Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
�reóid� Produção e secreção ● Produção: células tireoidianas (células foliculares - tireócitos), revestidas por colóides que tem sua principal substância a tireoglobulina. ● Etapas para a formação dos hormônios: 1. Iodo obtido através da alimentação. 2. Transporte do iodo para as células através da corrente sanguínea. 3. Iodo entra através do receptor/co-transportado r de sódio e iodo (dois sódios e um iodeto para dentro). 4. O iodo atravessa a célula em direção à membrana apical. 5. Passagem do iodo para o lúmen pelo transportador pendrina de cloro e iodeto. 6. Oxidação do iodeto pela tireoperoxidase - TPO. 7. Com o iodeto oxidado ele é incorporado à tirosina, que está ligada à tireoglobulina, para formar MIT e DIT que formarão T3 e T4. 8. Forma-se então o complexo “tireoglobulina-mit-dit-t3 -t4” que deve entrar novamente na célula, para ser levada ao lado basal. 9. O complexo se liga ao receptor megalina na membrana apical e entra na célula. 10. Na célula o complexo sofre ação das proteases pelos lisossomos e liberará T3 e T4. 11. T3 e T4 passam por difusão pela membrana basal e vão até a corrente sanguínea. Obs: MIT e DIT sofrerão ação das desiodases e o iodo liberado será novamente utilizado para formar novos hormônios. ● Transporte de T3 e T4 até as células alvo: ❖ Através de proteínas da membrana plasmática que estão circulando, que são elas: globulina ligadora de tiroxina (TGB - principal), transtirretina (TTR - transporta para o SNC) e albumina. ❖ O transporte através dessas proteínas aumentam o tempo de meio vida desses hormônios, pois o fato de formar uma molécula grande (proteína + hormônio) dificulta, por exemplo, a filtração da molécula pelos rins. ❖ Além disso, há o reservatório na corrente saguínea que não estará conectado às proteínas. ● Ação dos hormônios nas células: ❖ Receptor intracelular nuclear genômico - está dentro do núcleo da célula, ligado ao DNA. 1. T3 e T4 são liberados da proteína e ficam livres na corrente sanguínea. 2. Entrada na célula por difusão. 3. T3 entra diretamente, passa pela célula e atinge o receptor no núcleo. 4. T4 entra na célula, mas precisa ser desiodado pela enzima desiodase e convertido em T3 para atingir o núcleo. 5. O receptor do núcleo está acoplado a um receptor de retinóide X e ao DNA. 6. Quando T3 se acopla ao receptor, há uma alteração na conformação do receptor e ativa uma transcrição gênica do DNA. 7. A transcrição produz então um RNAm, que sintetizará novas proteínas estimuladas pelo T3. Desiodases: T4 + D2 = T3 = ativadora = mais em condiçoes nao fisiologicas T4 + D3 = T3 reverso = inativadora = aumenta potencialmente apos um infarto = diminui taxas metabolicas = mais em condiçoes nao fisiologicas T4 + D1 = T3 ou T3 reverso = moduladora = em orgaos com muito metabolismo = maior atividade ● Efeitos fisiológicos do T3 em cada célula: Obs: Os hormônios tireoideanos atingem praticamente todas células do organismo. ❖ Metabolismo Basal: 1. Aumenta o consumo de O2, a produção de CO2 e a produção de calor. 2. Por aumentar o consumo de O2 tem que aumentar o substrato para a produção do O2 , logo aumenta o metabolismo de carboidratos (glicólise e gliconeogênese) e, portanto, aumenta a atividade mitocondrial. 3. Por aumentar a produção de calor tem que aumentar a perda de calor também, aumentando o fluxo sanguíneo e a sudorese para dissipar o calor. 4. Aumento da lipólise (quebra de lipídeos) = aumenta a ação dos receptores beta-adrenérgicos no tecido adiposo (principalmente o do tipo 3). 5. Redução do colesterol plasmático = T3 aumenta expressão do receptor LDL no fígado 6. Aumenta o anabolismo proteico mais do que aumenta o catabolismo (mas promove os dois) obs: quando há um aumento muito grande de T3 (como no hipertireoidismo), a relação se inverte: haverá mais catabolismo proteico do que anabolismo. ❖ Sistema respiratório: 1. Aumenta frequência respiratória (por causa do maior consumo de O2). 2. Aumenta a ventilação por minuto. 3. Aumenta a produção de eritropoietina renal (hormônio que atua na medula óssea vermelha, estimulando a produção de hemácias) = transporte de O2 mais eficiente. ❖ Sistema cardiovascular: 1. Aumenta frequência cardíaca. 2. Aumenta volume de ejeção. 3. Aumenta força de contração cardíaca (T3 age na bomba de cálcio do retículo sarcoplasmático = induz o influxo de cálcio para o miócito). 4. Aumenta força de ejeção do músculo cardíaco. 5. Aumento da pressão sistólica. 6. Vasodilatação periférica = redução da pressão diastólica. ❖ Musculatura esquelética: 1. Aumento fisiológico de T3: Aumento do tônus e do desempenho muscular. 2. Aumento patológico de T3: Aumento de catabolismo proteico = fraqueza muscular. ❖ Sistema nervoso autônomo: 1. Sinergismo com as catecolaminas = T3 estimula as células a terem maior sensibilidade às catecolaminas = ação adrenérgica aumentada pela maior sensibilidade. 2. Aumento patológico de T3 = tremores nas extremidades e hiperreflexia, pelo aumento adrenérgico. ❖ Sistema nervoso central: ➔ Crianças intrautero e primeira infância: 1. Extremame nte essencial para o desenvolvi mento do feto. 2. Estímulo do desenvolvi mento do córtex cerebral e do córtex cerebelar. 3. Estímulo da produção de axônios. 4. Estímulo à formação de sinapses. 5. Promove a migração celular Obs: crianças com hormônios tireoidianos reduzidos na vida intrautero pode nascer com retardo mental. ➔ Adultos: 1. Aumenta a vivacidade. 2. Aumenta a memória. 3. Aumenta o estado de alerta e responsivid ade. 4. Aumenta a fome e a audição. 5. Aumenta a capacidade de concentraç ão. ❖ Sistema gastrointestinal: 1. Aumenta o apetite. 2. Aumenta a secreção de sucos digestivos. 3. Aumenta a motilidade gastrointestinal = pelo estímulo do plexo mioentérico. ❖ Ossos, tecidos duros e derme: 1. Desenvolvimento e maturação óssea fetal. 2. Crescimento endocondral. 3. Maturação dos centros hipofisários. 4. Remodelação óssea, por estímulo aos osteoblastos e osteoclastos (em condição patológica = maior estímulo aos osteclastos = osteoporose). 5. Estimula a erupção dos dentes. ❖ Órgãos reprodutores e outras glândulas endócrinas: 1. Desenvolvimento e maturação folicular ovariana. 2. Manutenção da gravidez saudável (de forma indireta, na verdade ele estimula a produção de proteínas transportadoras dos hormônios esteróides pelo fígado - os hormônios esteróides, então, que mantém a gravidez saudável). 3. Estímulo à espermatogênese. 4. Estimula a liberação de GH e de cortisol = aumento de glicose na corrente sanguínea por esses dois hormônios. 5. Diminui a liberação de prolactina e de paratormônio. Metabolização e liberação de T3 e de T4 ● É essencialmente uma função hepática. ● Formação de sulfatos e de glicuronídeos. ● Essas substâncias entrarão na bile e serão levados para o intestino, sendo eliminados pelas fezes (uma parte é reabsorvida). Regulação de T3 e de T4 ● Eixo: hipotálamo - adeno hipófise - glândula tireóide. ● Hipotálamo: libera o hormônio estimulador de tireotropina (TRH), produzido pelos núcleos dos neurônios hipotalâmicos. ● Adeno hipófise: recebe o TRH e estimula os tireotrofos a liberarem TSH. ● Glândula tireóide: recebe o TSH e é estimulada a liberar T3 e T4. ● TSH: ❖ Ações imediatas na tireóide: liberação de T3 e T4. ❖ Ações intermediárias na tireóide: codificação de genes para transcrição gênica e produção de novas proteínas. ❖ Ações a longo prazo: hipertrofia e hiperplasia da glândula. Regulação hormonal ● Feedback negativo: T3 age diretamente na adeno hipófise e inibe a produção de TSH pelos tireotrofos, agindo também, só que indiretamente, no hipotálamo inibe a produção de de TRH. T4 baixo e TSH alto = hipo- problema na tireoide/na produçao de hormonios tireoidanos T4 alto e TSH baixo = hiper - problema na hipofise/hipotalamo T4 baixo e TSH baixo = hiperplasia pos menopausa (geralmente) = hipotireoidismo secundario T4 normal e TSH alto/baixo = hipo (TSH baixo) / hiper (TSH alto) subclinico = tratavel ou nao hiper-hipo primario: problema no feedback hiper-hipo secundario: problema em outro sistema/orgao que causa hiperplasia/hipertrofia/tumor na tireoide hiper-hipo: T4 normal e TSH alterado hiper = anti TSH (comum no pos gestaçao) hipo = anti TPO (comum pos tuberculose) ● Efeito Wolff-Chaikoff: regulação por iodo; ❖ Aumento na ingestão de iodo = diminuição da produção de T3 e de T4, para impedir uma produção excessiva, pelo bloqueio da bomba de sódio/iodo que coloca iodo dentro da célula. ❖ Na baixa ingestão de iodo aumenta-se a produção de T3 e de T4, pela intensificação da ação da bomba sódio/iodo.
Compartilhar