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@ Nivya Moraes P2/UC6 UNIT – AL 1 HABILIDADES LABORATORIAIS MICROBIOLOGIA E MORFOLOGIA BACTERIANA INTRODUÇÃO O QUE A MICROBIOLOGIA ESTUDA? Morfologia, Ecologia, Genética e Bioquímica das bactérias bem como outros muitos aspectos relacionados com elas. É um ramo da Biologia e é de grande importância para o homem por seus envolvimentos médicos. POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR MICROBIOLOGIA? É necessário conhecer a microbiota humana. Cada sítio tem sua flora e a partir do momento que alguns determinados microrganismos se proliferam nessa região ou há exacerbação da flora que cause desequilíbrio na microbiota pode levar a um processo patológico Figura 1: processos importantes aos quais as bactérias se relacionam @ Nivya Moraes P2/UC6 UNIT – AL 2 Malefícios da microbiota associada a batérias: intoxicação e doenças infecciosas CÉLULA BACTERIANA Bactérias são seres unicelulares, procariontes e podem ser autótrofas ou heterótrofas. Fazem parte do reino monera Reprodução assexuada por bipartição ou cissiparidade Conjugação ou transformação (no caso de indivíduos de espécies diferentes) - é o processo em que uma bactéria fixa sua pili sexual em outra bactéria e ambas trocam seus DNAs plasmidiais. COMPONENTES DA BACTÉRIAS: RIBOSSOMOS – síntese proteica FLAGELO – estruturas locomotoras formadas principalmente por uma proteína denominada flagelina PLASMÍDEO – fragmento de DNA, ligação importante à resistência bacteriana (algumas bactérias podem pegar informações do plasmídeo e passar para outras bactérias, o que pode desenvolver resistência bacteriana) DNA – disperso no citoplasma PAREDE CELULAR – presente na maioria das bactérias, é localizada externamente à membrana plasmática, formada por peptideoglicano ou mureína, que garante proteção e forma à célula, além de controle osmótico CITOPLASMA - ausência de organelas membranosas e a presença de ribossomos FÍMBRIAS - atuam auxiliando na fixação das bactérias NUCLEOIDE – região celular em que se concentra maior quantidade de DNA algumas bactérias possuem uma CÁPSULA DE POLISSACARÍDEO que auxilia na sua proteção frente a outros organismos e substâncias, além de promover a adesão em superfícies. Essa cápsula pode ser formada por exopolissacarídeos (EPS) MESOSSOMOS - são "membranas internas" onde ocorrem os processos respiração celular para obtenção de ATP e fotossíntese (no caso das bactérias fotossintetizantes). EXISTEM BACTÉRIAS QUE NÃO POSSUEM PAREDE CELULAR? Sim, o nicoplasma, por exemplo, é um tipo de bactéria que não possui parede celular MORFOLOGIA BACTERIANA Organismo Procarionte Tamanho varia 0,2 a 5,0μM Bactérias existem há mais do que 3,5 bilhões anos. Graça às estruturas simples, bactérias podem sobreviver em todos ambientes da terra. Podem ser encontradas no ar, no solo, na água, vulcão, no mar profundo, nas fontes quentes, no gelo, no sal, na pele dos homens, etc. Em condições desfavoráveis algumas bactérias formam esporos, que podem sobreviver vários anos. @ Nivya Moraes P2/UC6 UNIT – AL 3 FORMAS E ARRANJOS Esféricas → Cocos Forma de bastão→ Bacilos Forma espiral→ Espiraladas: Espirilos ou Espiroquetas Forma de vírgula → Vibrião Cocos e Bacilos podem unir-se → colônias o Cadeias(“estrepto-“) o Cacho (“estafilo-“) o Pares (“diplo-“) ESTREPTOBACILOS: bastonetes agrupados em cadeias. PALIÇADA: bastonetes alinhados lado a lado como palitos de fósforo. Ex: Corynebacterium COCOBACILOS: tem forma intermédia entre os coco e bacilos. Ex: Haemophilus influenzae e Gardenerella vaginalis ESTRUTURA BACTERIANA FÍMBRIAS OU PILI: Apêndices filamentosos → Presentes nos pólos ou homogeneamente distribuídos Auxiliam na reprodução, comunicação e adesão da bactéria em determinadas células Pili sexual (As fímbrias são de natureza protéica – pilina) FLAGELO: Apêndices, em forma de filamentos, que servem para a sua locomoção, fator de virulência e quimiotaxia. @ Nivya Moraes P2/UC6 UNIT – AL 4 Longos apêndices filamentosos → Possuem 3 partes básicas Proteína FLAGELINA As bactérias recebem denominações especiais de acordo com a distribuição dos flagelos: GLICOCÁLICE Reservatório de água e nutriente Aumento da capacidade invasiva Aderência Aumento da resistência Produção industrial BIOFILME: São agremiações funcionais de microrganismos aderidos a uma superfície e embebidos em substância polimérica extracelulares (EPS) PAREDE CELULAR: Resistência Classificação em dois grandes grupos: o Gram- positiva e gram- negativa Ponto de ancoragem ASPECTO DAS PAREDES CELULARES DE ORGANISMOS GRAM POSITIVOS E NEGATIVOS: Comparando: A camada de peptidioglicano é mais espessa na gram positiva Na gram negativa tem dois tipos de membrana: interna e externa Gram negativa é mais complexa: @ Nivya Moraes P2/UC6 UNIT – AL 5 BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS: Membrana externa : impermeabiliza a célula; oferece proteção extra contra enzimas digestivas. Espaço periplasmático: rico em enzimas hidrolíticas; enzimas relacionadas a virulência ( beta – lactamase); apresenta sistema de transporte de açúcar e captação de outros metabólicos . LPS / endotoxina : muito imunogênico o Pode ser liberdo em infecções e ser tóxico o Pode funcionar como receptor e bloquear a resposta imune. COLORAÇÃO DE GRAM COMO É FEITA? 1 – isola a bactéria 2 – coloca no esfregaço 3 – fixa na lâmina com calor 4 – usa o corante cristal violeta, que vai ser absorvido pela parede celular (tanto na gram negativa quanto na gram positiva) 5 – depois lava o excesso de corante e joga lugol/iodo, que vai ajudar a fixar o cristal violeta 6 – lava o material com álcool, que vai descorar o corante (principalmente os bacilos gram negativos, por que quando joga o álcool, destrói a membrana externa que é lipoproteica) 7 – coloca o corante safranina/fuxina (corante rosa) e quem descorou vai corar. 8 – o que fica em rosa é gram negativa e o que fica roxo é gram positiva A coloração de gram também permite visualizar a morfologia das bactérias COLORAÇÃO DE ZIEHL NEELSEN Coloração de BAAR (Bacilo Álcool Ácido Resistente) Utilizado para identificação do Gênero Mycobacterium, suspeita de lepra ou hanseníase Bacilos aeróbicos imóveis, não-formadores de esporos, de parede celular atípica. @ Nivya Moraes P2/UC6 UNIT – AL 6 COMO É FEITA? 1 – cora a amostra com fuxina (rosa) 2 – joga o álcool ácido e a microbactéria (AAR) vai ficar corada, enquanto as outras estruturas vão descorar) 3 – depois joga um corante com azul específico para diferenciar uma da outra 4 – ficam coradas só as AAR PROVAS BIOQUÍMICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS PARA BACTÉRIAS GRAM POSITIVAS CATALASE: Algumas bactérias são capazes de produzir a enzima catalase e estas quebram o Peróxido de Hidrogênio (H2O2) produzindo bolhas. o Teste positivo: Sthaphylococcus sp (se borbulhar) o Teste negativo: Streptococcus sp (se não borbulhar) COAGULASE: A bactéria produz a enzima coagulase que na presença do plasma provoca sua coagulação demora 4 horas. o Teste positivo: coagula o plasma/Staphylococcus Aureus o Teste negativo: não coagula/ Staphylococcus Sp PARA BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS: TSI (Tríplice Açúcar e Ferro): Identifica se a bactéria produz gás, o H2S reage o ferro formando um precipitado preto(sulfato ferroso). SIM (SULFATO/INDOL/MOTILIDADE): Determina a habilidade do microorganismo de metaboliza o triptofano em indol. CITRATO: se a bactéria é capaz de utilizar o citratode sódio como única fonte de carbono para crescer. Para positivo o meio fica azul ocorrendo alcalinização OXIDASE: as bactérias produzem a enzima oxidase e conseguem fazer a cadeia transportadora de elétrons e contém o último citocromo, chamado de citocromo oxidase. UREIA: determina a habilidade do microrganismo de degradar a ureia em duas moléculas de amônia pela ação da enzima urease BACTÉRIAS SEGUNDO AS PROVAS BIOQUÍMICAS Tabela serve pra classificar o tipo de bactéria NAS PATOLOGIAS TUPF – TESTE DA UREASE PRÉ FORMADA Teste microbiológico para detecção presuntiva do Helicobacter pylori em fragmentos de biópsia gástrica, pela pesquisa da enzima uréase produzida por esta bactéria. Material: Fragmentos de biópsia da mucosa gástrica. As bactérias gram-positivas coram-se em roxo e as gram-negativas em vermelho. o Gram positivas: estafilococos e estreptococos. o Gram negativas: Pseudomonas, Escherichia coli. @ Nivya Moraes P2/UC6 UNIT – AL 7 INFECÇÕES BACTERIANAS: Staphylococcus: Compreende várias espécies: Staphyloccus aureus: O mais comum em infecções piogênicas na pele, fossas nasais, garganta e intestino. Exemplos: Foliculite, furunculose, osteomielite, endocardites e pneumonias. Tratamento: bastante sensível as penicilinas, cefalosporinas, eritomicinas, tetraciclinas e clorafenicol. Staphylococcus epidermidis: Habitante normal da pele e mucosas. Vem sendo isolado em próteses cardíacas, articulares e vasculares. Staphylococcus saprophyticus: Depois da Escherichia coli é o agente mais comum de infecções urinárias. É encontrado na região periuretral do homem e da mulher, bem como na pele. Streptococcus: Existem várias espécies Significado clínico: S.pyogenes, S.agalactiae (muito comum em gestantes, pode causar abortamento), S.pneumoniae. Principais infecções: pneumonias, glomerulonefrites, faringites, amigdalites, erisipela, febre reumática. Tratamento: penicilinas Neisserias: Cocos gram-negativos que ocorrem aos pares na maioria das vezes. Causadoras de gonorréia e meningite! Pseudomonas: Bactéria gram-negativa. Principal espécie: Aeruginosa Bactéria oportunista que pode causar várias infecções. Pacientes hospitalizados representam incidência maior de contaminação. ANTIBIÓTICOS Cada antibiótico atua em diferentes estruturas das bactérias @ Nivya Moraes P2/UC6 UNIT – AL 8 LAUDOS Comitê internacional preconiza quais antibióticos para testar em determinadas bactérias. Aí analisa se está sensível ou resistente 1 - Espalha a bactéria no meio de cultura 2 – espalha os dicos de antibiótico 3 – coloca na estufa e espera 24 horas 4 – de acordo com o alo criado dá pra saber se está mais sensível ou resistente Nesse exemplo, ENO é bastante resistente