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, SIMULADO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: Seus olhos certos, mas não sei o que dizer. < LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dis- postas da seguinte maneira: a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) Proposta de Redação; c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergên- cia, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. 5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO. 6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avali- ação. 7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas. 1° DIA CADERNO 9 VERMELHO LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 2 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção inglês) Questão 01 303 Group, Perth, Australia. Ads of the World. Available at: <https://www.adsoftheworld.com/media/print/western_ austral- ian_office_of_road_safety_enjoy_the_ride_grass>. Accessed on: September 7, 2019. Propagandas buscam convencer seu leitor acerca de um produto, uma marca, uma ideologia ou uma ideia. Essa propaganda tenta convencer seu leitor a deixar o futuro somente por conta do acaso. colocar foco na construção do seu futuro. aproveitar melhor seu momento presente. deixar um legado para as próximas gerações. pensar em seu futuro e sua aposentadoria. Questão 02 NOSSA™, Lisbon, Portugal. Ads of the World. Available at: <https://www.adsoftheworld.com/media/print/npgolf_caddie>. Ac- cessed on: September 12, 2019. Contando com um grande apelo visual, essa peça pu- blicitária visa motivar pesquisadores do mundo a explorar o po- tencial científico de Belize. trazer para Belize pesquisadores renomados para buscar a cura do câncer. conseguir patrocinadores para o tratamento de cân- cer em pobres de Belize. arrecadar fundos para investir em crianças em po- breza extrema de Belize. obter voluntários para atuar em Belize para melhorar os índices educacionais. Questão 03 Harlem What happens to a dream deferred? Does it dry up like a raisin in the sun? Or fester like a sore— And then run? Does it stink like rotten meat? Or crust and sugar over— like a syrupy sweet? Maybe it just sags like a heavy load. Or does it explode? Langston Hughes, Selected Poems of Langston Hughes (1990). Disponível em http://www.poetryfoundation.org/. As tentativas de resposta do poeta à pergunta “What happens to a dream deferred?” evocam imagens de animosidade e revolta. deterioração e destruição. remorso e compaixão. empatia e complacência. aprisionamento e passividade. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 3 Questão 04 Roberto: Hey, Loreto. Got a minute? Loreto: I’m going to a meeting off-site, but we can talk if you don’t mind walking me to my car. Roberto: Sure, okay. I just wanted to ask if you’re inter- ested in carpooling to work. We only live a few blocks from each other. Loreto: Thanks for asking, but I’m not sure carpooling would work for me. Sometimes I run late in the morning and I wouldn’t want to hold you up. Roberto: We wouldn’t have to commute together every day, only on those days that are convenient for both of us. Carpooling has its advantages, too. In addition to doing our part for the environment, we could use the high-occupancy carpool lanes. That’ll save time, espe- cially if there’s a lot of traffic congestion. Loreto: Yeah, I guess that could cut down on our com- mute time. Roberto: We also get preferential treatment for parking on the days we carpool. Loreto: How would it work? Do we set up a schedule and take turns driving? Roberto: Why don’t I swing by and pick you up tomor- row morning and we can talk more about it? Loreto: If you don’t mind picking me up en route, that would be great. By the way, how do you know where I live? Roberto: Oh, I asked around. See you tomorrow. Disponível em: <https://secure3.eslpod.com/podcast/esl-podcast- 480-riding-in-a-carpool/> Acesso em: 25 out. 2019. A partir da leitura do diálogo entre Loreto e Roberto, pode-se inferir que eles são colegas de trabalho. amigos de infância. colegas de quarto. parceiros comerciais. amantes. Questão 05 Breathe I can feel the magic floating in the air Being with youget’s me that way I watch the sunlight dance across your face And I’ve never been this swept away All my thoughts just seem to settle on the breeze When I’m lying wrapped up in your arms The whole world just fades away The only thing I hear Is the beating of your heart […] Stephanie Bentley Holly Lamar. Breathe. Interpreter: FAITH HILL. In: FAITH HILL. Breathe. New York: Warner Music, p 1999. 1 CD (Extract). Canções românticas tendem a exprimir os sentimentos mais íntimos de um poeta que se coloca na posição de um dos amantes. Nessa canção, o eu lírico sente-se extasiado apenas pelo fato de estar junto da pessoa que ama. assistir ao pôr do sol colorido. perceber o ar tocar seu rosto. ter alguém com quem conversar. saber que quem ama está vindo. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 4 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção espanhol) Questão 01 El aprendizaje automático no creará máquinas más inteligentes que nosotros José Ángel Plaza López Para pensar como los humanos, ya estamos los huma- nos”. Así de categórico y distante se muestra el neuro- científico cognitivo Raúl Arrabales, director de Inteligen- cia Artificial en Psicobótica, cuando le preguntamos si falta mucho para lograr robots que razonen como noso- tros. Lo mismo opina Alfonso Rodríguez-Patón, director del Grupo de Inteligencia Artificial de la Universidad Po- litécnica de Madrid: “Hemos conseguido que las máqui- nas actúen como si tuviesen inteligencia resolviendo ta- reas complejas, pero en realidad no entienden nada. Para que un sistema ‘piense’ faltan muchos años y an- tes debemos hacer ingeniería inversa de nuestro cere- bro para saber cómo funciona y, a partir de ahí, inspi- rarnos para construir esas máquinas realmente inteli- gentes. <https://retina.elpais.com/retina/2017/12/26/innovacion/1514273464 _351363.html?id_externo_promo=huawei_20180125> Adaptado) Após a leitura do texto acima, é possível afirmar que,segundo Alfonso Rodríguez: Os robôs já conseguem pensar como os humanos. Os robôs realizam atividades complexas e são mais inteligentes que os humanos. Os robôs conseguem desenvolver tarefas como se tivessem inteligência, porém eles não pensam. Os robôs não dependem da inteligência humana para desenvolver tarefas complexas. Levará poucos anos para que os robôs pensem de maneira inteligente. Questão 02 https://goo.gl/W9FYWM, acesso em 26/09/2017 Escolha a opção que melhor corresponde ao sentido desta tira cômica. É possível constatar no dia a dia que as notícias so- bre as mudanças climáticas são falsas. O sujeito cético pretende colher uma amostra do mar em um pequeno frasco. Os dois amigos pretendem realizar exercícios de aquecimento na beira-mar. A noção limitada sobre as dimensões do planeta di- ficulta a compreensão do superaquecimento global. A partir de seu logradouro, os amigos discutem so- bre o aumento de temperatura em um surto para- noico. Questão 03 En la final de la Copa de fútbol: — Disculpe señora, este asiento que está vacío junto a usted...¿es de alguien? — De mi esposo, pero puede usarlo: ha fallecido. — Cuánto lo siento, ¿y no tiene algún buen amigo que lo acompañe? — Ni lo mencione. Esos traidores eligieron ir al entierro. Disponível em: <https://www.1000chistes.com/chistes/futbol/>. Acesso em: 22 abr. 2018. Sobre o texto, podemos deduzir que: Os amigos do marido preferem futebol. A mulher é fanática por futebol. A mulher fez o que o marido faria, se ela tivesse fa- lecido. Os amigos do falecido torcem por outro time, oposto ao da viúva. A mulher foi assistir ao final da Copa para homena- gear o marido. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 5 Questão 04 Tras leer el guion de Volver, el escritor Juan José Millás, en una carta dirigida a Lola García, ayudante de Almodóvar, relacionaba la película con la novela Pedro Páramo de Juan Rulfo: “Durante la lectura del guion, como durante la lectura de la novela de Rulfo, el lector tiene una sensación onírica permanente. Está des- pierto, desde luego, pero atrapado en un sueño, que es el relato que tiene entre manos. Lo curioso es que la novela de Rulfo es furiosamente mexicana del mismo modo que el guion de Almodóvar es furiosamente man- chego”. Quizá el director castellano-manchego haya conseguido crear, tomando como base real la tierra que le vio nacer, un mundo imaginario comparable a la Co- mala de Juan Rulfo. Indudablemente, Volver tiene al- gunos ingredientes comunes al realismo mágico de las novelas hispanoamericanas y, concretamente, a la no- vela de Juan Rulfo porque en ambas realidad y fantasía se entrelazan magistralmente para ahondar en un tema tan universal como es el de la muerte. Según manifiesta el propio Almodóvar, “Volver no es una comedia su- rrealista, aunque en ocasiones lo parezca. Vivos y muertos conviven sin estridencias, provocando situa- ciones hilarantes o de una emoción intensa y genuina. Es una película sobre la cultura de la muerte en mi Man- cha natal. Mis paisanos la viven con una naturalidad ad- mirable. El modo en que los muertos continúan presen- tes en sus vidas, la riqueza y humanidad de sus ritos hace que los muertos no mueran nunca.” Disponível em: www.lacerca.com. Acesso em: 22 nov. 2018. As obras citadas no texto anterior — o filme Volver, di- rigido pelo espanhol Pedro Almodóvar, e o romance Pe- dro Páramo, do escritor mexicano Juan Julfo — abor- dam de modo semelhante um tema universal: a morte. O filme trata da cultura da morte em La Mancha, na Es- panha, região na qual a morte é tratada como algo natural. a morte é vista como um sono contínuo. os rituais da morte misturam realidade e fantasia. os rituais da morte são vistos como algo sobrenatu- ral. os rituais da morte são vistos ora como situações engraçadas, ora como emotivas. Questão 05 Acesso em 23/04/2018 Escolha a opção que melhor corresponde ao sentido da frase acima. Bernard Shaw não acredita no valor educativo dos sistemas escolares. Bernard Shaw, quando criança, sonhava em ir à es- cola voando em um balão. Segundo Bernard Shaw a escola é semelhante a um ninho. A infância de Bernard Shaw transcorreu, maioritari- amente, fora da escola. Na escola, Bernard Shaw encontrou a educação que fez dele um dramaturgo famoso. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 06 a 45 Questão 06 Uma planta é perturbada na sua sesta* pelo exército que a pisa. Mas mais frágil fica a bota. Gonçalo M. Tavares, 1: poemas. *sesta: repouso após o almoço. O ditado popular que se relaciona melhor com o poema é: Para bom entendedor, meia palavra basta. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Um dia é da caça, o outro é do caçador. Uma andorinha só não faz verão. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 6 Questão 07 Com licença poética Adélia Prado Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir. Não sou tão feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos — dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou. PRADO, Adélia. Bagagem. São Paulo: Siciliano. 1993. p. 11. A poesia de Adélia Prado apresenta uma mulher forte e pronta para obter uma posição de destaque. negativa e encara a dor como amargura. positiva, mas não aceita o seu papel de reprodutora. submissa diante da realidade social feminina. envergonhada por não ser bonita e não poder casar. Questão 08 (Disponível em: http://www2.uol.com.br/niquel/bau.shtml. Acesso em 07/07/2019.) Considerando a sentença “Mais vale uma naftalina na mão do que duas rolando”, no segundo quadrinho da tira, assinale a alternativa que traz um provérbio com sentido mais próximo ao sentido do provérbio suposto pela citação. Quem não tem cão, caça com gato. Quando um não quer, dois não brigam. O seguro morreu de velho. Um dia é da caça, outro é do caçador. As aparências enganam. Questão 09 <https://tinyurl.com/ycovkfc9> Acesso em: 20.10.2018. Original. O quadrinho de Laerte representa uma crítica à reali- dade atual, visto que nele a personagem perde sua função social, pois o desenvolvimento de novas ferramentas acarreta sua obsolescência. perde sua identidade devido às pressões de um co- tidiano estressante diante de uma rotina maçante e repetitiva. é substituído pelas tecnologias que, de tão evoluí- das, passam a assimilar hábitos corriqueiros da so- ciedade. perde sua identidade devido ao abandono da vida no campo, pois já não é capaz de realizar ações cor- riqueiras sem auxílio. apresenta pior qualidade de vida, pois, ao abrir mão de sua identidade, conecta-se à tecnologia para al- cançar maior e_ ciência em suas atividades coleti- vas. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 7 Questão 10 JOÃOS & JOANAS. A linguagem operando. Disponível em: <http://joaosejoanas.com/636-a-linguagem-operando/>. Acesso em: 12 set. 2019. Na tirinha, o personagem reflete sobre o fato de que os textos representam recortes de outros no amplo campo da cultura, sendo continuamente postos em relação nos processos de produção e leitura. Essa forma de operar a linguagem é denominada ambiguidade. coerência. intertextualidade.coesão. repetição. Questão 11 Orientados pela crença positivista de que a ciência constituía o sumo saber e a redenção do homem, os adeptos desse movimento procuraram reduzir a gênese dos conflitos pessoais e interpessoais a três fatores, a herança, o ambiente e o momento. O enfoque narrativo, em terceira pessoa, apresenta características de rela- tório científico, objetivo, direto, franco. Registre-se a descrição pormenorizada do ambiente em que se en- contra o herói (ou antes: anti-herói), que atende a dois propósitos: completar o retrato psicológico da persona- gem, pois, consoante os postulados em moda, o cená- rio seria o prolongamento obrigatório do temperamento e humores de quem o habita; e concretizar a ideia de verossimilhança fotográfica. Na descrição “científica” da paisagem não falta inclusive a notação referente ao pressuposto de que a personagem estaria sujeita à in- fluência determinista do meio. (Massaud Moisés. A literatura brasileira através dos textos, 2012. Adaptado.) O texto refere-se a obras do Parnasianismo. Romantismo. Naturalismo. Modernismo. Pós-Modernismo. Questão 12 (...)Esta casa do Engenho Novo, conquanto repro- duza a de Mata-cavalos, apenas me lembra aquela, e mais por efeito de comparação e de reflexão que de sentimento. Já disse isto mesmo. Hão de perguntar-me por que razão, tendo a própria casa velha, na mesma rua antiga, não impedi que a de- molissem e vim reproduzi-la nesta. A pergunta devia ser feita a princípio, mas aqui vai a resposta. A razão é que, logo que minha mãe morreu, querendo ir para lá, fiz primeiro uma longa visita de inspeção por alguns dias, e toda a casa me desconheceu. No quintal a aro- eira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lava- douro, nada sabia de mim. A casuarina era a mesma que eu deixara ao fundo, mas o tronco, em vez de reto, como outrora, tinha agora um ar de ponto de interroga- ção; naturalmente pasmava do intruso. (...) Tudo me era estranho e adverso. Deixei que demo- lissem a casa, e, mais tarde, quando vim para o Enge- nho Novo, lembrou-me fazer esta reprodução por expli- cações que dei ao arquiteto, segundo contei em tempo. (Machado de Assis, Dom Casmurro, Capítulo CXLIV) Nesse trecho, o narrador, em idade madura, resolve construir uma casa semelhante à da adolescência: por possuir motivos sentimentais, mais que motivos racionais , para não querer a casa de Matacavalos. por alegar, após a morte da mãe, não se reconhecer na antiga casa e nem a casa reconhecer a ele. por haver na casa de Matacavalos uma casuarina com o formato de um ponto de interrogação. por tentar resgatar o passado da casa do Engenho Novo na casa nova de Matacavalos. por ocorrer uma estranha personificação opressora dos elementos da casa de Matacavalos sobre Bento Santiago. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 8 Questão 13 Lamenta um desengano inesperado Tenta em vão temerária conjectura Sondar o abismo do invisível Fado, Que, de umbrosos mistérios enlutado, Some aos olhos mortais a luz futura: Presumia (ai de mim!) vendo a ternura Daquela, que me trouxe enfeitiçado, Presumia que Amor tinha guardado Nos braços do meu bem minha ventura: Oh Terra! Oh Céu! Mentiram-me os brilhantes Olhos seus, onde achei suave abrigo; Quão fáceis de enganar são os amantes! Humanos, que seguis as leis que sigo, Vós, corações, que ao meu sois semelhantes, Ah! Comigo aprendei, chorai comigo. (Bocage. Sonetos completos de Bocage, 1995.) No poema, o eu lírico traz como tema a perda do ser amado, expressa com inconformismo em imagens sensoriais e reveladoras da inconstân- cia da mulher amada, utilizando recursos poéticos que retomam traços da lírica do Barroco. o amor, expresso numa queixa pela consciência de ter sido enganado pelo ser amado, utilizando recur- sos poéticos que já antecipam traços da lírica do Ro- mantismo. a racionalidade que lhe é imposta quando descobre que o encanto do amor é falso, utilizando recursos poéticos que reafirmam traços da lírica do Arca- dismo. a vida em contato com elementos da natureza, que circundam os amantes em sua busca de felicidade, utilizando recursos poéticos que remontam aos tra- ços da lírica do Classicismo. a crítica aos caminhos enganosos do amor, que o levam a desiludir-se com o ser amado, utilizando re- cursos poéticos que sugerem traços da lírica do Simbolismo. Questão 14 1 Sempre imaginei que poderia escrever uma coluna de economia usando 2 um jargão falso, com pseudô- nimo. Não sei quanto tempo duraria até ser 3 desco- berto e desmascarado, mas acho que não seria pouco. Não estou dizendo 4 que quem escreve sobre economia não sabe o que está escrevendo, ou se 5 aproveita da ignorância generalizada para enganar. Estou dizendo que a 6 análise econômica é uma arte tão imprecisa que, mesmo desconfiando do 7 embuste, a maioria he- sitaria antes de denunciá-lo. Quem garantiria que o 8 meu enfoque diferente – minha defesa de um overs- pread corretivo sobre a 9 base de pagamentos, por exemplo – não era uma novidade que mereceria 10 es- tudo, já que ninguém parece mesmo saber o que é certo? Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola. Adaptado. O trecho que expressa ideia de consequência em rela- ção à afirmação que, no texto, o antecede é: “que mereceria estudo”. (Ref. 9) “já que ninguém parece mesmo saber o que é certo?”. (Ref. 10) “mesmo desconfiando do embuste”. (Ref. 6) “que, (...), a maioria hesitaria antes de denunciá-lo”. (Ref. 6) “quanto tempo duraria até ser descoberto e desmas- carado”. (Ref. 2) Questão 15 André Dahmer, malvados.com.br O efeito de humor da tirinha decorre, principalmente, da quebra de expectativa produzida pelo seguinte re- curso expressivo: linguagem figurada. ambiguidade. redundância. eufemismo. alegoria. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 9 Questão 16 A dança é um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de várias regiões do país. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras e caracterizam-se pelas músicas anima- das (com letras simples e populares), figurinos e cená- rios representativos. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Educação Física. São Paulo: 2009 (adaptado). A dança, como manifestação e representação da cul- tura rítmica, envolve a expressão corporal própria de um povo. Considerando-a como elemento folclórico, a dança revela manifestações afetivas, históricas, ideológicas, inte- lectuais e espirituais de um povo, refletindo seu modo de expressar-se no mundo. aspectos eminentemente afetivos, espirituais e de entretenimento de um povo, desconsiderando fatos históricos. acontecimentos do cotidiano, sob influência mitoló- gica e religiosa de cada região, sobrepondo aspec- tos políticos. tradições culturais de cada região, cujas manifesta- ções rítmicas são classificadas em um ranking das mais originais. lendas, que se sustentam em inverdades históricas, uma vez que são inventadas, e servem apenas para a vivência lúdica de um povo. Questão 17 Disponível em: http://www.wwf.org.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado). A relação entre texto e imagem potencializa a força de persuasão desse anúncio, que apresenta como princi- pal objetivo informar as pessoas de que elas podem perder 70% do seu corpo. confrontar opiniões acerca do descaso para com o meio ambiente. enumerar fatos que possam trazer mais informa- ções ao contexto. conscientizar de que o consumismo de água agride o planeta. sensibilizar quanto à situação dos que vivem sem água em sacrifício pelo planeta. Questão18 Capa do LP Os Mutantes, 1968. Disponível em: http://mutan- tes.com. Acesso em: 28 fev. 2012. A capa do LP Os Mutantes, de 1968, ilustra o movi- mento da contracultura. O desafio à tradição nessa cri- ação musical é caracterizado por letras e melodias com características amargas e de- pressivas. arranjos baseados em ritmos e melodias nordesti- nos. sonoridades experimentais e confluência de ele- mentos populares e eruditos. temas que refletem situações domésticas ligadas à tradição popular. ritmos contidos e reservados em oposição aos mo- delos estrangeiros. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 10 Questão 19 De acordo com o infográfico “A desigualdade de gênero no Brasil em 2016”, é correto afirmar que: as mulheres estudam mais, entretanto têm salário compatível com o dos homens. a taxa de frequência média do ensino médio entre os homens brancos é maior do que a taxa das mu- lheres. a proporção de mulheres pretas ou pardas com re- presentação política na Câmara é de 10,5%. o percentual de tempo dedicado aos afazeres do- mésticos é igual entre homens pretos ou pardos e as mulheres brancas. as mulheres em geral trabalham 18,1h semanais em afazeres domésticos e os homens, 10,5h semanais. Questão 20 Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul. No contexto do anúncio, a frase “A diferença tem que ser só uma letra” pressupõe a necessidade de leis de proteção para todos que tra- balham. existência de desigualdade entre homens e mulhe- res no mercado de trabalho. permanência de preconceito racial na contratação de mulheres para determinadas profissões. importância de campanhas dirigidas para a mulher trabalhadora. discriminação de gênero que se manifesta na pró- pria linguagem. Questão 21 Veja. Nº 14, 7 abr. 2010. As modernas técnicas de comunicação estão associa- das aos impactos da mensagem. Nesse texto, a intenção é alertar para os perigos dos animais domésticos. mostrar os cuidados com os cães de estimação. registrar um protesto contra a prisão de animais. sugerir brincadeiras de crianças com os cães. valorizar a adoção como saída para dramas sociais. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 11 Questão 22 Avós Minha mão tem manchas, pintas marrons como ovinhos de codorna. Crianças acham engraçado e exibem as suas com alegria, na certeza − que também já tive − de que seguirão imunes. Aproveito e para meu descanso armo com elas um pequeno circo. Não temos proteção para o que foi vivido, insônias, esperas de trem, de notícias, pessoas que se atrasaram sem aviso, desgosto pela comida esfriando na mesa posta. Contra todo artifício, nosso olhar nos revela. Não perturbe inocentes, pois não há perdas e, tal qual o novo, o velho também é mistério. (PRADO, Adélia. Miserere. São Paulo/Rio de Janeiro: Record) Está condizente com a mensagem do poema o que se afirma em: a comparação das manchas na mão com as pintas marrons dos ovinhos de codorna aproxima a velhice ao início da vida, ambos tidos como misteriosos. ao ser empregado sem um complemento explícito, o termo imunes deve ser interpretado como refe- rente à capacidade de as crianças não se deixarem levar pela incerteza. na construção armo com elas um pequeno circo, o pronome só pode se referir a “crianças” e jamais a “mãos”, visto que este termo surge apenas grafado no singular (mão). no contexto, as vírgulas em Não temos proteção para o que foi vivido, / insônias, esperas de trem, de notícias, / pessoas que se atrasaram sem aviso, / desgosto pela comida esfriando na mesa posta ser- vem ao propósito de organizar eventos em uma or- dem cronológica, numa relação invariável de causa e efeito. o verso Contra todo artifício, nosso olhar nos revela poderia ser reescrito, sem prejuízo do sentido, da seguinte maneira: “Nosso olhar tem artifícios que nos revelam contra todos”. Questão 23 “Olhai, oh Senhor, os jovens nos postos de gasolina. Apiedai-vos dessas pobres criaturas, a desperdiçar as mais belas noites de suas juventudes sentadas no chão, tomando Smirnoff Ice, entre bombas de combus- tível e pães de queijo adormecidos. Ajudai-os, meu Pai: eles não sabem o que fazem. [...] As ruas são violentas, é verdade, mas nem tudo está perdido. [...] Salvai-me do preconceito e da tentação, oh Pai, de dizer que no meu tempo tudo era lindo, maravilhoso. [...] Talvez exista alguma poesia em passar noite após noite sen- tado na soleira de uma loja de conveniência, e desfilar com a chave do banheiro e sua tabuinha, em gastar a mesada em chicletes e palha italiana. Explica-me o mis- tério, numa visão, ou arrancai-os dali. É só o que vos peço, humildemente, no ano que acaba de nascer. Obrigado, Senhor.” PRATA, Antônio. Conveniência. O Estado de S. Paulo, 11 jan. 2008. Assinale a alternativa correta quanto ao texto lido. O texto apresenta sequências injuntivas que o apro- ximam de uma oração, ou seja, nota-se a presença de um ser suplicante e de um ser a quem a prece é dirigida. O ser suplicante discorda totalmente dos comporta- mentos dos jovens a quem se refere no discurso, de modo que ele reconhece em si mesmo um bom exemplo a ser seguido. Embora haja a presença de ironia no texto, esse re- curso só se manifesta no primeiro parágrafo; ao longo dos demais, percebe-se a ocorrência de com- parações e de metonímias. O ser suplicante parece ter familiaridade com a ro- tina do ambiente e dos sujeitos que o frequentam, o que nos autoriza a deduzir que não há intenção de construir discurso crítico ao comportamento des- crito. Ao mesclar os gêneros – oração e crônica –, o autor prejudica o entendimento das ideias contidas no texto, tornando-o incoerente. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 12 Questão 24 O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador ro- mano Cícero: A Arte do Envelhecimento. Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar me- lhor a passagem do tempo. NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época. 28 abr. 2008. O autor discute problemas relacionados ao envelheci- mento, apresentando argumentos que levam a inferir que seu objetivo é esclarecer que a velhice é inevitável. contar fatos sobre a arte de envelhecer. defender a ideia de que a velhice é desagradável. influenciar o leitor para que lute contra o envelheci- mento. mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem an- gústia, o envelhecimento. Questão 25 Recusando as regras, os modelos e as normas, seus autores defendem a total liberdade criadora. Aos gêneros estanques opõem a sua mistura, conforme o livre-arbítrio do escritor; à ordem clássica, a aventura; ao equilíbrio racional, a anarquia, o caos; ao universa- lismo estético, o individualismo; ao Cosmos, o “eu” par- ticular; o seu ego constitui a única paisagem que lhe interessa, de tal forma que a Natureza se lhe afigura mera projeção do seu mundo interior. (Massaud Moisés. Dicionário de termos literários, 2004. Adaptado.) O comentário do crítico Massaud Moisés refere-se aos autores do seguinte movimento literário: Realismo. Arcadismo. Naturalismo. Romantismo. Barroco. Questão 26 No Brasil, a condição cidadã, embora dependa da leitura e da escrita, não se basta pela enunciação do direito, nem pelo domínio desses instrumentos, o que,sem dúvida, viabiliza melhor participação social. A con- dição cidadã depende, seguramente, da ruptura com o ciclo da pobreza, que penaliza um largo contingente po- pulacional. Formação de leitores e construção da cidadania, memória e presença do PROLER. Rio de Janeiro: FBN, 2008. Ao argumentar que a aquisição das habilidades de lei- tura e escrita não são suficientes para garantir o exer- cício da cidadania, o autor critica os processos de aquisição da leitura e da es- crita. fala sobre o domínio da leitura e da escrita no Brasil. incentiva a participação efetiva na vida da comuni- dade. faz uma avaliação crítica a respeito da condição ci- dadã do brasileiro. define instrumentos eficazes para elevar a condição social da população do Brasil. Questão 27 Mito, na acepção aqui empregada, não significa mentira, falsidade ou mistificação. Tomo de empréstimo a formulação de Hans Blumenberg do mito político como um processo contínuo de trabalho de uma narra- tiva que responde a uma necessidade prática de uma sociedade em determinado período. Narrativa simbó- lica que é, o mito político coloca em suspenso o pro- blema da verdade. Seu discurso não pretende ter vali- dade factual, mas também não pode ser percebido como mentira (do contrário, não seria mito). O mito po- lítico confere um sentido às circunstâncias que envol- vem os indivíduos: ao fazê-los ver sua condição pre- sente como parte de uma história em curso, ajuda a compreender e suportar o mundo em que vivem. ENGELKE, Antonio. O anjo redentor. Piauí, ago. 2018. De acordo com o texto, o “mito político” prejudica o entendimento do mundo real. necessita da abstração do tempo. depende da verificação da verdade. é uma fantasia desvinculada da realidade. atende a situações concretas. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 13 Questão 28 Agora eu era herói E o meu cavalo só falava inglês. A noiva do cowboy Era você, além das outras três. Eu enfrentava os batalhões, Os alemães e seus canhões. Guardava o meu bodoque E ensaiava o rock para as matinês. CHICO BUARQUE. João e Maria, 1977 (fragmento). Nos terceiro e oitavo versos da letra da canção, cons- tata-se que o emprego das palavras cowboy e rock ex- pressa a influência de outra realidade cultural na língua portuguesa. Essas palavras constituem evidências de regionalismo, ao expressar a realidade sociocultural de habitantes de uma determinada região. neologismo, que se caracteriza pelo aportuguesa- mento de uma palavra oriunda de outra língua. jargão profissional, ao evocar a linguagem de uma área específica do conhecimento humano. arcaísmo, ao representar termos usados em outros períodos da história da língua. estrangeirismo, que significa a inserção de termos de outras comunidades linguísticas no português. Questão 29 Disponível em: <https://www.bananapost.wordpress.com>. Acessado em: 06/08/2018. Assinale a alternativa que apresenta a classe gramati- cal da palavra “que” presente nessa frase de Millôr Fer- nandes: Conjunção coordenativa. Substantivo. Conjunção subordinativa. Pronome relativo. Conjunção integrante. Questão 30 “Eu quero pedir licença, Pois mesmo sem português Neste livrinho apresento O prazê e o sofrimento De um poeta camponês” ASSARÉ, Patativa. Aos poetas clássicos. Disponível em: <http://www.fisica.ufpb.br/~romero/port/ga_pa.htm>. Acesso em: 30 ago. 2019. (Fragmento) Nesse trecho, o eu lírico revela implicitamente uma perspectiva sociocultural relacionada à(ao) ampliação das formas de divulgação da poesia po- pular. comparação entre o poeta popular e o clássico mos- trada no cordel. modelo idealizado da língua, o qual gera o precon- ceito linguístico. superioridade da literatura clássica em relação a ou- tras literaturas. valorização da poesia como forma de expressão in- dividual. Questão 31 Na sociedade moderna, a maioria das relações hu- manas é medida e mediada pelo dinheiro. O dinheiro que você tem define onde você mora, o que come, como se veste e se desloca, sua educação e sua sa- úde. Por isso, ricos e pobres, materialistas e despren- didos, avarentos e perdulários, portadores ou não de cartões de crédito, todos têm de saber lidar com o di- nheiro, pois ele permeia todos os aspectos da vida. Vida simples. Ed. 74, dez. 2008 (adaptado). O texto trata de um tema relevante para o cotidiano de todas as pessoas: a relação pessoal com o dinheiro. A enumeração apresentada no último período demons- tra a preocupação com as classes menos favorecidas. importância do desprendimento em relação ao di- nheiro. igualdade diante da relação pessoal com o dinheiro. relevância dos cartões de crédito para as pessoas atualmente. inquietação em relação ao materialismo. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 14 Questão 32 O que é possível dizer em 140 caracteres? Sucesso do Twitter no Brasil é oportunidade única de compreender a importância da concisão nos gêneros de escrita A máxima "menos é mais" nunca fez tanto sentido como no caso do microblog Twitter, cuja premissa é di- zer algo – não importa o quê – em 140 caracteres. Desde que o serviço foi criado, em 2006, o número de usuários da ferramenta é cada vez maior, assim como a diversidade de usos que se faz dela. Do estilo "querido diário" à literatura concisa, pas- sando por aforismos, citações, jornalismo, fofoca, hu- mor etc., tudo ganha o espaço de um tweet ("pio" em inglês), e entender seu sucesso pode indicar um cami- nho para o aprimoramento de um recurso vital à escrita: a concisão. Disponível em: http://www.revistalingua.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado). O Twitter se presta a diversas finalidades, entre elas, à comunicação concisa, por isso essa rede social é um recurso elitizado, cujo público precisa dominar a língua padrão. constitui recurso próprio para a aquisição da moda- lidade escrita da língua. é restrita à divulgação de textos curtos e pouco sig- nificativos e, portanto, é pouco útil. interfere negativamente no processo de escrita e acaba por revelar uma cultura pouco reflexiva. estimula a produção de frases com clareza e objeti- vidade, fatores que potencializam a comunicação in- terativa. Questão 33 Entre ideia e tecnologia O grande conceito por trás do Museu da Língua é apresentar o idioma como algo vivo e fundamental para o entendimento do que é ser brasileiro. Se nada nos define com clareza, a forma como fala- mos o português nas mais diversas situações cotidia- nas é talvez a melhor expressão da brasilidade. SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Seg- mento, Ano II, nº 6, 2006. O texto propõe uma reflexão acerca da língua portu- guesa, ressaltando para o leitor a inauguração do museu e o grande investimento em cultura no país. importância da língua para a construção da identi- dade nacional. afetividade tão comum ao brasileiro, retratada atra- vés da língua. relação entre o idioma e as políticas públicas na área de cultura. diversidade étnica e linguística existente no território nacional. Questão 34 MANDIOCA – mais um presente da Amazônia Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As designações da Manihot utilissima podem variar de re- gião, no Brasil, mas uma delas deve ser levada em conta em todo o território nacional: pão-de-pobre – e por motivos óbvios. Rica em fécula, a mandioca — uma planta rústica e nativa da Amazônia disseminada no mundo inteiro, es- pecialmente pelos colonizadores portugueses — é a base de sustento de muitos brasileiros e o único ali- mento disponível para mais de 600 milhões de pessoas em vários pontos do planeta, e em particular em algu- mas regiões da África. O melhor do Globo Rural. Fev. 2005 (fragmento). De acordocom o texto, há no Brasil uma variedade de nomes para a Manihot utilissima, nome científico da mandioca. Esse fenômeno revela que existem variedades regionais para nomear uma mesma espécie de planta. mandioca é nome específico para a espécie exis- tente na região amazônica. "pão-de-pobre" é designação específica para a planta da região amazônica. os nomes designam espécies diferentes da planta, conforme a região. a planta é nomeada conforme as particularidades que apresenta. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 15 Questão 35 Morte e vida Severina Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas, e iguais também porque o sangue que usamos tem pouca tinta. E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte Severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia. MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio Janeiro: Nova Aguilar, 1994 (fragmento). Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta retrata uma situação marcada pela presença da morte, que universaliza os sofrimentos dos nordestinos. figura do homem agreste, que encara ternamente sua condição de pobreza. descrição sentimentalista de Severino, que divaga sobre questões existenciais. miséria, à qual muitos nordestinos estão expostos, simbolizada na figura de Severino. opressão socioeconômica a que todo ser humano se encontra submetido. Questão 36 (Adão Iturrusgarai. “A vida como ela yeah”. Folha de S.Paulo, 09.08.2019.) O efeito de humor da tira decorre da quebra de associações de sentido, sugeridas nas designações dos profissionais, mas desviadas, na sequência, para referências a outros campos de sig- nificação. da criação intencional de uma lacuna de sentido nas referências à natureza das atividades, sugerindo que são realizadas por falsos profissionais. da reiteração dos sentidos literais de cada uma das profissões, por meio da menção a ações que lhes são atribuídas pelo senso comum. do emprego de expressões pouco usuais para aludir a um novo sentido que pode ser dado às atribuições de cada profissional. da escolha deliberada de expressões ambíguas para designar as profissões, tendo em vista que as atividades que desempenham são incompatíveis. Questão 37 IDENTIDADE (1992) Elevador é quase um templo Exemplo pra minar teu sono Sai desse compromisso Não vai no de serviço Se o social tem dono, não vai... Quem cede a vez não quer vitória Somos herança da memória Temos a cor da noite Filhos de todo açoite Fato real de nossa história Se o preto de alma branca pra você É o exemplo da dignidade Não nos ajuda, só nos faz sofrer Nem resgata nossa identidade JORGE ARAGÃO vagalume.com.br A metáfora “preto de alma branca” é criticada na letra da canção por estar associada a um contexto de: intolerância cultural desigualdade étnica discriminação política hierarquia econômica manipulação de dados LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 16 Questão 38 Quando se conversa, deve-se evitar as frases feitas que são verdadeiras chapas. Exemplos: em um enterro, dizer “que não se morre senão uma vez”, que “basta estar vivo para morrer”, que “o morto é feliz porque dei- xou de sofrer”, que “Deus sabe o que faz e escreve certo por linhas tortas” ou que “as grandes dores são mudas”. Quando se visita um doente, não há necessi- dade de levar no bolso sentenças desse jaez: “a saúde é a maior das fortunas”, “somos nós que pagamos pe- los excessos de nossos pais” ou “a ciência, que tudo pode, ainda não encontrou remédio para os pequenos males”. Em todos os setores das atividades sociais, há frases no mesmo estilo e que convém deixar ao cui- dado do Conselheiro Acácio que nelas se esmerou. (Marcelino de Carvalho, Guia de Boas Maneiras) O autor defende a ideia de que: deve-se evitar frases clichês, mas pode-se confiar em quem se esmera em frases delicadas. em visita a um doente, embora não haja necessi- dade, uma frase amável já conhecida conforta mais. para sair do universo de frases feitas, é recomendá- vel sentenciar adotando o estilo do Conselheiro Acá- cio. infelizmente o Conselheiro Acácio não previu frases para todos os setores das atividades sociais. deve-se poupar o próximo de exemplos do repertó- rio de lugares comuns. Questão 39 (http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/vacinacao/vacine-se) As informações apresentadas permitem concluir corre- tamente que o objetivo do texto é incentivar a vacinação contra a gripe, em especial para os praticantes de esportes, que têm de ficar protegidos, mantendo-se saudáveis para as compe- tições. mobilizar adultos e pessoas da terceira idade para que tenham consciência da importância da vacina- ção contra a gripe para as crianças. promover celebridades nacionais que, assim como parte significativa da população, já foram aos postos de saúde e se vacinaram contra a gripe. conscientizar a população acerca da importância da vacinação contra a gripe, principalmente dos grupos mais vulneráveis. chamar a população em geral para que tome a va- cina da gripe em um dos postos de saúde, o que pode ser feito durante qualquer época do ano. Questão 40 O acesso à educação profissional e tecnológica pode mudar a vida de milhões de jovens em todo o país: há uma nova lei do estágio. Com a nova lei, o governo federal define o estágio profissional como ato educativo e determina medidas para que esta atividade contribua para familiarizar o futuro profissional com o mundo do trabalho. Entre as medidas estabelecidas, estão: a obri- gatoriedade da supervisão por parte do professor da instituição de origem do estudante com o auxílio de um profissional no local de trabalho, a definição de jornada máxima de trabalho de quatro a seis horas. Carta na Escola. Nº 32, dez. 2008/jan. 2009 (adaptado). Ao listar as mudanças ocorridas na legislação referente ao estágio, o autor do texto tem como objetivo familiarizar milhões de jovens estudantes com o seu futuro profissional. mostrar que as políticas públicas favorecem os tra- balhadores da educação. incentivar a obrigatoriedade da supervisão por parte do professor. familiarizar o leitor com as instituições que definem o ensino profissionalizante. apresentar as novas normas que definem o estágio profissional para estudantes. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 17 Questão 41 Antologia do Pasquim, v.2: 1972-1973. Desiderata: Rio de Janeiro, 2007, p. 90. A charge de Ziraldo foi publicada na década de 1970 e, apesar da diferença histórico-cultural com o contexto atual, é possível apreender seu efeito de humor. A expressão responsável pela construção do humor no texto é “não pago!”, repetida exaustivamente pela persona- gem com o intuito de criar, dessa forma, um eufe- mismo. “Contra tudo e contra todos”, passagem generali- zante e imprópria ao contexto humorístico, trata-se de uma ironia. “paga ICM! Corro pra lá: Olha o fiscal me co- brando...”, passagem composta por verbos que se contradizem, formando, portanto, um paradoxo. “herói cobrado retumbante”, devido à sua seme- lhança sonora com um conhecido verso do Hino Na- cional Brasileiro, configurando uma paronomásia. “Heroicamente! Denodadamente! Como um mártir”, expressões usadas para atingir a autoestima da per- sonagem; trata-se de uma preterição. Questão 42 A escolha de uma forma teatral implica a escolha de um tipo de teatralidade, de um estatuto de ficção com relação à realidade. A teatralidade dispõe de meios es- pecíficos para transmitir uma cultura-fonte a um pú- blico-alvo;é sob esta única condição que temos o di- reito de falar em interculturalidade teatral. PAVIS, P. O teatro no cruzamento de culturas. São Paulo: Pers- pectiva, 2008. A partir do texto, o meio especificamente cênico utili- zado para transmitir uma cultura estrangeira implica buscar nos gestos, compreender e explicitar concei- tos ou comportamentos. procurar na filosofia a tradução verdadeira daquela cultura. apresentar o videodocumentário sobre a cultura- fonte durante o espetáculo. eliminar a distância temporal ou espacial entre o es- petáculo e a cultura-fonte. empregar um elenco constituído de atores proveni- entes da cultura-fonte. Questão 43 O esporte de alto rendimento envolve atividades fí- sicas de caráter competitivo, no qual os atletas compe- tem consigo mesmos ou com outros, sujeitando-se a regras preestabelecidas aprovadas pelos organismos internacionais ou nacionais de cada modalidade. As grandes competições são reservadas aos grandes talentos e possibilitam a promoção de espetáculos que geram modelos de atletas, que passam a ser exem- plos seguidos por jovens e crianças. permitem aos espectadores assistirem às partidas, fazendo parte de equipes. minimizam as possibilidades de participação e pro- cura pelas práticas esportivas. incentivam o abandono das práticas esportivas, além do sedentarismo nos indivíduos. possibilitam aos espectadores desenvolvimento tá- tico e participação nas equipes. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 18 Questão 44 “Para muita gente, o trabalho não começa às oito, começa aos oito” O motivo para que tantas crianças brasileiras em idade escolar não frequentem a escola é o trabalho infantil. No Brasil, um milhão de meninos e meninas trocaram os estudos pelo trabalho. O UNICEF ajuda a levar es- sas crianças e adolescentes de volta às salas de aula. Mas, para isso, precisa de seu apoio. Se você conhece algum caso de exploração do trabalho infantil, denun- cie. Revista Pasta. São Paulo: Clube da Criação de São Paulo, n.2, p. 74, fev/mar 2006 No anúncio da campanha do UNICEF (Fundo das Na- ções Unidas para a Infância), manifesta-se a ocorrência de crase. Nesse caso específico, é possível justificar o sinal de indicação de crase porque ele deve ser empregado quando há o uso de prepo- sição “a” antes de numerais. a regência do verbo “começar” exige a presença da preposição “a” que se associa ao artigo “a”. há a presença de uma locução prepositiva em “às oito”, em que a preposição antecede o substantivo. ele deve ser utilizado antes de palavras que impe- dem a presença de artigo feminino, como ocorre com “aos”. há o uso subentendido dos substantivos de expres- sões que exigem seu uso como “à moda de” e “à maneira de” Questão 45 eu gostava muito de passeá… saí com as minhas colegas… brincá na porta di casa di vôlei… andá de pa- tins… bicicleta… quando eu levava um tombo ou ou- tro… eu era a::… a palhaça da turma… ((risos))… eu acho que foi uma das fases mais… assim… gostosas da minha vida foi… essa fase de quinze… dos meus treze aos dezessete anos… A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental. Pro- jeto Fala Goiana, UFG. 2010 (inédito). Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas. vocabulário regional desconhecido em outras varie- dades do português. realização do plural conforme as regras da tradição gramatical. ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados. presença de frases incompreensíveis a um leitor ini- ciante. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 19 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o nú- mero de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. 4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 4.2 fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. _________________________________________________________________________________________________________________________________ TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I Disponível em: g1.globo.com. Acesso em 22 abr. 2020 TEXTO II Disponível em: https://trends.goo- gle.com.br/trends/explore?date=to- day%201m&geo=BR&q=Black%20p ower. Acesso em 22 abr. 2020. Adaptado. TEXTO III [...] Como resultado dessa “quebra de protocolo” realizada por Tiago Leifert, o Big Brother Brasil desta terça-feira (05), monopolizou as buscas na internet. Após o discurso do apresentador sobre racismo, contextualizando a fala racista do eli- minado Rodolffo sobre o cabelo de João Luiz, as buscar por termos e expressões como “racismo” e “black power” aumentaram 500% no Google em apenas uma hora, de acordo com a plataforma Google Trends. Outras pesquisas relacionadas ao tema como “racismo nos Estados Unidos”, citado pelo apresentador do reality em sua fala, Malcom X e Dia da Consciência Negra tiveram aumentos repentinos identificados. Em contrapartida, termos como “existe racismo contra branco” e “ra- cismo inverso” também tiveram alta. Resumo da ópera; ontem à noite a TV cum- priu um grande papel levando o conhecimento de um assunto sério, importante e imprescindível como o racismo, em seu programa de maior audiência. [...] BBB 21: Como entender que o racismo é uma invenção e problema de pessoas brancas. Dis- ponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/17/internacional/1442483934_276253.html (adap- tado). Acesso em 22 abr. 2021. TEXTO IV [...] Além de manifestar uma opinião sobre o corpo de uma outra pessoa sem ser solicitado, o jornalista não possui o menor conhecimento médico e nem do histórico de saúde da cantora para afirmar que ela necessita ou não de algum tratamento. A gordofobia é um dos preconceitos mais presentes na sociedade e, muitas vezes, aparece disfarçado de falas maldosas e por uma suposta preocu- pação com a saúde do indivíduo. Comentários sobre o visual do outro podem pa- recer inofensivos a princípio, mas têm o poder de abalar a autoestima de alguém que já não está muito legal com o assunto. A própria Jojo já afirmou diversas vezes que se sente ótima com seu corpo do jeito que ele é. Então, por que as pessoas ainda se sentem no direito de questionar isso? A Fazenda: comentário de peão mostra a gordofobia presente na sociedade Disponível em: https://capricho.abril.com.br/beleza/fazenda-gordofobia-cartolouco-o-fiscal-de-corpo-alheio-sugere- bariatrica-para-jojo-todynho/. Acesso em 22 abr. 2021. _________________________________________________________________________________________________________________________________ PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O papel dos programas televisivos na democratização dos debates socioculturais da sociedade brasileira”, apre- sentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. https://capricho.abril.com.br/beleza/fazenda-gordofobia-cartolouco-o-fiscal-de-corpo-alheio-sugere-bariatrica-para-jojo-todynho/ https://capricho.abril.com.br/beleza/fazenda-gordofobia-cartolouco-o-fiscal-de-corpo-alheio-sugere-bariatrica-para-jojo-todynho/LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 20 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 Questão 46 “Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria pros- perar. A vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gre- gos e do muro externo.” Flávio Arriano. Anabasis Alexandria (séc. I d.C.). Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexan- dria, é possível depreender a implantação dos princípios fundamentais da de- mocracia ateniense e do helenismo no Egito. a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império helênico. o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de Alexandre. a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre na região. o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as do Oriente Mé- dio. Questão 47 Disponível em: Click Sociológico (clicksociologico.com) O conceito de Theodor Adorno (1903-1969), que define a forma da produção cultural na sociedade capitalista e sua capacidade de transformar seres humanos em me- ros consumidores de seus produtos, é denominado Marketing direto. Cultura de massa. Indústria cultural. Publicidade e propaganda. Conhecimento tecnológico. Questão 48 Os planisférios de Mercator e de Peters são atual- mente os mais utilizados. Apesar de usarem projeções, respectivamente, con- forme e equivalente, ambas utilizam como base da pro- jeção o modelo: ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 21 Questão 49 Princípios práticos são subjetivos, ou máximas, quando a condição é considerada pelo sujeito como verdadeira só para a sua vontade; são, por outro lado, objetivos, quando a condição é válida para a vontade de todo ser natural. KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, 2008. A concepção ética presente no texto defende a universalidade do dever. maximização da utilidade. aprovação pelo sentimento. identificação da justa medida. obediência à determinação divina. Questão 50 Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/imperio-romano/. Acesso: 19/04/21 Em relação ao colapso do Império Romano do Oci- dente, é correto afirmar: A causa principal da dissolução do Império Romano ocorreu quando as cidades do ocidente romano tor- naram-se centros econômicos do império em flores- cente processo de urbanização. O Império Romano entrou em colapso, a partir do século III, quando Constantino resolveu não mais conceder liberdade de culto aos cristãos. A desintegração do Império Romano, no século V, foi provocada pela crise do escravismo, pelo co- lapso econômico e pelas chamadas “invasões bár- baras”. A desintegração do Império Romano teve como causa principal a divisão do império em Império Ro- mano do Ocidente e Império Romano do Oriente. O Império Romano do Ocidente teve uma duração maior do que a existência do Império do Oriente. Questão 51 As recentes invasões dos Estados Unidos aos terri- tórios do Afeganistão e do Iraque e a deposição dos respectivos governos nacionais têm suscitado compa- rações entre o antigo Império Romano e o Império Americano de hoje. Por exemplo: a missão do Império Americano seria levar, para os bárbaros do Sul, mesmo pela força militar, a democracia e o liberalismo, valores fundamentais do mundo ocidental civilizado, masca- rando os objetivos de conquista. Quanto aos romanos, estes passaram a nomear povos não romanos de bár- baros e a si próprios como civilizados, baseando-se na designação criada por Políbio, historiador grego que vi- veu em Roma no século III. A missão dos romanos se- ria, então, civilizar os povos bárbaros, levando-lhes suas instituições, formas de pensar o mundo e manei- ras de agir. Considerando a relação do Império Romano com os po- vos sob o seu domínio, é correto afirmar: A dominação romana era baseada, única e exclusi- vamente, na força, não sendo admitido nenhum tipo de autonomia para os povos dominados. Os romanos rejeitavam a influência dos povos domi- nados, não permitindo a expressão de elementos que não fossem os da cultura dos dominantes. Roma exercia violenta dominação militar e econô- mica, mas permitia relativa liberdade para os povos dominados, incorporando muitos dos seus valores, como a filosofia e a religião. Os povos dominados pelos romanos dispunham da mais ampla autonomia política, sendo governados por instituições próprias e apenas sujeitos ao poder militar e econômico de Roma. Os povos dominados permaneceram sempre distan- tes da influência de Roma, não incorporando as con- tribuições da sua cultura (especialmente a língua e os códigos de leis), após o fim da dominação. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 22 Questão 52 WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo: Yukon ho! São Paulo: Conrad, 2008. O erro cometido pelos personagens demonstra desco- nhecimento sobre o globo terrestre ser elaborado com base na escala pequena. projeção azimutal. variação topográfica. convenção equivalente. técnica de anamorfose. Questão 53 Esse anúncio publicitário propõe soluções para um pro- blema social recorrente, ao regulamentar normas de boa convivência nos está- dios. informar ao público masculino as consequências de condutas ofensivas. divulgar para a população as novas regras comple- mentares para as torcidas de futebol. estimular o compartilhamento de políticas públicas sobre a igualdade de gênero no esporte. promover ações de conscientização para reduzir a violência de gênero em eventos esportivos. Questão 54 Atente para a seguinte afirmação de Karl Marx sobre o trabalho no sistema capitalista: “O trabalho não pro- duz somente mercadorias; ele produz a si mesmo e ao trabalhador como uma ‘mercadoria’”. Fonte: Marx, Karl. Manuscritos econômicos-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2010. p. 80. Segundo a teoria Marxiana, pode-se inferir que O trabalhador é autônomo e dono do seu trabalho, o que reflete sua grandeza interior, e o que ele pro- duz destina-se ao seu sustento. O trabalho dignifica o homem, empresta-lhe sentido na vida social e, como tal, o trabalhador não existe autônomo do capital, que é a razão de existir do pró- prio trabalhador. No capitalismo, trabalho e capital não estabelecem uma relação de oposição, pois se complementam: é no capital que o trabalhador se reconhece e é no trabalhador que o capitalista se realiza. Ao tornar-se mercadoria, o trabalhador não se reco- nhece no produto do seu trabalho, já que não é fruto da essência de seu ser, mas trabalho forçado, de- terminado pela necessidade externa. O capitalismo é reconhecido por Marx como um sis- tema econômico no qual não haveriam disputas de classes, nesse sentido, o Estado age de maneira neutra apenas preservando as instituições vigentes. Questão 55 A decadência do Império Romano, a conquista final de Roma, a formação dos reinos bárbaros e a ruraliza- ção das cidades da antiguidade deram início a um lento processo de grandes transformações na vida europeia, que originaram o feudalismo. É correto afirmar-se que durante a Idade Média, nos feudos, ocorria: um intenso intercâmbio comercial entre eles. a ausência da agricultura e da criação de animais. uma economia dependente da produção agrícola asiática. uma atividade econômica em que predominava a manufatura. um fraco intercâmbio comercial e a produção vol- tada às necessidades básicas. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página23 Questão 56 Em um exercício militar, ao planejar um desloca- mento, o comandante responsável identificou dois pon- tos para os quais deverá deslocar sua tropa. Estes pon- tos apresentam as seguintes coordenadas geográficas: Alvo 79° 49' 30" S 54° 54' 00" W Base 49° 45' 00" S 32° 55' 30" W Dessa forma, sabe-se que o deslocamento será reali- zado no sentido norte. sudeste. noroeste. nordeste. sudoeste. Questão 57 “A Princesa Imperial Regente, em nome de sua Ma- jestade o Imperador, o Senhor Dom Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou e Ela sancionou a lei seguinte: Art. 1º. - É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil." (Coleção de leis - Das leis do Império do Brasil - Imprensa Nacional) A famosa Lei Áurea aboliu definitivamente a escravidão no Brasil. Apesar disso, a situação dos negros após aquela Lei caracterizou-se pelo início da fase das questões militar, eleitoral, re- ligiosa, sucessória e das guerras externas. pelo fortalecimento político da Monarquia, que man- teve o apoio do cafeicultores, agora indiferentes à questão republicana. pela marginalização da massa de ex-escravos, com a consequente manutenção das suas precárias con- dições de vida no campo. pela tentativa de superar o impasse político com a formação do Gabinete da Conciliação, reunindo li- berais e conservadores. pela crise econômica que favorece a queda do Im- pério, pois as relações escravistas ainda predomi- navam nas áreas produtoras mais importantes. Questão 58 Quando soube daquele oráculo, pus-me a refletir as- sim: “Que quererá dizer o Deus? Que sentido oculto pôs na resposta? Eu cá não tenho consciência de ser nem muito sábio nem pouco; que quererá ele então sig- nificar declarando-me o mais sábio? Naturalmente não está mentindo, porque isso lhe é impossível”. Por longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido; por fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma investiga- ção, que passo a expor. (PLATÃO. Defesa de Sócrates. Trad. Jaime Bruna. Coleção Os Pensadores. Vol. II. São Paulo: Victor Civita, 1972, p. 14.) O texto acima pode ser tomado como um exemplo para ilustrar o modo como se estabelece, entre os gregos, a passagem do mito para a filosofia. Essa passagem é caracterizada: pela aceitação passiva do que era afirmado pela di- vindade. pela dedicação dos filósofos em resolver as incerte- zas por meio da razão. por um acento cada vez maior do valor conferido ao discurso de cunho religioso. pelo ateísmo radical dos pensadores gregos, sendo Sócrates, inclusive, condenado por isso. pela transição de um tipo de conhecimento racional para um conhecimento centrado na fabulação. Questão 59 Platão e Aristóteles indicaram com precisão a expe- riência que, segundo eles, dá origem ao pensar filosó- fico. É aquilo que os gregos chamaram 'thauma' (es- panto, admiração, perplexidade). (REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia, Rio de Janeiro, 1998) A filosofia grega surgiu quando as respostas dadas pelo conhecimento mitológico deixaram de satisfazer a curi- osidade do homem. Os pensadores gregos pré-socráti- cos preocupavam-se com "os princípios primeiros‟. Sobre o período pré-socrático, esses filósofos eram também conhecidos como filósofos do(a): crença. religião. natureza. renascença. conhecimento LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 24 Questão 60 MIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2000. p. 114 (Adaptação). A leitura e a interpretação do mapa, por meio da análise da rede geográfica e dos pontos de referência, indicam que o município de Sabará localiza-se: ao norte de Belo Horizonte e ao sul de Caeté. a leste de Belo Horizonte e a oeste de Caeté. a oeste de Raposos e a leste de Santa Luzia. a oeste de Nova Lima e a leste de Santa Luzia. ao sul de Raposos e ao sul de Taquaraçu de Minas. Questão 61 “O Mercantilismo não era um sistema em nosso sen- tido da palavra, mas antes um número de teorias eco- nômicas aplicadas num esforço para conseguir riqueza e poder.” (Leo Huberman. História da riqueza do homem, 1983. Adaptado.) A política mercantilista objetivava: o enriquecimento da nobreza. a difusão das técnicas de navegação. o fortalecimento do Estado Nacional. a abolição dos monopólios comerciais. a introdução de novas técnicas agrícolas. Questão 62 Os mapas da Terra-Média incluídos em 'O Senhor dos Anéis' mostravam uma flecha apontando o norte e uma barra de escala. Isso significa que a distância e a direção eram consideradas exatas - algo impossível no mapeamento de um mundo redondo em um pedaço plano de papel. FONSTAD, Karen Wynn. "O Atlas da Terra-Média. Um guia autên- tico e atualizado para a geografia de O Senhor dos Anéis, O Hobbit e O Silmarillion", de J. R. Tolkien. São Paulo: Martins Fontes, 2004. A limitação mencionada pelo texto ocorre porque os sistemas de coordenadas foram criados para a localização de um ponto na superfície terrestre e não no globo. a escala dos mapas impede que os detalhes sejam representados, impossibilitando a reprodução da re- alidade. os mapas sempre são elaborados a partir do ponto de vista de quem está na superfície terrestre e não no espaço. as projeções cartográficas foram elaboradas quando todas as áreas da superfície terrestre eram consideradas planas. é impossível fazer um mapa em duas dimensões que seja uma representação exata de uma estrutura de três dimensões. Questão 63 Dentre os fatores que levaram ao enfraquecimento e à queda do Estado Novo em 1945, é possível identi- ficar: as bem-sucedidas revoltas integralista e comunista contra Vargas. a neutralidade da política externa brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. a forte oposição ao modelo econômico desenvolvi- mentista praticado pelo governo. a vitória dos aliados contra o nazi-fascismo e o cres- cimento da oposição interna contra a ditadura. o fracasso do "queremismo", que tentava lançar Var- gas como candidato, mas sofria séria rejeição popu- lar. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 25 Questão 64 Nas décadas de 1980 e 1990, o chamado socialismo real entrou em crise, alterando profundamente o cená- rio internacional. Como desdobramento desse processo, identifica-se: o declínio na produção e comercialização de armas convencionais e nucleares. a redução da desigualdade social e econômica ob- servada entre o centro e a periferia. a diminuição dos focos de tensão e das guerras lo- calizadas no Oriente Médio e África. o fim da ordem bipolar e um fortalecimento da posi- ção hegemônica dos Estados Unidos. maior diversidade de modelos econômicos e políti- cos, respeitando o princípio de autodeterminação dos povos. Questão 65 “Um dos períodos mais fascinantes da História hu- mana é a Pré-história. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo que sabemos dos ho- mens que viveram nesse tempo é resultado da pes- quisa de antropólogos e historiadores, que reconstituí- ram a cultura do homem da Idade da Pedra a partir de objetos encontrados em várias partes do mundo e de pinturas achadas no interior de muitas cavernas na Eu- ropa, norte da África e Ásia”. AIDAR, M. A. M. Do coletivo ao privado: a aventura humana em sua primeira fase. In: As Origens. Pearson Prentice Hall, SP, 2010. A transição do Paleolítico Superior para o Neolítico (en- tre 10 000 a.C. e 7000 a.C.) foi acompanhada por algu- mas mudanças básicas para a humanidade. Entre es- sas, podemos citar: o aparecimento da magia e da arte; o aparecimento da linguagem falada; o povoamento de amplas áreas antes não povoa- das, como a Europa Central e Ocidental; a domesticaçãodos animais e plantas, isto é o apa- recimento da agricultura e do pastoreio; o aparecimento de vários novos instrumentos, como a agulha de osso, os arpões, os anzóis, a machadi- nha, a lança e a faca. Questão 66 Disponível em: https://suportegeografico77.blogs- pot.com/2019/03/questoes-sobre-antiguidade-oriental.html. Acesso: 19/04/21 “[Na Mesopotâmia,] todos os bens produzidos pelos próprios palácios e templos não eram suficientes para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram busca- dos na exploração da população das aldeias e das ci- dades. As formas de exploração eram principalmente duas: os impostos e os trabalhos forçados.” (Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.) As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates tinham em comum o fato de: Possuírem uma religião monoteísta, o que gerava conflitos culturais e religiosos entre as duas regiões. terem desenvolvido um intenso comércio marítimo, que favoreceu a constituição de grandes civilizações hidráulicas. serem povos orientais que formaram diversas cida- des-estado, as quais organizavam e controlavam a produção de cereais. possuírem, baseados na prestação de serviço dos camponeses, imensos exércitos que viabilizaram a formação de grandes impérios milenares. haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de excedentes, da necessidade de controle hidráulico e da diferenciação social. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 26 Questão 67 (www.industria40.gov.br. Adaptado.) A complexidade técnica que caracteriza a quarta revo- lução industrial abarca a elaboração de objetos técnicos que ditam novo ritmo à produção de manufaturas. a produção uniformizada e acessível a mercados consumidores globalizados. um sistema de energia capaz de elevar a produtivi- dade em unidades fabris. a dispensa da mão de obra para a realização de ati- vidades mecânicas e repetitivas. um conjunto de tecnologias capazes de integrar os mundos biológico, físico e digital. Questão 68 Sobre a dimensão do saber filosófico no âmbito da história, analise o texto a seguir: O mundo antigo termina aproximadamente, no século V da nossa era. A Idade Média se considera acabada no século XV. Nesse período, na história do pensa- mento filosófico, surgem problemas capitais sobre a fi- losofia e a totalidade do saber no plano do conheci- mento. No tocante ao saber filosófico no âmbito da história, a chamada Idade Média continua predominando na tota- lidade do conhecimento humano, do saber racional. Mas a ideia central que polariza a singularidade da filo- sofia nesse período gira em torno do(a) cosmologia. do valor científico. da revelação divina. da dimensão ontológica. pensamento lógico e estético. Questão 69 Um avião da companhia aérea britânica desapare- ceu dos radares pouco após decolar. Dias depois, o go- verno confirmou à imprensa local que começará uma operação de busca na região próxima ao local das últi- mas coordenadas geográficas (60º N – 120º O) forne- cidas pela equipe de pilotos. De acordo com as informações fornecidas a operação de busca deverá ser iniciada em qual continente? Ásia. África. Europa. América. Oceania. Questão 70 O Estatuto da Cidade “estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propri- edade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambi- ental” (Cap. I, art. 1º, § único). Dispõe que “a política urbana tem por objetivo ordenar o pleno funcionamento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana (art. 2°). (www.planalto.gov.br. Adaptado.) Uma das aplicações da função social das cidades cor- responde à desapropriação de terrenos urbanos por improdu- tividade. aos protestos sociais para tratamento médico pri- vado de usuários de drogas. à especulação imobiliária em áreas de preservação ambiental. aos protestos sociais por habitação popular. às manifestações da opinião pública sobre os pro- blemas do metrô. ,, LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 27 Questão 71 As curvas de nível representam mais adequada- mente as formas tridimensionais do relevo nas duas di- mensões das cartas topográficas. Considerando a representação acima, para se realizar uma caminhada pelo trajeto menos íngreme, seguindo o sentido das setas, a rota mais adequada é: 1. 2. 3. 4. 5. Questão 72 O inglês Francis Bacon (1561-1621), considerado o fundador da ciência moderna, enumera os quatro ídolos da sua famosa doutrina dos ídolos. São eles: tribo, ca- verna, mercado e tetro. Com essa doutrina, Bacon pre- tende dar meios de depuração da razão para que pos- samos confiar nos sentidos como meios de conheci- mento do mundo. Com isso, podemos nos livrar de fal- sas compreensões, ideias ilusórias, expectativas indivi- duais e tradições enganosas, para extrair da natureza, através da ciência experimental e da verdadeira indu- ção, as suas leis. A corrente de pensamento inaugurada por Bacon, com essa doutrina, é denominada Idealismo. Empirismo. Positivismo. Racionalismo. Fenomenologia. Questão 73 “Neste ponto, o filósofo compreendeu que havia uma crença da qual ele não podia duvidar: a crença na própria existência. Cada um de nós pensa ou diz: ‘Sou, existo’ – e, enquanto pensamos ou dizemos isso, não podemos estar errados. Quando o filósofo tentou apli- car o teste do gênio maligno a sua crença, percebeu que o gênio só podia levá-lo a acreditar que ele existe se ele, o próprio filósofo, de fato existir – como ele po- deria duvidar da própria existência, se é preciso existir para ter dúvida? O axioma ‘Eu sou, eu existo’ constitui a primeira certeza desse filósofo. Em sua obra anterior, Discurso sobre o método, ele a apresentou como ‘Penso, logo existo’, mas abandonou a frase ao escre- ver suas Meditações, pois o uso de ‘logo’ leva a afirma- ção a ser lida como premissa e conclusão. O filósofo queria que o leitor – o ‘eu’ que medita – percebesse que, assim que considero o fato de que existo, sei que isso é verdadeiro. Tal verdade é instantaneamente apreendida. A percepção de que existo é uma intuição direta, não a conclusão de um argumento.” (Vários colaboradores. O livro da Filosofia. Tradução Douglas Kim. São Paulo: Globo, 2011. p. 120. Adaptado). O texto desse enunciado exprime uma vertente do pen- samento racionalista de: Voltaire. Immanuel Kant. René Descartes. Nicolau Maquiavel. São Tomás de Aquino. Questão 74 Enquanto os paulistanos estão tomando café da ma- nhã, os franceses almoçam, os indianos tomam o chá da tarde, os tailandeses jantam e os australianos de Sidney se preparam para dormir. Marcelo Duarte A diferença espacial citada no texto é causada por qual característica do planeta? Formato arredondado. Movimento de rotação. Inclinação do seu eixo. Tamanho da superfície Variação da distância do Sol. LC e CH – 1° dia | Caderno 6 – VERMELHO – Página 28 Questão 75 “Com plena segurança achamos que a liberdade de comércio, sem que seja necessária nenhuma atenção especial por parte do Governo, sempre nos garantirá o vinho de que temos necessidade; com a mesma segu- rança podemos estar certos de que o livre comércio sempre nos assegurará o ouro e prata que tivemos con- dições de comprar ou empregar, seja para fazer circular as nossas mercadorias, seja para outras finalidades”. (Adam Smith – A riqueza das nações) No texto, os argumentos a favor da liberdade de comér- cio são, também, de críticas ao: Socialismo Laissez-faire Colonialismo Mercantilismo Corporativismo Questão 76 Os Estados modernos, característicos da Europa Ocidental entre os séculos XV e XVII, tinham no
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