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AGRICULTURA DE PRECISÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BALSAS BACHARELADO EM AGRONOMIA A agricultura de precisão (AP) é um sistema de gerenciamento agrícola baseado na variação espacial de propriedades do solo e das plantas encontradas nas lavouras. INTRODUÇÃO Engloba o uso de tecnologias atuais para o manejo de solo, insumos e culturas, de modo adequado às variações espaciais e temporais em fatores que afetam a produtividade das mesmas Visa à otimização do lucro, sustentabilidade e proteção do ambiente. Três etapas fundamentais: a coleta de dados, com o objetivo de se conhecer a variabilidade espacial e temporal da cultura; a análise de dados; e a tomada de decisão sobre a melhor técnica a ser utilizada INTRODUÇÃO Envolve um complexo processo, cujo fundamento é o conhecimento espacial preciso da atividade agrícola, frequentemente baseado no uso de dados obtidos com auxílio de satélites. Promete reverter o quadro atual permitindo a aplicação de insumos agrícolas nos locais corretos e nas quantidades requeridas PRINCÍPIOS HISTÓRICO Relatos desde inicio do Séc. XX EUROPA (1980) Primeiro mapa de produtividade EUA – Primeira adubação com dose variada. SURGIMENTO DO GPS (1990) Brasil: Importação de máquinas com monitores de produtividade (1995) Brasil: Importação de máquinas aplicadoras (1990-2000) Brasil: máquinas aplicadoras brasileiras (2000) GPS, orientação paralela e barra de luz permitem a automação Melhoria das condições de trabalho e redução de riscos; Qualidade; Aumento na produção e redução dos custos; tomada de decisão rápida e certa; controle de toda situação, pelo uso da informação; mais tempo livre para o administrador; Auxilia na preservação ambiental pelo menor uso de defensivo; provêr registros de fazenda mais detalhados e úteis. VANTAGENS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO Fonte: Lavoura 10 GPS; Softwares (Ex: Sistema de informação geográfica-SIG); Piloto automático; Semeadora a taxa variável; Distribuidores de fertilizantes, corretivos e defensivos agrícolas a taxa variável; Monitor de colheita; Drones para coleta de imagens; Sensores; Barra de luz. PRINCIPAIS FERRAMENTAS UTILIZADAS O tipo mais comum de amostragem georreferenciada utilizada é conhecida como amostragem em grade. O campo é dividido em células e dentro de cada uma delas é coletada uma amostra georreferenciada composta de subamostras. Levantamento de informações da lavoura como: fertilidade e características físicas do solo para posterior correção, planejamento de safra e aplicação de insumos. AMOSTRAGEM Regiões delimitadas com mínima variabilidade. Se dá por parâmetros permanentes do solo: textura e tipo de solo. Obtidos a partir do cruzamento dessas informações com mapas de produtividades anteriores UNIDADES DE GESTÃO DIFERENCIADA - UGD Primeiro monitor de colheita surgiu no mercado em 1991, na Europa. Utiliza-se um um sensor de fluxo no elevador de grãos limpos da colhedora para saber o total de grãos colhidos. O sensor de umidade serve para medir a umidade do grão na hora da colheita de forma que se converta para o padrão de umidade comercial (seco). Utiliza-se um conjunto de muitos pontos de um ponto da lavoura e a posição do ponto é obtida por meio de um receptor de GPS que dá o posicionamento correto da latitude e longitude da máquina. Contêm informações essenciais na diagnose da variabilidade da lavoura e, consequentemente, no eficiente uso das técnicas da AP. MAPA DE PRODUTIVIDADE A partir disso: -Tomadas de decisão ( Correções, semeaduras, uso de insumos preparo de solo etc.) - Minimizar custos e prejuízos. SENSORIAMENTO REMOTO Sensores são dispositivos que respondem a estimulo físico/químico de maneira especifica e mensurável. Com os dados coletados e conectado a um Sistema Global de Navegação por Satélite como o GPS, estes são utilizados posteriormente ou simultaneamente Imagens orbitais e aéreas – VANT’s Sensores de plantas e suas características especificas. Clorofilomêtros – Sensores de dossel e doses de N Sensores de Plantas daninhas SENSORIAMENTO PROXIMAL Sensores de solo Alvo propriedade especifica do solo como: condutividade elétrica, argila, matéria orgânica, umidade, pH, compactação etc. Podem ser: eletromagnéticos, ópticos, eletroquímicos, pneumáticos e acústicos. SENSORIAMENTO PROXIMAL CORREÇÃO DO SOLO LOCALIZADA Através de amostragem de solo ou mapa produtivo de anos anteriores O tratamento localizado se baseia então no mapa de recomendação e é guiado por um sensor em tempo real Consiste em informar ao sistema a quantidade de produto aplicado durante um determinado tempo ou número de giros do motor acionador para um determinado ajuste do mecanismo dosador Permite diminuir a variabilidade espacial em quesitos de fertilidade Funciona como uma ferramenta importante nas recomendações agrícolas Pode representar economia ao produtor rural, ao reduzir a quantidade de insumo utilizado. CORREÇÃO DO SOLO LOCALIZADA No geral não utiliza muitas técnicas de AP. Porém vem sendo utilizada na escarificação e subsolagem por se tratar de processos de alto custo e alta mão de obra. Podendo ser localizada (on/off) e de profundidade variada. Muito utilizado ultimamente em canaviais. PREPARO DE SOLO Semeadora de precisão: Dosadores de sementes e sensores não associados a nenhum controlador AP SEMEADURA Semeadoras a taxa variável: Equipadas com o controlador que armazena informações do mapa de recomendação. caixa de engrenagens ou um motor conectado à semeadora Compensador de velocidade SEMEADURA Taxa variável na semeadura: A densidade populacional é definida de acordo com a necessidade arranjo e espaçamento exigido para cultura. Reduz a taxa de sementes, identificando e semeando sementes apenas nas áreas que atendem aos requisitos de sementes SEMEADURA Fatores para definir a densidade populacional ideal de acordo com cultura e condições da lavoura : Produtividade da UGD Caracteristicas do solo como textura, umidade e matéria orgânica (pode-se utilizar sensores de qualidades de solo para auxiliar na recomendação da densidade de acordo com a caracteristica local) Sensor de matéria orgânica: SEMEADURA Em UGD’s com alta produtividade : Milho: Densidade populacional pode ser mais elevada sem trazer prejuízos a cultura, aumentando a produtividade da UGD. Trigo: Densidade mais alta atrapalha o desenvolvimento da cultura e acarreta problemas fitossanitários, condenando assim um talhão produtivo. SEMEADURA Características que devem ser levadas em conta durante a semeadura de taxa variável: Velocidade Espaçamento Numero de orifícios do disco dosador SEMEADURA Variação da profundidade de plantio Umidade Tipo de solo 2-3 cm 3-5 cm SEMEADURA Semeadoras-adubadoras Controle taxas simultâneo para adubo e semente através de atuadores individuais podendo-se ocorrer aplicação de diferentes insumos como N, P e K. SEMEADURA SEMEADURA Com o aumento do estudo para identificação da variabilidade que ocorre nas áreas de produção e definição de ambientes de produção começa a realizar estudos para semeadura de multi-híbridos/cultivares ETAPAS GERAIS DA SEMEADURA EM TAXA VARIAVEL: SEMEADURA LEVANTAMENTO DE DADOS ANÁLISE DE DADOS Histórico Mapas de produtividade Tipos de solo Cruzamento de informações para a criação do mapa de recomendação de acordo com a cultura. Fatores limitantes: cultivar, maquinário, atributos do solo. EXECUÇÃO DA SEMEADURA Dois métodos: detecção e controle localizados atráves de sensores ou através de mapas de aplicação Sistemas on/off ou de doses variadas: Variação de vazão, variação da dose do principio ativo na calda. MONITORAMENTO E APLICAÇÕES LOCALIZADAS Podem seguir sensores de condutividade elétrica do solo ou seguir UGD’s e suas demandas predefinidas. IRRIGAÇÃO DE PRECISÃO Sensores de produtividade Sensores de umidade Mapas da produtividade Sensores deVelocidade COLHEITA RESUMO OPERACIONAL DA AP REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agricultura de precisão – Brasília : Mapa/ACS, 2009. 31 p. MIRANDA, Ana Clara Cavalcanti de; VERISSIMO, Amanda Miranda; CEOLIN, Alessandra Carla. Agricultura De Precisão: Um Mapeamento Da Base Da Scielo. Recife-PE. Revista Gestão.Org, v. 15, Edição Especial, 2017. p. 129-137, 2017. MOLIN, José Paulo; AMARAL, Lucas Rios do; COLAÇO, André Freitas. Agricultura de precisão - 1. ed. - São Paulo, SP : Oficina de Textos, 2015. TSCHIEDEL, Mauro; FERREIRA,Mauro Fernando. Introdução à agricultura de precisão: conceitos e vantagens. Ciência Rural, Santa Maria- RS, v.32, n.1, p.159-163, 2002.
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