriais. 
a) Durante a Revolução Industrial, as cidades industriais eram ocupadas de maneira igualitária por seus habitantes? Por quê? R: A ocupação da cidade refletia as diferenças sociais dos burgueses e dos operários. Os primeiros habitavam as regiões centrais das cidades, áreas que recebiam mais cuidados dos administradores. Os segundos residiam ns bairros periféricos, onde as ruas eram mal iluminadas e sujas, o que denunciavam a falta de infraestrutura.
b) E nos dias de hoje, será que a ocupação das cidades reproduz as diferenças sociais?
Citem exemplos para justificar sua resposta. R: Atualmente, as cidades ainda refletem as divisões sociais, como pode ser observado na divisão dos bairros ricos e periféricos.
c) O jeito de pensar a cidade mudou muito ao longo dos séculos. Hoje, urbanistas, arquitetos, sociólogos e outros profissionais procuram encontrar soluções para o problema da desigualdade social nas cidades. É comum falarmos sobre o “direito à cidade”, por exemplo. 
Expliquem em que consiste o “direito à cidade”, segundo o texto abaixo, e pensem em uma ação que possa garantir esse direito aos habitantes da cidade em que vocês vivem. R: O direito à cidade consiste em garantir que todos os cidadãos tenham acesso aos bens e serviços, às oportunidades e aos espaços públicos de uma cidade. O estudante poderá mencionar, por exemplo, o acesso pleno aos meios de transportes e o investimento em serviços públicos. 
4. Explique por que a ferrovia se tornou um símbolo de progresso e velocidade no século XIX. R: A ferrovia expandiu-se rapidamente. Para vários países e passou a transportar, além de mercadorias, também passageiros, correspondências e jornais. Ela modificou as paisagens com as estradas de ferro, as estaçoes, as pontes e os túneis, e transformou a vida do cidadão comum. As viagens tornaram-se mais seguras e rápidas e em muitas regiões a vida passou a pautar pelos horários dos trens.
5. De que forma os navios a vapor contribuíram para a comunicação entre as pessoas que viviam em diferentes continentes? R: Além de tornarem as viagens mais rápidas, havia os navios postais a vapor que transportavam correspondente e jornais de várias partes do mundo.
6. Leiam o texto a seguir e respondam ao que se pede.
Antes da existência da rede de telégrafo e, sobretudo, dos cabos submarinos, o papel de correspondente jornalístico restringia-se a isto: correspondiam-se. Escreviam cartas de onde estavam e que eram enviadas por navio, trem ou carruagem dos correios. As notícias podiam chegar com dias ou semanas de atraso e, assim, não eram os elementos mais instigantes dos jornais. Com o advento do telégrafo, tudo isso mudou. As notícias podiam ser instantâneas; por isso, precisavam ser apuradas e relatadas com a maior velocidade possível.
[...] A princípio, os proprietários de jornais viam o telégrafo com alguma reserva. Havia os que temiam que ele liquidasse seu negócio; outros receavam que ele facilitasse a emergência de novos concorrentes. Com o tempo, porém, a disponibilidade de notícias quase imediatas de lugares remotos ajudaria os jornais a ampliar sua base de leitores e a desempenhar novos papéis.
PARRY, Roger. A ascensão da mídia: a história dos meios de comunicação de Gilgamesh ao Google. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. p. 198.
a) Segundo o texto, como os jornalistas exerciam sua profissão antes da invenção do telégrafo? R: Antes da invenção do telegrafo os jornalistas se comunicavam por meio de correspondências que constumavam chegar de navio, trem ou carruagem e, assim, as notícias demoravam bastante para chegar de um lugar a outro.
b) Por que os proprietários de jornais encaravam o telégrafo com reservas? Será que atitude semelhante pode acontecer com alguma invenção da atualidade? Expliquem. R: Alguns proprietários de jornais temiam que o telegrafo liquidasse seu negócio, outros receavam que ele facilitasse a emergência de novos concorrentes.
c) Escreva um texto explicando a importância do telégrafo para os capitalistas, os governos, os cidadãos comuns e o jornalismo. R: O telegrafo colaborou para disseminar noticias de um local a outro, a grandes distancias. Também foi usado como instrumento de informação em guerras, para a comuniccao entre governos, etre empresários e capitalistas, assim como de cidadãos comuns e jornalistas. O telegrafo ajudou os jornais ampliar sua base de leitores e também contribuiu para criar uma rede de informações e comunicação entre povos e culturas do mundo.
7. A seguinte notícia foi publicada em um site em 2014:
EUA reconhecem contributo chinês na ferrovia do século XIX
Os cerca de 12 mil chineses que ajudaram a construir, no século XIX, a primeira linha férrea transcontinental na América do Norte viram finalmente, através dos respetivos descendentes, essa contribuição reconhecida pelos Estados Unidos (EUA). Uma placa alusiva a esse reconhecimento foi colocada na parede de honra do Departamento do Trabalho norte-americano.
Os descendentes desses imigrantes chineses participaram esta sexta-feira de uma cerimônia que celebrou os 145 anos sobre a colocação, no Utah, da última parte da ferrovia que viria a permitir completar a ligação por trens.
EUA reconhecem contributo chinês na ferrovia do século XIX. Euronews, 10 maio 2014. Disponível em: <http://pt.euronews.com/2014/05/10/eua-reconhecem-contributo-chines-na-ferrovia-do-seculo-xix>.
Acesso em: 29 agosto. 2018. 
a) Qual é o assunto da notícia? R: o reconhecimento dos Estados Unidos em relação á participação dos chineses na construção da primeira ferrovia da primeira ferrovia transcontinental dos estados Unidos.
b) A linha férrea a que se refere a notícia é conhecida como Pacific Railway. Ela foi construída por duas frentes de trabalhadores. Uma trabalhou a partir do estado de Utah, em direção à costa oeste, e outra a partir do estado da Califórnia, em direção à costa leste. Em 1869, os dois trechos foram unidos.
A partir do que você estudou neste Capítulo, responda: Em que frente os trabalhadores chineses atuaram? Explique. R: Espera-se que os estudantes expliquem que os chineses chegaram aos Estados Unidos com o objetivo de se instalar na Califórnia. Assim,é mais provável que tenham participanto da frente que ia da Califórnia em direção ao leste dos Estados Unidos.
8.   O avanço tecnológico das últimas décadas deu origem a setores muito sofisticados do ponto de vista técnico, tais como a microeletrônica, a biotecnologia, a robótica etc. Eles integram a chamada fábrica global, determinando uma nova distribuição espacial das indústrias, cujas características atendem, em última análise, à lógica do lucro.
Com relação aos fatores determinantes da teoria de localização industrial, responda:
a) Identifique os fatores que foram fundamentais para a localização industrial na primeira e na terceira Revolução Industrial. R: A Primeira Revolução Industrial de um lado depende de capital acumulado, existência de minérios em abundancia como o ferro e o manganês (custo do transporte, distancia e quantidade) e fontes de energia. D outro lado m mercado consumidor com o poder aquisitivo e mao de obra abundante são importantes.
A Terceira Revolucao Industrial ocorre sobre novas bases. Energia elétrica, informalização, integração pesquisa – tecnologia, terceirização. Toyotismo, (just in time), automação e robotização. Os avanços tecnológicos ocorrem em áreas como microeletrônica, nanotecnologia, biotecnologia, química fina entre outras. São aspectos que favorecem a acumulação flexível com desconcentração espacial.
b) Explique o significado do termo “fábrica global”. R:Trata-se um novo modelo produtivo com base na desconcentração espacial das atividades; distribuição do processo produtivo de bens por diferentes lugares. A sede administrativa da empresa é num dado país e sua linha de produção é em outra. A transnacionalização, por exemplo, pode ter um cargo global. Projeto, administração e capitação financeira num certo país; produção de autopeças em eoutro; carroceria e motores num terceiro e montagem num quarto país.
9.   Viver numa grande cidade implica o reconhecimento de múltiplos sinais. Trata-se de uma atividade do olhar, de uma identificação visual, de um saber adquirido, portanto. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente uma mulher bonita e viúva ou um grupo de moças voltando do trabalho, pressupõe um conhecimento da cor do luto e das vestimentas operárias, também o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos a sua presa, implica um conhecimento específico da cidade.
Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado.
O texto mostra como o forte crescimento territorial e demográfico de algumas cidades europeias, no século XIX, redefiniu formas de convivência e sociabilidade de seus habitantes as quais, em alguns casos, persistem até hoje.
a) Cite e explique dois motivos do crescimento de cidades como Londres e Paris, no século XIX. R: O principal motivo de crescimento dessas duas cidades foi a industrialização, bastante acentuada no corredor do século XIX, apesar da revolução industrial n Inglaterra ter-se iniciado no século anterior. A segunda metade do século XIX foi marcada pela 2ª Revolução Industrial, que promoveu não apenas as novas tecnologias, mas também um aumento significativo do número de fabricas e, portanto, de postos de trabalho. A segunda causa é a crise no setor agrafio, colocando em segundo plano pelos governantes e burguesia dessas nações e que que sofreu a interferência do processo de mecanização, principalmente nas últimas décadas do século, provocando desemprego entre os camponeses que, em um primeiro momento, tendiam a migrar para as grandes cidades.
 b) Indique e analise uma característica, dentre as mencionadas no texto, que se faça presente em grandes cidades atuais. R: No trecho: “(...) o olhar do assaltante ou do policial, buscando ambos, a sua presa (...)”, podemos observar uma situação cada vez mais comum nas grandes cidades marcadas pelo bandidismo e pela organização da criminalidade, com aumento constante da violoenia urbana em praticamente todas as grandes metrópoles brasileiras, que tem como contrapartida a “ação policial” e a preocupação da sociedade civil.
10.   A paz não passa de um engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a indústria tornou-se o suplício dos povos, depois que uma ilha de piratas [refere-se à Inglaterra] bloqueia as comunicações (...) e transforma suas fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.
(Charles Fourier. Théorie des quatre mouvements (1808), in OEuvres complètes. Paris: Anthropos, vol. I, 1978, citado por Elias Thomé Saliba. As utopias românticas. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.)
O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão de Charles Fourier acerca do nascimento das fábricas. Explique
a) por que o autor chama as fábricas de “viveiros de mendigos”. R: Nas fabricas dos primeiros tempos da Revolucao Industrial, os operários trabalhavam em precárias condições, devido às longas jornadas de tabalho em ambiente em insalubre, sujeitos a acidentes e castigos físicos e em troca de salários insignificantes.
b) o que leva o autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”. R: A afirmação de Charles Fourier de que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”, remete, no contexto em que se deu, À hegemonia inglesa no comercio internacional, condições que a Inglaterra ostentava desde o século XVII e que foi consolidada com a Revolução Industrial do século XVIII.
11. Em Sheffield, cidade famosa pela produção de tesouras, foices, facas e navalhas, 769 metalúrgicos enviaram petição ao Parlamento em 1789 contra o comércio de escravos.
"[...] sendo os artigos de cutelaria enviados em grandes quantidades para a costa da África a título de pagamento por escravos, supõe-se que os interesses de seus peticionários possam ser prejudicados se tal comércio for abolido. Mas, uma vez que seus peticionários sempre compreenderam que os nativos da África nutrem grande aversão pela escravidão no exterior, consideram o caso das nações africanas como se considerassem o seu próprio."
(Adaptado de HOCHSCHILD, Adam. "Bury the Chains". Boston: Houghton Miffflin, 2004.)
De acordo com uma visão recorrente na historiografia, a Inglaterra teria abolido o tráfico de escravos para suas colônias em 1807 com o objetivo de ampliar o mercado para seus produtos industrializados.
Explique de que maneira o trecho acima questiona essa visão. R: Ao se referir a trabalhadores que se posicionavam contra uma atividade – o tráfico de escravos – que absorvia bens por eles produzidos e que, além disso, ajudava a garantir os seus empregos, o texto destacado questiona frontalmente a ideia de que o abolicionismo inglês visava ampliar o mercado para as indústrias britânicas.
12.   "A Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos. Durante um breve período ela coincidiu com a história de um único país, a Grã-Bretanha. Assim, toda uma economia mundial foi edificada com base na Grã-Bretanha, ou antes, em torno desse país. (...) Houve um momento na história do mundo em que a Grã-Bretanha podia ser descrita como sua única oficina mecânica, seu único importador e exportador em grande escala, seu único transportador, seu único país imperialista e quase que seu único investidor estrangeiro; e, por esse motivo, sua única potência naval e o único país que possuía uma verdadeira política mundial. Grande parte desse monopólio devia-se simplesmente à solidão do pioneiro, soberano de tudo quanto se ocupa por causa da ausência de outros ocupantes."
(Eric J. Hobsbawm. "Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo". Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1983, p.9)
Tendo como referência o texto anterior:
a) Explique dois fatores que contribuíram para que a Inglaterra tenha experimentado a "solidão do pioneiro" no processo de Revolução Industrial. R: A acumulação de capital entre os séculos XVI e XVIII por parte da burguesia e da gentry nas atividades agrícolas, comerciais e manufatureiras; a existência de uma massa de mao de obra disponível, barata e farta resultante dos cercamentos dos campos, para ser utilizadas nasprimeiras fabricas; a existência de mercados produtores de matérias – primas e de mercados consumidores para os produtos industrializados ingleses, decorrências de seu grande poderio naval e comercial, que permitiu à Inglaterra formar um dos maiores impérios coloniais da época moderna; a abundancia, em seu território, da jazida de ferro e carvão, matérias – primas fundamentais para a construção das maquinas e para a produção de energia; os interesses da burguesia estavam representados na política do Estado inglês desde a Revolução Gloriosa.
b) Identifique duas mudanças ocorridas na sociedade inglesa do século XIX que exemplifiquem a afirmativa do autor de que "a Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos". R: A crescente urbanização; o aumento demográfico, devido, em parte, às modificações nas técnicas agrícolas; o início do movimento de resistência dos trabalhadores, como o Ludismo e o Cartismo, em função das péssimas condições de trabalho e de vida naquela época; o desenvolvimento da produção em massa e a maior divisão a maior divisão do tabalho; a formulação de políticas econômicas liberais e indústrias; o início da organização do movimento operário com o surgimento das tradeunions; o surgimento de novas teorias sociais, como o Socialismo e o Anarquismo.
13.   No turbilhão da primeira era industrial, o nacionalismo tornou-se o principal meio pelo qual o governo podia garantir a unidade da população. Conforme encorajado pelos Estados Europeus, o nacionalismo implicava convencer a população de que ela devia sentir-se agressivamente orgulhosa do país em que vivia. Da metade do século XIX em diante, a febre nacionalista infiltrou-se em todas as formas culturais europeias, afetando a educação, as artes e a literatura. 
(traduzido e adaptado de Paul Greenhalgh, Ephemeral Vistas: the Expositions Universelles, Great Exhibitions and World's Fairs. Manchester: Manchester University Press, 1988, p. 112-3).
a) Caracterize a primeira era industrial, iniciada em fins do século XVIII. R: Designada como “Primeira Revolução Industrial” a primeira fase da industrialização caracterizou-se pelo desenvolvimento do sistema de produção fabril na Inglaterra, pela utilização do vapor do carvão e do ferro e pela modernização da indústria têxtil. 
b) A partir do texto, explique quais as características do nacionalismo? R: Valorização da unidade política e cultural de uma nação, acrescida da exaltação do sentimento nacional e de propósitos militaristas e expansionistas.
c) De que forma o sentimento nacional foi expresso na literatura brasileira do mesmo período? R: Com a exaltação do índio nas obras de José de Alencar e Gonçalves Dias.
14.   Leia com atenção:
"Para [o] pensamento movido pela crença do poder criador do trabalho organizado, a presença da máquina definiu de uma vez por todas a fábrica como o lugar da superação das barreiras da própria condição humana. 'A invenção da máquina (...)', escrevia Engels em 1844, 'deu lugar como é sobejamente conhecido a uma Revolução Industrial, que transformou toda a sociedade civil'".
Edgar de Decca. "O nascimento das fábricas". São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 9
"Os dejetos são parte significativa dos ciclos da natureza e da economia, há sempre perda de matéria ou energia. A industrialização acrescenta às variáveis quantidade/tipo a consideração da escala. A sociedade (pós-industrial) avançada, desenvolvida, gera dejetos evidentemente industriais (subprodutos dos processos das fábricas) e modifica também o lixo doméstico: antes quase que exclusivamente orgânico, tem atualmente outros componentes, sobretudo inorgânicos".
Raphael T. V. Barros. "Resíduos Sólidos e Meio Ambiente". In SEMINÁRIO SP, 1993
"De uns tempos para cá, um novo tipo de lixo acumula problemas para o meio ambiente: o lixo eletrônico. São computadores, telefones celulares, televisores e outros tantos aparelhos e componentes que, por falta de destino apropriado, são incinerados e depositados em aterros sanitários. Estima-se que até 2004 cerca de 315 milhões de microcomputadores serão descartados, 850 mil dos quais no Brasil".
Revista TEMA. Serpro, no 160. Março, 2002, ano XXVI
Desde o final do século XVIII, com o surgimento do modelo de fábrica inglês, a industrialização foi associada à ideia de progresso. No decorrer do século XX, a fábrica obteve sucessos impressionantes, tanto no volume e na diversidade da produção, quanto no aperfeiçoamento tecnológico que atingiu.
O pós 2a Guerra Mundial tornou-se, dessa forma, uma espécie de idade de ouro para as sociedades modernas capitalistas da Europa Ocidental e para os EUA, desdobrando-se, particularmente no meio urbano, na chamada sociedade de consumo.
No final do século XX, porém, começou-se a perceber e a criticar um outro lado do desenvolvimento associado ao consumo: a imensa quantidade de resíduos gerados por esse modelo industrial e os problemas que provocava.
Redija uma dissertação sobre os "dois lados" desse modelo de sociedade, levando em conta:
- as condições que facilitaram a ocorrência da "Revolução Industrial" na Inglaterra do século XVIII e as novas formas de organização social que a fábrica trouxe;
- alguns dos avanços tecnológicos mais notáveis dos séculos XIX e XX, que aumentaram o potencial produtivo dessa sociedade;
- a velocidade dos avanços tecnológicos (que produz o que o geógrafo Milton Santos chamou de "tecnologia perecível") em comparação com as formas hoje desenvolvidas para acondicionar os resíduos e, assim, diminuir os efeitos ambientais provocados por eles. 
15. "Tempos difíceis" é um romance do escritor inglês Charles Dickens, publicado em 1854. A história se passa na cidade de Coketown, em torno de uma fábrica de tecidos de algodão:
Umas tantas centenas de operários na fábrica, umas tantas centenas de cavalos-vapor de energia (...) O dia clareou e mostrou-se lá fora (...) As luzes apagaram-se e o trabalho continuou. Lá fora, nos vastos pátios, os tubos de escapamento do vapor, os montes de barris e ferro velho, os montículos de carvão ainda acesos, cinzas, por toda parte, amortalhavam o véu da chuva e do nevoeiro.
a) Qual a importância do carvão e do ferro na 1a Revolução Industrial? R: O carvão era o combustível necessário para a utilização do vapor, e o ferro era utilizado com matéria – prima essencial para a fabricação das maquinas surgidas com a Revolução Industrial.
b) Comente as condições de trabalho nas fábricas inglesas no século XIX, a partir do texto apresentado. R: No capitalismo selvagem que caracterizou a Primeira Revolução Industrial, as condições de trabalho nas fabricas se pautavam pela insegurança, insalubridade, extenuantes jornadas de trabalho e exploração do trabalho feminino e infantil. Além dos baixos salários pagos aos trabalhadores.
16.   O historiador David Landes, referindo-se à Revolução Industrial, escreveu:
"O cerne dessa Revolução foi uma sucessão inter-relacionada de mudanças tecnológicas. Os avanços materiais ocorreram em três áreas: (1) houve uma substituição das habilidades humanas por dispositivos mecânicos; (2) a energia de fonte inanimada - especialmente a do vapor - tomou o lugar da força humana e animal; (3) houve uma melhora acentuada nos métodos de extração e transformação das matérias primas, especialmente no que hoje se conhece como indústrias metalúrgicas e químicas."
(Prometeu Desacorrentado.)
a) Qual foi o primeiro país a iniciar a industrialização com o uso tecnológico descrito pelo texto? R: A Inglaterra em meados do século XVIII
b) Indique duas consequências da industrialização nos movimentos sociais e políticos europeus nos séculos XVIII e XIX. R: Os movimentos com a Revolução Francesa e as Revoluções Liberais de 1830 na Europa contribuíram para a consolidação do Estado burguês, enquanto o Movimento Ludista, o Movimento Cartista e a Primavera dos Povos de 1848 foram movimentos de contestação ao processo de industrialização.
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