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Afecções da Pele

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Afecções de Pele 
Profa. Mª de Fátima M. Martins
Fotossensibilização
 Enfermidade provocada pelo acúmulo de filoeritrina
na pele associada a incidência de raios solares. 
 Clorofila normalmente é metabolizada no fígado. 
 Lesões hepáticas podem prejudicar o metabolismo 
causando o quadro de fotossensibilização. 
 Etiologia: 
 A causa mais freqüente de lesões hepáticas é a 
intoxicação pela esporodesmina, uma toxina 
produzida pelo fungo Pithomyces chartarum que 
se desenvolve principalmente em pastagens de 
Brachiaria decumbens. 
 Qualquer quadro de lesão hepática, tóxico ou não, 
pode provocar a fotossensibilização. 
 Sinais Clínicos: 
 eritema das partes afetadas, usualmente as partes brancas 
(esta localização é especialmente evidenciada em bovinos 
da raça holandesa preta e branca). 
 Com a evolução do processo há a morte do tecido cutâneo 
que se torna ressecado e começa a se destacar. 
 Miíases secundárias. 
 Ovinos podem apresentar o quadro nas partes sem lã 
(cabeça e períneo). Por isso, a fotossensibilização nesta 
espécie é também chamada de eczema facial. 
 Diagnóstico:
 Histórico; 
 Sinais e sintomas; 
 Avaliação de lesão hepática 
 AST, 
 GGT, 
 Bilirrubinas
 Tratamento: 
 proteger o animal da incidência direta de raios solares, 
mantendo-o em áreas bem sombreadas. 
 tratamento tópico das lesões com soluções ou pomadas 
antissépticas.
 avaliar a recuperação do animal através de dosagens séricas 
periódicas de enzimas hepáticas (AST, gamaGT, etc.). 
 uso de protetores hepáticos à base de agentes lipotrópicos, 
como a colina e o inositol tem sido indicados. Sua eficácia, 
porém, é duvidosa. 
 Prevenção da doença 
 não se pode recomendar a eliminação de pastagens de B. 
decumbens, uma das principais gramíneas usadas no País. 
Tal medida além de pouco prática e antieconômica pode-se 
revelar impossível, face à grande resistência e capacidade 
de disseminação desta gramínea. 
 correto manejo da B. decumbens que, quando mantida 
baixa por pastoreio intensivo, dificilmente apresenta 
condições propícias para o desenvolvimento do P. 
chartarum. 
Dermatofilose
 Definição 
 Processo infeccioso da pele, causado pela Dermatophilus
congolensis que se caracteriza por dermatite exsudativa, 
com necrose, acantose e formação de crostas. 
 Também é conhecida por estreptotricose cutânea em 
bovinos e escaldadura pela chuva em equinos. 
 Acomete bovinos, equinos, ovinos, caprinos e outras 
espécies.
 Etiologia 
 O D. congolensis é um actinomiceto anaeróbio 
facultativo, gram-positivo. 
 Seu habitat natural é desconhecido, provavelmente 
seja um saprófita do solo ou da pele dos animais. 
 Animais infectados assintomáticos são 
considerados os reservatórios primários da doença. 
 Epidemiologia 
 Redução ou alteração das barreiras naturais existentes na 
pele. 
 Fatores ambientais (chuva, umidade e altas temperaturas) 
 influenciam o desenvolvimento, prevalência, incidência 
sazonal e transmissão da dermatofilose. 
 Maior prevalência nos períodos chuvosos. 
 Animais jovens são mais propensos. 
 Transmissão : contato direto entre os animais ou por meio 
de cercas, postes, cochos etc. contaminados. 
 Pode ocorrer também por meio de insetos sugadores, que 
atuam como vetores mecânicos, ou devido a escoriações na 
pele. 
 Patogenia 
 A bactéria, ao penetrar na epiderme, causa um 
processo inflamatório agudo que leva a um 
acúmulo de exsudato, pêlos e fragmentos, que 
produzem crostas características. 
 Na maioria dos casos a lesão parece ser 
autolimitante, regredindo espontaneamente após 
um período de duas a três semanas. 
 Nas infecções crônicas, a doença pode persistir por 
meses.
 Sintomas Clínicos 
 lesões em qualquer parte do corpo, mais na 
cabeça, pescoço, dorso e laterais do animal e, 
também, na porção posterior do úbere. 
 Em bezerros, as lesões geralmente começam no 
focinho e espalham-se pela cabeça e pescoço. 
 presença de elevações abaixo do pêlo. 
 lesões características: pequenas crostas que se 
formam na base do pêlo e o envolvem, com 
presença de tecido granuloso, exsudato e material 
purulento. 
 Sinais sistêmicos ausentes ou limitados a uma 
resposta febril nos casos moderados. 
 estágios mais avançados a dermatite cicatriza-se e 
as crostas separam-se da pele, ficando presas pelos 
pêlos, sendo facilmente removidas na forma de 
crostas com tufos de pêlos (“forma de pincel”). 
 estágios finais, há perda intensa de pêlos, com 
formação de casca acentuada e pregueamento da 
pele. 
 lesões generalizadas as crostas se assemelham a 
barro seco, sendo estes animais mais propensos a 
infecções e perda de peso. 
 A reinfecção pode ocorrer, principalmente em 
animais jovens.
 Diagnóstico 
 quadro de lesões apresentado pelo animal 
 auxílio laboratorial confirmação da presença do D. 
congolensis em raspados ou biópsias da região 
abaixo da crosta da lesão. 
 histórico da presença da doença em épocas 
anteriores pode também auxiliar o diagnóstico. 
 Diagnóstico Diferencial 
 Deve ser feito para outras enfermidades da pele 
que causem lesões que possam se assemelhar a 
alguma das fases da doença (dermatomicose, 
papilomatose, sarna etc.). 
 Tratamento 
 Antibióticos administrados parenteralmente
constituem-se no tratamento mais eficaz para 
controle da dermatofilose. 
 penicilina ou a estreptomicina são recomendadas 
em dois tipos de tratamento, ou em uma única 
aplicação em altas doses (70.000 UI/kg PV de 
penicilina ou 70 mg/kg PV de estreptomicina), ou 
em doses diárias (5.000 UI/kg PV ou 5 mg/kg PV, 
respectivamente) durante cinco dias. 
 oxitetraciclina também pode ser usada no controle 
de surtos da doença (20 mg/kg PV). 
Papilomatose
 Definição
 doença proliferativa causada por um vírus (VPB) 
que causa lesões verrucosas que podem se 
localizar em várias partes do organismo, na 
dependência do sorotipo viral envolvido. 
 Epidemiologia: 
 A resistência do organismo parece desempenhar 
um papel importante na ocorrência, na 
disseminação e na magnitude das lesões. 
 Em caprinos, alguns casos de papilomatose podem 
sofrer transformação maligna e tornarem-se 
carcinomas epidermóides. Tais carcinomas são 
relativamente freqüentes nos bovinos, 
principalmente na terceira pálpebra. 
 Sinais: 
 formação de verrugas que podem ser destacadas 
com certa facilidade, na dependência de seu 
tamanho. 
 Tratamento:
 Pode-se proceder à remoção mecânica das verrugas, seguido-se 
uma aplicação de tintura de iodo no local, nos casos com poucas 
lesões.
 Prevenir miíases secundárias, e mastite, quando há papilomas 
no úbere e tetos. 
 Tentar a aplicação de uma autovacina feita com alguns 
papilomas retirados do mesmo animal e inativados pelo formol. 
 Existem no mercado alguns produtos que possuem indicação 
para a terapia da papilomatose (Ganaseg®, Verrugado®, 
Figueirina®). 
Algumas lesões - triturar, congelar e descongelar duas 
vezes e inativar o vírus com formalina 0,5%.
Administrar 2 mL intradérmica 3X a intervalos semanais
Dermatomicose
 Definição 
 É uma dermatite localizada, de caráter crônico, 
causada pela invasão da pele e pêlos por fungos 
conhecidos como dermatófitos, que é caracterizada 
por descamação e perda de pêlos. 
 É também conhecida pelo nome de tinha, 
ringworm, dermatofitose ou tricofitose. 
 Etiologia 
 Os agentes etiológicos são vários tipos de fungos, 
mais freqüentes Trichophyton spp e Microsporum
spp
 Trichophyton verrucosum o mais freqüente em 
bovinos. 
 Trichophyton equinum mais freqüente em equinos; 
T. mentagrophytes, Microsporum gypseum, M. 
equinum e M. canis, menos 
 Epidemiologia 
 Dermatomicose afeta principalmente animais estabulados criados em altas 
lotações, que favorece a disseminação da infecção, a constante reinfecção e 
acontaminação do ambiente.
 Todas as raças, sexo ou idades são susceptíveis, embora os indivíduos mais 
jovens sejam mais comumente afetados, principalmente os recém-
desmamados, devido a sua condição de alta susceptibilidade. 
 Parece haver maior incidência da doença nos meses de inverno, embora 
ocorra em qualquer estação. 
 A doença muitas vezes se manifesta como uma condição benigna que se 
resolve espontaneamente após um período de seis semanas a três meses, 
sendo mais persistente quando atinge uma grande área do corpo, quando 
então pode comprometer a saúde e a condição do animal. 
 Patogenia 
 O meio de contaminação mais comum é o contato direto 
entre animais infectados e animais sadios, embora os 
esporos possam estar presentes em cercas, postes, cochos 
etc. 
 A infecção se desenvolve no tecido queratinizado do 
estrato córneo ou folículo piloso, sendo que lesões 
superficiais favorecem o estabelecimento do fungo. 
 Lesões próximas aos olhos podem progredir para uma 
ceratoconjuntivite não específica. 
 Patogenia
 A forma circular característica das lesões é explicada pelo 
fato do fungo ser estritamente aeróbio e a formação de 
crostas levar à morte dele no centro da lesão, deixando-o 
ativo somente na periferia; e, a atividade micótica 
queratofílica também explica o aspecto da lesão, o agente 
não consegue se desenvolver onde não há queratina. 
 Sintomas Clínicos
 período de incubação de uma a quatro semanas, 
 lesões principalmente na cabeça, no pescoço e no períneo, 
 Pode se não houver tratamento, se alastrar para outras 
regiões e envolver grandes áreas do corpo do animal. 
 lesões características são circulares, circunscritas, medindo 
de 1 a 3 cm de diâmetro, podendo estar desprovidas de 
pêlos ou cobertas por crosta de coloração acinzentada ou 
amarronzada, que se projetam ligeiramente acima da pele. 
 Sinais clínicos
 A superfície abaixo da crosta é úmida e hemorrágica nos 
estágios iniciais, mas, quando as cascas caem, a lesão está seca 
e desprovida de pêlos. 
 Prurido não é comum, embora freqüentemente os animais 
apresentem sinais de irritação. 
 Em casos mais severos, particularmente em bezerros e animais 
jovens, a lesão tende a coalescer e a pele torna-se espessa e 
pregueada 
 O curso da doença é de aproximadamente quatro meses. 
 Animais recentemente recuperados apresentam resistência 
temporária à reinfecção.
 Diagnóstico
 Lesões características; confirmação laboratorial feita através 
de raspados, biópsia ou cultura da pele. 
 A técnica menos utilizada é a de cultura, uma vez que devido 
ao lento crescimento dos fungos, são necessárias muitas 
semanas até a identificação final. 
 As amostras de raspados devem ser coletadas nas regiões mais 
periféricas das lesões e enviadas ao laboratório em envelopes, 
pois, vidros hermeticamente fechados podem favorecer o 
crescimento de fungos não-patogênicos. 
 Diagnóstico Diferencial 
 Deve ser feito para com a dermatofilose, lesões 
focais de sarna, alguns tipos de papilomatose
ou outras infecções cutâneas. 
 Tratamento
 Existem dúvidas quanto à validade do tratamento para a 
dermatomicose em bovinos, visto que a doença é, 
normalmente, autolimitante e a recuperação espontânea é 
comum. 
 objetivo reduzir a extensão das lesões e limitar a disseminação 
da doença, através da redução da contaminação ambiental. 
 Tratamentos tópicos: devem ser precedidos da retirada das 
crostas, com auxílio de escova de cerdas e água morna. As 
soluções devem ser esfregadas com intensidade nas lesões, 
sobretudo nas regiões periféricas. 
 Xampús com miconazol ou enilconazol
 Aplicações de soluções fracas de iodo (1-2%), a cada 1-2 dias. 
 A griseofulvina (10 mg/kg PV/7 dias, VO) tem sido considerada útil, 
embora seja antieconômica. 
 tiabendazol (10, 15 ou 20 mg/kg, 5-10 dias) em 200 bovinos de várias 
idades, conseguiram a cura de 95% dos animais em seis semanas após o 
início do tratamento, não havendo diferenças entre as dosagens. 
 Em rebanhos onde a infecção atinge um grande número de animais, o 
tratamento deve ser feito à base de pulverizações ou banhos. O Captan® 
(N-triclometil-mercapto-4-ciclo-hexeno-1,2-dicarboxamida), fungicida de 
uso agrícola.
 O ácido paracético também tem sido usado em soluções de 2-3% (0,5 
litros/an. em duas aplicações com intervalo de sete dias) para o controle da 
infecção. 
 Prevenção 
 isolamento e tratamento imediato dos animais afetados 
 desinfecção do local e dos utensílios utilizados no manejo 
destes animais
 Uma dieta correta, com suplementação adequada, 
principalmente de vitamina A, para animais jovens em 
confinamento, pode ser considerada como uma medida 
auxiliar

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