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Fisiologia da Tireoide: Referência Bibliográfica: Livro: MARGARIDA, 5º edição Livro: FISIOLOGIA HUMANA, 7º edição Livro: TRATADO DE FISIOLOGIA MEDICA, 13º edição Livro: FISIOLOGIA BASICA, 2º edição Relembrando: Eixo hipotálamo da hipófise Hipotálamo sintetiza e libera TRH (hormônio liberador de ti- reotrofina), por meio dos neurônios parvocelulares na região da eminencia mediana onde teremos o inicio do sistema porta-hipo- fisário, o plexo primário recebe o TRH e direciona por meio de veias porta hipofisárias para a adeno-hipófise por uma secunda rede de capilares e chega nos tireotrofo, que em resposta sinteti- za e libera o TSH (hormônio tireoestimulante) se liga a seus rece- ptores na glândula tireoide que irá produzir T3 e T4 O Feedback no eixo é feito quando os níveis de T3 e T4 se elevam ou diminuem na corrente sanguínea Alça longa: sai da extremidade e vai para o SNC Glândula tireoide: Dois lobos: direito e esquerdo e entre eles temos o ist- Formato de borboleta, que fica na região anterior do pescoço Inferior a laringe Profundamente aos músculos esternotireoideo e esterno- hioideo A nível de C5 a T1 Geralmente entre o segundo e terceiros anéis traqueais mo Unidade funcional da tireoide: folículo tireoidiano Tri-iodotironina (T3) Coloide fica voltado para a membrana apical, é uma substância que fica no lúmen do folículo e é rico em tireo- globulinas Células parafoliculares ou células C: Hormônio calcitonina (CT) Células foliculares que sintetizam dois hormônios: Tiroxina ou tetraiodotironina (T4) - - - * * * * * * * * * • • • PAMELA Composição do T3 e T4: Tri-iodotironina (T3) ou 3,5,3’-tri-iodo-L- tironina Tiroxina ou tetraiodotironina (T4) ou 3,5,3’,5’- tetraiodo-L- tironina 4. Acoplamento oxidativo de duas iodotirosinas formando iodoti- Biossíntese dos hormônios tiroidianos: 1. Transporte do iodeto pela captação ativa, direcionamento e transporte apical do iodo para o lúmen folicular 2. Oxidação do iodeto 3. Iodação dos resíduos tirosil da molécula de tireoglobulina for- mando iodotirosinas roninas ainda ligadas à tireoglobulina Todos os processos ocorrem da membrana basolateral em di- Observações: Membrana basolateral ou basal é voltada para o capilar Membrana apical é voltada para o coloide reção a apical e depois volta Na membrana basolateral temos os capilares que trazem iode- to para tireoide e o TSH se ligando para estimular toda a biossín- tese dentro da célula folicular Temos uma bomba de sódio e potássio: jogando 3Na+ (só- dios) e coloca 2 K+ (potássio) para dentro criando um gra- diente eletroquímico dentro da célula que favorece a entra- da de 2 Na+ junto com um iodeto Sódio e o iodeto entram por meio de um cotranspor- te ou simporte (transporta ativo secundário), a proteína que os transportam chama NIS – sódio entra a favor do gradiente e o iodeto contra, por isso a necessidade do co- transporte Essa célula também sintetiza e empacota a tireoglobuli- O iodeto passa da membrana basal para a membrana apical onde será trocado por um cloreto – trocador de âni- on - o iodeto e o cloreto serão trocados por meio da pen- drina (proteína que se encontra na membrana apical) na que é direcionada para a membrana apical Na membrana apical o iodeto será oxidado pela enzi- ma tireoperoxidase (TPO) e se transforma em iode- to – precisamos da presença de peroxido de hidrogênio pa- ra reação ocorrer A TPO também é responsável por fazer a inserção do iodo na tireoglobulina, especificamente na tirosina (ami- noácido) das tireoglobulina – esse processo leva o nome de iodação ou organificação Quando a TPO insere apenas um iodo em uma tirosi- na formamos o monoiodotirosina (MIT), porém também podemos inserir dois iodos formando o di-iodotirosina (DIT) A TPO tem uma terceira função chamada de acopla- mento, que consiste na união de entre os MIT e os DIT (um com o outro ou entre eles mesmo) O TSH ao se ligar a célula, além de estimular toda essa biossíntese, também faz a célula emitir pseudópodes (projeções da membrana) para dentro dos coloides e confor- ma endocitamos um pouco do coloide, temos a formação de uma vesícula cheia de tireoglobulina (com MIT, DIT en- tre outros), essa a vesícula se une ao lisossomo (rico em enzimas digestivas) que irão quebrar a estrutura da tireoglobulinas para liberarem T3 e T4, MIT, DIT, T3 reverso e T2 Todo o resto produzido: MIT, DIT, T2, T3R será recicla- O T3 e T4 consegue atravessar a célula e passar pela membrana basal pelo transportador MCT8 em direção a corrente sanguínea do (degradados) pela enzima desalogenase (DEHAL) que irá libera iodo que pode ser reutilizado Quando o iodo é inserido em uma posição diferente forma- mos a T3 reverso – porem ele não tem muita função. T3 é a forma ativa do hormô- nio. * * • • • • • • • • • • • • • • • - 8. Reciclagem do iodo de MIT e DIT, pela DEHAL Resumo da biossíntese: 1. Captação do iodeto pela NIS 2. Efluxo do iodeto, pela pendrina 3. Oxidação do iodeto, pela TPO 4. Ligação do iodo na TG, pela TPO, formando MIT e DIT (orga- nificação do iodo) 5. Acoplamento, realizado pela TPO, formando T2, rT3, T3 e T4 6. Endocitose do colóide, contendo os produtos do acoplamento 7. Digestão da TG, com liberação de iodotirosinas e iodotironi- nas (MIT, DIT T2, rT3, T3 e T4) 9. Secreção dos HT, pelo MCT8 na membrana Obs: Liberamos cerca de 93% de T4 e 7% de T3 na corren- te sanguínea, porem o hormônio que desempenham uma função ativa é o T3 2. Regulação feita pela tireoide relacionadas as concentra- Regulação da função da tireoide: 1. TSH: se ligando aos seus receptores e desencadeando uma cascata de eventos ções de iodetos Autorregulação da tireoide: A própria glândula tem uma capacidade autorregulação, atra- vés das concentrações de iodeto na corrente sanguínea Muito iodeto na corrente sanguínea diminui a captação pelas células e se eu tenho pouco iodeto estimulo essa captação Efeito Wolff-chaikoff: “O mecanismo autorregulatório pro- cura manter um fino equilíbrio do estoque de HT na glândula. Em um estado de deficiência do iodo, o transporte deste é aumen- tado, e, em casos de maior disponibilidade dele, ocorre o oposto. Esta resposta acontece sem uma mudança detectável nos níveis de TSH e pode ser observada também em animais hipofisectomi- zados.” Obs: Preciso ter iodo proveniente da dieta para formar T3 e T4 Bócio endêmico: Pouca ingestão de iodo, acarretando em níveis baixos de T3 e T4 que irá fazer um feedback negativo estimulando o eixo hipota- lâmico a produzir mais TRH, que leva ao aumento de TSH e co- mo consequência teríamos a estimulação da tireoide para formar de T3 e T4, porém com a falta de iodo não formamos T3 e T4 e os seus níveis baixos continuará enviando um feedback para ati- var o eixo hipotalâmico, porém o TSH também promove a proli- feração celular e por isso geramos o bócio (hiperplasia das célu- las tireóideas) Endêmico: população com a mesma caraterísticas onde tem a falta de iodo na dieta Formação de uma massa decorrente do aumento da tireoide Transporte plasmáticos: 99% dos hormônios tireoidianos estão ligados a proteínas transportadoras Globulina transportadora de hormônios tireoidianos (TBG) Pré-albumina transportadora de hormônios tireoidianos (TBPA) Transtiretina (TTR) Albumina Quando T3 e T4 se desligam das proteínas, tornam-se livres e exercem seu papel biológico, transportadores das células alvos: MCT8 (Isoforma 8 dos transportadores de monocar- boxilatos) principalmente T3 OATP (Peptídeos transportadores de ânions orgâni- cos) predominantemente T4 Tanto o T3 como o T4, entram na célula por meio dos seus transportadores MCT8 e QATP, porem para desempe- nharem uma ação genômica dentro das células teremos as enzimas desiodases que dependendo do momento da célula e da necessidade elas transformam T4 em T3 tiran- do um iodo ou desativam Desiodação pode gerar produtos inativos como rT3 e T2, e produtos como T3 que apresentam ativ.↑ T4 (DESIO- DASES) Mecanismo de ação genômico (núcleo celular):Hormônio se liga ao seu receptor → ativa ou inibe (de- pendendo do gene) a transcrição de genes específicos → a síntese de proteínas específicas, que são as responsáveis pe- los efeitos biológicos Exemplo:T3 se liga ao receptor nuclear no TRE para - - * * * * * * * * * * * * * • • _ inibir ou reduz a transcrição de genes que codificam o TSH – fe- edback negativo sobre os tireotrofos TRE = elemento responsivo tiroidiano, região do nú- cleo onde temos a ligação do hormônio com o receptor dele Quando o hormônio (principalmente T4) se liga a um recep- Ação não-genômica (rápida): tor de membrana conhecido como Via Integrina ⍺Vβ3 (pro- teína estrutural de membrana) que desencadeia toda uma cascata de sinalização intracelulares mais rápidas - *
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